Fascículo de Contabilidade

BOM...
PREPARATÓRIO 2021/202
2
1. A CONTABILIDADE
1.1 HISTÓRIAL DA CONTABILIDADE
A génese da Contabilidade é explicada – Segundo a maioria dos autores pela

necessidade sentida pelo homem de preencher as limitações da memória humanas,
mediante um processo de classificação e registo que lhe permitisse recordar
facilmente as variações sucessivas de determinadas grandezas, para que em
qualquer momento pudesse saber a sua extensão.
A contabilidade existe desde os primórdios da civilização e, durante um longo

período foi tida como a parte da escrituração mercantil. Anteriormente o maior
objectivo da contabilidade foi de fornecer ao dono, sem demora alguma,
informação sobre os seus bens (ou seja Activo) e as suas dividas (ou seja passivo,
bem como a base para concessão de crédito), as contas estas que tinha que ser
mantidas em segredo não existindo pressão externa para exactidão das mesmas ou
regras uniformes para a sua apresentação. Utilizava-se as técnicas específicas, que
se foram aperfeiçoando e especificando, sendo algumas delas aplicadas até hoje.
O homem enriquecia, e isso impunha o estabelecimento de técnicas para controlar

e preservar os seus bens. Aí se inicia a história da Contabilidade, que segundo
alguns historiadores e estudioso, se divide em quarto períodos:
 Contabilidade do Mundo Antigo – Foi o período que se inicia com a

civilização do homem e vai até 1202 da era cristã, a Contabilidade era
praticada de forma empírica pelo homem primitivo , já tinha como o seu
objecto o Património representadas pelos rebanhos e outros bens nos seus
aspectos quantitativos.
Os primeiros registos processavam-se de forma rudimentar, na memória do
homem, como este é um ser pensante, inteligente logo encontrou formas
mais eficientes de processar os seus registos, utilizando gravações e outros
métodos alternativos.
 Contabilidade do Mundo Mediaval – Foi um período muito marcante na
historia da contabilidade vai de 1202 da era cristã até 1494, com a
NOTA: É expressamente proibido a reprodução deste material.

É exclusivamente da ABP Página 1
BOM...PREPARATÓRIO 2021/202
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contribuição de uma das figuras incontornáveis da Contabilidade FREI
LUCA PACIOLI, o primeiro ao que se saiba que divulgou método
diagráfico, as partidas dobradas em forma de obra impressa. O mesmo
enfatizou publicando 1404 que a teoria contabil do debito e crédito
correspondendo números negativos e positivos.
 Contabilidade do mundo Moderno – período que vai de 1494 ate 1840, foi
fase da pré – ciência.
 Contabilidade do Mundo Científico – período que se inicia em 1840 e vai
ate os dias de hoje.
A contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das

inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.
1.2 DEFINIÇÃO E DIVISÃO DA CONTABILIDADE
O que é a contabilidade e para que serve? São as primeiras questões que se

colocam.
Vários autores deram as suas contribuições sobre a contabilidade, em meados

dos anos 50 do século passado o AMERICAM INSTITUTO OF CERTIFID
PUBLIC ACCOUNTANTS ( AICPA) definiu a contabilidade como sendo
( acto de registar, classificar e sumariar de uma forma organizada, em termos de
unidade monetárias, as transacções e eventos e em termo de natureza financeira
de forma que possa permitir a sua interpretação subsequente)
Dentre vários autores que deram as suas contribuições sobre a definição da

contabilidade, alguns definiram contabilidade como ciência e outros como
técnica. Mas ambos tinham os mesmos objectivos que era obtenção de forma
clara as informações sobre variação do PATRIMÓNIO, afim de permitir a sua
interpretação sobre os efeitos das actividades desenvolvidas pelas empresas.
Logo;

2
A contabilidade: é uma ciência social que tem por objecto o património da
entidades e seu objectivo é controlar esse património, com a finalidade de
fornecer informações aos seus usuários.
Objecto - Património
Contabilidade- Ciência Objectivo – Controlar esse Património
Finalidade – Fornecer Informações aos seus usuários
Os usuários de informações contabilistas são: Sócios, Clientes, fornecedores,

