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NOME COMPLETO: RUBNILSON DA COSTA E COSTA DATA: 06/09/2021

AVALIAÇÃO TÉCNICA – PROCESSO TRAINEE

1 – O que você conhece sobre os Princípios Tributários Constitucionais


(Isonomia, Não-Confisco, Anterioridade, Irretroatividade, Legalidade,
Anterioridade Nonagesimal)?

Na Constituição Federal os princípios tributários são normas que tem por sua vez, o
ato de limitar e regular toda prática de natureza tributária e toda sua operacionalização,
fazendo assim com que, determinados valores tenham uma melhor efetividade no
ordenamento jurídico.
A Isonomia ou princípio da Igualdade tem por principio proibir qualquer tratamento
desigual a todos os contribuintes independente de qual situação se encontram, bem como
sua profissão ou cargo exercido. Proíbe também a discriminação entre qualquer cidadão
Brasileiro.
O principio do Não confisco ou Vedação ao Confisco é principio que proíbe a
cobrança de tributos extremamente gravosos a ponto de corroer parcelas do patrimônio
particular de forma desproporcional a capacidade econômica do contribuinte, em outras
palavras, o Estado não pode cobrar tributo com efeito de confisco, e não pode se apossar
indevidamente de bens de contribuintes.
O Principio da Anterioridade, que se encontra no artigo 150, item “b” do inciso III da
CF afirma que, fica vedado à União, Estados, Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos
no mesmo ano financeiro em que tenha sido publicada a lei, ou seja, ao instituir uma lei no
ano de 2021 os tributos só poderão ser cobrados e exigidos no ano de 2022. No entanto
temos o Principio da Anterioridade Nonagesimal que se encontra no item “c” do inciso III, e
diz que, o fisco só poderá cobrar ou exigir tributos nos moldes da lei após ocorrido noventa
dias que a mesma foi publicada, ou seja, uma lei instituída no dia 01/12/2021 só poderá se
cobrada nos moldes a partir de 01/03/2022.
Principio da Irretroatividade diz que, a União, Estados, Distrito Federal e os
Municípios ficam vedados de aumentar ou exigir tributos, antes que uma nova lei o
estabeleça ou entre em vigência, posso dizer que esse princípio é um dos pilares da
segurança jurídica, assegurando-se assim que, o fisco só cobrará aumento ou novos tributos
quando houver uma nova lei ou um decreto estabelecido, jamais antes disso.
No Principio da Legalidade a União, Estado, Distrito Federal e os Municípios não
podem aumentar ou exigir tributos sem o estabelecimento prévio de uma lei aprovada. O
tributo que é majorado ou criado sem lei é considerado crime constitucional.
2 – Qual a diferença entre os tributos calculados “por dentro” e os tributos
calculados “por fora”? Cite exemplo e demonstre um cálculo considerando
uma operação de valor igual a R$ 100,00 (cem reais).

O cálculo “por dentro” é o cálculo do imposto sobre ele mesmo, ele incide sobre si próprio
como é o caso do ICMS, não é tão transparente, faz com haja acúmulos de tributos que
incidem sobre a mesma base de cálculo fazendo com que à alíquota real e o preço final seja
elevados, já o cálculo “por fora” é apenas o cálculo da mercadoria ou serviço garantido que à
alíquota informada para o consumidor seja a exatamente o acréscimo feito no preço em
função de sua tributação.

Cálculo:
Cálculo por dentro: (ICMS)

100,00 (valor de custo sem ICMS)


100% -18%= 0,82
ICMS por dentro =100/ 0,82 = 121,95 (base de cálculo)
Valor do ICMS = 121,95x18%= 21,95

Cálculo por fora: (IPI)


100,00 valor de base de cálculo
5% Alíquota
Valor do IPI= 100X5% = 5,00

3 – Diferencie os seguintes conceitos tributários:

a) Sujeito ativo de Sujeito passivo

Sujeito ativo é quem exige o cumprimento da obrigação, quem tem o poder para tal,
como por exemplo, a União.

Sujeito passivo é de quem se exige o cumprimento da obrigação, ou seja, o


contribuinte responsável pelo pagamento do imposto.

b) Obrigação principal de Obrigação acessória

Obrigação principal é quando o contribuinte tem o dever de fazer a prestação de


conta ao estado dos seus tributos ou penalidade, ou seja é o pagamento do tributo.

Obrigação Acessória são declarações que empresa entrega, onde há dados do


negócio, servem para comprovar aos órgãos responsáveis o cumprimento fiscal que
lhe são exigidos, sendo que qualquer obrigação entregue com informações errada
pode virar uma obrigação principal, ou seja, gerar penalidade. Ex: EFD ICMS, DIRF,
folha de pagamento, etc.

c) Contribuinte e Responsável

Contribuinte, de acordo com Código Tributário Nacional é quem possui relação direta
e pessoal com o fator gerador da obrigação tributária, podendo ser pessoa física ou
jurídica. Já o Responsável é um terceiro que possui algum vinculo com o fator
gerador dessa obrigação.

d) Fato gerador de Hipótese de incidência

Fato gerador é uma situação definida em lei, ela já é o suficiente para a ocorrência de
uma obrigação tributária.

Hipótese de incidência é uma situação abstrata que está prevista na lei, ou seja, é
uma descrição do motivo legal pela cobrança do tributo. É composta por alguns
aspectos como:

 Material: revela qual a conduta tributada

 Temporal: Momento a partir do qual se considera o ocorrido do fato gerador.

 Espacial: Onde ocorreu o fato gerador, é importante para definir a aplicação


de uma determinada norma tributária.

