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Manual do Educador | Cidadania Moral e Ética | 1o Ano
Armando Moraes • Maria Soledade da Costa
Editoras
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva

Revisão de texto
Equipe pedagógica

Assessoria pegagógica
Eduardo Pedroza
Patrícia Senna

Projeto gráfico, capa e editoração eletrônica


Box Design Editorial

Coordenação editorial
Distribuidora de Edições Pedagógicas Ltda.
Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
Recife – Pernambuco – CEP: 50760-310
Fone: (81) 3205-3333
CNPJ: 09.960.790/0001-21 – IE: 0016094-67

Impresso no Brasil.
ISBN: 978-85-7236-025-8

O conteúdo deste livro não sofreu alterações em função


da BNCC, pois a disciplina não foi incluída no currículo
básico proposto pela Resolução nº 2, de 22 de dezembro
de 2017, do Ministério da Educação.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
As palavras que estão destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modificações com o novo Acordo Ortográfico.
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações e dos textos contidos neste livro.
A Distribuidora de Edições Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.

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Apresentação
Caro educador,

O estudo da ética e da cidadania é fundamental no con-


tínuo processo formativo dos educandos. Esse estudo vai
além da simples demanda curricular, incutindo valores que
vão ajudar os alunos a viver de forma sadia na sociedade em
que estão inseridos.
Ao organismo escolar, detentor da função de facilitador
do aprendizado, recai a necessidade de permanecer alerta
na tarefa de guiar os alunos em um livre desenvolver do pen-
samento ético, para que os ensinamentos adquiridos se ade-
quem da melhor forma a suas vivências particulares; sempre
voltados para a construção da cidadania.
Com este intuito, foi organizado o presente Manual do
Educador, composto de orientações didáticas, dinâmicas,
fundamentações teóricas e ideias em geral que poderão ser-

shutterstock/Africa Studio
vir como ferramentas para tornar suas aulas ainda mais fru-
tuosas e prazerosas.
Desejamos a você um bom trabalho, que desperte em
seus alunos a necessidade de, onde quer que estejam, cola-
borarem incessantemente para a construção de uma cultura
de paz permanente no mundo, tendo a moral, empatia e ética
como pedras basilares de seu agir.
Um grande abraço!
Armando Moraes e Maria Soledade da Costa

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Sumário

5 Mensagem
6 Sumário do livro do aluno

Unidade 1
10 Páginas do livro do aluno
34 Fundamentação

Unidade 2
40 Páginas do livro do aluno
62 Fundamentação

Unidade 3
68 Páginas do livro do aluno
89 Fundamentação

Unidade 4
94 Páginas do livro do aluno
109 Fundamentação

shutterstock/Samuel Borges Photography

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MENSAGEM
Pedrinhas
Um homem caminhava pela praia em uma noite de Lua cheia e pensava: “Se tivesse um
carro novo, seria feliz; se tivesse uma casa grande, seria feliz; se tivesse um excelente trabalho,
seria feliz; se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz”.
Nesse momento, tropeçou em uma pequena sacola cheia de pedras e começou jogá-las
uma a uma no mar.
E cada vez dizia: “Seria feliz se tivesse...”
Assim fez até que restou apenas uma pedrinha, que decidiu guardar.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha era um diamante muito valioso.
Quanto diamante teria jogado ao mar sem perceber?
Muitas vezes, nós também jogamos fora nossos preciosos diamantes, tesouros, esperando
o que acreditamos ser perfeito ou sonhado e desejando o que não temos. Cada pedrinha deve
ser observada, pois pode ser um diamante valioso.
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso e insubstituível.
Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais
recuperá-lo.
E você, o que anda fazendo com suas pedrinhas, que podem ser... AMORES, AMIGOS,
TRABALHO, e até mesmo seus SONHOS.

Autor desconhecido

shutterstock/inxti

Manual do Educador – 1o ano 5

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Sumário do livro do aluno

Sumário

Unidade 1
8 Escola, lugar de gente feliz
14 A preparação
21 O caminho
25 Hora de sair, hora de chegar
29 Por que é importante estudar?

Unidade 2
34 Minha sala de aula
38 Meus colegas, minha professora
44 Saber falar, saber ouvir…
49 Palavras mágicas
52 A biblioteca

Unidade 3
58 Organização
61 Na escola, a gente também brinca!
65 Um recreio diferente
69 Lixo? Na escola?
76 Ser solidário

Unidade 4
82 Quem dirige a escola
86 O porteiro
88 Mestre, um sábio que ama
91 Hora da limpeza

Shutterstock.com/Monkey Business Images


4 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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5
Minha escola
Eduardo Decker

na Fernandez
Na minha escola
todos gostam de estudar.
Português, Matemática,

Shutterstock.com/Lore
quem é que não vai gostar?
Na minha escola
os professores são legais.
Com eles, nós queremos
aprender muito mais!
Na minha escola
de ano temos que passar.
Mas para isso acontecer,
não podemos só brincar.
E para finalizar,
não esqueça de estudar;
o professor escutar,
e as tarefas terminar.

key Business Images


Shutterstock.com/Mon

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 5

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Orientação didática
O texto abre a obra e a disciplina de forma descontraída. Cabe
ao educador aproveitar o clima lúdico para estabelecer as direti-
vas e objetivos da disciplina, aproveitando para colher as impres-
sões que os alunos venham a ter do que seja ética e cidadania.

Manual do Educador – 1o ano 7

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Unidade

Ao iniciar a disciplina, o educador pode aproveitar a abertura


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da unidade para lançar questionamentos pertinentes aos edu-


candos, para desde já nivelar seus ensinamentos de forma que
desde o início sejam de fácil compreensão e tangíveis.

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E EU COM ISSO?
• Por que você vai à escola?
• A escola é o lugar perfeito para se falar e se ouvir! Por quê?
• As bibliotecas são lugares de silêncio. Por que será?
• Por que na escola existe o recreio?
• Quem trabalha na escola?
• Por que há criança que não vai à escola?

CMeE_1A_2017_01a96.indd 7 Estas indagações iniciais são oportunas para incentivar os edu-


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candos a pensarem em aspectos sobre a própria escola, como os


objetivos que querem alcançar frequentando-a, e como transcorre
seu funcionamento. O educador pode lançar mais questionamentos
que se adequem à realidade particular de sua própria instituição.

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ESCOLA, LUGAR DE

8 Para começar
GENTE FELIZ

Estou na escola! É uma alegria!


Ouça a leitura a seguir.

Na minha escola, todo mundo é igual


Lá na minha escola,
ninguém é diferente.

key Business Images


Cada um tem o seu jeito,
o que importa é ir pra frente.
Na minha escola se aprende

Shutterstock.com/Mon
que não existe perfeição.
E do que todos nós precisamos
é de carinho e atenção.
Que bom se todo mundo
pudesse entender direito
que tudo fica mais fácil
sem o tal do preconceito.
RAMOS, Rossana; SANSON, Priscila. Na minha escola, todo mundo é igual. São Paulo: Cortez, 2004.

Já vimos que a escola é um segundo lar para nós. E é verdade! Aqui nos
divertimos, aprendemos, fazemos amigos e ficamos felizes! Nossa! Quanta
coisa podemos fazer: estudar, jogar bola, brincar com os colegas, ajudar na
limpeza, pintar, ouvir música e fazer trabalhos ao ar livre.
Na escola há muitas pessoas trabalhando, bem comprometidas e dedicadas
para que tenhamos um ambiente saudável e seguro. Exercitamos o respeito e a
tolerância, aprendemos a ser cidadãos. A cada dia, uma nova descoberta!
Eu amo a minha escola!

8 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
Com os textos de abertura espera-se que as
crianças se familiarizem com o ambiente escolar
e tomem ciência de que este é um local de ativi-
dades, diversão, novas experiências e várias pos-
sibilidades.

10 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

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1. Leia o texto Na minha escola, todo mundo é igual e sublinhe somente as frases que
estão de acordo com o texto:

a. Na minha escola, não temos carinho nem atenção.


b. Na minha escola, ninguém é diferente, cada um tem seu jeito, o que importa é ir pra
frente.
c. Na minha escola se aprende que tudo fica mais fácil sem o tal do preconceito.

2. Escreva, no cartaz abaixo, palavras que simbolizam a escola. Resposta pessoal

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Orientação didática
Terminadas as atividades, o educador pode propor uma dinâmica de apre-
sentação do alunado. As crianças organizarão seus assentos num círculo, vol-
tados para dentro. Em seguida, cada uma delas, uma por uma, no sentido ho-
rário, irão dizer seu nome, sua idade, de que escolas vieram, onde moram, etc.

Manual do Educador – 1o ano 11

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O direito de ter um nome e o direito de estudar pertencem a todos os cidadãos!
Por isso, quando falamos com alguém, é muito importante perguntar o seu nome e

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chamá-lo por ele. Existe um documento, a Carteira de Identidade, a qual serve para que,
quando necessário, a pessoa mostre seu nome completo, sua idade, nome dos seus
pais e onde nasceu. Esse documento, uma carteira plástica com foto, atesta que a pes-
soa é realmente quem afirma ser.

3. Vamos fazer um documento importante no qual possamos deixar escritas nossas in-
formações de estudante. Preencha os espaços abaixo completando o que se pede:

Nome da Escola Resposta pessoal

Meu nome

Sou estudante da Turma

Desenhe ou cole sua foto no espaço abaixo

Minha(s) professora(s)

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Orientação didática
As crianças devem começar a entender a im- dos pais, pois existem nomes iguais e em algum
portância dos documentos. Porque precisamos ponto da identificação ele vai diferir do outro do-
de uma identificação. Pois, dessa forma, ninguém cumento. Um slide com uma carteira de estudante
pode ocupar o nosso lugar nos concursos, nos bem visível e uma identidade será uma ótima fixa-
shows, nas passagens aéreas... Tudo isso faz a ci- ção desses primeiros documentos, além da certi-
vilização se organizar. dão de nascimento!
Partindo do princípio que todos têm direito a ter E que outros direitos as crianças têm além do
um nome, esses documentos são a nossa identifi- nome? Deixar que eles procurem, pesquisem e na
cação como cidadãos. Explicar porque vai o nome próxima aula já venham mais bem informados.
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4. Você já ouviu falar dos direitos da criança?
Crianças têm deveres a cumprir, tais como, obedecer aos mais velhos, colocar a sua

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roupa suja no lugar adequado, arrumar o quarto, fazer as tarefas escolares e algumas ativi-
dades em casa, determinadas pelos adultos. Mas não é só isso, elas também têm direitos.

1. Direito à igualdade, sem distinção de 6. Direito ao amor e à compreensão por


raça, religião ou nacionalidade. parte dos pais e da sociedade.
2. Direito à proteção especial para o 7. Direito à educação gratuita e ao lazer
seu desenvolvimento físico, mental e infantil.
social. 8. Direito a ser socorrida em primeiro
3. Direito a um nome e a uma lugar, em caso de catástrofes.
nacionalidade. 9. Direito a ser protegida contra
4. Direito à alimentação, à moradia e à o abandono e a exploração no
assistência médica adequadas para trabalho.
a criança e a mãe. 10. Direito a crescer dentro de
5. Direito à educação e aos cuidados um espírito de solidariedade,
especiais para a criança física ou compreensão, amizade e justiça
mentalmente deficiente. entre os povos.

Observando as imagens a seguir, complete a frase relacionando-a a cada ilustração.

Shutterstock.com/Patryk Kosmider, JPC-PROD, GagliardiImages, ZouZou, Rawpixel.com


Direito a um nome. Direito a cuidados, saúde. Direito à escola.

Direito à igualdade. Direito a brincadeiras.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 11

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Orientação didática
Pedir que os alunos tragam uma pesquisa com seis direitos das crianças es-
critos na nossa Lei, para a construção de um mural.
Na confecção do mural sobre os direitos das crianças, cada ponto deve ser
explicado em linguagem acessível, mas é impactante que eles se acostumem
com os termos e conheçam a lei. É importante que os alunos participem com
desenhos e figuras.

Manual do Educador – 1o ano 13

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Vamos cantar!

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Shutterstock.com/Rawpixel.com
Direito de criança
Celi Redondo

Criança tem que ter um nome,


criança tem que estudar.
Tem que ter um sobrenome
e esperança pra poder sonhar.

Criança não pode ter fome, Criança tem que ter direito a brincar,
criança tem que ter um lar. pular, correr, saltar, cantar e pedir bis.
Tem que ter muita saúde Direito de aprender bem rápido ou devagar,
e comida pra se alimentar. criança tem que ser pra sempre bem feliz.

5. Desenhe, no quadro abaixo, alguns dos direitos que você mais gostou.

Resposta pessoal

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Anotações
Orientação didática
Aproveitando-se do clima de ludicidade do can-
tar e do desenho, o educador pode separar o alu-
nado em pequenos grupos e promover uma pe-
quena gincana em que as perguntas e respostas
girem em torno do tema “Direitos da criança”.

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6. Observe as figuras abaixo e faça um X nas que não são direitos das crianças. Pinte
as figuras que são direitos das crianças.

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7. Na música “Direito de criança”, podemos encontrar alguns deveres. Observe as ima-


gens abaixo e encontre que deveres estão relacionados aos direitos. Escreva-os nos
espaços ao lado.

Comer tudo que está no prato

Cuidar do seu quarto

Ir ao médico

Dividir alimento com os necessitados

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Orientação didática
As atividades com reforço visual tem a intenção de fixar na mente do alunado
as ideias relacionadas ao que uma criança tem direito.
A primeira atividade se refere à situações irregulares na vida infantil, enquanto
a segunda mostra aos pequenos que as coisas ditas como “chatas” na realidade
são benesses provenientes de seus direitos.

