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Contabilidade
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EDITAL
BANCA: Cespe
CARGO: Técnico Administrativo
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Contabilidade
FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE
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Como uma ciência, a Contabilidade possui um objeto, uma finalidade e um campo de aplicação.
a) Quanto ao fim:
•• Social: não visam lucro. São as entes públicos, as sociedades de caráter beneficente,
esportivo, cultural, recreativo, religioso, etc.;
•• Econômico-Social: são aziendas que buscam superávit para revertê-lo reverter em
benefício de seus filiados, como as cooperativas, as entidades de classe, as sociedades de
pecúlios, as aposentadorias e os benefícios;
•• Econômica: visam o lucro voltado para seu próprio benefício, como as empresas comerciais
e industriais.
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1.7 TÉCNICAS CONTÁBEIS
A Contabilidade é uma ciência e tem por objetivo o registro dos fatos contábeis, o controle do
patrimônio e a geração de informações úteis aos seus usuários. Para que possa alcançar esses
objetivos, são utilizadas as técnicas da escrituração, das demonstrações contábeis, da análise
das demonstrações contábeis ou de balanço e da auditoria.
1.7.1 ESCRITURAÇÃO
É a técnica contábil que se encarrega do registro dos fatos que alteram o patrimônio de uma
entidade. Toda vez que ocorrer alguma alteração nos bens, nos direitos e nas obrigações de
uma entidade, essas alterações devem ser registradas por meio da técnica de escrituração.
Assim, as alterações devem ser registradas tão logo se tenha conhecimento de sua ocorrência,
resultando que a escrituração estará posta em ordem cronológica de dia, mês e ano.
A técnica de escrituração encontra capitulação legal por meio do artigo 177 da Lei nº 6.404/1976
(Lei das S.A.) e pela Lei nº 10.406/2002 (novo Código Civil). Segundo o dispositivo da Lei das S.A.,
a escrituração das empresas deve manter registros permanentes em obediência à legislação
comercial, aos preceitos da referida Lei e aos princípios contábeis geralmente aceitos.
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1.7.3 AUDITORIA
A auditoria contábil compreende o exame de documentos, livros contábeis, registros, além
de realização de inspeções e obtenção de informações de fontes internas e externas, tudo
relacionado com o controle do patrimônio da entidade auditada. A auditoria tem por objetivo
averiguar a exatidão dos registros contábeis e das demonstrações contábeis no que se refere
aos eventos que alteram o patrimônio e a representação desse patrimônio, buscando a
detecção de erros e fraudes. Também é verificado o cumprimento dos princípios contábeis pela
entidade. Além de ser uma técnica contábil, a auditoria também pode ser entendida como um
ramo da contabilidade.
Portanto, vemos que a regra geral é a de o exercício social durar 1 (um) ano, com data de início
e de fim previstas no estatuto. A exceção é na constituição e nos casos de alteração estatutária,
quando o exercício poderá ter duração diversa.
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Em resumo:
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decisões tomadas. O custo de manutenção desse regime é maior que o das limitadas que não
possuem conselhos ou diretoria.
São disciplinadas pela Lei nº 6404/76 (Lei das Sociedades por Ações), de fundamental
importância ao nosso estudo, principalmente em seus artigos 175 a 205, as sociedades
anônimas, que possuem as seguintes características:
•• O capital (parcela do patrimônio particular que os sócios entregam à sociedade) é dividido
em ações;
•• Seu documento de constituição é o estatuto, o qual indicará, entre outras coisas, a
quantidade e tipo das ações que compõem o capital social, o objeto da sociedade, a forma
de distribuição dos lucros, etc.;
•• Sua administração compete ao conselho de administração e à diretoria, ou somente à
diretoria, conforme dispuser o estatuto;
•• Serão sempre consideradas “mercantis”, ou seja, comerciais, independentemente do
objeto (atividade que desempenha).
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a escriturar, elaborar demonstrações contábeis e contratar auditoria independente, nos termos
da Lei das Sociedades por Ações. Considera-se de grande porte, para tais fins, a sociedade ou
o conjunto de sociedades sob controle comum que tiverem, no exercício social anterior, ativo
total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta
anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).
Isto é, uma limitada que atingir tais parâmetros será obrigada a seguir os comandos contábeis
exigidos para as S.A relativos à escrituração, à elaboração de demonstrações contábeis e
contratação de auditoria independente.
Observe que tais empresas não estão obrigadas a publicar suas demonstrações, como estão as
S.A.
Em resumo:
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Questões
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8. (Cespe – PF – 2004) 12. (Cespe – EMBASA – 2010)
Considerando que o campo de abrangência A demonstração do fluxo de caixa e a de-
de uma ciência é delimitado pelo seu obje- monstração do valor adicionado são de ela-
to, conclui-se que somente o atributo quan- boração facultativa.
titativo do patrimônio delimita a contabili-
dade. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
13. (Cespe – EMBASA – 2010)
9. (Cespe – PF – 2004) É facultada à companhia a divulgação de
A contabilidade atinge seu objetivo de for- notas explicativas quanto às demonstrações
necer informações sobre a composição e as financeiras.
variações do patrimônio para a tomada de ( ) Certo ( ) Errado
decisões por meio das técnicas contábeis de
escrituração contábil, demonstrações con-
tábeis, auditoria contábil e análise de balan- A respeito de teoria contábil, livros e regis-
ços. tros dos fatos contábeis e método das parti-
das dobradas, julgue os itens a seguir.
( ) Certo ( ) Errado
14. (Bacen – 2013)
10. (Cespe – TRE – 2010)
Com relação aos objetivos apropriados para
O balanço visa apresentar a posição finan- a contabilidade quanto à utilidade da in-
ceira e patrimonial da empresa em deter- formação contábil, existem divergências de
minada data, e representa, portanto, uma percepções entre administradores e audito-
posição dinâmica. res
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
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2. PATRIMÔNIO
a) Bem: é qualquer coisa, material ou imaterial, que satisfaz a necessidade humana, que pode
ser avaliado economicamente e que pode ser utilizado por uma entidade para atingir a sua
finalidade.
Os bens classificam-se em:
•• Bens numerários – Representados pelos meios de pagamento. Exemplo: caixa;
•• Bens fixos ou de uso – Representados pelos bens de propriedade da empresa, utilizados na
sua atividade operacional. Ex: veículos de uso;
•• Bens de renda – Destinados a produzir renda. Exemplo: imóveis alugados;
•• Bens de venda – Representados, principalmente, pelas contas de estoques.
Outra classificação, esta muito mais importante para o futuro do nosso estudo, é quanto à
tangibilidade:
•• Tangíveis – Bens que possuem existência concreta (material), tal como um imóvel ou um
veículo;
•• Intangíveis – Bens que possuem existência abstrata (imaterial), tal como uma licença para
uso de determinada marca.
b) Direitos: são todos os créditos de uma empresa contra terceiros. Referem-se a uma
operação que, no futuro, será transformada em dinheiro, logo, em bem. Exemplo:
duplicatas a receber, adiantamentos a fornecedores, etc.
c) Obrigações: são os débitos (dívidas) da empresa com terceiros. São bens de propriedades
de terceiros que se encontram em poder da empresa. Exemplo: duplicatas a pagar, impostos
a recolher, etc.
O patrimônio das entidades é autônomo em relação aos demais patrimônios, podendo
a entidade dispor dele livremente dentro do ordenamento jurídico, econômica e
administrativamente.
Há outras ciências que têm como seu objeto o patrimônio, porém à Contabilidade este interessa
sob o aspecto qualitativo e quantitativo.
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2.1 ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO PATRIMÔNIO
a) QUALITATIVO: Consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes do
respectivos relatórios, permitindo que se conheça a natureza de cada um;
b) QUANTITATIVO: Consiste em atribuir, aos respectivos elementos, seus valores em moeda.
Podemos citar como exemplo dos aspectos: máquinas R$100.000 (qualitativamente, o
patrimônio tem em sua composição máquinas e quantitativamente essas máquinas valem
R$100.000) e empréstimos a pagar R$30.000 (qualitativamente, o patrimônio tem em sua
composição empréstimos a pagar e quantitativamente esses empréstimos totalizam R$30.000).
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Ao lado direito do gráfico chamamos de PASSIVO, que é o conjunto composto pelas obrigações,
que formam o grupo de elementos “negativos” da entidade e representam as “origens” de
recursos aplicados no Ativo.
Do lado direito também aparece um outro grupo de elementos, chamado de PATRIMÔNIO
LÍQUIDO, correspondendo exatamente à diferença entre ATIVO e PASSIVO, chamado também
de Investimento Próprio por alguns autores ou Capital Próprio e até mesmo de Situação Líquida.
a) 1ª Situação:
Quando o Ativo (bens + direitos) é maior que o Passivo (obrigações). Como o Patrimônio Líquido
é Ativo (-) Passivo, teremos um Patrimônio Líquido positivo ou Situação Líquida positiva.
Essa situação pode ser representada da seguinte forma:
b) 2ª Situação:
Quando o Ativo é menor que o Passivo, gerando um Patrimônio Líquido ou Situação Líquida
ou Capital Próprio Negativo. Essa situação também é conhecida como Passivo a Descoberto.
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c) 3ª Situação:
Quando o Passivo for igual ao Ativo, teremos caracterizada a inexistência de Capital Próprio ou
a Situação Líquida nula.
Em resumo:
a) ATIVO
Conjunto dos recursos controlados pela entidade como resultados de eventos passados e do
qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
b) PASSIVO
Toda obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se
espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
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c) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O interesse residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.
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d) RECEITAS
São aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada
de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do
patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.
A receita corresponde, em geral, às vendas de mercadorias, produtos ou prestações de serviços.
Ela é refletida no balanço patrimonial através da entrada de dinheiro no caixa/bancos (venda à
vista) ou entrada em forma de direitos a receber (venda a prazo) – duplicatas a receber.
Percebe-se que as receitas (contas de resultado) não aparecem no Balanço Patrimonial. Elas
são a ele incorporados em forma de resultado via conta de lucros ou prejuízos acumulados.
Toda Receita aumenta o PL, mas nem todo aumento de PL foi consequência de uma Receita.
e) DESPESAS
São decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída
de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo
do Patrimônio Líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da
entidade.
Despesa é todo o sacrifício ou todo esforço da pessoa jurídica para obter uma receita (o
consumo de bens e serviços com o objetivo de obter receitas é um sacrifício, um esforço para a
empresa). Ela é refletida no balanço através de uma redução do caixa/bancos (quando é paga
a vista) ou mediante um aumento de uma dívida (passivo, quando a despesa é incorrida, mas
não paga).
Podem diminuir o Ativo ou aumentar o passivo exigível, mas sempre reduzem a Situação
Líquida ou o Patrimônio Líquido.
f) RESULTADO (RÉDITO)
É o resultado produzido pelos componentes patrimoniais e que traz alterações ao estado inicial
do capital, podendo ser, portanto, positivo (lucro) ou negativo (prejuízo). Assim, rédito é a
variação positiva ou negativa, expressa em termos de moeda, que a entidade suportou no seu
capital, em dado exercício, por efeito da gestão.
A função econômica da Contabilidade é apurar o resultado que uma entidade (azienda) obteve
em determinado período. Esse resultado é obtido pela diferença entre as receitas e as despesas
do período. Assim:
RESULTADO(RES) = RECEITAS(R)–DESPESAS (D)
R > D RES > 0 LUCRO
R < D RES < 0 PREJUÍZO
R = D RES = 0 NULO
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g) PATRIMÔNIO BRUTO
Patrimônio bruto, na linguagem contábil, representa o conceito de patrimônio para outras
ciências, ou seja, patrimônio bruto representa o conjunto de bens e direitos de uma entidade
o que equivale ao ativo total. Como o ativo total é igual ao passivo total, pode-se dizer que o
passivo total é, também, igual ao patrimônio bruto.
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Questões
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10. (Cespe – EMBASA – 2010) 13. (Cespe – TRE – 2010)
Se, em determinado patrimônio, os bens Comparando o período, a situação líquida
somam R$ 300,00, as obrigações, R$ 500,00 tornou-se desfavorável apenas para uma
e os direitos, R$ 400,00, então o valor do das entidades contábeis apresentadas.
patrimônio líquido é de R$ 200,00.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
14. (Cespe – TRE – 2010)
11. (Cespe – SERPRO – 2013)
A situação líquida de uma das entidades
Um bem (ou um direito) somente será con- manteve-se inalterada no período, sendo
siderado como ativo quando satisfaz a três correto afirmar que, nesse caso, não houve
condições: gerar benefícios econômicos fu- variação quantitativa no patrimônio dessa
turos; ser controlado pela entidade e ser re- entidade.
sultante de um evento que tenha ocorrido
no passado. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
15. (Cespe – TRE – 2010)
12. (Cespe – SERPRO – 2013) Entre as entidades citadas, a entidade A, no
ano 2, apresentou o maior percentual de
A definição do passivo pode ser dividida capital de terceiros em relação aos recursos
em três aspectos cruciais: é uma obrigação possuídos pela entidade, capazes de gerar
atual; a liquidação implicará desembolso de benefícios econômicos futuros.
benefícios econômicos para a entidade; é
resultado de eventos passados. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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3. CONTAS
Conta é título utilizado para designar um bem, um direito, uma obrigação, uma despesa ou
uma receita. É o local em que vamos registrar ou alocar os fatos de igual natureza. Então,
teremos uma conta para registrar o dinheiro da empresa, outra para registrar os depósitos
bancários, outra para designar os veículos e assim por diante. Portanto, a quantidade de contas
que se pode encontrar na Contabilidade de uma empresa é enorme e varia de entidade para
entidade. Dessa forma, contas são grupos de elementos semelhantes utilizadas para registrar
as ocorrências que, de alguma forma, afetaram o patrimônio da empresa.
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3.1.3 TEORIA PATRIMONIALISTA
É a teoria que atualmente tem repercussão mundial e entende que o patrimônio é o objeto
da Contabilidade, sendo sua finalidade o seu controle. É a teoria aceita pelos doutrinadores
contemporâneos, por entenderem que se amolda à Contabilidade como ciência.
Por essa teoria, as contas são classificadas em dois grandes grupos:
•• Contas patrimoniais — São as contas que representam os bens, direitos, obrigações e a
situação líquida das entidades, ou seja: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Essas contas
permanecem com o seu saldo no momento da apuração do resultado, vale dizer, elas
aparecem no balanço patrimonial.
•• Contas de resultado — São as contas que representam as receitas e as despesas. Essas
contas devem ter, sempre, os seus saldos zerados, isto é, devem ser encerradas (tornar o
saldo zero e transferi-lo à apuração do resultado) por ocasião da apuração do resultado
ou do exercício social. São incorporadas ao Balanço Patrimonial no grupo do Patrimônio
Líquido, via contas de lucros, como, por exemplo, lucros ou prejuízos acumulados e reservas
de lucros.
b) CONTAS DO PASSIVO: obrigações da entidade para com terceiros ou da mesma para com
os sócios. Organizadas em ordem decrescente do grau de exigibilidade.
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c) CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL): riqueza própria da entidade, obtida pela diferença
entre o Ativo e o Passivo.
Ex.: capital social, reserva de capital, reserva de lucro, ajuste de avaliação patrimonial, prejuízos
acumulados e ações em tesouraria.
d) CONTAS REDUTORAS: tem a função de reduzir o saldo de outra conta. Possui a natureza
inversa, a natureza do grupo ao qual pertencem.
Ex.: depreciação acumulada, capital a integralizar, provisão de devedores duvidosos.
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Ex.: despesa financeira, despesa administrativa, despesa com vendas, perdas de capital.
Temos, portanto, o seguinte quadro que deve ser mentalizado para a prova:
3.3.1 ATIVO
Como vimos anteriormente, o Ativo representa os bens e os direitos que uma companhia
possui e será classificada em ordem decrescente do grau de liquidez. Ele apresenta subdivisões
que facilitam a sua visualização para os usuários da contabilidade, que são:
A) Ativo Circulante: Nele serão classificadas as disponibilidades, os direitos realizáveis no
exercício social subsequente (após o termino do exercício social atual) e as aplicações de
recursos em despesa do exercício social seguinte.
B) Ativo não Circulante: Composto de:
•• Ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades
coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que
não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
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3.3.2 Passivo
Como vimos anteriormente, o Passivo representa as obrigações da companhia em grau
decrescente de exigibilidade. Ele apresenta subdivisões que facilitam a sua visualização para os
usuários da contabilidade, que são:
a) Passivo Circulante: as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição
de direitos do ativo não circulante, quando se vencerem no exercício seguinte.
b) Passivo não Circulante: as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para
aquisição de direitos do ativo não circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte.
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•• Reservas de Capital: a reserva de Capital constará:
•• a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada
à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures
ou partes beneficiárias; e
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3.5 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS
Nos registros contábeis, utilizamos diversos livros e formas de evidenciação. Uma das formas
de evidenciação é a individualizada por conta, isto é, cada uma das contas terá um espaço
próprio pelo qual podemos observar toda a evolução do componente patrimonial representado
por essa conta. Todavia, esses registros não são efetuados ao bel prazer de quem detém
a responsabilidade de fazê-lo, pois hão de ser efetuados em ordem cronológica e em livro
próprio, chamado de RAZÃO. Por mais que falemos que os registros serão efetuados no livro
RAZÃO, é comum que esse livro seja substituído por fichas, as chamadas fichas do Razão, sendo
utilizada uma ficha para cada uma das contas.
