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DEDICATÓRIA

Dedicamos o presente trabalho aos nossos pais por nos darem suporte financeiro e
motivacional, e os nossos colegas pelo auxílio dado directo ou indirectamente sem esquecer o
nosso orientador por acredita em nós.

I
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus, pelo fôlego de vida, por nos ter cuidado e por
nos conceder forças para realizar esse trabalho, aos nossos pais pelo apoio que nos auferiram.
Agradecemos aos responsáveis pela nossa formação académica, aos nossos professores em
especial o professor Maiomona Patrício nosso tutor, ao professor Mariano de Jesus, a Instituto
Médio Comercial de Luanda por nos ter formado e transformado a visão académica bem mais
plena e extensa.

II
EPÍGRAFE

“Não devemos ter medo das novas ideias!

Elas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso, visto que,

Tudo o que a mente humana pode conceber, ela pode conquistar.”

Napoleon Hill

RESUMO

III
No presente trabalho académico proferiremos sobre a gestão fiscal empresarial, que é
um tema pertinente de se falar nos dias actuais, no capítulo 1 fundamentação teórica:
falaremos sobre a fiscalidade, dando o conceito de gestão fiscal que é uma forma de
gerenciamento das obrigações que a sua empresa precisa cumprir no recolhimento de tributos
obrigatórios. Ou seja, é o processo de emissão de documentos fiscais, declarações,
escrituração e informações ao fisco e também o pagamento desses tributos, a gestão fiscal tem
quatro princípios que são: planeamento, transparência, controle e responsabilidade.
Enunciaremos nossos conhecimentos sobre a contabilidade fiscal, sua função e sua
importância, sendo que a contabilidade fiscal é um ramo de sector contábil responsável por
apurar, monitorar, planear e gerir os tributos de uma empresa. Obrigações fiscais principais: o
imposto industrial, imposto sobre rendimento de trabalho, imposto sobre aplicação de capitais,
imposto predial urbano e obrigações acessórias, demonstrativo de apuramento das
contribuições sociais. No capítulo 2 metodologia de pesquisa: onde exporemos sobre o
modelo de pesquisa onde iremos ver o modelo de pesquisa qualitativo porque fomos a busca
de compreensão particular daquilo que se estuda, ou seja, é focada no objectivo primordial da
pesquisa, no tipo de pesquisa usou-se o tipo de pesquisa documental, descritiva e estudo de
caso, na população conjunto de indivíduos, famílias e outras organizações, acontecimentos ou
outros objectos de estudo que o investigador pretende descrever, amostragem, e as técnicas ou
instrumentos de colecta de dados ficamos com a entrevista que consiste a um processo de
interacção face-a-face uma ou mais pessoas. No capitulo 3 apresentação, analise e
interpretação dos resultados, onde narraremos sobre a apresentação da empresa DAR Angola
Consultoria, Lda. Nas considerações finais concluímos que empresa que a Gestão Fiscal
Empresarial é importante porque através dela que a empresa fazem a organização e
pagamento das suas obrigações, a emissão de todos os documentos necessários para o seu
bom funcionamento e evitar sanções por incumprimentos das regras fiscais.

Palavra-chave: Empresa, Fiscalidade, Gestão.

IV
ABSTRACT

In the present academic work we will speak about corporate tax management, which is
a relevant topic to talk about nowadays, in chapter 1 theoretical foundation: we will talk about
taxation, giving the concept of tax management, which is a way of managing the obligations
that its company must comply with the collection of mandatory taxes. That is, it is the process
of issuing tax documents, declarations, bookkeeping and information to the tax authorities
and also the payment of these taxes, tax management has four principles which are: planning,
transparency, control and responsibility. We will present our knowledge about tax
accounting, its function and its importance, considering that tax accounting is a branch of the
accounting sector responsible for determining, monitoring, planning and managing the taxes
of a company. Main tax obligations: industrial tax, income tax, capital investment tax, urban
property tax and ancillary obligations, statement of social contributions. In chapter 2 research
methodology: where we will explain about the research model where we will see the
qualitative research model because we were looking for a particular understanding of what is
studied, that is, it is focused on the primary objective of the research, on the type of research
used If the type of documentary research, descriptive and case study, in the joint population
of individuals, families and other organizations, events or other objects of study that the
researcher intends to describe, sampling, and the techniques or instruments of data collection
we are left with the interview that consists of a process of face-to-face interaction with one or
more people. In chapter 3 presentation, analysis and interpretation of the results, where we
will narrate about the presentation of the company DAR Angola Consultoria, Lda. In the final
considerations, we conclude that the company that Corporate Tax Management is important
because through it the company organizes and pays its obligations, issues all documents
necessary for its proper functioning and avoids sanctions for non-compliance with tax rules.

Keywords: Company, Management, Taxation.

V
LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS

Quadro 1: IPU........................................................................................................................ 51

Quadro 2: IVA........................................................................................................................52

Gráfico 1: IRT.........................................................................................................................49

VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

• ADT: Acordo de Dupla Tributação


• AGT: Administração Geral Tributária
• CIRT: Código Imposto Sobre Rendimento do Trabalhador
• IAC: Imposto sobre Aplicação de Capital
• IMCL: Instituto Médio Comercial de Luanda
• IPU: Imposto Predial Urbano
• IRT: Imposto Sobre Rendimento do Trabalhador
• IVA: Imposto sobre Valor Acrescentado
• PAP: Prova de Aptidão Profissional
• UCF: Unidade de Correção Fiscal

VII
INTRODUÇÃO

O Estado impõe varias obrigações as empresas para que elas possam funcionar de
acordo à lei, pelo que o seu não cumprimento implica sanções diversas que podem culminar
com o encerramento da actividade da própria empresa, sendo assim o gestor deve estar atento
a estas obrigações e ter um técnico de contas com conhecimento que possibilita que estas
obrigações sejam cumpridas da melhor forma possível para evitar que a Empresa tenha que
correr risco de parar o seu funcionamento.

Então com isso, podemos definir a Gestão Fiscal como a forma de gerenciamento das
obrigações que as empresas precisam cumprir no recolhimento de tributos obrigatórios. Ou
seja, é o processo de emissão de documentos fiscais, declarações, escrituração e informações
ao fisco e também o pagamento desses tributos.

Para o Estado, o pagamento dos impostos é muito importante, porque as empresas são
as células básicas da economia de um país, se as Empresas não cumprirem as suas obrigações
perante o Estado, não haverá uma economia estável. Se as Empresas fugirem ao cumprimento
dessas obrigações e consequentemente o mercado de actuação das mesmas será desfavorecido.

A gestão fiscal de um negócio, especialmente para grandes empresas é essencial


desde o primeiro dia. São as boas práticas que a sua organização adopta para gerenciar as
suas obrigações tributárias. Afinal, ninguém quer ter problemas com o fisco, certo?

Muitas vezes, os empreendedores acabam deixando a gestão fiscal tributária do


negócio de lado. Para muitos pode parecer que esse não é um assunto que valha a pena
investir seu tempo.

Porém, no futuro próximo quando for hora de crescer seu negócio, realizar
investimentos ou mesmo buscar empréstimos, uma má gestão fiscal dá as caras e impede a sua
empresa de evoluir.

Para falarmos da gestão fiscal empresarial estruturou-se o nosso trabalho do seguinte


modo: No capítulo I abordou-se sobre a Fundamentação Teórica onde falou-se do conceito de
gestão fiscal, contabilidade fiscal, fiscalidade e das obrigações fiscais. No capítulo II abordou-
se sobre metodologia de pesquisa, é a composição da unidade pesquisada, ou seja, nesse

8
capítulo iremos descrever a cerca dos modelos de pesquisa que utilizou-se no trabalho. E no
capítulo III abordou-se sobre a apresentação, análise e interpretação dos resultados obtidos na
empresa com relação ao tema, e responder o nosso problema de pesquisa para a concretização
do objectivo pretendido.

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Problema da Pesquisa

Como é que a empresa DAR Angola Consultoria, Lda.mantém a sua gestão fiscal
organizada?

Hipóteses

Hipótese 1 - A empresa DAR Angola Consultoria,Lda. mantém a sua gestão fiscal


organizada fazendo o pagamento de todos os impostos a que está sujeita antes mesmo do
prazo estipulado pela lei.

Hipótese 2 - Mantendo os seus documentos fiscais (declarações e escrituração)


sempre informados ao fisco e o pagamento dos tributos, cumprindo com as responsabilidades
fiscais da empresa.

Objectivo Geral

Analisar os princípios fiscais no âmbito das actividades empresariais.

Objectivos Específicos

• Compreender a organização do dispositivo fiscal angolano;


• Conhecer os regimes fiscais aplicáveis as empresas em Angola;
• Posicionar o quadro fiscal em Angola: a incidência dos principais impostos em
Angola.

Delimitação da Pesquisa

Tendo em conta a especificidade do tema delimitou-se a pesquisa ao abordar sobre a


Gestão Fiscal Empresarial propriamente na DAR Angola Consultoria, Lda. que esta situada
em Angola, Província de Luanda no ano de 2021.

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Justificativa do tema

Escolhemos o presente tema por ser bastante pertinente. Levantamos essas ideias para
que conheçamos a importância da Gestão Fiscal nas empresas e conhecer os seus princípios.

O que levou-nos a trabalhar nesse assunto foi o nosso desejo de saber como podemos
aplicar a Gestão Fiscal se criarmos uma empresa.

O nosso tema é importante para as empresas porque espelha as obrigações fiscais que
elas devem cumprir para que não corram o risco de incorrer à multas pelo incumprimento das
mesmas. Com este estudo estaremos aptos para dizer quais são as obrigações fiscais principais
(pagamento de imposto) e obrigações fiscais acessória ( escrituração fiscal) nas empresas em
Angola.

Toda empresa gostaria de funcionar sem constrangimento mas só uma empresa com
técnicos que têm conhecimento sobre imposto ou fiscalidade poderão influenciar para que isto
seja possível, e o estudo do tema tem por finalidade dar a conhecer aos leitores, estudantes, e
aos gestores a necessidade do exercício adequado da gestão fiscal, tendo em mente que uma
gestão fiscal eficiente é um factor determinante para sobrevivência saudável de uma empresa,
e também com o tema do género mais pessoas terão conhecimento sobre assunto no exercício
das suas funções poderão alerta os gestores das diferentes empresa sobre o risco as
consequências do não cumprimento dos requisitos imposto pelo Estado.

Importa saber se as empresas têm conhecimento das suas obrigações fiscais perante o
Estado, para dar o contributo que deles é esperado e assim ajudarem a fortalecer a economia
do país, com este trabalho nós procuramos mostrar até que ponto é importante para as
empresas preocuparem-se com a gestão fiscal.

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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1-Conceito Da Gestão Fiscal

Segundo Sequeira (2016) “Fiscalidade é um processo pelo qual há arrecadação de receitas


por parte do estado tendo em vista a satisfação das necessidades dos cidadãos.”

“O conceito de gestão fiscal como a actividade que, em face de um determinado


objectivo, analisa de forma crítica e comparativa os meios disponíveis e o seu
tratamento fiscal, com vista à identificação das opções disponíveis e à escolha de
mais adequada, segundo uma lógica de maximização da eficiência fiscal. A gestão
fiscal é uma questão de bom governo das empresas e é, nessa medida, essencial ao
desempenho da sua função primordial criar valor para os seus sócios ou
accionistas.”Sequeira (2016)

Esta gestão fiscal é tão importante quanto à própria actividade de planeamento fiscal.
Reconhece-se, em primeiro lugar, que as opções da empresa podem ser condiciondas de forma
decisiva pelo seu tratamento fiscal. Evidencia-se, depois, que as opções disponíveis
comportam um nível de risco diferente, que deve ser previsto e acautelado pela gestão da
empresa.

Segundo Sequeira (2016) “A gestão fiscal tem quatro princípios que são:”

• Planeamento;
• Transparência;
• Controle;
• Responsabilidade.

Desdobra-se este conceito em quatro pontos:

I. A maximização da eficiência fiscal é o objectivo da actividade da gestão fiscal;


II. a existência de um objectivo prévio o distinto do objectivo da actividade da gestão
fiscal propriamente dia pretende destacar que esta é instrumental em redacção à
estratégia da empresa, servindo para apoiar a sua concretização;
III. a análise dos meios disponíveis e do seu tratamento fiscal é a parte central da gestão
fiscal, uma vez que vai permitir a identificação das opções disponíveis. Nessa
medida, importa que ela seja comparativa, de modo e evidenciar as diferenças

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relevantes existentes entre as diversas opções, e que seja c crítica, procurando
identificar os custos e os riscos das opções;
IV. a identificação das opções é resultado da análise feita e realça o papel da gestão fiscal
como meio de apoio a tomada de decisão pela empresa.

