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CIMATEC

CONTABILIDADE GERAL
CIMATEC

CONTABILIDADE GERAL

Salvador
2006
Copyright  2005 por SENAI –DR BA. Todos os direitos reservados.

Área Tecnológica de Gestão da Logística, Produção e Qualidade

Elaboração: Milton da Silva Cruz

Revisão Técnica: Roberto Oliveira Ribeiro, Adm.

Revisão Pedagógica: Ludmila Karla Souza Figueiredo

Normalização: Sueli Madalena Costa Negri

Catalogação na fonte (Núcleo de Informação Tecnológica – NIT)


________________________________________________________

SENAI – DR BA. Contabilidade geral. Salvador, 2006.


53p. il. (Rev.01)

1. Administração I. Título

CDD 657
________________________________________________________

SENAI CIMATEC
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Salvador – Bahia – Brasil
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Fax (71) 3462-9599
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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade e


produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de educação
profissional e superior, além de prestar serviços técnico e tecnológicos. Essas
atividades, com conteúdos tecnológicos, são direcionadas para indústrias nos diversos
segmento, através de programas de educação profissional, consultorias e informação
tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que desejam
profissionalizar-se visando inserir-se no mercado de trabalho.

Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional, e
apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que possibilita,
de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do conteúdo
apresentado no módulo.

O desenvolvimento da ciência, da administração moderna e as implicações


patrimoniais das novas relações entre as empresas globais, requerem um estudo mais
que aprofundado dos princípios da contabilidade, à vista da sua aplicabilidade.

Assim é que os profissionais da administração contábil devem se preocupar com o


desenvolvimento de novos conhecimentos que possam acompanhar e melhorar o
entendimento entre os diversos setores das organizações, agora de forma mais
integrada, e com aplicação de tecnologias de ponta. Estas têm como objetivo integrar
a apropriação dos lançamentos contábeis de forma transversal, agindo de forma
gerencial na administração dos orçamentos integrados até a feitura do Balanço
Patrimonial.

Desta forma, é preciso que os estudantes se debrucem sobre as técnicas de


apropriação de custos e receitas visando melhor elucidar e quantificar os números que
redundam das operações comerciais e industriais com objetivos fiscais, tributários e
societários. Este curso pretende introduzir os conceitos básicos, avaliar as várias
formas patrimoniais aplicáveis aos processos das organizações e discutir os métodos
de controle contábeis modernos dentro das tecnologias de informação.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO
1. Introdução.................................................................................................................6
CAPÍTULO I..................................................................................................................7
História da Contabilidade
CAPÍTULO II.................................................................................................................8
Conceito, Objeto, Campo de Aplicação, Finalidade, Técnicas Contábeis
CAPÍTULO III..............................................................................................................10
Patrimônio, Representação do Patrimônio, Azienda, Representação
Gráfica, Componentes Patrimoniais, Patrimônio Líquido, Estados
Patrimoniais, Receitas e Despesas, Equações Patrimoniais
CAPÍTULO IV..............................................................................................................18
Conceitos de Capital, Formas Jurídicas das Sociedades
CAPÍTULO V...............................................................................................................21
Princípios Fundamentais da Contabilidade
CAPÍTULO VI..............................................................................................................26
Plano de Contas, Fatos Contábeis, Escrituração
ANEXO I
Exercícios
1 – INTRODUÇÃO

O objetivo desta disciplina consiste em fornecer aos alunos os


conhecimentos básicos de Contabilidade, possibilitando o entendimento e
a aplicação dos conhecimentos relacionados ao estudo e gestão do
Patrimônio e da Administração Econômica das organizações, garantindo
eficiência empresarial dentro dos modernos conceitos de apuração dos
lucros ou prejuízos.
CAPÍTULO I

História da Contabilidade

1. Introdução

A Contabilidade, hoje estudada e praticada em bases científica e filosófica,


originou-se nos primórdios da civilização como uma atividade inicialmente voltada
para o simples registro de fatos (basicamente no sentido de controle). A
necessidade de tornar eficaz a utilização dos meios materiais fez com que os
dados registrados fossem transformados em informação útil, ferramenta
indispensável à tomada de decisão. Esta exigência decorreu da própria evolução
da estrutura sócio-econômica dos povos, e neste sentido é que se verificaram os
progressos dos métodos contábeis.

A utilização de técnicas contábeis primitivas remonta a mais de dez mil anos antes
da era cristã e o seu aperfeiçoamento se deu em função de influências
multiculturais. É fato, no entanto, que a bibliografia especializada, em particular
aquela dedicada à introdução ao ensino de Contabilidade, em sua maioria, pouco
discorre sobre os rudimentos históricos dessa ciência na antiguidade. Em
consequência, o meio acadêmico, em geral, está habituado a conhecer o
pensamento contábil a partir da apresentação do Método das Partidas Dobradas
(também conhecido como Método de Veneza), em 1494, em Veneza/Itália, por um
frei franciscano chamado Luca Pacioli.

Esta é a ciência especialmente concebida para selecionar, registrar, reduzir e


interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e
econômicas de qualquer entidade.
Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e controla o Patrimônio.
“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de
registro relativa à Administração Econômica”, conforme definição formulada no 1º
Congresso de Contabilidade realizado no Rio de Janeiro, em agosto de 1924.

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CAPÍTULO II

Conceitos Contábeis
2. Conceito

A contabilidade é a ciência especialmente concebida para selecionar, registrar,


reduzir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais,
financeiras e econômicas de qualquer entidade.
Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e controla o Patrimônio.
“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de
registro relativa à Administração Econômica”, conforme definição formulada no 1º
Congresso de Contabilidade realizado no Rio de Janeiro, em agosto de 1924.

a) Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa física


ou de uma entidade.
O Objetivo da contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração expositiva, a interpretação dos fatos
ocorridos, com a finalidade de oferecer informações sobre a sua composição e
suas variações, bom como sobre o resultado econômico e financeiro da gestão.
3. Objeto

Seu objeto de estudo é, pois, o Patrimônio, do qual é sua controladora, registrando


e acusando todas as ocorrências verificadas e informar sobre a sua constituição,
bem como sobre os resultados econômicos provenientes da administração da
riqueza patrimonial.

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4. Campo de Aplicação

O campo de aplicação da Contabilidade é o das entidades econômico-


administrativas.

Entidade é uma pessoa jurídica de direito público ou privado.

O controle e as informações fornecidas pela Contabilidade são imprescindíveis


para que as entidades alcancem seus objetivos econômicos, sociais, ou ambos ao
mesmo tempo.

5. Finalidade

A Contabilidade tem por finalidade examinar, fiscalizar e controlar o patrimônio de


uma determinada empresa, mediante registro e comentários dos fatos ocorridos.

A função econômica da Contabilidade é apurar o lucro ou prejuízo.

6. Técnicas Contábeis

Várias são as técnicas de que a Contabilidade se utiliza para atingir suas


finalidades. Entre elas, podemos destacar:
a) Escrituração
b) Demonstrações Contábeis
c) Auditoria
d) Análise de Balanços.

a) Escrituração é o instrumento que utilizamos para transcrever todos os


fatos ocorridos no Patrimônio.
b) Demonstrações Contábeis representam as demonstrações
expositivas dos fatos ocorridos no Patrimônio. As demonstrações
contábeis dividem-se em:

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 Estática Patrimonial, que compreende:
• Inventários, Balanço Patrimonial, Balanço Financeiro e
Balanço Orçamentário.
 Dinâmica Patrimonial, que compreende:
• Demonstração do Resultado do Exercício,
Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos,
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido,
dentre outras.
c) Auditoria é um conjunto de regras e processos, através dos quais os
auditores revisam as atividades operacionais de uma entidade,
examinando registros contábeis, demonstrativos, etc., a fim de
salvaguardar os interesses de todos os elementos envolvidos, direta
ou indiretamente, nas atividades empresariais.
d) Análise de Balanços é o instrumento utilizado para decompor,
comparar e interpretar as demonstrações contábeis.