Nas fichas do Razão, a conta possui como elementos necessários o valor do débito, o valor
do crédito, o valor do saldo, o histórico, o título e a data da movimentação. Esses elementos
podem ser representados, graficamente, como se demonstra a seguir:
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sempre saldos credores ou nulos e, assim, os aumentos de valor virão através de créditos e as
diminuições, por débitos. Ressaltamos, todavia, a existência de contas retificadoras de Passivo
e de Patrimônio Líquido que, por suposto, possuem saldo devedor.
Todo aumento de Passivo, PL ou Receita deve ser lançado no lado direito, ou seja, CREDITA-SE.
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Questões
Julgue os itens a seguir com relação ao art. Com relação aos componentes patrimoniais
37 da Lei nº 11.941/2009, que alterou o art. classificados no ativo, passivo e patrimônio
178 da Lei nº 6.404/1976. líquido, julgue os seguintes itens.
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9. (Cespe – EMBASA – 2010) Julgue os itens a seguir com relação ao art.
37 da Lei nº 11.941/2009, que alterou o art.
A conta adiantamentos a clientes é conside- 178 da Lei nº 6.404/1976.
rada uma conta do passivo porque represen-
ta adiantamentos dos clientes à empresa. 15. (Cespe – EMBASA – 2010)
( ) Certo ( ) Errado O patrimônio líquido foi dividido em capital
social, reservas de capital, reserva de reava-
Julgue os itens seguintes, acerca das contas liação, reservas de lucros, ações em tesoura-
patrimoniais e das contas de resultados. ria e prejuízos acumulados.
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Muitas são as condições em que a equação Considere que determinada companhia te-
patrimonial de uma entidade pode apresen- nha informado, em reais, os saldos das con-
tar-se, mas em nenhuma hipótese a situa- tas, conforme mostrados na tabela abaixo.
ção líquida pode ser maior do que o ativo
total.
( ) Certo ( ) Errado
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Com base nos dados anteriormente apre-
sentados, julgue os itens a seguir.
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4. MAPA MENTAL
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5. ESCRITURAÇÃO E LANÇAMENTO
5.1 ESCRITURAÇÃO
Escrituração é a técnica encarregada do registro dos fatos contábeis ocorridos em uma
entidade, visando o controle do patrimônio, a apuração dos resultados dos exercícios sociais e a
prestação de informações aos diversos usuários da informação contábil, ou seja, a escrituração
é a base dos relatórios contábeis, que são, em última análise, os meios de comunicação da
entidade com o mundo exterior ou interessados na informação contábil.
A escrituração é a responsável pela função de registrar todos os fatos administrativos que
alteram o patrimônio das entidades econômico-administrativas, tanto qualitativa quanto
quantitativamente. Lembre-se de que a escrituração é técnica e não deve ser confundida com
a Contabilidade, que é ciência, tampouco deve ser confundida com lançamento que é o ato de
escriturar, efetuado pelo método das partidas dobradas.
A propósito de escrituração, o art. 177 da Lei nº 6.404/76 estabelece que a escrituração da
companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação
comercial e dessa lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais
segundo o regime de competência.
5.2 LANÇAMENTO
Lançamento é a prática da escrituração efetuado nos livros contábeis. Lembre-se de que a
escrituração é técnica e não deve ser confundida com a Contabilidade, que é ciência; tampouco
deve ser confundida com lançamento, que é o ato de escriturar, efetuado pelo método das
partidas dobradas, que é apenas um método de escrituração.
Ao registro de um fato contábil chamamos lançamento. Este é efetuado em livros contábeis
próprios como o Diário, Razão, etc. Ao conjunto de registros ou lançamentos é que chamamos
escrituração.
A escrituração é posta em prática pelo ato do lançamento, segundo o método das partidas
dobradas, para atender à função registro, atrelada ao conceito de Ciência Contabilidade. Assim,
temos uma hierarquia descendente de amplitude de conceitos, começando pela Contabilidade
(ciência), em seguida a escrituração (técnica) e o lançamento/registro (método de escrituração
“partidas dobradas”).
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5.2.2 PROCEDIMENTOS (PASSOS) DO LANÇAMENTO
1º Passo – devemos identificar as contas envolvidas no fato;
2º Passo – devemos identificar os grupos a que pertencem as contas envolvidas no fato contábil;
3º Passo – devemos identificar o efeito sobre o saldo das contas envolvidas;
4º Passo – devemos consultar o quadro-resumo do mecanismo de débito e crédito ou
funcionamento das contas, visto na aula anterior, de acordo com o método das partidas
dobradas:
a) PARTIDAS DE DIÁRIO
Os fatos devem ser registrados no livro Diário em ordem estritamente cronológica de dia, mês e
ano, com a seguinte forma de apresentação:
•• data da ocorrência;
•• conta devedora (e/ou código de identificação);
•• conta credora (e/ou código de identificação) precedida da preposição "a" quando manual;
•• histórico do fato em língua nacional com identificação do documento comprobatório;
•• valor em moeda nacional.
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b) PARTIDAS DE RAZÃO
As partidas de Diário devem ser transportadas para o livro Razão, que é um livro sistemático
porque destina uma página para cada conta, retratando os saldos das contas, enquanto que,
no Diário, aparecem apenas os valores lançados a débito e a crédito das contas respectivas, em
ordem cronológica, não permitindo conhecer-se o volume de operações registradas em cada
conta.
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ELEMENTOS DO LANÇAMENTO X ELEMENTOS DA CONTA
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d) LANÇAMENTO DE QUARTA FÓRMULA – 2 OU MAIS DEBITOS E 2 OU MAIS
CRÉDITOS
Um exemplo é a compra de máquinas por R$ 30.000 e móveis por R$ 15.000 com pagamento
em dinheiro e cheque.
Local e data
D- Diversos
C- Diversos
D- Máquinas
D- Móveis
C- Caixa
C- Banco
Histórico Valor R$ 30.000,00 \ R$ 15.000,00
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a) LIVRO DIÁRIO
Conforme o Código Civil, além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que
pode ser substituído por fichas, no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. A adoção de
fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do Balanço Patrimonial e do
de resultado econômico. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso,
as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas
Mercantis. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil,
por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta
dias, relativamente a contas, cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede
do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para
registro individualizado e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
Com base na escrituração contábil feita no livro Diário, é apurado o lucro líquido do período-
base (lucro contábil). A partir do lucro líquido, já então por meio do Livro de Apuração do Lucro
Real (LALUR), obtém-se o lucro real, base de cálculo do Imposto de Renda das pessoas jurídicas
tributadas por essa forma.
b) LIVRO RAZÃO
É um livro sistemático, no qual se controla a movimentação de cada conta individualmente,
sendo transcrito registros de débitos e créditos da conta no Diário.
O Razão é considerado livro auxiliar pela legislação comercial, foi tornado obrigatório para as
empresas tributadas com base no lucro real, pelas Leis nº 8.218/91 e 8.383/91, portanto, sob
amparo da legislação fiscal. A sua escrituração é individualizada em uma folha ou ficha para
cada conta (a exceção da escrituração por computador) e os lançamentos obedecem à ordem
cronológica das operações. Está dispensado de registro ou autenticação nos órgãos competentes.
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e) LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
O LALUR deve ser escriturado por todas as pessoas jurídicas contribuintes do imposto de renda
tributadas com base no lucro real, inclusive filiais, sucursais ou representantes de pessoas
jurídicas domiciliadas no exterior, firmas individuais e cooperativas que realizem negócios com
não cooperados.
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A correção de um registro realizado com erro na escrituração contábil das entidades deve ser
feita por lançamento de retificação. As formas de retificação recomendadas para a correção dos
erros de escrituração são o estorno, a transferência e a complementação. Em qualquer que
seja a modalidade de correção adotada, o histórico do lançamento deverá precisar o motivo
da retificação, a data e a localização do lançamento de origem, isto é, deve fazer menção ao
lançamento original.
a) Lançamento de estorno – Consiste em anular totalmente o lançamento feito anteriormente,
com outro lançamento invertido de igual valor.
b) Transferência – Consiste no estorno parcial, utilizando a transferência, é possível a correção
do erro de conta mediante um único lançamento, sem a necessidade de se estornar
integralmente o lançamento errado.
c) Complementação – Consiste em completar, aumentando ou reduzindo o valor anterior-
mente registrado. Na complementação, as contas estão corretas, porém os valores podem
estar maiores ou menores. Quando o valor estiver maior que o correto, o lançamento com-
plementar reduzindo o anterior também é chamado de estorno parcial.
Os acontecimentos do dia a dia de uma entidade podem ou não afetar o seu patrimônio. Esses
acontecimentos podem ser classificados como:
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6.1.1 FATO ADMINISTRATIVO (CONTÁBIL)
Fato administrativo é qualquer acontecimento que reflete no patrimônio, alterando-o na sua
qualidade e/ou na sua quantidade. É interessante frisar que os fatos que alteram o patrimônio
quantitativamente também o alteram qualitativamente. A análise dos fatos contábeis deve ser
feita tendo em mente as alterações que eles provocam no patrimônio líquido. Com relação às
alterações no patrimônio líquido que os fatos contábeis podem provocar, eles são classificados
em FATOS PERMUTATIVOS, FATOS MODIFICATIVOS e FATOS MISTOS.
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c) Pagamento de duplicatas, com desconto (é o caso de haver receita, pela conceituação
do art. 9º dos princípios de contabilidade, e também uma permuta, isto é, há redução de
passivo e de ativo, porém este último em menor valor, ou ainda, há o desaparecimento de
um passivo sem o correspondente ativo).
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Questões
Com relação a escrituração, julgue os próxi- jam exatamente iguais. Tal regra é denomi-
mos itens. nada partida simples.
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10. (Cespe – CEPLAG – DF) Com relação à escrituração contábil, julgue
Uma empresa, ao adquirir uma impressora os itens que se seguem.
para seu uso, dando X de entrada e o res- 15. (Cespe – TRE-RN – 2010)
tante faturado com Y dias, deve efetuar o
seguinte registro contábil: Impressora (ou Se determinada empresa sacou dinheiro de
equipamentos para escritório) deve a caixa sua conta bancária, que estava com o sal-
e duplicatas a pagar. do zerado, utilizando o crédito do chama-
do cheque especial, o saldo dessa conta no
( ) Certo ( ) Errado livro razão do banco onde a empresa tem
conta será credor.
Com relação à escrituração contábil, julgue
os itens que se seguem. ( ) Certo ( ) Errado
12. (Cespe – TRE-RN – 2010) Julgue o item a seguir, com base nos conceitos
O método das partidas mistas pressupõe o e normas aplicáveis à escrituração contábil.
uso de contas de correspondentes e contas
dos agentes consignatários e, nesse sentido, 17. (Cespe – APF – 2009)
pode ser considerado equivalente ao méto- Em decorrência da aplicação do método das
do das partidas dobradas. partidas dobradas, as contas retificadoras
( ) Certo ( ) Errado do patrimônio líquido têm seu saldo aumen-
tado quando são debitadas, e diminuído
Quanto às fórmulas de lançamentos contá- quando são creditadas.
beis, julgue os itens a seguir. ( ) Certo ( ) Errado
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O lançamento acima representa um fato Julgue o item que se segue, acerca da uti-
contábil: lização das técnicas contábeis no registro e
a) misto, pois ocasiona permutação de va- controle do patrimônio das entidades.
lores patrimoniais e modificação na si-
tuação líquida do patrimônio. 23. (Cespe – TRE – 2011)
b) modificativo, pois os débitos são iguais Se, indevidamente, um contabilista registrar
aos créditos. a compra à vista de um automóvel, debitan-
c) misto, porque há lançamentos em con- do a conta de veículos em uso e creditando
tas do passivo e do ativo. a conta de fornecedores, a única forma pos-
d) permutativo, pois há lançamentos em sível de corrigir o lançamento errado será
contas patrimoniais e de resultado. efetuar um lançamento de estorno.
e) modificativo, porque é um lançamento
de terceira fórmula, com duas contas ( ) Certo ( ) Errado
debitadas
Julgue o item que se segue, acerca da uti-
Em relação às contas e à escrituração contá- lização das técnicas contábeis no registro e
bil, julgue o item seguinte. controle do patrimônio das entidades.
( ) Certo ( ) Errado
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Ainda com referência à contabilidade geral, 29. (Cespe – TER – 2011)
julgue o item subsequente.
Considera-se a compra de um computador
25. (SEFAL-AL – 2002) para uso da administração da firma com
parte do pagamento à vista e parte a prazo
Os fatos contábeis modificativos alteram a como um fato administrativo modificativo.
situação líquida patrimonial.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
30. (Cespe – TER – 2011)
26. (Cespe – MPU – 2010)
Considera-se a compra a prazo de uma cafe-
A integralização do capital social em merca- teira para preparo do lanche dos emprega-
dorias representa evento modificativo au- dos um fato administrativo permutativo.
mentativo.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
31. (Cespe – TER – 2011)
Julgue o item a seguir, relativo à contabilida-
de geral. O pagamento de um encargo, como, por
exemplo, salários e aluguéis, pode ser con-
27. (Cespe – SEFAZ-AL – 2002) siderado um fato permutativo ou modifica-
tivo, dependendo da data de ocorrência do
O registro de uma compra de mercadoria à respectivo fato gerador.
vista corresponde a um fato contábil modi-
ficativo. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Julgue o item seguinte, acerca do patrimô-
nio das empresas e dos principais fatos que
Com base nos princípios contábeis funda- provocam sua variação.
mentais e nos tipos de fatos contábeis, jul-
gue o item a seguir. 32. (Cespe – TER-RJ – 2012)
28. (Cespe – MDIC – 2008) Uma das condições essenciais para a concei-
tuação de determinado fato contábil como
Caso um bem do ativo imobilizado, adquiri- modificativo é que haja permuta de elemen-
do e registrado por R$ 300.000,00, já tiver tos patrimoniais.
acumulado uma depreciação corresponden-
te a 40% de sua vida útil, nessa ocasião, a ( ) Certo ( ) Errado
venda à vista desse bem por R$ 150.000,00
caracterizará um fato contábil misto diminu- No item, é apresentada uma situação hipo-
tivo. tética, seguida de uma assertiva a ser julga-
( ) Certo ( ) Errado da acerca de escrituração e análise e conci-
liações contábeis.
Julgue o item seguinte, relativo a atos e fa- 33. (Cespe – TRE-ES – 2011)
tos administrativos.
O recebimento de uma duplicata ocorreu
após a data de seu vencimento e, por isso,
houve cobrança de juros de mora. Nessa si-
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Considere os seguintes eventos: 44. (Cespe – FUB – 2014)
I – aquisição, à vista, de matérias-primas Os eventos I e IV são exemplos de fatos per-
para processamento industrial; mutativos.
II – venda de mercadorias, a prazo, por pre- ( ) Certo ( ) Errado
ço superior ao praticado nas vendas à vista;
III – contratação de novos empregados para
a filial da empresa; 45. (Cespe – FUB – 2014)
IV – pagamento, com juros, de duplicata Os eventos V e VI exemplificam fatos mo-
vencida; dificativos. No que diz respeito ao plano de
V – pagamento a trabalhadores eventuais contas, julgue os seguintes itens.
para o descarregamento de um caminhão,
no momento da prestação do serviço; ( ) Certo ( ) Errado
VI – perda de mercadorias não cobertas por
seguro, em decorrência de inundação na 46. (Cespe – FUB – 2014)
área de estoques;
A explicação da função e do funcionamento
VII – constituição de capital social em di-
das contas compõe um documento anexo
nheiro.
ao plano de contas, visto que tais informa-
Com base nos eventos apresentados acima, ções são do domínio dos técnicos e conta-
julgue os próximos itens, relativos a atos e dores que utilizarão o rol de contas da orga-
fatos nização.
( ) Certo ( ) Errado
42. (Cespe – FUB – 2014)
Um fato misto é aquele que modifica a situ-
47. (Cespe – FUB – 2014)
ação patrimonial líquida da empresa e, além
disso, implica permuta de valores idênticos O elenco de contas deve ser elaborado para
entre contas patrimoniais, como ocorre nos guiar os procedimentos de contabilização e
eventos II e VII. estruturado de acordo com as necessidades
de cada organização ou, em casos especiais,
( ) Certo ( ) Errado
de certos segmentos econômicos.
( ) Certo ( ) Errado
43. (Cespe – FUB – 2014)
Todos os eventos listados são fatos adminis-
trativos, visto que, em algum momento, afe-
tarão o patrimônio da empresa.
( ) Certo ( ) Errado
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Todos os fatos administrativos de uma empresa são lançados pelo Método das Partidas
Dobradas, no livro diário, em ordem cronológica e transcritos para o razão (razonetes).
Depois de efetuado os lançamentos nos razonetes, apuram-se os saldos de todas as contas,
pela diferença entre o total dos débitos e o total dos créditos lançados em cada conta contábil.
Nesse momento, faz-se uma pausa na sequência dos lançamentos contábeis para averiguação
de sua exatidão. Periodicamente, os responsáveis pela Contabilidade devem verificar se os
lançamentos contábeis realizados no período estão corretos.
