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ANOTAÇÕES DE
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
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Referencial Teórico: TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria Geral dos Contratos e Contratos
em Espécie. Vol. 12., Rio de Janeiro: Forense, 2017.
Negócio Jurídico: São ações humanas lícitas, a que a ordem jurídica atribui efeitos de
um modo geral concordantes com a vontade de seus autores, isto é, a lei determina a
produção dos efeitos justamente por assim terem sido queridos. Os efeitos são ex
voluntate.
Contratos Sociais ou Pactos Sociais: Atos do dia-a-dia, que em regra são de baixo
valor, e são considerados válidos mesmo não apresentando os elementos do Negócio
Jurídico.
Aspectos Materiais do Contrato: Não necessita estar por escrito, e é divido em duas
partes. A primeira é denominada preâmbulo, no qual qualificam-se os contratantes e diz
sobre o que trata o contrato, e a segunda é o corpo do contrato, no qual as partes, dentro
do princípio da autonomia da vontade, vão fixar as cláusulas contratuais.
PRINCÍPIOS DO CONTRATO:
Cláusulas Gerais: São cláusulas abertas, adotadas pelo Novo Código Civil, que não dão
uma definição concreta e permite que o juiz interprete cada uma de acordo com o caso
concreto.
• Normas cogentes ou de ordem pública: não pode ser alterada pela vontade das
partes, prevalece o interesse da ordem pública – coletividade. (Intervenção do
Estado).
• Contrato de Adesão: uma das partes elabora o conteúdo do contrato, e cabe a outra
aceitar ou não. A maioria dos contratos de relação de consumo são contratos de
adesão. Conceituado no artigo 54 do CDC. Importante ressaltar que a inserção de
cláusulas que não comprometam a estrutura do contrato pelas partes não
descaracteriza o contrato de adesão, somente se disporem de matéria relevante.
3- Princípio da Boa-fé
Há dois tipos de boa-fé: subjetiva (idéia de uma situação de direito ou de fato que na
realidade não existe, p.e. Usucapião) ou objetiva (maneira concreta da pessoa –
contratante – de agir num determinado negócio jurídico.
Não havia uma cláusula geral de boa-fé nos CC 1916 – grande parte dizia que havia
por analogia. Após a Constituição de 88 e o CDC a questão se tornou mais legítima –
art. 4º, CF e art. 51 do CDC. O CC 2002 coloca em seu artigo 422 que todos os
contratantes devem agir com probidade e boa-fé.
2- Limitação do direito subjetivo: a lei faculta o direito de agir, mas por vezez
fazer traz mais prejuízo do que não fazer. Forma de evitar o abuso de direito.
Atualmente, esse princípio já não limita a relação contratual como antes, terceiros
passaram a ser considerados agentes que sofrem e causam influência.
Porém este princípio não é absoluto. Nas palavras de Orlando GOMES: “terceiro
se considera aquele totalmente estranho ao contrato ou à relação sobre a qual ele
estende os efeitos”.
Como se sabe, hoje em dia o indivíduo não é mais “senhor absoluto” de sua
vontade e em função disto o principio da autonomia contratual se encontra na
contemporaneidade atrelado à função social do contrato, como pode ser visto no artigo
421 do Código Civil que afirma: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos
limites da função social do contrato”.
Este princípio proíbe estipulações contrárias a moral, a ordem pública e aos bons
costumes, que não podem ser derrogados pelas partes.
Em todo o contrato existe a cláusula resolutória (artigo 474, CC), mesmo que não esteja
expresso. Se estiver expresso, automaticamente o contrato estará resolvido. Caso
contrário, a lei obriga a primeiro constituir em mora.
Obs.: os contratos bilaterais imperfeitos são os contratos que têm natureza unilateral e
dentro do princípio da autonomia da vontade, as partes concordam em transformá-lo em
bilateral. É o caso da doação com encargo, do mútuo com pagamento de juros.
Importante ressaltar, ainda, que grande parte da doutrina não concorda com esta
classificação, e na prática não tem muito interesse. Nos contratos bilaterais, quando
houver inadimplemento, os contratantes tem a opção de pedir a rescisão do contrato ou
pedir a execução (nos casos em que for possível), sendo que em ambos os casos cabe
indenização.