Para Sequeira (2016) “Em face do objectivo prévio que justificou a gestão,
procura-se que a empresa possa escolher a opção que maximize a eficiência fiscal da
actividade ou operação que pretende desenvolver. Esta maximização de eficiência é
distinta da maximização da carga tributária.”

Portanto, nos dias de hoje, o lucro de qualquer pessoa singular ou colectiva difere do
conceito de rentabilidade, onde esta última, a finalidade não é de, mas um factor limitativo
para a empresa e para actividade empresarial. Os lucros não são a explicação, a causa, os
fundamentos lógicos do comportamento empresarial e das decisões de negócio, mas sim um
teste à sua validade. (Sequeira, 2016)

Se sentassem arcanjos ao invés de empresários nas cadeiras de direcção, eles


também teriam de se preocupar com a rentabilidade, apesar da sua total falta de
interesse em gerar lucros. É o cliente que determina o que é um negócio. Apenas o
cliente, cuja disposição para pagar por um bem ou serviço converte recursos
económicos em riqueza e coisas em bens. Aquilo que o cliente compra e considera
de valor nunca é apenas um produto, mas tem uma utilidade, o que o produto ou
serviço faz por ele. Assim, a finalidade última de um negócio é criar um cliente. Em
economia, o negócio é referido como um comércio ou empresa, que é administrado
por pessoa (s) para captar recursos financeiros, para gerar bens e serviços, e, por
consequência, proporciona a circulação de capital giro entre os diversos sectores. Em
apertada síntese, podemos dizer que se entende por negócio toda e qualquer
actividade económica com o objectivo de gerar lucro, e quando gera lucro, nasce a
obrigação fiscal, ou seja, o dever de pagar imposto. (Sequeira, 2016)

Etimologicamente, e num sentido mais lato, a palavra “negócio”deriva do latim e quer


dizer “negação do ócio”, ou seja, “não-aceitação do descanso/desocupação”. “Negócio” não se
trata apenas de negócio financeiro ou comercial, mas sim toda a actividade humana que tem
efeitos jurídicos e fiscais. (Sequeira, 2016)

A tributação deve igualmente promover a estabilidade financeira do Estado, através


da diversificação das suas fontes de receita. A obrigação do imposto depende da capacidade
económica dos contribuintes (pessoa singular e colectiva) revelada pelo rendimento ou o
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património e sua utilização. A obrigação de pagamento de taxas e outras contribuições
especiais tem por base o princípio da equivalência, onerando os sujeitos passivos na medida
dos custos que estes provoquem ou dos benefícios que para neles resultem, em concretização
de um princípio de igualdade tributária, ou seja, a tributação respeita os princípios da
legalidade e da igualdade. (Sequeira, 2016)

O Executivo Angolano tem estado preocupado a estruturar um modelo tributário mais


justo na distribuição do rendimento económico e financeiro dos contribuintes. Neste sentido, a
reforma tributária em curso é um dos principais instrumentos políticos que visa a
modernização e alavancarem da máquina fiscal. (Sequeira, 2016)

1.2-Contabilidade Fiscal

Para Caxueiro (2001)“A contabilidade tributária ou fiscal é um ramo do sector contábil


responsável por apurar, monitorar, planejar e gerir os tributos de uma empresa. Suas
actividades medeiam a relação do contribuinte com o fisco. A contabilidade fiscal efectua
cálculos relacionados ao património da empresa, lucro apurado e registo de tributos
compensáveis. Esse serviço é essencial para manter o controlo das taxas que incidem sobre a
empresa, evitando distorções na apuração dos tributos.”

Para Caxueiro (2001) “Também chamado de contabilidade tributária, o serviço de


contabilidade fiscal é responsável por conciliar a geração de tributos de uma empresa. Para
isso, são adoptados procedimentos a fim de registar e escriturar todos os fatos que geram essas
taxas.”

1.2.1-Importância da Contabilidade Fiscal na Empresa

Segundo Caxueiro (2001) “Para que qualquer tipo de empresa funcione de maneira
regular, é necessário o devido pagamento de todos os tributos que recaem sobre ela. Para se
organizar financeira e administrativamente, de modo a estar em dia com todas essas taxas, é
preciso ter um conhecimento apurado sobre tributos e regulamentos.”

“Além de evitar o risco de operar de maneira irregular, um bom serviço de


contabilidade fiscal é importante para avaliar correctamente a carga tributária que
incide sobre a empresa. Por isso, ela pode afectar directamente na lucratividade e na

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viabilidade dos negócios. Uma das razões mais recorrentes para o fechamento de
empresas tem sido as irregularidades fiscais. O gerenciamento adequado dos tributos é
um factor decisivo para garantir uma longa vida à sua empresa.” (Caxueiro, 2001)

1.3-Fiscalidade

1.3.1-Fiscalizar

Desde os primórdios os homens sempre optaram pela fiscalização, pois acredita-se que a
fiscalização não brotou precisamente com o desenvolvimento da ciência, muito embora a
ciência tenha atribuído a mesma um destaque muito abismal se comparado ao período do seu
surgimento. Os homens primitivos ao irem para caça ou para o campo verificavam sempre se
todos os materiais utilizados para estes ofícios cumpriam todos os pressupostos exigidos para
que tais actividades fossem realizadas correctamente.

A fiscalização consiste em avaliar uma determinada actividade para se averiguar se ela


cumpre todos os pressupostos em vigor nos diversos diplomas legais.

A fiscalização consiste em avaliar uma determinada actividade para se averiguar se ela


cumpre todas as conjecturas em vigor nos múltiplos documentos legais, pois este acto imprime
um controlo orientado e direccionado de todas actividades desenvolvidas tanto a nível interno
como externo.

“Fiscalização refere-se às actividades da administração pública e de seus agentes


visando a se fazer cumprir as obrigações legais da sociedade. Propaga-se por diversos
ramos, como a fiscalização de trânsito, por exemplo. Em direito tributário, refere-se
aos procedimentos de cobrança dos tributos não pagos, iniciando por via
administrativa e indo até à inscrição do correspondente crédito tributário em dívida
activa, da qual procede-se à emissão do título executivo extrajudicial denominado
Certidão de Dívida activa, o que faz iniciar a fase de cobrança judicial. A autoridade
tributária que proceder a uma diligência de fiscalização deve lavrar os termos
necessários para que se documente o início do procedimento fiscal.” (Sequeira, 2016)

“Legalidade fiscal, quer dizer que todos devem obediência à lei, mais o contribuinte pode
recusar-se a pagar o imposto por uma norma jurídica não fundamentada na Constituição; isto
dá-lhe direito à resistência.” (Sequeira, 2016)

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“A legalidade fiscal está constitucionalmente consagrada na Constituição angolana, nos
termos da qual "os impostos só podem ser criados e extintos por lei, que determina a sua
incidência, taxas benefícios fiscais e garantias dos contribuintes.” (Sequeira, 2016)

• Princípios da Reserva de Lei Formal os impostos só podem ser criados, modificados ou


extinguidos mediante a prática de um acto legislativo com forma e força de lei.
• Princípio da Reserva de Lei Material as leis ou decretos legislativos presidenciais que
criam os impostos devem igualmente estabelecer a disciplina jurídica dos mesmos.
• Igualdade Fiscal quer dizer que todos são iguais perante a lei, isto é, todos os cidadãos
devem pagar impostos e deve-se utilizar o mesmo critério para o cumprimento desse
dever.

Para Sequeira (2016) “Prestação de vida ao Estado e outros entes públicos porque na relação
jurídico-fiscal, existem dois sujeitos, por um lado, o sujeito activo (Estado), e por outro lado,
o sujeito passivo (Contribuinte), sem essa relação, não há vida do imposto. Os impostos têm
uma tributação directa e indirecta:

a) Impostos com tributação directa: consiste no lançamento de impostos sobre o


rendimento obtido ou (e) sobre o património possuído por cada contribuinte, ou
seja, a matéria colectável é determinada por meio da avaliação do património
possuído ou de rendimento obtido. O imposto directo não é, por norma, susceptível
de repercussão fiscal, que é um efeito microeconómico dos impostos. São devidos,
independentemente de qualquer acção do sujeito passivo, pelo que as prestações
em que se traduzem são, na sua maioria, de tipo duradouro, mas de carácter
periódico. Assim, é admissível e verifica-se em bastantes casos a substituição
tributária.

b) Imposto com tributação indirecta: a matéria colectável é determinada por meio


da utilização do património ou do rendimento.

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Para Sequeira (2016)”Os impostos indirectos são devidos após uma acção do sujeito
passivo, pelo que as prestações em que se traduzem são(na sua maioria) isoladas, de tipo
instantâneo, sem qualquer carácter de periodicidade.” Fases ou momentos na vida do Imposto:

1 Incidência;
2 Lançamento;
3 Liquidação;
4 Cobrança.

1.3.2-O Planeamento Fiscal

Para Sequeira (2016) “O planeamento fiscal busca reduzir ou diferir no tempo os custos
tributários utilizando os métodos mais adequados para realizar os investimentos e os
instrumentos financeiros.”

“A gestão empresarial voltada para o planeamento estratégico tem importância


fundamental para garantir a competitividade no mercado mundial, nacional, regional e
local. Com o objectivo de reduzir e, até mesmo, evitar a incidência da carga tributária,
os contribuintes, principalmente empresários, buscam planear as suas actividades de
modo a atenderem os princípios da organização, da profissionalidade e da
ecumenicidade. Pelo critério da profissionalidade, abrangem-se todas as actividades
que, sendo económicas e organizadas, são exercidas habitualmente e sistematicamente,
não se incluindo neste conceito as empresas ocasionais. Já pelo critério da
ecumenicidade, atingem-se as actividades referentes à criação de riquezas, ou seja,
bens e serviços para o mercado.”(Sequeira, 2016)

“As pessoas jurídicas planeiam a gestão empresarial no sentido de buscar, licitamente a


menor carga tributária possível. Assim, o planeamento fiscal é elemento fundamental, quanto
um planeamento económico, técnico, comercial, de mercado, deve ser inserido na gestão
financeira da empresa e preceder a qualquer novo negócio ou alteração empresarial.”
(Sequeira, 2016)

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1.3.2.1-Conceito de Planeamento Fiscal

Segundo Sequeira (2016) “A constituição de empresas vem ganhando espaço nos


modelos de planeamento fiscal, seja pela redução de encargos fiscais, seja pela blindagem
patrimonial.”

“Denomina-se "planeamento fiscal ou tributário" a análise do conjunto de actividades


actuais ou dos projectos de actividades económico-financeiras do contribuinte (pessoa
física ou jurídica), em relação ao seu conjunto de obrigações fiscais com o escopo de
organizar suas finanças, seus bens, negócios, rendas demais actividades com
repercussões tributárias, de modo que venham a sofrer o menor ónus fiscal
possível.”( Sequeira, 2016)

“Planeamento Fiscal, qualquer esquema que determine ou se espere que determine, de modo
exclusivo, a obtenção de uma vantagem fiscal por sujeito passivo de imposto, ou seja, é uma forma de
minimizar os custos fiscais, em que se terá de respeitar a lei de forma integral, procurando, no
entanto, negócios jurídicos com menor ou nula tributação. Esquema, qualquer plano, projecto,
proposta, conselho, instrução ou recomendação, exteriorizada de forma expressa ou tacitamente,
objecto ou não de concretização em acordo ou transacção.”(Sequeira, 2016)

“Vantagem fiscal a redução ou eliminação de imposto ou a obtenção de benefício


fiscal, que não se alcançaria, no todo ou em parte, sem a utilização do esquema. É nos
actos de gestão praticados pelos dirigentes empresariais ou por aqueles que detenham
o poder de mando visando essencialmente às finalidades empresariais, podemos
verificar a necessidade cada vez mais emergentes da prática de actos visando à
economia fiscal em virtude da altíssima carga tributária. É a actividade desenvolvida
pelo administrador em carácter preventivo com o objectivo de conhecer dentre as
opções legais existentes, qual a que traz o menor ónus tributário para empresa. Uma
técnica gerência que visa projectar as operações industriais, os negócios mercantis e as
prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos tributários
inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante
meios e instrumentos legítimos, adoptar aquela que possibilite a anulação ou o
adiamento do ónus fiscal.” (Sequeira, 2016)

Para Sequeira (2016) “Algumas bibliografias apresentam três vias de planeamento fiscal:”
“Conversão de rendimento de um tipo para outro.”

“Mudança do rendimento de um bolso para outro.”

“Mudança do rendimento de um período para outro.”