Financiadores, Estado, Público em geral etc.
Do conceito acima pode-se extrair no seu campo de aplicação pessoas físicas e

jurídicas (Empresas), com ou sem fins lucrativos que detenha um património.
1.3 DIVISÃO DA CONTABILIDADE
I. Contabilidade de exploração ou de Custo: Está voltada para o cálculo,

interpretação e controlo dos custos dos bens fabricados ou comercializados,
ou dos serviços prestados pela empresa. Ou é a contabilidade que faz analise
dos custos e proveitos de forma detalhada. Contabilidade de Carácter
Histórico: Dá a conhecer o que efectivamente se fez, permitindo uma visão
retrospectiva da gestão. Inclui:
 Contabilidade Financeira (Geral ou externa)
 Contabilidade de exploração (Custos ou Interna)
II. Contabilidade de carácter previsional: Permite a elaboração dos planos de
actividades e os estabelecimentos de regras a que a gestão se deve submeter.
Inclui-se:
 Contabilidade Orçamental

2
Contabilidade Financeiras: Também denominada de Contabilidade Geral ou
Externa, que visa o relato financeiro para o exterior da empresa por via das
demonstrações financeiras, é uma contabilidade que alberga varias denominações
como: Contabilidade empresarial, Bancária, Hospitalar, Seguro, Publica,
Autárquicas, do sector de Educação e Contabilidade Desportiva etc…
Contabilidade Orçamental: Visa antecipar a actividades económicas futuras da

empresa.
Obs: Tradicionalmente a Contabilidade divide-se em dois
 Contabilidade geral e;
 Contabilidade Analitica (Exploração ou de Custo)
Por mais que homem seja um ser pensante, a memória humana por vezes apresenta
uma certa limitação, dado facto de que a contabilidade nasceu de uma necessidade
prática, precisava-se de alguns instrumentos para a sua resolução.
1.4 FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
Nota:
O senhor Matombe, é um funcionaria há pouco tempo começou a registar

diariamente numa genda a sua fonte de receita e as suas despesas (Renda de casa,
alimentação, vestuário, diversos…) isto são alguns do seus factos patrimónias.
Ao proceder desta forma ele pode avaliar as suas despesas, permitindo-lhe tomar
decisões sobre actuações que levam a diminiução das mesmas. Mas não é tudo!
Comparando com as despesas e receitas presentes com as verificadas nos meses
anteriores ele capaz de prever com a exatidão os gastos que irá efectuar nos
proximos mesmes.

2
Supõe agora que Sr. Matombe gastou na alimentção, durante os últimos meses, as
seguintes quantias:
Março- 60.000kz
Abril- 58.000kz
Maio- 62.000kz
Junho- 80.000kz
Atravéz de análise dos registos podemos concluir que, no mês de Junho os gastos
foram superiores, ao que se deve estes desvios? A causa do desvio será o motivo
de reflexão do Sr. Matombe
Logo travez de análise ele pode Controlar as suas despesas e receitas comparando
as suas previsões com os valores realmente verificadas, encontrando os desvios e
actuando sobre eles.
Toda informação acima apresentada ciclo de fluxos real e momentários de entrada

e saida.
Fluxo real de entrada e saída corrente de bens e serviços que a empresa recebe e
fornece para exterior.
Fluxo monetário de entrada e saída de corrente de meios monetários( dinheiro)

que a empresa recebe e fornece para exterior.
Assim, pode dizer-se que a contabilidade é a ciência que controla a ctividade da

empresa e o registo dos factos patrimoniais, com base as suas funções:
Funções da Contabilidade
Registo Controlo Avaliação Análise

