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CONTABILIDADE

BÁSICA
ELMO VIANA
CONCEITO DE CONTABILIDADE
Segundo Ribeiro, 2010:

“Contabilidade é uma ciência que permite,


através das suas técnicas, manter um controle
permanente do patrimônio da empresa, ou seja, é a
ciência que estuda, interpreta e registra os
fenômenos que afetam o patrimônio de uma
entidade”.

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Conceito de Contabilidade

DESSA FORMA É POSSÍVEL AFIRMAR


QUE A CONTABILIDADE É O PATRIMÔNIO
DAS ENTIDADES
ECONÔMICO/ADMINISTRATIVAS, E TEM
COMO FOCO ESTUDAR O CONTROLE
PATRIMONIAL DE SUAS VARIAÇÕES
VISANDO AO FORNECIMENTO DE
INFORMAÇÕES QUE SEJAM ÚTEIS PARA
TOMADA DE DECISÕES EMPRESARIAIS E
ECONÔMICAS NO ÂMBITO DA GESTÃO
ADMINISTRATIVA.
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A finalidade da contabilidade pode ser
mencionada como fator que permite a
obtenção de informações econômicas e
financeiras referentes a uma dada
empresa. “Os usuários da contabilidade
são todas as pessoas físicas e jurídicas que,
direta ou indiretamente, tenham algum
tipo de interesse em relação à avaliação da
situação e do desenvolvimento da entidade,
como titulares (empresas individuais),
sócios, acionistas, administradores,
governo (fisco), fornecedores, bancos etc.”
(Ribeiro, 2010).
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CONTABILIDADE
Resumindo: a contabilidade é de interesse de
pessoas físicas e jurídicas, independente da
forma jurídica de constituição da empresa, sua
composição societária, seu porte, ramo de
atividade, seu enquadramento legal para
recolhimento de impostos e até mesmo sua
finalidade. Geralmente, os usuários são
classificados como:
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CONTABILIDADE
a) Internos: são as pessoas internas à entidade, como é o caso do
gerente e do diretor. Os usuários internos usam a contabilidade
para ajudar no processo de tomada de decisão. Entre as diferentes
situações em que é possível utilizar a contabilidade, citamos a
situação na qual o administrador está estudando a viabilidade de
uma filial. Por meio da mensuração do resultado pela contabilidade,
será possível determinar o fechamento (ou não) desta filial.

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CONTABILIDADE
b) Externos: são pessoas que utilizam as informações contábeis
para o processo decisório. Entretanto, ao contrário dos usuários
internos, o acesso às informações é mais limitado, por possuir
menor possibilidade de obter informações sobre a entidade. (SILVA,
2007).

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CONTABILIDADE
A Contabilidade, por estudar as modificações do
Patrimônio através das mudanças na riqueza de
um ente (público ou privado, físico ou jurídico)
ocorridas devidas aos atos humanos, torna-se uma
ciência social aplicada. E como tal, transforma-se
em um instrumento de auxílio para a tomada de
decisão, pois sua dinâmica visa captar, registrar,
planejar, acompanhar, resumir, analisar,
interpretar e controlar todas as situações que
afetem o Patrimônio.
A figura abaixo resume alguns grupos de pessoas com suas
respectivas necessidades de informação contábil.

Utilizam a contabilidade para controlar seus patrimônios,


Pessoas Físicas principalmente as finanças pessoais.
Faz uso das informações contábeis para tributar e cobrar
impostos, taxas e contribuições das pessoas físicas e
jurídicas, bem como projetar cenários econômicos por
Governo meio da coleta e geração de dados estatísticos.
Requerem informações sobre questões financeiras que
possam afetar a lucratividade, a rentabilidade e a
Bancos segurança de seus investimentos.
Usam, principalmente, os relatórios contábeis para deter
informações, por exemplo, sobre lucratividade,
Sócios e Acionistas rentabilidade e segurança de seus investimentos.
Utilizam, basicamente, a contabilidade para auxiliá-los
na tomada de decisão através das informações
Administradores e contábeis sobre o passado, o presente e a projeção
Diretores futura da empresa.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA
EMPRESAS.
A contabilidade é necessária para
toda e qualquer empresa independente
do seu porte, segmento e da sua forma
de tributação. Através da Contabilidade
a empresa sabe o valor de seus ativos,
passivos, receitas, custos e despesas, a
rentabilidade e lucratividade do negócio,
produtividade da mão de obra e através
disso, pode realizar um bom
planejamento tributário.