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A PREPARAÇÃO
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Para começar
A vida de estudante é muito importante e, para ser bom aluno, é necessário cumprir
as tarefas na sala de aula, escutar o que os professores têm a falar, anotar na agenda
o que é para ser feito em casa, caprichar na letra, dedicar tempo para estudar. Mas há
também algo de muito valor que é a convivência! Saber conviver com todos que fazem
parte da escola também é uma importante tarefa.

1. Pinte os quadrinhos que indicam atitudes corretas do bom aluno.

Se você
quiser, posso
te ensinar.

Shutterstock.com/Rawpixel.com
Uma ação comunitária: crianças trazem um alimento não
perecível e a escola leva para uma comunidade carente.

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Anotações
Orientação didática
A lição começa com pequenas e simples di-
retrizes as quais as crianças devem seguir para
adequar-se ao ambiente escolar. A atividade de re-
forço visual une a ludicidade das ilustrações com
o aprender dos deveres e direitos.

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Vamos descobrir, nesta história, qual é o grande dia para Lucas!

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Chegou o grande dia!
Patrícia Senna

Ainda era noite quando Lucas perguntou à mãe dele se já estava perto da hora de ir
à escola!
− Calma, querido, ainda tem uma noite inteira... Vamos arrumar sua bolsa para amanhã?
Lucas ficou muito alegre! Estava tudo novinho! Tudo cheirando a novo, a bolsa, os ca-
dernos, o estojo, os livros, a agenda... Ah, quanta alegria! Tinha até uma lancheira nova,
um cantil novo!
Depois de tudo arrumadinho e muitas conversas de como seria na escola, Lucas foi
deitar. Sua cabeça não parava de pensar na professora, nos amigos, nos brinquedos da
escola, nas conversas, no recreio!
Pela manhã, mal o Sol abria os olhos, Lucas foi imediatamente acordar a mamãe, a
titia, o titio, os irmãos...
− Tá na hora! Tá na hora! − Falava bem alto.
Shutterstock.com/Rawpixel.com

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 15

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Orientação didática
Após a leitura, os alunos podem partilhar como se sentiram em rela-
ção a Lucas, o personagem principal. O educador conduz a conversa
para comentar sobre a “alegria do encontro”. Depois, é importante
discutir por que razão Lucas estava sem sono.

Manual do Educador – 1o ano 17

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Então, o vovô dizia:
− Luquinhas, meu neto, tá muito cedo! Volte para a cama e descanse, já já a mamãe

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te chama!
− Mas, vô, eu não consigo mais dormir!
− Então, venha cá e fique aqui comigo, eu tomo conta do seu sono!
E então finalmente chegou a hora de levantar! Lucas foi correndo ao banheiro tomar
aquele banho, colocar a farda. Dirigiu-se à cozinha e sentou-se à mesa. Fez sua refeição,
mas estava tão ansioso que nem comeu tudo! Voltou para o quarto e, abrindo a bolsa
mais uma vez, colocou o rosto perto e respirando fundo fechando os olhos disse:
− Mas que coisa que adoro sentir, o cheiro de escola novinha!
Lucas vai de condução escolar, mas hoje, por ser o primeiro dia, sua mãe o acompa-
nhou para partilhar a alegria que ele sentia ao chegar à escola! A mãe de Lucas lembrou-
-lhe a conversa que o papai teve com ele uns dias atrás. O seu pai lembrava que muitas
crianças não têm a chance de comer, de ter uma moradia e muito menos de estudar!
Então vamos aproveitar tudo que a escola oferece para um dia ajudar o mundo a ser
melhor!

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Orientação didática
Atividade lúdica de objetos escolares, objetos de higiene pessoal,
Uma mochila grande desenhada cheia de bol- brinquedos, trajes... Esses objetos devem ser es-
sos colados sobre o desenho para que possam colhidos e colocados na mochila, encaixando-os
ser colocadas figuras. Em uma caixa colocar várias nos bolsos. É importante discutir a razão dos ob-
imagens em tamanhos além do padrão: imagens jetos irem ou não para a mochila.

18 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

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1. Observe as imagens abaixo e enumere-as pela ordem de acontecimentos ideal para
ir à escola:

4 8 2 6

7 1 5 3

2. Lucas estava muito feliz porque ia à escola. Desenhe, no quadro abaixo, quem ele
queria encontrar. Resposta pessoal

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 17

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Anotações
Orientação didática
O reforço visual sempre deve ser explorado. Na
primeira atividade, o aluno vai aferir ordem e senti-
do a rotina escolar, enquanto que na segunda ele
vai explorar a própria imaginação e reforçar seus
dons artísticos.

Manual do Educador – 1o ano 19

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3. Você sabia que tem hora para tudo?
E quando a gente procura seguir a hora de fazer as coisas, tudo fica melhor porque

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teremos tempo também para brincar, mesmo com as férias já acabadas!
Então, preste atenção à letra desta canção:

Vamos cantar!
Tem hora pra tudo
Turminha do Seu Lobato

Hora de acordar! Hora de acordar!


É hora de acordar, É hora de acordar,
pra tomar café vamos tomar café
e os dentes escovar. e os dentes escovar.
Hora de estudar! Hora de estudar!
É hora de estudar, É hora de estudar.
vamos abrir o livro, Vamos abrir o livro,
tem lição pra preparar. tem lição pra preparar.
Hora de comer! Hora de comer!
Na sala de jantar, Na sala de jantar,
no prato, a comida no prato, a comida
vamos saborear. vamos saborear.
Hora de brincar! Hora de brincar!
É hora de brincar, É hora de brincar,
sem brigar com o amigo, sem brigar com o amigo
é só saber brincar. é só saber brincar.
Tem tempo, tem hora pra tudo, Tem tempo, tem hora pra tudo,
vamos sorrir pro dia clarear. vamos sorrir pro dia clarear.
Pra tudo a gente dá o nosso jeito, Pra tudo a gente dá o nosso jeito,
sem jeito é que não pode ficar. sem jeito é que não pode ficar.
Hora de entender! Hora de entender!
É hora de saber É hora de saber
que até a TV que até a TV

Shutterstock.com/borisovv
tem hora de se ver. tem hora de se ver.
Hora de dormir! Hora de dormir!
É hora de sonhar. É hora de sonhar.
Contar os carneirinhos, Contar os carneirinhos
na caminha vou deitar. na caminha vou deitar.
18 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
É muito importante o aluno perceber que pode fazer muitas coisas. É a rotina
diária quem vai ajudá-lo. Ainda é necessário deixar claro que cada um desses
ambientes, principalmente a praia e a escola, são comunidades.
Desenhar outras crianças e até adultos faz a criança sair do seu mundo e
entender que há outras crianças nesses ambientes. E todos podem viver em
harmonia, já é uma ideia de cidadania!

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4. De acordo com a canção, da página anterior, tem hora para brincar, comer, estudar.
A canção também fala que devemos cuidar de nossos amigos.

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Observe se os desenhos abaixo têm alguma coisa faltando. O que será?
Complete estes belos quadros e, depois, pinte-os! Resposta pessoal

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Orientação didática
Converse com seus alunos sobre todas as atividades que eles realizam duran-
te o dia, desde a hora que acordam. Aproveite o momento para explicar-lhes a
importância de realizar cada atividade no seu devido horário. Depois, solicite-lhes
que montem uma agenda semanal com as informações sobre atividades e o ho-
rário em que devem ser realizadas.

Manual do Educador – 1o ano 21

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5. Vimos que temos material escolar e vimos também que tudo tem sua hora. Então,
devemos cuidar bem desses objetos que possuímos para estudar. Isto é, conservá-

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-los. Assim, não quebram facilmente e não os perdemos. A nossa farda também é um
material importante para nossa vida escolar. A farda serve para indicar que perten-
cemos a uma comunidade. Mas algumas crianças não cuidam bem do seu uniforme.
Vamos colocar nossa farda no lugar certo de acordo com o momento que as imagens
apresentam abaixo.

• Devemos ter cuidado com o uniforme escolar e com o material. Pinte a criança que
está respeitando essa regra.

6. O uniforme ou fardamento escolar é importante para identificar os alunos de cada


escola. Muitas vezes o uniforme tem a ver com as cores da escola. E seu uniforme,
como é? Complete a figura desenhando seu uniforme e pintando-o nas cores da sua
escola. Faça todos os detalhes. Resposta pessoal

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Orientação didática
A questão do fardamento é muito mais séria do o traje dos formandos, forças armadas, socorrista
que geralmente se imagina. Começar a fazer as do SAMU, os limpadores de rua “garis” geralmen-
crianças perceberem que quando fardadas estão te têm um padrão (luvas, vassourão, botas, boné)
representando a escola que estudam é de suma mudando a cor de acordo com o país ou até o
importância, da mesma forma que todos os profis- estado. É importante mostrar para as crianças
sionais fardados. Um vídeo ou slides com vários que nessas profissões há também mulheres. Uma
outros uniformes ou uma pesquisa para um mu- oportunidade de inserir os direitos iguais dos ci-
ral seria uma ótima opção, como o traje do juiz, dadãos.

22 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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O CAMINHO
21
Para começar
Todas as vezes que saímos de casa, seguimos
um caminho, seja de carro, de ônibus ou a pé.
Quando vamos à escola, geralmente fazemos
o mesmo roteiro e vemos a mesma paisagem:

AG
Shutterstock.com/ARIM
casas, praças, ruas, árvores, prédios, semáforos,
igrejas, calçadas, pontos de ônibus. E também
encontramos pessoas, animais, outros carros,
ônibus, bicicletas, motos, etc. E ainda, a mudan-
ça de temperatura, muitas vezes, vamos agasa-
lhados e outras vezes protegidos do Sol.
Mas é muito importante estar atento a tudo! É
necessário, para quem vai a pé, observar as faixas
de pedestre, não se afastar dos adultos e obede-
cer ao comando de quem está nos levando.
Quando vamos de carro ou de ônibus, ou até
mesmo de trem (metrô), devemos ter cuidado
para não esquecer a bolsa, o cantil.
Não se esqueça, amiguinho, de que indo à
escola ou voltando dela, nós percebemos que a
vida está em movimento. Podemos até dizer que
a vida é um caminho. Sempre em frente! Para o
futuro!

Um caminho pode dar em muitos lugares. E se, no caminho, aparecer


uma encruzilhada, você precisa decidir qual caminho seguir!

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 21

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Orientação didática
Na abertura desta lição aponta-se a importância de a criança estar
sempre atenta e alerta para as peculiaridades de seu trajeto de ida e vol-
ta à escola. O educador pode elucidar que a viagem até a escola e de
volta para casa não precisa ser um trajeto monótono, e sim um passeio.

Manual do Educador – 1o ano 23

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Para fazer

22
1. Observando o caminho abaixo, pinte o que você vê durante sua ida à escola.
Resposta pessoal

2. Você já viu lixo nas ruas da sua cidade? Por que você acha que isso acontece? Mar-
que a alternativa que mais se aproxima da explicação para que isso aconteça:
Resposta pessoal

As pessoas não têm educação.

Faltam lixeiras e coleta do lixo.

Ninguém sabe que esse lixo vai poluir os rios e mares.

22 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
A forma lúdica das atividades aqui apresenta-
das reforça a ideia do texto de abertura. Depois de
realizarem as tarefas, o educador pode promover
uma leitura em sala das respostas individuais da
atividade 2.

24 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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3. Ouça as informações e, depois, pinte as imagens.

23
Cuidados no caminho para a escola.
Criança, atenção! Na hora de atravessar, é preciso estar atenta.

Para a sua segurança, utilize a faixa Antes de atravessar uma rua, pare
de pedestre, andando pela direita. em cima da calçada, afastado do
Permita que a mamãe segure seu meio-fio. Olhe com atenção para um
pulso com firmeza, ao atravessar lado e outro. Se não vier nenhum
veículo, atravesse em linha reta.

Procure ver e ser visto pelos Desembarcando do ônibus, aguarde


motoristas. Para ser visto, atravesse que ele saia, para você atravessar
onde não há carro estacionado. com segurança. Nunca atravesse na
frente ou atrás do ônibus.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 23

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Orientação didática
É importante falar sobre a cidadania também na questão do direito e do dever!
No trânsito, o exercício da cidadania é muito sério. A consciência de observar
e ajudar. É muito importante que as crianças sejam sempre incentivadas para
praticar o positivo porque é o certo. Às vezes, o que é ousado e aparentemente
divertido, além de perigoso, pode prejudicar outras pessoas.

Manual do Educador – 1o ano 25

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4. Observe a imagem abaixo e circule as pessoas que estão obedecendo às leis de
trânsito. Resposta pessoal

24

5. Observe, na imagem abaixo, as pessoas com deficiência física e assinale quais as


alternativas que estão indicando a forma certa de ajudá-las:

Segurar na mão da pessoa e puxá-la apressadamente por causa do sinal.

X Oferecer ajuda, pedindo que a pessoa coloque a mão no ombro ou no braço.

Cumprimentar o cadeirante.

X Oferecer ajuda ao cadeirante conduzindo-o pela rampa e faixa até o outro lado.

X Perguntar se a pessoa precisa de ajuda.

24 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Aqui, por meio da exposição das imagens o aluno vai julgar
o que é coerente com uma atitude responsável de um pedestre
ou condutor. Também reforça atitudes de empatia para com pes-
soas que possuam deficiências.

26 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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HORA DE SAIR,
HORA DE CHEGAR
Para começar
25
Quem já ouviu falar na palavra PONTUALIDADE?

