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INTRODUÇÃO

A presente pesquisa destina-se a evidenciar o conhecimento adquirido da nossa formação através de um


trabalho contabilístico com o tema Fecho de Contas: Estudo de Caso Empresa MON, Lda.

Neste trabalho vamos abordar sobre o relatório de contas como sendo um processo feito anualmente
pelas empresas. E numa empresa durante o seu funcionamento ocorrem nela diversos factos que podem
melhorar ou desestabilizar o seu funcionamento.

O fecho de Contas é uma peça fundamental da ciência contabilística, no processo de desenvolvimento


empresarial, porque permite-nos conhecer os diferentes resultados das empresas e consequentemente
citar a empresa no mercado.

Para este caso é necessário que a empresa faça registos de todas as ocorrências para o melhor controlo
das suas operações quer com fornecedores, estado e clientes. E todas estas ocorrências devem ser
registadas nos vários documentos contabilísticos.

Logo o nosso trabalho estará composto por ( 2) capítulos, e um (1) sub-capitulo.

No seu 1º capítulo vai abordar sobre fundamentos teóricos: conceitos de empresa, classificação de
empresa, objectivos da empresa, conceito de contabilidade, funções de contabilidade, objectivos de
contabilidade, os documentos mais utilizados na Contabilidade, princípios contabilísticos, características
da informação financeira, conceito de património, conceito de balanço, método de registo contabilístico,
conceito de balancete e demonstração de resultados.

No 2º capítulo vamos ilustrar elementos práticos:Identificação da empresa, estrutura orgância da


empresa ,inventário inicial, balanço incial, lançamentos dos factos ocorridos ao longo do exercício,
balancete de verificação, operações de regularização, balancete rectificado, apuramento do resultado,
balancete final, balanço final e demonstração de resultados.

Seguindo com a parte prática ilustraremos o relatório de gestão e técnico.


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Problemática da Pesquisa

Muitas empresas não têm optado pelo encerramento de contas devido a negligência dos proprietários e
gestores, pois esquecem-se que se as empresas devem maior importância e tratamento as informações
fornecidas pela contabilidade teriam melhor gestão dos seus recursos e se evitaria a falência de algumas
empresas por má gestão e falta de contabilidade organizada. Para elaboração deste trabalho com o tema
intitulado Fecho de Contas, suscitou a necessidade de se levantar o seguinte problema:

Como o fecho de contas tem beneficiado as empresas?

Formulação de hipótese

O Fecho de Contas se caracteriza pelo desenvolvimento empresarial que proporcionam, pela tomada de
decisões coerentes, assim como a organização contabilística.

Segundo a questão levantada propõe-se as seguintes hipóteses:

H1: O Fecho de Contas é uma das vias que leva as empresas ao sustento contabilístico, organiza a
conhecer o seu grau de desempenho económico e financeiro.

H2: O Fecho de Contas como instrumento de verificação e tomada de decisões nas empresas, contribui
para que se conheça a sua posição económica e financeira no tempo, as causas que determinam a
evolução apresentada e as tendências futuras.

Justificativa da Pesquisa

O presente trabalho se justifica para demonstrar como o fecho de contas é essencial para o apuramento
do lucro, tomada de decisões, além disso, ajuda na formulação de políticas sustentáveis de redução de
custos e procura promover a busca de recursos partir da utilização de informações obtidos através de
dados dos registos contabilísticos credíveis.
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OBJECTIVOS

Objectivo geral

 Conhecer os procedimentos de execução do fecho de contas para as empresas.

Objectivos específicos

 Produzir informações sobre a situação económica e financeira da empresa;


 Analisar a sua posição económica e financeira;
 Analisar o desempenho da empresa no final do período.

DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa será realizada com base os dados da empresa MON,LDA, Situada na província de
Luanda, relactivamente aos exercicíos económicos de 2018.

