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Graxaria Brasileira
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Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das Graxarias
IX Workshop Embrapa / Sincobesp
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Editorial 3
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x Catálogo Oficial x
a FENAGRA 2010 – Feira Nacional das Graxarias
IX Workshop Embrapa / Sincobesp
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CARTA AO LEITOR B
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i Seja bem vindo à sua nova edição da Revista Graxaria Brasileira i
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e – Catálogo Oficial da Fenagra 2010. e
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Novamente o departamento de comunicação inova em busca da
satisfação de nossos leitores. Esta edição, além de comemorar o
terceiro ano da Revista Graxaria Brasileira, vem com novidades,
com novos projetos e perspectivas, mas com o mesmo
comprometimento com o leitor.
Boa leitura!
Daniel Geraldes
Editor Chefe
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Sumário / Expediente 5
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e notícias e
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Diretor
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Em Foco 1 Daniel Geraldes
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r Editor Chefe r
a Daniel Geraldes – MTB 41.523 a
x daniel@editorastilo.com.br x
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r Em Foco 2 Jornalista Colaborador r
i Paulo Celestino - MTB 998/RN i
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Publicidade
B Ligia Caetano B
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a Em Foco 3 publicidade@editorastilo.com.br
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Redação
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Lucas Priori
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e redacao@editorastilo.com.br e
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r Índices de mercado Direção de Arte e Produção r
a Leonardo Piva a
graxaria@leonardopiva.com.br
Conselho Editorial
46 Foco na qualidade
Comitê Tecnico
Cláudio Bellaver
Dirceu Zanotto
Lucas Cypriano
Distribuição
56
ACF Alfonso Bovero
caderno técnico 1
62
daniel@editorastilo.com.br
caderno técnico 3 A Revista Graxaria Brasileira é uma
publicação bimestral da Editora Stilo.
A Revista Graxaria Brasileira é uma publicação do mercado
de Graxarias, clientes de graxarias, fornecedores de:
máquinas, equipamentos, insumos, matérias-primas,
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Glicerol para suínos Início de 2010 foi melhor que
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Cientistas a Irlanda do Norte incluíram o glicerol, o de 2009 para pecuarista i
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um sub-produto do biodiesel, na ração de suínos. O
experimento, liderado por Elizabeth Ball, especialista em comprar farelo a
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Nutrição Animal do Instituto de Biociências (AFBI), em
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a Hillsborough, testou os efeitos da inclusão do glicerol nas As relações de trocas para dois dos principais concentrados a
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dietas de terminação sobre o desempenho do animal e a protéicos se comportaram de forma distinta no início desse ano.
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r qualidade da carne. Uma pesquisa semelhante já havia sido Em janeiro de 2010, o poder de compra do pecuarista em r
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feita em aves, com resultados positivos (veja). relação ao farelo de soja melhorou quando comparado ao
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Porém, diferente das aves, o desempenho dos suínos não mesmo período do ano passado.
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foi satisfatório. Quatro dietas foram produzidas, com Enquanto no primeiro mês de 2009, em São Paulo, para uma
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a níveis de glicerol de 0, 4, 8 e 12%, e oferecidas para 48 tonelada do insumo, o pecuarista precisava, em média, de 11,1 a
s suínos em grupos de seis. Os animais foram alojados, s
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arrobas de boi gordo, atualmente, é possível adquirir o mesmo
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l o que permitiu avaliar com mais precisão o consumo de volume de farelo, com 10,5 arrobas, uma melhora de 5% no l
e ração e comportamento individual de cada suíno. Não e
poder de compra.
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r houve diferença no consumo de ração, mas o ganho médio Embora o preço médio da arroba paulista, em janeiro de r
a diário diminuiu em 4 e 12% depois da inclusão de glicerol. a
2010, esteja cerca de 10% abaixo do observado nos primeiros
A taxa de conversão alimentar também tendeu a ser menos eficiente com o aumento do nível de glicerol. trinta dias do ano passado, o farelo de soja, por sua vez, caiu
Para Ball, o glicerol tem potencial para ser um novo ingrediente na dieta suinícola e pode substituir uma parte dos 13% no período.
grãos da ração. Os insumos são a principal fonte de energia em dietas para suínos, mas a oscilação de preços pode A grande oferta do subproduto da soja pressionou o mercado.
diminuir a rentabilidade do plantel. Ainda não há um ingrediente que possa substituir completamente o cereal como fonte Já para o farelo de algodão, a alta dos preços, em função da menor oferta, fez a relação de troca piorar no estado.
de energia, mas vale a pena considerar os ingredientes que podem ser utilizados como substituto parcial, desde que não Em janeiro desse ano, para se adquirir um tonelada de farelo de algodão 28, foi preciso 6,0 arrobas em média, 30% a
interfiram potencialmente na eficiência da produção de carne das granjas. As informações são do site Pig Progress. mais do que em 2009, quando a relação de troca estava em 4,7 arrobas por tonelada do insumo.
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v Minerva investe Biodiesel: JBS e DuPont irão e
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s
t O Minerva, um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne bovina, produzir metilato de sódio i
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couros e boi vivo, comunicou em 4 de janeiro a assinatura de instrumento de promessa
de compra e venda de uma planta de abate de bovinos localizada na cidade de
para Ração Animal a
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r Campina Verde, na região do Triângulo Mineiro, no oeste do estado de Minas Gerais. r
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Segundo o comunicado, a compra do ativo, com capacidade de abate de 700 A multinacional americana DuPont e a JBS firmaram uma parceria para produzir metilato
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a cabeças/dia e desossa de carne bovina, representará para o Minerva um acréscimo de 10% na sua capacidade total instalada de sódio no Brasil. O produto, que acelera a produção de biodiesel, será industrializado na a
r r
e fortalecerá ainda mais a posição da companhia no setor de proteína bovina. A unidade possui aprovações para mercados fábrica da JBS em Pirapozinho (SP).
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a externo e interno. A decisão de produzir metilato de sódio no Brasil reflete o potencial do mercado de a
Os investimentos totais na aquisição e planos de expansão estão estimados em R$ 46 milhões e serão suportados por biodiesel no país. O consumo nacional desse biocombustível está estimado em 2,4 bilhões
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r linha de financiamento de mais de 10 anos e sujeito a linhas de agências de fomento. Para a empresa, a aquisição aumentará a de litros para este ano, o que significa uma demanda entre 40 mil a 60 mil toneladas de r
a metilato de sódio. a
s diversificação geográfica das plantas do Minerva, que passará a operar no estado de Minas Gerais, que se destaca por possuir s
i um dos maiores rebanhos bovinos do Brasil (estimado em 22,4 milhões cabeças). A DuPont é uma das maiores produtoras de metilato de sódio do mundo e líder nos i
l Estados Unidos. A JBS tornou-se uma produtora respeitável de biodiesel no país, após a l
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i incorporação da Bertin. As duas empresas vão aproveitar as suas sinergias para negociarem i
r o catalisador no mercado interno. Atualmente, a DuPont importa o metilato de sódio dos r
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EUA.
“Seremos os primeiros produtores efetivos de metilato de sódio em larga escala no país”, afirmou Vinícius Soares, diretor da
Isenção de alimentos divisão de soluções químicas da DuPont para a América Latina. A unidade terá capacidade para produzir 60 mil toneladas/ano. A
Basf anunciou, no mês passado, que colocará em operação sua primeira fábrica no país a partir do segundo semestre de 2011,
O setor de supermercados deve reivindicar ao governo a isenção dos impostos PIS/Cofins sobre produtos alimentícios também para 60 mil toneladas anuais. “A DuPont está acompanhando o mercado de biocombustíveis há pelo menos 10 anos.
e de higiene, provavelmente em março, afirmou nesta quinta-feira o presidente da Associação Brasileira de Supermercados Apostamos no crescimento desse segmento. É um caminho sem volta”, disse Soares.