Ser pontual é cumprir com os horários, isto é, chegar na hora certa. Assim é nos cine-
mas, nos hospitais, nas reuniões, nas excursões. Na escola, não é diferente. Existe a hora
de chegar à escola e de sair dela. Quando nos atrasamos, perdemos o começo das aulas
e isso nos atrapalha, como também afeta os colegas da sala de aula e a professora.
Claro que pode acontecer algo inesperado, ou seja, ninguém sabia que ia acontecer,
como um furo no pneu do carro, ou uma chuva muito forte. Mas devemos estar atentos
para a nossa chegada. É tão bom chegar um pouco antes para conversar com os ami-
gos! E, na saída, também devemos prestar atenção para o lugar combinado onde sem-
pre o adulto vem nos pegar.

Wang
Shutterstock.com/Tom

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 25

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Orientação didática
Em círculo, comece antes do primeiro texto com É interessante dar uma pausa para a confecção
um relógio de cartolina ou outro material, pendura- de um relógio “coletivo” numa cartolina industrial.
do no pescoço. Estimule os alunos sobre o objeto Entregue às crianças os números, os ponteiros, o
em questão, deixe que falem à vontade e prestan- círculo ou retângulo que emoldura o relógio e a
do atenção no texto. palavra “pontualidade” letra por letra para ser co-
locada na cartolina.

Manual do Educador – 1o ano 27

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Para fazer

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Na escola, existe horário para tudo!
1. Escreva, abaixo, o que você e seus colegas fazem quando:
a. Chegam à sala de aula.

Resposta pessoal

b. Estão no recreio.

Resposta pessoal

c. Chega o final da última aula.

Resposta pessoal

2. Marque, nos relógios abaixo, as horas do início e do final das atividades em sua escola.
Resposta pessoal

No início No final

26 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Nas atividades propostas, os questionamentos vão instigar os alunos a reco-
nhecer, ordenar e aferir sentido à rotina diária dentro da instituição escolar. O
educador pode utilizar do relógio feito anteriormente, manipulando seus pontei-
ros para auxiliar os alunos nas respostas.

28 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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3. Ouça a leitura do texto abaixo.
Joãozinho era um garoto do 1o ano que vivia reclamando da hora. Ele dizia sempre que

27
esse negócio de hora é muito ruim e só atrapalha. Uma vez, esse menino reclamão foi à
escola e chegou bem atrasado. Era dia de visitar o parquinho da cidade, que tinha um
monte de brinquedos especiais.
Joãozinho voltou para casa chorando. Seus pais foram buscá-lo bem tarde porque
ele não tinha mostrado a agenda. Ah! Coitado do pequeno reclamão, não passeou, não
tinha colegas na escola e ainda ficou um tempão esperando que viessem buscá-lo.
Será que Joãozinho ainda acha que a hora não é importante?
Quando chegamos na hora certa, dizemos que somos pontuais. Pois é, aquele meni-
ninho do 1o ano nunca mais esqueceu o que era pontualidade.
Imagine se a professora chegasse só depois do recreio para dar aula. E se o médico
se atrasasse para atender um paciente? Muitos seriam prejudicados.

4. É importante não perder a hora, como Joãozinho, que deixou de passear com os seus
colegas da escola porque chegou atrasado e por não ter mostrado a agenda aos
seus pais. Marque SIM ou NÃO: Resposta pessoal
a. Você já chegou atrasado(a) em algum lugar?

SIM NÃO

b. Você já faltou à escola porque perdeu a hora?

SIM NÃO

c. Você chega atrasado(a) na escola?

SIM NÃO

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 27

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Orientação didática
Relembre a história de Alice no país das Maravi- o começo do compromisso que estávamos que-
lhas e direcionar para o Coelho. O que ele sempre rendo ir. A história de Cinderela pode ser contada
dizia, o que ele estava sempre olhando? como está indicando o livro. Mas pela relação do
Converse que sempre agimos igual ao “Sr. atraso nas badaladas da meia-noite ela correu tanto
Coelho” quando estamos atrasados e que muitas que terminou deixando para trás um sapatinho. O
vezes esquecemos algo importante para o lugar ideal seria um trecho de cada filme para ilustrar a
que vamos, ou por chegar atrasados nós perdemos aula.

Manual do Educador – 1o ano 29

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5. Responda às perguntas abaixo. Resposta pessoal
a. Que horas você acorda? horas.

28
b. Que horas você faz as tarefas? horas.
c. Que horas você toma banho? horas.
d. Que horas você dorme? horas.

6. Observe o calendário e pinte os dias em que você tem aula. Resposta pessoal

MARÇO
Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

7. Marque um X nas medidas que podemos adotar para sempre mantermos a pontuali-
dade:

X Ajustar nossos relógios para marcar a hora certa.

Ir aos compromissos marcados apenas na hora que der vontade.

X Ter uma agenda para lembrar de nossos horários.

Fazer os outros nos esperarem.

X Ao marcar um compromisso, sempre procurar chegar um pouco antes do horá-


rio combinado.

28 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Converse com os alunos sobre os temas vis- Aproveite e faça o link com o cuidado para com
tos até então. A pontualidade e o relógio que nos o outro, relembrando o direito de falar e escutar
ajudam a cumprir nossas atividades escolares no de todos. Assim, já estão sendo preparados para
tempo certo. E assim vamos ser cidadãos que o fechamento dessa unidade.
buscam fazer o melhor.

30 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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POR QUE É IMPORTANTE
ESTUDAR?
29
Para começar

ivanova
Olá, amiguinho! Você sabe o que é um

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cientista? É um pesquisador, um estudio-
so. Os cientistas vivem procurando solu-
ções para os problemas do meio ambien-
te, da saúde... Eles não param de estudar!
Então, podemos concluir que o conheci-
mento não tem fim! Há sempre o que sa-
ber, descobrir, melhorar, não é verdade?
Por isso, é tão importante ir à escola. Lá
é o lugar para pesquisar sobre o Universo.
Na escola, descobrimos e aprendemos
muitas coisas!
Os conhecimentos de cada disciplina
que desenvolvemos não têm fim. A vida
em comunidade com os nossos amigos e
os adultos da escola também é aprendiza-
do! Entendemos que somos diferentes e
isso é muito bom porque aprendemos uns
com os outros, fazemos novos amigos.
Nunca paramos de aprender. Haverá
sempre o que saber. E, quanto mais sa-
bemos, mais temos a responsabilidade de

Shutterstock.com/wavebreakmedia
melhorar a nossa vida e a vida do Planeta.
Por isso, as crianças são a esperança da
humanidade! Você já pensou nisso?

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 29

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Orientação didática
A abertura desta lição além de ressaltar a importância do trabalho
científico, incentiva o alunado a jamais parar de ir em busca de conhe-
cimento, para melhorar a sua vida, a vida das pessoas ao seu redor e
consequentemente contribuir para uma melhora geral no mundo.

Manual do Educador – 1o ano 31

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Para fazer

30 Vamos cantar!
O segredo da Felicidade
Maria Sardenberg

Se você gosta de Matemática,


ou ao portão.
Se você gosta do seu gatinho,
você é feliz, contando 2 + 1 + 1 + 1.
você é feliz quando ele faz
Se você gosta desta bandinha,
rom-rom, miau, miau!
você é feliz, tocando
trá-lá-lá, TIM-bum, TIM-bum! Se você gosta de sua escola,
você é feliz na hora da entrada: oi, oi, oi!
O segredo da felicidade é amar, é amar. (bis)
Se você gosta de sua casa,
Se você gosta do seu vizinho, você é feliz na hora da saída:
você é feliz, chegando à janela Tchau, tchau, tchau!

1. Leia e responda às perguntas abaixo. Resposta pessoal

a. Qual é a disciplina de que você mais gosta? Por quê?

b. Você acha que as tarefas são importantes ? Por quê?

2. Cada pessoa, por ser diferente, às vezes, tem um jeito diferente da outra de apren-
der e estudar. Mas há algumas coisas que, de modo geral, precisamos fazer para
desenvolver o conhecimento. Pinte os livros que indicam os passos para adquirirmos
conhecimento como estudantes:
Chegar sempre
Pesquisar o que
Escutar a fala atrasado
foi discutido na
do professor perdendo a
sala de aula
primeira aula

Dormir muito
Fazer as tarefas
tarde durante a
de casa e da
semana jogando
sala de aula
video game

30 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
As atividades aqui presentes ajudam a “quebrar
o gelo” sobre como o alunado enxerga sua expe-
riência em sala de aula, e também reforça compor-
tamentos que devem ser seguidos.

32 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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3. Sublinhe as frases que relatam os motivos que indicam por que as crianças não vão
à escola.

31
a. As crianças não estudam porque querem brincar.
b. As crianças não estudam porque precisam trabalhar para ajudar a família.
c. As crianças não estudam porque onde elas moram chove muito.

4. Como você se organiza para estudar? Pinte a bolinha que corresponde à sua res-
posta: Resposta pessoal

Na frente da TV.

Deitado na cama.

Em qualquer lugar da casa, mas sempre com um lanche.

Em uma mesa com todo material ao redor.

No sofá, ouvindo música.

5. Observe os dois quadros e depois complete a frase abaixo:


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Shutterstock.com/michaeljung

Estas imagens mostram bem qual é o direito da criança e o que é proibido pela lei.

Lugar de criança é na escola .

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 31

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Orientação didática
Nas atividades finais desta unidade o alunado é convidado a refletir nova-
mente sobre os direitos e deveres da criança. O educador pode promover uma
dinâmica com a atividade 4, perguntando a cada aluno sua resposta e pedindo
que comentem sobre tal.

Manual do Educador – 1o ano 33

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FUNDAMENTAÇÃO
Professor é autoridade sim! Aplicar o que
aprendeu para exigir mais
[...] Ao ler “O monge e o executivo”, do escritor como a faculdade de forçar ou coagir alguém a
James Hunter, aclarei as ideias sobre o que dese- fazer sua vontade por causa de sua posição ou
java transmitir. O livro conta a história de um gran- força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer.
de executivo que busca ressignificar a própria vida (HUNTER, 2005, p. 26)
e o sentido da liderança, ao perceber que, apesar Essa tomada dos conceitos de autoridade e po-
de todo o sucesso, não está apto para compreen- der aqui expostos levam a indagações: De quais
der e atuar como líder. maneiras você, professor, se utiliza para trabalhar,
Penso que já havia em mim o gérmen do pensa- com seus alunos em classe, isto é, para levá-los a
mento exposto na história, porque o conceito de realizar as tarefas ou mesmo a interessar-se pelos
autoridade é apresentado consoante ao que pen- temas com os quais você trabalha? O que vigora
so. O autor referenda a autoridade como “a habi- em sua classe: o poder ou a autoridade?
lidade de levar as pessoas a fazerem de boa von- Se, nos últimos tempos, você tem gritado muito,
tade o que você quer por causa da sua influência utiliza-se das provas para ameaçar ou conseguir
pessoal” (HUNTER, 2005, p. 26) e fundamenta bom comportamento dos alunos, ameaça levá-los
um conceito importante para a compreensão des- à direção ou à coordenação, em várias situações,
te tema: a autoridade. Neste caso, a nossa ênfase e coisas similares, é provável que você esteja fa-
será sobre a autoridade do professor. zendo uso e mau uso do poder. Mas, ao agirmos
Por outro lado, o conceito de poder é citado assim, conscientizemo-nos de que o uso do poder

shutterstock/wavebreakmedia

34 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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shutterstock/Lorena Fernandez

significa ausência da autoridade porque o primeiro encontra. Devemos, sim, fazer o que nos cabe, tra-
é dado pelo simples status de ser professor, mas balhar com afinco, ensinar direito, sem nos deixar-
a autoridade é uma conquista que não se atrela a mos culpabilizar por todos os males que hoje sofre
uma função ou cargo, é fruto de muita dedicação. a educação. Ser responsável não é ser culpado, é,
Professor é autoridade sim, quando conquista sim, responder a, é ser agente de um ato voluntá-
os seus alunos e os faz perceber o sentido do que rio que designa uma ação da vontade, e vontade é
aprendem e do compromisso e das metas que cole- a própria possibilidade de escolha.
tivamente elaboram. Como tornar isto possível? Ao Não podemos ensinar mal porque o governo
construir relações pessoais que favorecem a apren- paga mal, ou fingir que tudo está bem e que somos
dizagem, assim prezando tanto pelo cumprimento capazes de alterar a ordem das coisas. Execute-
das tarefas quanto das relações harmoniosas e sin- mos eficazmente a nossa função educativa para
ceras. Daí, executam-se as tarefas, enquanto cons- que nos respeitem e exijamos o que é nosso por
troem-se as relações, é o que propõe Hunter. direito com melhores condições de trabalho. É in-
Mas, como agir quando utilizamos em demasia coerente o profissional que participa de movimen-
o poder e não sabemos mais fazer diferente? tos grevistas e, em sala de aula, não oportuniza a
Para resgatarmos a autoridade, temos de res- fala dos alunos e até a veta, pois, como é possível
gatar a nossa responsabilidade, ou, ao menos, formar um agente crítico, impedindo que falem?
parte dela em relação às questões da educação. Os alunos necessitam exercer a sua autonomia.
Mas, é ingênuo pensar que devemos assumir o É pertinente uma reflexão sobre o que poderá
ônus completo pela maneira como a educação se