2
 Registo – é a função básica da contabilidade, através da escrituração das

operações realizadas, o que permite determinar em qualquer momento a
situação da entidade, a forma como decorrem os negócios e os resultados da
actividade empresarial;
 Controlo - verificar a eficácia dos serviços, descobrir erros desperdícios e

fraude, informar sobre os comprimissos e responsabilidade assumidas pela
gestão, recorrendo aos seguintes procedimentos:
1. Apreciar se a situação econômica e financeira da empresa está boa ou
má;
2. Fazer uma análise sobre a maneira em como os resultados foram
obtidos;
3. Fazer comparação entre os valores previstos e os alcaçados;
4. Comparar os resultados alcançados pela empresa com os das outras
epresas.
 Avaliação – Possibilita conhecer com maior exatidão possível os custos por

que os produtos/serviços ficaram a entidade, auxiliar a determinar com base
nos preços de custos e de vendas dos produtos/serviços ;
1. Permite conhecer os custos pelos quais os bens ficaram na empresa;
2. Calcular os preços de venda com base nos preços de custos
3. Adquirir os bens necessários para o funcionamento da empresa
4. Avaliar a produtividade dos trabalhadores
 Análise – Dos custos e proveitos, do rendimento dos factores de produção

para diminuir o custo total, do volume de produção, para concluir se este é
suficiente para cubrir os custos originadas pelo investimentos.
1. Análise dos custos e proveitos
2. Análise do rendimento dos factores de produção para diminuir o custo
total

2
Estas funções podem ser: Administrativas – controlo de património por meio de
registo dos factos contabeis( Registo e controlo); e Económicas – que visa apurar
o resultado daquela entidade (Avaliação e análise)
2. PATRIMÓNIO
2.1 NOÇÕES E ELEMENTOS PATRIMONIAIS
Todas as entidades para exercerem as suas actividades, necessitam de certo

conjuntos de elementos, ou seja, de equipamentos, edifícios, mercadorias, dinheiro,
ferramentas e outros. Do ponto de vista jurídico, os elementos utilizados por cada
entidade podem considerar-se como sendo suas pertença,ainda que, normamente os
seus direitos não incidem sobre a sua totalidade.
O conjunto de elementos utilizados pela entidades no exercícios das suas

actividades constitui o seu património. Sendo assim, para sobreviver e afirmar-se o
homem tende manter relações com o exterior adquirindo certos produtos que é
denominados (seus) Bens e Direitos, e assim tende a solicitar empréstimos a
particulares ou entidade bancária constituindo dividas (obrigações).
 Bens – é tudo aquilo que possui utilidade e pode ser avaliado

economicamente.
Ex: Viaturas, Edifícios, Caixa, marcas Existencias maquinas ações,etc.
Existe uma classificação doutrinária para os bens:
a) Bens numerários – representa dinheiro disponível, ( dinheiro em conta

bancaria, Caixa, aplicações financeiras de liquidez imediata)
b) Bens de vendas – são aqueles que se destinam á comercialização,
(Mercadorias)
c) Bens de Renda – são capazes de gerar renda e que não são essencias as
actividades principais da entidade, ( Imóveis alugados)

2
d) Bens de Uso – são destinados a manutenção das actividades principais da
entidade tais como:
 Tangíveis ou Materias tudo que possui uma existencia fisica
 Intagíveis ou Imaterial tudo que não possui uma existencia fisica
 Direitos – São valores por receber de terceiros podem ser reais( envolvendo
bens) ou pessoas (envolvendo créditos)
 Obrigações – São valores a pagar a terceiros podem ser reais (envolvendo
bens) e pessoa jurídica (envolvendo créditos)
Logo;
Bens e os Direitos de uma empresa são também denominadas massas património

Activo e o seu conjunto forma o ACTIVO (A).
ACTIVO: recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade como resultado
de acontecimentos passados e dos quais se espera que fluam para a entidade
benefícios econômicos futuros.
Obrigação são também denominadas massas património passivo e o seu conjunto

forma o PASSIVO (P).
PASSIVO: obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos

passados, do pagamento, dos quais se espera que resultem exfluxos (saídas) de
recursos da empresa incorporando benefícios econômicos.
Então o PATRIMÓNIO: É o conjunto de bens, direitos e obrigações Controlada

por entidade no dado momento, Esta pode ser Património Liquido, Situação liquida
ou Capital próprio.
Capital Próprio: É o interresse resídual depois de deduzir aparte obrigacional, ele

pode apresenta três situações:
A ˃ P ; CP Posetivo
A˂ P ; CP Negativo

2
A = P ; CP Nulo
Chegando assim, CP = A – P. Dando origem a equação fundamental da

Contabilidade.
A = P+ CP
OBS: O CAPITAL PRÓPRIO é o mesmo coisa SITUAÇÃO LÍQUIDA,