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“Procurar formas licitas para reduzir o pagamento de tributos e ao mesmo tempo estar
atento às mudanças da legislação é uma necessidade imprescindível para a
maximização dos lucros das empresas, para a manutenção dos negócios e melhorar os
níveis de emprego. Em época de mercado competitivo e recessivo, de aumento da
concorrência entre as empresas nacionais, o planeamento tributário assume um papel
de extrema importância na estratégia e finanças das empresas, pois, quando se
analisam os balanços das mesmas, percebe-se que os encargos relativos a impostos,
taxas e contribuições são, na maioria dos casos, mais representativos do que os custos
de produção.” (Sequeira, 2016)

“Planeamento fiscal trata-se na verdade, de uma organização na vida do contribuinte


(pessoa física ou jurídica), que atento às normas fixadas pela legislação tributária, escolhe os
meios legais com menor incidência tributária.”(Sequeira, 2016)

Segundo Sequeira (2016) “Existem três finalidades do planeamento fiscal:”

• Evitar a incidência do tributo: Tomam-se providências com fim de evitar a ocorrência


do facto gerador do tributo;
• Reduzir o montante do tributo: As providências são no sentido de reduzir a base de
cálculo do tributo;
• Retardar o pagamento do tributo: O contribuinte adopta medidas que têm por fim
postergar (adiar) o pagamento do tributo, sem a ocorrência da multa. Em suma, o
planeamento fiscal correcto consiste em procurar os meios legais de evitar ou
postergar a incidência ou reduzir o montante do tributo possivelmente devido
efectivamente. É importante observar que o intuito de economizar tributos, além de
não ser ilegal, representa, no caso das pessoas jurídicas, até mesmo uma obrigação
dos respectivos administradores, já que a estes importa gerir os negócios da forma
mais rentável possível.

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1.3.2.2-Importância do Planeamento Fiscal para Empresa

A grande importância para uma empresa no planeamento fiscal é a aplicação da Elisão


fiscal.

Para Sequeira (2016)“A elisão é a forma de evitar o pagamento de impostos e


consequente redução da carga fiscal, de forma lícita. A elisão fiscal visa evitar a incidência do
tributo, adoptando-se medidas que evitem a ocorrência do facto gerador, a redução do
montante a ser pago, reduzindo-se a base de cálculo a ser aplicada, e, ainda, o retardamento do
pagamento do tributo, sem que isto implique a ocorrência de multa para o contribuinte.”

“A elisão fiscal é um conjunto de procedimentos previstos em lei ou não vedados por


ela, que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o
seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu
empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a
administração tributária deve respeitá-la.” (Sequeira, 2016)

“A elisão fiscal, como obra da criatividade e engenho dos planeadores tributários,


aspira a uma condição de legalidade que a distinga da evasão. Entretanto, é muito
ténue a linha divisória existente entre elas, não faltando quem já tenha sugerido uma
análise conjunta dos dois institutos devido a seu notável grau de semelhança, muitas
vezes de complementaridade, e sobretudo pelo impacto análogo que causam nos
sistemas tributários modernos. É certo que a análise e o enquadramento dos conceitos
variam profundamente no cenário mundial, de país para país, dependendo das leis
internas e dos tratados internacionais existente, como também diferem em função de
ideologias políticas com que são analisados. Um planeamento tributário pode ser legal
em determinado país e ilegal em outro. Certas legislações consideram como fraude a
simples frustração do objectivo da lei tributária, ainda que o agente se tenha utilizado
de formas legais em seu acto ou negócio. Não seria exagero afirmar que a elisão
distingue-se da evasão tão-somente por uma questão de tempo. Essa diferença é posta
não no sentido de que a fuga ou redução do imposto teria uma outra característica se
ocorrida antes ou depois da ocorrência do facto impunível, como antes já comentado,
mas sim por uma questão de tempo histórico, pois um planeamento tributário
específico, em certo momento, pode ser considerado como elisão fiscal, segundo um
sistema tributário nacional e, sendo detectado e identificado pelas autoridades fiscais,
passa a ser por elas expressamente proibido, transformando-se desse ponto em diante.”
(Sequeira, 2016)

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Segundo Sequeira (2016) “A elisão fiscal configura-se num planeamento fiscal que
utiliza métodos legais para diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento.
Respeitando o ordenamento jurídico, o administrador faz escolhas prévias (antes dos eventos
que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos gastos do ente
administrado.”

“A elisão fiscal é muito utilizada por empresas aquando das transferências entre
grupos, na sua busca de conceitos diferentes em relação a outros conceitos para se
evitar a tributação, de forma a direccionar o tráfego dos valores. Assim, pode-se
reduzir a carga tributária e fazer chegar os financiamentos vindo da empresa-mãe
(holding) para as filiais, subsidiárias ou associadas, até mesmo às sucursais. A elisão
fiscal representa a execução de procedimentos, antes do facto gerador, legítimos,
éticos, para reduzir, eliminar, ou atrasar a tipificação da obrigação tributária,
caracterizando, assim, a legitimidade do planeamento tributário. Elisão é uma conduta
lícita do contribuinte antes da ocorrência do facto gerador, que ele pratique sem que
esteja revestida de nenhuma prática simulatória, com a qual ele obtenha uma menor
carga tributária legalmente possível. Na elisão fiscal, através do planeamento, evita-se
a ocorrência do facto gerador. E, por não ocorrer o facto gerador, o tributo não é
devido. Dessa forma, o planeamento não caracteriza ilegalidade, apenas se usa das
regras vigentes para evitar o surgimento de uma obrigação fiscal, ou seja, é a
realização de operações que aparentem um negócio jurídico legítimo e válido, com o
único objectivo de se obter os efeitos da causa daquele negócio para não recolher
tributos ou diminuir carga tributária.” Sequeira (2016)

1.4- Obrigações Fiscais Principais

1.4.1-Impostos

“A história relata que foi na idade média que se deu início à cobrança de impostos. Os
camponeses e agricultores entregavam parte da colheita aos reis e príncipes, e em troca
os governantes lhes davam segurança e estradas para o transporte da produção. Mais
tarde, com o advento da democracia e a distribuição de serviços públicos nas cidades
de Atenas e Roma, os impostos se tornaram organizados e formais, o que podemos
dizer que foi o início da administração tributária.” Caxueiro (2001).

Desta forma o imposto é uma prestação pecuniária exigida aos particulares, isto é, uma
contribuição pecuniária, imposta aos particulares por via de autoridade, a título definitivo e
sem contrapartida, com vista à cobertura dos encargos públicos. (Sebastião, 2013).

21
Desde a sua concepção até aos dias actuais o termo “imposto” sempre tem gerado
muitas revoluções de autores que defendem que o imposto é uma das formas mais
eficazes do Estado arrecadar receitas. Todas as outras pessoas e grupos da sociedade
estão sujeitos ao pagamento de algum tipo de impostos, cabe ao Estado estipular leis
que permeiam uma arrecadação responsável sem causar prejuízos aos cidadãos.
(Sebastião, 2013).

Para Jeze (2008), O imposto é um tributo obrigatório, coercivo, unilateral, a título


definitivo, sem carácter de sanção, devida ao Estado ou outros entes públicos com vista à
realização de fins públicos.

As receitas que são cobradas pelo Estado angolano, ou por outros entes públicos para
a satisfação das necessidades públicas são denominadas como tributos. Os tributos que
constam no ordenamento jurídico angolano são: os impostos, incluindo direitos
aduaneiros, as taxas e as contribuições especiais. Geralmente o tributo é confundido
com o imposto, porém, o tributo é mais abrangente e o imposto é uma das formas de
tributo. Sebastião (2003)

Para Caxueiro (2001), “o imposto deve se entender como uma prestação definitiva e
unilateral, estabelecida por lei a favor de uma pessoa colectiva de direito público, para a
realização de fins públicos, e que não constitui Sanção de um acto ilícito”.

1.4.1.1-Tipos de Impostos que Incidem nas Grandes Empresas em Angola

“Em qualquer Estado moderno a finalidade primeiramente enunciada para os impostos


é a obtenção de meios destinados à satisfação das necessidades financeiras do Estado e
de outras entidades públicas. Além da grande importância no financiamento das
despesas públicas, os impostos são também muito importantes na prossecução de
outras finalidades extra fiscais e a nossa Angola não foge a essa regra, pois no âmbito
da reforma fiscal que o País está a vivenciar, os impostos têm ganhado cada vez mais
um destaque no que toca a captação das receitas por parte do nosso Estado.” Sebastião
(2003).

A vida das grandes empresas em Angola é um pouco difícil, sobreviver é uma luta
tremenda, por isso a identificação de um regime fiscal propicio ajudará de forma enfática na
possibilidade de sobrevivência por parte desta grande empresa.

22
1.4.1.1.1-Imposto Industrial

Segundo a (Lei nº 26/20, de 20 de Julho)

O Imposto Industrial (II) incide sobre os lucros obtidos no exercício de qualquer


actividade de natureza comercial ou industrial, ainda que acidental. São consideradas sempre
de natureza comercial ou industrial as seguintes actividades:

• Exploração agrícola, avícola, silvícola, pecuária e piscatória;


• Mediação, agência ou representação na realização de contratos de qualquer natureza;
• Exercício de actividades reguladas pelas entidades de supervisão de seguros e
supervisão de jogos, pelo Banco Nacional de Angola e pela Comissão de Mercado de
Capitais;
• Sociedades cujo objecto consista na mera gestão de uma carteira de imóveis,
participações sociais ou outros títulos;
• Fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de beneficência.

Segundo a (Lei nº 26/20, de 20 de Julho), As pessoas colectivas que tenham sede ou


direcção efectiva no estrangeiro e estabelecimento estável no país, serão tributados em
imposto industrial:

• Lucros imputáveis ao estabelecimento estável aqui situado;


• Lucros imputáveis às vendas no país, de mercadorias da mesma natureza das vendidas
pelo estabelecimento estável;
• Lucros imputáveis a outras actividades comerciais no país, da mesma natureza, ou de
natureza similar, das exercidas pelo estabelecimento estável.

As pessoas colectivas que tenham sede ou direcção efectiva no estrangeiro, quando


não possuam estabelecimento estável no país, são tributadas em imposto industrial, à taxa
liberatória, através do regime de tributação de serviços acidentais.

O sistema de tributação tem por base os lucros mundiais, como tal, as pessoas
colectivas que tenham sede ou direcção efectiva no país serão tributadas em imposto industrial
pela totalidade dos lucros obtidos, quer no país, quer no estrangeiro.

23
Sujeito Passivo

(Lei nº 26/20, de 20 de Julho)

• As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, fundações,


associações, fundos autónomos, empresas públicas e as demais pessoas colectivas de
direito público ou privado, com sede ou direcção efectiva em território angolano;
• Entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em
território Angolano, cujos rendimentos não sejam directamente tributáveis em Imposto
Industrial, quer estejam na titularidade de pessoas singulares ou colectivas;
• Incluindo, as heranças jacentes, as pessoas colectivas em relação às quais seja
declarada a invalidade, as associações e sociedades civis sem personalidade jurídica e
as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, anteriormente ao registo
definitivo;
• As pessoas colectivas que não tenham, sede ou direcção efectiva em Angola mas que
obtenham rendimentos no país.

Isenções e Benefícios Fiscais

(Lei nº 26/20, de 20 de Julho)

As isenções e benefícios fiscais resultantes de acordo celebrado com o Estado, ou


entidade pública dotada por Lei desse poder, mantêm-se, nos termos da legislação ao abrigo
da qual foram concedidas, devendo ser disponibilizado pelo contribuinte sempre que
solicitado pelas autoridades. A criação da aparência, perante a administração fiscal ou
terceiros, do direito à isenção de imposto ou do direito a benefícios fiscais, constitui infracção
sancionada nos termos do Código Geral Tributário e da legislação penal.

A requerimento dos interessados, o Titular do Departamento Ministerial que responde


pelas Finanças Públicas, mediante parecer da Direcção Nacional de Impostos, pode
reconhecer isenção do pagamento do imposto industrial, até cinco anos, à Fundações,
Associações e Cooperativas devidamente legalizadas e com estatuto de utilidade pública,
sempre que o interesse público o justifique.

24
Ficam isentas do imposto industrial as companhias de navegação marítimas ou aéreas,
se, no país da sua nacionalidade, as companhias angolanas de igual objecto social gozarem da
mesma prerrogativa.