Manual do Educador – 1o ano 35

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favorecer a mudança de postura dos maus go- muitos momentos, não passava de autoritarismo,
vernantes mais rapidamente. Proporcionar uma um exarcebamento da autoridade. Hoje os profes-
formação capenga às pessoas por meio de uma sores e a família não educam ou educam mal? De
escola que ensina mal e deforma ao invés de con- qual modo contribuem as tantas teorias pedagógi-
tribuir para uma formação conscienciosa? Ou cas para a transformação dos sujeitos? Dão conta
possibilitar a formação de pessoas bem prepara- de orientar os professores e empolgar os alunos?
das por uma escola que lhes ensina a perceber a E vamos buscando atores para repassar a culpa
lógica das relações histórico-sociais e, portanto, pelo fracasso das relações e dos resultados dos
tornam-se capazes de interferir e evitar os abusos alunos na escola.
de força e poder?
O tipo de aluno que ajudamos a educar é fato O que fazer diante da crucial realidade?
decisivo para o futuro que ajudamos a consolidar, Primeiro, não existem fórmulas prontas, é pre-
inclusive nos ambientes educacionais, institucio- ciso permitir a dúvida. Busco, mais uma vez, as
nalizados ou não. Muitos mestres questionam: Por palavras do meu professor Dorival: “A dúvida é o
que não somos mais autoridade? Porque o concei- charminho da verdade”. Eu transponho essa frase:
to de autoridade também mudou. O que havia, em “A dúvida é o caminho da verdade, quem não du-

shutterstock/ atmaner

36 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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vida não pensa, não elabora hipóteses, compreen-
de mal o mundo”.
É o paradoxo do conhecimento, compreender o
que é o agora, entendendo que, daqui a pouco, ele
não mais o será, porém nada impede que retorne,
se instale e desfaça sempre. Tradições, valores,
paradigmas mudam. “Para erigir um santuário, é
necessário antes destruí-lo” — já dizia Nietzsche.
Autoridade é fruto de conquista, autoritários se
destronam porque não há mais lugar para reis, rainhas
ou detentores da verdade. Está ultrapassado o estig-
ma do professor-sol, a mais potente estrela a iluminar
os planetas. O professor, quando age assim, desper-
ta antipatia e constrangimento, é mais fácil aprender
quando se gosta de quem ensina.
O professor, em situações difíceis, deve apre-
sentar as razões da angústia, mas perceber que
elas são temporais e recuperar o seu entusiasmo
e dinamismo em classe. Recuperará também o
respeito e a credibilidade diante de seus alunos
e quem sabe conquistará a empatia, sendo capaz
de sentir e estar no lugar do outro.
Dessa forma, cuidando de si mesmo e com-
prometendo-se a tornar as aulas interessantes e
construtivas para os educandos, auxiliando o de-
senvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva,
percebendo-se e fazendo-os perceberem-se como
construtores da história humana, o professor, sem
dúvida, é autoridade sim, o resto é bobagem.
LIMA, Lilian. Escola não é circo, professor não é palhaço:
intencionalidade e educação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
shutterstock/kurhan

Manual do Educador – 1o ano 37

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Unidade

Na abertura desta unidade será oportuno ao educador pro-


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mover uma grande revisão, com a finalidade de, além de solidi-


ficar as lições ensinadas durante a unidade anterior, organizar
os devidos ajustes para a condução da disciplina.

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E EU COM ISSO?
• Como é a sua sala de aula?
• Na sua sala de aula, todos têm voz e vez? Como isso acontece?
• Sua sala de aula é organizada?
• Como você se comporta na sala de aula?
• Quem é responsável pela organização da sua sala de aula?
• Todas as salas de aula são iguais?

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As indagações iniciais vão auxiliar no ajuste harmônico da
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convivência dentro da sala de aula, e também abrem espaço


para a promoção do autoexame por parte dos educandos.

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MINHA SALA
DE AULA
34
Para começar
Existe um lugar que é diferente dos outros porque tudo que tem nele desperta para
o conhecimento, para a amizade e até para fazer o pensamento voar. Esse lugar tem um
perfume especial: é o perfume do saber. Nele, tudo lembra conhecimento!
Já descobriu que lugar mágico é esse? A sala de aula, é claro! Os objetos principais
desse ambiente são a lousa (quadro onde a professora escreve), as bancas para os alu-
nos, uma mesa maior para a professora e a lixeira. Todos os outros objetos, como armá-
rios, som, quadros de aviso, espaço para exposição de trabalhos e espaço para nossas
bolsas vão depender de cada escola.
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34 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Os educandos são convidados a viver um de- Depois que estiver tudo lá fora, o educador fará
safio. Eles terão que tirar todos os objetos da sala um círculo dentro da sala e perguntará aos edu-
(exceto os materiais muito pesados) e colocá-los candos como foi realizar essa tarefa, quais proble-
lá fora. Haverá duas regras principais: sempre te- mas aconteceram e o que pode ser feito para me-
rão de ajudar alguém e não poderão ficar sozinhos. lhorar. Agora, ele convida a todos para arrumarem
Isso vale mesmo para os objetos que são leves. a sala como estava antes.

40 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Sabe, uma vez, vi uma foto sobre uma criança estudando em um lugar de muita pobre-
za. Havia um tambor de plástico que ela usou como cadeira, um caixote de madeira, que

35
era a sua mesa, e um professor escrevendo em um pequeno quadro verde. Antigamente
era assim, a lousa era verde e se escrevia nela com um giz branquinho. Hoje, quase não
se usa mais esse material. Mas nos lugares muito pobres, onde as pessoas querem
aprender e outras querem ensinar, o giz e o quadro verde (ou preto) são bem usados.
“Somos do tamanho de nossos sonhos” disse Fernando Pessoa. Isso quer dizer que
se sonhamos com um mundo melhor, então vamos aprender muita coisa para melhorá-
-lo! E é na escola que nossos sonhos podem começar a se realizar, pois é lá que vamos
descobrindo o conhecimento para realizar o que desejamos!
Quando há um professor, um aluno apenas e a vontade de aprender e ensinar, ali já
está formada uma sala de aula!

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Cidadania Moral e Ética I 1o ano 35

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Anotações

As mesmas regras devem ser mantidas. Ao final,


o educador avalia os educandos novamente, com
questionamentos, e fecha a atividade, anotando
na lousa as palavras importantes que foram utiliza-
das no momento em que eles trabalharam juntos.

Manual do Educador – 1o ano 41

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Para fazer

36
1. Observe o desenho a seguir e coloque o nome dos objetos retirando do quadrinho.
mesa – lousa – lixeira – armário – livros para leitura
bancas – cadeiras – material para todos – cadernos

A SALA DE AULA
lousa material
para
mesa
todos

cadernos

cadeiras

livros para
leitura

bancas

armário
lixeira

2. Devemos tomar cuidado com os objetos da sala de aula. Circule, abaixo, a criança
que está cuidando da sala de aula e faça um X nas que não estão cuidando dela.

36 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Estas atividades são de reforço visual, com o intuito de o alunado saber apon-
tar por si só os elementos dentro do espaço físico da escola, e como contribuir
para os mesmos serem utilizados de forma responsável, a fim de que sejam usa-
dos plenamente.

42 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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3. Desenhe as crianças do quesito anterior, que usaram os objetos de maneira errada,
cuidando dos objetos corretamente. Resposta pessoal

37

4. Sobre sua sala de aula, responda às perguntas abaixo. Resposta pessoal


a. Ela é sempre limpa? SIM NÃO

b. Ela é arejada? SIM NÃO

c. Ela tem bancas? SIM NÃO

5. Observe as imagens abaixo e encontre cinco diferenças na sala de aula.

Uma proposta
Vigilantes da limpeza: Formar um grupo com quatro alunos
para ser responsável por estimular os colegas a não sujar a
sala de aula. A cada semana, muda-se o grupo de alunos.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 37

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Anotações
Orientação didática
A rotatividade na função “vigilante da limpeza”
é para que se firme na mente dos educandos que
a responsabilidade de manter o ambiente limpo é
coletiva. O educador também deve incentivar os
alunos a sempre serem solícitos durante a organi-
zação de seus lares.

Manual do Educador – 1o ano 43

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MEUS COLEGAS,
38 Para começar
MINHA PROFESSORA

Shutterstock.com/wavebreakmedia
Às vezes, quando estamos na escola, bate
saudade de casa. Quando bem pequenininhos,
até choramos achando que não vamos voltar
para casa. Mas é muito bom quando a gente en-
tende que a escola é mais um lugar de alegria e
de amigos também!
Quando encontramos nossos colegas da sala
de aula, até conhecemos amiguinhos que vão a
nossa casa e a amizade aumenta. O papai e a
mamãe têm amigos que eles conheceram na es-
cola desde que tinham a sua idade. E ainda hoje
se encontram!

Shutterstock.com/GagliardiImages
É muito bom quando chegamos à escola e a
professora nos recebe cheia de sorrisos. Dar um
abraço nela faz muito bem! Aí a saudade de casa
passa e a gente começa a fazer as atividades.
Os professores têm sempre uma surpresa
para seus alunos e isso faz a gente ficar cheio
de curiosidade! Lá na escola tem a hora do con-
to! Todo mundo para pra ouvir. A gente viaja ao
mundo da imaginação! É maravilhoso! Também é
muito bom quando a professora leva uma canção
nova para a gente aprender e depois há sempre
uma lição relacionada à letra da música!

E você, já abraçou sua professora hoje?


Já abraçou os amigos da sala de aula também?
Que tal fazer isso agora?

38 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Na abertura da lição o texto ilustra que o am-
biente escolar não é estéril por não ser nosso lar.
Muito pelo contrário: é um lugar vivo, com pes-
soas que são todas amigas em potencial!

44 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Era uma vez

39
Ouça a história a seguir.

Sobre o amor
Em uma sala de aula, havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professo-
ra o que é o amor, ela sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta
inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, a professora pediu a cada
Shutterstock.com/wavebreakmedia

aluno para dar uma volta pelo pátio da escola e trazer o que mais despertasse nele o
sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:
− Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
A primeira criança disse:
− Eu trouxe esta flor. Não é linda?
A segunda criança falou:
− Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas! Vou colocá-la em minha
coleção.
A terceira criança completou:
− Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho com outro irmão.
Não é uma gracinha?
E assim as crianças foram se colocando.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 39

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Anotações
Orientação didática
A história apresentada tem por intenção mos-
trar aos alunos que o sentimento de apreço não
precisa estar amarrado ao sentimento de posse.
O apreço é uma forma de ter as coisas dentro de
nós mesmos, em nossos corações.

Manual do Educador – 1o ano 45

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40

Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado
quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.
A professora se dirigiu a ela e perguntou:
− Meu bem, por que você nada trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
− Desculpe-me, professora, vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas
preferi deixá-la, para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta,
leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.
Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar
triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o per-
fume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da
mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu à criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única a per-
ceber que só podemos trazer o amor no coração.
Autor desconhecido

40 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Ainda no sentido da conversa, o educador pode perguntar aos alunos quais
deles têm animais de estimação em casa, para ilustrar-lhes que os animais, assim
como nós, não são meros objetos, como uma caneta ou borracha, para clamar-
mos posse. Se os acolhemos em nosso lar, é por escolha de compartilhar a vida
com eles, e não para “ter um animal em casa”.

46 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

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1. Pensando no texto lido “Sobre o amor”, escreva e desenhe abaixo o que mais desper-
tou nas crianças o sentimento de AMOR.

Uma flor.

Uma borboleta.

Um filhote de passarinho.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 41

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Orientação didática
Nessa atividade os alunos vão precisar revisitar o texto, e vão con-
sequentemente reforçar as lições ensinadas nele. O educador pode
promover uma dinâmica para os alunos desenharem as coisas que
eles amam, e explicar o porquê delas.

Manual do Educador – 1o ano 47

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2. Missão quase impossível: escreva o nome de todos os seus colegas da turma. Pode
levantar e ir junto de cada um e anotar o primeiro nome dentro deste grande coração

42
que é o seu. Não se esqueça da professora! E, se sobrar espaço, desenhe alguns
desses amigos. Resposta pessoal

3. Pinte as imagens que demonstram amizade.

Ha!
Ha!
Ha!

42 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
A atividade 2 pode ser reproduzida fora do livro.
O educador pode confeccionar numa cartolina uma
reprodução do coração, e instruir cada aluno a tra-
zer o seu nome escrito num papel colorido, para co-
lagem no cartaz. Após o trabalho coletivo, o painel
será exposto em sala ou em alguma área de convi-
vência da escola.

48 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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4. Na história sobre o amor, as crianças levaram o que elas acharam ser sinal de amor.
Mas uma criança não levou nada. Por quê?

43
Sugestão de resposta: Porque ela levou, no coração, o amor que sentiu.

5. Ouça a canção e desenhe, no quadro abaixo, você dizendo a um amigo “amigo, estou
aqui”:

Vamos cantar!

Shutterstock.com/wavebreakmedia
Amigo, estou aqui
Randy Newman. Tradução: Zé da Viola

Amigo, estou aqui.


Amigo, estou aqui.
Se a fase é ruim
e são tantos problemas que não tem fim,
não se esqueça de que ouviu de mim: Os outros podem ser até bem melhores
Amigo, estou aqui. do que eu, bons brinquedos são.
Amigo, estou aqui. Porém, amigo seu é coisa séria,
pois é opção do coração (viu?).
Amigo, estou aqui.
Amigo, estou aqui. O tempo vai passar.
Os seus problemas são meus também. Os anos vão confirmar
E isso eu faço por você e mais ninguém, as três palavras que proferi:
o que eu quero é ver o seu bem, Amigo, estou aqui.
amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui.
Amigo, estou aqui. Amigo, estou aqui.

Resposta pessoal

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 43

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Orientação didática
A música “Amigo, estou aqui” é parte da trilha sonora da saga cinematográfica Toy Story,
que além de divertir, ensina de forma lúdica valores como como a lealdade, determinação
e o valor de uma amizade verdadeira. O professor pode passar aos alunos a atividade de
assistir um dos filmes da saga e no caderno anotar qual dos filmes viu e que lições tiraram
dele, para exposição na sala de aula.