Uma técnica bastante utilizada para atingir tal objetivo é o Balancete de Verificação. Esse
instrumento, embora de grande utilidade, não detectará, entretanto, todos os erros que
possam existir nos lançamentos contábeis. Como essa peça contábil tem como base o Método
das Partidas Dobradas: “não haverá débito(s) sem crédito(s) correspondente(s)”. Se, por um
lado, somarmos todos os débitos e, por outro, todos os créditos, deveremos ter o mesmo total.
Verificamos, assim, se os lançamentos a débito e a crédito foram realizados adequadamente.
O Balancete de Verificação é estruturado com a finalidade de examinar se todos os lançamentos
contábeis efetuados no decorrer de um período foram contabilizados de forma correta, ou seja,
respeitando o Método das Partidas Dobradas.
O Balancete de Verificação relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou credor, de
tal forma que, se os lançamentos foram corretamente efetuados nos razonetes, o total da coluna
dos saldos devedores é igual ao total da coluna dos saldos credores. Se houver diferenças entre
os totais, podemos afirmar que pelo menos um lançamento está errado, devendo-se revisar
cada registro até que os erros sejam localizados.
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FASES DO CICLO CONTÁBIL
1ª: Registro dos fatos contábeis no livro Diário, pelo método das partidas dobradas;
2ª: Transposição para o Razão dos lançamentos do Diário, separando-os por contas;
3ª: Elaboração do Balancete de Verificação para verificar a igualdade entre os valores debitados
e valores creditados, ou dos saldos devedores e credores;
4ª: Elaboração dos lançamentos de ajustes, seguidos de encerramento das contas de resultado
para apuração do resultado do período;
5ª: Elaboração dos lançamentos de destinação do resultado apurado, seguido do levantamento
de novo balancete de verificação, ajustado para balanço;
6ª: Preparação e transcrição no livro Diário dos principais relatórios contábeis, sendo básicos o
BALANÇO PATRIMONIAL e a DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO.
AJUSTES PERIÓDICOS
Ao término de um período, normalmente é verificada a necessidade de se apurar receitas
e despesas (ou mesmo ganhos e perdas) não registradas durante o desenvolvimento das
atividades da empresa.
Os exemplos mais comuns, relativos a ajustes, são os seguintes:
•• Ativos que se transformarão em despesas (despesas antecipadas);
•• Passivo que se transformarão em receitas (receitas antecipadas);
•• Consumo de Imobilizado (depreciação).
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a) as contas de receitas são debitadas transferindo seus saldos para crédito da conta
"Resultado do Exercício";
b) as contas de custos e despesas são creditadas transferindo seus saldos para débito da conta
"Resultado do Exercício".
As contas de resultados são periódicas devendo iniciar o próximo período contábil com saldo
zero, já as contas patrimoniais permanecem com seus saldos.
Os lançamentos de encerramento devem ser efetuados no livro Diário e transpostos para o
Razão.
DESTINAÇÃO DO RESULTADO
Ao receber por transferência o total das receitas (a crédito) e o total dos custos e despesas
(a débito), a conta “Resultado do Exercício”, que é uma conta transitória, deverá apresentar
saldo credor (lucro) ou saldo devedor (prejuízo), que será transferido para o patrimônio líquido,
encerrando a conta.
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Questões
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8. (Cespe – DPU – CONTADOR – 2016) 12. (Cespe – FUB – 2014)
Uma das finalidades do balancete de verifi- O balancete de verificação é composto ape-
cação é demonstrar a correta aplicação do nas pelas contas patrimoniais. As contas de
método das partidas dobradas, pois o to- resultado, mesmo que tenham saldos, não
tal devedor deve ser igual ao total credor, devem constar no demonstrativo.
ou seja, para cada débito em uma ou mais
contas deve haver crédito de igual valor em ( ) Certo ( ) Errado
uma ou mais contas.
( ) Certo ( ) Errado
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EXERCÍCIO PRÁTICO
A Cia. Principal S/A iniciou suas atividades no dia 01/12/2013. Durante o seu primeiro mês de
funcionamento, os seguintes fatos ocorreram:
1º No dia 01/01 – Subscrição do Capital Social no valor de 500.000,00, com integralização em
dinheiro no valor de R$ 200.000,00.
2º No dia 02/12 – Depósito Bancário no valor de R$ 100.000,00.
3º No dia 03/12 – Compra de mercadorias à vista por R$ 50.000,00.
4º No dia 04/12 – Compra de máquinas e equipamentos a prazo por R$ 20.000,00.
5º No dia 05/12 – Aquisição de um veículo para fazer entregas, no valor de R$ 45.000,00;
pagando R$ 15.000,00 em cheque e recebimento de 10 duplicatas do restante.
6º No dia 06/12 – Venda de mercadorias à vista, no valor de R$ 10.000,00, cujo custo foi de
R$ 6.000,00.
7º No dia 07/12 – Venda de mercadorias a prazo, por R$ 20.000,00, cujo custo foi R$ 14.000.
8º No dia 08/12 – Outra venda de mercadorias no valor de R$ 10.000,00; recebendo 60% à
vista e ficando o restante para ser recebido posteriormente. A mercadoria teve um custo de
R$ 5.000,00.
9º No dia 20/12 – Recebimento da conta referente às mercadorias vendidas em 07/12.
10º No dia 21/01 – Compra de mercadoria no valor de R$ 40.000 a prazo.
11º No dia 22/12 – Recebimento antecipadamente de R$ 30.000 por uma entrega futura de
mercadorias.
12º No dia 22/01 – Pagou uma duplicatas referente a compra do veículo com desconto de 10%.
13º No dia 22/12 – Recebimento da conta referente às mercadorias vendidas em 08/12,
concedendo um desconto de 25% por antecipação de pagamento.
14º No dia 23/12 – Recebimento antecipado de R$ 10.000 por um serviço que será prestado no
Mes seguinte.
15º No dia 24/12 – Pagamento de despesas de energia referente ao mês no valor de
R$ 2.000,00.
16º No dia 25/12 – Pagamento antecipado mediante cheque de R$ 12.000 de despesas de
seguro, cuja vigência da apólice será de 01/01/2014 a 31/12/2014.
17º No dia 26/12 – Pagou comissões sobre vendas aos seus vendedores no valor de R$ 2.000,00.
18º No dia 30/12 – Entrega de 50% das mercadorias recebidas no dia 26. As mercadorias
tiveram um custo de R$ 10.000.
19º No dia 30/12 – Pagamento correspondente a 50% da dívida com Equipamentos.
20º No dia 31/12 – Reconhecimento da despesa de salários no valor de R$ 4.000, para
pagamento posterior.
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•• Fazer os Lançamentos no Livro Diário;
•• Classificar os lançamentos quanto à fórmula e ao tipo de fato contábil;
•• Fazer a transposição para o Livro Razão;
•• Levantar o Balancete de Verificação;
•• Fazer a apuração do Resultado;
•• Elaborar o Balanço Patrimonial.
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PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE
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42.1.2 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e,
portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta
essa circunstância.
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c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações
da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
saída líquida de caixa que se espera que seja necessário para liquidar o passivo no curso
normal das operações da entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional
devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão
formal dos valores dos componentes patrimoniais.
Perceba que a atualização monetária (que antes era um princípio) se tornou uma previsão
dentro do Princípio do Registro pelo Valor Original. São resultantes da adoção da atualização
monetária:
•• A moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade
constante em termos do poder aquisitivo;
•• Para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência,
o do Patrimônio Líquido; e
•• A atualização monetária não representar nova avaliação, mas tão somente o ajustamento
dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou
outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em
um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº 1.282/10)
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42.1.6 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e
do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para
a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A aplicação desse princípio pressupõe certo grau de precaução no exercício dos julgamentos
necessários às estimativas em condições de incerteza, para que seja maior a confiabilidade ao
processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.
No item, sempre que utilizadas, as siglas subsequentes devem ser interpretadas com a
significação associada a cada uma delas: CFC = Conselho Federal de Contabilidade; CMV = custo
das mercadorias vendidas; DFC = demonstração dos fluxos de caixa; DMPL = demonstração das
mutações do patrimônio líquido; DVA = demonstração do valor agregado; UEPS = último que
entra, primeiro que sai.
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Questões
Julgue o próximo item de acordo com a Re- Com referência a conceitos básicos de con-
solução do CFC nº 750/1993, que dispõe tabilidade, julgue o item seguinte.
acerca dos princípios fundamentais de con-
tabilidade. 4. (Cespe – TRE – 2011)
A observância do princípio da continuidade
1. (Cespe – SEFAZ-ES – 2010) é indispensável à correta aplicação do prin-
O princípio da atualização monetária é cípio da competência.
aquele em que os efeitos da alteração do ( ) Certo ( ) Errado
poder aquisitivo da moeda nacional são re-
conhecidos nos registros contábeis median-
te uma avaliação do contabilista da relação O Conselho Federal de Contabilidade e o
custo-benefício do reconhecimento. Comitê de Pronunciamentos Contábeis são
responsáveis pela elaboração das normas
( ) Certo ( ) Errado contábeis comumente aceitas. Sobre essas
normas, julgue o item que se segue.
Julgue o item que se segue, a respeito dos
princípios de contabilidade. 5. (Cespe – TRE – 2012)
De acordo com o princípio da competência,
2. (Cespe – APF – 2012) todas as variações patrimoniais devem ser
Segundo o princípio da oportunidade, é ne- registradas de imediato e com a extensão
cessário ponderar a relação entre a opor- correta, independentemente das causas
tunidade e a confiabilidade da informação, que as originaram.
pois a falta de integridade e tempestividade ( ) Certo ( ) Errado
na produção e na divulgação da informação
contábil pode ocasionar a perda de sua re-
levância. Acerca de noções básicas da metodologia e
do sistema contábil, julgue o item a seguir.
( ) Certo ( ) Errado
6. (Cespe – SEFAZ-ES – 2010)
3. (Cespe – APF – 2012) A entidade, a continuidade e a objetividade
estão entre os princípios fundamentais de
De acordo com o princípio do registro do contabilidade estabelecidos pelo CFC.
valor original, a atualização monetária não
representa nova avaliação, mesmo geran- ( ) Certo ( ) Errado
do o ajustamento dos valores originais para
determinada data, mediante aplicação de
7. (Cespe – TRE-MS – 2013)
indexadores e outros elementos aptos a tra-
duzir a variação do poder aquisitivo da mo- No mês de dezembro de 2012, em uma em-
eda. presa hipotética, ocorreram os fatos descri-
tos a seguir.
( ) Certo ( ) Errado
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•• despesa de janeiro de 2013, paga em 11. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
dezembro de 2012 = R$ 1.000,00;
Custo corrente, conforme previsto no prin-
•• despesa de dezembro de 2012, a ser cípio do registro pelo valor original, é o va-
paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00; lor pelo qual um ativo pode ser trocado, en-
•• despesa de dezembro de 2012, paga tre partes interessadas em negociá-lo, sem
em novembro de 2012 = R$ 4.000,00; que qualquer dessas partes possua alguma
•• receita de janeiro de 2013, recebida em informação privilegiada sobre a transação.
dezembro de 2012 = R$ 5.000,00;
( ) Certo ( ) Errado
•• receita de dezembro de 2012, a ser
recebida em janeiro de 2013 = R$
6.000,00; 12. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
•• receita de dezembro de 2012, recebida
O princípio da continuidade pressupõe que
em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00.
a entidade continuará em operação no futu-
De acordo com os princípios de contabilida- ro; caso o encerramento de suas operações
de, na situação hipotética acima descrita, seja conhecido, essa informação deverá ser
o resultado da empresa em dezembro de levada em consideração para a mensuração
2012 foi igual a e a divulgação dos componentes do patri-
a) R$ 12.000,00. mônio.
b) R$ 14.000,00. ( ) Certo ( ) Errado
c) R$ 6.000,00.
d) R$ 8.000,00.
e) R$ 10.000,00. 13. (Cespe – MPU – 2015)
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Com relação aos princípios e aos regimes De acordo com a Resolução CFC n.o
contábeis e às características qualitativas da 750/1993 e sua atualização, a Resolução
informação contábil, julgue os itens a seguir. CFC n.o 1.282/2010, julgue os itens que se
seguem, acerca dos princípios fundamen-
15. (Cespe – TCDF – 2014) tais de contabilidade.
O regime de competência é comumente uti- 18. (Cespe – FUB – 2014)
lizado pelas empresas, ainda que algumas
mantenham sua contabilidade pelo regime A determinação do maior valor para o passi-
de caixa. Mesmo as empresas que utilizam vo e do menor valor para o ativo, entre duas
o regime de competência em sua contabi- opções igualmente válidas, está em conso-
lidade elaboram alguma demonstração em nância com o princípio da prudência.
regime de caixa.
( ) Certo ( ) Errado 19. (Cespe – FUB – 2014)
O princípio da competência pressupõe a
16. (Cespe – TCDF – 2014) confrontação das receitas com as respecti-
vas despesas necessárias à sua geração, in-
A relação entre confiabilidade e oportuni- dependentemente de terem sido recebidas
dade da informação contábil é a base princi- ou pagas.
pal para a aplicação do princípio do registro
pelo valor original. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
20. (Cespe – FUB – 2014)
17. (Cespe – FUB – 2014) O princípio da entidade refere-se à separa-
ção do patrimônio da entidade do patrimô-
De acordo com o regime de competência, a nio pertencente ao(s) seu(s) sócios(s).
confrontação das receitas com as despesas
deve ser realizada considerando as entradas ( ) Certo ( ) Errado
e as saídas de caixa no período.
( ) Certo ( ) Errado
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20.1 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE
RELATÓRIO CONTÁBIL-FINANCEIRO
A edição da Lei nº 11.638/2007 e da Lei nº 11.941/2009, teve como objetivo adequar a
legislação brasileira, principalmente a Lei 6.404/76 (lei das S.A), a um mundo globalizado, no
qual as empresas, os mercados e os agentes financeiros exigem uma padronização na elaboração
e divulgação das informações contábeis. O IASB (International Accouting Standards Board)
emite os IFRS (International Financial Reporting Standard), que são normas internacionais
de Contabilidade (pronunciamentos) que tentam de criar um padrão internacional para a
contabilidade. Alguns desses pronunciamentos (como o CPC 00) têm a participação do FASB (US
financial Accounting Satandards Board) que é dos Estados Unidos, enquanto o IASB é Europeu.
A internalização desses pronunciamentos no Brasil ocorre através de pronunciamentos do CPC
(Comitê de Pronunciamentos Contábeis).
O CPC 00 (Pronunciamento Conceitual Básico – R1) traz a Estrutura Conceitual Básica para a
Elaboração e Divulgação do relatório Contábil-Financeiro.
A informação é vital para um mercado mais eficiente e para a redução do custo do capital para a
economia como um todo, mas o custo está sempre presente na geração da informação. Assim,
não é possível a geração de toda a informação considerada relevante para o usuário, o que leva
à necessidade da análise da relação entre esse custo e o benefício da informação por parte
dos órgãos normatizadores.
As características qualitativas da Estrutura Conceitual Básica para a Elaboração e Divulgação
do relatório Contábil-Financeiro estão dividias da seguinte forma: características qualitativas
fundamentais das demonstrações contábeis e demais características qualitativas de melhoria.
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Questões
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6 (Cespe – DPU – CONTADOR – 2016) bre a adoção de métodos semelhantes para
contabilização de itens idênticos.
O objetivo do relatório contábil-financeiro
de propósito geral é fornecer informações ( ) Certo ( ) Errado
contábil-financeiras úteis acerca da enti-
dade para a tomada de decisão por parte
de usuários internos, como os gerentes de 11. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
produção, e de usuários externos, como os A relevância, característica fundamental da
acionistas. informação contábil-financeira, representa
( ) Certo ( ) Errado a confiabilidade dos relatórios contábeis.
( ) Certo ( ) Errado
7. (Cespe – DPU – CONTADOR – 2016)
Os relatórios contábil-financeiros de pro- 12. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
pósitos gerais não são os instrumentos que Os valores preditivo e confirmatório de uma
atendem a todas as informações de que os informação contábil-financeira não estão
usuários externos — investidores, credores inter-relacionados, visto que a predição é
por empréstimos e outros credores, exis- individual e a confirmação é geral, advinda
tentes e em potencial — necessitam. da divulgação das demonstrações a todos
( ) Certo ( ) Errado os usuários.
( ) Certo ( ) Errado
8. (Cespe – DPU – CONTADOR – 2016)
Deve-se reconhecer um passivo caso haja 13. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
uma obrigação futura da entidade, derivada Conterá o atributo da materialidade a infor-
de eventos passados, cuja liquidação resul- mação cuja omissão ou distorção influen-
tará na saída de recursos da entidade capa- ciar nas decisões tomadas pelos usuários.
zes de gerar benefícios econômicos
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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CONTABILIZAÇÃO DE FATOS DIVERSOS COMUNS A EMPRESAS COMERCIAS,
INDUSTRIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Contabilização
Cobrança simples de Duplicatas com quitação normal
Nossa remessa de Duplicatas ao Banco SANDE para cobrança simples, conforme borderô no
valor de R$ 10.000,00. O Banco cobrou R$ 50,00 de comissões e taxas.
Contabilização:
Pela remessa dos títulos ao banco:
1. Lançamento de compensação:
D – DUPLICATAS EM COBRANÇA
C – ENDOSSO PARA COBRANÇA
Banco SANDE, duplicatas conf. Borderô R$ 10.000,00
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2. Registro da despesa:
D – DESPESAS BANCÁRIAS
C – BANCO SANDE
Banco SANDE, aviso de despesas R$ 50,00
Após os vencimentos dos títulos, quando o banco comunicar que eles foram quitados:
2. DESCONTOS DE DUPLICATAS
O desconto de duplicatas é uma operação financeira em que a empresa entrega determinadas
duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta-corrente, cobrando juros
antecipadamente.