Obs.: Os contratos mistos são aqueles em que há tanto os contratos típicos como os
atípicos, como por exemplo, os contratos de leasing, e os contratos de hospedagem.
Estes serão interpretados conforme o tipo que predomina.
3- Contratos Formais ou Solenes: São os contratos que tem sua forma prescrita na
lei. Como por exemplo a venda de imóveis, cujo valor seja igual ou superior a 30
salários mínimos vigentes na época da avença, que necessitará de escritura pública,
e o casamento.
contratos em que há um única prestação por parte do devedor que é jogada para um
momento posterior. Ex.: uma geladeira que foi comprada à vista e só será entregue
em 03 dias. Duração são os contratos em que há uma pluralidade ou sucessividade
de prestações por parte do devedor e são cumpridas periodicamente. Ao prazo de
cada prestação é que se inicia o prazo prescricional.
Arbitragem: as partes dão o contrato para um terceiro que não é vinculado ao contrato
para resolver as dúvidas.
Dispositivos no CC:
- Artigo 112: nas declaração de vontade mais vale a intenção do que o sentido literal.
- Artigo 423: interpretação mais favorável ao aderente nos contratos de adesão.
- Artigo 843: na transição a interpretação é restritiva.
- Artigo 819: na fiança a interpretação é restritiva.
Tipos de interpretação:
1- Cláusulas com duplo sentido – interpretação será feita para gerar algum efeito.
2- Cláusulas ambíguas serão interpretadas de acordo com o costume do lugar em que
foram estipuladas.
Foi sistematizada no Direito Canônico sob o nome de rebus sic stantibus, e não
no Direito Romano – implícita em todos os contratos. (o contrato só deveria ser cumprido
pelo devedor se as circunstâncias do firmamento do contrato continuasse as mesmas.
Teorias:
Requisitos
- Fato superveniente;
- Fato imprevisível e extraordinário;
- Causasse dificuldade para o cumprimento da obrigação.
(A inflação não é fato imprevisível)
CDC
Requisitos:
CC
Prevê expressamente a aplicação de uma dessas Teorias: (Art. 478, 479 e 490) – Teoria
da Excessiva Onerosidade, cujos requisitos são: (pede a resolução)
Obs.: A regra é a manutenção do contrato. Uma vez proposta a ação de rescisão o juiz
pode mudar para revisão. O CC faculta não concordar com a rescisão e querer a revisão.
Obs.: se as partes colocarem no contrato que as partes não poderão alegar excessiva
onerosidade em alguns caso, esta cláusula será válida. A Teoria não pode ser aplicada
em contratos aleatórios, mas os doutrinadores abriram exceção pois quando o fato
extrapola pode ser aplicada.
DA FORMAÇÃO DO CONTRATO
Obs.: Conforme artigo 111 do CC o silêncio como anuência é uma exceção, somente se
não for exigido vontade expressa e as circunstâncias e usos autorizarem. É comum nos
contratos comerciais.
Vinculação do Contrato
Entre presentes: não está ligada a presença física, mas a resposta imediata de não –
comunicação por telefone.
Entre ausentes: também não está ligada a presença física – comunicação por e-mail.
Duas hipóteses: 1- se for dado um prazo que não é cumprido; 2 – se não for dado um
prazo, mas ultrapassar a um prazo razoável sem resposta.
Observações:
Internet:
Há duas posições:
ARRAS OU SINAL
As Arras Assecuratórias existem antes de haver contrato, são dadas no momento das
Tratativas – há discussão na doutrina: alguns entendem que eqüivalem as
Confirmatórias, e outros que não tem valor, e o valor do cheque deveria ser devolvido.
Observações:
- As arras são pacto acessório, e elemento acidental, não faz parte da estrutura do
negócio.
Características:
Definição:
Partes
- Promitente
- Estipulante
- Beneficiário
Requisitos
Princípios
O terceiro pode exigir o cumprimento do contrato desde que tenha aceito-o, salvo
quando:
Definição:
Obs.: A parte não age em nome de terceiro, senão não há terceiro e sim uma
representação.