Manual do Educador – 1o ano 49

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SABER FALAR,
SABER OUVIR...
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Para começar
Há momentos, na sala de aula, nos quais conversamos muito e esquecemos que a
professora tem muita coisa para fazer conosco. A gente vai falando e falando e brin-
cando e o tempo vai passando. A professora sempre espera. Sabe como ela faz? Fica
quieta, em silêncio. Parece que se transformou em uma estátua! Aí cada um de nós vai
parando e parando até que os últimos que estão falando percebem que suas vozes es-
tão muito altas! E aí o silêncio é total.
Nossa professora, na maior tranquilidade, diz: “Então, agora que estamos todos em
silêncio vamos ouvir...” E aí, ela começa a aula!

Shutterstock.com/wavebreakmedia

44 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
A abertura da lição é útil para reforçar na mente
do alunado o valor do silêncio e ordem no ambien-
te da sala de aula, uma vez que sem estes elemen-
tos, nenhuma atividade que necessite de atenção
irá conseguir discorrer da forma esperada.

50 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Vamos ouvir a história:

45
Era uma vez
Saber ouvir
Por Fabio Lisboa

Era fim de tarde e o avô passeava com o neto por uma das movimentadas praças da
barulhenta cidade em que viviam.
Havia o barulho de pessoas, celulares, carros, ônibus, buzinas, sirenes, construções.
− Está ouvindo as cigarras cantando?
− Não, vô.
− Chegue mais perto, elas estão ali.
− Eu nunca vi uma cigarra por aqui! Será que elas ainda existem na cidade, vô?
O avô se abaixou próximo ao banco da praça.
− As cigarras se mimetizam, disfarçam-se na folhagem e é difícil ver as danadinhas,
mas sei que estão por perto. Ainda moram por aqui, sim! Se formos de encontro ao som
que emitem, talvez possamos ver a vibração de suas membranas, que é como cantam.
O neto se abaixou e conseguiu, enfim, ouvir a cigarra. Esta, com medo, parou de “can-
tar”. Mas os três continuaram lá, observando-a, e quando a cigarra percebeu que o avô
e neto não lhe representavam perigo, recomeçou a melodia. Os dois conseguiram vê-la
e ouvi-la direitinho desta vez.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 45

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Orientação didática
Relembrar a história e pedir aos alunos que fechem os olhos e escutem os sons
que o educador fará (sino, palma, moeda no chão, um canto de pássaro gravado).
Levar em consideração se tem alguém com necessidade auditiva. Caso haja, re-
pensar como abordar o tema e a dinâmica.

Manual do Educador – 1o ano 51

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46

− Vô, como você consegue ouvir tão bem?


− Na verdade, eu não ouço mais tão bem, mas aprendi a prestar atenção ao que vale
a pena ser escutado.
E, naquele momento, a criança e o velho ouviam muito bem a natureza da cidade.
− Veja que muitos passam e poucos escutam o som das cigarras. Agora veja o que
acontece, se alguém ouvir este som baixíssimo.
O avô tira do bolso e deixa cair delicadamente uma moeda na calçada.
Na mesma hora, mesmo com a poluição sonora ao redor, várias pessoas olham para
o chão bem na direção do dinheiro.
− Viu, não se trata de ouvir, mas de saber ouvir. Saber o que ouvir e escutar melhor.

GOLDSPINNER, Jay; GREEM, Katie. Spinning Tales, Weaving Hope: Stories, storytelling, and activities for
peace, justice and the environment. New Society Publishers: Canada, 2002 p. 201.

46 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Será de grande valia promover uma dinâmica em que os alunos vão
avaliar em quais situações na vida o silêncio e contemplação são mais
úteis do que encher o ar de palavras.

52 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

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1. Ouvir é sinal de sabedoria. Quem sabe escutar o outro aprende mais e entende me-
lhor o que está acontecendo, porque, enquanto escuta, o pensamento vai crescendo.
Então, saber ouvir é ter também muita atenção. Quando alguém fala conosco é muito
importante parar e olhar para essa pessoa! Observe as cenas abaixo e circule as
crianças que estão prestando atenção:
a. b.

c.

2. Quando a professora fala sobre um assunto e depois passa uma tarefa e alguns alu-
nos não param para ouvir, o que pode acontecer com esses alunos que não a escu-
taram?
Sugestão de resposta: Eles poderão ficar sem entender o que a professora falou.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 47

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Orientação didática
O educador pode promover uma dinâmica em que se provará em vias práticas o valor do silêncio para
uma comunicação plena. Para tal, o professor vai escrever uma frase curta em um pedaço de papel e
selecionar um aluno para lê-la para toda a turma. Para aqueles que forem ouvir, será instruído que se fale
por cima da voz do leitor (deve-se tomar cuidado para não haver exaltação extrema durante o atrapalho
da leitura).

Manual do Educador – 1o ano 53

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3. De acordo com o quesito anterior, marque um X no que pode acontecer com as
crianças que não ouviram a explicação da professora.

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Explicar bem o assunto.

X Tirar notas baixas.

X Não vão aprender sobre o assunto.

Saber contar tudo que aprenderam em casa.

4. Existem lugares em que podemos falar muito alto ou até mesmo gritar, mas há lugares
em que devemos ouvir. Circule os lugares em que devemos ouvir, e não falar alto.

De cima para baixo da esquerda para direita:


Shutterstock.com/Marcio Jose Bastos Silva, Protasov AN,
48 Cidadania Moral e Ética I 1 ano
o CP DC Press, Thithawat.S, Denis Rozhnovsky e Aleksey Stemmer

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Após duas ou três tentativas frustradas de leitura, o educador vai instruir que o
leitor desista, e vai indagar aos demais o que ele estava tentando comunicar à turma.
Provavelmente não haverá nenhuma resposta coesa. Caso alguém acerte, o educa-
dor deve lhe indagar se foi fácil compreender o colega sob tanto barulho. A partir dos
possíveis resultados, o educador vai ressaltar que a dificuldade em saber calar e ouvir
repercute na dificuldade de comunicar.

54 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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PALAVRAS
MÁGICAS
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Para começar
Toda criança gosta de mágica! Não é verdade? Quando vemos um filme, uma peça
de teatro ou um show de mágica, nossa imaginação nos faz sonhar!
Porque a mágica é sempre sinal de que tudo pode acontecer e até mudar completa-
mente! Mas existem atitudes em nossa vida e palavras também que, como em um passe
de mágica, mudam a nossa vida ou a de alguém!

Então, vamos agora ouvir uma história cheia de magia.

Era uma vez


Era uma vez uma menininha cha-
mada Clarice. Ela era muito mimada,
tudo queria e os pais sempre davam.
Clarice não tinha muitos amigos na
escola, pois ela não os tratava bem.
O aniversário de Clarice estava se
aproximando. Ela distribuiu convites,
e todo mundo queria ir, porque sabia
que as festas na casa dela eram com
muitos doces e brincadeiras.
A festa aconteceu. Clarice esta-
va muito feliz, mas ao mesmo tempo
triste, pois sabia que os amigos esta-
vam ali porque havia muita diversão e
comidas gostosas. Não era por cau-
sa dela.
a baixo da esquerda para direita:
k.com/Marcio Jose Bastos Silva, Protasov AN,
ss, Thithawat.S, Denis Rozhnovsky e Aleksey Stemmer
Cidadania Moral e Ética I 1o ano 49

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Anotações
Orientação didática
Por meio do apelo ao fantástico, a história refor-
ça lições de educação básica para as crianças. É
sempre importante as boas maneiras serem ensi-
nadas por meios menos ortodoxos e autoritários e
mais lúdicos, afinal uma lição imposta é mais fardo
que aprendizado.

Manual do Educador – 1o ano 55

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Na hora de dormir, ela começou a chorar. Será que Clarice estava sentido falta do
amor e da amizade de seus colegas? Nossa menininha dormiu chorando. De repente:

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plim! Uma luz forte e uma fada encantada apareceu!
− Quem é você? Que linda! − disse Clarice.
− Clarice, você estava chorando. Eu sou a fada que cuida das crianças que choram.
− Eu não tenho amigos. − disse Clarice.
− Oh, minha menina, todo mundo sabe que existem palavras mágicas que fazem amigos.
− É? Eu não sabia. Quais são?
− “Com licença”, “obrigada”, “por favor”, “desculpe-me”.
− Eu não uso essas palavras.
− Então, Clarice, durma e pense nelas.
No dia seguinte, ela acordou.
− Bom-dia! Com licença! Até mais tarde.
− Olá, minha gente! − parecia um papagaio que não parava de falar.
Ela não sabia se tinha sido um sonho ou não. Mas, seja lá como for, as palavras fun-
cionavam. Clarice também descobriu que tinha muitas palavras mágicas além daquelas.
Por exemplo: perguntar para alguém “Quer ajuda?” faz as pessoas sorrirem. Então,
não esqueçam: palavras podem ser mágicas e transformam as pessoas!
Patrícia Senna

50 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
A árvore da gentileza:
O educador pode confeccionar em uma cartolina uma árvore sem folhas, onde
os alunos vão colar pequenas folhas de papel colorido, com palavras de gentileza
escritas (obrigado, obrigada, com licença, bom-dia, etc.). Após o trabalho coletivo,
o educador pode exibir a obra de arte resultante em sala ou em espaços de con-
vívio social da escola.

56 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

51
1. Observe os desenhos abaixo e escreva qual é a palavra mágica que está sendo pro-
nunciada. Escreva no espaço abaixo.

obrigado com licença por favor

2. Depois de escutar o poema a seguir, encontre as palavras mágicas que você ouviu e
pinte-as.

Palavras Mágicas
Pedro Bandeira

Se você quer ser feliz Use sempre essas palavras,


e amizades conquistar, delas nunca tenha medo,
quatro palavrinhas mágicas pois eu quero ajudar,
vou agora revelar. vou contar o meu segredo:

Não é nem “Abre-te Sézamo” Diga sempre a sorrir,


e nem é “Sin-sa-la-bin”! pra não ser mal-educado:
Nenhuma é “Abracadabra”, com licença, me desculpe,
minha mãe disse pra mim: por favor e obrigado!

Guarde as quatro palavrinhas, Acredite no que eu digo,


tenha as quatro sempre à mão, pois comigo funcionou.
para usar a toda hora, São palavras de uma fada,
em qualquer ocasião. foi mamãe quem me ensinou!

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 51

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Orientação didática
Baseado no primeiro exercício, o educador pedir passagem ou ganhar algum presente. O ob-
pode promover uma brincadeira em que serão dis- jetivo é que cada um interprete a situação por meio
tribuídos, através de sorteio, pequenos pedaços de mímica, e aos outros que assistirem, responder
de papel para os alunos, em que estão escritas com a “palavra mágica” adequada à situação (des-
situações corriqueiras como esbarrar em alguém, culpe, obrigado(a), com licença, etc.).

Manual do Educador – 1o ano 57

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A BIBLIOTECA
52
Para começar
A escola tem muitos lugares, não é? Mas tem um especial, de muito silêncio e con-
centração! É a biblioteca! Ela é linda! Cheinha de livros e mesinhas. Lá tem as mais
fantásticas histórias! Tem contos de fada, lendas, reportagens, tem muita coisa sobre a
natureza e a história dos povos do mundo inteiro! É simplesmente mágico!
Mas tem uma regra principal a ser cumprida para que esse lugar continue mágico: Português
FAZER SILÊNCIO! Pois tem muita gente lendo ao mesmo tempo!
Quase todos os dias eu vou visitar a biblioteca e sempre trago um livro para ler em
casa quando já entreguei outro. Não é ótimo? Poder levar o livro para casa e ler? Tenho
amigos que só leem pelo computador! Mas nada se compara a folhear um livro em um Matemática
local bem legal da nossa casa e deixar a imaginação cuidar dos pensamentos! E você,
já foi à biblioteca hoje?

História

Geografia

Ciências

Shutterstock.com/Sergey Novikov

52 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
A lição inicia-se com uma introdução sobre um
dos ambientes que mais podem induzir a plena ex-
pansão do conhecimento: A biblioteca! O educa-
dor pode ressaltar a importância desse espaço físi-
co dedicado, em tempos em que os livros digitais
ameaçam tornar obsoleto este ambiente.

58 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

53
1. Você gosta de ler? Por quê?
Resposta pessoal

2. Observe a biblioteca abaixo. Como toda biblioteca, ela está com os livros arrumados
por assuntos. Descubra qual é o livro que está no lugar errado. Quando encontrá-lo,
faça um X nele.

Português

Matemática

História

Geografia

Ciências

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 53

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Orientação didática
Estas atividades tem por objetivo injetar ludicidade no apren-
der sobre este ambiente tão importante, de livros e leitura. A bi-
blioteca é lugar de diversão!

Manual do Educador – 1o ano 59

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3. Qual é o lugar da sua escola onde a convivência com os livros facilita a aprendizagem?
B I B L I O T E C A

54 4. A biblioteca é um lugar para ler e estudar. Não é lugar para fazer barulho. Decifre os
códigos e descubra a placa que está na biblioteca.

C Ê L I N O S

S I L Ê N C I O

5. Ouça o poema “Livrinho falante” e, depois, pinte a ilustração. Resposta pessoal

Livrinho falante
Sou o livrinho falante Sou o livrinho falante
e não paro na estante. que registra a todo instante
Ajudo toda gente tudo que no mundo acontece,
que a mim vem consultar. nasce, cresce e aparece.
Sobre planetas, estrelas, Sei histórias fascinantes,
e o que neles podem achar. além da imaginação,
Sei tudo sobre jatos, posso contar a vocês:
cápsulas, controles, nações, “Tenho alma e coração”.
conheço a história antiga, Cantiga popular
navios à vela, aviões.