Embora a propriedade dos títulos negociados sejam transferidos para a instituição, a empresa
é corresponsável pelo pagamento dos mesmos em caso de não liquidação pelo devedor. Nesse
caso, a instituição financeira leva a débito, em conta-corrente da empresa, o valor de face do
título não liquidado.
TRATAMENTO CONTÁBIL
Os valores de face das duplicatas descontados são registradas numa conta do passivo circulante
denominada de “duplicatas descontadas”, tendo saldo credor.
A conta "duplicatas descontadas" apresenta a seguinte função na operação de desconto:
a) é creditada, pelo valor de face dos títulos, no momento em que é efetuada a operação de
desconto e a instituição financeira faz o crédito em conta-corrente da empresa;
b) é debitada no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando a instituição
financeira leva a débito, em conta-corrente da empresa, por falta de pagamento por parte
do devedor.
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Os encargos financeiros debitados pela instituição financeira devem ser contabilizados
como "encargos financeiros a transcorrer", já que se tratam de despesas antecipadas, sendo
debitadas por ocasião do desconto e creditadas no momento em que a despesa é incorrida,
observando-se o regime de competência.
3 FOLHA DE PAGAMENTOS
Regime de Competência
No último dia do mês, quando é elaborada a Folha de Pagamento, são efetuados os lançamentos
contábeis:
•• Das despesas com salários;
•• Dos encargos sociais incidentes sobre a Folha de Pagamento, quais sejam, a Contribuição
de Previdência Social e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Quitação da Folha de Pagamentos e dos Encargos Sociais
No mês seguinte, são efetuados os lançamentos contábeis da liquidação da Folha,
correspondente ao valor líquido pago aos empregados, bem como do recolhimento da
Contribuição de Previdência Social, FGTS, IR e outros recolhimentos.
Rendimentos ou Vantagens
Os rendimentos ou vantagens mensais de um empregado podem ser compostos de salário
fixo, comissões, horas extras, trabalho noturno, adicional de insalubridade, adicional de
periculosidade, salário-maternidade (no caso de gestantes), salário-família, ajuda de custo,
descanso semanal remunerado, férias, 13º salário, etc.
Descontos ou Abatimentos
Contribuição Previdenciária, faltas e atrasos, contribuição sindical, contribuição confederativa,
alimentação, vale-transporte, pensão alimentícia, Imposto de Renda Retido na Fonte,
adiantamentos de salários*
* Valores que a empresa antecipou aos funcionários, a título de salários, para posterior
desconto em folha de pagamento.
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PARCELAS RECUPERÁVEIS
Salário-Família
Valor pago ao funcionário que tenha filhos menores de 14 anos. A referida parcela é descontada
do valor que a empresa tem a recolher referente ao INSS.
Salário-Maternidade
É o benefício a que tem direito a segurada empregada, trabalhadora avulsa, empregada
doméstica, a contribuinte individual, facultativa e segurada especial, por ocasião do parto. A
referida parcela é descontada do valor que a empresa tem a recolher referente ao INSS.
4. CONCILIAÇÃO BANCÁRIA
O saldo da conta “Bancos” raramente coincide com o saldo do extrato bancário, mesmo
não havendo erros por parte da empresa ou do banco. A empresa deve, portanto, conciliar
periodicamente sua conta “Bancos” com o extrato bancário.
Os exemplos mais comuns de valores que constam nos registros da empresa, mas que não
figuram no extrato bancário são:
•• cheques já emitidos pela empresa, mas ainda não apresentados ao banco;
•• depósitos já efetuados mas ainda não creditados na conta corrente bancária.
Da mesma forma, podem existir registros no extrato bancário que ainda não foram considerados
pela empresa:
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•• avisos bancários relativos a cobranças de títulos ainda não contabilizados pela empresa;
•• débitos de juros, comissões, tributos (CPMF, IOF), etc., ainda não contabilizados pela
empresa;
•• débitos relativos a cheques sem fundos.
O relatório de conciliação bancária deve fornecer os seguintes elementos:
A.1) Saldo da conta “Bancos”,
A.2) Elementos de conciliação: débitos / créditos efetuados pelo banco mas não registrados
pela empresa, e
A.3) Saldo ajustado
B.1) Saldo do extrato bancário,
B.2) Elementos de conciliação: débitos / créditos efetuados pela empresa mas não registrados
pelo banco, e
B.3) Saldo ajustado.
Consideramos que a conta bancária está conciliada quando os dois saldos ajustados são iguais.
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Questões
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5. (Cespe – FUB – 2014) Considerando que determinada entidade
desconte quatro duplicatas de sua emissão,
O evento II deve ser relatado no relatório no valor nominal total de R$ 4.200,00, e sa-
de conciliação bancária, mas não cabe qual- bendo que o banco cobra juros no valor de
quer lançamento contábil em função disso. R$ 210,00 antecipadamente e comissões de
( ) Certo ( ) Errado taxas no valor de R$ 40,00, julgue os itens a
seguir.
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PROVISÕES
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Reconhecimento
Uma provisão deve ser reconhecida quando:
a) a entidade tiver uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de
evento passado;
b) for provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e
c) puder ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
A entidade não deve reconhecer um passivo contingente.
O passivo contingente é divulgado, a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de
recursos que incorporam benefícios econômicos.
Quando a entidade for conjunta e solidariamente responsável por obrigação, a parte da
obrigação que se espera que as outras partes liquidem é tratada como passivo contingente.
A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.
Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não
esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a
entidade. Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de
processos legais, em que o desfecho seja incerto.
Quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo
contingente e o seu reconhecimento é adequado.
O ativo contingente é divulgado quando for provável a entrada de benefícios econômicos.
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Mensuração
Melhor estimativa
O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para
liquidar a obrigação presente na data do balanço.
A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a
entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-
la para terceiros nesse momento.
CONTABILIZAÇÃO
Como regra geral, as provisões têm como débitos elementos de despesas e, como contrapartida,
créditos em conta patrimoniais que, como vimos, podem ser contas redutoras de ativo ou
contas de passivo exigível.
Exemplo:
Despesas com Provisões
a Provisões (ativas/passivos)
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa hoje são consideradas perdas estimadas com
crédito de liquidação duvidosa.
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ou, também denominada de Provisão para
Devedores Duvidosos (PDD), é uma estimativa de perda dos créditos operacionais, é feita em
obediência ao princípio da prudência que determina que, em situações igualmente aceitas, a
empresa deve ter o menor ativo.
Contabilização
O registro dos fatos contábeis relativos à provisão para devedores duvidosos compreende:
a. Constituição da provisão – a provisão deve ser constituída na data de encerramento do
Balanço. Determinado o valor a ser provisionado, faz-se o seguinte lançamento:
D – Despesas com Devedores Duvidosos
C – Provisão p/Devedores Duvidosos
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c. Valor da PDD – a PDD é sempre uma estimativa, por consequência, obviamente está
sujeita a erros. Assim, o valor provisionado pode ser maior ou menor do que as perdas com
devedores insolváveis.
1. Valor Insuficiente
Quando o valor da PDD for insuficiente, contabiliza-se o excesso das perdas como despesas,
debitando-se direto no Resultado do Exercício.
D – Perdas com Devedores Insolváveis ou Despesas de Vendas
C – Clientes ou Duplicatas a Receber
2. Valor a Maior
O saldo não utilizado na provisão pode ter dois tratamentos:
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Questões
Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. C 7. C 8. C
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IMOBILIZADO – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
De acordo com o art. 179, IV, da Lei das S.A., são classificados no Imobilizado: os direitos que
tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia
ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
Exemplos: móveis e utensílios, imóveis, máquinas, equipamentos, veículos.
Resumindo, para que um bem seja classificado como Imobilizado, deve cumprir quatro
características simultaneamente:
Depreciação
Representa a diminuição do valor dos bens corpóreos que integram o ativo imobilizado,
em decorrência de desgaste ou perda de utilidade pelo uso, por ação da natureza ou por
obsolescência tecnológica.
A depreciação pode também ser considerada como uma parcela que se retira do lucro com o fim
específico de formar uma provisão que permita substituir o bem depreciado sem a necessidade
de recorrer a capitais de terceiros. Retira-se do lucro, anualmente, uma parcela igual a 10% (ou
20% no caso de veículos) do valor do bem. Como se trata de uma despesa que não implica saída
de recursos financeiros, o valor do prejuízo ficará dentro da empresa formando uma provisão
até a extinção da vida útil do bem, quando o valor da provisão (depreciação acumulada) terá
atingido valor igual ao valor contábil do bem do ativo imobilizado.
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Definições:
•• Vida útil estimada: é o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo,
ou o número de unidades de produção que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
•• Valor contábil: O VALOR CONTÁBIL de um bem depreciado corresponde à diferença entre o
seu custo de aquisição e a sua depreciação acumulada.
•• Valor residual: Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a
venda desse ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, no final de sua vida útil
estimada. Dessa forma, consiste no valor que a empresa estima obter caso vendesse o item
do imobilizado depois de encerrada sua vida útil.
•• Valor depreciável: É o valor do ativo imobilizado sujeito à depreciação. Consiste na base
de cálculo da depreciação. Caso um valor residual seja estabelecido pela empresa, o valor
depreciável corresponde ao custo de aquisição do ativo imobilizado deduzido do valor
residual;
•• Taxa de depreciação: Percentual mensal ou anual aplicado sobre o valor depreciável do
bem, que varia de acordo com a vida útil estimada.
Base de Cálculo
A base de cálculo da depreciação de um bem corresponde ao custo de aquisição, incluindo os
gastos necessários à colocação do bem em funcionamento e acréscimos posteriores.
Início da Depreciação
A depreciação de um bem é contada não em função da data de aquisição, mas sim, a partir
do mês em que o bem for instalado, posto em funcionamento ou em condições de produzir,
independentemente do dia do dia do mês em que foi adquirido.
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Cálculo da depreciação
A depreciação é calculada, mensalmente, para cada item registrado no ativo imobilizado, ou
para os itens que compõem uma mesma unidade geradora de benefícios.
O cálculo da depreciação depende, basicamente, da vida útil estimada do bem. O início da
depreciação ocorre no mês em que o bem foi instalado e encontra-se pronto para entrar em
operação.
Independentemente do dia em que o bem atingiu essa condição, a depreciação é calculada
para todo o mês.
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO
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Depreciação acelerada
A depreciação acelerada consiste em atribuir coeficientes multiplicadores em função do
número de horas diárias de operação do bem sujeito ao desgaste pelo uso. Pode ser adotada,
somente, no caso de bens móveis.
Os coeficientes de aceleração são os seguintes:
1 turno (8 horas) 1,00
2 turnos (16 horas) 1,50
3 turnos (24 horas) 2,00
Quanto maior a quantidade de turnos em que o bem é utilizado, menor será sua vida útil
estimada e maior será sua quota de depreciação anual.
Exemplo: Uma máquina registrada no balanço de 19X0 por R$ 15.000,00, e que trabalhou 3
turnos diários durante o exercício de 19X1. Calcule a depreciação a ser registrada no balanço de
19X1.
Cálculo:
Por trabalhar 3 turnos – implica usar o coeficiente 2,0 sobre a taxa anual de depreciação do
bem, assim:
Despesa de Depreciação
a Depreciação Acumulada 3.000,00
Contabilização da depreciação
Ao depreciarmos um bem do ativo não circulante, por um lado, debitamos uma conta de
despesa, que chamamos de Despesas de Depreciação (ou Encargos de Depreciação ou,
simplesmente, Depreciação).
Por outro lado, geramos também uma conta retificadora do ativo, que chamamos de
Depreciação Acumulada, que será creditada.
A conta Despesas de Depreciação poderá receber débitos mensais, com a aplicação da taxa
anual dividida por 12, até o fim do exercício social, quando, então, será encerrada juntamente
com as outras despesas, para a apuração do resultado.
A conta Depreciação Acumulada irá acumular o valor das despesas de depreciação, desde a
época em que o bem foi posto em condições de uso, até a época em que o bem for alienado ou
baixado por perecimento, ou até que o valor contábil do bem seja NULO (100% depreciado).
Exemplo: A empresa ABC S/A, em 12 de julho de 2009, adquiriu um caminhão por $ 40.000,00.
Supondo a taxa de depreciação anual igual a 20%, teremos:
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Em 2009:
Se o caminhão foi adquirido em julho, a contabilização da depreciação levará em conta apenas
os seis meses de uso do caminhão.
CONTABILIZAÇÃO:
Despesas de Depreciação $ 4.000,00
Depreciação Acumulada $ 4.000,00
APRESENTAÇÃO NO BALANÇO:
Veículos $ 40.000,00
Depreciação Acumulada ($4.000,00)
Valor contábil R$ 36.000,00
Em 2010:
CÁLCULO: 20% x $ 40.000,00 = $ 8.000,00
CONTABILIZAÇÃO:
Despesas de Depreciação $ 8.000,00
Depreciação Acumulada $ 8.000,00
APRESENTAÇÃO NO BALANÇO:
Veículos $ 40.000,00
Depreciação Acumulada ($ 12.000,00)
Valor contábil R$ 28.000,00
Em 2011:
CÁLCULO: 20% x $ 40.000,00 = $ 8.000,00
CONTABILIZAÇÃO:
Despesas de Depreciação $ 8.000,00
Depreciação Acumulada $ 8.000,00
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APRESENTAÇÃO NO BALANÇO:
Veículos $ 40.000,00
Depreciação Acumulada ($ 20.000,00)
Valor contábil R$ 20.000,00
– Adquirida em 28/06/X2
– Primeira instalação 02/06/X0
Prazos:
a. Metade do prazo de vida útil: 5 anos
b. Restante do prazo de vida útil: 8 anos
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ATENÇÃO
1.0 – Um Bem só pode ser depreciado a partir do mês em que for colocado em uso.
2.0 – Quando um Bem for adquirido e colocado em uso durante o ano, sua taxa de Depreciação
deverá ser proporcional ao número de meses durante o qual for utilizado. Considera-se como
mês integral a fração do mês no qual o Bem foi posto em utilização, mesmo que tenha sido de
apenas um dia.
3.0 – Não serão depreciados os Bens cujo tempo de vida útil seja inferior a um ano nem os
casos de pequeno valor, conforme estabelecido pelo RIR.
4.0 – Quando a depreciação acumulada de um Bem chegar a 100% não haverá mais cálculo
nem contabilização de depreciação. O Bem permanece na contabilidade pelo valor original e a
conta Depreciação Acumulada terá valor idêntico, até ser baixado.
5.0 – Quando o Bem for Baixado, debita-se a Conta Depreciação e credita-se a conta
representativa do Bem.
6.0 – Valor contábil = Custo de aquisição – Depreciação Acumulada 7.0 Valor Residual = valor
provável da realização do bem após totalmente depreciado.
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8.0 – Não estão sujeitos à depreciação – Terrenos, salvo em relação as construções e benfeitorias,
bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, bens para os quais sejam registradas
taxas de amortização ou exaustão, prédio não alugados, nem utilizados na produção de bens
ou serviços, isto é, que estão na condição de meros investimentos, sem produzir rendimentos.
9.0 – Depreciação Acelerada consiste em atribuir coeficientes multiplicadores, em função
do número de horas diárias de operação do bem sujeito ao desgaste pelo uso. Aplica-se
exclusivamente a bens móveis.
10 – Depreciação de bens adquiridos usados – A empresa deverá optar pelo método que
resultar no maior prazo entre as seguintes opções: metade da vida útil de bem similar adquirido
novo X o restante da vida útil, em relação à primeira instalação.
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Questões
No item, é apresentada uma situação hipo- No item seguinte, é apresentada uma situ-
tética acerca de diversas operações contá- ação hipotética, seguida de uma assertiva a
beis, seguida de uma assertiva a ser julgada. ser julgada.
1. (Cespe – ABIN – 2010) No final de 2003, um contador passou para
Antônio, para que ele providenciasse a par-
Determinada empresa comprou uma má- tida dobrada adequada, as seguintes infor-
quina para uso no valor de R$ 100.000,00. A mações referentes aos lançamentos anuais
vida útil desse ativo é estimada em 10 anos, de ajuste da depreciação do imobilizado:
ao fim dos quais a empresa espera um valor máquina operatriz modelo delta, adquirida
residual de R$ 20.000,00. Nessa situação, em 1.º/10/1993 por R$ 48.000,00, depre-
admitindo-se que a empresa utilize o méto- ciação, em dez anos, pelo método de linha
do de depreciação linear, ela deverá conta- reta – cotas constantes, sem valor residual.
bilizar, anualmente, uma despesa de depre-
ciação no valor de R$ 8.000,00.
4. (Cespe – APF – 2004)
( ) Certo ( ) Errado
Nessa situação, seria correto Antônio pre-
Ainda com referência à contabilidade geral, parar um lançamento a débito de deprecia-
julgue o item subseqüente. ção e a crédito de depreciação acumulada,
no valor de R$ 4.800,00.