PATRIMÓNIO LÍQUIDO ou VALOR PATRIMONIAL.
Todas contas de património são representadas em diagráfico que hoje chamamos

de razão em termos quantitativos (Nome da Conta) e qualitativos (Valor da Conta).
Nome da conta
Valor da conta
A sua Movimentação:
Naturesa das contas do Activo e passivo
As Contas do Activo- São debitadas pelos seus saldos Inicias e pelos aumentos, e
são creditadas pelas diminuições (têm naturesa devedora) eceptos as contas de
naturesa contrarias.
Activo
S.i
Aumento Diminuição
As contas do Passivo- São Creditadas pelos seus saldos Inicias e pelos aumentos, e
debitas pelas diminuições.
Passivo e Capital próprio
Diminuição S.i

2
Aumento
Naturesa das contas dos Proveitos e Custos
PROVEITOS: aumento dos benefícios econômicos, durante o período, na fora de

influxos (entradas) ou melhorias de activos ou diminuição de passivos que
resultem em aumento dos capitais próprios, que não sejam os relacionados com as
contribuições dos participantes no Capital próprio.
As contas de proveitos e ganhos são creditadas sempre que a empresa que a

empresa obtém um proveito e debitada sempre que haver diminuição do proveito.
Proveito
Diminuição S.i
Aumento
CUSTOS: diminuição nos benefícios econômicos, durante o período, na fora de

exfluxos (saídas) ou perdas de valor de activos ou aumento de passivos que
resultem em diminuição dos capitais próprios, que não sejam os relacionados com
as distribuições aos participantes no Capital próprio.

2
As contas de custos e perdas são debitadas sempre que a empresa que a empresa
suportar um custo e creditada sempre que haver diminuição do custo.
Custos
S.i
Aumento Diminuição
OBS: Por normas, os proveitos têm uma ligação com as contas do activos e os
custos têm uma ligação com as contas do passivo nas suas movimentações
Naturesa das Contas do Capital Próprias
Capital- têm a naturesa credora, ecepto a conta 81 ou 88 que têm a naturesa

devedora.
Saldos das Contas
MD˃MC, Saldo é Devedor
MD˂MC, Saldos é Crédor
MD=MC, Saldo Nulo
O património da empresa é representada por duas (2) formas:
1. Representação horizontal: quando se escreve à esquerda (primeiro

membro) o ACTIVO e à direita (segundo membro) o PASSIVO.
2. Representação vertical: quando se representa primeiro o ACTIVO e por

baixo o PASSIVO.

2
EXERCÍCIOS
1. A empresa A & B Lda, que se dedica a comercialização de roupas,

iniciou a sua atividade em 1 de Janeiro de 2001, com os seguintes
elementos patrimoniais avaliados em kz:
 Computador de escritório: 310 000,00
 Cheque no cofre: 18 000,00
 Dívida de Gestor & Isaac, Lda: 20 000,00
 Moeda em cofre: 140 000,00
 Dívida do cliente Mário e Bento Lda: 20 000,00
 Depósito à ordem no BFA: 550 000,00
 Dívida à boutique BB: 740 000,00
 250 casacos: 144 000,00
 Prateleiras: 155 000,00
 Edifício: 10 500,00
 Mobiliário de escritório: 500 000,00
 Empréstimo obtido no BFA: 45 200 000,00
 200 blusas: 300 000,00
 50 saias: 150 000,00
 Dívida à confecções Marta & Filhos, Lda: 800 000,00
 Trespasse: 100 000,00

2
2.2- FACTOS PATRIMONIAIS
No dia-a-dia a empresa apresenta varias actividades/processos/acontecimentos, de

acordo com o tempo o património da empresa está a sujeitas a constantes
transformações.
Factos patrimoniais: são todas ocorrências que implica variação no património.