54 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Passar o vídeo: “Os fantásticos livros voadores do Senhor Lessmo-
re”. Depois haverá muito o que explorar com as crianças sobre esse
vídeo, em outros momentos na sala de aula.

60 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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6. Observe as cenas abaixo e faça o que se pede:
• Pinte a cena em que a criança está cuidando do livro.

55
• Faça um X na criança que está fazendo mau uso do livro.
• Circule a criança que está triste por ver a situação do livro.

7. Vamos construir um Contrato de Convivência Escolar? Abaixo, marque, com um X,


as regras que devem estar escritas nesse contrato.

X Respeitar os professores.

Falar palavrão.

X Não mentir para a professora e para os coleguinhas.

X Não rabiscar as carteiras e a parede.

Não prestar atenção à aula.

X Brincar só no recreio ou nos momentos indicados pela professora.

X Respeitar os horários de entrada e saída.

Brigar com os coleguinhas.

Desrespeitar os funcionários da escola.

X Ajudar os coleguinhas quando estiverem com dificuldade.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 55

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Anotações
Orientação didática
Fazer um contrato em cartolina para fechar a
unidade com um mural! As crianças vão dizendo
as regras e o educador vai orientando quando ne-
cessário, fazendo os devidos ajustes.

Manual do Educador – 1o ano 61

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FUNDAMENTAÇÃO
Sobre o aprender a escutar
Lembro-me de ter lido, muitos anos atrás, um acalanto do meu pai. Aprendi a significar a gosto-
livro de um psicanalista, Denis Vassê, que me mar- sura que era me sentir amada, naqueles momen-
cou enormemente por esta imagem que o autor tos, ao sentir que ele dedicava seu tempo a mim.
traz: “Quando o umbigo se fecha, a boca se abre...”. Coisa fantástica é a memória corpórea... sua ca-
Essa singela frase simplesmente enviesou meu pacidade de se fazer presente, viva, gerando mo-
próprio corpo naquele então, e o enviesa até hoje, vimentos, gestos e gostos que vêm de um tempo
pelo fascínio e espanto que senti ao saber que que acreditávamos esquecidos... E, no entanto, a
é pela voz que nosso corpo descobre e confirma nossa memória afetiva se encarrega de nos trazer
que não é mais extensão do corpo do outro. Ou tudo de volta.
seja, nosso corpo é simbolizado pela voz dos nos- Fui iniciada também no ato da escuta por minha
sos pais. Dessa forma, somos marcados desde mãe; cedo ela me pôs nas malhas, nos fios, do
cedo pela força da palavra, que nos introduz no possível texto do outro. Já pequena eu me exerci-
mundo dos significados. tava nos enredos das redes de significados que
As lembranças que tenho de como fui iniciada me invadiam e, de certa forma, eu me via levada a
no aprendizado da escuta e, por conseguinte, da sempre ressignificá-los.
fala, estão ligadas à voz do meu pai, que preparava Pergunto-me se não data dessa época meu
meu corpo irrequieto, que não queria dormir, ao prazer de brincar com o simbólico, meu fascínio,
som das suas cantigas de ninar. minha paixão, minha curiosidade sobre as coisas
De certa forma, acredito que a escuta se tor- não ditas e as ditas além do querer dizer. Essas
nou algo de prazeroso e importante na minha vida vivências da minha infância marcaram tanto meu
de educadora por ter sido significada pela voz de corpo que a sensação que tenho é a de que, às
1. VASSE, D. O umbigo e a voz. São Paulo: Loyola, 1977.

shutterstock/Skydive Erick

62 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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shutterstock/michaeljung

vezes, ainda hoje, eu vejo com os ouvidos e escu- Nas minhas andanças pelas escolas, o que te-
to com os olhos... Sensação estranha? Sim, tal- nho visto são corpos sempre tão apressados que
vez, mas gostosa de ser vivida. Foi assim que o não conseguem parar para escutar. Na maioria
aprendizado do ato de escutar entrou na minha das vezes são corpos que, além de estar sempre
vida, fazendo parte da minha história e da minha apressados, estão tão “cheios”, talvez de si mes-
forma de estar no mundo. mos, que se encontram impossibilitados de cons-
O ato de educar o outro é hoje para mim, como truir espaço interno para a escuta do outro.
educadora, uma das primeiras posturas pedagógi- Se quisermos escutar o que o outro tem a di-
cas que trabalho com o educador no seu processo zer, temos de estar com nosso corpo “vazio” para
de formação. Descubro e redescubro sempre com poder recebê-lo e, dessa forma, ser depositário da
cada novo grupo que formo, pelas resistências en- sua fala. “Corpo cheio” é corpo sem espaço para o
contradas nos diferentes e inúmeros corpos nos outro; o outro sobra, está a mais. Fica como se es-
quais já “pus a mão”, que é uma tarefa difícil. tivesse a ver navios que nunca ancorarão no porto.
Pergunto-me constantemente o porquê de nos- É por meio da escuta da fala do outro que o
sa dificuldade de escutar realmente o outro. Que educador realiza sua intervenção. Sem interven-
acontece com nossa capacidade de escuta? Fal- ção no processo do outro, o ato de educar perde
ta de paciência? Falta de curiosidade pelo outro? seu sentido em cai no vazio. No entanto, o mais
Falta de tempo? Fala de espaço interno? complicado é que a caída no vazio no processo

Manual do Educador – 1o ano 63

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de marcar o corpo do outro não está unicamente a um corpo generoso e com mobilidade. Generoso,
atrelada ao ato de intervir ou não. Podemos inter- para crer que o outro tem o que dizer, tem contribui-
vir e, mesmo assim, constatar a caída no vazio da ções a dar. Mobilidade, para poder criar espaços,
nossa intervenção. dar cabida ao outro corpo. Dialogicidade e genero-
Portanto, para que nossa intervenção crie for- sidade são amigas íntimas na minha fantasia. Uma
ma no corpo do educando, é preciso que exista alimenta a outra, são parceiras.
um saber não só sobre sua história de vida, como Às vezes me pego sozinha observando os cor-
também sobre seu aqui-e-agora que está a viver. pos das pessoas e fico fascinada ao descobrir o
É preciso que exista um estar com o outro. quanto eles falam. O quanto dizem, às vezes, o
Se o ato de escuta é percebido e exercitado que não querem dizer, ou, quem sabe, o que não
como instrumento metodológico de trabalho, o ousam dizer pela fala. Por isso, de certa forma,
educador tem condições de realizar uma leitura aprender a olhar o corpo do outro traz consigo o
mais adequada sobre as necessidades daquele a aprendizado de aprender a escutá-lo, a observá-lo.
quem educa. Aprender a escutar o corpo do outro O aprendizado da escuta, por sua vez, está
está relacionado com o aprendizado do diálogo. relacionado com o da fala. Quando o corpo está
Sem escuta não existe diálogo. O diálogo requer aprendendo a escutar, ao mesmo tempo está
troca, requer espaço interno, curiosidade amorosa apreendendo a estrutura da oralidade da língua
e disponibilidade para o outro. Não sei bem o por- pelo discurso do outro. Dessa forma, vai cons-
quê, no entanto sempre associo um corpo dialógico truindo sua intimidade com a oralidade. É essa in-

shutterstock/Piotr Marcinski

64 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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timidade que possibilita a busca de uma oralidade
própria, de uma forma de falar única por anunciar/
denunciar o sentir, o perceber como cada um está
no mundo e se sabe nele.
A escuta é tão importante quanto a fala porque
ambas, quando bem equilibradas, possibilitam o
aprendizado do silêncio. Corpo falante em excesso
é corpo que não experienciou situações de escu-
ta, de ser contido; foi pouco marcado pelo silêncio
do outro, teve menos chance de poder significar o
silêncio, de poder descobrir que existem diferen-
tes tipos de silêncios. Como, por exemplo, o “si-
lêncio falante”, o que tem força de marcar o corpo
justamente pelo não dito. Sem a experiência do
silêncio, fica difícil percebermos a importância e a
necessidade do momento da fala quando estamos

shutterstock/Gelpi
educando.
Sempre me pego refletindo sobre o poder da
fala, da palavra na educação. E, às vezes, fico me
perguntando se não construímos, de certa forma,
um “império da fala” nas escolas. Gostaria mais se
tivéssemos construído um “império dos sentidos”!
Na verdade, devo admitir que não gosto muito da
imagem de império... No entanto, é a que me veio
a esse momento, enquanto escrevo.
Brincando comigo mesma, acho que o gostoso
mesmo seria se pudéssemos juntar esses dois im-
périos, o da fala e o dos sentidos, para possibilitar a
todos a quem queremos educar a delícia do apren-
der a falar e do aprender a expressar seu sentir.

DOWBOR, Fátima Freire. Organizadoras: Sônia Carválho;


Deise Luppi. Quem educa marca o corpo do outro. São Paulo:
Cortez, 2007.

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Unidade

A ideia sugerida desta unidade é a relação aluno-escola num


nível físico e organizacional. Mais uma vez, o início de unidade
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pode ser um momento em que o educador irá avaliar o anda-


mento da turma, a forma como estão absorvendo os conteúdos
e os devidos ajustes necessários na didática em sala de aula.

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E EU COM ISSO?
• Sua escola é um ambiente organizado?
• Como você contribui para que a organização da sua escola seja
possível?
• Você também brinca na sua escola? Quais são os seus momentos
de brincadeira?
• Como é o recreio na sua escola?
• Todas as crianças participam das mesmas brincadeiras? Por quê?
• E o lixo da sua escola, é recolhido? Existe a coleta seletiva?

CMeE_1A_2017_01a96.indd 57 O educador pode pedir que os alunos respondam por escrito as


18/07/17 14:14

indagações que abrem a unidade. É uma chance de criar ou reforçar


neles o hábito de refletir sobre as condições dos ambientes que fre-
quentam e formas de torná-los melhores para todos.

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ORGANIZAÇÃO
58
Para começar
Ouça a leitura do texto a seguir.

Todos os dias, depois que temos algumas aulas, chega a hora do lanche. Hum! Como
é gostoso o lanche que eu trago para a escola! E muito importante também, pois deve-
mos nos alimentar corretamente para ficarmos sempre saudáveis e livres de doenças
que nos podem impedir de brincar ou de ficar junto dos colegas de que tanto gostamos.
Antes, porém, a gente deve se organizar. Sempre respeitar os comandos da professo-
ra, fazer a fila do jeito certo, lavar as mãos para garantir uma boa higiene nesse momento
tão necessário ao nosso dia na escola. Cada um deve cuidar de sua própria lancheira:
toalha, guardanapo, garrafa e o que mais houver nela.
Aí é só aproveitar as delícias que estão dentro dela! Depois do lanche, já bem forta-
lecidos pelo que comemos, é hora de ir brincar! É muito importante optar por alimentos
mais naturais, como frutas e sucos, assim vamos nos alimentar bem e cuidar melhor de
nosso corpo e de nossa saúde!

Bom lanche! Boa brincadeira!

Shutterstock.com/Rawpixel.com

58 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Nessa seção nosso caminho reflexivo segue na direção do cuidado com a pró-
pria saúde e com a organização dos alunos no ambiente escolar. O educador deve
incentivar práticas concernentes ao tema, tanto no âmbito da sala de aula e da
escola, como mostrar a importância delas fora da escola também, sobretudo no
ambiente doméstico.

68 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer
Vamos cantar!
Merenda
Vamos lavar as mãozinhas,
59

Shutterstock.com/Fotos593
Chegou a hora da merenda, Que é hora de merendar!
minha barriguinha Pois não se deve comer
já está que não aguenta! sem as mãozinhas lavar!
Há, há, há, há, há! Lá, lá, lá!
Já está que não aguenta. Cantiga popular

1. No quadro abaixo, desenhe e pinte o que acontece na sua escola quando chega a
hora do lanche.

Resposta pessoal

2. No espaço abaixo, desenhe ou cole figuras de alimentos que você gosta de trazer
para o seu lanche.

Resposta pessoal

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 59

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Orientação didática
Música sempre é um excelente recurso peda- As atividades aqui propostas visam retomar
gógico. Essa fala exatamente do nosso assunto. o texto de abertura da unidade, como uma con-
Após cantá-la, pode haver uma roda de conver- tinuidade das orientações para a hora do lanche
sa com os alunos sobre o tema para passarmos e, posteriormente, para o recreio. Se o educador
adiante no esquema da unidade. julgar melhor, a atividade dois pode ser feita com
figuras pedidas aos alunos com antecipação.

Manual do Educador – 1o ano 69

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3. O texto que lemos fala de alimentação saudável. A criança abaixo está em dúvida
sobre o que levar para o seu lanche. Vamos ajudá-la com sugestões saudáveis e de-

60
liciosas! Você pode escrever ou desenhar para dar sua sugestão.

Shutterstock.com/Tom Burlison
Resposta pessoal

4. Por que é importante a gente ter uma alimentação saudável?


Na retomada do texto, a criança deve responder na linha do cuidado com a saúde de modo

geral, com o próprio corpo e como modo de prevenir doenças e viver melhor.

5. Desenhe o que você costuma comer na hora:


Do café da manhã Do almoço Do jantar

Resposta pessoal Resposta pessoal Resposta pessoal

60 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Nessas atividades o educador deve ficar atento Antecipadamente, o educador deve pedir às
a alguma resposta equivocada e orientar às crian- crianças que pesquisem sobre os alimentos que
ças de modo a conduzi-las ao real sentido de ali- fazem bem à saúde e os que prejudicam, e que
mentação saudável e sua importância para todos tragam figuras sobre eles para ajudar a montar o
nós, inclusive na escola, que é nosso foco. painel desta página. Após a montagem, pode ha-
ver um breve debate sobre a importância dos sau-
dáveis e por que os outros prejudicam a saúde.