(Abras), Sussumo Honda. As negociações entre DuPont e a Bertin começaram antes mesmo do processo de incorporação do frigorífico pela JBS.
Segundo ele, o Brasil é um dos países que mais taxam o setor de alimentação, com uma média de 25%. “As isenções Segundo Rogério Barros, diretor-executivo da divisão de biodiesel e óleo química da companhia, o grupo produz biodiesel em
de impostos deveriam ser feitas também para produtos de largo consumo, o que beneficiaria a todos e não apenas alguns sua unidade de Lins (SP). Boa parte da matéria-prima para a produção de biodiesel da JBS vem do sebo do boi. Em 2009, o grupo
segmentos”, destaca. negociou cerca de 90 milhões de litros de biodiesel por meio dos leilões realizados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás
No ano passado, o governo reduziu o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de produtos como carros, materiais de Natural e Biocombustíveis).
construção e eletrodomésticos. Segundo Rogério Barros, diretor-executivo da divisão de biodiesel e óleo química da companhia, a produção de biodiesel da
O presidente da Abras afirma que já foi apresentado JBS tem como foco o mercado interno. O grupo ainda não tem planos de produzir o biocombustível nos Estados Unidos, onde o
um estudo sobre impacto das reduções ao Ministério do frigorífico também tem fábricas instaladas.
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no ano A matéria é de Mônica Scaramuzzo, publicada no Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
passado, e que agora o próximo passo será ir ao Ministério da
Fazenda.
“Sabemos que há uma sensibilidade no governo para isso,
então vamos trabalhar para que neste ano essas isenções, que
vão beneficiar também as classes que mais impulsionaram o
consumo em 2009 [C, D e E]”, afirmou. A carga do PIS/Cofins na
alimentação é em torno de 10%, sendo 7,65% de Cofins e 1,65%
de PIS.
Creme dental e sabonete
Para Honda, há a possibilidade de que o governo não aceite
isentar todos os produtos do setor, apenas parte deles. “Vamos
batalhar para conseguir ao menos em algumas categorias”. Ele
cita como exemplos, o creme dental e o sabonete.
O presidente da Abras diz ainda que o setor irá reivindicar a
isenção para todos os produtos de todos os tipos. “Não importa
se uma determinada marca de sabonete for de luxo, se houver
isenção para o produto, deverá ocorrer para todas as marcas.”
Ele argumenta ainda que não é necessário crise para que seja
feita a isenção de impostos destes produtos. “Isso independe de
qualquer crise, eles precisam deixar de serem taxados porque a
carga tributária está muito alta”, avalia.
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Notícias 11
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v Boas perspectivas para FAO: em 2010, produção mundial e
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o setor de carnes de carnes avícolas cresce 3% i
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Valor Econômico
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Notícias 15
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Biodiesel também é feito de sebo e
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t Já está valendo a lei que regulamenta a nova Figura1
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Proporção das matéiras primas utilizadas para a fabricação de biodiesel.
a proporção de biodiesel adicionada ao diesel da 100% a
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É freqüente a citação de matérias-primas como
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Óleo de soja Sebo Óleo de Algodão Outros Materiais Graxos
s a mamona, palma, canola e outras tantas que não Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) s
i representam nem 5% da produção de biodiesel i
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e nacional e não atendem, nem de perto, a demanda crescente pelo biocombustível. e
i A soja é a principal matéria-prima, mas existem diversas ressalvas quanto à substituição de destino da oleaginosa. i
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a Mas e o sebo? Bom, este várias vezes nem entra na história. a
Na figura 1 temos a participação da soja, sebo e óleo de algodão na produção de biodiesel. Nos outros materiais graxos
estão incluídos os produtos da agricultura familiar.
Fonte: Hyberville Neto (Consultor da Scot Consultoria)
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v Sindirações: produção encerra Salmonela em frangos e
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2009 com queda de 0,5% Uma pesquisa feita pelo FSIS, órgão de segurança alimentar do
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a Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), constatou a presença a
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Depois de um ano de turbulências, a indústria de rações vai encerrar 2009 com de salmonela em diversos estabelecimentos agrícolas do país. Foram G
r produção praticamente estável em relação ao ano anterior. Serão 58,4 milhões de recolhidas 1773 amostras em 172 locais. r
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toneladas no ano, recuo de 0,5% em relação a 2008. A avicultura de corte, carro-chefe Segundo a análise, 7,1% das amostras estavam contaminadas com x
a do segmento, registrou crescimento de 0,8%. Os segmentos mais afetados foram os de salmonela, ante uma taxa positiva de 5,2% no segundo trimestre de a
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bovinocultura de corte e de leite. 2009. As informações foram divulgadas pelo boletim da Associação Norte i
a De forma geral, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal Americana de Processadores de Carne e apuradas pelo site Meating Place. a
(Sindirações), foi um ano de baixos preços de milho, portanto, de maior utilização do
B B
r grão pelo produtor e de menor uso de premix (pré-mistura de minerais e vitaminas usada r
a a
na ração). Para 2010 o objetivo é consolidar a recuperação iniciada em 2009. O setor
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espera crescer de 5% a 10%, parte dessa projeção baseada na expectativa de expansão da
EcoVida da Big Frango
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produção de proteína animal, sobretudo de avicultura e suinocultura.
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i Apesar de, na média, o desempenho dessa indústria ter sido mais estável, alguns i
r O escritório regional do deputado federal Alex Canziani na cidade paranaense de Londrina agora virou um “ecoponto” do r
segmentos foram mais afetados, como o de bovinocultura de corte, que recuou 6% neste
a Programa de Coleta e Reciclagem de Óleo Vegetal da BF Ambiental, do Grupo Big Frango, de Rolândia. A proposta da BF é a
ano. Parte dessa retração se deveu à diminuição da produção de bovinos em sistema de confinamento que, segundo a
recolher, em três meses e em todos os seus postos de coleta, um milhão de litros de óleo de fritura usado para reciclagem – o
Associação Nacional de Confinadores (Assocon), foi de 20% no país. Na bovinocultura leiteira o consumo de ração decresceu
que pode se transformar na maior campanha de reciclagem de óleo vegetal já vista.
7,9% em 2009, resultado de um descompasso entre receitas e custo de produção.
Se não tiver a destinação correta, o óleo pode poluir os mananciais, comprometer o ecossistema e entupir esgotos e
galerias pluviais.
fornecedor de carnes do mundo Mais informações sobre o programa e a relação dos “ecopontos” você pode obter em: www.bfambiental.com.br/
(Monitor Mercantil)
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Notícias 19
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v Os “motores” BRF prevê investimentos abaixo e
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da indústria de ração de R$ 1 bilhão em 2010 i
s
t
a O presidente executivo da BRF-Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay, a
disse que os investimentos da companhia devem ficar abaixo de R$ 1 bilhão
G A avicultura continua a ser a principal responsável pelos resultados da G
r em 2010, considerando também os aportes da Sadia. Este ano, BRF e Sadia r
indústria de alimentação animal. Juntas, a avicultura de corte e postura,
a devem investir, juntas, cerca de R$ 800 milhões em ativos permanentes e a
x respondem pelo consumo de mais de 50% de toda ração produzida no País. x
a aproximadamente R$ 370 milhões em matrizes, totalizando R$ 1,17 bilhão. a
Com uma produção estimada em 10,5 milhões de toneladas de carne de frango
r “Em 2010, devemos ficar ligeiramente abaixo disso. De 2011 para frente, é r
i e 61,6 milhões de caixas de ovos, o setor avícola vai encerrar 2009 registrando i
a difícil dizer, pois ainda não temos total visibilidade de como a companhia a
um consumo de mais de 32 milhões de toneladas de ração, volume semelhante
ficará após a integração das operações”, afirmou o executivo, durante encontro
B ao demandado em 2008. B
r com analistas e investidores promovido pela Associação dos Analistas e r
Ressentindo-se do baixo consumo de carne suína no mercado doméstico e
a Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais em São Paulo (Apimec- a
s da queda da rentabilidade de suas exportações, a suinocultura brasileira deve s
i SP). i
encerrar o ano com consumo de ração industrial estável, mas com queda no uso
l Segundo Fay, nos próximos dois anos o foco da BRF será a captura de l
e de tecnologia nutricional. Responsável pelo consumo de 27% de toda a ração produzida no País, o setor suinícola fecha o ano e
i sinergias geradas a partir da união com a Sadia. “No próximo ano, devemos i
com um consumo de 15 milhões de toneladas de ração.