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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE
PARA EMPRESAS.

Ainda é responsável pelo departamento fiscal e


contábil. A partir de informações contábeis
corretas, coletadas por essas áreas, através de notas
fiscais, extratos bancários e relatórios financeiros
são possíveis gerar relatórios ou demonstrativos que
possibilitem a tomada de decisão por parte dos
gestores, que analisa onde há mais gastos, podendo
diminuir alguma despesa ou fazer novos
investimentos.
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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE
PARA EMPRESAS.

A Contabilidade é o grande instrumento


que auxilia a administração a tomar
decisões. Na verdade, ela coleta todos os
dados econômicos, mensurando-os
monetariamente, registrando-os e
sumarizando-os em forma de relatórios ou
de comunicados, que contribuem
sobremaneira para a tomada de decisões.
ALGUMAS VANTAGENS DE UMA
CONTABILIDADE ADEQUADA:
➢ Oferece maior controle financeiro e econômico à
entidade;
➢ Facilita acesso às linhas de crédito com bancos e
fornecedores;
➢ Prova aos sócios a verdadeira situação patrimonial;
➢ Demonstração do Resultado do Exercício;
➢ Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
➢ Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos;
➢ Balanço Patrimonial.

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O OBJETIVO DA CONTABILIDADE

Fornecer informações econômicas


para fornecedores, bancos, investidores,
funcionários, sindicatos. Auxilia
também as entidades na tomada de
decisões, já que ela reúne as
informações contábeis da organização
em seu diário e razão, balancete de
verificação, além dos demonstrativos
acima citados.
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O OBJETIVO DA CONTABILIDADE

Com a contabilidade de uma empresa você


também consegue extrair informações que nos
mostrará números, e através deles, podermos
analisar como a empresa está (uma boa
situação financeira ou não). Analisando um
balanço tem condições de tomar conhecimento
de praticamente toda a informação contábil e
ter um parecer das informações financeiras.

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O OBJETIVO DA CONTABILIDADE
Não só os administradores utilizam os relatórios que a Contabilidade fornece outras
pessoas, órgãos e empresas também a utilizam como ferramenta, tais como:
➢ Os donos da empresa que não participam de sua administração, com o objetivo
de saber quanto à empresa esta conseguindo lucrar.
➢ Os administradores da empresa, para saber a sua saúde financeira e como
melhorá-la.
➢ Os Bancos e Financeiras, a fim de concederem um empréstimo a uma empresa,
ela terá condições de pagar.
➢ Os sindicatos de empregados com o intuito de pedir um percentual de aumento
maior para os funcionários.
➢ O Governo em geral, para verificar a possibilidade de aumentos de tributos, ou
sua redução.

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CONTABILIDADE BÁSICA

Portanto, a contabilidade é
um instrumento necessário
para todas as entidades e
também para as pessoas físicas
ajudando no processo de toda
de decisões de pequenos e
grandes negócios.

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UMA REFLEXÃO
UMA HISTORINHA CONTÁBIL

Certamente, em poucos minutos, após rápidos


cálculos, você encontrará as respostas a todas essas
perguntas. Confira:

1. O valor do Capital é $ 50.000;


2. Gastou $ 35.500, e o saldo em Caixa é de $ 14.500;
3. O valor do estoque de Mercadorias é de $ 30.000;
4. O valor das Obrigações é de $ 10.000.