CAPÍTULO III
1. Patrimônio

Conforme definimos em 1. a), representam bens, direitos e obrigações.

a) Bens são valores materiais de propriedade da empresa que estão em


sua posse: dinheiro e outros valores no cofre, máquinas,
equipamentos, ferramentas, mercadorias em estoque, veículos,
instalações físicas (imóveis), etc. Os bens classificam-se em:
 Numerários, representados por dinheiro em caixa ou em
bancos;
 de venda, representados por mercadorias destinadas a venda,
que constitui o objeto da empresa;
 de renda, representados pelas aplicações feitas pela empresa:
letras de câmbio, ações de outras empresas, ouro, dólar, etc.;

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 fixos, representados por imobilizações necessárias para
manter a atividade da empresa;
• Tangíveis: veículos, móveis, máquinas, edifícios, etc.;
• Intangíveis: macas e patentes, fundos de comércio,
direitos autorais, etc.
b) Direitos são os valores de propriedade da empresa que estão na
posse de terceiros: créditos a receber por vendas efetuadas a prazo.
Os direitos classificam-se em:
 Créditos de Funcionamento, decorrentes de vendas a prazo;
 Créditos de Financiamento, decorrentes de empréstimos
concedidos pela empresa em dinheiro.
c) Obrigações são os valores que estão na posse da empresa, mas que
são de propriedade de terceiros: empréstimos bancários, impostos a
pagar, contas a pagar a prazo, representando, portanto capitais
alheios, tais como:
 Débitos de Funcionamento, pelo fornecimento de mercadorias
e outras obrigações decorrentes de despesas ou aquisição de
bens
 Débitos de Financiamento, representados pelos empréstimos
contraídos em dinheiro e financiamento de bens.

2. Azienda

É um termo de origem italiana, que define: “um patrimônio sob as ações


administrativas do homem, que atua sobre ela, praticando atos de natureza
econômica”.
As aziendas são entidades econômico-administrativas, cuja existência é
reconhecida a partir de três elementos essenciais: o patrimônio, a administração e
o trabalho.

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3. Representação Gráfica

O patrimônio é representado por meio do Balanço

O Balanço é o demonstrativo contábil que tem por finalidade apresentar a situação


patrimonial da empresa em um dado momento.

É o demonstrativo que encerra a seqüência dos procedimentos contábeis,


apresentando de forma ordenada os três elementos componentes do patrimônio:

4. Componentes e Aspectos Patrimoniais


Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido (Situação Líquida).

Sob o aspecto contábil, o patrimônio, é composto do ativo e passivo.


Denominamos ativo, ao conjunto dos bens e direitos e passivo, ao conjunto
das obrigações.

BALANÇO
ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES

DIREITOS PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

5. Representação do patrimônio em valores:

6.1. Formação do patrimônio inicial de uma empresa pela entrega de R$ 2.000,00


pelos proprietários. Com esse dinheiro entregue pelos sócios ocorre o surgimento
de um bem que denominamos caixa, e de uma obrigação para com os sócios,
que denominamos capital.

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ATIVO PASSIVO
Caixa.............2.000,00 Capital ............2.000,00

2.000,00 2.000,00

6.2. Compra de uma máquina à vista, pelo preço de R$ 200,00. Com a aquisição
dessa máquina haverá apenas uma mudança na composição dos bens. O valor do
caixa diminui pela saída do dinheiro e surge o ativo a conta de máquinas.

ATIVO PASSIVO
Caixa................1.800,00 Capital
Máquinas.......... 200,00 ............2.000,00

2.000,00 2.000,00

6.3. Compra de mercadorias a prazo, no valor de R$ 40,00. Notamos aí o surgimento


de mais um bem, representado pelas mercadorias e de uma obrigação com
terceiros, no caso, fornecedores.

ATIVO PASSIVO
Caixa...............1.800,00 Fornecedores.... 40,00
Máquinas......... 200,00 Capital ............2.000,00
Mercadorias... .. 40,00

2.040,00 2.040,00

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Nos exemplos acima, notamos que os totais do ativo e passivo podem variar de valor,
mas serão sempre iguais entre si.

6. Patrimônio Líquido ( ou Situação Líquida)


Como vimos anteriormente, o passivo é formado pelas obrigações da empresa. Se
analisarmos o terceiro exemplo, antes apresentado, verificaremos que ele
apresenta dois tipos de obrigações, ou seja, as obrigações para com terceiros
(fornecedores), e as obrigações para com os sócios (capital). Estas últimas, são a
parte que realmente pertencem aos proprietários, a qual chamamos de situação
líquida ou ainda patrimônio líquido.

No quadro a seguir, apresentamos uma nova divisão do patrimônio, deixando


evidente a situação líquida:

ATIVO PASSIVO
Obrigações (para com terceiros)
Situação Líquida (obrigações
Bens + Direitos para com os sócios)

Como já vimos, o ativo é sempre igual ao passivo. Portanto a situação líquida é a


soma dos bens e direitos menos as obrigações para com terceiros.

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7. Situações Líquidas Típicas

A situação líquida de uma empresa, no decorrer de suas atividades, pode


apresentar três posições:

a. Situação Líquida Positiva: também chamada de favorável, ocorre quando


os bens e direitos superam as obrigações para com terceiros:

ATIVO PASSIVO
Bens + Direitos....300,00 Obrigações .............80,00
Situação Líquida ...220,00

300,00 300,00

b. Situação Líquida Negativa, ou desfavorável, ocorre quando as obrigações


para com terceiros superam a soma dos bens e direitos, também chamada
de passivo a descoberto:

ATIVO PASSIVO
Bens + Direitos....500,00 Obrigações ............550,00
Situação Líquida (-) 50,00

500,00 500,00

c. Situação Líquida Nula, ocorre quando os bens e direitos se igualam às


obrigações para com terceiros:

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ATIVO PASSIVO
Bens + Direitos....350,00 Obrigações............350,00
Situação Líquida ......0,00

350,00 350,00

RESUMO

I. Situação Líquida Positiva => bens e direitos maiores que obrigações


II. Situação Líquida negativa => bens e direitos menores que
obrigações
III. Situação Líquida nula => bens e direitos iguais a obrigações

8. Equação Fundamental do Patrimônio


Como já vimos, patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma
entidade. O patrimônio é representado graficamente pelo Balanço Patrimonial, e
podemos dizer que:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO

Desta equação surgem duas situações para a representação do Balanço


Patrimonial:

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ou

ATIVO + PATRIMONIO LÍQUIDO = PASSIVO

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9. Estados Patrimoniais : Representação Gráfica das Situações Patrimoniais

Considerando que a equação do Balanço é A – P = PL, o patrimônio apresenta


cinco estados patrimoniais:
 Quando A > P, resulta PL = 0, então A = P + PL
 Quando A > P, e P = 0 resulta PL = 0, então A = PL
 Quando A = P, resulta PL = 0 , então A = P
 Quando P > A, resulta PL < 0, então A + PL = 0
 Quando P > A e A = 0 resulta PL < 0, então PL = P

10. Receitas e Despesas

As receitas e despesas denominam-se Ganhos e Gastos. As receitas aumentam o


Patrimônio Líquido. Exemplos: recebimento de juros, lucro na venda de
mercadorias, descontos obtidos. Já as despesas, que são gastos necessários para
manter a atividade da empresa, diminuem o Patrimônio Líquido. Exemplos:
aluguéis, conduções, salários, etc.
Exemplo de lançamento : receita de aluguel no valor de R$ 100,00 que aumentará
o Ativo através do Caixa, e aumentará o Patrimônio Líquido pela receita.