r preparar o nosso plano de investimento até 2015. E ele vai depender muito r
a Ao contrário do ano passado, a pecuária de corte não ajudou a alavancar os resultados do setor em 2009. O descompasso a
da nossa decisão de aquisição fora do Brasil”, adiantou Fay. Após a fase de
na relação do valor da arroba do boi e o preço do bezerro, somado aos outros fatores de ordem conjuntural, forçaram os
captura de sinergias, a prioridade da BRF será a expansão no mercado externo,
produtores a retardar o confinamento dos animais e, por extensão, o consumo de ração. Para se ter uma ideia o confinamento
que pode ocorrer tanto por meio de compras como por crescimento orgânico.
de bovinos enclheu 20% em 2009. A bovinocultura de corte deve terminar o ano com uma queda de 7% no consumo de ração.
Até lá, os investimentos devem ficar voltados para aumento de
A surpresa ficou por conta da aquicultura. O apoio do governo federal ao setor – a Secretaria Especial de Pesca foi
produtividade e melhorias. Fay lembrou que a Sadia e a antiga Perdigão
recentemente transformada em Ministério da Pesca – e ao consumo de peixes no Brasil tem estimulado investimentos de
vinham, nos últimos anos, em um ritmo acelerado de investimentos, inclusive
ordem privada na aquicultura, principalmente na região nordeste. “A profissionalização do setor vem alavancando o consumo
com a construção de novas fábricas. A Sadia construiu uma unidade em Vitória
de ração industrial para peixes no País”, explica Ariovaldo Zanni, diretor-executivo do Sindirações. Em 2009 o setor deve
de Santo Antão (PE) e a Perdigão construiu unidades em Rio Verde (GO) e Bom Conselho (PE). Também por essa razão,
ampliar em 20% seu consumo de ração.
Redação Avicultura e Suinocultura Industrial explicou o executivo, investimentos na construção de novas unidades tornam-se desnecessários por enquanto.
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Em Foco 1 23
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i No melhor dos casos, a centrífuga exigidos de grau de pureza, o MAPA deve i
s consegue taxas iguais ou até maiores a também exigir no máximo os 0,15% de CMPAF s
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a 0,50% de CMPAF no volume total do produto no sebo usado em alimentação animal por a
centrifugado. meio de Instrução Normativa. Tal decisão vai
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r Em breve, no Brasil, como historicamente alterar completamente o processo de filtragem r
a tem acontecido, o MAPA (Ministério da de sebos e criar possibilidades de inovação a
x x
a Agricultura e Pecuária) deve deliberar tecnológica nas graxarias brasileiras. A medida a
r Instrução Normativa para adequar o Petfood irá também contribuir para a limpeza e melhoria r
i i
a nacional aos padrões internacionais. Foi no ambiente das graxarias. a
assim com a Instrução Normativa nº 56 que Uma boa opção para essa adequação seria
B B
r estabeleceu regras mais dignas no transporte a incorporação do Filtro de Pré-Capa. Esse r
a de animais para consumo. Após novas regras equipamento, em razão de seu processo de a
s s
i em outros países e pressão interna veio filtragem consegue reduzir a porcentagem de i
l a Normativa que equiparou nossas regras CMPAF a números virtualmente próximos do l
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a normas internacionais de transporte de zero. O Filtro Pré-Capa seleciona o produto i
r animal. Outro exemplo são as diversas por tamanho, não por peso como acontece r
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Instruções Normativas que instituíram regras na decanter, fator físico determinante para a
de prevenção do mal da “Vaca Louca”. Embora filtragem e retirada praticamente absoluta de
nenhum caso tenha sido registrado no Brasil, o impurezas dos sebos.
MAPA seguiu as mesmas resoluções tomadas “A grande vantagem do Pré-Capa é seu
em outros países. A Instrução Normativa mais grau de pureza, o filtro consegue deixar o
recente sobre o assunto é IN n° 34 de maio de sebo com alto teor de pureza exigido pela
2008, que também segue padrões europeus e maior parte de nossos compradores. Além
norte-americanos. disso, os nossos clientes são muito exigentes,
Para estar em sintonia com os números com o Pré-Capa deixamos o sebo muito claro.
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t Isso agrega valor ao negócio, conseguimos nossos funcionários estão muito mais t
a preços melhores e uma boa qualidade em protegidos”, afirmou. a
B de aço inox, que são limpas por meio de “A capacidade de trabalho do filtro B
r vibração pneumática. Esse fator representa realmente é muito boa, enquanto o Prensa r
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s uma economia substancial no processo, tem perdas entre 35% a 40% de sebo residual s
i primeiramente na mão de obra, não utilizada na torta descartada, o Pré-Capa tem cerca i
l l
e na maior parte do processo. A outra vantagem de 30% abaixo deste residual, ou seja, 20% e
i é a economia com energia elétrica, o Filtro a 25% de sebo na torta soprada por apenas i
r r
a Pré-Capa não consome energia elétrica. 15-20 minutos. Isto resulta em ganhos diários a
“Não temos dúvidas sobre os benefícios de sebo filtrado para a empresa. Além disso,
em contar com o Pré-Capa em nossa planta, seu grau de pureza obtido já está de acordo
o manuseio é muito simples e sua automação com os padrões norte-americanos que logo
permite que ele funcione praticamente estarão valendo no Brasil”, assinala.
sozinho. Basta que um funcionário vez por O Pré-Capa ainda tem longa vida, existem
outra regule as válvulas. Além disso, não unidades que estão no mercado há mais
precisamos trocar a todo momento de pano. de 15 anos sem grandes reparos. Um bom
Com a vibração das telas é muito mais equipamento é aquele que tem eficiência e
simples e rápido fazer a limpeza e descarga durabilidade comprovada e atestada.
do bolo”, explicou o Gerente de Produção da Portanto, conforme mudam as regras
Agro Braido, Hélio Artigiani. se alteram também os meios de produção.
O supervisor de produção da Braido Ltda., A sobrevivência das graxarias brasileiras
Adão Soarez Donizeti, destaca a segurança do sempre foi marcada pela agregação de
Filtro de Pré-Capa. novas tecnologias que ao mesmo tempo
“Quero registrar a segurança do Filtro conseguem se adaptar a novos padrões de
Pré-Capa, por trabalharmos com altas produção, oferecer condições mais dignas ao
temperaturas e o filtro funcionar fechado trabalhadores e baratear os processos.