Regimes de Tributação

(Lei nº 26/20, de 20 de Julho)

a)Regime Geral

Com tributação incidente nos lucros efectivamente obtidos pelos contribuintes e


determinados através da sua contabilidade

• As empresas públicas e entes equiparados;


• as sociedades constituídas nos termos da Lei das Sociedades Comerciais ou Lei das
Sociedades Unipessoais, de capital social igual ou superior a Kz 2.000.000,00;
• as sociedades constituídas nos termos da Lei das Sociedades Comerciais ou da Lei das
Sociedades Unipessoais, com proveitos totais anuais de valor igual ou superior a Kz
500.000.000,00;
• Associações, Fundações e Cooperativas cuja actividade gere proveitos adicionais às
dotações e subsídios recebidos dos seus associados, cooperantes ou mecenas;
• Sucursais de sociedades não residentes no território angolano;

b)Regime Simplificado

• Com tributação incidente sobre os lucros efectivamente obtidos pelos contribuintes e


determinados através da sua contabilidade, ou sobre os lucros que presumivelmente os
contribuintes obtiveram, quando não for possível apurar através dos elementos
contabilísticos disponibilizados pelo contribuinte;
a) São tributados pelo grupo B, todos os contribuintes que pratiquem actos sujeitos ao
imposto industrial, não abrangidos pelo Grupo A, e bem assim, os que, da mesma
natureza subjectiva, devam imposto somente pela prática de alguma operação ou
acto isolado de natureza comercial ou industrial;
b) Entende-se por acto isolado de natureza comercial ou industrial a realização de
qualquer actividade comercial ou industrial, como definida nos termos deste

25
código, que de forma contínua ou interpolada, não tenha duração superior a 180
dias durante um exercício fiscal;
 No acto de cadastramento e declaração de início de actividade, todos os contribuintes
serão enquadrados no grupo B do Imposto Industrial, com excepção daqueles já
identificados como devendo fazer parte do grupo A.

Taxa

A taxa geral do imposto é de 30%.

Para actividades de explorações agrícolas, avícolas, pecuárias, piscatórias e silvícolas a taxa


é de 15%.

A taxa de Liquidação provisória de imposto sobre as vendas do 1º semestre é de 2%.

A taxa de tributação liberatória incidente sobre serviços acidentais é de 6.5%.

Prazo para Pagamento

Entrega da Declaração Modelo 1 acompanhado dos elementos devidos sendo que para
o Grupo A é até 31 de Maio e para o Grupo B 30 de Abril.

1.4.1.1.2-Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho

(Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º28/20, de 22 de
Julho)

Incidência

O novo CIRT segmenta os rendimentos de trabalho em grupos de tributação,


nomeadamente, regimes geral, simplificado e exclusão.

a) Incidência objectiva

o Regime Geral - Todas as remunerações pagas pela entidade patronal aos


trabalhadores por conta de outrem, incluindo funcionários públicos;

26
o Regime Simplificado - Todas as remunerações pagas aos trabalhadores por
conta própria, que desempenham, de forma independente, actividades
profissionais constantes da tabela de profissões anexa ao Código, bem como os
rendimentos percebidos pelos titulares de cargos de gerência e administração
ou de órgãos sociais de sociedades.
o Regime de Exclusão - Todos os rendimentos recebidos pelo desempenho de
actividades industriais e comerciais, que se presumem todas as constantes na
tabela de lucros mínimos em vigor.

b) Incidência Subjectiva
Rendimentos de:
• Pessoas singulares;
• Com ou sem residência em Angola;
• Cujos rendimentos sejam obtidos por serviços prestados a pessoas singulares ou
colectivas com domicílio, ou estabelecimento estável em Angola.

Não sujeição

Não constituem matéria colectável do IRT:

• As prestações sociais pagas pelo Instituto Nacional da Segurança Social, reconhecidas


na Legislação de Segurança Social (Subsídio de Maternidade, Subsídio Aleitamento,
Subsídio de Funeral, Abono de Família etc.);

• as gratificações de fim de carreira no âmbito da relação jurídica laboral que não


ultrapassem os limites máximos previstos na Lei Geral do Trabalho;
• os abonos para falhas, em montante que não ultrapassem o limite máximo estabelecido
para a função pública;
• o abono de família, pago pela entidade empregadora, em montante que não ultrapasse
o limite máximo de 5% do ordenado base do trabalhador, excluídos os trabalhadores
sujeitos ao regime remuneratório da função pública;
• às contribuições para à segurança social;
• os subsídios de renda de casa até ao limite de 50% do valor do contrato de
arrendamento, excluídos os trabalhadores sujeitos ao regime remuneratório da função

27
pública. (carece da entrega de cópia do contrato na Repartição Fiscal, caso contrário
constitui matéria colectável na sua totalidade);
• as compensações pagas a trabalhadores por rescisão contratual independentemente de
causa objectiva, que não ultrapassem os limites mínimos previstos na Lei Geral do
Trabalho;
• os salários e outras remunerações pagas aos trabalhadores eventuais agrícolas aos
trabalhadores domésticos contratados directamente por pessoas singulares ou
agregados familiares;
• os subsídios atribuídos por lei aos cidadãos nacionais portadores de deficiências
motoras, sensoriais e mentais;
• os subsídios diários, os subsídios de representação, os subsídios de viagem e
deslocação atribuídos aos funcionários do Estado, que não ultrapassem os limites
estabelecidos na legislação específica;
• os subsídios diários de alimentação e transporte, atribuídos a trabalhadores
dependentes não incluídos no ponto anterior, até ao limite de 30.000 Kwanzas do seu
valor agregado (alimentação+transporte);
• o reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentes ao serviço da
entidade patronal (trabalhador entrega facturas de refeição ou bilhetes de viagens e é
reembolsado pela entidade patronal);
• as gratificações de férias e o subsídio de natal até ao limite de 100% do salário base do
trabalhador.

Isenções

(Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º28/20, de 22 de
Julho)

Estão isentos do IRT:

• Os rendimentos dos funcionários diplomáticos sempre que haja reciprocidade de


tratamento;

• Os rendimentos auferidos pelo pessoal ao serviço de ONG’s quando exista


reconhecimento prévio por escrito do Director Nacional de Impostos;

28
• Os rendimentos auferidos pelos deficientes de guerra, com incapacidade igual ou
superior a 50%, comprovada com documentação emitida por autoridade competente
para o efeito;

• Os rendimentos auferidos por cidadãos nacionais com + de 60 anos que derivem de


trabalho por conta de outrem;
• Rendimentos por conta de outrem abaixo do limite de isenção definido na tabela do
IRT;
• Rendimentos auferidos por pessoas singulares que prestem serviço militarem nos
órgãos de defesa e ordem interna, mas apenas os resultantes desta actividade;
• Os rendimentos decorrentes do exercício das actividades dos Grupos de tributação A e
B, auferidos pelos antigos combatentes, deficientes de guerra e familiares de
combatentes tombados ou perecidos, desde que devidamente registados no
Departamento Ministerial de Tutela.

Determinação da Matéria Colectável

a)Regime Geral – Trabalhadores por conta de outrem são:

• Dedução à retribuição global das contribuições obrigatórias para segurança social;


• Dedução das componentes remuneratórias não sujeitas ou isentas do imposto;
• Aplicação da tabela do IRT.
b)Regime Simplificado – Trabalhadores constantes da lista de profissões:

• Quando os rendimentos forem pagos por pessoas colectivas ou singulares com


contabilidade organizada – 70% do valor pago;
• Com base na contabilidade ou registos contabilísticos do sujeito passivo, ou com base
nos dados de que a administração fiscal disponha;
• são ainda deduzidos à matéria colectável apurada os seguintes encargos:
o Renda de instalação;

o Remuneração do pessoal permanente não superior a três;

o Consumo de água e energia eléctrica;


o Comunicações;
o Seguros com o exercício da actividade;

29
o Trabalhos laboratoriais;
o Outras despesas que concorrem para formação do rendimento. Os custos
referidos acima, são limitados a 30% do rendimento bruto.
• Os 30% dos rendimentos a título de encargos dedutíveis, não são aplicáveis aos
titulares dos cargos de gerência e administração ou titulares de órgãos sociais de
sociedades, devendo os mesmos ser determinados nos termos do Grupo A.

c) Regime de Exclusão

• Quanto aos rendimentos resultantes da prática de actos de comércio ou desempenho de


actividade industrial, o rendimento colectável é o constante na Tabela de Lucros
Mínimos em vigor;
• Quando o volume de facturação exceda quatro vezes o valor máximo correspondente à
sua actividade, de acordo com Tabela dos Lucros Mínimos, a matéria coletável
corresponde ao volume total de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na
fonte em sede do Imposto Industrial.

Taxas

(Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º28/20, de 22 de
Julho)

a) Regime Geral

As matérias colectáveis apuradas por atribuição de rendimentos do Grupo A aplicam-


se as taxas constantes na tabela anexa ao Código.

b) Regime Simplificado

Aplica-se a taxa efectiva de 10,5% (15% sobre 70% da matéria colectável apurada),
quando se refere a retenção na fonte.

Quando se refere ao titular do rendimento, aplica-se a taxa de 15% sobre o valor dos
rendimentos, após a dedução de 30% do valor, considerando como encargos fiscais ou os
custos que prove ter gasto, mas até ao limite aqui estabelecido.

30
c) Regime de Exclusão

Quanto aos rendimentos sujeitos a retenção na fonte, nos termos do Código do


Imposto Industrial, a taxa é de 6,5% (retenção na fonte).

Quanto aos rendimentos resultantes da prática de actividades industriais ou comerciais,


o rendimento colectável é o constante na Tabela de Lucros Mínimos em vigor, a taxa de 30%.

Quando o volume de facturação exceda quatro vezes o valor máximo correspondente a


sua actividade na Tabela dos Lucros Mínimos, a matéria colectável corresponde ao volume
total de vendas de bens e serviços não sujeitos a retenção na fonte em sede do Imposto
Industrial, a taxa é de 6,5%.

Liquidação

(Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º28/20, de 22 de
Julho)

a) Regime Geral

A liquidação do imposto devido pela atribuição de rendimentos do Grupo A é


efectuada pela entidade responsável pelo pagamento destes rendimentos (entidade
empregadora), mensalmente, após efectuar as deduções legais, aplicando ao valor apurado o
disposto na tabela de taxa sobre o IRT anexa ao Código e preenchimento do Documento de
Liquidação de Imposto (Retenção na fonte).

b) Regime Simplificado

É efectuada pela entidade pagadora desses rendimentos, quando se trate de pessoa


colectiva ou pessoa singular com contabilidade organizada até ao final do mês seguinte ao do
pagamento (retenção na fonte).

É efectuada pela entidade pagadora desses rendimentos quando atribuídos aos titulares
de cargos de gerência ou administração ou titulares de órgãos sociais (retenção na fonte).

É efectuada pelo contribuinte que auferiu o rendimento até ao final do mês de entrega
da declaração anual de rendimentos, podendo deduzir à colecta do imposto, as retenções na
fonte feitas pela entidade pagadora (autoliquidação).

31
c) Regime de Exclusão

É efectuada pela entidade pagadora desses rendimentos quanto se tratar de pessoa


colectiva ou singular que disponha de contabilidade organizada até ao final do mês seguinte
ao do pagamento (retenção na fonte).

É efectuada pelo contribuinte através da aplicação da Tabela de Lucros Mínimos ou


com base nos rendimentos obtidos (volume de facturação), quando o valor exceda quatro
vezes o limite máximo da actividade, de acordo com Tabela dos Lucros Mínimos.
(autoliquidação).

Pagamento e Entrega

(Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º28/20, de 22 de
Julho)

a) Regime Geral

O imposto devido pela atribuição de rendimentos do Grupo A deverá ser entregue pela
entidade empregadora, até ao final do mês seguinte ao do respectivo pagamento, na repartição
fiscal competente sobre a área em que o trabalhador se encontra a desempenhar a prestação de
trabalho.

b) Regime simplificado

Quanto aos rendimentos pagos por pessoas colectivas ou pessoas singulares com
contabilidade organizada, o imposto devido deve ser entregue por estas, até ao final do mês
seguinte ao do pagamento.

Pelo titular do rendimento, até ao final do mês em que deve ser entregue a declaração
anual de rendimentos, relativamente aos rendimentos respeitantes ao ano anterior.

c) Regime de Exclusão

Quanto aos rendimentos pagos por pessoas colectivas ou singulares com contabilidade
organizada, por estas, até ao final do mês seguinte ao do pagamento. Pelo titular desses
rendimentos, até ao final do mês de Fevereiro.

32
Penalidades

• A falta, inexactidão das várias declarações previstas no CIRT, bem como as omissões
nelas praticadas são punidas com multa nos termos do Código Geral Tributário;

• os atrasos superiores a 30 dias na escrituração dos registos, são punidos com multa a
apurar nos termos do Código Geral Tributário no valor mínimo de Kz 50.000;
• verificado o atraso, e independentemente do procedimento para a aplicação da multa, a
Repartição Fiscal manda notificar o transgressor para regularizar a sua escrita dentro
do prazo de 30 dias, com a cominação de que não o fazendo ficará ainda sujeito as
multa de Kz 100.000;
• As entidades responsáveis pela entrega da declarações Modelo 2, quando não
apresentarem, nos prazos definidos no código, são punidos com a pena de multa de Kz
4.000, por cada nome;
• A falta de entrega do imposto, ou a entrega de quantia inferior à descontada é punida
com multa igual ao dobro do quantitativo do imposto em falta, sem prejuízo de
procedimento criminal se se presumir a existência de crime (normalmente trata-se de
crime de “abuso de confiança”, sem prejuízo de poder preencher também os elementos
da “fraude fiscal”);

1.4.1.1.3-Imposto Sobre Aplicação de Capitais

Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro.

O Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) incide sobre os rendimentos


provenientes da simples aplicação de capitais. Os rendimentos estão divididos em duas
secções, A e B, respectivamente.

Secção A: Os juros de capitais mutuados, qualquer que seja a forma de apresentação; os


rendimentos de contrato de crédito e os rendimentos originados pelo diferimento na prestação
ou mora no pagamento.

Secção B: Os lucros dos sócios das sociedades comerciais e cooperativas; juros de obrigações
emitidas pelas sociedades; juros de suprimentos; saldo de juros apurados em conta corrente;
importância atribuídas a empresa pela suspensão da sua actividade; rendimentos de contratos

33
de conta em participação; emissão de acções com reserva na subscrição; Royalties; juros de
depósitos a ordem e a prazo; juros dos títulos do Banco Central, bilhetes do tesouro e
obrigações do tesouro; prémios de fortuna ou azar, rifas, lotarias, apostas; mais-valias.

Incidência subjectiva

Secção A

• Os titulares dos rendimentos.

Secção B

• Quem distribui esses rendimentos.

Isenções

Secção A

• Os rendimentos das instituições financeiras e das cooperativas, quando sujeitas a


imposto industrial;
• os juros das vendas dos comerciantes relativos a produtos ou serviços do seu
comércio, bem como o juro ou compensação da mora no pagamento do respectivo
preço;
• os juros de empréstimos sobre apólices de seguros e vida, feitos por sociedades de
seguros.

Secção B

• Os lucros distribuídos por uma sociedade angolana quando a beneficiária seja uma
pessoa colectiva angolana, que detenha no capital social da entidade que distribui os
lucros uma participação igual ou superior a 25% por um período superior a um ano
anterior a distribuição dos lucros;

• juros de instrumentos que se destinem a fomentar a poupança que sejam devida e


previamente aprovados, relativamente ao valor de aplicação inferior ou igual a AKZ
500.000,00 (quinhentos mil kwanzas);
• juros de contas poupança-habitação criadas pelas instituições financeiras com o
objectivo de fomentar a poupança com vista a aquisição de habitação própria e
permanente.
34
Taxas

• A taxa aplicável aos rendimentos sujeitos e não isentos compreendidos na Secção B


corresponde a 10%, excepto para:

Taxa de 15%:

• O saldo dos juros apurados em conta corrente, nos termos previstos no artigo 344.º e
seguintes do Código Comercial, e bem assim os juros escriturados em conta corrente,
nos demais casos;
• As importâncias atribuídas a empresas singulares ou colectivas a titulo de
indemnização pela suspensão da sua actividade;
• Prémios de jogo de fortuna ou azar, rifas, lotarias ou apostas, qualquer que seja a sua
natureza ou proveniência;
• Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicação de capitais, não
compreendidos na secção A.

Taxa de 5%:

• Os juros dos bilhetes do tesouro, das obrigações do tesouro e dos títulos do banco
central, no caso dos respectivos títulos apresentarem uma maturidade igualou superior
a três anos.

Determinação da Matéria Colectável

A matéria colectável ou base para determinação do imposto é o rendimento pago ou


posto à disposição dos seus titulares.

Liquidação

Secção A

A liquidação do imposto é efectuada pelos titulares dos rendimentos, porém se os


titulares do rendimento não possuírem em Angola residência, sede, direcção efectiva ou
estabelecimento estável, o imposto é liquidado pelos devedores dos rendimentos.

35
Secção B

Com excepção dos rendimentos resultantes da emissão de obrigações e dos decorrentes


da alienação de participações sociais, a liquidação do imposto é efectuada pelas entidades a
quem incumbe o pagamento dos rendimentos, que ficam responsáveis pela totalidade do
imposto e acréscimos no caso de não pagamento.

Prazo de Pagamento

O pagamento do imposto faz-se até ao último dia do mês seguinte àquele que respeite
o imposto.

Obrigações Declarativas

As pessoas obrigadas à liquidação do imposto devem apresentar uma declaração de


todos os rendimentos recebidos, pagos ou postos à disposição dos seus titulares, até ao final
do mês de Janeiro do ano seguinte àquele em que o recebimento, pagamento ou colocação à
disposição ocorram.

1.4.1.1.4-Imposto Predial Urbano

Lei n.º 20/20, de 9 de Julho

Incidência Objectiva

Este imposto incide sobre as rendas dos prédios urbanos quando arrendados ou sobre o
valor patrimonial dos prédios quando não arrendados.

Para efeitos deste imposto, prédio urbano é toda a fracção de território (terrenos)
incluindo as construções neles assentes com carácter de permanência (seis meses ou mais) que
estejam afectos a qualquer fim que não sejam a agricultura, silvicultura e pecuária.

Sujeitos Passivos

Estão sujeitos ao pagamento do imposto predial sobre os Prédios Arrendado os


titulares ou beneficiários das rendas, devendo pagar o imposto nos meses de Janeiro e Julho
do ano seguinte. Entretanto para os inquilinos que disponham de contabilidade organizada,
estão obrigados por lei a procederem a retenção na fonte, da importância correspondente ao
36
imposto no momento do pagamento da renda e entregarem o mesmo ao Estado até ao dia 30
do mês seguinte ao da retenção na fonte. Devemos entender que os inquilinos aparecem nesta
situação como substitutos tributários na entrega do imposto ao Estado, mas quem suporta
financeiramente o imposto continua a ser o beneficiário das rendas (senhorio).

Estão sujeitos ao pagamento do imposto predial sobre os Prédios Não Arrendados o


proprietário, beneficiário, usufrutuário e devendo fazê-lo nos meses de Janeiro e Julho do ano
seguinte.

Isenções

Beneficiam de isenção as seguintes entidades:

• O Estado, institutos públicos e associações que gozem do estatuto de utilidade pública;


Estados estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às respectivas representações
diplomáticas ou consulares, quando haja reciprocidade;
• Instituições religiosas legalizadas, quanto aos imóveis destinados exclusivamente ao
culto; Estão igualmente isentos do pagamento do IPU sobre o património as sedes dos
partidos políticos, as sede dos sindicatos, e sedes das instituições de providência
social.

Taxas

Para os prédios arrendados a taxa é de 25% sobre os 60% das rendas efectivamente
pagas, ou seja, efectivamente 15% sobre o valor da renda.

Para os prédios não arrendados:

A taxa é 0,5% sobre o excesso de 5.000.000 Akz.

Liquidação e Pagamento

Quando haja lugar a retenção na fonte, o IPU sobre a renda porque o inquilino
(arrendatário) dispõe de contabilidade organizada, no acto de pagamento das rendas, deve o
mesmo, deduzir o imposto e entregar aos cofres do Estado até ao dia 30 do mês seguinte
àquele a que corresponde a retenção.

37
Dirigindo-se para o efeito à Repartição Fiscal da situação do imóvel, proceder a
liquidação e o pagamento do imposto.

Para os Prédios não arrendados compete ao Proprietário, detentor, usufrutuário


liquidar e pagar o imposto nos meses de Janeiro e Julho do ano seguinte. No entanto pode o
imposto a pedido do contribuinte ser pago em quatro prestações: Janeiro, Abril, Julho e
Outubro.

Prazo de Pagamento

Pagamento IPU Renda sem retenção na fonte – Janeiro e Julho do ano seguinte.

IPU renda com retenção na fonte – Até ao dia 30 do mês seguinte ao efectivo
pagamento da renda.

IPU sobre o património: Janeiro e Julho do ano seguinte (exemplo: o IPU sobre o
património de 2015 deve ser pago em 2016).

Outras Obrigações

Todos os titulares, detentores ou possuidores de imóveis e terrenos havidos


fiscalmente como prédios urbanos devem fazer a inscrição dos referidos prédios na repartição
fiscal da situação do imóvel, devendo para o efeito o contribuinte preencher e entregar a
Declaração modelo 5 (disponível a venda nas repartições Fiscais e Impressa Nacional).

Os Senhorios dos prédios arrendados devem entregar em Janeiro a Declaração Modelo


1 dos prédios arrendados, demonstrando as rendas recebidas no ano anterior, apresentar os
DAR´s (documento de arrecadação de receitas) das retenções sofridas se for o caso (por terem
arrendatários com contabilidade organizada) e pagar a 1ª prestação do imposto referentes as
rendas recebidas.

1.4.1.1.5-Imposto Sobre de Valor Acrescentado

Lei nº 20/20 de 9 de Julho

38
Regimes de Tributação

a) Regime Geral

Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes cadastrados na Repartição


Fiscal dos Grandes Contribuintes, bem como aqueles que voluntariamente solicitem a sua
adesão a este regime, desde que verificados os requisitos previstos no artigo 62.º do Código
do Imposto Sobre o Valor Acrescentado; Volume de negócios ou operações de importação
igual ou superior a Kz.: 350.000.000,00 (nos 12 meses anteriores).

• Todos aqueles, nele já enquadrados;


• adesão facultativa (contribuintes com o volume inferior ao acima citado);
• Os contribuintes do sector industrial devem obrigatoriamente estar neste regime
independentemente do volume de negócio;
• Os sujeitos passivos deste regime, que praticam operações isentas estão obrigados,
relativamente a estas operações, ao pagamento do Imposto de Selo sobre o recibo de
quitação à taxa de 7%, referente à verba 23.3;

b) Regime Simplificado

Volume de negócios ou operações de importação igual ou inferior a Kz.:

350.000.000,00 (nos 12 meses anteriores).

Apuramento do imposto devido mensalmente.

Taxa de 7% sobre o valor efectivamente recebido de operações não isentas, incluindo


os adiantamentos ou pagamento antecipados.

Direito à dedução de 7% do total do imposto suportado.

Na aquisição de serviços a prestadores não residentes, liquidam o imposto à taxa de


7% sobre o valor do serviço efectivamente pago.

Os sujeitos passivos deste regime, que praticam operações isentas estão obrigados,
relativamente a estas operações, ao pagamento do Imposto de Selo sobre o recibo de quitação
à taxa de 7%, referente à verba 23.3.

39
Os contribuintes do imposto industrial enquadrados no regime simplificado, devem lá
permanecer desde que o seu volume de negócio não supere os USD 250 Mil.

c) Regime de Exclusão

Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes que possuem um Volume de


negócios ou operações de importação inferior a Kz.: 10.000.000,00.

Sem qualquer obrigação em sede de IVA.

Nota: - Os contribuintes do imposto industrial enquadrados no regime simplificado,


devem lá permanecer desde que o seu volume de negocio não ascenda os USD 250 Mil.

Todos contribuintes devem fazer a actualização do cadastro independentemente do seu


enquadramento em IVA ou volume de negócio.

Será alterado o regulamento do CIVA para ajustar as regras contabilísticas do IVA.

Ficam dispensadas do procedimento de despacho e do pagamento dos direitos


aduaneiros, e a taxa devida pela prestação de serviços as mercadorias expedidas pelos correios
por intermédio de operadores de correio ou carga expresso, ou contidas na bagagem pessoal
dos viajantes, desde que reúnam os requisitos do conceito de bens de uso pessoal,
transportadas em quantidades reduzidas e que não excedam por remessa ou por viajante o
valor de Kz. 880 000,00 (oitocentos e oitenta mil Kwanzas).

Taxa

1. A taxa do imposto é de 14% (catorze por cento)

2. A taxa do imposto de 2% (dois por cento) na importação e operações internas (Regime


Especial de Cabinda).

3. A taxa do imposto de 5% (cinco por cento) para alguns meios agrícolas na importação
e operações internas (Lei do OGE 2020 Revisto).

Incidência objectiva

Lei nº 20/20 de 9 de Julho

Estão sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado:


40
a) As transmissões de bens e as prestações de serviços efectuadas no território
nacional, a título oneroso por um sujeito passivo agindo nessa qualidade;
b) As importações de bens.

A transmissão de bens ou a prestação de serviços, acessória a outra transmissão de


bens ou prestação de serviços considera-se parte integral da mesma.