ATIVO PASSIVO
Caixa................500,00 Patrimônio Líquido...500,00

500,00 500,00

ATIVO PASSIVO
Caixa................500,00 Patrimônio Líquido...500,00
Aluguéis...........100,00 +........100,00

600,00 600,00

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Exemplo de lançamento: pagamento de salários no valor de R$ 400,00 que
diminuirá o Ativo através do Caixa, e diminuirá o Patrimônio Líquido pela despesa.

ATIVO PASSIVO
Caixa................500,00 Patrimônio Líquido...500,00
Salários.........(-)400,00 Despesas..............(-)400,00

100,00 100,00

CAPÍTULO IV

1. Conceitos de Capital

Capital é a conta que registra o valor representativo do montante da


responsabilidade jurídica da formação da empresa.
É uma conta de PASSIVO, porque representa a ORIGEM, isto é, de onde
aparecem os valores de ATIVO (ou parte deles, quando há obrigações com
terceiros).
Se uma empresa tem todo o seu Capital representado por dinheiro, então ela terá
registrado por exemplo, na conta Caixa R$ 100 mil e o mesmo valor na conta
Capital.

 Capital Nominal é a conta onde registramos o valor do capital informado á


Junta Comercial no momento em que arquivamos o Contrato Social de uma
empresa. Corresponde ao montante do Capital Subscrito, e, por dedução, à
parcela ainda não deduzida.
 Capital Subscrito indica o valor do capital pelo qual os sócios se obrigam no
ato da assinatura do Contrato Social.
 Capital Integralizado é o cumprimento do contrato firmado pelos sócios,
fornecendo dinheiro ou outros bens à empresa.

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 Capital Próprio corresponde ao confronto de valores que representam o
recurso natural da empresa ou seja, o capital inicial mais as suas variações
(positivas ou negativas). No Balanço Patrimonial, é representado pelo
Patrimônio Líquido.

 Capital de Terceiros ou Capital Alheio corresponde aos investimentos feitos


na empresa com recursos de terceiros.

2. Formas Jurídicas das Sociedades

Sociedade “é um conjunto consensual pelo qual, pessoas se obrigam a reunir


esforços ou recursos para a consecução de um fim comum”.
As formas jurídicas das sociedades se dividem em dois grupos:
a. Reconhecidas pelo Código Comercial Brasileiro:
i. Comandita Simples
ii. Nome Coletivo
iii. Capital e Indústria
iv. Conta de Participação
b. Reguladas por Leis Especiais
i. Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada Dec. n.º
3.708/1919;
ii. Sociedade por Ações, Lei n.º 6.404/1976
1. Anônimas
2. Comandita por Ações

Transcrição do Código Comercial Brasileiro:

Sociedades em Comandita Simples. Art. 311. Quando duas ou mais pessoas, sendo ao
menos uma comerciante, se associam para fim comercial, obrigam-se uns como sócios
solidariamente responsáveis, e sendo outros simples prestadores de capitais, com a
condição de não serem obrigados além dos fundos que forem declarados no contrato,

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essa associação tem natureza em comandita. Se houver mais de um sócio
solidariamente responsável, ou seja muitos os encarregados da gerência ou um só, a
sociedade será ao mesmo tempo em nome coletivo para estes, e em comandita para os
sócios prestadores de capital.

Sociedade em Nome Coletivo. Art 315. Existe sociedade em nome coletivo ou com firma,
quando duas ou mais pessoas, ainda que algumas não sejam comerciantes, se unem
para comerciar em comum, debaixo de uma firma social. Não podem fazer parte da firma
social nomes de pessoas que não sejam sócios comerciantes.

Sociedade de Capital e Indústria. Art. 317. Aquela que se contrai entre pessoas, que
entram por uma parte com os fundos necessários para uma negociação comercial em
geral, ou para alguma operação mercantil em particular e por outra parte com a sua
indústria somente. O sócio da indústria não pode, salvo convenção em contrario,
empregar-se em operação alguma comercial estranha à sociedade, sob pena de ser
privado dos seus lucros e excluído desta.

Sociedade em Conta de Participação. Art. 325. Quando duas ou mais pessoas, sendo
ao menos uma comerciante, se reunirem, sem firma social, para lucro comum, em uma ou
mais operações de comércio determinadas, trabalhando um, alguns ou todos, em seu
nome individual para o fim social, a associação toma o nome de sociedade em conta de
participação, acidental, momentânea ou anônima; esta sociedade não está sujeita às
formalidades prescritas para a formação de outras sociedades, e pode provar-se por todo
o gênero de provas admitidas nos contratos sociais (Art. 22).

Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada. Decreto n.º 3.708/1919. Regula


a constituição de sociedades por quotas de responsabilidade limitada. Art. 1º . Além das
sociedades a que se referem os arts. 295, 311, 315 e 317 do Código Comercial, poderão
constituir-se sociedades por quotas de responsabilidade limitada.
Sociedades por Ações. Lei n.º 6.404/1976. Art. 1º. A companhia ou sociedade anônima
terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será
limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

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7. Incorporação, Cisão e Fusão

Transcrição de artigos da Lei n.º 6.404/76

Incorporação
Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.

Fusão
Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

Cisão
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas de seu
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou
dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.

CAPÍTULO V

1. Princípios Fundamentais de Contabilidade


Resolução CFC n.º 750/93 de 29/12/93

Art. 4º. O Princípio da Entidade, reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e


afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou uma instituição de qualquer natureza
ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nessa acepção, o patrimônio
não se confunde com aquele dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.

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Parágrafo Único – O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil dos patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade,
mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Art. 6º. O Princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à


integridade do registro do patrimônio e de suas mutações, determinando que este seja
feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as
originaram.
Parágrafo Único – Como resultado da observância do Princípio da Oportunidade:
i. Desse que tecnicamente estimável, o registro das suas variações patrimoniais
deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua
ocorrência;
ii. O registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os
aspectos físicos e monetários;
iii. O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado, base necessária
para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.

Art.7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original – Os componentes do patrimônio


devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior,
expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou
decomposições no interior da ENTIDADE.

Parágrafo Único – Do princípio do Registro pelo Valor Original resulta:


I. A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de
entrada, considerando-se como totais os resultantes do consenso com os agentes
externos ou da imposição destes;
II. uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter
alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua decomposição
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos
patrimoniais;

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III. o valor original será mentido enquanto o componente permanecer como parte do
patrimônio, inclusive quando da saída deste;
IV. os princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original, são
compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e
mantém atualizado o valor de entrada;
V. o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

Art. 8º . O Princípio da Atualização Monetária – Resolução CFC n.º 900/01 de


22/03/2001 – Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser
reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos
valores dos componentes patrimoniais.

Parágrafo Único – São resultantes da adoção do Princípio da Atualização Monetária:


I. a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa
unidade constante em termos de poder aquisitivo;
II. para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações (art.
7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que
permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais
e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido;
III. a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão somente, o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de
indexadores, u outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da
moeda nacional em um dado período.