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Em Foco 2 27
R crescimento. Do aumento previsto nos próximos 11 anos O crescimento da produção agrícola deve dar–se com base R
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Projeções do Agronegócio - Brasil na produção de soja e milho, 52,0% deverá ser destinado ao
consumo interno, distribuídos da seguinte forma: 57,9% do
na produtividade. Deverá ser mantido forte crescimento da
produtividade total dos fatores como trabalhos recentes têm
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2008/09 a 2018/19 aumento da produção de milho devem ir para o mercado interno
em 2018/19, e 44,9% do aumento da produção de soja deverá
mostrado. Os resultados revelam maior acréscimo da produção
agropecuária que os acréscimos de área. As previsões realizadas
s
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a
ir para o consumo interno. Haverá, assim, uma dupla pressão até 2018/19 são de que a área de soja deve crescer 5,2 milhões
G Estados. Há uma nota metodológica onde foram apresentadas as G
Organizações públicas e privadas necessitam ter rumos,
r sobre o aumento da produção nacional, o crescimento do de hectares em relação a 2007/08; a área de milho, 1,75 milhão r
a saber que caminhos seguir para direcionar seus esforços e principais características dos três modelos. Apesar de diferenças a
mercado interno e as exportações do país. Nas carnes, também de hectares; a área de cana deve crescer de 6 milhões de hectares;
x recursos, num futuro próximo e de longo prazo. Esta visão específicas, contidas em cada um, a idéia básica de operação dos x
a haverá forte pressão do mercado interno. Do aumento previsto as áreas de arroz e trigo devem aumentar e o café deve sofrer a
r prospectiva não é estática, mas exige revisões periódicas, em modelos é que eles analisam os dados passados e as chances r
na produção de carnes, de 12,6 milhões de toneladas entre redução de área. No total das lavouras analisadas, o Brasil deverá
i face de mudanças no ambiente interno e externo. Por este desses fatos passados se repetirem no futuro. i
a 2007/08 a 2018/19, 50,0% deverão ser destinados ao consumo ter um acréscimo de área da ordem de 15,5 milhões de hectares a
motivo instituições que trabalham com essa visão de longo As projeções foram realizadas em 18 produtos do
interno e o restante dirigido às exportações. nos próximos anos.
B prazo, atualizam sistemàticamente suas projeções. agronegócio: milho, soja, trigo, laranja, suco de laranja, carne de B
r Também com relação a outros produtos o Brasil deve r
a Ao projetar o futuro do agronegócio brasileiro para os frango, carne bovina, carne suína, açúcar, etanol, algodão, farelo a
melhorar sua posição no comércio mundial, dada pela relação MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.
s próximos anos, este trabalho tem como objetivo indicar de soja, óleo de soja, leite in natura, feijão, arroz, batata inglesa s
entre quantidade de exportação e comércio mundial. Para a Assessoria de Gestão estratégica - AGE
i i
possíveis direções do desenvolvimento e fornecer subsídios e mandioca. Coordenação Geral de Planejamento estratégico - CGPE
l soja, essa relação deverá passar de 36,0% em 2008 para 40% em l
Esplanada dos Ministérios, Bloco D – 7º Andar – 70.043-900 –
e aos formuladores de políticas públicas quanto às principais e
2018/19; para o óleo de soja, de 63% para 73,5%; para o milho, Brasília / DF – Tel: (61) 3218 - 2644 – Fax: (61) 3225-4738 5
i i
r tendências dos principais produtos do agronegócio. Os resultados Principais Resultados e Tendências das de 13% para 21,4%, e para o açúcar, de 58,4% para 74,3%. r
a buscam, também, atender a um número enorme de usuários dos Projeções a
no contexto mundial para que o país continue crescendo e acentuado crescimento do consumo. Países superpopulosos terão Soja 1000 Ton. 60.072 63.842 63.842 67.115 67.612 70.514 71.054 73.984 74.504 77.450 77.966 80.914
conquistando novos mercados. dificuldades de atender às demandas devido ao esgotamento de Trigo 1000 Ton. 5.414 5.482 5.482 5.963 6.203 6.443 6.684 6.924 7.165 7.405 7.645 7.886
O trabalho Projeções do Agronegócio – Brasil 2008/09 a suas áreas agricultáveis. As dificuldades de reposição de estoques Carne de Frango 1000 Ton.* 11.130 11.517 11.517 12.703 13.295 13.888 14.480 15.073 15.665 16.258 16.851 17.443
2018/19, ora tornado público, é o quarto sobre uma visão mundiais; o acentuado aumento do consumo especialmente de Carne Bovina 1000 Ton.* 10.382 10.989 10.989 11.894 12.346 12.799 13.251 13.703 14.155 14.608 15.060 15.512
prospectiva do setor, base para o planejamento estratégico do grãos como milho, soja e trigo; o processo de urbanização em
Carne Suína 1000 Ton.* 3.107 3.213 3.213 3.421 3.525 3.629 3.733 3.837 3.941 4.045 4.148 4.252
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para curso no mundo, criam condições favoráveis aos países como
Farelo de Soja 1000 Ton. 24.948 25.560 25.560 27.136 27.924 28.712 29.500 30.288 31.076 31.864 32.652 33.439
sua elaboração foram consultados trabalhos de organizações o Brasil, que têm imenso potencial de produção e tecnologia
Arroz 1000 Ton. 12.112 12.260 12.260 12.502 12.622 12.743 12.864 12.985 13.106 13.227 13.348 13.468
brasileiras e internacionais, alguns deles baseados em modelos disponível. A disponibilidade de recursos naturais no Brasil é
de projeções. fator de competitividade.
Os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro
Metodologia Utilizada deverão ser a soja, milho, trigo, carnes, etanol, farelo de soja, Exportação
O período das projeções abrange 2008/09 a 2018/19, óleo de soja e leite. Esses produtos indicam elevado potencial de Produto Unidade 2007/08 2008/09 2008/09 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19
portanto um período de onze anos. Para facilitar o crescimento para os próximos anos. Milho 1000 Ton. 11.554 11.152 11.152 13.503 14.679 15.854 17.030 18.205 19.381 20.556 21.732 22.907
acompanhamento e compreensão dos leitores, as comparações A produção de grãos (soja, milho, trigo, arroz e feijão) deverá
Soja 1000 Ton. 25.750 27.071 27.071 28.782 29.680 30.631 31.620 32.574 33.550 34.520 35.490 36.461
realizadas ao longo do trabalho são feitas em relação ao ano passar de 139,7 milhões de toneladas em 2007/08 para 180,0
Carne de Frango 1000 Ton.* 3.615 3.805 3.805 4.364 4.644 4.924 5.203 5.483 5.763 6.043 6.322 6.602
safra corrente, 2007/08. milhões em 2018/19.
Carne Bovina 1000 Ton.* 2.400 2.627 2.627 3.027 3.227 3.427 3.627 3.827 4.027 4.227 4.427 4.627
Os dados básicos utilizados para realizar as projeções Brasil Isso indica um acréscimo de 40,0 milhões de toneladas à
Carne Suína 1000 Ton.* 625 688 688 773 816 858 901 943 986 1.028 1.071 1.114
no período observado são da CONAB, MAPA e Embrapa Gado de produção atual do Brasil. A produção de carnes (bovina, suína
Leite. As comparações internacionais, em geral foram realizadas e aves), deverá aumentar em 12,6 milhões de toneladas. Isso Farelo de Soja 1000 Ton. 13.200 13.440 13.440 13.758 13.917 14.076 14.235 14.395 14.554 14.713 14.872 15.031
sendo dada neste trabalho é inédita. Não temos conhecimento deverá representar, 89,7% do comércio mundial. Esses resultados Carne Bovina 1000 Ton.* 8.013 8.208 8.208 8.611 8.812 9.014 9.216 9.418 9.620 9.822 10.024 10.226
de trabalhos publicados no Brasil que tenham trabalhado com indicam que o Brasil continuará a manter sua posição de primeiro Carne Suína 1000 Ton.* 2.482 2.526 2.526 2.648 2.709 2.770 2.832 2.893 2.954 3.015 3.076 3.137
esses modelos. exportador mundial de carne bovina e de carne de frango. Farelo de Soja 1000 Ton. 11.800 12.083 12.083 13.311 13.925 14.539 15.154 15.768 16.382 16.996 17.610 18.224
Três modelos estatísticos foram usados: Suavização Apesar do Brasil apresentar nos próximos anos forte aumento Arroz 1000 Ton. 13.000 13.208 13.208 13.465 13.594 13.723 13.852 13.980 14.109 14.238 14.367 14.495
Exponencial, Box & Jenkins (Arima) e Modelo de Espaço de das exportações, o mercado interno será um forte fator de
* Equivalente carcaça
Fonte: AGE/MAPA, 2008
28
Em Foco 3 Fonte: Departamento Estatístico da Editora Stilo.