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Pois bem, agora sua empresa existe,
e você poderá abrir as portas e colocá-la em
funcionamento. Neste momento,
perguntamos:
— Qual é o principal objetivo do seu
negócio?
Certamente você responderá que é a
obtenção de lucros. Para conseguir obter o
lucro desejado, você precisará vender as
suas Mercadorias, não é mesmo? Para que
as transações comerciais se realizem na sua
empresa, diariamente entrarão nela pessoas
com duas finalidades:
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CONTABILIDADE APLICADA

a) algumas pessoas entrarão na sua


empresa para lhe vender Mercadorias.
Essas pessoas são conhecidas nos meios
comerciais por Fornecedores; logo, você
comprará delas, à vista ou a prazo.
Quando a compra for efetuada a prazo,
você passará a ter uma Obrigação para
pagamento futuro;
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CONTABILIDADE APLICADA

b) outras pessoas entrarão na sua


empresa para comprar as suas
Mercadorias. Essas pessoas são
conhecidas nos meios comerciais por
Clientes; logo, você venderá para elas, à
vista ou a prazo. Quando a venda for
efetuada a prazo, você passará a ter
Direito para recebimento futuro.

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Os Princípios de Contabilidade
estão relacionados às normas gerais a
qual delimitam a aplicação da
contabilidade, caso essas normas não
existissem, cada empresa poderia
adotar sua forma personalizada de
registrar os fatos contábeis, porém se
tornaria impossível mensurar a
riqueza patrimonial. Além da defesa
dos interesses da coletividade, dos
particulares e dos próprios sócios e
acionistas.
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Resolução CFC nº 750/93

A Resolução CFC nº
750/93 (com alterações dadas
pela Resolução CFC nº 1.282/10) dispõe
sobre os Princípios de Contabilidade
(PC):

"Art. 1º - Constituem PRINCÍPIOS DE


CONTABILIDADE (PC) os enunciados
por esta Resolução. 26
§ 1º A observância dos
Princípios de Contabilidade é
obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição
de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade
(NBC).

§ 2º Na aplicação dos Princípios


de Contabilidade há situações
concretas e a essência das
transações deve prevalecer
sobre seus aspectos formais.”
27
O Artigo 2º diz que os
Princípios de Contabilidade
representam a essência das
doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade,
consoante o entendimento
predominante nos universos
científico e profissional de nosso
País. Diz respeito, pois, à
Contabilidade no seu sentido mais
amplo de ciência social, cujo objeto
é o patrimônio das entidades. 28
São seis os Princípios de Contabilidade:

• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo Valor
Original;
• Princípio da Competência;
• Princípio da Prudência.

OBS.: O artigo 8º, seu parágrafo único,


e os incisos I, II e III, que tratavam do
Princípio da Atualização Monetária
foram revogados pela Resolução CFC nº
1282/10.
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PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma
a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição
de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição. 30
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO
pertence à ENTIDADE, mas a
recíproca não é verdadeira. A soma
ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil.

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ATIVIDADE

Pesquise sobre a Falência da empresa


MABE, relatando como o princípio da
entidade gerou a derrocada da empresa.

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PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade


pressupõe que a Entidade continuará
em operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos
componentes do Patrimônio levam em
conta esta circunstância. (Redação dada
pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
35
O princípio da continuidade determina
que, na quantificação dos elementos do
patrimônio considera-se a situação de:
a. Continuidade da
entidade: considerar que a entidade vá
continuar indefinidamente
b. Interrupção da
continuidade: a exceção é considerar a
quebra da continuidade da entidade. A
partir dessa premissa, a doutrina
conclui que, no caso de quebra de
continuidade, o valor de ativos
(bens/direitos – recursos) e o valor e o
prazo de exigibilidade de passivos
(obrigações) pode ser alterado.
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PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Exemplo:
Suponhamos uma empresa que comprou uma
máquina de estampar vestuário por R$ 20.000,00.
Conforme o principio da continuidade, essa
máquina deve ser registrada no patrimônio pelo
preço por ela pago. Esse é o investimento que a
entidade fez para adquirir a máquina, ou seja,
esse foi o valor que saiu do caixa e, com isso,
fabricar e vender roupas, o que – em tese –
resultará em benefícios. A máquina vale, no
patrimônio da entidade, R$ 20.000,00. Mesmo
que, futuramente, o valor de venda dessa
máquina seja menor. 37
No caso de quebra de continuidade, ou
seja, interrupção das atividades da
empresa mudam-se também os
parâmetros e avaliações do patrimônio.
No exemplo citado, a
máquina comprada por R$ 20.000,00
será avaliada por baixo para ser
vendida para pagar de dívidas.
A partir do momento em que se
trabalhar com a hipótese de
descontinuidade da empresa, a maioria
dos demais princípios contábeis passa a
não ser mais utilizada. E assim, os
princípios de avaliação e de classificação
das demonstrações contábeis se alteram
completamente. 38
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Por exemplo, se não fosse a
existência do Princípio Contábil da
Continuidade, simplesmente não seria
possível ter-se um Ativo Diferido ou uma
boa parte das despesas antecipadas, ou,
ainda, o Imobilizado registrado pelo valor
de aquisição. Na hipótese da
descontinuidade, a única forma possível
de avaliar os elementos ativos de um
patrimônio é com base nos seus possíveis
valores. Valores esses obtidos no caso de
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sua efetiva alienação ou liquidação.
40
ATIVIDADES

Em grupos de 4 pessoas, pesquise sobre:

➢ Quais os principais aspectos que levam a


descontinuidade de empresas no brasil;
➢ Qual o tempo médio de vida das empresas brasileiras
➢ Qual o segmento que mais tem empresas que fecham
as portas.
➢ Cite exemplos em que se queira abrir uma empresa
com fim determinado. 41
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao
processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade


na produção e na divulgação da informação contábil
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10) 42
43
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
IMPORTÂNCIA DO PRINCÍPIO
DA OPORTUNIDADE
As demonstrações contábeis
são necessárias para
gerar informações claras e objetivas,
sempre que necessário, aos
interessados nos negócios da empresa,
como por exemplo, investidores e
futuros investidores, a própria
administração da empresa, além de
qualquer interessado em avaliar a
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situação patrimonial da empresa,
sempre que for necessário.
Podemos citar como exemplo o
Balanço Patrimonial. Ele é uma
verdadeira fotografia da empresa. Tanto
no que se refere aos seus bens e
direitos, quanto às obrigações fiscais,
trabalhistas, com fornecedores e entre
outras.
Neste sentido, a fotografia é um
registro íntegro e instantâneo de
determinada situação, visto que não é
possível registrar a partir da “foto”, algo
que aconteceu no passado, muito
menos o que acontecerá futuramente. 45
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
No Balanço, a necessidade
de representação bem exata ocorre
de maneira semelhante. Mas é
possível que, por erros no
reconhecimento, um fato contábil
que ocorreu no mês um seja
reconhecido apenas no mês dois.
Isso nos mostra que os princípios
contábeis impactam um no outro,
portanto existe a necessidade de
todos serem cumpridos
corretamente. 46
Relação entre os Princípios Contábeis
O Princípio da Oportunidade, algumas vezes, é
confundido com o da Competência. Isso ocorre porque
ambos tratam de critérios para reconhecimento do efeito de
acontecimentos no patrimônio. Contudo eles apresentem conteúdos
manifestamente diversos.
Na oportunidade, o objetivo está na apreensão, de forma
completa, de todos os fatos ocorridos, relevantes para o patrimônio,
não importando se esses fatos aumentam, reduzem ou simplesmente
alteram a configuração do patrimônio sem modificação de seu
tamanho. E já no princípio da competência , tem-se por objetivo a
registrar o momento em que os fatos ocorridos aumentam ou
reduzem o patrimônio. Observe bem que o Princípio da
Oportunidade é aplicável a um conjunto amplo de fatos enquanto o
Princípio da Competência tem seu âmbito de aplicação restrito a um
subconjunto de fatos. 47
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Como aplicar o Princípio da Oportunidade
Com os dados contábeis bem
estruturados e organizados, a empresa pode ter
uma visão ampla e ao mesmo tempo, detalhada,
de tudo que está acontecendo, ou seja, quais são
as obrigações, se há algum passivo a ser
descoberto ou se a empresa está com boa saúde
financeira. E de posse dessa visão ampla, dois
aspectos merecem destaque:
Primeiro aspecto é o do planejamento
fiscal. A partir do momento em que se conhecem
detalhadamente as informações contábeis e
financeiras da empresa, é possível se organizar e
não pagar impostos desnecessários.
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Segundo aspecto é referente à
sobrevivência da empresa, uma vez que ter um
bom acompanhamento de lucros e prejuízos,
auxilia na melhor tomada de decisões. Por
exemplo, uma empresa que tenha acumulado
prejuízos repetidos períodos e não têm nenhuma
perspectiva de melhoria, deve tomar decisões para
recuperação judicial ou decretar falência. Ou
ainda, se os lucros são crescentes, tomar decisões
no que ser refere a investimentos ou expansão.
Em suma, o princípio da oportunidade dá
embasamento para tomadas de decisões mais
corretas e diminui as chances da empresa lidar
com problemas em decorrência de informações
erradas.
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ATIVIDADE