Incidência subjectiva

Lei nº 20/20 de 9 de Julho

São sujeitos passivos do imposto:

1. Qualquer pessoa singular, colectiva ou entidade que exerça, de modo independente,


actividades económicas, incluindo de produção, de comércio ou de prestação de serviços,
profissões liberais, actividades extractivas, agrícola, aquícola, apícola, avícola, pecuária,
piscatória e silvícola;

2. As pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens nos


termos da legislação aduaneira;

3. As pessoas singulares, colectivas ou entidades que mencionem indevidamente o


Imposto sobre o Valor Acrescentado em factura ou documento equivalente;

4. As pessoas singulares, colectivas ou entidades, sujeitos passivos do imposto, que


sejam adquirentes de serviços a entidades não residentes sem domicílio, sede ou
estabelecimento estável no território nacional, nos termos do número 2 do artigo 29.º do
presente Código;

5. São ainda sujeitos passivos do imposto:

6. O Estado, as entidades governamentais e outros organismos públicos, incluindo,


Institutos Públicos, Autarquias, Instituições públicas de previdência e segurança social,
excepto quando actuem dentro dos poderes de autoridade e daí não resultem distorções de
concorrência;

7. Os partidos e coligações políticas, os sindicatos e as instituições religiosas legalmente


constituídas, na medida em que efectuem operações tributáveis.
41
8. Não se consideram sujeitos passivos do imposto os assalariados e outras pessoas, na
medida em que se encontrem vinculados à entidade patronal por um contrato de trabalho, ou
por contrato que, não sendo um contrato de trabalho, estabeleça vínculos de subordinação no
que diz respeito às condições de trabalho e de remuneração e à responsabilidade da entidade
patronal.

Apuramento e Pagamento do Imposto

Lei nº 20/20 de 9 de julho

Os sujeitos passivos referidos no número 1 do artigo 4.º, que não optem pelo regime
geral, procedem ao pagamento do imposto trimestralmente nos meses de Abril, Julho,
Outubro e Janeiro.

O imposto a que se refere o número anterior é apurado mediante aplicação da metade


da taxa do imposto sobre o valor acrescentado sobre o volume de negócios respeitante aos três
meses anteriores, com direito à dedução, até ao limite de 4% do imposto suportado nas suas
aquisições de bens e serviços que constem do mapa de fornecedores a que se refere o número
4 do artigo anterior.

Para efeitos do disposto no número anterior, o volume de negócios corresponde ao


montante efectivamente recebido das vendas efectuadas e ou serviços prestados, com
excepção das operações isentas ao abrigo do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado.

Os sujeitos passivos referidos no número 1 submetem uma declaração simplificada,


por transmissão electrónica de dados, até ao último dia do mês seguinte àquele a que
respeitam as operações dos três meses anteriores.

Os sujeitos passivos do regime transitório aplicam as regras de liquidação e pagamento


do regime geral de tributação quando adquiram serviços a prestadores não residentes.

Os serviços referidos no número anterior correspondem aos efectivamente pagos e


sujeitam-se à metade da taxa do imposto sobre o valor acrescentado.

Não é concedido reembolso sempre que o montante da dedução a que se refere o


número 2 seja superior ao imposto apurado nos termos do presente artigo, caso em que a

42
dedução é efectuada nos períodos de impostos seguintes até ao fim do período transitório,
considerando se definitivo o imposto suportado.

Pagamento do Imposto

Os sujeitos passivos, responsáveis pelo pagamento do imposto nos termos dos


números 1 e 2 do artigo anterior, são obrigados a entregar o montante do imposto exigível,
através dos meios de pagamento legalmente permitidos, até ao último dia do mês seguinte
àquele a que respeitam as operações realizadas no mês anterior.

Sempre que se proceda à liquidação do imposto por iniciativa da Administração Geral


Tributária, sem prejuízo do disposto no artigo 54.º, é o sujeito passivo imediatamente
notificado para efectuar o pagamento do imposto em falta e dos acréscimos legais, no prazo
previsto no Código Geral Tributário.

A falta de pagamento do imposto e dos acréscimos legais no prazo previsto no número


anterior determina a extracção pela Administração Geral Tributária da correspondente
certidão de dívida nos termos estabelecidos na legislação aplicável.

O imposto devido pelas importações é pago nos serviços aduaneiros competentes no


acto do desembaraço alfandegário.

O imposto relativo às transmissões de bens resultantes de actos de arrematação, venda


judicial ou administrativa, conciliação ou de contratos de transacção é liquidado no momento
em que é emitida a notificação para o pagamento. A liquidação é efectuada mediante
aplicação da respectiva taxa ao valor tributável, determinado nos termos da alínea e) do
número 3 do artigo 17.º.

Pagamento do Imposto Cativo

As entidades referidas no número 2 artigo 21.º são obrigadas a submeter por


transmissão electrónica de dados o anexo da declaração periódica correspondente a tais
operações, que gera automaticamente o Documento de Cobrança e a entregar o montante do
imposto cativo que consta das facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos seus
fornecedores de bens e serviços, até ao último dia do mês seguinte às operações cujo imposto
foi cativo.

43
O imposto cativo a que se refere o número anterior deve ser entregue na totalidade aos
cofres do Estado.

As sociedades investidoras petrolíferas apenas são obrigadas a entregar o montante do


imposto cativo das operações que não conferem direito à dedução nos termos do artigo 25.º,
simultaneamente com a declaração periódica, através dos meios de pagamento legalmente
permitidos, no prazo previsto no número 1 do artigo 44.º.

Sem prejuízo do disposto no número 2 do artigo 52.º, o imposto cativo pelo Estado e
as autarquias locais deve ser transferido para a Conta Única do Tesouro, no momento do
pagamento da factura ou documento equivalente.

Quando a submissão do anexo a que refere o número 1 ocorra após o decurso do prazo
aí referido, as entidades obrigadas a cativar só podem deduzir o imposto na declaração
periódica do período subsequente.

A inclusão do imposto dedutível nos custos de pesquisa, desenvolvimento, produção e


abandono das sociedades investidoras petrolíferas, implica a não-aceitação do imposto como
custo fiscalmente aceite em sede do Imposto sobre o Rendimento do Petróleo.

Penalizações

1. A falta ou atraso na submissão electrónica de qualquer declaração fiscal ou documento


electrónico exigível implica, para o infractor, o pagamento de multa de 5.862 UCF por cada
infracção, independentemente da entrega do imposto devido e não arrecadado em
consequência da transgressão praticada.

2. Caso haja dolo na falta ou atraso na submissão electrónica de qualquer declaração ou


documento, a multa referida no número anterior eleva-se para o dobro.

3. Quando a infracção for regularizada nos 30 dias imediatos ao fim do prazo legal a
multa referida do nº 1 reduz-se pela metade.

4. Presume-se dolosa a falta de submissão de qualquer declaração prevista.

44
5. A falta de liquidação, liquidação inferior á devida ou liquidação indevida do imposto
em factura ou documento equivalente, bem como a falta de entrega, total ou parcial do
imposto devido aplica-se o disposto no Código Geral Tributário.

6. Excluem-se do âmbito de aplicação do ponto anterior, o incumprimento do disposto de


aplicação do nº 2 do artigo 29ºe no artigo 31º, o qual implica para o infractor multa igual ao
dobro do imposto em falta, com o mínimo correspondente a 569 UCF por cada infracção.

1.5-Obrigações Fiscais Acessórias

De acordo com o Observatório (2015) “há quem precisam estar à disposição da


fiscalização. Caso o empreendimento não esteja com tudo em dia, pode ser actuado ou correr
o risco de receber uma multa ou até ter a empresa fechada, os documentos que não podem
faltar a todo negócio, desde licenças de funcionamento até documentos contábeis e fiscais,
são:

a) Alvará: É a autorização que toda a empresa tem para funcionar e obedecer a critérios
municipais. Para conseguir a autorização, é preciso verificar se o local do imóvel está
regularizado, se as plantas estão regularizadas junto a lei de zoneamento, se permite
determinada actividade naquela região. O alvará deve ser renovado periodicamente, o que
também varia em cada cidade em algumas o prazo é de 1 ano, em outras, de 2 anos. Sem o
documento, a empresa pode ser fechada a qualquer momento;
b) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica: O cadastro Nacional de Pessoa Jurídica é um
documento que permite uma empresa exercer a sua actividade regular. Sem ele não é
possível fazer nada, nem mesmo emitir uma nota fiscal. Além disso, a falta deste
documento dificulta a compra e venda com outras empresas. Qualquer débito em aberto
junto à do Estado, como a ausência dos Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, pode levar ́ à
suspensão ou restrição do CNPJ. Para saber se a sua empresa tem irregularidades;
c) Inscrição Municipal: Toda empresa de comércio ou indústria precisa ter um cadastro
junto ao Estado. No caso das prestações de serviço, este registo deve ser feito pelo
município. Os motivos que levam a restrições nesta documentação são semelhantes aos do
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, porém, na esfera municipal;

45
d) Relação Anual de Informações Sociais: Relação Anual de Informações Sociais, diz
respeito à contratação de pessoas e controla as actividades trabalhistas no pais. A entrega
do documento é obrigatória todo ano, mesmo que não haja contratações. As únicas
excepções são os empreendedores individuais, que estão dispensados da entrega. A relação
pode ser enviada pela internet, no site do Ministério do Trabalho e Emprego. Em caso de
ausência, a empresa é multada. A taxa é calculada pelos dias de atraso, levando em
consideração a quantidade de empregados omitidos – até 30 dias;
e) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados: O Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, é a forma pela qual o Ministério do Trabalho controla quem foi demitido
e admitido. Em caso de não entregar o documento, o empresário precisa justificar e
também está sujeito a uma multa;
f) Livros: Toda empresa deve manter documentos que registram as actividades contábeis no
local. São livros diário, razão, entradas e saídas. No primeiro devem constar todas as ́
movimentações dentro da empresa, como compras, vendas, pagamentos e recebimentos. O
livro razão enumera por tipo de pagamento e as movimentações. Entradas e saídas dizem
respeito às compras de stock e vendas de produtos realizadas. Esses balanços são
normalmente cedidos à fiscalidade e não podem se contradizer;
g) Guias: A guia pode ser Previdência ou contribuição social, que comprova o pagamento
anual da Contribuição Sindical Patrimonial e deve estar sempre em dia, e são usadas para
comprovar o cumprimento de obrigações junto a previdência social;
h) Balanço Patrimonial: O balanço patrimonial é o relatório contabilistico obrigatório por
lei, revelando como de facto está o património da empresa, bem como a sua situação
financeira no período em questão, as contas devem ser agrupadas de acordo aos elementos
do património que registam com indicação dos valores do exercício anterior;
i) Demonstração de Resultados: A demonstração de Resultados do Exercício é uma
demonstração contabilística destinada a revelar a formação do resultado liquido em
determinado exercício confrontando receitas, custos e resultados da empresa;
j) Folha de Pagamento: A folha de pagamento é obrigatória desde que a empresa possua
funcionários, e deve descriminar dados como: Nome do funcionário, Salário, Descontos,
Encargos sociais e outras informações relevantes.

46
1.6-Demonstrativos de Apuramento das Contribuições sociais

Segundo Sequeira (2016) “Aos demonstrativos de apuração das contribuições sociais


abrange dados sobre a apuração para o funcionamento da segurança social e estatuto ou
contrato social que é usado pelas sociedades, com excepção das entidades sem fins
lucrativos.”

a) Regime Contabilístico das Demonstrações do Exercício após a Publicação do Perdão


Fiscal: Relativamente aos impostos que estão abrangidos no perdão fiscal, os fatos
tributários, que se tenham verificado em períodos de tributação até 31 de Dezembro de
2012, são:

i. Imposto industrial;
ii. imposto sobre os rendimentos dos trabalhos;
iii. imposto sobre aplicação de capitais;
iv. imposto predial Urbano.
Também gozam do perdão os respectivos acréscimos legais, que são:

a) Juros compensatórios;
b) juros de mora;
c) custos processuais.

b) Reconhecimento contabilístico dos impostos e dos acréscimos legais quanto as dívidas


ao estado nas demonstrações financeiras

Imposto industrial

Quanto ao imposto industrial, temos as retenções na fonte ao abrigo da Lei 7/97, sobre
os serviços de empreitadas, subempreitadas E prestação de serviços, Feitas pela empresa
aquando Dos pagamentos aos fornecedores, totais ou parciais.

São as dívidas reconhecidas, “ retenção na fonte”, Na conta Estado (37 - PGC),


aquando do pagamento ao fornecedor.

47
Imposto sobre os rendimentos de trabalho

Quanto ao IRT, Temos duas vertentes:

a) IRT por conta de outrem: São as dívidas reconhecidas na conta Estado (34 - PGC)
No momento do processamento das folhas de salários ou ordenados.
b) IRT por conta própria: São as dívidas reconhecidas, “retenção na fonte”, na conta
Estado (34 - PGC), aquando do pagamento ou profissional liberal.

Imposto sobre Aplicação de Capitais

São as dívidas e conhecidas, “ retenção na fonte”, na conta Estado (34 - PGC),


aquando do pagamento dos rendimentos aos beneficiários.