2. (Cespe – SEFAZ-AL) ( ) Certo ( ) Errado
A diminuição de valor dos elementos do
ativo imobilizado será registrada periodica-
mente nas contas de amortização, quando 5. O registro da venda de um veículo, que foi
corresponder à perda do valor dos direitos adquirido por R$ 40.000,00 e possuía saldo
que têm por objeto bens físicos sujeitos a de depreciação acumulada de R$ 20.500,00,
desgastes ou perda de utilidade por uso, proporcionará um lucro de R$ 3.000,00 caso
ação da natureza ou obsolescência. o valor de venda seja igual a R$ 22.500,00.
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própria conta do bem, antes de efetuada a sofrer influência tanto de fatores econômi-
baixa do imobilizado. cos quanto de fatores legais. Ativos intan-
gíveis com vida útil indefinida, no entanto,
( ) Certo ( ) Errado devem ser amortizados no prazo máximo de
dez anos.
8. (Cespe – FUNPRESPE – 2016) ( ) Certo ( ) Errado
Uma entidade cujas atividades sejam exerci-
das em dois ou mais turnos de trabalho po- 12. (Cespe – FUB – 2015)
derá desconsiderar essa informação ao es-
tabelecer a vida útil de suas máquinas, para Em 1.º/1/2014, certa sociedade empresária
fins de contabilização da depreciação de seu adquiriu dois ativos intangíveis com as se-
imobilizado, visto que a legislação do impos- guintes características:
to de renda determina os percentuais fixos
para cada tipo de ativo. Valor de
Ativo Intangível Vida Útil
Aquisição
( ) Certo ( ) Errado
I R$ 100.000 5 anos
II R$ 100.000 Indefinida
9. (Cespe – MPU – 2015)
Na aplicação dos princípios de contabilida- Em 31/12/2014, os valores justos dos intan-
de, há situações em que a essência das tran- gíveis I e II foram avaliados em R$ 90.000 e
sações deve prevalecer sobre seus aspectos R$ 80.000, respectivamente. Dessa forma,
formais. Um exemplo é o registro da depre- em 31/12/2014, o valor líquido desses dois
ciação mensal, adotando-se como parâme- ativos evidenciado no balanço patrimonial
tro a vida útil econômica e o valor residual foi de R$180.000.
do bem em detrimento da vida útil estabe-
lecida por norma específica. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
13. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
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São os bens que as empresas comerciais adquirem com a finalidade de revenda, sem industria-
lizá-las. São revendidas da mesma forma como foram adquiridas. Apurar o Resultado com Mer-
cadorias (RCM) corresponde a verificar se houve lucro ou prejuízo nas operações de compra e
vendas, que é a atividade principal de toda empresa comercial. O resultado com mercadorias é
obtido pela diferença das vendas pelo custo de mercadorias vendidas (RCM = VENDAS – CMV).
As vendas são facilmente calculadas por meio do somatório das notas fiscais de vendas; en-
tretanto, o custo das mercadorias vendidas não é obtido facilmente tendo em vista que, na
maioria das vezes, tratam-se de mercadorias adquiridas de diversos fornecedores por preços
deferentes. Esse CMV pode ser calculado pela expressão matemática CMV = EI + C – EF ou, nas
empresas que adotam o sistema de inventário permanente, pelo saldo da Conta CMV.
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Preço específico – Significa valorizar cada unidade do estoque ao preço efetivamente pago para
cada item especificamente determinado. É usado somente quando é possível fazer tal deter-
minação do preço específico de cada unidade em estoque, mediante identificação física, ou
número de série único por produto, como no caso de revenda de automóveis novos ou usados
(chassi). Esse critério normalmente só é aplicável em alguns casos em que a quantidade, o valor
ou a própria característica da mercadoria ou material o permitam. Na maioria das vezes, é im-
possível ou economicamente inconveniente.
Regra clássica para avaliação dos estoques é o custo ou valor justo.
Entendendo-se por custo o preço pago pela mercadoria, acrescido de frete, seguros e outras
despesas para movimentação do estoque, deduzidos os impostos recuperáveis (ICMS, PIS, IPI)
e por valor justo, o preço usualmente negociado na data do balanço.
Diante da existência do custo e do valor do mercado, para fiel cumprimento ao PRINCÍPIO DO
CONSERVADORISMO, deverá ser escolhido o menor valor para avaliar o estoque.
O sistema de Inventário Permanente pressupõe a utilização de três contas básicas:
Mercadorias-estoque ou estoques ou mercadorias: é conta patrimonial, representativa de
estoques. É debitada nas aquisições e creditada nas suas saídas (vendas). Seu saldo apresentará
SEMPRE o valor dos estoques naquele momento. Não se utiliza a conta compras.
CMV (custo das Mercadorias Vendidas): é conta de resultado (despesa/custo), debitada pelo
valor do custo de cada venda, ao invés de ser debitada ao final do período, como no inventário
periódico.
Vendas (V): é conta de resultado (receita). O seu funcionamento é o mesmo, qualquer que seja
o sistema de custeamento adotado pela empresa. É creditada pelo valor vendido (valor bruto).
Também é conhecida como Receita de Vendas.
O registro contábil das operações no inventário permanente se dará da seguinte forma:
a) Nas compras (coluna de entradas da ficha de estoque)
Estoques
a Caixa/Bancos/Fornecedores
b) Nas vendas – uma característica essencial do sistema permanente é que, a cada operação
de venda, corresponderão dois registros contábeis: o primeiro, referente à venda e o se-
gundo, referente ao custo das mercadorias que foram vendidas.
Caixa/BCM/Clientes
a Receita de Vendas
CMV
a Estoques
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APURAÇÃO EXTRACONTÁBIL
CB = Valor da compra + IPI + II – impostos recuperáveis
Cl = CB + Frete/Seguro e Deduções de compras
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c) Imposto de Exportação;
d) Programa de Integração Social (pis), na parcela incidente sobre a Receita Bruta de Vendas e
Serviços;
e) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), antigo (Fundo de Investi-
mento Social) (Finsocial).
Recuperação de Impostos
São compensáveis/recuperáveis os impostos que, apesar de pagos pelo contribuinte de direito,
numa primeira etapa, podem ser compensados ou deduzidos do que tiver de ser pago pelo
mesmo contribuinte, numa etapa seguinte, ou seja, quando houver incidência desse tributo na
saída das mercadorias ou produtos.
Exemplos:
a) O IPI pago na aquisição de matéria-prima pela indústria;
b) O ICMS pago na aquisição de matéria-prima pela indústria;
c) O ICMS pago na aquisição de mercadorias pelo comerciante.
Ao final de cada decênio (IPI) ou mês (ICMS), a empresa efetuará a apuração do imposto (a
recolher ou a recuperar) nos livros fiscais denominados de Registro de Apuração do IPI e/ou
Registro de Apuração do ICMS.
Caso o montante do IPI ou ICMS sobre as vendas, registrados nas contas IPI ou ICMS a RECO-
LHER seja maior que o montante do IPI ou ICMS sobre as compras, registrado na conta IPI ou
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ICMS a RECUPERAR, a diferença significa SALDO a RECOLHER, que deve ficar evidenciado no
passivo circulante. Para tanto, o saldo devedor da conta ativa IPI ou ICMS a RECUPERAR deve
ser transferido para débito da conta passiva, que se encerrará com o lançamento posterior do
recolhimento.
Caso o montante do IPI ou ICMS sobre as vendas seja menor que o IPI ou ICMS sobre as com-
pras, a diferença significa SALDO a COMPENSAR NO PERÍODO FISCAL SEGUINTE, que deve ficar
registrado no ativo circulante. Assim, é o saldo credor da conta passiva IPI ou ICMS a RECOLHER
que deve ser transferido para crédito da conta ativa IPI ou ICMS a RECUPERAR.
A transferência é sempre da conta que apresenta saldo menor para conta que apresenta saldo
maior.
Exemplo 1:
Considerando que a Cia ABC é contribuinte do IPI e do ICMS e que só realizou essas duas
operações no período, promova a sua contabilização e assinale a alternativa correta.
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Observações
O IPI incide sobre o valor total da operação, que compreende o preço do produto, acrescido
do valor do frete e das demais despesas acessórias cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao
comprador ou destinatário. Os descontos, ainda que incondicionais, não podem ser deduzidos
do valor da operação (Lei nº 7.798/89).
O ICMS incide sobre o valor bruto menos o Desconto Incondicional Obtido.
Quando mercadorias adquiridas diretamente do fabricante, forem destinadas a consumo pro-
priamente dito ou imobilização, a parcela do IPI deve ser incluída na base de cálculo do ICMS.
TRATAMENTO CONTABIL/TRIBUTÁRIO DAS OPERAÇÕES COM MERCADORIAS.
EMPRESAS COMERCIAIS.
As empresas comerciais contabilizarão em separado apenas o ICMS recuperável, cobrado junto
com o valor das mercadorias adquiridas, já que o IPI, quando houver, será computado como custo
de aquisição, pois, além de não ser recuperável, integra o custo das mercadorias vendidas.
Contabilização:.
Exemplo:
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ESTOQUE/COMPRAS
ICMS A RECUPERAR 17.000,00
a CAIXA 100.000,00
COMPRAS 96.000,00
ICMS A RECUPERAR 12.000,00
a CAIXA 108.000,00
EMPRESAS INDUSTRIAIS
As empresas industriais contabilizarão as entradas de mercadorias a serem utilizadas como ma-
téria-prima ou material secundário em separado do valor do ICMS e do IPI, que serão, ambos,
recuperados pelo sistema de créditos nos livros fiscais correspondentes
Contabilização.
a) Operações em que não há incidência do IPI.
Quando, na operação, não houver incidência do IPI, o lançamento deve ser feito da mesma for-
ma que se faz no comércio.
Exemplo:
Valor da nota fiscal................................................100.000,00
ICMS destacado na nota fiscal...............................12.000,00
Valor líquido das mercadorias................................88.000,00
COMPRAS 88.000,00
ICMS A RECUPERAR 12.000,00
a CAIXA 100.000,00
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b) Operações sujeitas ao ICMS e ao IPI simultaneamente
Exemplo:
Valor da fatura............................100.000,00
+ mais IPI.....................................8.000,00 108.000,00
ICMS destacado..........................12.000,00
COMPRAS 88.000,00
ICMS A RECUPERAR 12.000,00
IPI A RECUPERAR 8.000,00
a CAIXA. 108.000,00
Na contabilização das saídas de mercadorias, não se inclui na receita bruta o valor do (IPI), que é
cobrado do comprador ou contratante adicionado ao valor das mercadoria ou produto, do qual o
vendedor dos bens ou serviços é mero depositário.
Exemplo: Determinado fabricante vende produto de sua fabricação por $ 100.000,00 e cobra,
junto com o produto vendido, $ 8.000,00 de IPI (valor total da nota fiscal $ 108.000,00).
b) O ICMS
Como se sabe, o ICMS integra a sua base de cálculo, isto é, ele está incluído no preço de venda
da mercadoria ou produto.
No exemplo anterior, o preço do produto vendido por $ 100.000,00 estava assim distribuído:
Valor da mercadoria..............83.000,00
ICMS incluído no preço.........17.000,00.
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Assim, se o ICMS integra a receita bruta, dela precisa ser excluído (abatido) a fim de se obter o
valor da receita líquida.
Para facilitar o entendimento dos lançamentos anteriormente efetuados, vamos analisar a fun-
ção de cada uma das contas apresentadas:
O encerramento do período
Ao final de cada período de apuração, torna-se necessário apurar se os impostos detêm saldo
favorável a empresa ou se a empresa tem impostos a pagar. Com essa finalidade, verifica-se o
saldo das contas IPI A RECUPERAR, ICMS A RECUPERAR comparando-os com o saldo das contas
IPI A RECOLHER e ICMS A RECOLHER, respectivamente.
Exemplo:
Nossa devolução de parte da compra de mercadorias do fornecedor All-Pack Ltda., conforme
nossa Nota Fiscal nº 323, no valor de R$ 2.000. O fornecedor nos devolveu a importância em
dinheiro.
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Descontos incondicionais obtidos/DESCONTOS COMERCIAIS: consistem nos descontos obti-
dos do fornecedor no momento da compra das mercadorias, os quais vêm destacados na pró-
pria nota fiscal de compra, desde que não dependam, para sua concessão, de eventos posterio-
res à emissão da nota fiscal.
Exemplo:
Compra de mercadorias, à vista, do fornecedor Monitor S.A, conforme Nota Fiscal nº 9730, no
valor de R$ 4.000. Houve desconto destacado na nota fiscal no valor de R$ 400.
Compras de Mercadorias
a Diversos
Nossa compra, conf. NF nº 9730 do fornecedor
Monitor S.A, como segue:
a Caixa
Valor líquido pago ..............................................................3.600
a Descontos Incondicionais Obtidos
10% destacados na NF supra ...........................................400 4.000
ABATIMENTOS
São parcelas redutoras dos preços de compra em função de eventos ocorridos após a operação
de compra. Não se confundem com os descontos incondicionais que são dados no momento
da venda e incluídos nas notas fiscais, nem com os descontos condicionais (ou financeiros) que
se referem a pagamentos efetuados antes do vencimento e são considerados receita/despesas
financeiras.
Em função de o ABATIMENTO ser concedido posteriormente à emissão da nota fiscal, estes
valores não influenciarão os impostos que incidiram na operação, prevalecendo o montante
calculado quando da ocorrência do fato gerador. O valor do abatimento deverá ser retificadora
da conta compras ou diretamente contra a conta registre o estoque de mercadorias no caso de
inventário permanente.
Fretes e seguros sobre compras: correspondem à importância paga diretamente ao fornecedor
ou a uma empresa transportadora, referente a despesas com seguros e transporte.
Exemplo:
Paga-se à empresa Transportadora Conde S.A a importância de R$ 3.000, referente a fretes e
seguros, conforme Nota Fiscal de Serviço de Transporte nº 475.
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Pelo sistema que estamos adotando para registro das operações com mercadorias, esse fato
poderá ser contabilizado da seguinte maneira:
Exemplo:
Exemplo:
Venda de mercadorias a Matheus & Lucas Ltda, conforme nossa Nota Fiscal nº 230, no valor
de R$ 8.000, tendo sido concedido desconto incondicional, destacado na própria NF, igual a R$
800.
Diversos
a Vendas de Mercadorias
Nossa NF nº 230, ref. venda a Matheus & Lucas Ltda,
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Como segue:
Caixa
Valor líquido da Nota.............................................7.200
Descontos Incondicionais Concedidos
10% destacados na NF supra...............................800 8.000
ABATIMENTOS
Para o vendedor, o abatimento concedido reduz o seu resultado e deverá ser registrado como
uma conta de resultado, redutora da receita bruta de venda, para a apuração da receita líquida
de venda.
A empresa industrial Gama adquire insumos no valor total de R$ 10.000,00. Sabe-se que incidi-
ram na operação IPI de 10% e ICMS de 20%.
A empresa comercial Delta adquire diretamente para revenda peças de automóvel direto da fá-
brica, no valor de R$ 100.000,00. Sabe-se que incidiram na operação IPI de 10% e ICMS de 20%.
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A empresa comercial beta adquire um bem, diretamente da fábrica, para o ATIVO PERMANENTE
no valor de 100.000,00. Sabe-se que incidiram na operação IPI de 10% e ICMS de 20%.
Os descontos incondicionais influenciam a base de cálculo dos tributos (ICMS,IPI), de modo que
se obedeça à seguinte regra para determinação da base de cálculos dos impostos:
Portanto, o IPI incide sobre o valor total da operação, que compreende o preço do produto,
mais o frete e as demais despesas acessórias, cobradas pelo contribuinte ao comprador. Os
descontos não podem ser deduzidos da base de cálculo do IPI. Já o ICMS incide sobre o valor
bruto, menos o desconto incondicional concedido.
Exemplo:
A empresa Industrial Alfa vende, à vista, para a Comercial Beta, 10 móveis, no valor de R$
800,00 cada, sobre o qual foi concedido desconto comercial de 10%. Houve incidência de ICMS
de 20% e IPI de 10%.
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Nota fiscal de venda
Lançamentos no comprador
D-Mercadorias 6.960,00
D- ICMS a recuperar 1.440,00
C- Descontos sobre compras 800,00
C- Caixa 7.600,00
Lançamentos no vendedor
D- Caixa 7.600,00
D- Descontos comerciais conc 800,00
C- Vendas a Vista 8.000,00
C- IPI a recolher 400,00
Devolução de compras
Representa uma saída de mercadorias a ser registrada no Livro de Registro de Saídas, havendo
inclusive incidência de imposto na operação (ou perda do direito de compensar imposto futuro).
Na operação de devolução, todos os valores devem ser estornados, inclusive os impostos inci-
dentes.
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Exemplo:
A empresa comercial Ótima S.A. adquire para revenda 100 aparelhos de TV, à vista, ao preço
unitário de $ 1.000,00 (ICMS 20% e IPI 5%). Alegando problemas técnicos, decide devolver duas
unidades ao vendedor.
D- Mercadorias 85.000,00
D- ICMS a recuperar 20.000,00
C- Caixa 105.000,00
Obs.: Repare que, por ser uma empresa comercial (não contribuinte do IPI), o valor do IPI é ab-
sorvido como custo da mercadoria adquirida na conta compras.
D- Caixa 2.100,00
C- ICMs a recuperar 400,00
C- Mercadorias 1.700,00
Devolução de Vendas
Representam uma entrada de mercadorias, a ser registrada no Livro de Registro de Entradas,
havendo o direito de recuperar o imposto correspondente.