O público-alvo do estudo será os responsáveis ( gestores) financeiros e contabilistas da Mon,Lda, com


mais de 5 anos de experencia.

METODOLOGIA

Paradigma da Pesquisa

O presente estudo do ponto de vista da forma de abordagem da problemática, é um estudo de natureza


quantitativa. Pois ela considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, às
opiniões e informações para classifica-las e analisa-las. Requer o uso de recursos e técnicas estatísticas
(percentagem, média, análise de regressão).

Tipo de Pesquisa
Para o tema em analise, afirmamos que estruturamos o trabalho da seguinte forma:

 Quanto á finalidade

Utlizamos a pesquisa básica ou fundamental- neste tipo de pesquisa, vamos acumular conhecimentos e
informações que podem eventualmente, levar a resultados académicos aplicados.
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 Quanto aos objectivos

Utilizamos a pesquisa exploratória, pois é desenvolvida no sentido de proporcionar uma visão geral
acerca de determinado tema.

Técnica de análise para a coleta de dados

A presente pesquisa foi realizada com base os dados recolhidos em livros, cadernos, e sites
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1.1– DEFINIÇÕES DE TERMOS E CONCEITOS

1.1.1- Empresa

“Uma empresa é um conjunto de factores de produção materiais e imateriais, reunidos sob a autoridade
de um indivíduo (empresário) ou de um grupo para atrair por meio da produção de bens e serviços uma
clientela e daí obter um rendimento monetário” (DOM QUIXOTE, 2010).

Segundo (LAUZEL,2010) “A empresa é um agrupamento humano hierarquizado que mobiliza meios


humanos, materiais e financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar
serviços e que, atendendo a objectivos definidos por uma direcção (pessoal ou colegial), faz intervir nos
diversos escalões hierarquicos as motivações do lucro e da utilidade social”

1.1.2-Contabilidade

De acordo ( HILÁRIO FRANCO, 1996) “Contabilidade é a ciência que estuda e controla e interpreta os
factos ocorridos no património das entidades, mediante o registo a demonstração expositiva e a revelação
desses factos com o fim de oferecer informações sobre a composição do património, suas variações e
resultado económico decorrente da gestão da riqueza económica. ”

“A contabilidade é a ciência que estuda, registra e controla o património e as mutações que nele operam
os actos e factos administrativos, demonstrando no final de cada exercício social o resultado obtido e a
situação economico-financeira da entidade” ( FABRETTI,1997)
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1.2 EMPRESA

Para o nosso trabalho escolhemos esta definição, pelo facto de se enquadrar com o nosso tema:

“A empresa é um agrupamento humano hierarquizado que mobiliza meios humanos, materiais e


financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar serviços e que,
atendendo a objectivos definidos por uma direcção (pessoal ou colegial), faz intervir nos diversos
escalões hierarquicos as motivações do lucro e da utilidade social ( LAUZEL,2010 )

1.2.1 Objectivos

Se conjugar os meios disponíveis, através de uma organização eficiente, a empresa poderá alcançar os
objectivos que foram traçados.

Estes objectivos podem ser:

 Económicos

Pretende-se a utilização óptima dos meios humanos, materiais e financeiros com vista a desenvolver
uma actividade que seja lucrativa, de forma a maximizar a rentabilidade da empresa.

 Sociais

“A empresa procura satisfazer as necessidades e interesse dos seus colaboradores, de forma a manter um
bom nível de motivação e de colaboração que lhe permita alcançar os objectivos” (LOUSÃ, 2010).

1.2.3 Classificação das empresas

As empresas classificam-se em:

 Quanto à forma jurídica;


 Quanto o sector de actividade;
 Quanto ao ramo da actividade económica;
 Quanto a propriedade dos meios de produção;
 Quanto à dimensão.

1.2.4 Quanto à forma jurídica

As empresas são classificadas conforme os seus direitos e obrigações contratuais e legais, assim como
as suas responsabilidades perante terceiros. E podem ser:

 Empresa em nome individual;


 Sociedade em nome colectivo;
 Sociedade por quota;
 Sociedade anónima;
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 Sociedade em comandita;
 Sociedade por quotas.