Índices de mercado
29
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e Colaboração de Dados – e
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Aboissa, Sincobesp, Mapa. i
s As informações destes índices s
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são dados baseados no CIF-SP
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podendo variar um pouco para
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cima ou para baixo.
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i Entre os dias 25 e 26 de março próximo, de renomados palestrantes nacionais e i
r r
a
São Paulo receberá cerca de 5.000 visitantes internacionais (ver programa no site www. a
da V FENAGRA e participantes do IX sincobesp.com.br)
Workshop de Graxarias, eventos simultâneos Para a solenidade conjunta de abertura
que sinalizarão as tendências da indústria dos dois eventos estão sendo convidadas
nacional de farinha e gordura animal para autoridades e personalidades ligadas aos
este e os próximos anos. setores da Agropecuária e da Indústria.
Esses encontros são promovidos pelo O público-alvo são empresários,
Sindicato dos Coletores e Beneficiadores de profissionais, técnicos e compradores
Subprodutos de Origem Animal (SINCOBESP) do mercado global de graxarias. Com
e contam com o apoio da EMBRAPA Suínos e a participação de empresas nacionais e
Aves. Novamente, serão realizados na sede visitantes de países da América Latina, o
da Fecomércio – Federação do Comércio do evento é direcionado à toda cadeia produtiva
Estado de São Paulo e são os únicos e mais do setor de graxarias, fabricantes de
importantes eventos nacionais do segmento. máquinas e equipamentos, fornecedores
Ambos são direcionados a toda cadeia de produtos e matérias-primas, tecnologia
do setor – pecuária, beneficiadores de e serviços. Esta edição, por solicitação dos
matérias primas, indústria de máquinas próprios expositores, terá um espaço 10%
e equipamentos de beneficiamento, maior que o anterior.
compradores das indústrias de produtos Destacamos para 2010 a participação de
alimentícios, de cosméticos, de higiene empresas estrangeiras que irão expor – USA,
e limpeza, de pet food, indústrias de Chile, Itália, Austria e Alemanha.
conservação, de embalagens, frigoríficos e
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ÍNTEGRA DO PROGRAMA v
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a 25/03/2010 a
G G
r 08h00 às 09h00 – Credenciamento e Entrega de Material r
a a
x 09h00 às 10h00 – Desafios e soluções na Preservação de Matérias Primas de Origem animal – x
a Equipe Eurotec Nutrition a
r r
i 10h00 às 10h30 – Intervalo i
a 10h30 às 11h15 – EMBRAPA a
B 11h15 às 12h00 – Qualidade das farinhas de Vísceras para a Indústria de Pet Food B
r 12h00 às 14h00 – Brunch e Visitação a FENAGRA r
a a
s 14h00 às 15h00 – Abertura Oficial da 5ª FENAGRA – Cerimonial de Abertura do IX Workshop s
i 2010 i
l l
e Pronunciamento do presidente do Sincobesp e demais autoridades e
i Apresentação da Orquestra Bachiana com o Maestro João Carlos Martins e palestra motivacional i
r r
a sobre Superação a
15h00 às 15h45 – Sergio Nates – Presidente FPRP Reaserch Program (Fats & Protein Fondation)
– New Market, Products e etc
15h45 às 16h30 – Biodiesel e Biogas - Oportunidades para Indústria de Graxaria - BDI / Tecnal
16h30 às 17h00 - Debates sobre os Temas do dia
17h00 – Visitação à Feira
26/03/2010
Maiores Informações:
SINCOBESP
(11) 3237-2860 ou sincobesp@uol.com.br
Obs: a íntegra do programa acima está sujeito a alterações até a data de início do evento.
AUTORIDADES À CONFIRMAR:
Reinhold Stephanes, (Ministro da Agricultura), Carlos Minc (Meio Ambiente),Roberto
Mangabeira Unger (Ministro de Estado Extraordinário de Assuntos Estratégicos), José
Serra (Governo do Estado de S. Paulo),Gilberto Kassab (Prefeito do Estado de São
Paulo), João Carlos de Almeida Sampaio Filho (Secretário de Agricultura do Estado de
São Paulo),Inácio Kroetz (MAPA), Nelmon Oliveira (Mapa), Paulo Skaf (Presidente da
Fiesp), Roberto Rodrigues (Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp),
Presidente da Embrapa - Pedro Antônio Arraes Pereira, Fernando Turra (Presidente da
ABEF), Dirceu Talamini (Embrapa), José Eduardo Cardoso (Deputado Federal), Regis de
Oliveira (Deputado Federal), Luis Carlos Setin (Deputado Federal).
36
Capa 37
G Nome Fantasia: ABOISSA Cidade: Osasco Lançamento durante a Fenagra 2010: Contact Person during the Expo: Hannes G
r Endereço: Largo do Arouche, 396 Estado: SP Controle de Odores vía plasma frio BEKZON; Stabla. r
a a
x Cidade: São Paulo Cep: 06273-070 Rotadiscos Stord; Evaporadores AZ. x
a a
r
Estado: SP Telefone: (11)3658-8900 Stand nº: 16 Razão Social: BRAIDO AGROINDUSTRIAL r
i Cep: 01219-010 Fax: (11) 3658-8909 Pessoa de Contato no Evento: Camilo LTDA i
a a
Telefone: (11) 3353-3000 E-mail: comercial@anhembiagro.com.br Avendano Nome Fantasia: BRAIDO
B Fax: (11) 3353-3033 Produto/Serviço: Farinha de Carne, Sebo Endereço: Rua João Batista Pessini, 555 / 595 B
r r
a E-mail: munir@aboissa.com.br Industrial e Serviço de Armazenagem Company Name: BDI – BIODIESEL Cidade: Itupeva a
s s
i Site: www.aboissa.com.br Frigorífica. INTERNATIONAL AG Estado: SP i
l Produto/Serviço: Farinhas, Gorduras, Lançamento durante a Fenagra 2010: Address: Parkring 18 Cep: 13295-000 l
e e
i Equipamentos, Banha Suína, Farinha de Stand nº: 03/04/05 City: Grambach / Graz Telefone: (11) 4368-4933 i
r r
Carne e Ossos, Farinha Calcinada, Farinha Pessoa de Contato no Evento: Claudio UF: AUSTRIA Fax: (11) 4368-4933
a a
de Carne Suína, Farinha de Peixe, Farinha Manoel de Oliveira. Zip Mail: 8074 E-mail: braidoltda@uol.com.br
de Pena, Farinha de Sangue, Farinha de Phone: +43 316 4009 100 Site: www.braidoltda.com.br
Vísceras, Graxa Suína, Hemoglobina, Plasma, Razão Social: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE Fax: +43 316 4009 110 Produto/Serviço: Farinha de Carne e Ossos e
Óleos e Gorduras para Biodiesel, Óleo de RECICLAGEM ANIMAL E-mail: bdi@bdi-biodiesel.com Sebo Industrial.
Peixe, Óleo de Vísceras, Sebo Bovino, Sebo Nome Fantasia: ABRA Web-Site: www.bdi-biodiesel.com Lançamento durante a Fenagra 2010:
Bovino Branqueado, Sebo Bovino Refinado Endereço: SRTV/S Qd. 701 – Centro Products/Service: Market- and technology Stand nº: 03/04/05
Desodorizado, Sebo Hidrogenado, Squid Meal, Empresarial Brasília – BL B – Sala 619 leader for building tailor-made and turn-key Pessoa de Contato no Evento: Celso Braido e
Torta de Farinha de Carne, Terra Clarificante, Cidade: Brasília Multi-Feedstock BioDiesel plants. Carlos Braido.