70 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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NA ESCOLA, A GENTE
TAMBÉM BRINCA!
61
Para começar
Ouça a leitura do texto a seguir.

Vamos à escola para aprender muitas coisas. Desde as matérias escolares até a convivên-
cia com os outros, o respeito às diferenças, o cuidado com o ambiente escolar, comportar-
-se bem em sociedade e entender como o mundo funciona para fazer parte dele também.
Durante as aulas, temos o lanche e o recreio. É muito legal fazer essa pausa para des-
cansar um pouco e poder brincar com nossos amigos e ter momentos de descontração.
Nessa hora, também nossos professores têm um momento de descanso merecido,
pois se esforçam muito em sala de aula para nos dar a devida atenção e nos ensinar
coisas boas e úteis para nossa vida.
Na hora do recreio, aprendemos que brincar é um direito nosso! Correr, saltar, jogar,
sorrir, conviver! Quando aprendemos que todos devem ser tratados com respeito, a vida
fica mais interessante e bonita.
Na escola, em casa, na rua, em todos os lugares e situações devemos agir com res-
peito à dignidade de todas as pessoas.
Shutterstock.com/GagliardiImages

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 61

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Orientação didática
Essa seção aborda a brincadeira na escola como direito das crianças e instrumen-
to pedagógico. Após a leitura em sala, o educador deve instigar os alunos a emiti-
rem opiniões sobre o texto e reforçar a ideia de que brincando também se aprende,
orientando-os quanto à questão da cidadania, moral e ética nessas ocasiões.

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Para fazer

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1. De que você costuma brincar na hora do recreio?
Resposta pessoal

2. Desenhe e pinte a sua brincadeira preferida no quadro abaixo.

Resposta pessoal

3. Você já brincou com cantigas de roda? É muito legal!


Veja abaixo a letra da cantiga “Ciranda, cirandinha”.

Vamos cantar!
Ciranda, cirandinha
Cantiga popular

Ciranda, cirandinha, Por isso, (nome da pessoa),


vamos todos cirandar. entre conosco nesta roda.
Vamos dar a meia-volta, Diga um verso bem bonito,
volta e meia vamos dar. diga adeus e vá-se embora.

O anel que tu me deste A ciranda tem três filhas,


era vidro e se quebrou. todas três por batizar.
O amor que tu me tinhas A mais velha delas todas
era pouco e se acabou. Ciranda se vai chamar.

Shutterstock.com/wavebreakmedia
62 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
A partir do entendimento da brincadeira como constante do
processo de aprendizagem, o conhecimento das aptidões das
crianças ajuda na implementação de atividades e dinâmicas que
auxiliem o educador em sala, inclusive com a questão disciplinar.
Um bom mote a ser explorado.

72 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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• Com a ajuda de um adulto, escreva abaixo a letra de outra cantiga de roda que você
conhece, ou uma nova que aprendeu e gosta de brincar com ela.

63
Resposta pessoal

4. Vamos fazer uma entrevista! Já que estamos falando de brincadeiras, vamos pergun-
tar a um adulto sobre elas! Escolha uma pessoa adulta e faça uma entrevista para co-
nhecer um pouco mais sobre como ela brincava quando era criança. Resposta pessoal
Nome: Idade:

Quais eram as brincadeiras de sua infância?

Brinquedo de que mais gostava:

Você chegou a construir algum brinquedo? Qual?

Sua opinião sobre os brinquedos atuais:

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 63

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Anotações
Orientação didática
O trabalho de entrevista deve ser orientado com
antecedência e solicitado como atividade de casa,
aguçando a curiosidade dos alunos em relação ao
enunciado proposto e propiciando o conhecimen-
to das brincadeiras do passado, inclusive inspiran-
do seu resgate e seu sentido.

Manual do Educador – 1o ano 73

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Era uma vez

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Ouça a história a seguir.

Era uma vez uma floresta. Nela, havia ensinou as brincadeiras de barra-bandeira,
muitos bichinhos ainda filhotes, que brin- queimado, brincadeiras de roda, esconde-
cavam muito uns com os outros. Eram -esconde, cabra-cega, amarelinha, peão,
brincadeiras maravilhosas. Dona Coelha bola de gude, passar o anel e estátua. Nos-
tinha muitos filhotes e ensinou a eles um sa, era uma alegria! Muitos filhotes vinham
monte de brincadeiras, pois lá na floresta para frente da casa de Dona Coelha brin-
não havia brinquedos de shopping, parqui- car, ninguém brigava. Os filhotes gostavam
nhos, televisão, computador, e muito me- muito da brincadeira do coelho sai-não-sai
nos video game. Havia bolinhas de meia, e de brincar de detetive.
bolinhas de gude, pedrinhas. Dona Coelha
Equipe pedagógica

5. Identifique as brincadeiras mostradas nas figuras e escreva abaixo o nome delas.

Girar bambolê. Telefone.

Corrida de sacos. Cabo de guerra.


Todas as fotografias desta páginas: Shutterstock.com/Robert Kneschke

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o

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Orientação didática
A história da página é mote perfeito para dar continuidade ao conhecimento
por parte das crianças das brincadeiras coletivas que são estimulantes e sau-
dáveis. Em tempos de tanta tecnologia ao alcance de todos, é uma excelente
oportunidade de fazer uma reeducação do brincar.

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UM RECREIO
DIFERENTE
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Para começar
Ouça a leitura do texto a seguir.

Tocou para o recreio! Oba! Uns saíram correndo e começaram a brincar e a lanchar;
outros foram à cantina comprar o lanche.
Katarina adorava observar os alunos. Ela certamente acreditava que era uma espécie
de Fiscal do Recreio. Ao passar pelo pátio, viu um monte de lanches em uns bancos.
Katarina pensou:
“O que está acontecendo ali? Por que esses lanches estão nos bancos?” A menina
correu para os colegas e contou que estavam colocando lanche nos bancos da escola.
Contou que as crianças ficaram rindo. Que coisa feia, logo nesta semana que a coor-
denadora pediu que todo mundo deixasse o pátio mais limpo e cuidasse dos menores.
“Eu acho que eles tiraram o lanche das crianças menores”, ela falou.
A fofoca se espalhou! A confusão estava armada. Foram chamar as professoras, a
coordenadora, a diretora. Katarina tratou de dividir todo mundo em equipes para saírem
rápido e pegarem os meninos.

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Orientação didática
A leitura pode ser feita após uma introdução pelo educador, pois o
tema dessa seção é uma particularidade dentro da unidade. Ao mes-
mo tempo que o texto reforça o valor da solidariedade, também imbui
a lição de que as crianças não devem iniciar fofocas ou mexericos.

Manual do Educador – 1o ano 75

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Lá vem todo mundo. Algumas professoras, a orientadora, a coordenadora e muitas
crianças atrás. Katarina ia à frente para mostrar onde era.

66
Ao chegarem lá, viram os lanches nos bancos e um grupo grande de meninos e meni-
nas escrevendo um cartaz.
Ao chegar bem pertinho, a coordenadora perguntou:
− Por que estes lanches estão aí?
Pedrinho levantou-se e disse:
− Nós resolvemos fazer um recreio diferente: juntamos lanches para dar à outras
pessoas.
− Queremos pedir que a senhora leve tudo para onde há crianças com fome.
Nossa! Katarina ficou com muita vergonha. As professoras e a coordenadora aplau-
diram o grupo. Daquele dia em diante, toda sexta-feira era o dia do recreio diferente.
Muitas crianças ficaram felizes porque estavam comendo.

Equipe pedagógica

66 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Após a leitura, pode-se fazer uma roda de con- bém uma brincadeira de “telefone sem fio”, e, ao
versa sobre o texto com as crianças e observar final da brincadeira, compara-se a frase original
suas colocações referente ao que foi lido. O edu- com o que chegou a se formular no fim. O intuito
cador pode promover uma dinâmica sobre os efei- é ressaltar que essas atitudes podem fugir rapida-
tos nocivos de se fazer fofocas. Pode fazer tam- mente do nosso controle.

76 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

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1. Segundo o texto, Katarina tinha um comportamento bem diferente. Marque a respos-
ta certa à pergunta abaixo.

• O que Katarina gostava de fazer durante o recreio?

Brincar com os colegas Comer o lanche que sua mãe fazia

Conversar com as pessoas novatas Observar o que os colegas faziam

Arrumar seu material em sua mesa Limpar sua sala de aula

2. Afinal, qual é a explicação encontrada por Katarina?


Sugestão de resposta: Ela disse que os meninos haviam tirado o lanche dos meninos

menores.

3. Como Katarina ficou depois que o “mistério dos lanches” foi resolvido? Marque a
resposta certa.

Feliz por solucionar o mistério Triste porque não comeria o lanche

Brava porque não haviam dito a ela Com muita vergonha

A curiosidade é algo comum em todas as pessoas. No entanto,


precisamos ter cuidado para não nos intrometermos em
situações que não nos dizem respeito. Katarina não pensou
duas vezes antes de sair contando para os colegas algo que
ela achava que sabia, porque havia sido curiosa demais.

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Orientação didática
As atividades propostas retomam o texto e as atitudes de Katarina, confrontan-
do-as com as dos alunos no dia a dia. A reflexão aqui gira em torno do excesso de
curiosidade e da intromissão em assuntos ou situações que não nos dizem res-
peito. Uma boa oportunidade de debater com as crianças sobre essas atitudes.

Manual do Educador – 1o ano 77

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4. Alguns colegas de Katarina tiveram uma ideia sensacional quando se organizaram
para dar aquele lanche para as crianças que estavam com fome. No mundo inteiro

68
há milhões de crianças que não têm o que comer. Foi um gesto muito nobre e de ci-
dadania. Mas as crianças não precisam apenas de comida. O lanche da história que
ouvimos tem um valor muito simbólico também: ajudar a quem precisa! Nas figuras
dos sanduíches abaixo, escreva quais outras coisas as pessoas mais pobres, sobre-
tudo as crianças, também precisam. Resposta pessoal

Vamos cantar!
Cantando juntos aprendemos e nos divertimos também!

Hora do Recreio
Xuxa
Melhor você se esconder,
É hora! É hora! É hora! porque eu preciso te achar,
Do recreio! o pique-esconde começou!
Vem que tá na hora do recreio, Vem que tá na hora do recreio,
vem que tá na hora de brincar, vem que tá na hora de brincar,
vem que tá na hora do recreio, vem que tá na hora do recreio,
hora da gente se encontrar. hora da gente se encontrar.
Recreio! Recreio!
Olha a merenda, que coisa gostosa, Mire a parede, jogue a bola,
sentar com a turma toda e lanchar. a brincadeira é paredão,
Descer no escorrega, correr pelo pátio, começa comigo, depois tá contigo
saber que a gente pode brincar. dois quiques de bola no chão.

68 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Continuando a reflexão sobre a história de Kata- É preciso introduzi-los nesse universo reflexivo
rina abordamos a questão cidadã como mote para cada vez mais para formarmos adultos mais cons-
a reflexão dos alunos. O texto de abertura desta cientes adiante. A música dá o tom do final da se-
página dá pistas para outras reflexões e atividades ção como momento lúdico e também formativo.
com as crianças.

78 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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LIXO? NA ESCOLA?
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Para começar
Ouça a leitura do texto abaixo.

Na nossa escola?
Como em todo ambiente organizado, nossa es-
cola deve ter coletores de lixo nas salas de aula,
pátio e todas as outras dependências.
Sendo um lugar de aprendizagem, todos os
dias as crianças são ensinadas a descartar, de
modo correto, o lixo que produzem, mas sempre
há aquelas pessoas que não têm consciência e
jogam seu lixo em qualquer lugar.
Muitas vezes, ao final do recreio, ficam muitos
papéis, embalagens de lanche, latas, tudo espalha-
do pelo pátio, nas quadras. Uma coisa lamentável!
Portanto, é preciso fazer a coisa certa! E a es-
cola é apenas o início. Temos que fazer isso em
casa, na praia, no shopping, nas ruas, no transpor-
te público. Assim seremos cidadãos de verdade!

Lixo é tudo igual?


Temos diversos tipos de lixo, mas podemos, ini-
cialmente, dividir em duas categorias: orgânico e
inorgânico.
A partir daí, tem início a coleta seletiva, ou seja,
a separação do lixo que pode ser reaproveitado
por meio da reciclagem, um recurso muito impor-
tante para mantermos o planeta saudável! Shutterstock.com/Zurijeta

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 69

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Orientação didática
Essa seção abre espaço para uma importante discussão em
nossos tempos: o lixo. O caminho reflexivo proposto é o conheci-
mento da realidade e o debate acerca das soluções, estabelecen-
do um diálogo entre as crianças sobre o tema e a conscientização
do papel que exercem na sociedade.

Manual do Educador – 1o ano 79

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Para fazer

70
1. Escreva, nas lixeiras abaixo, o que devemos jogar no cesto de lixo de nossa sala de
aula. Resposta pessoal

2. Observe a imagem abaixo e perceba o que está errado nela. Depois, reproduza-a
corrigindo os erros.

Shutterstock.com/Macrovector
O aluno deve reproduzir a imagem
retirando o lixo, mudando a
conduta das pessoas.

70 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
As atividades propostas nessa página visam
despertar a conscientização sobre o lixo que se
produz diariamente, bem como a responsabilidade
de cada um de nós frente a esse problema, des-
pertando a noção de cidadania responsável.