Imposto Predial Urbano

Quanto ao IPU, temos duas vertentes:

a) IPU renda: São as dívidas reconhecidas, “retenção na fonte”, Na conta Estado (34 -
PGC), aquando do pagamento das rendas, totais ou parciais, ao
arrendatário/inquilino.
b) IPU património: São as dívidas reconhecidas como obrigação apagar ao Estado (34
- PGC), quando a empresa tem obrigação de suportar, liquidar e pagar.

Juros compensatórios

São os acréscimos legais reconhecidos como obrigações a pagar ao Estado (34 - PGC),
pela falta de liquidação de um imposto.

Juros de mora

São os acrescemos legais reconhecidos como obrigações apagar ao Estado (34 -


PGC), pela falta de pagamento de um imposto de liquidado.

Custos processuais

São as dívidas reconhecidas como obrigação apagar ao Estado (34 - PGC), Quando a
empresa tem obrigação de suportar, liquidar e pagar.

48
1.6.1-Anulação da dívida ao Estado de Reconhecimento Como Proveito do Exercício

A dívida fiscal reconhecida como obrigação apagar ao Estado (34 - PGC), desde que
não tenha sido paga até a data da publicação da aprovação do perdão fiscal e reconhecidas nas
demonstrações financeiras até 31 de Dezembro de 2012, deve ser anulada, no exercício da
publicação do perdão fiscal, ou no exercício a posterior.

Segundo o Código do imposto industrial, consideram-se proveitos ou ganhos


realizados no exercício os provenientes de quaisquer transacções ou operações efectuadas
pelos contribuintes em consequência de uma acção normal ou ocasional, básica ou meramente
acessória. Sobre o proveito os referidos, temos “os padrões de dívidas”. Neste caso, as
dívidas, “saldos credores”reconhecidas na conta Estado (34 - PGC), no momento da anulação,
devem ser em contrapartida do débito de proveito do exercício.

CAPITULO II- METODOLOGIA DE PESQUISA

2.1- Modelo de Pesquisa

Modelo Qualitativo, para Rampazzo; (2005) “busca uma compreensão particular daquilo que
se estuda: O foco a sua atenção é concretizado no específico no peculiar, ao individual,
almejando sempre a compreensão e não a explicação dos fenómenos estudados”.

Foio modelo qualitativo usado na pesquisa porque, busca uma compreensão particular
daquilo que se estuda, ou seja, é focada no objectivo primordial da pesquisa.

2.2- Tipo de Pesquisa

Pesquisa Documental, para Braga (2013) “ uma analise documental, é aquele que obtenção
dos dados ocorre em: documentos ou livros, peças teatrais, cartazes, etc.
49
Pesquisa descritiva, segundo Carvalho (2009) o objectivo da mesma é fazer uma
levantamento das características conhecidas acerca do tema.

Estudo caso: segundo Carvalho (2009) “ estudo de caso é a pesquisa que procura
verificar a constância ou repetição do mesmo fenómeno em vários casos”.

Usou se os seguintes tipos de pesquisa: pesquisa descritiva, documental e estudo de


caso.

2.3- População

Para Gil (2007) “ População é o conjunto de indivíduos, famílias, outras organizações,


acontecimentos ou outros objectos de estudo que o investigador pretende descrever.
Amostragem é o processo pelo qual se obtém informação sobre um todo examinando-se
apenas uma parte do mesmo.

A população pesquisada foi de 400 ou mais funcionários DAR Angola Consultoria, Lda.

2.4- Amostragem

Amostragem utilizada no trabalho foi por escolha racional é quando o pesquisador


busca na população uma parte dela que interessa, ou seja, os participantes são escolhidos por
terem uma ou mais característica específicas.

Na DAR Angola Consultoria, Lda. foi retirada uma amostra de 6 funcionários do


Departamento Financeiro da mesma.

2.5- Técnica ou instrumento de colecta de dados

Entrevista corresponde a um processo de interacção face-a-face uma ou mais pessoas


(que desempenham o papel de entrevistado). O sucesso da entrevista está associada a
capacidade do entrevistador para estabelecer um relacionamento com o entrevistado.

50
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS

3.1-Apresentação da Unidade em Análise

a) Historial da empresa Dar Angola Consultoria, Lda.

A empresa Dar Angola Consultoria, Lda. é uma grande empresa criada em 17 de Abril
de 1998, com sua sede em Luanda-Ingombota, foi criada por uma sociedade com um capital
inicial de 900.0000.000.000kz, dedicada ao ramo de construção civil, fiscalização de obras,
elaboração de projectos tanto públicos como privados, conta com mais de 550 trabalhadores
dentre eles 180 técnicos superiores distribuídos nos vários sectores da mesma. Coabitam na
sua estrutura orgânica duas unidades de negócios com escopos claramente diferenciados,
desfrutando apenas dos efeitos positivos das economias de escala e das sinergias geradas pela
complementaridade de negócios.

Trata-se de unidades com competências para intervir no âmbito da elaboração de


estudos e projectos para os variados sectores da economia real bem como a fiscalização e
supervisão de empreitadas de construção civil e obras públicas. No domínio da consultoria de
apoio as empresas e instituições públicas, as nossas habilidades e expertise direccionam-se
para dotá-las das competências de gestão ajustadas aos desafios que se apresentam e pela
exigência de níveis de governança que são apanágio de mercados altamente competitivos e em
permanente mudança, assim como o exigível no ordenamento jurídico nacional.

A experiência e o conhecimento dos nossos especialistas sobre o contexto nacional e a


nossa ligação em rede com conceituadas empresas internacionais, permite-nos um sólido
posicionamento no mercado angolano, o que é claramente traduzido pelos níveis de
crescimento que vimos alcançando nestes oito anos de actividade.

b) Objectivo da empresa
51
Seu principal objectivo é dar o seu melhor para contribuir no desenvolvimento
socioeconómico do país garantindo qualidade e eficácia nos seus trabalhos.

c) Responsabilidades da empresa

A DAR Angola Consultoria, Lda. é responsável por etapas extremamente importante


para as realizações de projectos no segmento de construção civil. Com objectivo de manter
qualidade dos processos e a segurança de todos os envolvidos, a empresa de consultoria e
fiscalização de obras oferece apoio técnico por profissionais especializados em engenharia.

Podendo ser requisitadas nos mais diversos tipos de projectos de construção, a empresa
de consultoria e fiscalização de obras actua como umas das principais fontes para
desenvolvimento de serviços em projectos de edificações para varejo, edifícios educacionais
como universidades e escolas, edifícios ou estabelecimentos comerciais, indústrias, shoppings,
hospitais, clubes, condomínios e outros.

Segurança e excelência da DAR Angola Consultoria, Lda. ao desenvolver a inspecção


e o controle técnico de serviços para examinar e verificar se a execução desses projectos está
sendo feita de maneira coerente, a empresa de consultoria e fiscalização de obras garante que
todos os projectos estejam de acordo com os prazos estabelecidos, evitando maiores
transtornos com a entrega efectiva de cada obra.

Com especialistas responsáveis por desenvolver actividades de fiscalização,


obrigatoriamente registos no CREA, a empresa de consultoria e fiscalização de obras assegura
que todos os recursos, sejam eles públicos ou privados, sejam utilizados conforme os
princípios estipulados, com a total eficiência.

A empresa é responsável por acompanhar e conferir todo o cronograma físico


financeiro, informando, quando necessário, as diferenças observadas ao longo da obra. Assim,
a empresa disponibiliza para os seus contratantes relatórios acerca do andamento dos serviços,
esclarecendo e providenciado o que for necessário para o cumprimento de cada etapa
estabelecida em contrato.

A DAR Angola Consultoria, Lda. destaca-se no mercado angolano pelo alargado leque
de serviços que disponibiliza aos seus clientes que encontrarão, num mesmo e único
interlocutor, todas as valências indispensáveis à próspera prossecução da sua actividade
52
económica. Direccionada preferencialmente para o mercado da construção civil e projectos
imobiliários e de infra-estruturas, a DAR Angola Consultoria, Lda. presta os seguintes
serviços em diferenciadas áreas de Engenharia:

• Gestão de Empreendimentos e de Gabinetes de Engenharia;


• Preparação de Projectos de Engenharia;
• Fiscalização de obras públicas e privadas;
• Elaboração de estudos de impacto ambiental;
• Constituição e Gestão de Consórcios e Agrupamentos Complementares de Empresas
destinados ao desenvolvimento de projectos em regime de parceria;

• Avaliações patrimoniais.

No mundo empresarial em que vivemos, as oportunidades de negócio surgem a uma


velocidade extraordinária, impondo por isso processos céleres de decisão, substancialmente
optimizados se as empresas estiverem solidamente apoiadas por uma entidade que reúna as
necessárias competências para as ajudar nesse ponto. Assim, a DAR Angola, Lda. presta
também serviços de Consultoria nas áreas de gestão e organização, assim como na vertente
financeira.

No âmbito da sua gestão fiscal a mesma tem obrigações a cumprir como o pagamento de
impostos, rendas, taxas ou até mesmo multas. Sabendo que é uma empresa de regime geral ela
paga os seguintes impostos:

• Imposto Predial Urbano;


• Imposto sobre Valor Acrescentado;
• Imposto industrial;
• Imposto sobre Rendimento do Trabalhador;

• Imposto sobre aplicação de capitais.

A empresa DAR Angola Consultoria, Lda. Quando realiza uma prestação de serviços é
tributada na legislação doméstica angolana em sede do imposto industrial e do IRT, a taxa que
incide é de 6,5% para ambos sobre os rendimentos de 200.000,00 kz ou valor superior a esse,
contudo, a tributação dos serviços é feita por retenção na fonte liberatória sobre o total do
pagamento recebido dos seus clientes. As obrigações de determinar a matéria colectável e a

53
efectiva cobrança são transferidos para o agente de retenção (substituto tributário que
beneficia do serviço).

Deverá para o efeito e exigir que lhe seja entregue um certificado de residência fiscal
emitido pelas autoridades fiscais do país contraparte no ADT em causa, possibilitando assim
aplicar a taxa que resulta do ADT. O certificado é o corresponde ao modelo oficial da AGT.

A Dar Angola Consultoria, Lda. desde que começou a sua actividade no nosso país sempre
esteve presente na fiscalização de inúmeras obras e remodelações de algumas já existentes.

1 - Quais são a principal construção que a Dar Angola Consultória, Lda fez a fiscalização?

R: A Dar Angola Consultoria, Lda. esteve presente na fiscalização em muitas construções


dentro do nosso país, construções importantes como:

• A Assembleia Nacional: fez tanto a planta como a fiscalização das obras


• O Banco Nacional de Angola
• O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-pulmonares Dom Alexandre Nascimento
(Hospital Sanatório)
• O Arquivo Nacional

2 - Qual é a maior parceria que a Dar Angola Consultoria, Lda. possui no país?

R: A Dar Angola Consultoria, Lda. tem muitas parcerias no nosso país no ramo de
fiscalização de obras, mas a principal e a de maior renome que é muito facilmente associada à
ela é a Omatapalo.

3 - Como é que a Dar Angola Consultoria Lda. faz para poder participar em obras no nosso país,
sabendo que é uma empresa privada e faz construções viradas ao Estado?

R: Inicialmente a Dar Angola Consultoria, Lda. começou participando em concursos públicos


apresentando os seus projectos em forma de plantas para poder ser aceite e ganhar
credibilidade com o Estado. E com o decorrer do tempo conseguiu a tão cobiçada
credibilidade com o Estado e os seus outros clientes e tornou-se umas das principais escolhas
do Estado para fiscalizar obras.

54
4 - Qual é a visão que Dar Angola Consultoria, Lda. tem para o nosso país?

R: A maior visão da Dar Angola Consultoria, Lda. para com Angola é ajudar a alavancar a
infra-estrutura do país e tornar o nosso país um dos mais desenvolvidos em termos de
construções.

3.2- Análise dos resultados

Questionário

Imposto Industrial

5 - Quais são as sanções que a empresa Dar Angola Consultoria, Lda está sujeita a sofrer
pelo incumprimento do Imposto Industrial?

R: A empresa Dar Angola está sujeita a pagar 300.000.00 Akz como sanção pelo
incumprimento do pagamento do imposto.

Análise: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda por ser do regime geral paga
300.000.00 Akz como sanção, após passar o prazo de pagamento lhe é acrescentada
100.000.00 Akz por cada dia que passar o prazo.

6 - Quando é que a empresa Dar Angola Consultoria, Lda paga o Imposto Industrial?

R: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda paga o imposto Industrial no final do mês de
Maio.

Análise: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda por ser do regime geral caí na
tributação do grupo A por isso o pagamento deve ser feita no final do mês de maio do ano
posterior.

7 - Qual é a taxa do Imposto Industrial que a empresa Dar Angola Consultoria, Lda paga?
R: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda paga a taxa de 30%.
Análise: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda por ser do regime geral paga à taxa de
30% do valor do lucro da empresa.