Exemplo:
A empresa industrial Tudo Faz Ltda. vende, a prazo, 10 unidades de DVD, a 600,00 cada, tendo
concedido um desconto de $ 500,00 no total da nota fiscal, em função da quantidade adquirida.
Dois dias depois, o comprador devolveu uma unidade, pois alegou que não havia encomendado
10 unidades, mas apenas 9. Considere IPI=10% e ICMS=20%
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Lançamento na Venda
D- Clientes 6.100,00
D- ICMS s vendas 1.100,00
D- Descontos incondicionais 500,00
Lançamento na devolução
Repare que o lançamento referente ao IPI na devolução poderia também ter sido efetuado a
débito da conta IPI a recolher, reduzindo, assim, o valor a pagar. Ao final do período, após a
compensação dos valores de IPI a recuperar com IPI a recolher teríamos o mesmo resultado.
Idêntico raciocínio poderia ter sido aplicado com relação ao ICMS.
Com a edição Lei nº 10.833/2003, o PIS e a Confins passaram a ser não cumulativas para as em-
presas tributadas com base no lucro real.
Exemplo de contabilização de compras ce mercadorias com IPI, ICMS, PIS e COFINS recuperá-
veis:
Uma empresa industrial adquire matéria-prima pelo valor de $ 100.000,00 com alíquota do IPI
de 10%. Considerando que a alíquota do ICMS é de 17%, do PIS 1,65 e da Cofins 7,6%.
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2.0 AQUISIÇÃO DE PRODUTOS PARA REVENDA POR EMPRESA COMERCIAL – IPI não recupe-
rável e ICMS, PIS e Cofins recuperáveis.
A empresa Só Comércio Ltda. adquire, à vista, produtos industrializados para revenda, por $
100.000,00, com IPI de 10% ICMS 17%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
Diversos
a Duplicatas a Receber ou Caixa ou Bancos
Perdas com Devolução de Vendas do Período Anterior (*)
IPI a Recolher
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b) pelo ICMS na devolução de vendas do período anterior
ICMS a Recolher
a Perdas com Devolução de Vendas do Período Anterior (*)
Mercadorias em Estoque
a Perdas com Devolução de Vendas do Período Anterior (*)
(*) Despesas de Vendas
Devolução de Vendas
Pela empresa vendedora que assumiu o pagamento do frete na devolução – são tratados como
despesas operacionais do período em que foram incorridos, independentemente do período
em que foram efetuadas as vendas.
Contabilização:
Despesas de Fretes Despesas Operacionais (*)
a Caixa ou Bancos
(*) Despesas de Vendas – Nessa hipótese, a despesa do frete será assumida pela empresa ven-
dedora.
Devolução de Compras
Os fretes relativos às devoluções de compra, quando forem de responsabilidade da compra-
dora, não serão acrescidos aos seus estoques, mas tratados como despesas operacionais do
exercício.
Contabilização:
Despesas de Fretes
A Caixa ou Bancos ou Duplicatas a Pagar
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Questões
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Acerca das operações típicas de uma em- 12. (Cespe – APF – 2004)
presa comercial, julgue o item a seguir.
Ao se adquirir mercadorias a prazo, com in-
8. (Cespe – APF – 2004) cidência de ICMS, o registro deverá ser efe-
tuado da seguinte maneira:
O desconto comercial concedido pela em-
presa ocorre no momento do pagamento. D mercadorias
C ICMS a recuperar
( ) Certo ( ) Errado
C caixa
Sob o ponto de vista contábil, não há dife- Um lote de mercadorias adquirido para
renças entre os descontos condicionais e os revenda por R$ 15.800,00 com incidência
descontos incondicionais, isto é, ambos de- de ICMS a 17%, ao ser vendido, no mesmo
vem ser tratados contabilmente da mesma local de aquisição, por R$ 20.000,00, gera
forma. recolhimento de ICMS da ordem de R$
714,00. Tal recolhimento fundamenta-se na
( ) Certo ( ) Errado utilização do crédito tributário.
( ) Certo ( ) Errado
Julgue o item a seguir, relativo à compra de
material de estoque para revenda por uma em-
presa que atue no ramo de comércio varejista. Julgue o item que se segue, relativo à práti-
ca contábil.
11. (Cespe – APF – 2004)
15. (Cespe – PREVIC – 2011)
A compra de itens no valor de R$ 20.000,00,
com um custo adicional de frete de R$ 400,00, Se a economia em que se encontra deter-
implica um registro de R$ 20.400,00 a débito minada empresa passar por um período
de conta de estoques. inflacionário, o método PEPS (primeiro que
entra, primeiro que sai) de avaliação dos es-
( ) Certo ( ) Errado toques produzirá um estoque final menor
do que o avaliado por outros métodos.
Acerca do método das partidas dobradas, ( ) Certo ( ) Errado
das operações típicas de uma empresa co-
mercial, do regime de competência e do re-
gime de caixa, julgue os ites a seguir.
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Julgue os próximos itens com relação à ela- Considere as operações a seguir, realizadas
boração da ficha de controle de estoques. em um período, em ordem cronológica.
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te do sistema de inventário adotado pela em- 28. O custo verificado pelo critério da média
presa: inventário periódico ou permanente. ponderada móvel é maior que o calculado
( ) Certo ( ) Errado pelo método PEPS, já que a empresa encon-
tra-se em um contexto deflacionário.
25. O CMV deve ser apurado por sistemas de A Cia. Comercial YY comprou à vista e em
inventário permanente ou periódico. O sis- dinheiro, para revender, 10 mercadorias ao
tema permanente apresenta as movimenta- preço unitário de R$ 100,00, com incidência
ções diárias de compras e vendas de mer- de IPI à alíquota de 20% e de ICMS à alíquo-
cadorias e proporciona a visualização do ta de 17%. A nota fiscal da operação está
estoque de mercadorias disponíveis para ilustrada a seguir.
revenda a qualquer tempo. Já o sistema de
Nota Fiscal
inventário periódico não proporciona a vi-
sualização do saldo de mercadorias disponí- Preço das mercadorias R$ 1.000,00
veis para revenda a qualquer tempo. Alíquota de incidência do IPI 20%
Uma empresa comercial, durante o mês de (+) valor do IPI R$ 200,00
março de 2013, realizou as seguintes tran-
(=) valor total da nf R$1.200,00
sações, referentes à mesma mercadoria.
ICMS destacado (17%) R$ 204,00
1/3 – compra de 10 unidades da mercadoria
por R$ 20,00 cada
Considerando as informações acima e saben-
5/3 – compra de 15 unidades da mercadoria do que a Cia. Comercial YY é contribuinte do
por R$ 25,00 cada ICMS e não do IPI, julgue os itens a seguir.
15/3 – venda de 16 unidades da mercadoria ( ) Certo ( ) Errado
por R$ 40,00 cada
A partir dessas informações, julgue os itens 29. O valor do IPI deverá ser contabilizado como
que se seguem. custo de aquisição das mercadorias, porque
( ) Certo ( ) Errado a empresa não é contribuinte do IPI.
( ) Certo ( ) Errado
26. Considerando-se uma incidência de 10% de
ICMS sobre as transações realizadas, infere- 30. O valor do ICMS não deverá ser aproveitado
-se que o imposto é recuperável e não inte- como crédito tributário, porque a Cia. Co-
grará o custo da mercadoria. mercial YY não é contribuinte desse impos-
( ) Certo ( ) Errado to. Logo, o valor do ICMS integrará o custo
de aquisição da mercadoria.
( ) Certo ( ) Errado
27. O valor do estoque final, com base no méto-
do UEPS, é de R$ 207,00, o que correspon-
de a nove unidades da mercadoria. 31. O valor do IPI não poderá ser aproveitado
( ) Certo ( ) Errado como crédito tributário, porque a empresa
é contribuinte somente do ICMS.
( ) Certo ( ) Errado
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32. A empresa deverá contabilizar o valor de R$ 37. O valor do CMV do produto E é igual a zero.
204,00 como ICMS a recuperar, porque a
empresa é contribuinte desse imposto. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
38. O produto E apresentou o estoque final
igual a R$ 1.000,00.
Considere que a empresa comercial R Ltda.
tenha apresentado as seguintes informações ( ) Certo ( ) Errado
no encerramento do exercício de 2003, em
que alguns dados foram suprimidos e em No item, é apresentada uma situação hipo-
que os valores apresentados estão em reais. tética acerca de diversas operações contá-
beis, seguida de uma assertiva a ser julgada.
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informações apresentadas no quadro aci-
ma, julgue o item que se segue.
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Em 7/6/2010, foram vendidas 16 unidades Caso uma economia apresente preços per-
do produto, gerando receita de venda igual feitamente estáveis, o saldo final dos esto-
a R$ 1.660,00. ques será o mesmo, independentemente de
o método escolhido ser a média ponderada
( ) Certo ( ) Errado ou o primeiro que entra, primeiro que sai.
Gabarito: 1. Certo 2. Certo 3. Errado 4. Certo 5. Certo 6. Errado 7. Certo 8. Errado 9. Certo 10. Errado
11. Certo 12. Errado 13. Certo 14. Certo 15. Errado 16. Errado 17. Errado 18. Errado 19. Certo 20. Certo
21. Errado 22. Errado 23. Certo 24. Errado 25. Certo 26. Certo 27. Errado 28. Errado 29. Certo 30. Errado
31. Certo 32. Errado 33. Errado 34. Certo 35. Errado 36. Certo 37. Certo 38. Certo 39. Errado 40. Certo
41. Certo 42. Errado 43. Certo 44. Certo 45. Errado 46. Certo 47. Errado 48. Errado 49. Errado 50. Certo
51. Certo 52. Certo
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
Repare que o §1º do artigo 187 determina que as receitas somente devem ser computadas
quando ganhas (realizadas), independentemente do seu recebimento, enquanto que as despe-
sas devem ser computadas quando incorridas, independentemente do pagamento. Isso quer
dizer que a Lei das S.A. determina a observância ao Princípio da Competência para apuração
do resultado do exercício.
Vimos que a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração financeira
obrigatória para todas as empresas, independentemente da sua natureza jurídica. Seu obje-
tivo consiste em fornecer aos usuários da Contabilidade os dados essenciais para formação
do resultado (lucro ou prejuízo) do exercício, que comporão o balanço patrimonial. Repetindo,
basicamente a DRE é uma forma organizada de confrontar receitas com despesas para obter
o resultado do período.
A DRE possui uma sequência a ser seguida, com diversos resultados parciais com denominações
específicas, portanto, cada modalidade de receita ou de despesa tem seu lugar certo na DRE.
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Não podemos nos esquecer de que a DRE somente contempla despesas e receitas (contas de
resultado), ao passo que o Balanço Patrimonial contém somente contas patrimoniais.
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ATENÇÃO.: Nas deduções da Vendas Brutas, é preciso muito cuidado, pois as provas colocam
muitas despesas que não são deduções para tentar induzir as pessoas ao erro.
As mais comuns são:
IPI – o IPI não integra a Receita Bruta de Vendas, portanto, não deve ser deduzido.
Frete sobre Vendas – O Frete sobre Vendas é uma despesa com vendas. Diminuiu o Lucro
Operacional, mas não interfere no Lucro Bruto.
Descontos condicionais/Financeiros – Esses descontos são dados por antecipação no pagamento,
logo não estão na nota fiscal, não devendo , portanto, ser deduzidos. O desconto condicional é uma
despesa financeira; vai diminuir o Lucro Operacional. mas não vai interferir no Lucro Bruto.
Às vezes, colocam Devolução de Exercícios Anteriores e comissões sobre vendas, que também
não são deduções.
Análise de Despesa
Cabe à empresa apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação baseada na
natureza dessas despesas, ou na função dessas despesas dentro da empresa, devendo eleger
o critério que forneça informações confiáveis e mais relevantes. A legislação brasileira leva à
apresentação por função.
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CUIDADO: Aqui é preciso ter muito cuidado quando a questão não informar o valor do CMV e
for preciso calcular.
CMV = Ei + Cl – EF, lembrando que, nas compras líquidas, você excluirá as devoluções, os des-
contos incondicionais, os abatimentos, os tributos recuperáveis e, caso haja despesas de fre-
te, seguro, armazenamento, você deverá adicionar para achar o valor das compras líquidas.
As despesas operacionais compreendem os gastos pagos ou incorridos relacionados direta-
mente com a atividade operacional das vendas ou administração da empresa. Esses valores são
representados por:
•• RECEITAS FINANCEIRAS
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•• DESPESAS FINANCEIRAS
Da mesma forma, compreende basicamente a remuneração do capital de terceiros ou a con-
cessão de descontos por recebimentos antecipados de direitos, além de considerar também as
correções monetárias prefixadas decorrentes de obrigações. São exemplos:
•• Despesas de Juros ou Juros Passivos;
•• Descontos Concedidos;
•• Despesas de Juros sobre Capital Próprio;
•• Juros sobre Debêntures;
•• Juros sobre Empréstimos Bancários;
•• Juros sobre Descontos de Duplicatas;
•• Juros sobre Empréstimos a Empresas Ligadas;
•• Juros sobre Contratos de Mútuo;
•• Comissões e Despesas Bancárias.
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Resultado Operacional
Esse resultado pode representar Lucro Operacional ou Prejuízo Operacional e compreende o
resultado algébrico de todas as receitas, despesas e custos operacionais, diretamente vincula-
dos com a atividade operacional principal ou acessória.
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•• É necessário deduzir-se os prejuízos contábeis do período anterior.
•• Normalmente as questões só trazem prejuízos acumulados, mas, se trouxerem ajustes
de Exercícios Anteriores, esses também deverão ser ajustados nas bases de cálculos das
participações.
•• Os percentuais a serem aplicados sobre a base de cálculo serão previamente definidos
em documentos oficiais da empresa;
•• O cálculo da participação é feito sobre o saldo remanescente após o cálculo da anterior,
obedecendo-se rigorosamente a ordem:
Debêntures,
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Contribuição para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência
Lucro Líquido
Corresponde ao lucro final após as participações, embora não seja ainda o valor a ser destinado
aos acionistas. Esse valor é o ponto de partida para o cálculo das Reservas, de acordo com a Lei nº
6.404/76.
É uma determinação da Lei nº 6.404/76, que possibilita aos investidores uma melhor avaliação
dos resultados alcançados pela companhia.
O cálculo consiste em dividir o lucro líquido pela quantidade de ações EXISTENTES DO MERCADO
e que compõem o Capital Social.
O conceito de AÇÕES EXISTENTES NO MERCADO corresponde ao de AÇÕES EM CIRCULAÇÃO e
que, portanto, exclui do cálculo as ações em tesouraria ou a parcela relativa ao capital a realizar.
Modelo de DRE sugerido pelo CPC, através do pronunciamento Técnico 26 – Apresentação
das Demonstrações Contábeis:
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e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equiva-
lência patrimonial;
f) resultado antes das receitas e despesas financeiras
g) despesas e receitas financeiras;
h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
i) despesa com tributos sobre o lucro;
j) resultado líquido das operações continuadas;
k) valor líquido dos seguintes itens:
l) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
m) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de
venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem
a unidade operacional descontinuada;
n) resultado líquido do período.
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Questões
( ) Certo ( ) Errado
6 (Cespe – TRE – 2010)
( ) Certo ( ) Errado
7. (Cespe – TRE – 2010)
03. (Cespe – TELEBRÁS – 2013) Os valores das vendas canceladas e dos im-
postos incidentes sobre vendas e serviços
As despesas podem ser classificadas na de- devem ser evidenciados juntamente com
monstração do resultado do exercício de o valor das despesas operacionais, isto é,
acordo com sua natureza ou função. após a apuração do lucro bruto.
Com relação ao conceito, ao objetivo e à ( ) Certo ( ) Errado
composição da demonstração do resultado
do exercício (DRE) das companhias, julgue
os itens subsequentes. 8. (Cespe – TRE – 2010)
( ) Certo ( ) Errado Deduzindo-se o valor do custo das mercado-
rias vendidas sobre o valor do lucro bruto, é
4. (Cespe – TRE – 2010) possível apurar o valor da receita bruta.
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9. (Cespe – PC – ES – 2011) 14. (Cespe – PREVIC – 2011)
Para apuração do lucro bruto, deve-se de- Quando há previsão no estatuto de deter-
duzir das receitas líquidas o custo dos pro- minada companhia para a participação dos
dutos ou mercadorias vendidas e dos servi- empregados no lucro apurado, essa partici-
ços prestados. pação deve ser paga obrigatoriamente antes
das parcelas relativas a administradores e
( ) Certo ( ) Errado partes beneficiárias.
( ) Certo ( ) Errado
10. (Cespe – PC-ES – 2011)
As operações realizadas pela entidade em 15. (Cespe – FUB – 2011)
determinado exercício social, incluindo re- O resultado da entidade em determinado
ceitas, custos e despesas, são representadas período é apresentado na demonstração do
em uma demonstração estática denomina- resultado do exercício, que é uma demonstra-
da demonstração do resultado do exercício. ção dedutiva e dinâmica.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
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25. (Cespe – TRE-ES – 2012) 27. (Cespe – PETROBRAS – 2007)
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Gabarito: 1. Errado 2. Certo 3. Certo 4. Certo 5. Certo 6. Certo 7. Errado 8. Errado 9. Certo 10. Errado
11. Errado 12. Errado 13. Certo 14. Certo 15. Certo 16. Certo 17. Certo 18. Errado 19. Errado 20. Errado
21. Certo 22. Certo 23. Certo 24. Errado 25. Errado 26. Certo 27. Errado 28. Errado 29. Certo 30. Certo 31. Certo
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DESTINAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
RESERVAS DE LUCRO
PAGAMENTO DE DIVIDENDOS
AUMENTO DE CAPITAL
RESERVA DE LUCROS
Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros
da companhia.