1.2.5 Quanto o sector de actividade

As empresas quanto o sector de actividade são classificadas conforme a natureza e origem dos produtos
fabricados, ou serviços prestados á sociedade.

Sector primário- Que obtêm recursos a partir da natureza, como é o caso dos agrícolas, pesqueiras ou
pecuárias.

Sector secundário- Dedicadas a transformação de matérias-primas, como acontece com as industriais e


as da construção civil.

Sector terciário- Empresas que se dedicam à prestação de serviços ou ao comercio.

1.2.6 Quanto ao ramo da actividade económica

Empresas comerciais: São aquelas que adquirem e vendem os bens no mesmo estado que os adquirem.
Empresas industriais: São aqueles que adquirem as matérias-primas e as transformam em produtos que
são vendidos a clientes.

Prestações de serviços: limitam-se na prestação de serviços na sociedade.

1.2.7 Quanto a propriedade do meio da produção

Dá-nos a conhecer quais são os detentores dos meios de produção necessários ao correcto funcionamento
da empresa. De acordo com este critério existem os seguintes tipos de empresa:

 Empresas publicas,
 Empresas Privadas;
 Empresas Mistas.

1.2.8 Quanto a dimensão

As empresas podem classificar-se em: micro, pequenas, medias e grandes empresas.

 Micros empresas: que empregaram de 1 á 10 trabalhadores;


 Pequenas empresas: que empregam de 10 á 50 trabalhadores;
 Medias empresas: que empregam mais de 50 á 500 trabalhadores;
 Grandes empresas: que empregam mais de 500 trabalhadores.
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1.3 CONTABILIDADE

Para o nosso trabalho escolhemos esta definição, pelo facto de se enquadrar com o nosso tema:

“A contabilidade é a ciência que estuda e controla e interpreta os factos ocorridos no património das
entidades, mediante o registo a demonstração expositiva e a revelação desses factos com o fim de
oferecer informações sobre a composição do património, suas variações e resultado económico
decorrente da gestão da riqueza económica. ” (HILÁRIO FRANCO, 1996).

1.3.1 Objectivo da Contabilidade

O principal objectivo da contabilidade de acordo co a visão predominante seria gerar informações para
a tomada de decisões racionais tanto por usuários internos quanto por usuários externos da informação
contabilística.

“ O objectivo da contabilidade é fornecer informações económicas, interpretações e orientações sobre a


composição e as variações do património, para a tomada de decisões para a tomada de decisões dos seus
administradores ” ( FRANCO, 1997)

1.3.2 As Funções da Contabilidade

 Registar todos os factos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
 Organizar um sistema de controle adequado a empresa;
 Demonstrar com base nos registos realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos,
a situação económica, patrimonial e financeira da empresa;
 Analisar os demonstrativos com finalidade de apuração dos resultados obtidos;
 Acompanhar a execução dos planos económicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem
realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros alertando para eventuais problemas.
(LUNELLI, 2014).

1.3.3 Princípios Contabilísticos

Os princípios contabilísticos a conhecer são os seguintes:

 Princípio da Consistência: a empresa não deve alterar as suas políticas contabilísticas, a não ser
que tenha motivos fortemente justificados, os procedimentos contabilísticos de um exercício
económico para o outro.

 Princípio da Materialidade: as informações financeiras resultantes da actividade da empresa


encontram-se resumidas em três peças contabilísticas fundamentais: o Balanço, a Demonstração
de Resultados e o Anexo. Tais peças devem dar uma imagem verdadeira e fiel da vida da
empresa. Delas devem constar todos os elementos relevantes, de forma que terceiros interessados
na sua actividade possam formular juízos de valor correctos, quer sobre o seu valor, que sobre
decisões a tomar. Assim. A materialidade tem a ver com a quantidade da informação fornecida.
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 Princípio da Não – Compensação de dados: não devem ser efectuadas compensações de saldos
entre activos e passivos. A apresentação de rubricas no Balanço pelo seu valor líquido de
amortizações e provisões não é considerada uma compensação de saldos.