Os grupos agora deverão comparar os casos de duas


empresas e mencionar quais foram as semelhanças
entre os cases, associando-os ao princípio da
oportunidade. Enron e Parmalat

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PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina


que os componentes do Patrimônio devem ser inicialmente
registrados pelos valores originais das transações, expressos em
moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em


graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes
formas:
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PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL
I – Custo histórico. Os ativos são
registrados pelos valores pagos ou a serem
pagos em caixa ou equivalentes de caixa
ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da
aquisição. Os passivos são registrados
pelos valores dos recursos que foram
recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias, pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais
serão necessários para liquidar o passivo
no curso normal das operações; e 54
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os


componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou


equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na
data ou no período das demonstrações contábeis;
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PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL
b) Valor realizável. Os ativos são
mantidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, os quais poderiam
ser obtidos pela venda em uma forma
ordenada. Os passivos são mantidos
pelos valores em caixa e equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera
seriam pagos para liquidar as
correspondentes obrigações no curso
normal das operações da Entidade;
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PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor


presente, descontado do fluxo futuro de entrada
líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item
no curso normal das operações da Entidade. Os
passivos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa
que se espera seja necessário para liquidar o passivo
no curso normal das operações da Entidade;

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PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode
ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação
sem favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do


poder aquisitivo da moeda nacional devem ser
reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos
componentes patrimoniais. 58
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR
ORIGINAL
§ 2º São resultantes da adoção da atualização
monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente como
medida de valor, não representa unidade constante
em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa
manter os valores das transações originais, é
necessário atualizar sua expressão formal em
moeda nacional, a fim de que permaneçam
substantivamente corretos os valores dos
componentes patrimoniais e, por consequência, o 59
do Patrimônio Líquido; e
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

III – a atualização monetária não representa nova avaliação,


mas tão somente o ajustamento dos valores originais para
determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou
outros elementos aptos a traduzir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

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ATIVIDADE

Explique como a relação da quebra do princípio do registro


pelo valor original, pode ter contribuído para a falência da
Sadia.

