Você está na página 1de 5

QUESTÕES LF NP2

1. NO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO SEM PRAZO DETERMINADO ADMITE-SE A


RESILIÇÃO UNILATERAL EM QUE HIPÓTESES? E QUAIS AS CONSEQÜÊNCIAS DA
RESILIÇÃO UNILATERAL NO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO AINDA EM VIGOR?
Sim, se o contrato vigorar por prazo indeterminado qualquer das partes pode requerer sua resilição, mas precisa
dar o aviso (artigo 599 cc).
Quando a prestação de serviço for acertada o prestador não ficara preso ao dono do serviço porque assim que
ele desejar interromper aquela prestação basta o prestador avisar o contratante e da mesma forma o dono do
serviço. É claro que esse aviso tem que se dar com um aviso prévio de 8 dias caso a remuneração seja mensal
(caso uma das partes quiserem extinguir o pacto), por outro lado essa antecedência terá que ser de 4 dias se o
contrato tiver estipulado uma remuneração a cada semana ou a cada quinzena. Mais se o contrato estiver
prevendo pagamento menores do que 7 dias o aviso terá que ser de 1 dia de antecedência esses prazos estão
estipulado no artigo 599 cc § único.
No contrato por prazo determinado o código civil vai traz uma regra bastante peculiar é uma regra que limita
esse prazo, segundo o cc a prestação de serviço não poderá ser acertada por um período superior a 4 anos.
Ainda que as partes tenha estipulado uma vigência superior a 4 anos esta clausula de vigência será interpretada
como prevendo apenas ate 4 anos.
O cc proíbe no contrato de prestação de serviço por tempo certo ou por obra determinada a denuncia imotivada
respondera por perdas e danos.

2. QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE EMPREITADA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO?


Na prestação de serviço o prestador se obriga a prestar o serviço a outra parte (dono do serviço) mediante uma
remuneração, é um contrato sinalagmático.
A prestação de serviços vai exercer uma atividade para o empregador, mediante remuneração.
Na prestação a obrigação do prestador é de meio;
Na prestação não cabe 3º terceirização;
Se for uma prestação de serviço gratuito configura contrato atípico;
Artigo 594 cc – o objeto do contrato de prestação deve ser idôneo, não pode ser uma atividade ilegal, sob pena
de nulidade.
Agora na empreitada, o empreiteiro trabalha por conta própria, assumindo os riscos da atividade;
A obrigação da empreitada é de resultado;
Cabe a terceirização;
A grande diferença entre contrato de empreitada e contrato de prestação de serviço é que; em quanto na
prestação de serviço a previsão gira em torno de serviços genéricos (não há uma limitação do tipo especifico no
sentido de tarefa), já na empreitada observamos a especificação de uma obra.

1
3. QUAIS AS MODALIDADES DE EMPREITADA?

-MISTA – onde o empreiteiro obriga-se não só realizar o trabalho como também fornecer os materiais. Ou seja,
exige-se do empreiteiro a execução da obra e fornecimento dos materiais necessários. Os riscos dos materiais
correm por conta do empreiteiro. O empreiteiro fica responsável não só apenas em realizar a obra como
também de fornecer os materiais necessários. Nesse sentido qualquer problema em torno dos produtos usados
na obra será de responsabilidade do empreiteiro. Como por exemplo, atraso, má qualidade, perda, deterioração.
Então fica a cargo das partes de qual será o contrato de empreitada que desejam celebrar ou se vai ser de lavor
ou mista.
-DE LAVOR ou DE MÃO DE OBRA – empreitada de mão de obra ou de lavor, ou seja, que se refere a
obrigação de fazer “só o seu trabalho”. Obriga-se / exige-se do empreiteiro apenas / somente a execução da
obra os materiais fica a cargo do dono da obra (é o dono que tem que comprar, é ele que tem que se encarregar
de entregar / fornecer esses materiais no local da construção, e qualquer problema em torno dos materiais fica a
cargo / conta do dono da obra resolver), a não ser que esse problema ocorre por culpa do empreiteiro, por
exemplo, vamos imaginar que o dono da obra entrega os matérias ao empreiteiro e o empreiteiro acondiciona
mau esses matérias ou venha se perder no qual o empreiteiro é que vai responder, mais não havendo culpa do
empreiteiro qualquer problema em torno dos materiais na empreitada de lavor ou de mão de obra fica em cargo
do dono da obra resolver.

4. QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO DEPOSITO E SE DE REGRA TRATA DE CONTRATO


GRATUITO OU ONEROSO?
A natureza jurídica do deposito é: não solene, real, gratuito (unilateral) oneroso (bilateral).
O contrato de deposito presumi-se sempre gratuito e será unilateral que se aperfeiçoa com a entrega. Porem
existe uma exceção: se houver no contrato convenção em contrario ou se resulta de atividade negocial, o
contrato será oneroso e sendo assim bilateral, exemplo deposito de bens e valores.
Quando o contrato for oneroso pode configurar relação de consumo – CDC.
O contrato de deposito não será desconfigurado se o depositário realizar algum serviço na coisa depositada, ex:
garagens / estacionamento onde tem lavagens de carros.

5. QUAIS OS TIPOS DE DEPOSITO? FUNDAMENTE.


a) DEPOSITO LEGAL – é o que decorre de obrigação imposta por lei, ex: artigo 641 cc, 345 cc.
b) DEPOSITO MISERÁVEL – é aquele que se realiza em ocasião de calamidade, ex: terremoto, guerra,
furação, ex: ocorre um tsunami e largo o carro ali no estacionamento fechado por necessidade / urgência e no
dia seguinte pego.
c) DEPOSITO DO HOSPEDEIRO – denominado também, necessário / assimilação.
O objeto aqui é as bagagens dos viajantes ou hospedes;
Pode ser hospedagem como: internatos, colégio, hospitais.
E os hospedeiros respondem pelas bagagens dos depositários

2
6. A PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL E PUNIDO EM NOSSO SISTEMA JURÍDICO?
FUNDAMENTE.
Hoje não pode mais ser preso por depositário infiel.
O STJ decidiu que se o Brasil aderiu o PACTO SÃO JOSE DA COSTA RICA que, apenas, permite a prisão
civil por divida por descumprimento de prestação alimentícia.
Não é cabível a prisão para o depositário infiel – súmula vinculante 419 STJ.
Se a coisa depositada foi furtada por falta de cuidado dos depositários deve pagar o equivalente em dinheiro.
Artigo 652 cc – prisão revogada do depositário infiel.
Depositário infiel é aquele que se recusa a devolver o bem mesmo o depositante tendo solicitado a restituição.
Ou seja, nos vimos em 3 situações que o depositário pode se negar a devolver o bem ao depositante obviamente
ele não vai ser considerado depositário infiel nesses casos. Depositário infiel é aquele que sem um motivo justo
legal se recusa devolver o bem ao depositante. “O artigo 652 cc diz que: seja o deposito voluntário ou
necessário, o depositário que não restituir o bem quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não
excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos”. Ou seja, e o depositário sem justo motivo não devolver o bem ao
depositante quando este for reclamado ele esta sujeito a cumprir uma pena de prisão civil a ser fixada pelo juiz
no prazo de ate 1 ano. Só haveria prisão em dois motivos o não pagamento de pensão alimentícia e o
depositário infiel, mais hoje só existe a possibilidade de prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia.
Então, não cabe mais prisão civil do depositário infiel. O artigo 652 cc não é mais aplicável. O que o
depositante tem a fazer contra o depositário que não quer devolver o bem? O depositante vai ter que usar os
meios processuais disponíveis quando alguém tem uma obrigação de dar coisa certa que não é cumprida, então,
o depositante pode ir a juízo pedir a conversão por perdas e danos, caso o bem tenha se perdido com o
depositário, exigindo ao juiz a imposição de multa diária ate que o depositário devolva o bem, caso se
demonstre que o bem ainda exista, ou seja, o depositante terá que se valer de outros instrumentos processuais
que existem no direito brasileiro mais a prisão civil não é mais possível.