Soda Cáustica, Escama Líquida, Catalisador de Estado: DF
Níquel, Ácido Sulfúrico, Farelos e Grãos. Cep: 70340-907
Lançamento durante a Fenagra 2010: Telefone: (61) 4501-7199 / (61) 8137-4030
Stand nº: 37 Fax: (61) 4501-7199
Pessoa de Contato no Evento: Munir E-mail: abra_br@hotmail.com
Aboissa. Site: www.abra.ind.br
Produto/Serviço: Entidade de classe
Razão Social: ALPHA LINK AUTOMAÇÃO representativa.
INDUSTRIAL LTDA Lançamento durante a Fenagra 2010: sem
Nome Fantasia: ALPHA LINK AUTOMAÇÃO lançamentos.
Endereço: Alameda Japura, 270 - Vista Alegre Stand nº: 20
Cidade: Vinhedo Pessoa de Contato no Evento: Vinícius
Estado: SP Marques Oliveira.
Cep: 13280-000
Telefone: (19) 9258-5248 Razão Social: AZ Ingeniería y Máquinas Ltda
Fax: Nome Fantasia: AZ Ingeniería
E-mail: alphalink@uol.com.br Endereço: Tobalaba 4033-B Providencia
Produto/Serviço: Automação Industrial para Cidade: Santiago
a Indústria de Graxaria. Estado: CHILE
Lançamento durante a Fenagra 2010: Telefone: + 56-2-2774450 +56-2-2774370
Stand nº: 21 Fax: + 56-2-2266098
Pessoa de Contato no Evento: Luiz Alberto E-mail: camiloav@azing.cl
Castrucci. Site: www.azing.cl
Razão Social: ANHEMBI AGRO INDUSTRIAL Produto/Serviço: Plantas de Rendering;
LTDA Secadores Rotadiscos, Rotatubos, Aire
Nome Fantasia: ANHEMBI Caliente; Evaporadores; Control de Olores;
Endereço: Rua Américo Vespúcio, 900 - Control de aguas residuales em plantas
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Capa 39
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Claudio Bellaver
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e Med. Vet., PhD, ProEmbrapa e QualyFoco - Consultores
i Associados, Concórdia SC - bellaver@netcon.com.br
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Compostos voláteis da
cocção de produtos/
subprodutos cárneos
Os produtos cárneos cozidos produzem aromas e de hidrogênio. A interação entre o sulfeto de hidrogênio e
odores havendo cerca de 30 anos de pesquisas no assunto. compostos alifáticos contendo enxofre com aldeídos furanos
Os compostos são determinados laboratorialmente por e compostos carboxílicos são rotas de compostos voláteis.
cromatografia gasosa ou espectrometria de massa. Há cerca A mistura de subprodutos de aves, suínos e bovinos
de 1.000 componentes com características especificas que aumenta em três vezes concentração de compostos voláteis
conferem aroma e/ou odor. Dependem de condições de (4.828 μg/kg amostra) em relação a cocção dos músculos
cocção tais como: tempo de retenção na cocção, temperatura puros das respectivas espécies (1.604 μg/kg amostra).
de cocção e a composição dos produtos cozidos. Subprodutos que passam por processos de proteólise
Os compostos voláteis que podem ser encontrados com origem microbiológica geram aminas biogênicas,
são hidrocarbonetos (200 compostos: alcanos, alcenos, sendo essas substâncias altamente voláteis, tóxicas e que
aromáticos), álcoois e fenóis, aldeídos, ésteres e ácidos conferem odor desagradável, sendo facilmente perceptível e
carboxílicos de cadeia curta e média, lactonas, furanos, acentuadas pela cocção.
piranos, piróis, piridinas, pirazinas, compostos sulfurados O tratamento térmico deve ser moderado para que
heterocíclicos e não heterocíclicos. Dois grupos principais de não haja resultados desfavoráveis na digestibilidade de
reações são responsáveis pelos odores da cocção: a) reação proteínas e vitaminas, incluindo nesse caso, diminuição da
de Maillard e b) oxidação térmica dos lipídios. Os produtos da digestibilidade protéica e da disponibilidade de aminoácidos
oxidação e degradação lipídica são os de maior importância indispensáveis. Um aquecimento exagerado torna as
e, entre os compostos principais citam-se: componentes gorduras impróprias à alimentação, pois leva à formação
alifáticos como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, de Acroleína, substância volátil e tóxica aos animais e ao
e ácidos carboxílicos conjuntamente com lactonas, furanos, homem.
compostos aromáticos. A pergunta que fica à todo o setor de farinhas e gorduras
Substancias solúveis em água, como aminoácidos, e ao MAPA é:
açúcares redutores, nucleotídeos, e tiamina são responsáveis Quem controla os níveis dessas substâncias prejudiciais à
por compostos heterocíclicos dando a coloração de tostado. saúde dos animais e do homem?
As maiores classes de compostos heterocíclicos incluem - Certamente não são as IN´s ou a palavra do fabricante. Os
pirazina, oxazóis, tiazóis, e tiofenos, mas outros compostos compostos estão presentes em níveis variados e, até pela cor
como pirazóis, piridinas, tri-tiolenos e ainda compostos dos produtos e odor de muitas graxarias, sabe-se disso. A
sulfurosos heterocíclicos. solução reside nas auditorias voluntárias e independentes de
Na degradação de Strecker a cisteína produz o sulfeto Gestão da Qualidade.
48
Pet Food On Line Por Claudio Mathias
49
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EXTRUSÃO DE SOJA má absorção de nutrientes em animais jovens. R
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- Lipases e lipoxigenases: resultam em peroxidação e sabor
v
i A soja bruta, não pode ser usada efetivamente como de feijão cru, respectivamente. i
s - O ácido fítico: este interfere com a absorção adequada de s
t um ingrediente de alimentação animal. Há muitos fatores t
a antinutricionais na soja crua que pode dificultar a digestão dos minerais, especialmente zinco. a
nutrientes. Alguns desses fatores antinutricionais incluem os - Isoflavonas: estes possuem atividade estrogênica, que
G G
r seguinte: pode resultar em problemas reprodutivos. r
a a
- Inibidores: tripsina e quimotripsina; eles interferem na
x x
a digestão das proteínas. (Kakade et al. 1973) estimou que Todos, menos os dois últimos fatores antinutricionais
a
r cerca de 40% da redução no desempenho do crescimento dos podem ser desativados através de tratamento térmico r
i adequado, tal como ocorre na extrusão. Porque i
a animais alimentados com soja crua é devido aos inibidores a
de tripsina. Clinicamente, a hipertrofia do parcreas ocorre todos esses fatores antinutricionais são de natureza
B protéica. O tipo de processamento térmico pode afetar B
r nestes animais devido ao esforço do pâncreas para compensar r
a estes fatores através do aumento da secreção de tripsina e negativamente as proteínas oleaginosas, assim sendo a
s
quimotripsina (Mian e Garlich, 1985). deve-se ser cauteloso no processamento da soja a fim s
i i
l Claudio Mathias - Hemaglutininas (lectinas): elas interferem com a disgestão de se obter um produto com elevado teor de nutrientes
l
e Andritz Feed & Biofuel dos carboidratos por interferir na função da enzima amilase. digestíveis, especialmente energia e proteína, e ao e
i mesmo tempo reduzindo os fatores anti nutricionais ou i
Divisão de Extrusão - Urease: esta enzima é importante na alimentação de
r r
a mathiasclaudio@uol.com.br monogástricos apenas como um guia para medir a eficiência mesmo alterando a estrutura dos mesmos tornando-os a
andritz-fb.br@andritz.com
do processamento. Existe uma grande preocupação na inativos.
alimentação de ruminantes com dietas que muitas vezes A alta temperatura e o curto tempo de cozimento
contêm quantidades consideráveis de uréia, sendo que a fornecido pelo processo de extrusão a seco realizam essa
urease pode dividir a uréia em duas moléculas de amônia, que função melhor do que qualquer outro processo. A não
pode ser tóxico para o animal. necessidade de um processo posterior de secagem que
EXTRUSÃO A SECO
Embora a extrusão a seco tenha sido inicialmente sementes de algodão.
projetada para o cozimento de soja, cereais e alimentos - Pasteurização ou esterilização de alimentos para humanos
para animais em fazendas, atualmente sua utilização em e para animai s.
aplicações diversas reflete a sua versatilidade e capacidade - Desativação de fatores antinutricionais presentes em
de obter o objetivo necessário em uma forma rentável. leguminosas.
