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CAPÍTULO I

Artigo 5º - Estabelecimento Estável

Incidência
Considera-se estabelecimento estável qualquer
instalação fixa através da qual seja exercida uma
O IRC incide sobre rendimento (não atividade de natureza comercial, industrial ou
exclusivamente a classe 7) mas sim sobre os agrícola.
lucros.
Só se aplica aos não residentes, para determinar
O Lucro Tributável, ou seja, o montante sujeito a como será efetuada a sua tributação.
imposto é calculado através do resultado líquido do
período apurado na contabilidade (classe 7 -
classe 6), variações patrimoniais (classe 5) e
correções fiscais (CF) sobre o RLP. Artigo 6º - Transparência Fiscal

Algumas sociedades estão sujeitas a este regime


especial de tributação que define que o lucro
tributável é imputado aos sócios em sede de IRS,
Artigo 2º - Sujeitos Passivos como rendimentos da categoria B, não havendo
assim lugar à tributação em sede de IRC, exceto
nas situações previstas na legislação.
Relativamente aos residentes, o IRC incide sobre
todos os rendimentos obtidos, tanto no território Sociedades sujeitas a este regime
como fora dele (nascendo aqui a dupla tributação).
Sociedades civis não Não tem como objeto a
Relativamente aos não residentes, o IRC incide constituídas sob forma prática de atos de
sobre os rendimentos obtidos exclusivamente no comercial comércio
território.
Sociedades de Sociedade constituída
pro ssionais para exercer uma
atividade especí ca
"que exerce a título Lucros
principal..." prevista no artº151º
Secção II (17º-52º)
(artº3,nº1,a)) IRS
Residentes
"que não exerce a Σ Rendimentos das Sociedades de simples Sociedade para mera
título principal..." cat IRS
(artº3,nº1,b)) Secção III (53º-54º)
administração de bens reserva ou fruição de
bens
com
estabelecimento Lucros imputáveis
estável (E.E) aos E.E (55º)
Não residentes
sem estabelcimento Σ Rendimentos das
estável (E.E) cat IRS (56º) Artigo 8º - Período de tributação

Artº3: rendimentos considerados obtidos em Em regra o período de tributação coincide com o


território nacional. ano civil, mas há exceções previstas na legislação.
fi
fi
CAPÍTULO II
A determinação do Lucro tributável é feita com
base no modelo 22.
Na falta de declaração, compete à Autoridade
Isenções
Tributária a determinação do lucro tributável.
A determinação do lucro tributável por métodos
indiretos: secção V.
Artigo 9º Estado, regiões autónomas, Secção II - “Entidades residentes que
autarquias locais, instituições
segurança social exercem a título principal”

Artigo 10º Pessoas coletivas com Subsecção I - Regras Gerais


estatuto de utilidade pública e
solidariedade social (IPSS)

Artigo 17º

Artigo 11º Atividades culturais, Determinação do lucro tributável de 99,8% das


recreativas e desportivas empresas em Portugal.

Artigo 12º Sociedades e outras


entidades abrangidas pelo
regime de transparência scal O lucro tributável resulta do resultado líquido do
período apurado na contabilidade, das variações
patrimoniais positivas e negativas nele não
refletidas e pelas eventuais correções fiscais
previstas na legislação.
Artigo 13º Pessoas coletivas e outras
entidades de navegação Artigo 18º
marítima o aérea
1)
Periodização do lucro tributável (regime do
Artigo 14º Fiscalidade internacional acréscimo).
Os gastos e rendimentos são imputados ao
período que são suportados e obtidos,
respetivamente, independentemente do
pagamento e recebimento.

CAPÍTULO III 5)
Quando o recebimento dos réditos é diferido,
acabas por receber juros.
Determinação da matéria coletável Na contabilidade, tens registado o valor atual.
Na fiscalidade, tens de imputar pelo valor nominal
(engloba os juros).

"entidade que exerce a Mc = Lt - prejuízos e


Portanto, irás ter de acrescer ao lucro tributável
título principal..." benefícios fiscais esta diferença, no M22, Q07, C711.
(artº3,nº1,a)) Secção II (17º-52º)
Também os gastos são imputáveis ao período de
"entidade que não Mc = Σ R. cat IRS + inc. tributação pelo valor nominal.
exerce a título patrimoniais - gastos e
principal..." benefícios fiscais
(artº3,nº1,b)) Secção III (53º-54º)

Mc = Lt - prejuízos e Gastos e rendimentos Regra geral: não Tem de ser corrigidos


entidade não residente benefícios fiscais decorrentes do MEP concorrem para (porque estão
com E.E (artigo 17º nº8) determinação de Lt abrangidos no RLP)
(55º)

Variações Regra geral: não Não temos de fazer


patrimoniais concorrem para nada nas variações
entidade não residente Mc = Σ R. cat IRS
decorrentes do MEP determinação de Lt patrimoniais
sem E.E (56º)

Ajustamentos Regra geral: não Tem de ser corridos


decorrentes do JV concorrem para (porque estão
(artigo 17º nº9) determinação de Lt abrangidos no RLP

Variações Regra geral:


patrimoniais concorrem para a
(artigo 21º e 24º) determinação de Lt
fi
Quando diferes o pagamento, tens de suportar
c) Subsídios a P.I e Incluído no lucro
juros.
9) ativos biológicos tributável na proporção
prevista no artigo 45º-A
Gastos e rendimentos decorrentes de 2)
ajustamentos da aplicação do justo valor regra Quotas mínimas de depreciação e amortização,
geral: não concorrem para lucro tributável Tabelas I e II, página 394.