Obrigações
- A parte que se obriga ao feito do terceiro responderá por indenização e por perdas e
danos caso o terceiro não o faça.
Inovação do Contrato
EVICÇÃO
Partes:
Art. 447 – “Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste
esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.”
(deixa claro onde pode existir: só nos contratos onerosos bilaterais sinalagmáticos)
Art 552 – “O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às
conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com
certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em
contrário. (Na doação pura não caberá a evicção, só se for com encargo.)
Art. 1939, III – “Caducará o legado: se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto
o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do seu cumprimento.”
Art. 448 – “Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a
responsabilidade pela evicção.” (prevê expressamente a possibilidade das partes
excluírem, aumentarem ou diminuírem o direito de evicção – Norma dispositiva).
Art. 449 – “Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se
der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do
risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.”
Relação de Consumo
- O CC 1916 dizia que somente com a sentença judicial é que o direito de evicção se
tornaria válido.
- O CC 2002 não fala da necessidade de haver sentença, sinal que acolheu a seguinte
posição jurisprudencial: a apreensão administrativa equivale a sentença judicial.
Assim, se não houver sentença, deverá haver uma decisão de autoridade. Caso
contrário, o adquirente deverá usar as ações possessórias.
ANOTAÇÕES DE
CONTRATOS EM ESPÉCIE
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Referencial Teórico: TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria Geral dos Contratos e Contratos
em Espécie. Vol. 12., Rio de Janeiro: Forense, 2017.
DEFINIÇÃO
PARTES
ELEMENTOS
REQUISITOS FORMAIS
REQUISITOS OBJETIVOS
A venda será AD CORPUS quando se tratar de bem vendido como corpo certo,
individualizado por suas características, não sendo de extrema importância a medida do
imóvel pelo que não será determinante do preço.
A venda poderá ter como objeto coisa futura, que ainda virá a existir, desfazendo-
se o contrato sobrevindo a inexistência desta.
A venda que tem por objeto várias coisas não permite ao comprador recusar
todas pelo defeito oculto que uma delas venha a apresentar.
REQUISITOS SUBJETIVOS
O locador não pode vender imóvel seu, alugado, sem antes oferecê-lo ao
locatário.
O condômino não pode vender sua parte de coisa indivisível se outro condômino
a quiser.
TRANSMISSÃO DO OBJETO:
- Sendo insolvente o vendedor, o comprador pode reter o pagamento até que seja
entregue a coisa ou prestada caução.
Estas cláusulas nunca podem ser presumidas, devendo sempre vir expressas no
contrato.
No caso do comprador vir a vender o imóvel por ele adquirido, o vendedor deste
imóvel tem direito a readquiri-lo (Recobrá-lo), reembolsando-lhe apenas a quantia paga e
as despesas.
Preempção ou preferência:
1. CONCEITO
→ A troca ou permuta é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa para
receber outra.
Como o próprio nome diz, trata-se de contrato pelo qual cada contratante tem
como obrigação entregar uma coisa, recebendo outra, diferente de dinheiro.
2. OBJETO
→ Desta forma, podem ser trocados: imóveis por móveis; imóveis por imóveis; móveis
por móveis; coisas corpóreas por coisas incorpóreas etc.
Tudo o que pode ser objeto da compra e venda pode ser da troca, exceto o
dinheiro. O artigo 221 do Código Comercial expressa:
3. PARTES
4 - CARACTERÍSTICAS DA TROCA
→ A Troca ou Permuta é:
• Bilateral;
• Onerosa;
• Consensual;
• Comutativa.
→ Pode ser solene, quando envolva a transmissão de bens imóveis. Devendo o contrato
ser registrado no CRI.
Observação
1. CONCEITO
Pelo Contrato de Consignação (ou Estimatório), uma pessoa entrega coisa móvel
à outra pessoa para ser vendida, "estimando" o preço que pretende pela alienação e
fixando um prazo para tal.
Aquele que recebe a coisa para dela se dispor deve vendê-la e repassar a
quantia certa a quem a determinou, devendo restituir o bem caso não se perfaça a
venda.
