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Intelligence
Tranformando
complexidade em execução
Principais mudanças
Extinção de 5 tributos
IPI
Criação de 3 novos tributos:
PIS
Contribuição sobre Bens e
1 Serviços (CBS) federal
IVA Dual
COFINS
Imposto sobre Bens e Serviços
2 (IBS) subnacional (Estados,
Distrito Federal e Municípios)
ICMS
A proposta prevê a possibilidade de instituição de nova contribuição temporária pelos Estados e Distrito Federal.
IBS e CBS
Sistemática geral de incidência e unificação legislativa
Exceções citadas:
IBS
Gestão administrativa
Período de transição
Outros temas
IPTU: autorização para que o Executivo atualize as bases de cálculo por decreto.
A aprovação da Reforma Tributária sobre o consumo (PEC no 45/2019) pela Câmara dos Deputados já
representa um marco histórico para o Brasil. A partir do novo texto constitucional, o país inicia a
reforma de seu tão complexo e anticompetitivo Sistema Tributário Nacional. A PEC no 45 ainda será
objeto de muita discussão no Senado, com prováveis alterações em seu conteúdo. O detalhamento do
novo Sistema, contudo, caberá à futura Lei Complementar, a ser editada após aprovação da emenda
constitucional. Espera-se que eventuais alterações propostas pelo Senado sirvam para o
aperfeiçoamento da PEC no 45, propiciando a ampla e equitativa participação dos setores econômicos
nesse debate, sem prejuízos ao potencial da reforma para desenvolvimento econômico do país.
A maioria das empresas do setor industrial, não apenas da manufatura de transformação mas em
diversos segmentos, poderá operar com menor carga tributária a ser repassada aos consumidores
internos ou ao mercado externo. Elas tendem a importar e exportar mais, poderão produzir, investir e
empregar mais. Utilidades como energia elétrica e telecomunicações, além de investimentos em
infraestrutura e indústrias de base tenderão a operar com menor sobrecarga tributária, beneficiando a
produtividade nacional bem como o trabalhador e o consumidor brasileiro.
A maior parte do setor de serviços (“B2B”) não deve sofrer aumento relevante de carga tributária, uma
vez que são de empresas que operam no Simples Nacional. Uma parte considerável do setor de
serviços que se situa no meio da cadeia produtiva (“B2B”) pode ser beneficiada com a nova
sistemática de não cumulatividade plena. É fato que uma parte importante do setor de serviços, em
especial composta por empresas de médio e grande portes, irá operar com incidência tributária maior
que a atual, com provável impacto de demanda, mas que representa uma inevitável realocação da
carga tributária global, que se espera que não seja majorada. Todavia, com as exceções aos setores
de saúde, educação, transporte e tantos outros negociados na Câmara, este aumento de carga é
limitado. O fundamental é se conseguir que ao final, com a efetivação de todos os outros ganhos
advindos com a Reforma, esta redistribuição de carga seja benéfica para todos.
Como a sua empresa pode se preparar?
As empresas, nos diversos setores econômicos, devem usar essas análises para se buscar, via as
organizações adequadas, a consideração dos mais diversos pontos de vista no processo de debate
legislativo no Senado, conciliando-os com a necessária transformação do nosso Sistema Tributário
capaz de trazer maior competitividade global para o Brasil. O fato é que o momento é de
transformação de cadeias de valor no cenário econômico doméstico, ainda que com efeitos a médio e
longo prazos, visando-se um esperado novo ciclo de crescimento da economia brasileira.
Durval Portela
Líder de consultoria tributária e societária
durval.portela@pwc.com
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