Art. 9º. O Princípio da Competência – As receitas e despesas devem ser incluídas na


apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando
se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

§ 1º. O Princípio determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em


aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido, estabelecendo diretrizes para classificação
das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade.

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§ 2º. O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é
conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

§ 3º . As receitas consideram-se realizadas:


I. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem,
compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens
anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta
prestados;
II. quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem
o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III. pela geração natural de novos ativos, independentemente de intervenção de
terceiros;
IV. no recebimento efetivo de doações e subvenções;

§ 4º . Consideram-se incorridas as despesas:


I. quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua
propriedade para terceiro;
II. pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
III. pelo surgimento de um passivo.

Art. 10º - O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO, e do maior valor para os do PASSIVO, sempre que se
apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.

§ 1º . O Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor


patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade;
§ 2º . Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da Prudência somente se aplica às
mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do
Princípio da Competência.

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§ 3º . A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para definição dos
valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvam
incertezas de grau variável.

Art. 11º - A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, constitui


infração nas alíneas “c”, “d”, e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295 de 27 de maio de
1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista.

Art. 12º - Revogada a Resolução CFC nº 530/81, esta Resolução entra em vigor a partir
de 1º de janeiro de 1994.

Brasília, 29 de dezembro de 1993


Ivan Carlos Gatti
Presidente.

Resolução Nº 900/01 de 22 de março de 2001


Dispõe sobre a aplicação do Princípio da Atualização Monetária.

O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e


regimentais;
CONSIDERANDO...RESOLVE:

Art. 1º - A aplicação do Princípio da Atualização Monetária é compulsória quando a


inflação acumulada no triênio for de 100% ou mais.

Parágrafo Único – A inflação acumulada será calculada com base no Índice Geral de
Preços do Mercado (IGPM), apurado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas, por
sua aceitação geral e reconhecimento por organismos nacionais e internacionais.

Art. 2º - A aplicação compulsória do Princípio da Atualização Monetária deve ser


amplamente divulgada nas notas explicativas às demonstrações contábeis.

25
Art. 3º - Quando a taxa inflacionária acumulada no triênio for inferior a 100%, a aplicação
do Princípio da Atualização Monetária somente poderá ocorrer em demonstrações
contábeis de natureza complementar às demonstrações de natureza corrente, derivadas
da escrituração contábil regular.

§ 1º - No caso da existência das ditas demonstrações complementares, a atualização


deverá ser evidenciada nas respectivas notas explicativas, incluindo a indicação da taxa
inflacionária empregada.

§ 2º - A Atualização Monetária, neste caso, não originará nenhum registro contábil.

Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

José Serafim Abrantes


Presidente do Conselho
Publicado no D.O.I. em 03.04.2001

CAPÍTULO VI

1. PLANO DE CONTAS

Plano de Contas é o elenco sistemático e metodizado de todas as contas movimentadas


por uma empresa. Cada empresa deve ter o seu próprio Plano de Contas, de acordo com
suas características próprias.
Para a elaboração do Plano de Contas, que servirá como instrumento de orientação e
base para o registro das operações contábeis, observar-se-á o seguinte critério:

a. reunir em uma só conta todos os elementos da mesma natureza;


b. utilizar nomes de contas que identifiquem claramente os elementos
representados;

26
c. obedecer ao critério de liquidez, para ordenar as contas do Ativo. As contas
que representam dinheiro, ou mais facilmente transformáveis em dinheiro,
vêm em primeiro lugar, seguidas das demais, na ordem decrescente de
conversibilidade;
d. as contas retificadoras do ativo devem constar do mesmo grupo das contas
retificadas;
e. as contas do passivo devem ser dispostas na ordem decrescente de
exigibilidade. Primeiramente vêm aquelas que representam obrigações, cujo
pagamento tem prioridade;
f. as contas de Capital a Integralizar, Prejuízos Acumulados e Ações em
Tesouraria, devem constar do grupo do Patrimônio Líquido;
g. as contas devem ser reunidas em grupos que definam claramente
características comuns aos elementos do mesmo grupo;
h. as contas de despesas devem constar de grupos que identifiquem os
encargos dos setores da empresa ou natureza departamental;
i. o plano deve possuir contas em número suficiente para registrar todos os
fatos contábeis, sem, no entanto, estender-se em minúcias desnecessárias;
j. as despesas e receitas não-operacionais devem constar de grupos distintos
das despesas e receitas operacionais, ou seja aquelas decorrentes da
atividade objeto da empresa.

O Plano de Contas deve obedecer à seguinte distribuição das contas por grupos e
subgrupos

1. ATIVO
1.1. ATIVO CIRCULANTE
1.1.1. Disponível – representam as exigências monetárias da empresa
1.1.2. Créditos - representam direitos que empresa pode reclamar de terceiros,
com vencimento até o final do exercício seguinte.
1.1.3. Estoques – representam bens destinados à comercialização ou à
industrialização.

27
1.1.4. Despesas Diferidas – despesas a serem apropriadas no exercício seguinte.
1.2. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – representam direitos vencíveis após o
exercício seguinte, e as contas que representam débitos de sócios, não
decorrentes da atividade objeto da empresa.
1.3. ATIVO PERMANENTE
1.3.1. Investimentos – representam participações permanentes em outras
empresas.
1.3.2. Imobilizado – representam os bens materiais e imateriais da empresa.
1.3.3. Diferido – representam despesas de mais de um exercício social.
2. PASSIVO
2.1. PASSIVO CIRCULANTE – representam obrigações da empresa, vencíveis até o
final do exercício seguinte.
2.1.1. Exigível a Longo Prazo – representam obrigações vencíveis após o
término do exercício social seguinte.
2.1.2. Resultados de Exercícios Futuros – representam receitas pertencentes a
exercícios futuros.
3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3.1. Capital Social – conta que representa o Capital subscrito pelos sócios.
3.2. Reservas – contas originadas de correção monetária do Capital ou decorrentes
do resultado do exercício.
3.3. Lucros ou Prejuízos Acumulados – contas que representam os lucros ou
prejuízos, ainda não distribuídos ou suportados pelos sócios.
4. CONTAS DE RESULTADO
4.1. Despesas – contas que representam as variações negativas do Patrimônio
Líquido.
4.2. Receitas – contas que representam as variações positivas do Patrimônio Líquido.

2. CONTEÚDO, CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DAS CONTAS QUE INTEGRAM O


PLANO DE CONTAS. (vide ANEXO I). pág. 15 a 19.

28
3. FATOS E LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
O Ato Administrativo é a ação praticada pela administração e que NÃO afeta o seu
patrimônio. Exemplos: Contrato de Compra, Venda, Seguros etc.
Os Fatos Administrativos são denominados de Fatos Contábeis, e se caracterizam pelas
modificações nos elementos do Patrimônio, sendo contabilizados através das Contas
Patrimoniais ou das Contas de Resultado.
Os Fatos Contábeis se classificam em:

a) Permutativos, qualitativos ou compensatórios são aqueles que


modificam o patrimônio apenas nos seus componentes isto é, apenas
qualitativamente, sem alterar a situação líquida da empresa;
b) Modificativos ou quantitativos são os que modificam o patrimônio
quantitativamente, alterando a situação líquida, e pode ser :
modificativo diminutivo ou modificativo aumentativo.
c) Mistos, porque combinam ao mesmo tempo um fato permutativo e um
fato modificativo.

Exemplificando esses fatos, numa empresa que tem situação inicial com um capital de
R$ 2.000,00 :

ATIVO PASSIVO
Caixa.............2.000,00 Capital ............2.000,00

2.000,00 2.000,00

Fato Permutativo : compra à vista de uma máquina por R$ 500,00.