2. PARTES
2.2 - Consignatário: aquele que recebe a coisa, adquire sua posse para dela se
dispor.
3. REQUISITOS
→ O contrato Estimatório é:
1. preço;
2. coisa móvel;
4. disponibilidade da coisa;
6. prazo.
- não vender, doar, trocar, emprestar, alugar, empenhar, enfim, dispor da coisa dada em
consignação e que ainda se acha em posse do consignatário (durante o contrato, o
consignante, embora dono da coisa, perde sua disponibilidade até que o bem lhe seja
restituído).
- pagar o preço estipulado pelo consignante, quando vendido o bem. (Qnd Consignatário
resolve ele mesmo ficar com a coisa).
IV – CONTRATO DE DOAÇÃO
1. CONCEITO
→ É o contrato pelo qual uma pessoa (física ou jurídica), por vontade própria, transfere
gratuitamente do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra pessoa (também
física ou jurídica), que os aceita.
OBS: O Contrato de Doação, por si só, não opera a transferência da propriedade do seu
objeto. Para isso, é necessário que o doador promova o registro (no caso de bens
imóveis), ou a tradição do bem doado (para bens móveis).
2. PARTES
Doador (ofertante): aquele que se desfaz da coisa doada, agindo com animus donandi,
ou seja, vontade de doar (liberalidade).
Donatário (aceitante): aquele que é beneficiado ao aceitar a coisa doada, que consente
em recebê-la.
3. ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS
• Gratuidade;
• Ânimo do Doador de fazer a doação;
• Transferência de bens ou de direitos do Doador ao Donatário;
• Aceitação do Donatário.
b) Na doação feita ao incapaz absoluto, desde que não seja sujeita a encargos (CC, art.
543).
OBS: Para a validade do ato da doação é necessária a aceitação do donatário, pois sem
o consentimento deste o contrato não se aperfeiçoa. Portanto, é comum que o doador
estabeleça um prazo para que o donatário aceite ou não a coisa doada. Se a parte
beneficiada não se manifestar dentro do prazo previsto, entender-se-á como aceita a
doação.
4. NATUREZA JURÍDICA
→ A Doação é um contrato:
→ A doação na forma verbal só será aceita para bens móveis de pequeno valor
econômico (CC, art. 541, par. único).
a) pequeno valor; e
b) transmissão imediata da propriedade (tradição).
6. MODALIDADES DE DOAÇÃO
• Doação Pura
• Doação Condicional
• Doação Modal ou com Encargo
• Doação com Cláusula de Reversão
• Doação com Cláusula de Inalienabilidade
• Doação Remuneratória e Doação Meritória
• Doação em Forma de Subvenção Periódica
→ É aquela feita sem nenhum motivo especial, a não ser a intenção do Doador em
beneficiar o Donatário com um acréscimo em seu patrimônio.
→ O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver
ao donatário (CC, art. 547).
a) Os incapazes (absoluto e relativo) não poderão, em regra, doar, nem mesmo através
de seus representantes legais.
c) o cônjuge adúltero não pode fazer doações a seu cúmplice (CC, arts. 550 e 1.642, IV;
Súmula 382 do STF).
d) os cônjuges não poderão doar entre si, se a união for pelo regime da comunhão
universal de bens.
8. REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
A) - ingratidão do donatário:
- que atente contra a vida do doador ou cometa crime de homicídio doloso contra ele.
OBS: O prazo para revogação é de 01 (um) ano, contado do dia em que o doador tomou
conhecimento do motivo da revogação.
V - CONTRATO DE LOCAÇÃO
CONTRATO DE LOCAÇÃO
1 - NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
O contrato de locação pode ser explicado como um negócio jurídico pelo qual uma
pessoa (denominada locador, arrendador ou senhorio) se obriga a ceder à outra
(denominada locatário, arrendatário ou inquilino) a utilização de um bem, seja ele
móvel ou imóvel, por um determinado tempo, mediante pagamento de um preço.
(Partes ... ).