De acordo com a Lei das S.A. serão classificadas como Reserva de Lucros:
Reserva Legal;
Reservas Estatutárias;
Reservas para Contingências;
Retenção de Lucros;
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva Especial para distribuição de dividendos obrigatórios;
Reserva de Incentivos Fiscais.
RESERVA LEGAL
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer
outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do
capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa
reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exce-
der de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Na Constituição da Reserva:
D – Lucros Acumulados
C – Reserva Legal
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RESERVAS ESTATUTÁRIAS
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I – indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
II – fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à
sua constituição; e
III – estabeleça o limite máximo da reserva.
Na Constituição da Reserva:
D – Lucros Acumulados
C – Reserva Estatutária
D – Lucros Acumulados
C – Reserva para Contingências
RETENÇÃO DE LUCROS
Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter par-
cela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado.
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§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de
lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo
ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por
prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-geral ordinária que deliberar sobre o
balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício so-
cial. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
D – Lucros Acumulados
C – Retenção de Lucros
D – Lucros Acumulados
C – Reserva de Lucros a Realizar
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Dividendos
Origem
Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício,
de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações
preferenciais de que trata o § 5º do artigo 17.
§ 6º O estatuto pode conferir às ações preferenciais com prioridade na distribuição de dividendo
cumulativo, o direito de recebê-lo, no exercício em que o lucro for insuficiente, à conta das
reservas de capital de que trata o § 1o do art. 182.
§ 1º A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste artigo implica
responsabilidade solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a
importância distribuída, sem prejuízo da ação penal que no caso couber.
§ 2º Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido.
Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço
ou em desacordo com os resultados deste.
Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a
parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada
de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) (Vide Medida
Provisória nº 608, de 2013)
I – metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: (Redação
dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e (Incluída pela Lei nº 10.303,
de 2001)
b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da
mesma reserva formada em exercícios anteriores; (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001)
II – o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao
montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja
registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
2001)
III – os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem
sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro
dividendo declarado após a realização. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital
social, ou fixar outros critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com precisão e
minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou
da maioria.
II – o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao
montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja
registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); (Redação dada pela Lei nº 10.303, de
2001)
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III – os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem
sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro
dividendo declarado após a realização. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital so-
cial, ou fixar outros critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com precisão e
minúcia e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou
da maioria.
§ 2º Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para introduzir nor-
ma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por
cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo.
Dividendos Intermediários
Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição estatutária, levantar balanço semes-
tral, poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração, se autorizados pelo estatuto,
dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço.
§ 1º A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária, levantar balanço e distribuir
dividendos em períodos menores, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre
do exercício social não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo
182.
§ 2º O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar dividendos intermediá-
rios, à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual
ou semestral.
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As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais
como:
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PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS
A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é relativamente
simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação ocorrida du-
rante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital,
Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação, Ações em Tesouraria e Lucros ou Prejuízos Acu-
mulados.
Utiliza-se uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa, incluindo uma con-
ta total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais. Essa
movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma coordenada.
RESERVAS DE CAPITAL
As reservas de capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transi-
tam pelo resultado, por não se referirem à entrega de bens ou serviços pela empresa.
As reservas de capital constituem-se em grupo de contas integrantes do Patrimônio Líquido.
Art. 182.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
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D – Caixa 120
C – Capital Social 100
C – Reserva de Capital – AEA 20
As Partes Beneficiárias são títulos sem valor nominal, intransferíveis, com direito à participação
nos lucros de, no máximo, 10% e que normalmente são conferidos a pessoas que prestaram
grandes serviços a empresa. Esses títulos podem ser vendidos, sendo que o produto da venda
deve ser contabilizado em conta de Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias. Se, por
acaso, esses títulos forem doados aos seus beneficiários, tal situação será classificada como ato
contábil, não sendo objeto de lançamento contábil.
D – Caixa 150
C – Reserva de Capital – PAPB 150
Os bônus de subscrição são papéis emitidos pelas empresas para darem direito de preferência
de subscrição aos atuais acionistas. Caso os atuais acionistas não exerçam os direitos de
subscrição, a empresa opta por vender tais bônus contabilizando o produto da venda em conta
de Reserva de alienação de bônus, de subscrição.
Na venda do Bônus de Subscrição por $ 300:
D – Caixa 300
C – Reserva de Capital – PABS 300
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AÇÕES EM TESOURARIA
As ações em tesouraria são ações da própria companhia que foram adquiridas pela própria
companhia.
Exemplificando: A companhia Delta S.A. possui um capital social dividido em 1.000 ações de R$
1,00 lançadas no mercado de ações. A companhia Delta S.A. vai até o mercado de ações e com-
pra 50 ações por R$ 50,00 em dinheiro
Ações em Tesouraria
a Caixa
Pela compra de ações ...............................50,00
A Lei nº 6.404/76 diz: “as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedu-
ção da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aqui-
sição”.
Então, no balanço, as ações em tesouraria deverão aparecer deduzidas de Capital ou Reserva,
cujo saldo tiver sido utilizado para tal operação, durante o período em que tais ações aparecem
em tesouraria.
Como regra, a companhia não pode comprar suas próprias ações. No entanto, é permitida essa
compra nas seguintes ocasiões:
O resultado com ações em tesouraria não alteram o resultado do exercício. Conforme a socie-
dade vende as ações em tesouraria, pode obter lucro ou prejuízo com essa venda. Esse lucro ou
prejuízo não é receita ou despesa da companhia, pois não faz parte das operações normas ou
acessórias da companhia. Esse resultado não integra a DRE.
O lucro deverá ser registrado a crédito de uma reserva de capital. O prejuízo deverá ser debita-
do a débito da mesma reserva de capital utilizado para o lucro. Aqui o procedimento é parecido
ao ágio na emissão de ações.
As ações em tesouraria não terão direitos patrimoniais nem políticos, nem podem ser compra-
das por valor superior ao de mercado.
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Questões
( ) Certo ( ) Errado
06. (Cespe – TRT – 2013)
A reversão da reserva de contingências
deve ser feita obrigatoriamente a crédito de
lucros acumulados.
( ) Certo ( ) Errado
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7. A demonstração em apreço apresenta erro Com referência a movimentações do patri-
ao registrar distribuição de dividendos com mônio líquido, segundo a Lei nº 6.404/76,
valor superior ao lucro líquido gerado no julgue o item abaixo.
período.
10. (Cespe – APF – 2004)
( ) Certo ( ) Errado
O produto da alienação de partes beneficiá-
Relativamente ao balanço patrimonial e à rias pode ser registrado no patrimônio líquido.
sua apresentação e composição, julgue os ( ) Certo ( ) Errado
itens que se seguem.
Considere a seguinte situação hipotética.
11. (Cespe – APF – 2004)
Uma companhia aberta lançou ações sem
valor nominal cujo preço unitário de emis- Uma empresa que apresentar uma reser-
são, destinado à formação do capital, foi de va de capital no valor de R$ 8.000,00 e um
R$ 1.000,00. Devido à alta procura no mer- saldo de prejuízo de R$ 2.000,00, após con-
cado, essas ações foram postas à venda a R$ sumir os lucros acumulados e todas as re-
1.200,00. servas de lucros acumulados e todas as re-
servas de lucros, poderá compensá-lo com
8. (Cespe – TCU – 2008) parte da reserva de capital que ela possui.
Nessa situação, essa diferença constitui, ( ) Certo ( ) Errado
inicialmente, reserva de lucros a realizar e
poderá ser utilizada, futuramente, para au- Ao final de um exercício financeiro, cabe ao
mento de capital. contabilista tomar uma série de providências
( ) Certo ( ) Errado para demonstrar corretamente a situação
patrimonial da entidade com a qual trabalha.
Acerca dessa matéria, julgue o item que se
9. (Cespe – ABIN – 2010) segue.
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Acerca da distribuição de resultados, julgue 24. (Cespe – AFRT – 2013)
os itens que se seguem.
Tanto nas companhias abertas quanto nas
companhias de grande porte, os lucros apu-
21. (Cespe – SEFIC – 2010) rados devem ser mantidos na conta lucros
Os acionistas de sociedades por ações têm acumulados.
direito de receber como dividendo obriga- ( ) Certo ( ) Errado
tório, em cada exercício, a parcela dos lu-
cros estabelecida no estatuto, ou, se este for
omisso, metade do lucro líquido do exercí- 25. (Cespe – FUNPRESPE – 2016)
cio ajustado nos termos da Lei nº 6.404/76.
O percentual do lucro líquido de cada
( ) Certo ( ) Errado exercício destinado ao pagamento de divi-
dendos obrigatórios é parte integrante da
demonstração do resultado do exercício.
22. (Cespe – SEFIC – 2010)
( ) Certo ( ) Errado
A companhia somente pode pagar dividen-
dos à conta de lucro líquido do exercício.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. Errado 2. Errado 3. Certo 4. Errado 5. Errado 6. Certo 7. Errado 8. Errado 9. Certo 10. Certo
11. Certo 12. Errado 13. Errado 14. Errado 15. Errado 16. Errado 17. Errado 18. Certo 19. Certo 20. Certo
21. Certo 22. Errado 23. Errado 24. Errado 25. Errado
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A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabi-
lidade para todas as sociedades de capital aberto ou com Patrimônio Líquido superior a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Essa obrigatoriedade vigora desde 1º de janeiro de 2008, por força da Lei nº 11.638/2007, e,
dessa forma, torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais.
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c) Transações que não Afetam o Caixa
Entre as transações realizadas pela empresa, algumas não afetam o caixa, isto é, não há encaixe
nem desencaixe de dinheiro, como, por exemplo: depreciação, amortização e exaustão; provi-
são para devedores duvidosos; correção monetária de balanço; Acréscimo ou diminuições de
investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sem significar que houve
vendas ou novas aquisições.
CONCEITOS IMPORTANTES
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Método Direto
De acordo com o método direto, as informações sobre as principais classes de entradas e saídas
de caixa podem ser obtidas:
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2. Fluxos de caixa das atividades de investimento
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Atividades Operacionais
Os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais são basicamente derivados das
principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam das
transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos
de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:
a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;
b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e
outros benefícios da apólice;
f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser
especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e
g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou
disponíveis para venda futura.
Algumas transações, como a venda de um ativo imobilizado, podem resultar em ganho ou perda,
que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais tran-
sações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos
para a produção ou aquisição de ativos destinados a aluguel para terceiros e, em sequência, se-
rem vendidos são fluxos de caixa das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das
subsequentes vendas de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.
2. Uma entidade pode ter títulos e empréstimos para fins de intermediação que sejam seme-
lhantes a estoques adquiridos especificamente para revenda. Portanto, os fluxos de caixa
decorrentes da compra e venda desses títulos são classificados como atividades operacio-
nais. Da mesma forma, as antecipações de caixa e os empréstimos feitos por instituições
financeiras são comumente classificados como atividades operacionais, uma vez que se re-
ferem à principal atividade geradora de receita dessas entidades.
3. A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais
deve ser fornecida de forma que os usuários tenham elementos para avaliar os efeitos lí-
quidos das atividades operacionais e de outros eventos que afetam o lucro líquido e os
fluxos operacionais de caixa em diferentes períodos.
Atividades de Investimento
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a) pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de lon-
go prazo. Esses desembolsos incluem os custos de desenvolvimento ativados e ativos imo-
bilizados de construção própria;
b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos
de longo prazo;
c) pagamentos para aquisição de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades e par-
ticipações societárias em joint ventures (exceto desembolsos referentes a títulos considera-
dos como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou venda futura);
d) recebimentos de caixa provenientes da venda de ações ou instrumentos de dívida de ou-
tras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto recebimentos referen-
tes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e os mantidos para negociação);
e) adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto adiantamentos e emprés-
timos feitos por instituição financeira);
f) recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos
concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos de uma instituição financeira);
g) pagamentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais
contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os pagamentos
forem classificados como atividades de financiamento; e
h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais
contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos
forem classificados como atividades de financiamento.
Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de uma posição identificável, os
fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo modo como foram classificados
os fluxos de caixa da posição que estiver sendo protegida.
Atividades de Financiamento
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Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por
exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um empréstimo inclui tanto os
juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas
a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento.
Antes do pronunciamento CPC 09, não existia consenso quanto à classificação dos juros pagos
e recebidos, dos juros sobre o capital próprio e dos dividendos pagos e recebidos .
Esse pronunciamento encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos
ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das
atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos
de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de nota evi-
denciando esse fato.
Ressalta-se que esse pronunciamento só corrobora o tratamento já dado pela Esaf.
Método direto
Por este método, o fluxo de caixa evidencia todos os pagamentos e recebimentos decorrentes
das atividades operacionais da empresa, como, por exemplo: os valores recebidos decorrentes
de vendas à vista, os valores recebidos de clientes, os valores pagos a fornecedores, os valores
de impostos pagos.
Esse método também é conhecido como a abordagem das contas, e consiste em classificar os
recebimentos e pagamentos utilizando as partidas dobradas, tendo como vantagem permitir
a geração de informações com base em critérios técnicos livres de qualquer interferência da
legislação fiscal. Nesse método, começa-se a explicação do caixa gerado pelas operações da
empresa pelo recebimento das vendas.
Pelo método direto, devemos partir das receitas e despesas constantes na DRE e compará-las
com suas contrapartidas no Balanço Patrimonial com o intuito de verificar o valor do efetivo
pagamento e recebimento naquele exercício social. Após verificar o valor das despesas efeti-
vamente pagas e das receitas efetivamente recebidas, faz-se o registro na DFC.
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Valor do recebimento decorrente das Vendas = 500.000,00 – 30.000,00 = 470.000,00. Isso sig-
nifica que a variação positiva de duplicatas a receber significa não recebimento e, no momento
de calcular o valor correspondente ao recebimento em X2, esse valor deve ser deduzido.
Imaginemos agora a seguinte situação:
A análise dessa situação permite concluir que, além da empresa receber todas as vendas do
período, ela ainda recebeu 50.000,00 do período anterior. Logo, se for pedido o recebimento
decorrente das vendas em X2, deve se adicionar ao valor da receita com vendas a variação ne-
gativa de duplicatas a receber.
Resumindo, se for pedido o valor do recebimento de vendas em determinado exercício, deve-
se subtrair, caso haja variação positiva de clientes/duplicatas a receber, ou somar, caso haja
variação negativa de cleintes/duplicatas a receber
A análise da situação acima permite concluir que houve recebimento decorrente de vendas no
valor de 840.000,00, sendo 800.000,00 correspondentes à venda do período e os 40.000,00
decorrente de vendas cujo fato gerador ainda não ocorreu.
Concluída a variação positiva de adiantamento de clientes, sabe-se que foi recebido mais do
que foi vendido. Logo, a variação positiva deve ser adicionada ao valor das vendas, quando se
quer saber o valor dos recebimentos decorrentes de vendas naquele período, ao passo que a
variação negativa deve ser diminuída.
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Caso apareçam questões com receita de vendas e variação de clientes e também variação de
adiantamento de clientes, deve ser somado ao valor das vendas o valor da variação negativa de
clientes e o valor da variação positiva de adiantamento de clientes e subtraída a variação posi-
tiva de clientes e a variação negativa de adiantamento de clientes, conforme explicado acima.
Receitas 1.000.000,00
+Δ (-) clientes 150.000,00
- Δ (-)adiantamento de clientes (50.000,00)
Além das análises nas contas de clientes e adiantamento de clientes acima vistas, deve-se ficar
atento também para saber se houve baixa de clientes com uso de provisão para devedores du-
vidosos e se houve baixa de clientes com perdas com recebimento.
No fluxo de caixa, a PDD não utilizada é revertida para o resultado. Então, deve-se primeiro olhar
a PDD constituída no exercício anterior e verificar o quanto dela foi utilizado. Para verificar quando
ela foi utilizada, deve se observar na DRE para verificar se houve reversão de PDD. Se não houve, é
porque ela foi totalmente utilizada. Pode acontecer de ela só ser parcialmente utilizada - percebe-se
isso por meio da DRE, caso exista a conta reversão de PDD por um valor inferior ao valor constituído.
Mas também pode acontecer que a PDD tenha sido insuficiente para dar baixa nos créditos por não
recebimento e fazer essa análise para se ter certeza. Também se deve olhar na DRE para ver se lá
possui a conta Perdas com recebimento de clientes. Caso haja essa conta, significa que o valor do
não recebimento foi igual ao valor da PDD mais as perdas com clientes e esses valores devem ser
subtraídos do valor do recebimento de vendas do período.
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Compras em X2 700.000,00
Fornecedores X1 80.000,00
Fornecedores X2 0,00
Ao analisar a situação acima, constata-se que a empresa, além do pagamento de todas as com-
pras do exercício, ela ainda pagou mais 80.000,00 do exercício anterior. O Valor do pagamento
a fornecedores será de 700.000,00 mais 80.000,00; portanto, 780.000,00.