29
ATIVO PASSIVO
Caixa.............1.500,00 Capital ................2.000,00
Máquinas....... 500,00

2.000,00 2.000,00

Fato Modificativo Diminutivo: pagamento de uma conta de luz no valor de R$ 50,00

ATIVO PASSIVO
Caixa.............1.950,00 Capital ............2.000,00
Despesas...(-)......50,00

1.950,00 1.950,00

Fato Modificativo Aumentativo: recebimento de aluguéis no valor de R$ 100,00

ATIVO PASSIVO
Caixa.............2.000,00 Capital ............2.000,00
Aluguéis............100,00 Receita..............100,00

2.100,00 2.100,00

Fato Misto Diminutivo: pagamento de duplicata (compra de máquina no valor de R$


50,00) no valor de R$ 20,00 e mais juro de mora de R$ R$ 1,00

30
Situação 1
ATIVO PASSIVO
Caixa.............2.000,00 Fornecedores.......50,00
Máquinas............50,00 Capital ............2.000,00

2.050,00 2.050,00

Situação 2
ATIVO PASSIVO
Caixa.............2.000,00 Fornecedores.......30,00
Duplicata....(-).....20,00 Despesas......(-).....1,00
Juros..........(-)........1,00 Capital ............2.000,00
......................1.979,00
Máquinas............50,00

2.029,00 2.029,00

Fato Misto Aumentativo: recebimento de duplicata no valor de R$ 10,00 com juros de


mora de R$ 2,00. Direitos de clientes no valor de R$ 100,00.

Situação 1
ATIVO PASSIVO
Caixa.............1.900,00 Capital
Clientes............100,00 ............2.000,00

2.000,00 2.000,00

31
Situação 2
ATIVO PASSIVO
Caixa.............1.912,00 Receitas................2,00
Duplicata....(-).....90,00 Capital ............2.000,00
......................2.002,00

2.002,00 2.002,00

4. ESCRITURAÇÃO: Conceito e Métodos. Lançamento Contábil, Rotinas e Fórmulas,


Processos de Escrituração.

• Conceito de Escrituração

Escrituração é o registro do fato contábil, conforme está expresso na Lei n.º 6.404/76 no
ser artigo 177:

“A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência


aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos seus princípios de contabilidade
geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo
e registrar mutações patrimoniais segundo o regime de competência”.

A finalidade do lançamento contábil é o registro de um fato contábil. Ao conjunto de


lançamentos denominamos ESCRITURAÇÃO.

MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO

Como podemos observar, os fatos contábeis provocam aumentos e diminuições nas


contas. Para melhor entender este mecanismo, vamos retornar à equação contábil:
ATIVO = PASSIVO

32
Ora, se sempre haverá igualdade entre o Ativo e o Passivo, podemos também afirmar
que :
ATIVO – PASSIVO = ZERO
Ou dizer que:
+ ATIVO – PASSIVO = ZERO
Isto nos autoriza a concluir que o Ativo é o lado dos componentes positivos do
patrimônio e o Passivo, o lado dos componentes negativos. Veja o exemplo:

Balanço Patrimonial
Ativo ( usos/aplicações) Passivo ( fontes/origens)
Caixa R$ 7.000,00 Contas a pagar R$ 3.000,00
Capital R$ 4.000,00
Total R$ 7.000,00 Total R$ 7.000,00

Sendo o Ativo o lado positivo do patrimônio, as suas contas são positivas, isto é, os seus
saldos são sempre positivos ( saldos devedores).
As contas do Passivo, por sua vez são negativas, isto é, seus saldos são sempre
negativos ( credores).
Qualquer conta, seja do Ativo ou do Passivo, seja de despesa ou de receita, pode ter seu
saldo aumentado ou diminuído, conforme determinar o fato contábil. Desse modo:

Um aumento no Ativo tem o significado positivo – aumentam os bens e direitos –

Um aumento no Passivo tem o significado negativo – aumentam as dívidas e as


obrigações –

Uma diminuição no Ativo tem o significado negativo – diminuem os bens e os direitos –

Uma diminuição no Passivo tem um significado positivo – diminuem as dívidas e as


obrigações - .

33
Desse modo, a teoria matemática da contabilidade (a qual prova que a todo débito
corresponde um crédito de igual valor), tem que os saldos das contas de Ativo e de
Despesas são sempre positivos, qualquer valor a eles atribuído deve ser simplesmente
somado “+” ou subtraído “-“ , conforme indique respectivamente aumento ou diminuição
de bens, direitos ou despesas.
Por sua vez as contas de Passivo e de Receita, são sempre positivas, isto é, se o valor
representar aumento de obrigações, Patrimônio Líquido ou Receitas, usamos o sinal “-“
para os aumentos de saldos, e o sinal “+” para as diminuições de saldo.
Portanto, a movimentação que os fatos contábeis provocam nas contas, aumentando ou
diminuindo seus saldos, podem ser assim representadas:

• Ativo e Despesas
o Aplicação de Recursos
o Saldos Positivos +
o Movimentação:
 Aumentos +
 Diminuições –

• Passivo e Receita
o Fonte de Recursos
o Saldos Negativos –
o Movimentação:
 Aumentos –
 Diminuições +

Conclusão: O mecanismo de débito e crédito é uma questão de causa e efeito.


Qualquer fato contábil altera a situação em dois pontos do patrimônio, conforme
vimos nos exemplos dos fatos Permutativos, Modificativos e Mistos.

34
O lançamento contábil é composto das seguintes partes:

a) DATA em que ocorreu o fato contábil


b) CONTA DEVEDORA é a conta em que foram aplicados os recursos
c) CONTA CREDORA e a conta que deu origem aos recursos
d) HISTÓRICO é descrição
e) VALOR é a quantia movimentada pelo fato contábil

Convencionou-se em Contabilidade que a conta credora será identificada pela colocação,


diante dela, da letra “a”

Por exemplo: compra de mercadorias à vista por R$ 3.000,00

a) Salvador, 07/03/2003
b) Mercadorias
c) a Caixa
d) compra a vista conforme Nota Fiscal nº 4538
e) R$ 3.000,00

2) Métodos de Escrituração
a) Método das Partidas Dobradas
Ao registrar os fatos contábeis, o método das partidas dobradas fundamenta-se no
seguinte princípio: a cada débito sempre corresponde um crédito de igual valor. No
registro de um fato administrativo, haverá sempre duas contas movimentadas: uma é
debitada ( aplicação de recursos) e a outra é creditada ( origem de recursos). Estas
contas terão sempre o mesmo valor, pois é o que caracteriza o método das partidas
dobradas.

b) Método das Partidas Simples

35
É unilateral. Registra apenas a causa ou efeito do fenômeno patrimonial.

3) Lançamento Contábil : Rotina e Fórmulas


a) Livro Diário
O Diário é o livro principal das empresas, onde são registrados todos os acontecimentos
que alteram o patrimônio.

Formalidades intrínsecas:
a) estar escriturado sem rasuras
b) não conter emendas ou borrões
c) não conter linhas em branco
d) não conter dados nas entrelinhas ou margens
e) observar a ordem cronológica dos fatos
f) seguir o métodos das partidas dobradas
g) escriturar em moeda e idioma nacionais

Formalidades extrínsecas:
h) termo de abertura e encerramento lavrados;
i) registro nos órgãos competentes – Juntas comerciais ou cartórios;
j) ter suas folhas numeradas tipograficamente;

4) Livro Razão

Passou a ser obrigatório através da Lei nº 8.218 de 29/08/91, artigo 4º, e é


constituído por fichas ou listagens de computador, onde se obtém os balancetes
mensais de verificação.

a) A Conta “T” (Razonete)

O Razonete denominado Conta em T é uma simplificação da ficha ou folha de


Razão, que tem finalidade didática.