Artigo 21º e 24º


Rendimentos: Deduzir
nas correções fiscais
Gastos e rendimentos
que não concorrem
Tem de ser corrigidos Variações patrimoniais positivas (artigo 21º) e
(porque estão negativas (artigo 24º) regra geral: concorrem
para determinação de
abrangidos no RLP)
Lt
Gastos: Acrescer nas
correções fiscais

VP positivas: acrescer a
Lucro tributável
Variações patrimoniais
Excepto: ou seja, concorrem, logo, não tem de ser concorrem para
Não estão refletidas no
resultado contabilístico
corrigidos determinação de Lt
VP negativas: deduzir a
Lucro Tributável
a) Se respeitarem a instrumentos
financeiros reconhecidos pelo
justo valor (obrigações,
derivados), e se respeitarem a Excepto: ou seja, não concorrem, logo não temos
instrumentos de capital próprio de fazer nada
(ações, quotas) desde que seja As variações que não se encontrem
< 5% participação. excepcionadas neste artigo, concorrem para
determinação de lucro tributável.
b) Respeitarem a ativos biológicos
consumíveis
b) Revalorizações de AFT’s

Nota: os gastos e rendimentos só são fiscalmente e) Aumentos de capital


aceites, ou seja, imputados à fiscalidade para
determinação de lucro tributável, quando se os
consome ou obtém, respetivamente (princípio do
acréscimo - artigo 18º) Os
lançamentos
de modelos
porque são ±
de logo não há
valias
Os erros revalorização potenciais correções
porque não não
(conta 56)
cumprem a logo não há concorrem
não
periodização correções para Lt
concorrem
(artigo 18º)
para Lt

Artigo 23º-A
Artigo 22º Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais (não
aceites fiscalmente), logo acrescer ao lucro
a) Subsídios a ativos concorre para a tributável no Q07, M22.
depreciáveis formação do lucro
tributável na mesma
proporção da Nota: impostos diferidos não são aceites
fiscalmente.
depreciação, sem
Portanto, se forem gastos e rendimentos - não
prejuízo do limite mínimo concorrem, tem de ser corrigidos
do nº2. Se forem variações patrimoniais - não concorrem,
não há correções
b) Subsídios a ativos Incluído no lucro
intangíveis sem vida tributável na proporção
útil prevista no artigo 45º-A b) despesas não documentadas: não aceites e
sujeitas a tributação autónoma; Acrescer C716
c) despesas não devidamente documentadas:
não aceites mas não sujeitas a tributação Subsecção III - D&A
autónoma; Acrescer C726

Artigo 29º
Subsecção II - Perdas por imparidade
São fiscalmente aceites (dedutíveis) as
depreciações e amortizações para determinação
do lucro tributável.
Artigo 28º
Método de cálculo das D&A
São fiscalmente aceites (dedutíveis) as perdas por
imparidade para determinação do lucro tributável.

Regra: Método Custo Aquisição -


linha reta V.Residual x taxa

Opção: Método (Custo Aquisição


O Valor Realizável Líquido (VRL) é o valor que se quotas - depreciações) x
espera recuperar no mercado deduzido dos custos decrescentes taxa corrigida
necessários de acabamento e de venda.

28º-A P.I em dívidas a receber


Se vida útil são 4 anos, a taxa de depreciação
seria 1/4 = 25%
28º-B P.I em créditos
Fiscalmente, as taxas de depreciação estão
fixadas nas tabelas do RDA (Regime de
31º-B P.I em ativos não correntes
Depreciações e Amortizações).