Exemplo 2
Compras em X2 300.000,00
Adiantamento a Fornecedores X1 50.000,00
Adiantamento a Fornecedores X2 0,00
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Para calcular o valor das despesas pagas em X2, devemos, ao valor das despesas de seguros,
subtrairmos a variação positiva dos seguros a pagar e adicionamos o valor da variação positiva
dos seguros antecipados. 200.000,00 – 30.000,00 + 10.000,00 = 180.000,00.
Resumindo, como a conta Seguros a Pagar aumentou, significa que se deixou de pagar se-
guros devendo ser deduzidos. Já quando a conta seguros, a vencer aumentar, significa que
foram pagas mais despesas, devendo ser somadas.
Quando for pedido o valor das despesas pagas no período que não deve ser confundido com as
despesas pagas do período, você deve:
1. tomar cuidado com as contas de despesas que não exigem pagamento. Ex.: depreciação,
amortização, PDD, Etc.
2. observar a variação das conta contas a pagar(utilizadas para contabilizar despesas não
pagas)
3. observar a variação das contas de despesas antecipadas.
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Método Indireto
O método indireto consiste na demonstração dos recursos provenientes das atividades opera-
cionais a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens que afetam o resultado (tais como depre-
ciação, amortização e exaustão), mas que não modificam o caixa da empresa.
Esse método, principalmente pela sua parte inicial (lucro líquido ajustado), assemelha-se à De-
monstração das Origens e Aplicações de Recursos. (DOAR) Parte do lucro líquido para, após os
ajustes necessários, chega ao valor das disponibilidades produzidas no período pelas opera-
ções registradas na DRE. A semelhança com a DOAR se estende apenas às contas do circulante.
Esse método é também conhecido como método de reconciliação.
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O método indireto é aquele segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efei-
tos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apro-
priações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais
passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de
caixa das atividades de investimento ou de financiamento.
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais
é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e
perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável; e
c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimen-
to e de financiamento.
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Questões
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8. (Cespe – SEFAZ-ES – 2010) 11. (Cespe – CNJJ – 2013)
O recurso recebido na venda de um ativo Os recursos recebidos pela emissão de de-
imobilizado deve ser evidenciado nessa de- bêntures são classificados como oriundos
monstração por meio do fluxo das opera- da atividade operacional ao se elaborar o
ções. fluxo de caixa da empresa.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
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26. (Cespe – PREVI – 2008)
O valor de aluguel pago no período
corresponde a R$ 2.380,00.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. Certo 2. Errado 3. Errado 4. Errado 5. Certo 6. Certo 7. Errado 8. Errado 9. Certo 10. Errado
11. Errado 12. Errado 13. Certo 14. Errado 15. Errado 16. Certo 17. Errado 18. Certo 19. Errado 20. Errado
21. Certo 22. Certo 23. Errado 24. Certo 25. Certo 26. Certo 27. Errado 28. Certo 29. Certo 30. Certo
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A DVA é de publicação obrigatória para as sociedades de capital aberto por força da Lei nº
11.638/2007, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2008. A Delibera-
ção CVM nº 557/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 09, que trata da Demonstração
do Valor Adicionado. (DVA).
A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir
da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens produzidos por terceiros utilizados no
processo de produção da empresa.
A atual e a potencial aplicação do valor adicionado mostram o aspecto econômico e social que
o seu conceito envolve: (a) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza,
ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor
das saídas com o valor das entradas, e (b) como índice de avaliação do desempenho social à
medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do
governo, dos agentes financiadores e dos acionistas.
O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão
global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo
resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
O valor adicionado constitui-se da receita de venda deduzida dos custos dos recursos adquiri-
dos de terceiros. É, portanto, o quanto a entidade contribuiu para a formação do Produto Inter-
no Bruto (PIB) do país.
A DVA, que também pode integrar o Balanço Social, constitui, desse modo, uma importante
fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a
análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim
como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.
A DVA é elaborada a partir dos dados contidos na DRE. Nessa demonstração, é destacado valor
adicionado pela empresa e a distribuição deste valor, indicando a contribuição da empresa para
a formação do lucro e para outros itens tais como impostos, taxas e contribuições, pessoal e
encargos, juros e alugueis, juros sobre capital próprio e dividendos.
Na DRE são computados como Custo dos Produtos Vendidos todos os gastos referente à produ-
ção dos bens vendidos. Inclui-se, portanto neste montante mão de obra, matéria-prima e gas-
tos gerais de fabricação. Na DVA, esses custos deverão estar perfeitamente discriminados, uma
vez que, parte deles são considerados como insumos adquiridos de terceiros. A depreciação
deverá ser perfeitamente identificada. Os gastos com pessoal e os encargos são considerados
como distribuição do valor adicionado.
Apresentamos um modelo simplificado de DVA com instruções para o seu preenchimento.
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MODELO DO DEMONSTRATIVO
Modelo I – Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL
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A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar, de forma detalhada, a riqueza criada pela enti-
dade. Os principais componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir nos seguintes
itens:
Receitas
Venda de mercadorias, produtos e serviços – inclui os valores dos tributos incidentes sobre
essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e Cofins), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou
faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estiverem fora
do cômputo dessas receitas.
Outras receitas – da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas
receitas.
Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão – inclui os valores relati-
vos à constituição e reversão dessa provisão.
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Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia,
etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras
(por exemplo, ICMS, IPI, PIS e Cofins), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das
práticas utilizadas na demonstração do resultado.
Perda e recuperação de valores ativos – inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de
mercado de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores
reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão
para perdas por desvalorização de ativos, conforme aplicação da NBC T 19.10 – Redução ao
Valor Recuperável de Ativos (se, no período, o valor líquido for positivo, deve ser somado).
Depreciação, amortização e exaustão – inclui a despesa ou o custo contabilizado no período.
Distribuição da riqueza
A segunda parte da DVA deve apresentar, de forma detalhada, como a riqueza obtida pela
entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a
seguir:
•• Remuneração direta – representada pelos valores relativos a salários, 13º salário, hono-
rários da administração (inclusive os pagamentos baseados em ações), férias, comissões,
horas extras, participação de empregados nos resultados, etc.
•• Benefícios – representados pelos valores relativos a assistência médica, alimentação,
transporte, planos de aposentadoria, etc.
•• FGTS – representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados.
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•• Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo
ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias, etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, Cide, PIS,
Cofins. Inclui também a contribuição sindical patronal.
•• Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no
todo ou em parte aos Municípios, às Autarquias, etc., tais como o ICMS e o IPVA.
•• Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassa-
dos no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o
IPTU.
•• Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos – inclui os valores pagos ou creditados aos
sócios e aos acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos
JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores
distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos
distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram
tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados.
•• Lucros retidos e prejuízos do exercício – inclui os valores relativos ao lucro do exercício
destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento. Nos casos de
prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo.
•• As quantias destinadas aos sócios e aos acionistas na forma de JCP, independentemente
de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o
mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser
imputados.
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia,
etc. consumidos, deverão ser considerados os impostos (ICMS e IPI) incluídos no momento
das compras, recuperáveis ou não.
Pelo fato de Contabilidade montar a DVA a partir da DRE é que passa a existir uma diferença
entre o conceito de valor adicionado puro da economia e o conceito contábil. Na ciência
econômica, o conceito de valor adicionado é em função da produção e não da venda.
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A Demonstração Contábil do Valor Adicionado na forma como está sendo utilizada no Brasil não
oferece condições concretas para que se faça uma análise sobre a contribuição de cada entidade
para a formação do PIB. Assim sendo, mesmo que a entidade publique essa demonstração, não
poderá correlacionar com o PIB do país no ano pelo fato do modelo atual da contabilidade
apresentar a DVA partindo da DRE, que evidencia apenas a produção vendida. Portanto, se a
empresa produzir e não vender, não apurará valor adicionado, mas economicamente o valor
adicionado surgirá, pois ocorreu uma produção.
No item, sempre que utilizadas, as siglas subsequentes devem ser interpretadas com a
significação associada a cada uma delas: CFC = Conselho Federal de Contabilidade; CMV = custo
das mercadorias vendidas; DFC = Demonstração dos Fluxos de Caixa; DMPL = Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido; DVA = Demonstração do Valor Agregado; UEPS = último
que entra, primeiro que sai.
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Questões
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Acerca da demonstração do valor adiciona- Com relação à demonstração do valor
do (DVA), julgue o item a seguir de acordo adicionado (DVA), julgue o item subsecutivo.
com os atuais pronunciamentos contábeis
brasileiros. 10. (Cespe – TCE-RO-2013)
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tos Contábeis, julgue o item que se segue, De acordo com as normas emitidas pelo Co-
relativo aos procedimentos utilizados para mitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue
a elaboração das demonstrações contábeis. o item a seguir, relativo às demonstrações
contábeis.
13. (Cespe – MTE – 2014)
16. (Cespe – MPU – 2015)
A demonstração do valor adicionado apre-
senta a posição estática da empresa, integra As receitas de venda de mercadorias, pro-
o balanço social e visa demonstrar a riqueza dutos e serviços de uma indústria devem in-
gerada pela entidade e a sua distribuição no cluir, na demonstração do valor adicionado,
encerramento de determinado período. os valores dos tributos incidentes sobre as
referidas receitas.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Com relação à avaliação de itens patrimo-
niais e ao levantamento das demonstrações Com relação à divulgação e análise das de-
de resultado previstas na legislação societá- monstrações contábeis, julgue o próximo
ria, julgue o item seguinte. item.
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19. (Cespe – AFT – 2013) 21. (Cespe – TELEBRÁS – 2013)
A demonstração do valor adicionado per- O valor da remuneração de capitais de ter-
mite analisar o desempenho econômico da ceiros foi R$ 500.000,00.
empresa e não considera, em sua apuração,
as despesas com depreciação, amortização ( ) Certo ( ) Errado
ou exaustão
( ) Certo ( ) Errado 22. (Cespe – TELEBRÁS – 2013)
O valor adicionado bruto foi superior a R$
2.300.000,00.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. Certo 2. Certo 3. Errado 4. Errado 5. Errado 6. Errado 7. Certo 8. Errado 9. Certo 10. Certo
11. Errado 12. Errado 13. Errado 14. Errado 15. Certo 16. Certo 17. Certo 18. Errado 19. Errado 20. Errado
21. Errado 22. Certo 23. Errado
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1. o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento
financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2. o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de nature-
za, prazo e risco similares; ou
3. o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos
financeiros.
§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada
periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício
de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente
limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
§ 4º Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor
de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
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INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
Artigo nº 183 da Lei nº 6.404/76:
I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de
créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
a) pelo valor JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis
para venda; e
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições le-
gais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso
das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;
É a permissão para avaliação dos instrumentos financeiros pelo seu valor de mercado. Na alínea
d do § 1º do art. 183, são descritas as formas para avaliação a preço de mercado. Entendemos
que, desde a primeira aquisição, esses instrumentos deverão ser avaliados ao valor de mercado.
Os instrumentos antigos deverão ter seu valor de aquisição reajustado a valor de mercado. Esses
reajustes, que podem ser positivos ou negativos, deverão ser feitos em contrapartida à conta de
Ajustes de Avaliação Patrimonial, criada pela Lei e classificado no patrimônio líquido (ou seja,
os referidos ajustes não transitarão pelas contas de resultado). O mesmo procedimento deve ser
adotado em relação a variações futuras que possam ocorrer no preço de mercado desses ativos.
Exemplo:
Valor do instrumento DISPONÍVEL PARA VENDA.............R$ 100.000,00
Valor JUSTO .....................................................................R$ 105.000,00
Ajuste de avaliação do valor patrimonial (credor) ...........R$ 5.000,00
Esses ajustes não transitam pela conta de resultado porque o efeito nessa conta somente
será reconhecido na ocasião da alienação efetiva do instrumento financeiro. CASO ELES FOS-
SEM DESTINADOS À NEGOCIAÇAO, A CONTRA PARTIDA SERIA NO RESULTADO.
Natureza Permanente: Se uma entidade participa do capital de outra entidade com a intenção de
manter seu investimento, tal aplicação de capital será tratada como investimento permanente.
Principais Tipos
Participações permanentes em outras empresas
Incentivos fiscais
Imóveis não destinados a uso pela empresa;
•• Obras de arte.
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Classificação Contábil
•• Ativo Permanente, no subgrupo Investimentos
Método de Avaliação
•• Método de Custo
•• Equivalência patrimonial
→ Método de Custo
Pelo Método de Custo, as ações ou quotas de capital são adquiridas pelo seu valor histórico, ou
seja, por quanto a investidora pagou para adquiri-las. No momento do encerramento do exer-
cício, se houver necessidade, a empresa deverá constituir a provisão para possíveis perdas na
realização do investimento para atender ao princípio contábil, custo como base de valor. Nesse
método, a investidora não registrará em sua contabilidade o resultado.
(lucro ou prejuízo) apurado na investida.
Para que seja aplicado o Método de Custo, os investimentos em outras sociedades não pode-
rão ser:
•• relevantes;
•• desprovidos a de influência administrativa;
•• ter percentual de participação não atinja a 20% do capital social da coligada.
Contabilização
Na data da aquisição.
A empresa ABC S.A. adquiriu em 31/07/19X0 lote de 1.000 ações da Empresa Bons Lucros S.A.
por R$ 1.000,00. O investimento é de caráter permanente.
A Empresa Bons Lucros obteve lucro em 31/12/X1 e, tendo distribuído R$ 700,00 de dividendos
para seus acionistas. A empresa ABC S.A. possui 6% das ações.
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Observe que o resultado com ganho de investimento pelo método do custo, não transitou pela
conta de Investimentos no Ativo não circulante.
Lançamento do recebimento.
D – Caixa..................................................................................R$ 42,00
C – Dividendos a receber..........................................................R$ 42,00
Instituído pelo artigo 248 da Lei nº 6.404, tem por objetivo avaliar os investimentos registrados
no Ativo Permanente da investidora, de acordo com o aumento ou diminuição do patrimônio
liquido da investida em uma determinada data.
Serão avaliados pelo MEP quando, no balanço Patrimonial da companhia, os investimentos em
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou
estejam sob controle comum.
→ Sociedades Coligadas
São coligadas as sociedades nas quais a investidora tem influência significativa. É presumida
influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da
investida, sem controlá-la.
Serão controladas quando houver uma participação maior que 50% + 1 ação no capital votante
(poder de eleger a maioria dos administradores).
Contabilização.
Na data da aquisição
A empresa ABC S.A. adquiriu em 31/07/19X0 50% das ações da Empresa Bons Lucros S.A. por
R$ 1.000,00. O investimento é de caráter permanente.
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D – Ativo não circulante – Investimentos.....................................R$ 1.000,00
Investimentos em Outras Sociedades
C – Bancos..................................................................................R$ 1.000,00
Pela avaliação pelo método da equivalência patrimonial, a investidora deverá registrar o ganho
numa conta de receita operacional.
D – Ativo Circulante
Dividendos a receber....................................................................R$ 350,00
C – Ativo não circulante – Investimentos
Investimentos.................................................................................R$ 350,00
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Questões
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6. (Cespe – TJ-AC – 2012)
Uma sociedade empresária mantém inves-
timentos em uma coligada avaliados pelo
método da equivalência patrimonial. A coli-
gada apurou lucro no final do período. Nes-
sa situação, no mesmo período, a sociedade
empresária investidora deverá fazer um lan-
çamento a débito de investimentos em co-
ligadas (ativo não circulante) e a crédito de
equivalência patrimonial (resultado).
( ) Certo ( ) Errado
7. (Cespe – 2011)
A legislação vigente determina que sejam
coligadas as sociedades nas quais a inves-
tidora tenha influência significativa, isto é,
quando a investidora detém ou exerce o po-
der de participar nas decisões das políticas
financeiras ou operacionais da investida,
sem, contudo, controlá-la. Essa influência
significativa também é presumida quando a
companhia investidora, nas mesmas condi-
ções anteriores, possuir 10% do capital vo-
tante da investida.
( ) Certo ( ) Errado
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Bacen (Técnico) – Contabilidade – Prof. Sílvio Sande
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67. (Cespe – BACEN – 2013) 72. (Cespe – BACEN – 2013)
De acordo com os critérios de avaliação do Do total do capital subscrito na constituição
ativo e do passivo, é correto afirmar que de uma sociedade, pelo menos 5% devem
o patrimônio líquido é superior ao ativo ser integralizados em dinheiro; e o restan-
circulante. te, em bens que possam ser avaliados em
dinheiro.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
68. (Cespe – BACEN – 2013)
73. (Cespe – BACEN – 2013)
A reserva legal não deverá ser constituída
no exercício de X12. No balanço patrimonial de uma empresa
constituída no exercício de 2012, as aplica-
( ) Certo ( ) Errado ções de recursos em gastos pré-operacio-
nais são classificadas no ativo não circulan-
69. (Cespe – BACEN – 2013) te.
( ) Certo ( ) Errado
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Bacen (Técnico) – Contabilidade – Prof. Sílvio Sande
Gabarito: 61. Errado 62. Certo 63. Certo 64. Errado 65. Certo 66. Certo 67. Errado 68. Errado 69. Certo
70. Errado 71. Errado 72. Errado 73. Errado 74. Certo 75. Certo 76. Certo 77. Errado 78. Certo 79. Certo
80. Errado
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