36
No controle da conta deve ser obedecido o seguinte critério:

DÉBITOS CRÉDITOS

O saldo apurado é encontrado através da soma dos valores lançados a crédito.


Através desta diferença encontramos o saldo da conta, que será devedor ou
credor. Como por exemplo, utilizaremos duas contas: Caixa e Bancos c/
Movimento.

Lançamentos:
Item Histórico Valores
00 Saldo anterior R$ 5.000,00
01 Depósito Bancário

D – Bancos c/ Movimento R$ 3.000,00

C - Caixa R$ 3.000,00 R$ 3.000,00


02 Saque de dinheiro do Banco para reforço de
Caixa
R$ 1.000,00
D – Caixa
R$ 1.000,00
C – Bancos c/ Movimento
03 Depósito Bancário

D – Bancos c/ Movimento R$ 1.500,00

C - Caixa R$ 1.500,00

37
Lançamentos das contas “T”

CAIXA
D C

Saldo 5.000, (1) 3.000,


(2) 1.000, (3) 1.500,
Soma 6.000, Soma 4.500,

Saldo 1.500,

BANCOS
D C

(1) 3.000, (2) 1.000,


(3) 1.500,
Soma 4.500, Soma 1.000,

Saldo 3.500,

As contas do Ativo ( Bens e Direitos) têm seu aumento através dos valores lançados a
débito e a diminuição dos valores lançados a crédito.

Quanto às contas do Passivo ( Obrigações) têm seu aumento através dos valores
lançados a crédito e a diminuição dos valores lançados a débito.

As contas de despesas são registradas a débito e as receitas a crédito até o


encerramento do Resultado, quando os saldos dessas contas são transferidos para a
conta “Resultado”.

O livro “Razão”é escriturado à vista no Diário, por transcrição dos lançamentos feitos no
Diário. Compreende-se então que o Razão só pode conter os registros feitos no Diário.

38
Em outras palavras, nenhum registro se fará diretamente no Razão, sem que antes tenha
sido escriturado no Diário.

b) Fórmulas de Lançamento no Livro Diário

No lançamento de um fato contábil sempre teremos uma conta debitada e outra creditada.
Todavia, ao fazermos o lançamento de algum fato contábil, podemos perceber que é
necessário debitá-lo ou creditá-lo em mais de uma conta, daí a necessidade das fórmulas
de lançamento, que são em número de quatro, a saber:

PRIMEIRA FÓRMULA:

Aplica-se ao lançamento em que há uma conta debitada e uma conta creditada.

Exemplo: compra à vista de mercadorias no valor de R$ 3.000,00: Debite à conta


Mercadorias e credite a conta Caixa.

SEGUNDA FÓRMULA:

Esta fórmula é usada quando temos uma conta debitada e duas ou mais contas
creditadas. Neste caso é usada a expressão “Diversos” antes das contas a serem
creditadas.

Exemplo: compra de mercadorias por R$ 20.000,00 sendo 50% à vista e 50% a


prazo:Debite à Conta Mercadorias R$ 10.000,00; credite à conta Caixa R$ 10.000,00 pelo
pagamento à vista, e credite à conta Fornecedores R$ 10.000,00 pelo saldo a pagar.

TERCEIRA FÓRMULA:
Esta conta é usada quando temos duas ou mais contas debitadas e uma conta creditada.
Neste caso, é também usada a expressão “Diversos”, no lugar das contas debitadas, as
quais serão colocadas após a conta creditada.

39
Exemplo: pagamento de duplicata de R$ 2.000,00 com juros de 10%: Diversos a Caixa,
Fornecedores R$ 2.000,00, Juros Pagos R$ 200,00.

QUARTA FÓRMULA

Esta fórmula é usada quando temos duas ou mais contas debitadas e duas ou mais
contas creditadas. Neste caso usamos “Diversos” antes das contas debitadas e
creditadas.

Exemplo: compra a um mesmo fornecedor, de uma máquina por R$ 5.000,00,


mercadorias por R$ 2.000,00, pagando R$ 4.000,00 à vista e R$ 3.000,00 a prazo.

Diversos a Diversos: Mercadorias R$ 2.00,00, Máquinas R$ 5.000,00, a Caixa R$


4.000,00 a Fornecedores R$ 3.000,00.

Os lançamentos são feitos no livro Diário, que não pode conter rasuras, emendas ou
entrelinhas. Para a correção de erros, usamos estorno, que consiste em lançamento
inverso àquele feito erroneamente.

5) Processos de Escrituração

Vários são os processo utilizados na escrituração contábil.

a) Manual

Utiliza-se de livros Diário, Razão, Caixa e Contas-Correntes com papel pautado;

b) Datilografado

Processo semelhante ao manual, com a utilização da máquina de excrever;

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c) Maquinizado

Processo conhecido mundialmente como Front-Feed, onde os lançamentos são feitos


diretamente nas fichas de Razão, e por decalque carbonado, automaticamente no Diário.
A folha do Diário, presa ao cilindro da máquina vai recebendo os lançamentos à medida
em que cada ficha de Razão é lançada.

d) Mecanizado

Trata-se de sistema idêntico ao maquinizado, porém nele as máquinas são apropriadas,


com somadores que fornecem automaticamente o saldo das contas e também o total dos
lançamentos no Diário (débitos e créditos).

e) Sistemas Eletrônicos

Algumas máquinas de contabilidade, em lugar de serem dotadas de componentes


mecânicos, estão sendo fabricadas com circuitos impressos, transistores, passando a
funcionar eletronicamente, como já observamos nas máquinas de calcular.
Dentro dessa mesma linha, já estão sendo utilizados os computadores, para a execução
desse trabalho de contabilidade. O Diário e o Razão são constituídos de listagens,
emitidas pelas impressoras ligadas aos equipamentos que efetuam a computação dos
dados.

41
ANEXO I
EXERCÍCIOS

1. A Contabilidade é:
a) Uma ciência de aplicação a outros ramos da atividade humana;
b) Uma forma de atender às obrigações impostas pelo Estado;
c) Uma metodologia especialmente concedida para captar, registrar e
interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais;
d) Um conjunto de métodos e de elementos que permitem as entidades
econômicas o desenvolvimento de suas atividades e a consecução dos fins
que lhe são impostos.
2. O campo de aplicação da contabilidade :
a) Circunscreve-se às pessoas e entidades que desempenham atividades
econômicas de conteúdo, que tenham finalidade de lucro ou não;
b) Restringe às entidades que se dedicam à produção de bens e serviços com
finalidade de lucro atribuíveis às próprias entidades ou a outros
interessados;
c) Amplia-se para outros planos de atuação do homem no universo, incluindo
as áreas das Ciências Biológicas e das Ciências Sociais;
d) Cinge-se aos fenômenos de conteúdo econômico e financeiro sem levar em
conta as repercussões nas vidas das pessoas e entidades.
3. De acordo com a corrente doutrinária hoje dominante, o objeto e o campo de
aplicação da contabilidade são respectivamente:
a) O critério e as obrigações;
b) O patrimônio e a azienda;
c) As contas de uma azienda e o seu patrimônio;
d) O controle dos valores patrimoniais nas administração financeira das
empresas.
4. De todas as mais importantes finalidades da Contabilidade, ressalte-se,
modernamente a de:
a) Servir de base para a apuração e a tributação do imposto de renda;
b) Possibilitar o cumprimento das exigências da legislação comercial;