Requisitos para a P.I em dívidas a receber ser Artigo 31º-A


fiscalmente aceite
Podemos alternar entre ao longo dos anos entre as
taxas mínimas e máximas de depreciação
Estar registada na 217
contabilidade a 219

Decorrer da Adiantamentos a
atividade normal fornecedores não decorre
Se S.P pratica Se S.P pratica
da atividade normal
taxa dep > taxa taxa dep < taxa
Registado como Conta 217 (conta máxima mínima
cobrança duvidosa adicional, criada pelas
empresas) Temos as quotas
perdidas, que só
Acrescer Q07; C719
vamos corrigir quando
Tratamento das P.I e Reversões forem registadas

Hipótese 1)
Artigo 34º
Se a P.I for scalmente aceite, a
reversão também o será (não há Limites das D&A, ou seja D&A não fiscalmente
correções scais, porque aceites (não dedutíveis) ao lucro tributável.
Imparidade:
concorrem para Lucro tributável) Limites dos custos de aquisição das viaturas
65
a 219 ligeiras para cálculo das D&A
Hipótese 2)
Reversão: Se a P.I não for scalmente aceite
Gasóleo 25000
219 (não concorre para lucro tributável,
a 76 há correções scais. Elétrico 62500
- P.I : acrescer Q07, C718
- Reversão da PI : deduzir Q07, Híbridos 50000
C62
GPL 37500
fi
fi
fi
fi
Subsecção IV - Provisões Artigo 44º Quotizações a favor de associações
empresariais

Artigo 39º

Fiscalmente Não scalmente


aceite: aceite: (acrescer
Q07; C721)
Provisão: 292
Artigo 45º-A
67 293 291
a 29 295 294 Este artigo permite deduzir por ano metade das
296 taxas mínimas das propriedades de investimento
297 adquiridas ao justo valor.
298

Artigo 46º Mais e menos valias

Quando fazes a transmissão onerosa de AFT, AI,


Artigo 39º nº5
PI, etc, podes incorrer em mais ou menos valias.
Essa mais ou menos valias interessam para
Expõe o limite em que as provisões com garantias
determinação de lucro tributável.
a clientes em contratos de venda e prestação de
serviços podem ser fiscalmente aceites.
As mais ou menos valias fiscais/contabilísticas são
diferentes.

Mm valias contabilísticas = Valor realização -


Artigo 39º Créditos Incobráveis
(C.Aquisição - Dep Acumuladas - P.I Acumuladas)
Os gastos com créditos incobráveis são aceites se:
- em relação a esses créditos ainda não tiver
Mm valias fiscais = Valor realização - (C.Aquisição
sido constituído impunidade fiscalmente aceite, ou,
- Dep Acumuladas fisc aceites - P.I Acumuladas fisc
tendo sido, essa seja insuficiente
aceites) x Coef correção
- e se enquadrar numa as alíneas deste artigo.

Artigo 43º Realizações de utilidade social

O número 9 aceita uma majoração de 40% quando


respeitem a cresces, latários e jardins de infância.

Limite agravado para 25% nos termos do artigo 3º


fi
Artigo 51º-C Artigo 52º

As Mm valias de ações e quotas não concorrem Dedução de prejuízos fiscais.


para a determinação do lucro tributável se:
O legislador permite deduzir prejuízos fiscais de
anos anteriores ao lucro tributável, com certos
limites.
Participação detida > 1 ano
Limite: 70% do lucro tributável do próprio ano
%P >= 10%
Nº8: Quando há alteração dos da titularidade de
S.P não abrangido pelo regime transparência mais de 50% do capital social, os prejuízos deixam
scal de ser possíveis deduzir.
Não em paraíso scal Nº9: Condições que anulam o numero 8.

MC = Lt - P.F deduzidos

Artigo 48º Artigo 64º

A diferença positiva entre as Mm valias fiscais é O legislador presume que o VPT corresponde ao
considerada em apenas 50% do seu valor para valor de mercado dos imóveis.
determinação de lucro tributável se esse valor for
reinvestido até ao fim do 2º período de tributação. Ótica do vendedor
(Incentivo Quando um S.P vende um imóvel por um preço
de venda inferior ao VPT, tem de acrescer a
Se não houver Acresce tudo Q07, diferença Q07, C745
reeinvestimento C739
Ótica do comprador
Se houver Acresce tudo Q07, Quando um S.P adquire um imóvel por um preço
reinvestimento total C740 de compra superior ao VPT, pode deduzir ao
lucro tributável a diferença no Q07, C
Se houver Acresce (mais valia - X
reinvestimento parcial x 50%)
Se reinveste 1000 e dá
uma mais valia de 20 Artigo 86º
então se reinvestir
3000 dá uma mais valia Regime Simplificado.
de X
(Regra de 3 simples)
O legislador não tem em conta os gastos reais do
SP.
Artigo 51º O lucro tributável é apurado através de:

Eliminação da dupla tributação económica. MC = rendimentos x coeficiente


Presumindo-se gastos de (1-coeficiente)

Este artigo permite que quem recebe lucros


distribuídos não seja tributada sobre esses se Artigo 87º
cumprir com certos requisitos.
Taxas.

Participação seja >= 10% CS da entidade que


distribui Artigo 88º

Detenha a participação >= 1 ano Taxas de tributação autónoma: incidem sobre


gastos para combater abusos.
O SP não seja abrangido pelo regime da
transparência scal

A entidade que distribui esteja sujeita e não


isenta de IRC
fi
fi
fi

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