 Princípio da continuidade: considera-se que a empresa opera continuamente, com duração


ilimitada. Desta forma, entende-se que a sua gestão não possui limite de tempo, a não ser que
haja intenção de liquidar a empresa. Apesar de apresentar contas de exercício a exercício, estas
paragens são artificiais, pelo que esta mantém o seu funcionamento e apenas avalia o trabalho
executado durante o exercício económico.

 Princípio da Prudência: significa que é possível integrar nas contas em grau, ao fazer as
estimativas exigidas em condições de incerteza no futuro que possam afectar o seu património,
deve estima-las e regista-las, mas não deve criar reservas ocultas nem fazer previsões excessivas
que lhe possam reduzir o seu activo e aumenta o passivo, de modo a não apresentar resultados
menores.

 Princípio do Custo histórico: em contabilidade, princípio do custo diz que os registos


contabilísticos devem ser feitos a custos de aquisição ou produção dos bens. Este princípio opõe-
se ao princípio do custo de reposição, que diz que os registos contabilísticos devem ser feitos
pelo valor que a empresa teria de suportar.

 Princípio da Substância Sobre a Forma: as operações devem ser contabilizadas atendendo a


sua substância e realidade financeira e não apenas a sua forma legal.

 Princípio da especialização ou acréscimo: de acordo com este pressuposto os custos e proveitos


devem ser tratados contabilisticamente no período em que ocorrem, independentemente do seu
recebimento ou pagamento, isto é, para efeitos de registo contabilístico deve atender-se a data de
realização das operações e não a data da sua cobrança ou pagamento.

1.3.4 Documentos mais utilizados na contabilidade

Os documentos nas empresas são classificados por áreas sendo:

Nas operações de compra e venda:

 Factura;
 Nota de Encomenda;
 Notas ou guia de remessa;
 Notas de debito;
 Notas de crédito.
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Nas operações banco:

 Guia ou talão de deposito;


 Cheques;
 Extracto de contas;
 Ordem transferência, ordem de saque e ordem de pagamento.

Na tesouraria:

 Recibo;
 Nota de entrada e saída de caixa;
 Nota de lançamento;
 Títulos de crédito;
 Letras;
 Documento ou aviso de lançamento.

1.3.5 PATRIMÓNIO

Património é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma entidade. É o
objecto de estudo da contabilidade.

Existem 2 tipos de património que são:

 Património Individual
 Património Empresarial.

Sendo o património constituído pelos bens, direitos e obrigações de uma empresa numa determinada
data, a que se distinguir entre a parte positiva e a negativa do património. A parte positiva denomina-se
activo e a negativa de passivo. Que por sua vez são chamadas de massas patrimoniais gerais.

A massa patrimonial do activo é o conjunto de bens e direitos que uma empresa possui num dado
momento. Encontra-se dividido dois tipos de massas parciais:

Activo não corrente é um conjunto de bens e direitos que se destinam a permanecer na empresa num
período superior a um ano e não estão sujeitos a serem vendidos.

Activo Corrente- é a parte dos bens e direitos que se destinam a serem renovados várias vezes durante o
ano.

A massa patrimonial do passivo é o conjunto de dividas que a empresa tem para com terceiros e é
constituída por dois tipos massas parciais que são:
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Passivo não corrente são dividas a terceiros a médio e longo prazo, quando prazo para o vencimento a
um ano.

Passivo corrente são dividas a terceiros a curto prazo, quando falta menos de um ano para o vencimento
da obrigação.

A conta é o conjunto de elementos patrimoniais com características semelhantes, expressos em unidade


de valor, ou seja, moeda.