42
c) De ter conseguido um refinamento de linguagem e nos procedimentos
adotados;
d) Constituir instrumento essencial nas funções de planejamento e controle
para empresa.
5. A Contabilidade registra:
a) Os fenômenos econômicos e não econômicos que afetam o patrimônio das
aziendas provocados, consentidos ou não, pela administração;
b) Os fenômenos econômicos que afetam o patrimônio das aziendas
provocados/consentidos ou não pela administração;
c) Os fenômenos aconômicos e não econômicos que afetam o patrimônio das
aziendas provocados/consentidos pela administração;
6. A escolha dos procedimentos contábeis depende:
a) Da perspicácia do profissional;
b) Das preferências dos administradores por determinados fornecedores;
c) Do custo do produto principal da empresa;
d) Do volume e da complexidade das informações processadas;
7. Pertencendo ao grupo das ciências econômicas e administrativas, Contabilidade é
assim conceituada:
a) Registro das ocorrências que afetam o patrimônio de uma entidade segundo
normas específicas, em livros exigidos tanto pela técnica como pela
legislação comercial e fiscal;
b) Estudos de natureza de entidade, verificação do tipo de transações e
planejamento da maneira pela qual estas deverão ser registradas,
sintetizadas e evidenciadas;
c) Técnica que consiste na decomposição, comparação e interpretação dos
demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico de uma
entidade;
d) Estudos e controle do patrimônio das entidades, para composição de suas
variações e sobre o resultado econômico decorrente da administração da
riqueza patrimonial.
8. A seguir são apresentadas quatro afirmações sobre as funções da Contabilidade.
Qual dentre elas não está correta?

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a) A função pela qual a Contabilidade apura o lucro ou o prejuízo é a
econômica;
b) Contribuir para evitar erros ou fraudes é a parte da função administrativa da
contabilidade;
c) A função econômica da contabilidade é verificar a verdade das operações,
dos documentos e das contas;
d) Administrativamente, a função da contabilidade é controlar o patrimônio.
9. Todos os seguintes são componentes da função fundamental da contabilidade,
exceto:
a) Fixar o estado efetivo de um conjunto da riqueza vinculado a determinada
entidade;
b) Descobrir e destacar erros e fraudes que envolvem o patrimônio;
c) Observar e anotar as mutações ocorridas na riqueza patrimonial;
d) Demonstrar as causas das variações específicas e quantitativas do
patrimônio.
10. O campo de aplicação da Contabilidade é o das entidades econômico-
administrativas, que compreende:
a) As entidades sociais e econômico-sociais;
b) Apenas as entidades econômicas;
c) As entidades sociais, econômicas e econômico-sociais;
d) Apenas as entidades econômicas e econômico-sociais.
11. A Contabilidade registra:
a) As entradas e saídas em dinheiro;
b) Os bens, direitos, obrigações e variações nelas contidas, quando vinculada
a uma pessoa ou entidade;
c) Apenas a situação líquida, quando ela, está vinculada à pessoa ou entidade;
d) Somente aos fatos que ocorrem numa empresa
12. A Cia. Brasileira de Saneamento adquiriu um prédio no valor de R$ 500.000,00, e
registrou na contabilidade pelo mesmo valor. A diretoria da empresa perguntou ao
Contador porque não o fez pelo valor de R$ 2.000,000,00. Neste caso o Contador
baseou-se em que princípio?

44
a) Continuidade;
b) Denominador monetário;
c) Entidade;
d) Custo histórico com base de valor.
Para responder as questões a seguir, observe o balancete da Companhia Salvador
Manufatura Ltda em 31/12/2002.
BALANCETE
Encargos sociais a pagar R$ 180.000,00
Máquinas e equipamentos R$ 240.000,00
Empréstimos a pagar R$ 160.000,00
Dinheiro em bancos R$ 120.000,00
Contas a pagar R$ 40.000,00
Duplicatas a receber R$ 97.800,00
Estoque de mercadorias R$ 182.200,00
Terrenos R$ 1.600.000,00
Fornecedores R$ 240.000,00

13. Qual o valor total de bens?


a) R$ 1.960.000,00
b) R$ 1.902.200,00
c) R$ 2.022.200,00
d) R$ 2.142.200,00
e) R$ 1.720.000,00
14. Qual o total de obrigações?
a) R$ 580.000,00
b) R$ 460.000,00
c) R$ 380.000,00
d) R$ 440.000,00
e) R$ 620.000,00

45
15. Qual o Patrimônio Líquido?
a) R$ 1.502.200,00
b) R$ 1.502.000,00
c) R$ 1.620.000,00
d) R$ 1.402.200,00
e) R$ 1.522.200,00
16. Marque a afirmativa incorreta:
a) A situação líquida é a diferença entre a expressão monetária do ativo e do
passivo;
b) Se o ativo é maior que o passivo, a diferença chama-se lucro
c) O Balanço Patrimonial é a representação gráfica do patrimônio de uma
entidade num determinado momento;
d) Uma entidade que possua bens e direitos mas não responde por dívidas,
encontra-se na situação de ter passivo nulo e patrimônio líquido igual ao
ativo;
e) Quando uma empresa tem situação líquida negativa o passivo é maior do
que o ativo.

17. São equivalentes as seguintes equações, referentes à situação líquida patrimonial:


a) A – P = SL
b) A = P – SL
c) A + P = SL
d) A = P + SL
i. d e b são equivalentes
ii. a e c são equivalentes
iii. a e d são equivalentes
iv. b e c são equivalentes
v. d e c são equivalentes
18. Indique nas situações a seguir, quando elas representam : 1) Capital Nominal, 2)
Capital Próprio, 3) Capital de Terceiros, 4) Capital à disposição da empresa, 5)
Capital a Integralizar:

46
a) Representa o conjunto dos valores disponíveis pela empresa em um dado
momento. É reapresentado pelo capital inicial mais as variações posteriores
e os recursos de terceiros em poder da empresa;
b) É o investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa. É
registrado pela contabilidade numa conta específica. Só será alterado
quando os proprietários realizarem investimentos adicionais ou
desinvestimentos.
c) Corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos
provenientes de terceiros e representado pela conta CREDORES ou outra
conta equivalente.
d) Abrange o capital inicial e as suas variações. Corresponde ao conceito de
patrimônio líquido ou situação líquida, aparecendo na contabilidade,
geralmente, em contas distintas: Capital, Lucros Acumulados, Reservas,
etc..

COMPLETE AS LACUNAS NOS TEXTOS A SEGUIR

19. O conceito de contabilidade diz que ela é uma ciência que estuda e participa as
funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos da administração
econômica
20. Porque representa uma soma de conhecimentos práticos que se podem reduzir a
regras e preceitos é que a contabilidade pode ser definida como uma ciência
21. A Contabilidade alcança as suas finalidades de orientação, controle e registro,
através da orientação que presta aos administradores das empresas, sobre as
alterações ocorridas no patrimônio.
22. Os registros efetuados na contabilidade, em livros próprios, das alterações sofridas
pelo patrimônio, são chamados de escrituração
23. O estudo, o registro, e o controle do patrimônio, representa o objetivo da
Contabilidade.
24. O campo de atuação da Contabilidade é o das entidades.