7. QUAIS AS OBRIGAÇÕES DO MANDATÁRIO? O MANDATO SE PRESUME GRATUITO OU


ONEROSO? FUNDAMENTE.
ARTIGO 667 CC
a) agir em nome do mandante;
b) prestar constas de sua gerencia ao mandante;
c) concluir o negocio já começado, embora ciente da morte, interdição ao mandante;
d) dever de diligencia;
O mandato em regra se presume gratuito quando não houver sido estipulada retribuição. Há remuneração
quando tratar de oficio ou profissão lucrativa (artigo 658 cc). O mandato confiado a advogado, corretor ou
despachante presume-se oneroso.
Se no contrato oneroso houver omissão será determinado o valor pelo lugar ou por arbitramento do juiz

3
8. CONCEITUE O QUE VENHA SER PROCURAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA?
Artigo 653 cc, 685 cc- Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá
eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar
contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades
legais.
A procuração em causa própria é um instrumento valioso para mandante e mandatário contratarem entre si, com
forme especial, envolvendo interesses mútuos e de terceiros, no caso de transação imobiliária, a transferir o
imóvel para si. O mandatário contrata consigo mesmo ou substabelece os poderes a um terceiro que lhe
outorgará a escritura do imóvel em questão. Procuração que a pessoa consegue, sem o outorgante, transferir o
bem para si mesmo.

9. QUAIS AS EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE CIVIL PERMITIDO NO CONTRATO DE


TRANSPORTE?
As excludentes são por culpa exclusiva da vitima, culpa de terceiro. Danos decorridos em transito mesmo que
seja culpa de 3º artigo 735 cc), não é responsabilidade do transportador.

10. EXISTE RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTE GRATUITO?


Artigo 628 cc. O contrato de deposito presumi-se sempre gratuito e será unilateral que se aperfeiçoa com a
entrega. Porem, existe uma exceção: se houver no contrato convenção em contrario ou se resulta de atividade
negocial, o contrato será oneroso e sendo assim bilateral, exemplo deposito de bens e valores.
Transporte gratuito – deixa de ser responsabilidade de resultado, se por acaso houver algum dano a pessoa por
conta de negligencia, imprudência, imperícia condutor do transporte responde se agir com essa modalidade de
culpa ex: deu carona para um amigo.
Exemplo: policial fardado que pega a condução gratuita, em contra partida esta tendo uma vantagem de
segurança nesse caso, esta tendo responsabilidade de resultado (garante o resultado de entrega), ou seja, a
empresa responde.

4
11. QUAIS OS TIPOS DE SEGURO EXISTENTE E QUAIS OS REQUISITOS ESSENCIAIS DO
CONTRATO DE SEGURO?
Os tipos são:
Privado (facultativo), social (obrigatório), individual, coletivo, de coisas, de pessoas, de ramos elementares.
Os requisitos essenciais são: o segurador deve ser uma sociedade anônima, uma sociedade mútua ou uma
cooperativa, com autorização governamental, que assume o risco, mediante recebimento do prêmio, obrigando-
se a pagar ao primeiro a indenização.
O segurado deve ter capacidade civil;
Nem todas as pessoas podem ser beneficiarias
O objeto, que é o risco descrito na apólice, deve ser licito e possível. O seu valor deve ser determinado (artigo
778, 782 e 789 cc).
A boa fé, que é mais energicamente exigida nos contratos de seguro artigo 765 cc.

12. A MORTE POR SUICÍDIO PERMITE O PAGAMENTO DO SINISTRO? FUNDAMENTE.


Proclama a sumula 61 STJ, o seguro de vida cobre por morte por suicídio não premeditado, salvo se tiver
havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do
pagamento do seguro sumula STF 105.
O código civil inovou em seu artigo 798 o beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado
se suicida nos primeiros 2 anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso. Em
seu § único é nula a clausula contratual que exclui o pagamento do capital por suicídio do segurado. A lei
estabelece limite temporal como condição para pagamento do capital segurado. Ou seja, após 2 anos da
contratação do seguro, presume-se que o suicídio não foi premeditado. Se este ocorrer antes da consumação do
referido prazo, caberá a seguradora demonstrar que o segurado assim agiu exclusivamente para obter em favor
de 3º o pagamento da indenização.

Você também pode gostar