4 – Indique o significado das siglas abaixo e explique em quais situações


estes tributos incidem:

Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, é um imposto estadual, tem


ICMS fator gerador na circulação de mercadorias e também na prestação de serviço de
transporte intermunicipal, interestadual e a prestação de serviço de
telecomunicação, ele é totalmente fiscal. É o imposto que incide sobre qualquer
produto ou serviço.

Imposto sobre produtos industrializados é um tributo federal que diferente do ICMS,


IPI
vem destacado na NF, ele não está embutido no preço do produto quando em se
tratando de uma venda. Ele é cobrado quando a mercadoria sai do
estabelecimento industrial ou equiparado industrial.
ITCD
ou Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação é um imposto estadual
ITCMD
cobrado em situação de herança ou quando um bem é passado para outra pessoa.

Imposto de Transmissão de Bens Imóveis é um imposto municipal que se paga


ITBI para adquirir um imóvel, está prevista nas Constituições dos Municípios, a
documentação do imóvel somente é liberada mediante o pagamento da mesma.
IPVA Imposto sobre Propriedade do Veículo imposto estadual cobrado anualmente para
quem possui veículos, como: carro, moto etc. É um imposto estadual, logo seu
valor varia de estado para estado.

IPTU
Imposto Predial e Territorial Urbano é um imposto municipal cobrado para
moradores que possui casa urbana, seu valor varia de acordo com avaliação do
imóvel, os valores arrecadados ficam no próprio município.

ITR
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural imposto pago a União de forma
anual para quem possui propriedade rural.

ISSQN
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, é um tributo municipal que incide
na prestação de serviço por pessoa jurídica ou autônomo.

5 – O que é EFD ICMS IPI? O que você sabe sobre ela?


EFD é também conhecido como Sped fiscal trata-se de um arquivo digital onde contém todos
os tipos de escrituração fiscal, registro de apuração de todos os impostos e informações
sobre operações dos contribuintes.

6 – O que é substituição tributária? Cite um exemplo de modalidade de


substituição tributária.

A ST é uma atribuição de responsabilidade a terceiros pelo recolhimento do ICMS em


determinadas operações, em outras palavras, o primeiro da cadeira é responsável por
recolher o ICMS de sua operação, é chamada de modalidade subsequente, mas existem
mais duas modalidades que são antecedentes e a concomitante.

7 – O que é importação? Quais impostos incidem em uma operação de


importação?

Importação refere-se à importação de mercadorias estrangeiras após a entrada no território


aduaneiro. Do ponto de vista jurídico, somente após a entrada no país, na fase de
desembaraço aduaneiro, e com o pagamento dos tributos previstos na lei, a mercadoria pode
ser considerada importada. O processo de importação pode ser dividido em três etapas:
administrativa, financeira e cambial. Os tributos cobrados são: Imposto de Importação, IPI,
ICMS, CONFINS, PIS, ISS e IOF.

8 – O que é um benefício fiscal? Cite exemplos de aplicação para o ICMS e


para o IPI.

O benefício fiscal trata-se de um regime fiscal especial, face ao regime normal, envolvem
vantagem ou apenas desoneração fiscal, assumindo assim várias formas, como exemplo;
isenção, redução de despesas, dedução do lucro tributável, amortização etc.
Ex ICMS: Beneficio fiscal do ICMS pode se tratar de uma redução ou eliminação, podendo
ser direta ou indireta da sua obrigação tributária, a partir de lei ou normas bem específicas.
Para saber se um produto tem beneficio fiscal de ICMS exige-se que se faça um estudo da
origem do produto, ou seja, consultar o estado de origem e suas legislações, portarias etc.

Ex IPI: O beneficio fiscal do IPI se dar através de créditos previsto na legislação do IPI, que
permiti a redução efetiva do tributo pago pelo contribuinte. De modo geral em relação ao IPI
pode haver previsão de redução da alíquota. Diferente do ICMS a redução é considerada na
alíquota e não na base de cálculo.

9 – O que é o Simples Nacional?

É um regime simplificado e complexo, firmado em 2006 voltado para Microempresas e


Empresa de Pequeno Porte, é um regime que une todos os principais tributos contribuições
existente em nosso país.

10 – Conte-nos o que mais você conhece sobre a legislação fiscal (exemplos


de cálculos, conhecimentos práticos, discorra sobre um tema a sua escolha,
etc...)

Eu sempre tive sede de conhecimento, sou formando em Administração. Na faculdade teve


uma matéria que me chamou muita atenção, “DIREITO TRIBUTÁRIO E AMINISTRATIVO”,
não foquei na época porque queria fazer minha pós em Gestão de Pessoas, mas hoje
trabalhando na Econet como Assessor Comercial me vi na oportunidade de aprender muita
coisa, seja nas áreas da contabilidade, fiscal, trabalhista ou federal, sempre estou lendo um
pouco de tudo na hora do intervalo ou conversando com algum cliente. Trabalhando na
Econet sentir a obrigação de aprender e internalizar conhecimento para assim passar a
segurança para o meu cliente. Agora com essa oportunidade de trabalhar na área fiscal sinto
que vou me destacar porque sou muito dedicado e tenho muita vontade de crescer
profissionalmente e pessoalmente.

Na área fiscal o conhecimento que tenho basicamente é o que vejo todos os dias na Econet.
Substituição tributária, alíquota interna e interestadual, DIFAL, Benefícios fiscais, ICMS.
Entendi sobre os cálculos por dentro e por fora, e como se calcular o DIFAL por fora base
única: valor da operação x (alíquota interna – alíquota interestadual) também tem o cálculo do
difal por dentro base dupla, mas ainda não aprendi, mas com certeza irei aprender. No mas,
é apenas isso.

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