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25. As entidades com fins lucrativos, são chamadas de empresas e aquelas que são
criadas sem objetivos de lucro são chamadas de instituições
26. Além do administrador do patrimônio do patrimônio, quem mais se interessa sobre
a situação econômica e financeira, de determinada entidade são os sócios e as
autoridades fiscais.
27. Além de atender a obrigatoriedade legal, a Contabilidade serve para orientar os
gestores da massa patrimonial do caminho que a entidade está tomando através
de sua orientação.
28. Modernamente, a Contabilidade é um poderoso instrumento ao administrador do
patrimônio para a tomada de decisões

INDIQUE Q ALTERNATIVA CORRETA


29. O que é a Contabilidade Geral?
a) É a contabilidade que trata de todos os fatos empresariais.
b) É a disciplina que estuda e organiza os levantamentos dos fatos que
envolvem troca entre a empresa e os recursos de terceiros.
c) A Contabilidade geral é assim definida em virtude de ser obrigatória para as
empresas em geral.
d) A Contabilidade Geral é o instrumento de prova em caso de contenda
judicial.
30. Quais das informações abaixo não são extraídas da Contabilidade Geral?
a) A apuração dos custos de produção
b) O conjunto de créditos junto à clientela
c) A situação monetária e financeira da empresa
d) O conjunto da situação econômica e patrimonial relacionado com
determinados períodos de tempo.
31. Não devemos misturar as operações da empresa com as do seu proprietário; e não
devemos nos preocupar com fatos sem importância no conjunto das
demonstrações contábeis. Estes conceitos resumidos indicam, respectivamente:
a) Convenção da entidade e do conservadorismo
b) Princípio da entidade e da manutenção de métodos
c) Princípio da entidade e convenção da materialidade

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d) Princípio da competência de exercícios e da entidade
e) Convenção da objetividade e princípio da entidade
32. Em relação ao princípio contábil do custo histórico como base de valor, a exceção
praticada no Brasil é:
a) A regra do custo ou mercado, dos dois o menor
b) O método da equivalência patrimonial
c) A contabilização das transações pelo valor de entrada
d) a correção monetária do Ativo Permanente
e) a regra de que as despesas devem ser contabilizadas, ainda que não
tenham sido desembolsadas.
33. O balanço consolidado de entidades jurídicas pertencentes a um mesmo grupo ou
conjunto de empresas representa uma macroextensão:
a) Do princípio do denominador comum monetário
b) Da convenção do conservadorismo
c) Do princípio da entidade
d) Da boa técnica contábil
e) Do bom controle interno
34. A idéia de que a duração da empresa é indeterminada leva, necessariamente, a
uma filosofia de avaliação a ser adotada em oposição àquele que adotaríamos no
caso de liquidação da empresa, quando interessam os valores de liquidação do
passivo e de realização do ativo. Tal enunciado indica o princípio:
a) Da continuidade
b) Da competência dos exercícios
c) Do custo como base de valor
d) Da entidade
e) Do denominador comum monetário
35. Princípios contábeis podem ser conceituados como sendo:
a) As premissas básicas acerca dos fenômenos e eventos contenmplados pela
contabilidade
b) Os instrumentos de que a administração se utiliza para contratar auditores
independentes

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c) As premissas básicas baixadas por lei e de obediência obrigatória por todos
os contabilistas
d) Um dos meios pelos quais, as empresas organizam a sua estrutura
e) Uma doutrina contábil aplicada pelos auditores.
ASSINALE A RESPOSTA CORRETA

36. Entende-se por patrimônio:


a) O conjunto de pessoas que dirigem a empresa
b) As obrigações da empresa
c) O conjunto de bens, direitos e obrigações
d) O patrimônio líquido
37. No Ativo do patrimônio encontramos:
a) Os bens e as obrigações
b) Os bens e direitos
c) Os bens e o patrimônio líquido
d) Os direitos e obrigações
38. No Passivo do patrimônio encontramos:
a) Os direitos e obrigações
b) Os direitos
c) As obrigações
d) O patrimônio líquido
39. O patrimônio Líquido é representado da seguinte forma:
a) A diferença entre o Ativo e o Passivo
b) A soma do Ativo mais o Passivo
c) O mesmo valor do Ativo
d) O mesmo valor do Passivo
40. Quando o Ativo é maior que o Passivo dizemos que existe um:
a) Patrimônio Líquido
b) Passivo a descoberto
c) Situação líquida negativa
d) Situação líquida nula

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41. O Passivo a descoberto acontece quando:
a) O Ativo é maior que o Passivo
b) O Ativo é igual ao Passivo
c) Não existe o Passivo
d) O Passivo é maior que o Ativo
42. Dos elementos abaixo, todos são variações positivas do Patrimônio Líquido.
a) Capital e Mercadorias
b) Receita e Impostos
c) Lucros e Receitas
d) Receitas e Caixa
43. A variação negativa que sofre o Patrimônio Líquido durante o exercício financeiro,
chama-se:
a) Lucro
b) Despesa
c) Receita
d) Ganhos
44. O lucro acontece quando:
a) O Capital é maior que a despesa
b) A Despesa é maior que a Receita
c) A Receita é maior que o Capital
d) A Receita é maior que a Despesa
45. A diferença positiva entre o preço de compra e o preço de venda de uma
mercadoria, constitui uma:
a) Variação positiva do Patrimônio Líquido
b) Saída de numerário de caixa
c) Variação negativa do Patrimônio Líquido
d) Uma despesa

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46. Coloque entre parênteses o número correspondente à resposta certa:

1 – FATO PERMUTATIVO ( ) PAGAMENTO DE ALUGUEL

2 – FATO MODIFICATIVO ( ) COMPRA DE MERCADORIAS À


AUMENTATIVO VISTA

3 – FATO MODIFICATIVO ( ) VENDA DE MERCADORIAS A


DIMINUTIVO PRAZO COM LUCRO

4 – FATO MISTO ( ) PAGAMENTO DE DUPLICATAS,


COM DESCONTO

( ) RECEBIMENTO DE RECEITA

( ) PAGAMENTO DE DUPLICATA,
COM JUROS

( ) COMPRA DE INSTALAÇÕES A
PRAZO

47. Efetue o balanceamento das contas da empresa Comercial Garantia S/A, após
cada uma das operações, conforme as transações a seguir apresentadas:
a) 02/01/03, investimento inicial de capital, em dinheiro no valor de R$
12.000,00;
b) 04/01/03, aquisição de um imóvel da Cia. Brasiliana por R$ 5.000,00 com
pagamento de R$ 2.500,00 à vista e o restante a prazo;
c) 05/01/03, compra à vista de instalações para a empresa, por R$ 2.000,00;
d) 15/02/03, aquisição de equipamentos – maquinaria -, a crédito, de Mariana
& Cia. Ltda. por R$ 4.000,00;
e) 18/01/03, obtenção de empréstimo de R$ 10.000,00 no Banco BETA com
emissão de uma Nota Promissória;
f) 23/01/03, pagamento de R$ 1.000,00 a Mariana & Cia. Ltda, para liquidação
de parte da dívida pela compra efetuada em 15/02/03;
g) 26/01/03, investimento de mais R$ 5.000,00, aumentando o capital, em
dinheiro.
h) 30/01/03, compra à vista, por R$ 8.500,00, de peças para reparos da Cia.
Omega.

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REFERÊNCIAS

1. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. Editora Atlas.


2. CAVALCANTI, Braz B. e AUGUSTO, Guzzo. Contabilidade básica geral. Editora
Estrutura.
3. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. Editora Atlas.
4. PLACCO, Sylvio. Contabilidade. 2003. Apostilas Solução.

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