Dependendo do objeto do contrato de locação, a lei que irá disciplinar a relação pode
se alterar, e assim será aplicado:
2 – CARACTERÍSTICAS
Outra característica é ser um contrato bilateral, pois se constitui pela união de duas
vontades contrárias, de um lado de ceder a utilização do bem, e de outro, querer utilizar-
se do bem.
Pode-se dizer também que se trata de um contrato não solene, pois não há
formalidades específicas exigidas por lei para sua elaboração. (Requisitos ... ).
3 - ELEMENTOS DO CONTRATO
(acordo entre as partes), além do preço. Uma vez reunidos esses elementos, estará
formado o contrato de locação.
O bem, objeto da locação deve ser coisa infungível, ou seja, um bem particularizado,
que não pode ser substituído por outro da mesma espécie, quantidade e qualidade.
Essa garantia abrangerá terceiros, inclusive vizinhos que possam causar algum tipo de
perturbação ou incômodo, e nesse caso o locador deverá tomar inclusive medidas
judiciais para evitar o infortúnio.
Obs: Importante mencionar que ainda que o locador não soubesse da existência
desses vícios, responderá por eles perante o locatário. Na hipótese de já ter ciência de
eventuais defeitos, e os ocultou propositadamente, além de responder por eles, deverá
indenizar o locatário por perdas e danos sofridos.
O locador também é obrigado a indenizar o locatário por perdas e danos caso retire
a coisa locada da posse do locatário antes de findo o prazo estabelecido no
contrato de locação.
Além disso o locatário deve utilizar a coisa para o fim que se destina.
Importante destacar que o locatário é parte legítima para defender sua posse perante
terceiros e perante o próprio locador.
Obs: Contudo, se findo esse prazo e o locatário permanecer na posse da coisa, sem
que esse fato seja contestado pelo locador, considera-se que o contrato foi
automaticamente prorrogado por prazo indeterminado.
Por exemplo: uma cláusula contratual estipula que a locação irá perdurar até que a
pessoa passe num concurso público; nesse caso no momento em que a pessoa for
aprovada no concurso terá ocorrido a condição resolutiva, extinguindo-se o contrato de
locação.
VI - CONTRATO DE COMODATO
1. CONCEITO
Contrato em que alguém entrega a outra pessoa coisa NÃO FUNGÍVEL para ser
usada temporariamente e depois restituída. É um empréstimo gratuito, uma cessão de
uso, pelo qual se transfere apenas a posse do bem, não se transmite seu domínio.
2 - PARTES
2.1 - COMODANTE: É aquele que empresta a coisa não fungível e pode exigir a
sua restituição. O comodante beneficia o comodatário com o empréstimo.
3. CARACTERÍSTICAS JURÍDICAS
• Contrato Unilateral
• Contrato Gratuito
• Contrato Real
• Contrato Pessoal (Intuitu Persona)
• Contrato Temporário
4. REQUISITOS
a) Subjetivo
- no caso de incapazes, seus bens, administrados por terceiros, só podem ser dados em
comodato com autorização do juiz.
b) Objetivo
- A coisa dada em comodato precisa ser infungível (insubstituível por outra da mesma
espécie, qualidade e quantidade), podendo ser móvel ou imóvel.
c) Formal
Por ser contrato unilateral não gera responsabilidade para o Comodante. Todavia,
a lei e algumas circunstâncias supervenientes ao curso do contrato impõem alguns
deveres a serem observados pelo Comodante.
2) Fazer uso e gozo da coisa na forma estipulada ou de acordo com sua natureza;
3) Restituir o bem emprestado no prazo ajustado, ou, em sua falta, quando lhe for
reclamado, e, ainda, findo o tempo necessário ao uso concedido;
6. PRAZO
- Se determinado, o prazo deve ser respeitado por ambas as partes, sob pena de multa
contratual, a menos que o comodante comprove em juízo a necessidade de reaver a
coisa.
7. EXTINÇÃO DO COMODATO
4) Distrato;
1. CONCEITO
É o contrato pelo qual uma pessoa (Mutuante) empresta coisa fungível à outra
(Mutuário), que se obriga a restituí-la em coisa do mesmo gênero, da mesma qualidade e
na mesma quantidade (CC, art. 586).