Estes pode ser:
 Permutativos: quando alteram a composição, mas não no seu valor ( Classe

1 á 5 do PGC)
 Modificativo: quando altera a composição e o seu valor (Classe 6 e 7 do
PGC)
3- O INVENTÁRIO
É uma listagem dos elementos patrimonias, com indicação do preço unitário,

quantidade e valor.
Fases para sua elaboração:
 Identificação- verificação dos elemenetos patrimónias existentes;

 Classificação- De cada elementos patrimónias na sua classe que pertence;
 Valorizção- Atribuição de um valor a cada elemento patrimónial.
A sua classificação
 Quanro a disposição dos elementos, podem ser:

2
- Inventário Simples, em que os elementos patrimónias aparecem dispostos
sem obdecer a qualquer ondem ou Classificação;
- Inventário Classificado, em que os elementos patrimónias aparecem
agrupados segundo a sua naturesa, Caracteristica ou Função.
 Quanto ao âmbito, podem ser:
- Parcias, quando abrange apenas alguns dos elementos do património;
- Gerais, quando abrange todos os elementos do património.
 Quanto á periodicidade de elaboração, podem ser:
-Períodica, quando são feitas numa cadência periódica regular( mês a mês,
seis em seis meses ou anos á anos)
- Aleatórios, quando são feitos de surpresa.
4- BALANÇO
4.1- Conceito: é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar,

quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição
patrimonial e financeira de uma entidade.
4.2- Conteúdo
As O balanço é constituído pelas seguintes classes:
ACTIVO: recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade como resultado
de acontecimentos passados e dos quais se espera que fluam para a entidade
benefícios econóicos futuros. Estes recursos são divididos em 2 categorias:
1. Activo não corrente: são todos os bens e direitos que se esperam que
permaneçam na posse da empresa por um período superior a 1 ano.
2. Activo corrente: são todos os bens e direitos que se esperam que
permaneçam na empresa por um período até 1 ano.

2
PASSIVO: obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos
passados, do pagamento, dos quais se espera que resultem exfluxos (saídas) de
recursos da empresa incorporando benefícios econômicos. Assim, o passivo é
dividido e 2 categorias:
1. Passivo não corrente: todas as dívidas que se esperam que venham a

ser pagos pela entidade num período superior a 1 ano
2. Passivo corrente: todas as dívidas que se esperam que venham a ser
liquidados pela entidade nu período até 1 ano.
Capital Próprio: É o interresse resídual no activo depois de deduzido o

passivo.
OBS: ACTIVO, PASSIVO e CAPITAL PRÓPRIO são denominados

MASSAS PATRIONIAIS DO BALANCO.
As contas do activo são agrupadas pelo grau crescente de liquidez, e as contas

do passivo pelo grau crescente de exigibilidade.
Liquidez: aptidão ou sensibilidade de um activo ser trocado por dinheiro, ou

seja, ser vendido, nu prazo ais ou menos longo.
Exigibilidade: aptidão ou sensibilidade do vencimento do prazo da dívida, ou

seja, quanto menor for o tempo, maior é o grau de exigibilidade.
Lancamento: é o registo contabilístico dos factos patrimoniais. Os lançamentos

são classificados em dois (2), que são:
1. Simples: quando um débito é igual a um crédito.

2. Composto: quando um débito é igual a dois ou mais créditos, ou vice-
versa.
Os lançamentos são ainda classificados segundo a sua natureza:
1. Lançamento de abertura
2. Lançamento corrente

2
3. Lançamento de estorno ou correção
4. Lançamento de regularização
5. Lançamento de encerramento e
6. Lançamento de reabertura.
4.3 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS DO ACTIVO, PASSIVO E CAPITAL

PRÓPRIO
A. Classificação das contas do activo:
1. Activo fixo ou imobilizado: constituído por bens e direitos que

se destinam a permanecer na empresa num período superior a 1
ano, e que não se destinam a ser vendidos ou transforados, pois
são necessários para o correcto funcionamento da empresa. Ex:
edifício, mobiliário de escritório, maquinaria, trespasses, etc.
a) Conta ‘’Imobilizações corpóreas’’: elementos tangíveis,

móveis ou imóveis, materiais ou imateriais, que a empresa
utiliza durante a sua atividade operacional com duração
superior a 1 ano.
b) Conta ‘’Imobilizações incorpóreas’’: elementos

intangíveis que a empresa utiliza na sua atividade
operacional com duração superior a 1 ano.
c) Conta ‘’Investimentos financeiros’’: elementos

patrimoniais que representam participações de capital de
empresas noutras empresas, aquisições de títulos para