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PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que


os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência
pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas. (Redação dada
pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
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65
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Esse princípio determina que


as receitas e despesas devam ser
incluídas na apuração do resultado
do período a que se referem,
simultaneamente quando se
correlacionarem, independentemente
do recebimento ou do pagamento

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PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

É de fundamental importância
compreender a diferença entre o regime de
competência e o regime de caixa.
O Princípio da Competência determina
que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
Para exemplificar e ficar mais claro,
suponhamos que a empresa fez uma venda em
janeiro, mas só recebeu o pagamento em fevereiro,
segundo esse princípio o lançamento contábil deve
ser registrado no mês de janeiro, o da venda e não 67
no mês do recebimento.
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

O regime de competência
diferencia-se do regime de caixa no
sentido que neste, receita e despesa são
contabilizadas no momento do
recebimento ou pagamento, enquanto no
regime de competência o momento a ser
contabilizado é o da receita e da despesa,
ou seja, o momento do fato gerador, não
sendo importante para tal caracterização
o dia do recebimento ou pagamento.
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PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA


determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do
PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido. 70
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o
emprego de certo grau de precaução no exercício dos
julgamentos necessários às estimativas em certas condições de
incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam
subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10).
71
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
A Prudência, ou Conservadorismo,
adota uma postura, em situações onde
existam duas alternativas igualmente
prováveis, que resulte no menor Patrimônio
Líquido, seja através de um maior valor ao
Passivo ou de um menor valor ao Ativo.
A Resolução CFC nº 750/93
mostrou avanços em relação a sua
antecessora e serviram para oficializar os
Princípios Fundamentais de Contabilidade
de uma maneira mais simples e sem
discussões acerca de classificações entre72
Postulados, Princípios e Convenções.
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

A aplicação do Princípio da Prudência não pode ser


excessiva, com situações classificáveis como
manipulações do resultado, para criação de
reservas ocultas. Pelo contrário, deve constituir
garantia de inexistência de valores artificiais, de
interesse de determinadas pessoas, especialmente
administradores e controladores, aspecto muito
importante nas Entidades integrantes do mercado
de capitais.
73
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
É sempre importante destacar que todo
registro contábil necessita ter um alto grau de
confiabilidade, capaz de oferecer segurança a todos
os interessados, seja no aspecto gerencial, fiscal ou
de análise de investimentos.
Nesse sentido, é imprescindível que a
contabilidade represente a realidade. No entanto,
caso o princípio da prudência seja ignorado, abre-se
uma margem perigosa para sobrevalorização do
ativo e subvalorização de passivos. Como
consequência lógica, o patrimônio líquido e todas as
informações contábeis sofrerão distorções,
impactando imediatamente a empresa e a 74
confiabilidade das informações contábeis.
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Reconhece a autonomia patrimonial da entidade,
ENTIDADE:
diferenciando o Patrimônio particular do da entidade.
Pressupõe que a Entidade continuará em operação no
futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
CONTINUIDADE:
Componentes do Patrimônio levam em conta esta
circunstância.
Refere-se ao processo de mensuração e à apresentação
OPORTUNIDADE: dos Componentes patrimoniais para produzir
informações íntegras e tempestivas.
Determina que os Componentes do Patrimônio devem
REGISTRO PELO
ser inicialmente registrados pelos valores originais das
VALOR ORIGINAL:
transações, expressos em moeda nacional.
As Receitas e as Despesas devem ser incluídas na
Apuração do Resultado do Período em que ocorreram,
COMPETÊNCIA:
sempre simultaneamente, quando se relacionarem,
independente de recebimento e pagamento.
Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no
exercício quanto às estimativas em certas condições de
PRUDÊNCIA: incerteza, para que Ativos e Receitas não sejam
superestimados e que Passivos e Despesas não sejam 76
subestimados.
ATIVIDADES
1) PESQUISE E DESCREVA QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES
MANTENEDORAS DO SISTEMA “S” E SUAS RESPECTIVAS LEIS
DE ORIGEM.
2) DESCREVA 4 TIPOS DE:
CONTRIBUIÇÕES;
TRIBUTOS;
IMPOSTOS;
TAXAS;
3) QUAIS IMPOSTOS, TRIBUTOS OU CONTRIBUIÇÕES SÃO
COBRADOS NA ARRECADAÇÃO DAS LOTERIAS OFICIAIS? 77
https://www.istoedinheiro.com.br/o-dono-da-arapua-
quer-voltar-aos-negocios/

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