Toda a conta goza de três características fundamentais:

 Titularidade – toda a conta deve ter um titulo que evidencie claramente quais os elementos
patrimoniais que dela fazem parte;
 Homogeneidade – cada conta deve conter os elementos patrimoniais com características
comuns;
 Integridade – todos os elementos que apresentam características semelhantes devem fazer parte
da mesma conta.

1.3.6 INVENTÁRIO

O inventário é um documento onde se encontra inscritos os elementos patrimoniais de uma determinada


empresa que está sujeito a gestão devidamente valorizados e referidos numa dada data.

O inventário goza 3 características:

 É estático porque representa a relação dos elementos patrimoniais em um determinado momento;


 É quantitativo porque os elementos estão valorizados em moeda;
 É qualitativo porque desta lista fazem parte todos os elementos patrimoniais da empresa neste
momento.

1.3.7 BALANÇO

“O balanço é a demonstração contabilística destinada a evidenciar, quantitativamente e


qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma entidade”.
(NACIONAL, 2001). Neste documento, os bens, direitos, obrigações e a participação dos sócios são
explícitas a todos que tenham acesso a este documento.

O balanço é constituído pelas seguintes classes:

 Activo;
 Passivo;
 Capital próprio.
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Equação geral do balanço

Quando se compara o activo ao passivo de empresa podem verificar-se 3 situações:

 A> P é a situação normal. Temos A-P> 0, logo A =P +CPA;


 A=P é uma situação teórica em que não existe capital próprio, porque A-P=0;
 A <P é uma situação que é desejável porque o activo menos passivo é menor que zero. A-P <0,
logo A+CPP=P.

Da junção dessas duas 3 hipóteses resulta a equação geral do balanço que nos diz:

A=P+CP.

1.3.8 CARACTERÍSTICAS DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

Ainda se refere aos modelos contabilísticos e para ser útil aos utentes, a informação financeira deve
apresentar três características que são:

 Relevância: a informação é relevante quando se torna necessária para tomada de decisões por
parte dos utentes. A relevância influencia as decisões económicas dos utentes ao ajudá-los avaliar
os acontecimentos passados, presentes ou futuros ou confirmar, ou corrigir as suas avaliações
passadas.
 Fiabilidade: a informação é fiável na medida em que não enferme de erros matérias e de
preconceitos;
 Comparabilidade: a informação deve ser registada de forma consistente pela empresa ao longo
da sua vida, pois só assim são comparáveis os dados no tempo e no espaço.
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1.3.9 MÉTODO DE REGISTO CONTABILÍSTICO

1.3.9.1 Método das partidas e dobradas ou digráfico

De acordo com este método sempre que há um registo a débito em uma conta corresponde sempre há
um ou mais registo a crédito em uma ou outras contas e vice-versa, isto é, a um ou mais débitos
corresponde sempre a um ou mais créditos de igual valor. É essencial saber que a variação em uma conta
é sempre equilibrada, total dos débitos deve ser igual ao total do crédito.

1.3.9.2 Regras de movimentação das contas

Para ver-se como este método se concretiza, começa-se por enumerar as regras a que os lançamentos
das contas obedecem:

Regras de movimentação das contas

Contas Debitam-se pelos (as) Creditam-se pelos (as)

Activo Aumentos Diminuições

Capital próprio Diminuições Aumentos

Passivo Diminuições Aumentos


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1.4 FECHO DE CONTAS

Os trabalhos de final de exercício para além de fornecerem informações da situação económica e


financeira da empresa proporcionando uma imagem do que aconteceu durante a sua actividade.

Este capítulo, limita-se a trazer os conhecimentos de base, respeitando a natureza e autilidade desses
trabalhos. Todas as empresas devem apurar os resultados líquidos nos três primeiros meses do ano
seguinte a que o resultado respeita. Para tal, é necessário antes de mais fazer o inventário anual, calcular
as provisões e as amortizações, regularizar as contas e elaborar os documentos contabilísticos
fundamentais de final de exercício, tendo em conta os princípios contabilísticos e a política adoptada
neste país, com fim de apresentar aos entes públicos (estado), o que aconteceu durante a nossa actividade.

