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A paisagem urbana é marcada por um conjunto de características que inclui, por exemplo, o aspecto das casas, das ruas e dos
monumentos.
A cidade é o resultado daquilo que sucessivas gerações produziram e de que se apropriaram, construindo-se um novo espaço,
destruindo aquilo que não serve ou adaptando-se estruturas herdadas a novas funções: sofre mutações no tempo e de área para
área
A cidade é um espaço social sucessivamente produzido e apropriado pelas vivências e pelas práticas quotidianas
Na cidade, há uma interdependência entre a localização das diferentes funções.
Nas maioria das cidades portuguesas há:
Um centro histórico (riqueza patrimonial e o centro tradicional de comércio e serviços)
Um novo centro /novos centros alternativos à Baixa
Áreas residenciais
Áreas industriais e de armazenamento degradadas e abandonadas
Áreas industriais e grandes superfícies comerciais nas áreas periféricas junto a grandes eixos de
circulação
Observa-se a “construção” de uma nova cidade fragmentada, comprovada por:
perda de importância e de supremacia do “Centro Tradicional”
multiplicação de novas centralidades ou novos CBD
aparecimento de áreas mistas – megacomplexos imobiliários que reúnem habitação, comércio,
escritórios e lazer
surgimento de bolsas socialmente heterogéneas no seio de um tecido urbano com alguma
homogeneidade
aumento da importância de cada área/bairro pelas características que possui que contribuem para a
identidade das pessoas e empresas aí instaladas.
A cidade é um espaço de funções – desempenha um conjunto de papéis junto dos seus moradores, bem como dos que a ela
recorrem para satisfazer as necessidades de emprego e de aquisição de bens e de serviços.
Podem distinguir-se três categorias de funções urbanas
O espaço urbano não é um espaço homogéneo e a sua heterogeneidade permite delimitar áreas mais ou menos homogéneas
onde predomina uma determinada função – há assim uma diferenciação funcional das actividades visível na delimitação
dessas áreas. Cada uma dessas áreas apresenta características próprias, resultantes da especialização num conjunto de
actividades semelhantes, que lhe conferem uma certa homogeneidade.
Assim,
A cidade organiza-se em sectores:
O espaço urbano não é uma área homogénea. A densidade das construções, o traçado das vias, o tamanho e a
disposição dos edifícios variam muito de zona para zona no interior da mesma cidade. De um modo geral, as cidades
organizam-se em diferentes sectores, cada um com características e funções específicas – as denominadas áreas
funcionais. Os esquemas seguintes ilustram a configuração das várias áreas funcionais no interior de diferentes
cidades.
zona
residencial
centro de negócios
centro antigo
Bairro antigo
zona industrial
(CBD)
ÁREAS RESIDENCIAIS
No CBD, assiste-se a
uma revitalização do mesmo através de uma recuperação/reconstrução dos equipamentos devolutos
destinados à habitação de luxo. Pretende-se atrair para esta área um estrato de população com maior
poder económico, de forma a rejuvenescer esta área. Há uma nova apropriação do espaço, visível
também na reocupação residencial de edifícios devolutos na parte mais antiga da cidade –
“nobilitação” do centro histórico
A resposta não foi dada, mas a venda de um prédio da Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa
Portuense – na Rua das Flores, provocou interesse em série. Até ontem foram inscritas 127 pessoas e efectuadas 25 visitas. Os
preços das fracções (todas T2) variam entre os 94 e os 115 mil euros.
Foi um prédio construído em finais do séc. XIX e durante muitos anos, no rés-do-chão, acolheu um estabelecimento de
prestígio, a antiga papelaria Reis. Sem obras de restauro, entrou em degradação, ficou desabitado, perdeu a vida. Até que a Porto
Vivo encomendou os estudos, tendo mais tarde o prédio entrado em obras. Um ano depois do início da empreitada, o prédio
readquiriu a sua função: acolher pessoas.Com um pormenor importante: toda a memória do edifício foi preservada, incluindo
tectos, estuques, sem esquecer a clarabóia típica de uma certa arquitectura portuense.
Fonte: JN, 2006
AS ÁREAS INDUSTRIAIS
O aparecimento de grandes áreas urbanas, sobretudo na Europa do séc. XIX, esteve associado à localização
industrial
As razões que justificam a preferência da indústria pelas cidades estão relacionadas com os diversos factores que
as empresas necessitavam e que aí existiam, contribuindo para a minimização de custos. A saber:
Localização do mercado (interno e de outros pontos) e de todo um conjunto de serviços dos quais
interessava beneficiar (bancos, administração pública, serviços, acessibilidades...)
Transportes desenvolvidos e com ligações à periferia favorecendo o acesso de mão-de-obra, matérias-
primas e saída da mercadoria para o mercado
Abundante e diversificada mão-de-obra a baixo custo
Consumidores
Terminais de vias de comunicação
Facilidades de investigação
Actividades subsidiárias fornecedoras de equipamentos e de serviços especializados
Repartição dos custos prestados por empresas de serviços públicos
PRESENTEMENTE
PORQUÊ?
1. Necessidade de vastos espaços, por parte das indústrias modernas, devido à introdução de novas linhas de
montagem, parques de estacionamento, escritórios, serviços sociais (cantinas creches, posto médico...) e
preocupação com o arranjo exterior.
2. Elevada renda locativa que eleva o preço do solo
3. Crescente intensidade do trânsito na cidade que provoca graves problemas de estacionamento
4. Alteração do processo produtivo com segmentação da produção – separação da produção da gestão e direcção
– a produção instala-se junto à mão-de-obra, os escritórios mantêm-se na cidade
5. Poluição sonora e atmosférica que provocam em áreas já muito intensivas em problemas ambientais
obrigando ao estabelecimento de medidas que minimizem estes problemas
6. Maior preocupação com o Ordenamento do território que leva ao aparecimento de planos de urbanização que
limitam as áreas industriais e criam parques que beneficiam de infra-estruturas, de acessibilidades e do preço
do solo mais barato
7. Facilidade de circulação de mercadorias e de matérias primas.
(Exs: joalharia, alfaiataria e confecção de alta costura, tipografias, oficinas de reparação ...)