Abaixo estão algumas das atuais aplicações de extrusoras a - Produção de altas protéinas não degradáveis para ruminantes
seco: (by pass proteins).
- Transformação de sementes oleaginosas, incluindo soja, - Produzir produtos com liberação lenta de amônia para
canola, caroço de algodão, girassol e amendoin. a alimentação segura de nitrogênio não protéico para
- Processamento de subprodutos com alta umidade ruminantes.
proveniente da indústria alimentícia, animal e marinha em
ingredientes de alta qualidade para rações. VANTAGENS NUTRICIONAIS DO
- Pré-tratamento das sementes oleaginosas antes da extração PROCESSO DE EXTRUSÃO A SECO
do óleo. O cozimento por extrusão das sementes oleaginosas,
facilita a extração do óleo devido a rupturas da células e Desde a sua introdução no mercado a extrusora a seco foi
desidratação parcial antes de entrar na prensa, aumentando estudada e comparada à outras técnicas de processamento
assim a sua capacidade nominal e eficiência (Said, 1998). relevantes para as conseguências nutricionais da alimentação
- Estabilização do farelo de arroz através da desativação da do produto extrusado produzido por este método para
enzima natural, lipase. diferentes espécies. As vantangens nutricionais foram
- A produção de protéina vegetal texturizada e fabricação de relatadas em muitos jornais científicos, em reuniões e em
alimentos cereais. artigos. Por causa da extensa literatura disponível sobre este
- Agindo como um reator para desintoxicar o amendoin ou assunto, não entraremos em detalhamento das informações
o caroço de algodão, através da “redução” de aflatoxina completas sobre todos os dados, mas as conclusões da
de ambas as sementes e à redução do gossipol livre nas investigação serão destaque.
50
Entrevista Por Daniel Geraldes
51
R R
e e
RGB - Como esta o mercado americano de farinha de • toda a carcaça de gado não inspecionado e aprovado
v v
i carne atualmente? para consumo humano com 30 meses ou mais quando os i
s Kent Swisher - A produção de farinhas de proteína animal cérebros e cordões espinhais não tivessem sido removidos; s
t t
a nos Estados Unidos continuou forte em 2009, cerca de 4 • sebo derivado de gado positive para BSE; a
milhões de toneladas métricas, sendo 57% de farinha de • e sebo derivado de outros materiais proibidos por
G G
r ruminantes, espécies mistas e de ossos, 28% de farinha de esta regra que contivesse mais de 0,15% de impurezas r
a subprodutos de aves e 15% de farinha de penas. A maior insolúveis. a
x x
mudança na indústria de processamento americana foi Houve muitos debates sobre o custo final desta regra
a a
r a implementação de maiores restrições, impostas pela e ainda existem muitas incógnitas para podermos avaliar r
i Administração de Alimentos e Drogas (FDA). Em abril de o valor real do custo desta regra no presente. A maior i
a a
2008 a FDA publicou sua regra final com mais restrições incógnita é saber a que nível animais abatidos não poderão
B sobre certos materiais de ruminantes, não permitindo o mais ser utilizados pela indústria de processamento. Um B
r r
a uso cérebros e cordões espinhais de gado com mais de estudo independente da Informa Economics calcula que a a
s 30 meses em todas as rações animais. A publicação desta produção de farinha de carne e ossos poderá diminuir em s
i i
regra, proposta pela primeira vez em outubro de 2005, foi 35.900 toneladas métricas e o sebo em 21.815 toneladas
l l
e parte de negociações comerciais com a Coréia do Sul para métricas, apenas pela redução do estoque de animais e
i permitir a importação de carne bovina americana. A regra abatidos. Isto ocasionaria uma perda de receita de cerca de i
r r
a final passou a vigorar em 27 de abril de 2009. Entretanto, 30 milhões de dólares na indústria de processamento. a
para que a indústria tivesse mais tempo de se acomodar a
esta regra, a entrada em vigor foi adiada para 27 de outubro RGB - O que podemos esperar deste mercado?
de 2009. Especificamente, a regra proíbe o seguinte nas Kent Swisher - 2010 poderia ver facilmente uma queda na
cadeias alimentares: produção de produtos processados devido a esta legislação
• Toda a carcaça de gado positiva para encefalopatia e também uma queda da matéria prima devido à diminuição
espongiforme bovina (BSE); do abate.
• os cérebros e cordões espinhais de gado com 30 meses RGB - Quais são as expectativas para o país?
ou mais; Kent Swisher - O Banco Mundial estima que o PNB global
KENT SWISHER
A revista Graxaria Brasileira entrevistou para essa edição especial da Fenagra 2010 o
Sr . Kent Swisher .
Kent Swisher é Vice Presidente do Departamento Internacional de Marketing da
N ational Renderers Association (NRA), a qual representa as indústrias de graxarias norte
americana .
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diminua 0,9 % enquanto nos países em desenvolvimento RGB -Como está o mercado internacional no momento?
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esta queda seja de 4,5%, menor do que o 7,9% de 2007. Kent Swisher - O mercado internacional continua forte
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a Assim, esta crise econômica poderia indicar uma recessão com uma produção global de aproximadamente 13 milhões a
x na demanda por commodities. Além disto, em médio de toneladas métricas de proteína animal e 10 milhões de x
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r a longo prazo, aumentos maciços da dívida americana toneladas métricas de gordura processada. O comércio r
i forçariam a queda do dólar e levariam a pressões global de proteína animais é de cerca de 1,3 milhões de i
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inflacionárias sobre os Estados Unidos. Estima-se que dívida toneladas métricas e, de sebo, cerca de 2 milhões de
B americana dobre entre o presente e 2015, quando se prevê toneladas métricas. Ironicamente, a União Européia é o B
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que chegará a 20 trilhões de dólares e deve alcançar pelo maior exportador de farinhas de proteína. A UE exporta
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s menos 100% do PNB. Como porcentagem do PNB, valores aproximadamente 340 mil toneladas métricas seguida s
i como estes não foram vistos desde a Segunda Guerra pelos Estados Unidos, que exportam em torno de 298 mil i
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e Mundial. Uma questão subjacente é se o dólar continuará toneladas métricas e a Austrália, com 250.000 toneladas e
i sendo a principal moeda de reserva ou se será substituído métricas. i
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a por outra moeda. Sem pretender fazer análises muito Um desafio para a indústria de processamento global a
profundas, torna-se claro que o aumento da dívida terá são as restrições que tem efeitos negativos sobre o
repercussões em longo prazo, não apenas na America do comércio, impostas por grupos intergovernamentais
Norte, mas também na economia global. globais. A Organização Mundial de Processadores
Tendo dito isto, os preços dos produtos processados (World Renderers Organization - WRO) pode ser uma voz
continuam firmes. Não devemos esquecer que, mesmo importante representando a indústria de processamento
com a recessão econômica, o crescimento do PNB junto aos grupos intergovernamentais globais. A WRO reúne
da china para 2009 é estimado em 7,5 a 8,5% e é processadores de todo o mundo e cria uma única voz para
projetado um recuo para 2010, com todos os países representar a indústria de processamento em reuniões
em desenvolvimento apresentando uma média de globais. Para conhecer a WRO visite o seu site www.
crescimento de 4,5%. Além disto, o Banco Mundial estima worldrenderers.org
que a classe média global cresça de 400 milhões em
2005 até 1,2 bilhões em 2030, com o maior crescimento RGB - E quais são as previsões para 2010?