2
rendimento, ou controlo de outras empresas, empréstimos de
financiamento. Todos estes elementos têm características
comuns de se destinarem a permanecer na empresa de forma
duradoura, permitindo que esta obtenha rendimentos. Ex:
aquisição de acções, quotas, etc.
d) Conta ‘’Imobilizações em curso’’: imobilizações de

adição, melhoramento ou substituição, enquanto não se
encontram concluídas à data de encerramento do exercício
econômico. Inclui também os adiantamentos feitos por conta
do fornecimento de imobilizado.
2. Existências: são constituídas por bens que a empresas

adquirem para posterior venda, no caso de empresas
comerciais, ao passo que para as empresas industriais, os bens
que elas adquirem servem para serem incorporadas nos
processos produtivos sendo vendidos somente após
transformação.
a) Conta ‘’Mercadorias’’: regista-se o valor das compras e

respectivas despesas dos bens adquiridos para posterior
venda, sem nelas se efectuarem transformações estruturais.
É normalmente utilizada pelas empresas comerciais.
b) Conta ‘’Materias primas, subsidiárias e de consumo’’:

regista-se o valor dos bens necessários ao processo
produtivo da empresa. É normalmente utilizada pelas
empresas industriais.
i. Materias primas: são bens adquiridos para serem
transformados durante o processo produtivo e que
aparecem materialmente incorporados nos

2
processos produtivos finais. Ex: a farinha no
fabrico do pão.
ii. Materias-subsidiárias: são bens que se adquirem
para serem utilizados no processo produtivo mas
não se incorporam materialmente nos produtos
finais. Ex: água e o sal utilizados no fabrico do
pão.
c) Conta ‘’Produtos acabados e intermédios’’: resultantes do

processo produtivo da empresa, assim como os que, embora
normalmente reentrem no fabrico, estando portanto em
condições de serem vendidos. Ex: o pão.
d) Conta ‘’Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos’’:

produtos secundários que resultam do processo produtivo
juntamente com o produto principal, tendo, em geral, um
valor comercial baixo, nulo ou mesmo negativo. Ex: o farelo
resultante do fabrico do pão.
e) Conta ‘’Produtos e trabalhos em curso’’: bens que se

encontram em fase de transformação no processo produtivo
da empresa, não estando por isso, terminados em condições
de serem vendidos. Ex: a massa de levedar no fabrico do
pão.
3. Terceiros (dívida de terceiros): o valor das dívidas de

terceiros que a empresa tem por receber, está dividida em:
a) Conta “Clientes”: integra a dívida dos compradores de

mercadorias, produtos e outros serviços. Ex: dívida de
clientes.
2
b) Conta ‘’Outros devedores e credores’’: integra as

dívidas de terceiros que não sejam de incluir na conta
cliente.
4. Disponibilidades: abarca os meios de pagamentos que ase

encontram de imediato à disposição da empresa e ainda as
aplicações de tesouraria efectuada pela empresa a curto prazo.
Ex: Moeda e cofre, Depósitos a ordem ou a prazo no banco,
Títulos negociáveis, etc.
a) Conta ‘’Caixa’’: esta conta engloba meios líquidos de

pagamento, tais como notas, moedas, cheque e vales
postais que se encontram nas instalações da empresa. Ex:
Dinheiro em cofre, cheque recebido em cofre.
b) Conta ‘’Depósito a ordem’’: nesta conta representa-se

os meios líquidos de pagamento que pertençam a
empresa e se encontram depositados a vista em
instituições de crédito. Ex Depósito a ordem no BFA,
depósito a ordem no BPC
c) Conta ‘’depósito a prazo’’: esta conta regista os

depósitos que a empresa efectua e que só tem intenção
em levantar decorridos o prazo acordado com o banco.
Ex Depósito a prazo no BCI
d) Conta ‘’Outros depósitos bancários’’: as operações a