55
Imposto sobre Rendimento de Trabalho

8 - Quantos trabalhadores da empresa Dar Angola Consultoria, Lda. Pagam o IRT?

R: Na empresa Dar Angola Consultoria, Lda 300 dos 450 trabalhadores pagam IRT.

Salário Base
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Trabalhadores

70.001-100.000 150.001-200.000 500.001-1.000.000

Análise e interpretação do gráfico:

Na empresa Dar Angola Consultoria, Lda 20% dos trabalhadores correspondente a 60


trabalhadores pagam o IRT à taxa de 10 % por auferirem um salário de 70.001,00 à 100.000,00
Akz.

Na empresa Dar Angola Consultoria, Lda 35% dos trabalhadores correspondente a 105
trabalhadores pagam o IRT à taxa de 16% por auferirem de 150.001,00 à 200.000,00 Akz.

Na empresa Dar Angola Consultoria, Lda 45% dos trabalhadores correspondendo a 135
trabalhadores pagam o IRT à taxa de 20% por auferirem de 500.001,00 à 1.000.000,00.

56
9 - Qual é a base tributária que a empresa Dar Angola Consultoria, Lda tem para ser tributado
no IRT?

R: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda baseia-se no Artigo 8 e 9 Lei 28/20.

Análise: para determinar a matéria colectável na DAR Angola Consultoria, Lda deve ser
deduzido a retribuição global das contribuições obrigatórias para segurança social.

10 – Quem está isento do IRT na DAR Angola Consultoria, Lda?


R: Na DAR Angola Consultoria, Lda estão isentos do +pagamento do IRT todos os
trabalhadores que auferem a baixo de 70.001,00 AKZ

Imposto sobre Aplicação de Capital

10 - Qual é a taxa do IAC que a empresa DAR Angola Consultoria, Lda paga?

R: A taxa de IAC que a empresa DAR Angola Consultoria, Lda paga é de 15%.

Analise: A empresa DAR Angola Consultoria, Lda paga uma taxa fixa de 15% do IAC porque
os seus rendimentos estão previstos na secção A.

11 - Quando é que aplica-se o IAC na empresa DAR Angola Consultoria, Lda?

R: O IAC na empresa DAR Angola Consultoria, Lda é aplicado quando faz-se um depósito à
prazo.

Análise: Na empresa DAR Angola Consultoria, Lda aplica-se o IAC sempre que faz-se um
depósito à prazo.

12 - Como é que é feito a liquidação do IAC na empresa DAR Angola Consultoria, Lda?

R: A liquidação do IAC na empresa DAR Angola Consultoria, Lda é efetuada pelos titulares do
rendimento

Análise: A liquidação do IAC na empresa DAR Angola Consultoria, Lda é feita pelos
detentores do rendimento.

57
Imposto Predial Urbano

13 - Como e quando é pago o IPU na Dar Angola Consultoria, Lda?

R: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda paga o Imposto Predial Urbano na declaração
modelo 1 (quadro 5) no final do exercício de cada mês.
Imposto Prazo de Pagamento

Imposto Predial Urbano Final de cada mês

Quadro 1

Análise: O Imposto Predial Urbano na empresa Dar Angola Consultoria, Lda. É entregue
na declaração do modelo 1(quadro 5) do IPU no final do exercício de cada mês.

14 - Qual é a taxa de IPU que a empresa DAR Angola Consultoria, Lda. paga?

R: A empresa Dar Angola Consultoria, Lda paga uma taxa à 0,5%.

Análise: A empresa DAR Angola Consultoria, Lda paga à taxa de 0,5% por possuir
um património superior a 6.000.000,00 AKZ

Imposto sobre Valor Acrescentado

15 - Como é que a empresa DAR Angola Consultoria, Lda faz a cobrança e posterior pagamento
do IVA?

R: Na empresa DAR Angola Consultoria, Lda faz-se a cobrança do IVA sempre que há uma
prestação de serviços para qualquer empresa e a taxa cobrada é de 14%.

Concernente ao pagamento, faz-se a liquidação do IVA todos os meses, tendo como base
de apoio a factura dos clientes.

58
Cobrança Taxa Artigos Valores (AKZ) Com IVA

Imposto cobrado 14% Prestação de serviços 100.000,00 114.000,00

Imposto pago nas 5% Café, ovos, pães 25.000,00 26.250,00


compras efetuadas
14% Computador 270.000,00 307.800,00
Quadro 2

Analise: A empresa DAR Angola Consultoria, Lda cobra o IVA na taxa de 14%
quando presta serviços, e paga o IVA dedutível na taxa de 5% à 14%, dependendo da compra
que fazem. A declaração do IVA que a DAR Angola Consultoria, Lda usa é a declaração
modelo 7 para a apresentação do IVA e entrega os documentos no mês posterior.

16 - Como a empresa DAR Angola Consultoria, Lda é uma entidade referida no artigo 21ª do
código do IVA como efectua a submissão dos seus dados?

R: Por fazer parte do número 2 do artigo 21ª, submete a subscrição electrónica dos
seus dados com o anexo da declaração periódica mensalmente, isso nas facturas e documentos
equivalentes.

É importante realçar que quando é feita a prestação de serviços à bancos, ministérios e em


algumas seguradoras é cativado o IVA.

Analise: A empresa DAR Angola Consultoria, Lda. é obrigada a fazer a entrega dos
seus dados de forma electrónica para declarar o mapa de fornecedores em que constam a
compra de bens e serviços. O que gera automaticamente o documento de cobrança e a entrega
do montante do imposto cativo.

17 - Quando é que a empresa DAR Angola Consultoria, Lda. adoptou o Regime geral? R: A
empresa DAR Angola Consultoria, Lda. adoptou no dia 14 de Novembro de 2019
Análise: Logo depois do IVA entrar em vigor em Angola no dia 1 de Outubro de 2019, a
empresa DAR Angola adoptou o regime geral para poder implementar IVA.

59
60
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de estudos exaustivos, busca por informações, posterior elaboração e estudos


do presente trabalho podemos concluir que a Gestão Fiscal Empresarial é importante porque é
através dela que as empresas fazem a organização e pagamento das suas obrigações, a emissão
de todos os documentos necessários para o seu bom funcionamento, evitar sanções por
incumprimento das regras fiscais.

Partir da abordagem teórica e por meio do caso prático exposto e demonstrado, foi
constatado a participação da mesma, cuja a utilização da gestão fiscal traz benefícios que
garantem a permanência das empresas. Com o cálculo de acordo com as taxas aplicáveis. O
correcto recolhimento tributário, por sua vez, livra a empresa de qualquer sanção fiscal.
Permite que a empresa tome decisões de forma segura e fundamentada.

Ao analisar os documentos obtidos, conclui-se que manter-se actualizada e por dentro das
principais alterações da legislação facilita o processo de elaboração das demonstrações e dos
relatórios, além de evitar multas e outras penalidades severas à empresa.

É importante salientar que a gestão fiscal não tem apenas o objectivo de manter os impostos
organizados e em dia, mas também de viabilizar o negócio, afinal, errar na hora de lidar com a
tributação, os tributos podem acabar custando muito caro para uma empresa.

Em suma, a partir dessas informações foi possível esclarecer-se que a gestão fiscal é
fundamental para garantir a saúde financeira da empresa e evitar pagamentos de multas e
condenações criminais por sonegação fiscal.

Desta forma, foi possível atingir com os nossos objectivos, aprimorar e aprofundar
conhecimentos na área tributária, conhecendo os principais impactos e benefícios da gestão
fiscal, visando contribuir com informações para desenvolvimento das empresas em geral.

61
SUGESTÕES

Com base aos dados adquiridos na empresa DAR Angola Consultoria, Lda. Podemos
constatar que a empresa tem 36 departamento e possui uma contabilidade organizada.
Também podemos sugerir que:

• A empresa divulgue informações financeiras e disponibiliza com convicção em


princípio isso beneficiará a empresa de modo que a mesma receba das críticas externos
para melhorar como também ajudará estudantes nas investigações;
• Aconselhamos que todas a empresas que não possuem uma contabilidade organizada
(pagamentos de todos os impostos) que façam já, além de mostrar o real rendimento da
empresa também podem levar a empresa cumprir grandes sanções;
• Que sejam criadas mais biografias angolanas a falar sobre a gestão fiscal.

62
REFERÊNCIAS

 Caxueiro, I.J. (2001). Impostos – Tudo o que precisa saber. Plural editores. Luanda,
Angola

 Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro - Imposto Sobre


Aplicação de Capitais

 GESTÃO FISCAL 2016- Disponivel em :Sapientziahttp://www.sapientzia.com ›


2016/04 › pdf_188GF

 GESTÃO FISCAL - Disponivel em APOTEChttp://www.apotec.pt › editor2 ›


brochuraCEGE

 Gestão Fiscal - Disponivel em Gestão Fiscalhttps://www.iscal.ipl.pt › images ›


6_GestaoFiscal

 Jeze, G. ( 2008)

 Legislação Fiscal - Fátima Freitas Advogados

 Lei nº 26/20, de 20 de Julho – Código do Imposto Industrial

 Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º28/20, de
22 de Julho – Código Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho

 Lei n.º 20/20, de 9 de Julho- Imposto Predial Urbano

 Lei nº 20/20 de 9 de julho - Imposto de Valor Acrescentado

63
 Nagata, B.M. (2012). Fiscalização financeira quanto a sua legitimidade. Dissertação
para a obtenção do grau de mestre. Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo, Brasil.

 Planeamento fiscal.pdfhttps://comum.rcaap.pt › bitstream › Planeamento

 Sebastião. M. R. (2013). - Aulas de Pós Graduação- Fiscalidade Angolana.

 Sequeira, A. (2016). Planeamento e Gestão Fiscal – Sistema tributário actualizado e


ampliado. (2ª edição). Escolares editores – Angola

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APÊNDICE

1- Quando foi criada a empresa?


2- Qual foi o seu capital inicial?
3- O que se dedica a empresa?
4- Quantos funcionários tem a empresa?
5- Qual é o objectivo social da empresa?
6- Como é feita gestão fiscal na empresa?
7- O que fazem para manter a empresa organizada?
8- Quais são os impostos que a empresa paga?
9- Como e quando pagam?
10- Como é feita a contabilidade na empresa?
11- Quantos Departamentos tem a empresa?

65
ANEXOS

66
67
68
69
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................................
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................................II
EPÍGRAFE............................................................................................................................................III
RESUMO...............................................................................................................................................IV
ABSTRACT............................................................................................................................................
LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS...............................................................................................VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS........................................................................................VII
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................
Problema da Pesquisa..............................................................................................................................10
Hipóteses.................................................................................................................................................10
Objectivo Geral.......................................................................................................................................10
Objectivos Específicos............................................................................................................................10
Delimitação da Pesquisa..........................................................................................................................10
Justificativa do tema................................................................................................................................11
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................12
1.1-Conceito Da Gestão Fiscal................................................................................................................12
1.2-Contabilidade Fiscal..........................................................................................................................14
1.2.1-Importância da Contabilidade Fiscal na Empresa..........................................................................14
1.3-Fiscalidade.........................................................................................................................................15
1.3.1-Fiscalizar........................................................................................................................................15
1.3.2-O Planeamento Fiscal.....................................................................................................................17
1.3.2.1-Conceito de Planeamento Fiscal.................................................................................................17
1.3.2.2-Importância do Planeamento Fiscal para Empresa.....................................................................19
1.4- Obrigações Fiscais Principais..........................................................................................................21
1.4.1-Impostos.........................................................................................................................................21
1.4.1.1-Tipos de Impostos que Incidem nas Grandes Empresas em Angola..........................................22
1.4.1.1.1-Imposto Industrial....................................................................................................................22
1.4.1.1.2-Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho...........................................................................26
1.4.1.1.3-Imposto Sobre Aplicação de Capitais......................................................................................33
1.4.1.1.4-Imposto Predial Urbano...........................................................................................................36
1.5-Obrigações Fiscais Acessórias..........................................................................................................44
1.6-Demonstrativos de Apuramento das Contribuições sociais..............................................................46
1.6.1-Anulação da dívida ao Estado de Reconhecimento Como Proveito do Exercício.........................48
70
CAPITULO II- METODOLOGIA DE PESQUISA..........................................................................49
2.1- Modelo de Pesquisa..........................................................................................................................49
2.2- Tipo de Pesquisa..............................................................................................................................49
2.3- População.........................................................................................................................................49
2.4- Amostragem.....................................................................................................................................50
2.5- Técnica ou instrumento de colecta de dados....................................................................................50
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 50
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................61
SUGESTÕES.........................................................................................................................................62
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................63
APÊNDICE............................................................................................................................................65
ANEXOS................................................................................................................................................66

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