2. CARACTERES JURÍDICOS
• É Contrato Real
• É Contrato Unilateral
• É Contrato Gratuito
• É Contrato Temporário
• É Contrato Translativo de Domínio
3. REQUISITOS
3.1. Subjetivo
► O Mútuo feito a menor, sem prévio autorização do representante legal, não pode ser
reavido nem do Mutuário nem dos seus fiadores (CC, art. 588).
→ Tal regra comporta exceção nos seguintes casos (CC, art. 589):
3) Se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução
do credor não lhes poderá ultrapassar as forças;
3.2. Objetivo
→ Por ser empréstimo de consumo, requer que o objeto seja coisa fungível, ou seja,
bem móvel que possa ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e
quantidade.
4. EFEITOS JURÍDICOS
→ O Mutuante assume certos deveres, mas que não chegam a ser obrigações.
→ São eles:
5. EXTINÇÃO DO MÚTUO
1. CONCEITO
A prestação de serviço é toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, que não estiver
sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, contratada mediante retribuição.
No contrato de prestação de serviços uma das partes se obriga para com a outra a
prestar-lhe determinada atividade, mediante certa remuneração.
2. PARTES
Prestador: aquele que fornece sua força de trabalho para a prestação de determinada
atividade.
4. CARACTERES JURÍDICOS
• É Contrato Bilateral
• É Contrato Oneroso
• É Contrato Consensual
• É Contrato Não-formal
• É Contrato Intuitu Personae (Pessoal)
5. REQUISITOS
6. PRAZO
Findo o prazo, nada impede que novo contrato seja celebrado por período igual ou
inferior.
IX - CONTRATO DE EMPREITADA
1. CONCEITO
2. CARACTERES JURÍDICOS
• É Contrato Bilateral
• É Contrato Oneroso
• É Contrato Consensual
• É Contrato Não-solene (forma livre)
3. ESPÉCIES DE EMPREITADA
X - CONTRATO DE DEPÓSITO
1. DEFINIÇÃO
Deposito é o contrato pelo qual uma pessoa (depositário) recebe um objeto móvel para
guardar, até que o depositante o reclame (CC, Art. 627).
2. CARACTERES JURÍDICOS
• Contrato Real
• Contrato Gratuito
• Contrato Temporário
• Contrato Pessoal (Intuitu Personae)
3. REQUISITOS
5. MODALIDADES DE DEPÓSITO
3) Não pode o depositário usar e gozar da coisa depositada, salvo convenção entre as
partes.
c) Pelo perecimento do objeto por caso fortuito ou força maior, sem sub-rogação em
outro;
XI - CONTRATO DE MANDATO
1. DEFINIÇÃO
2. PARTES
2.1 – Mandante: Aquele que passa determinado encargo para outrem agir em seu nome.
2.2 – Mandatário: Aquele que recebe o encargo de agir em nome de outrem.
3. CARACTERES JURÍDICOS
• É Contrato Consensual
• É Contrato Pessoal (Intuitu Personae)
• É Contrato Gratuito (ou Oneroso)
• É Contrato Não-solene (forma livre)
• É Contrato Unilateral
4. REQUISITOS
CASOS DE IRREVOGABILIDADE:
OBS: RENÚNCIA
1. DEFINIÇÃO
2. CARACTERES JURÍDICOS
• É Contrato Bilateral
• É Contrato Oneroso
• É Contrato Comutativo
• É Contrato Consensual
• É Contrato Não-formal
• É Contrato de Resultado
3. ESPÉCIES DE TRANSPORTE
a) Transporte de pessoas;
b) Transporte de coisas.
a) Transporte Terrestre;
b) Transporte Marítimo ou Fluvial;
c) Transporte Aéreo.
4. TRANSPORTE DE COISAS
2) Pagar o frete;
2) Acionar o transportador;
5. TRANSPORTE DE PESSOAS
4) Embora não haja menção expressa no art. 739, devem ser incluídas na justificativa de
recusa situações como a do passageiro em trajes menores ou indecentes, ou que se
encontre embriagado ou drogado, ou que porte arma de fogo ou arma branca, ou, ainda,
conduza animal;