incluir nesta conta serão estabelecidas de acordo com
legislação bancária.
2
e) Conta ‘’Títulos negociáveis’’: nesta conta regista-se o

valor dos títulos adquiridos pela empresa e que
representam aplicações de tesouraria de curto prazo.
B. Classificação das contas do passivo:
1. Conta ‘’Fornecedores’’: nesta conta regista-se todas as dívidas derivadas

da aquisição de bens e de serviços com exceção dos destinados aos imobilizados
que se registam na conta Outros Credores. Ex Uma empresa que dedica-se ao
comércio de roupas.
-Dívida as confecções Baby, Lda
-Dívida as confecções Ana & João, Lda
2. Conta ‘’Empréstimos Obtidos’’: nesta conta regista-se os empréstimos

que a empresa obtém de terceiros, com exceção dos empréstimos obtidos dos
sócios da empresa. Ex empréstimo obtido no BFA.
3. Conta ‘’Estado e outros entes públicos’’ : nesta conta regista-se as

dívidas que a empresa tem com os entes públicos. Os entes públicos são: o Estado,
a Segurança Social, etc. Ex Imposto a apagar ao Estado, Dívida a pagar a
Segurança Social.

2
4. Conta ‘’Outros Devedores e Credores’’ : nesta conta regista-se as
dívidas da empresa para com os terceiros resultantes da aquisição de bens e
serviços destinados ao imobilizado, bem como encargos a pagar repartir por
períodos futuros.
C. Classificação das contas do capital próprio:
1. Conta ‘’Capital’’: representa o valor das entradas dos sócios para a

sociedade, ou seja, o capital subscrito.
2. Conta ‘’Reservas’’: são fundos retidos na empresa que têm como

objetivo expandir a atividade econômica da empresa.
3. Conta ‘’Resultados Transitados’’: recebe o valor do resultado líquido

apurado no exercício anterior e que é distribuído aos sócios ou aplicado
em reservas ou destinados a cobertura de prejuízos de exercícios
anteriores.
4. Conta ‘’Resultado Líquido do Exercício’’: recolhe o valor do lucro ou

do prejuízo apurado pela empresa no exercício.

2
4.4- MODELO DE BALAÇO
Empresa...................................................................................................................
Balanço em........................................Valores expressos

em..................................
Exercícios
Designação Notas
2019 2018
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corpóreas 4
Imobilizações incorpóreas 5
Outros activos não correntes 9
TOTAL DO ACTIVO NÃO
CORRENTE
8
Activo corrente 9
Existências 10
Contas a receber 11
Disponibilidades
Outros activos correntes
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE
TOTAL DO ACTIVO
12
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 13
Capital Próprio 14
Capital
Reservas
Resultados transitados
Resultado do exercício 15
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 18
Passivo não corrente 19
Empréstimos de médio e longo prazos
Provisões para outros riscos e encargos

2
Outros passivos não correntes 19
TOTAL DO PASSIVO NÃO 15
CORRENTE 21
Passivo corrente
Contas a pagar
Empréstimos de curto prazo
Outros passivos correntes
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E
PASSIVO
EXERCÍCIOS:
O exercício de aplicação será dado na sala de aula.
5-DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
5.1-Conceito: a demonstração de resultados é uma demonstração

contabilística, destinada a evidenciar a composição do resultado formado num
determinado período de operações de uma entidade.
5.2-Conteúdo
A demonstração de resultados é constituído pelas seguintes classes:

2
PROVEITOS: aumento dos benefícios econômicos, durante o período, na fora de
influxos (entradas) ou melhorias de activos ou diminuição de passivos que
resultem em aumento dos capitais próprios, que não sejam os relacionados com as
contribuições dos participantes no Capital próprio.
CUSTOS: diminuição nos benefícios econômicos, durante o período, na fora de

exfluxos (saídas) ou perdas de valor de activos ou aumento de passivos que
resultem em diminuição dos capitais próprios, que não sejam os relacionados com
as distribuições aos participantes no Capital próprio.
5.3- MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
Empresa........................................................................................................
Balanço em........................................Valores expressos em.........................
Exercícios
Designação Notas
2019 2018
Vendas
Prestação de serviços
Outros proveitos operacionais
Proveitos operacionais
CMV e MPSC
Custo com o pessoal
Amortizações
Outros custos e perdas operacionais
Resultados operacionais
Proveitos e ganhos financeiros