Esquematicamente pode-se apresentar as seguintes fases:

1ª Fase

Balancete de verificação

Lançamento de regularização

2ª Fase

Demonstração de resultados
Balancete retificado do razão
razão

Lançamentos de apuramentos de resultados

3ª Fase

Balancete final Balanço final


1ª FASE DO PRO
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1ºPROCESSO DE ENCERRAMENTO DE CONTAS

Balancete de verificação - é um demonstrativo auxiliar levantada para fins operacionais que verifica
se o método da digrafia foi aplicado corretamente ou seja, que verifica se o total dos débitos é exatamente
ao total dos créditos (e os seus respectivos saldos).

Lançamentos de regularização – servem para retificar os saldos que não correspondem à realidade,
sendo efectuados normalmente no final de cada ano, antes do apuramento de resultado.

2ºFASE DO PROCESSO DE ENCERRAMENTO DE CONTAS

Balancete retificado- após a regularização das contas é necessário elaborar um balancete para verificar
se os registros efectuados no razão estão em conformidade. O mesmo pode ser designado por inventário,
em virtude aos valores que as contas apresentam coincidindo com os do inventário.

Lançamento de apuramento de resultados- são feitos para transferir os saldos das contas de custos e
perdas e proveitos e ganhos para as contas de resultados.

A soma dos saldos das contas 82 à 86 vai ser o valor da conta 88- resultados líquidos do exercício, que
pode ser lucro ou prejuízo, as contas integram em si outras contas da classe 7- custos e perdas e da classe
6- proveitos e ganhos.

Através da diferença entre as contas da classe 7 e da classe 6, obtém-se o saldo das contas 82 à 86-
resultados.
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Esquematicamente temos:

Proveitos e ganhos Custos e perdas

___ Operacionais (conta 61 à 65) Operacionais (conta 71 à 75)

=
Resultados operacionais (82)

Proveitos e ganhos Custos e Perdas


___
Financeiros (conta 66) Financeiras (conta 76)

Resultados Financeiros (Conta 83)


=

Proveitos e ganhos em ____


Custos e perdas financeiras em filiais
filiais e associadas (Conta
67) E associadas (Conta 77)

= Resultados em filiais associados (Conta 84)

Outros proveitos e
___ Outros Custos e perdas não
ganhos não
operacionais (conta 78)
operacionais (Conta 68)

= Resultados não operacionais (conta 85)

Proveitos e ganhos Custos e perdas extraordinárias


__
extraordinários (conta 69) (conta 79)

Resultados extraordinários (conta 86)


=
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± ± ±
R.O R.F R.F.A R.N.O R.E

Demonstração de Resultados

É um mapa que estabelece a comparação dos proveitos e ganhos obtidos pela empresa, custos e perdas
suportadas pela empresa num dado período de tempo. Tendo como objetivo efectuar determinação dos
diversos inerentes ao seu funcionamento. Nesse sentido são evidenciados, particularmente, os
Resultados Operacionais, Resultado Financeiros, Resultados Extraordinários e Resultados Líquido do
Exercício.

3ºFASE DO PROCESSO DE ENCERRAMENTO DAS CONTAS

Balancete final – após os lançamentos de apuramento de resultados líquidos do exercício Elabora-se


um novo balancete aonde as contas de custos e perdas e de proveitos e ganhos e resultados, se apresentam
saldadas. Atendendo a esta particularidade este balancete também é conhecido por balancete de
apuramento de resultados.

Lançamentos de encerramento ou fecho – fecham as contas que apresentam saldo após o apuramento
de resultados. Após estarem encerradas todas as contas podemos assim elaborar o balanço final.

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