na Ásia. À medida que há um aumento de renda as Kent Swisher - A previsão de preços para 2010 depende
pessoas consomem mais carne e peixe. O Banco Mundial muito da produção de soja na América do Norte e do Sul
estima que quando a renda cresce 10%, o consumo de e da demanda da China. Nos últimos anos a China dobrou
carne cresce 15%. Assim, a demanda por alimentos e seu estoque de soja. Este fato ao lado da diminuição de
ingredientes de rações deve continuar forte. produção na América do Sul foi um fator importante no
Se considerarmos a demanda básica por produtos aumento do preço de farinhas de proteína em todo o
processados vemos que continua forte em todo o mundo. mundo.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA) relações de estoque/uso das 7 RGB - Quais são os novos usos de produtos
principais farinhas de vegetais e proteína mostraram processados?
uma tendência decrescente nos últimos 20 anos, caindo Kent Swisher - O maior uso novo de gordura processada
de cerca de 6% em 1987 a aproximadamente 3,4% em é a produção de biodiesel. A indústria de biodiesel,
2008. As relações estoque/uso dos 7 principais óleos relativamente nova, apresentou um crescimento dramático
vegetais mostraram uma tendência semelhante de cerca
de 13% em 1987 a aproximadamente 7,5% em 2008. Uma
em escala global. Enquanto a utilização de produtos
processados no biodiesel continua relativamente baixa, a
A indústria de biodiesel, relativamente
nova, apresentou um crescimento
das principais novas variáveis de demanda origina-se da demanda por outras gorduras e óleos no complexo global
indústria de biodiesel. reforça a demanda e assim os preços de um modo geral.
A produção de biodiesel dos dois maiores produtores, os
RGB - Quais são os desafios?
Kent Swisher - Para os Estados Unidos e Canadá os
Estados Unidos e a Comunidade Européia cresceu cerca de
11% atingindo aproximadamente 8 milhões de toneladas
dramático em escala global.
desafios continuam a se originar das restrições comerciais métricas em 2008. A produção global de biodiesel
impostas sobre a indústria de processamento devido a
encefalia espongiforme bovina. À medida que o tempo
dos principais produtores foi de aproximadamente 11
milhões de toneladas métricas no total. A maioria da
Enquanto a utilização de produtos
passou mais países se abriram a exportações de proteínas matéria prima é óleo de soja, de semente de colza e de
animais dos Estados Unidos. Na realidade, tanto a Indonésia palma, mas o uso de gorduras e graxas animais está processados no biodiesel continua
como as Filipinas agora permitem a importação de farinha começando a ser mais aceito. Por exemplo, gorduras
de carne e ossos (MBM) de ruminantes dos Estados Unidos. e graxas animais representaram mais de 20% do total
relativamente baixa.
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Entrevista 55
R de animais e vem fazendo isto de forma muito educação continuada e programas de treinamento R
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v eficiente há mais de 100 anos. Tomando uma em certificação oferecidos anualmente. Até v
i posição proativa, a indústria de processamento hoje, 100 plantas de processamento foram i
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dos Estados Unidos desenvolveu e aprovou, há certificadas por seguir controles de processo
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a cinco anos, um Código Voluntário de Prática da adequados para sua planta (ver lista à direita). A a
Indústria de Processamento Norte Americana. Associação Nacional de Processadores (National
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r A finalidade era promover a segurança de Renderers Association - NRA) calcula que estas r
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proteínas animais e gorduras processadas para 100 plantas certificadas produzem mais de 90%
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a rações por meio do estabelecimento de controles dos produtos processados na América do Norte. a
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e certificação do processo, para verificar se NRA continuará a trabalhar com as
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a os controles funcionam. O Código de Prática organizações de agricultura, alimentos e a
tornou-se muito mais do que isto - tornou-se a rações para fazer o máximo para eliminar os
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r melhor preparação da indústria para atender às regulamentos desnecessários. Entretanto, r
a clientes como os fabricantes de rações para a
expectativas futuras de clientes e reguladores.
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i Processadores, recicladores de gorduras animais e pets e os consumidores finais dos i
l e misturadores de proteína podem melhorar a produtos também tem expectativas crescentes. l
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i segurança das rações implementando controles O Código de Prática não apenas prepara as i
r para prevenir, eliminar ou reduzir os riscos para empresas para cumprir os regulamentos futuros r
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segurança dos produtos. O programa do Código como pode colocá-las em melhor posição
de Prática envolve treinamento de funcionários e para continuar a vender produtos doméstica e
manutenção de registros, seguidos por auditoria internacionalmente.
de terceiros independentes para garantir a
conformidade das plantas aos planos. Uma Código de Prática para
empresa pode obter muitas vantagens e afastar Controle de Salmonella
as preocupações de clientes e reguladores Publicado no Reino Unido
quando demonstra que os funcionários e
administradores da planta possuem orientações No Reino Unido foi publicada, em 4 de
por escrito para garantir a segurança dos novembro de 2009, uma revisão do Código de
produtos e devem comprovadamente seguir Prática para Controle de Salmonella em Rações
estes planos. para Animais em parceria com o Departamento
A certificação do Código de Prática tem dois do Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais
anos de validade e após este período a planta e a Agência de Padrões de Alimentos.
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Cerca de 15,5 milhões de toneladas de materiais de origem animal não
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r destinado ao consumo humano são produzidos na UE anualmente. Parte destes r
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materiais é transformada em rações animais, cosméticos, produtos médicos,
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a dispositivos médicos e outros produtos (fertilizantes, produtos para o solo, a
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produtos oleoquímicos, revestimento de papel fotográfico, etc.) e parte é
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a descartada como resíduo por meio de incineração ou co-incineração. a
De acordo com a comissão, “Cada vez mais materiais estão sendo importados
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r de outros países para a UE para finalidades semelhantes”. r
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Como os subprodutos animais podem representar uma ameaça à saúde
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i humana e animal se não descartados adequadamente, a UE regula estes materiais, i
l da apresentação à eliminação, para garantir a rastreabilidade e um alto nível l
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i de proteção à saúde. A ABPR determina as regras para subprodutos animais i
r não destinados a consumo humano, consideradas “o principal componente da r
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estratégia da comissão para combater e erradicar crises originárias de rações,
como a EEB, febre aftosa e contaminação por dioxina.”
Tem o propósito de excluir animais mortos e outros materiais condenados
da cadeia alimentar e de garantir o processamento seguro e descarte de
subprodutos animais. Proíbe, também, a reciclagem intra espécies.
Para dar um exemplo, o regulamento estabelece regras claras sobre o que
pode ser feito com materiais animais excluídos, impondo um sistema rígido
de rastreabilidade e identificação, exigindo que certos produtos como farinhas
de carne e ossos e gorduras destinados à destruição tenham uma marcação
permanente para evitar possíveis fraudes e o risco de utilização de produtos
não autorizados em alimentos e rações.
A união Européia chega O novo regulamento tem o objetivo de introduzir regras mais proporcionais
ao risco e clarificar as regras sobre subprodutos animais, além da interação
a um acordo sobre destas regras com as outras da legislação da EU. Isto significa que a
documentação será reduzida, alguns usos adicionais de subprodutos animais
novas regras para serão permitidos e a confusão com legislação que se sobrepõe será clarificada
(na medida do possível). Por exemplo, alguns subprodutos animais classificados
subprodutos animais atualmente com de alto risco serão reclassificados permitindo um maior gama
de usos, por exemplo, rações, agregando valor a estes produtos.
Esta parte de usos adicionais é interessante uma vez que a nova ABPR
introduz o conceito de um “end point” (ponto terminal) na produção de
subprodutos animais e depois deste ponto os materiais processados não serão
mais sujeitos a ABPR, pois riscos potenciais foram removidos por tratamento
As regras da União Europeia (UE) regem encefalopatia espongiforme transmissível
ou são considerados insignificantes.
o que os produtores da UE podem ou e outras importantes novas iniciativas que
Sob a nova ABPR, gorduras animais destinadas a combustível para combust