Custos e perdas financeiras

2
Resultado financeiro
Resultado não operacional
Resultados antes de impostos
Imposto sobre o rendimento
Resultado líquido das actividades
correntes
Proveito e ganhos extraordinários
Custos e perdas extraordinários
Resultado extraordinário
Impostos Industrial
Resultados líquidos do exercício


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1.1 HISTÓRIAL DA CONTABILIDADE

A génese da Contabilidade é explicada – Segundo a maioria dos autores pela

A contabilidade existe desde os primórdios da civilização e, durante um longo

O homem enriquecia, e isso impunha o estabelecimento de técnicas para controlar

 Contabilidade do Mundo Antigo – Foi o período que se inicia com a

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A contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das

1.2 DEFINIÇÃO E DIVISÃO DA CONTABILIDADE

O que é a contabilidade e para que serve? São as primeiras questões que se

Vários autores deram as suas contribuições sobre a contabilidade, em meados

Dentre vários autores que deram as suas contribuições sobre a definição da

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Contabilidade- Ciência Objectivo – Controlar esse Património

Finalidade – Fornecer Informações aos seus usuários

Os usuários de informações contabilistas são: Sócios, Clientes, fornecedores,

Do conceito acima pode-se extrair no seu campo de aplicação pessoas físicas e

1.3 DIVISÃO DA CONTABILIDADE

I. Contabilidade de exploração ou de Custo: Está voltada para o cálculo,

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Contabilidade Orçamental: Visa antecipar a actividades económicas futuras da

Obs: Tradicionalmente a Contabilidade divide-se em dois

1.4 FUNÇÕES DA CONTABILIDADE

O senhor Matombe, é um funcionaria há pouco tempo começou a registar

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Toda informação acima apresentada ciclo de fluxos real e momentários de entrada

Fluxo monetário de entrada e saída de corrente de meios monetários( dinheiro)

Assim, pode dizer-se que a contabilidade é a ciência que controla a ctividade da

Registo Controlo Avaliação Análise

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 Registo – é a função básica da contabilidade, através da escrituração das

 Controlo - verificar a eficácia dos serviços, descobrir erros desperdícios e

 Avaliação – Possibilita conhecer com maior exatidão possível os custos por

 Análise – Dos custos e proveitos, do rendimento dos factores de produção

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2.1 NOÇÕES E ELEMENTOS PATRIMONIAIS

Todas as entidades para exercerem as suas actividades, necessitam de certo

O conjunto de elementos utilizados pela entidades no exercícios das suas

 Bens – é tudo aquilo que possui utilidade e pode ser avaliado

Existe uma classificação doutrinária para os bens:

a) Bens numerários – representa dinheiro disponível, ( dinheiro em conta

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Bens e os Direitos de uma empresa são também denominadas massas património

Obrigação são também denominadas massas património passivo e o seu conjunto

PASSIVO: obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos

Então o PATRIMÓNIO: É o conjunto de bens, direitos e obrigações Controlada

Capital Próprio: É o interresse resídual depois de deduzir aparte obrigacional, ele

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Chegando assim, CP = A – P. Dando origem a equação fundamental da

OBS: O CAPITAL PRÓPRIO é o mesmo coisa SITUAÇÃO LÍQUIDA,

Todas contas de património são representadas em diagráfico que hoje chamamos

Naturesa das contas do Activo e passivo

Passivo e Capital próprio

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Naturesa das contas dos Proveitos e Custos

PROVEITOS: aumento dos benefícios econômicos, durante o período, na fora de

As contas de proveitos e ganhos são creditadas sempre que a empresa que a

CUSTOS: diminuição nos benefícios econômicos, durante o período, na fora de

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Naturesa das Contas do Capital Próprias

Capital- têm a naturesa credora, ecepto a conta 81 ou 88 que têm a naturesa

Saldos das Contas

MD˃MC, Saldo é Devedor