80 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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3. “Devemos manter nosso ambiente limpo”.
a. Pinte as imagens que estão de acordo com a frase acima.

71
b. Converse com seus colegas da sala de aula sobre como agir corretamente nas
imagens incorretas. Resposta pessoal

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 71

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Orientação didática
A atividade desta página ilustra bem o que acontece em nossas cidades, pela
falta de educação e cidadania dos habitantes. Muitas vezes, os próprios alunos
reconhecerão as cenas com proximidade de suas vidas. Uma boa ocasião de
abrir debate e justificar a necessidade de uma mudança de comportamento.

Manual do Educador – 1o ano 81

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4. Cantando, aprendemos nos divertindo!
Vamos ouvir e cantar esta música e aprender mais sobre o lixo!

72
É preciso reciclar
Marcio Araújo / Robson Bala

Reciclar o lixo é a solução


pra acabar de vez com a poluição!
O que é reciclado logo se transforma,
e a gente reutiliza, mas de outra forma!
Plástico vira bola, papel vira sacola,
é só ter consciência do que se joga fora!
Na hora de jogar,
separe o lixo direitinho,
assim você terá
um mundo muito mais limpinho!

Reciclar, reciclar,
é preciso reciclar!
Reciclar, reciclar,
a gente tem que reciclar! (2x)

E o lixo transformado
não será mais despejado
nos campos, nos rios,
nas ruas e cidades,
pra nossa felicidade!

Reciclar, reciclar,
é preciso reciclar!
Reciclar, reciclar,
a gente tem que reciclar! (2x)

Todas as fotografias desta página: Shutterstock.com/Rawpixel.com

72 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
A música entra em um tema importantíssimo a ser trabalhado com
as crianças, que é a reciclagem. Num momento lúdico podemos abor-
dar seriamente a necessidade de atividades nesse sentido, para mini-
mizar os estragos causados pelo excesso de produção de lixo.

82 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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5. Pesquise e cole, no quadro abaixo, figuras sobre materiais recicláveis e o que pode
ser feito com eles depois de reciclados. Depois monte um painel sobre a importância

73
de reduzir a produção de lixo. Resposta pessoal

Materiais recicláveis Produtos feitos a partir da reciclagem

Página 74 - padrão

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 73

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Orientação didática CMeE_1A_2017_01a96.indd 74 18/07/17 14:14

Nessa atividade temos a discussão em torno de Antecipadamente, o educador orienta a pes-


alternativas para a redução de resíduos no plane- quisa e pede figuras de material reciclável e de
ta. Esse tipo de debate incentiva a curiosidade e produtos feitos a partir da reciclagem para a mon-
a criatividade das crianças e é de grande valia na tagem do painel desta página, que servirá como
formação de uma consciência cidadã. um grande demonstrador da importância da dis-
cussão feita sobre a questão do lixo na escola.

Manual do Educador – 1o ano 83

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6. Que atitudes podemos ter no dia a dia para reduzir a poluição?
Resposta pessoal

75
A reciclagem é o processo de
reutilização de materiais encontrados
no meio ambiente, reduzindo, assim, a
quantidade de lixo existente no mundo.
É uma atitude de grande importância
em nossos dias, mas ainda não é
levada tão a sério por muitas pessoas e
governos, infelizmente.

Shutterstock.com/Littlekidmoment

7. Você já fez algum tipo de reciclagem? Se sim, qual?


Resposta pessoal

8. Escreva três tipos de objeto que podemos reciclar e assim reduzir a poluição.
Sugestão de resposta: papel, garrafa PET, sacola plástica.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 75

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Orientação didática
Na era dos objetos descartáveis, é importante A dinâmica pode ter seguimento com uma visi-
imbuir na mente dos alunos valores relacionados ta a um centro comunitário de reciclagem, onde o
à reciclagem. O professor pode organizar uma material coletado durante a gincana será entregue.
gincana, dividindo os alunos em equipes que irão
competir para ver qual delas consegue juntar em
uma semana mais material reciclável.

84 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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SER SOLIDÁRIO
76
Para começar
Ouça a leitura do texto a seguir.

A solidariedade é um sentimento que se traduz em gestos!


É quando percebemos que alguém precisa de ajuda e nos colocamos à disposição,
de maneira concreta e desinteressada. Essa ajuda pode ser tanto material quanto exis-
tencial, ou seja, cuidando dos sentimentos e das atitudes daquelas pessoas que estão
perto de nós.
Quando agimos assim, tornamos o mundo à nossa volta um lugar bem melhor de se
viver. E isso pode ser multiplicado muitas e muitas vezes, fazendo o bem a uma quanti-
dade cada vez maior de pessoas.
Ser solidário é dar atenção, carinho, cuidado às pessoas. É dar um abraço, um bom
dia, um sorriso. É ser amigo, colaborar nas tarefas, não desobedecer, estudar direitinho
para aprender e ensinar, ser um bom filho ou uma boa filha, ser gentil, amar a vida!
Equipe pedagógica

Shutterstock.com/India Picture

76 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Iniciando a última seção da unidade, temos como tema a solidariedade. Deve
ser trabalhada sempre com vistas a uma práxis transformadora e libertadora da
criança em relação ao conteúdo, fazendo com que os alunos projetem o apren-
dizado para a própria vida.

Manual do Educador – 1o ano 85

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Para fazer

77
1. Nas cenas abaixo, identifique e escreva que gesto solidário está sendo feito.
Ajudar pessoas idosas.

Respeitar os pais e dar-lhes

atenção.

Ajudar alguém que se feriu.

Cuidar das pessoas doentes.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 77

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Orientação didática
Dentro do proposto para a seção, as ativida-
des visam propiciar a identificação de situações
onde a solidariedade é praticada e, ao mesmo
tempo, motivar as crianças a serem agentes da
solidariedade.

86 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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2. Escreva, nos quadros abaixo, quais gestos de solidariedade devemos ter com nossos
colegas da escola. Resposta pessoal

78
3. Forme uma frase usando alguns exemplos de gestos dados acima sobre a solidarie-
dade.
Resposta pessoal

4. Com ajuda de um adulto, pesquise, em livros ou na internet, três personalidades co-


nhecidas por seus gestos solidários e coloque seus nomes nos retângulos abaixo.

Respostas pessoais de acordo com a pesquisa

5. Desenhe e pinte uma cena de solidariedade. Resposta pessoal

78 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Dando sequência às atividades propostas, os exercícios desta página visam
apontar para exemplos do cotidiano e de personalidades acerca da solidarieda-
de como uma práxis salutar para a convivência em sociedade. A reflexão com as
crianças deve seguir esse itinerário de conscientização.

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Era uma vez

79
Ouça a história abaixo.

Certa vez, no recreio, Amanda resolveu não brincar com as amiguinhas. Ela começou
a passear com uma cestinha colhendo as folhas secas do chão. Ela corria entre as árvo-
res e olhava o canteiro. De repente, ela viu uma menininha chorando, sabia que era uma
aluna do 2o ano, pois já a tinha visto entrando na sala de aula.
− Por que estás chorando, menininha?
− Porque mamãe se esqueceu de colocar meu lanche.
− Ah! Mas eu tenho lanche para nós duas, eu já estava cansada mesmo. Vamos sentar
ali na sombra?
E assim, as duas lancharam juntas. A tristeza daquela menina foi embora e ela apren-
deu com o gesto de Amanda o que é a verdadeira solidariedade.

Equipe pedagógica

Shutterstock.com/Jeka

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 79

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Orientação didática
A história mostra, de maneira bastante prática, o sentido da solidariedade.
Essa seção encerra um ciclo de reflexões sobre atitudes no ambiente escolar
que ecoam na vida cotidiana. Após a leitura, pode-se fazer uma roda de conversa
com os alunos e recolher suas impressões e opiniões sobre o tema, enriquecen-
do a discussão.

88 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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FUNDAMENTAÇÃO
Da importância da leitura
Como educadora, sempre me chama atenção não está no papel, mas sim no mundo. Ou seja,
a postura que ainda temos nos dias de hoje, em lemos as “palavras faladas”, como também as que
algumas escolas, de ensinar o aluno a ler e a es- não o são. Palavras faladas pelos gestos, pelos
crever — seja ele criança, jovem ou adulto — sem corpos, pelos olhares, pelos toques, pelos chei-
levar em consideração as experiências de leitura e ros, odores e cores.
de escrita que existem no corpo tanto dele como O mundo das palavras faladas representa um
do educador. dos primeiros espaços de aprendizagem de cons-
Que nos leva a atuar assim? Que impede de ter trução de significados, de leituras.
curiosidade sobre as possíveis outras forma de lei- Nossa forma de aprender a falar, como também
tura e de escrita que o aluno exercita em sua forma a de aprender a ler e a escrever, está em parte
de estar no mundo? marcada pelas experiências que vivemos nesse
Medo? Incompetência nossa? Descrença no primeiro espaço de aprendizado da leitura das pa-
aluno? Desvalorização de seu saber construído de lavras faladas.
forma não oficial? O peso de nosso próprio apren- Se repararmos bem, vamos perceber que esse
dizado? Confesso que não saberia responder. primeiro espaço de aprendizagem de construção
No entanto, sabemos que, antes de aprender- de significado sobre o mundo, as pessoas e os
mos a ler a palavra escrita, aprendemos a ler o que objetos é importante para cada um de nós porque
shutterstock/MonkeyNataliya Turpitko

Manual do Educador – 1o ano 89

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shutterstock/Yuriy
está carregado de intensa carga afetiva, já que tem o mundo. É na relação entre a leitura de mundo e a
a ver com nossa origem. leitura da palavra que construímos e reconstruímos
Por essa razão é que considero fundamental significados. É na gostosura da brincadeira e dos
levar em consideração a experiência de leitura encontros marcados entre essas duas “leituras”,
de mundo do aluno em seu processo de aprendi- quando nos é permitido vivê-los, que nos experien-
zagem, e sobretudo quando a aprendizagem diz ciamos no aprendizado de ler a palavra escrita.
respeito ao processo de alfabetização. Não levá- Não é por acaso que dizemos que ler de verda-
-la em consideração significa uma violência à sua de é construir significados. Quando acreditamos
pessoa e, por conseguinte, a sua história de vida que o ato da leitura tem a ver com a construção
construída até então. Não poderíamos, assim, falar de significados, o desafio que temos então nas es-
da importância da leitura no processo de alfabe- colas, e mais especificamente nas salas de aula, é
tização sem remeter à importância da leitura de o de ensinar a ler sem realizar a separação entre
mundo que cada um de nós temos. a leitura do mundo do aluno e a leitura de sua pa-
A leitura de mundo de cada pessoa encontra-se lavra. Isso porque quando falo com palavras que
encharcada de seu contexto sociocultural, o qual não são minhas, e sim dos outros, minha fala per-
revela a forma como cada um aprende e apreende de força e significado, porque não me representa.

90 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Outro aspecto importante do ato de ler é o apren- Quando não somos desafiados por aquele que
dizado daquele que se experiencia como leitor, de nos ensina a aprender a fazer relações entre o
aprender a conversar com o texto. É pelo aprendi- texto e o contexto daquilo que lemos, corremos o
zado de conversar com o texto que descobrimos a risco de realizar uma leitura não-crítica. Por outro
inter-relação existente entre o texto e o contexto da lado, quando somos estimulados a buscar as rela-
pessoa que escreveu o texto. Quando escrevemos ções entre o texto e o contexto daquilo que lemos,
ou lemos, não o fazemos como se estivéssemos aprendemos a fazer perguntas sobre o conteúdo
soltos no ar. Fazemo-lo sempre com base naquilo do que estamos lendo.
que somos, com a visão de mundo que temos, da O ato de aprender a fazer perguntas sobre o
qual fazem parte nossos valores, desejos, sonhos e que lemos, buscando compreender o que real-
experiências de vida. mente o autor quer transmitir, permite-nos apren-
der ainda a fazer relações com o que foi lido an-
teriormente, enriquecendo nosso aprendizado de
leitura quanto a nossa capacidade de construir
significados. Portanto, como educadora penso
que se queremos formar um aluno/leitor crítico
seria mais interessante sensibilizá-lo a aprender a
fazer perguntas sobre o que lê e não unicamente a
responder a perguntas elaboradas pelo professor
sobre o texto dado.
Contudo, continuamos ainda a presenciar nas
escolas, pautadas em roteiros de leituras, ativida-
des que visam à sensibilização dos gosto a leitu-
ra no corpo do aluno em quantidade de capítulos
a serem lidos, em provas de verificação de com-
preensão de leitura e em lições com perguntas de
interpretação de texto.
Fica, então, a pergunta: Como gestar desejo no
corpo do aluno para ler quando não existe no cor-
po do educador esse desejo?

DOWBOR, Fátima Freire. Organizadores: Sônia Carvalho,


Deise Luppi. Quem educa marca o corpo do outro. São Paulo:
shutterstock/Kalmatsuy

Cortez, 2007.

Manual do Educador – 1o ano 91

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Unidade

Nessa unidade o nosso trabalho promove a visibilidade da escola


como um corpo de funcionários que, conectados e comprometidos,
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fazem o processo do ensino e aprendizagem acontecer. É importantís


-
simo parar com as crianças para refletir sobre a estrutura humana
da
escola, bem como sua devida valorização.

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E EU COM ISSO?
• A sua escola é lugar de gente feliz?
• Você acha que sua escola é bem dirigida?
• Seus professores são bons? Por quê?
• Como é o seu relacionamento com as pessoas que
trabalham na sua escola?
• Existe algum funcionário da sua escola que você admira o
trabalho? Por quê?
• E você é feliz na sua escola? Você pode contar o que te
deixa tão feliz na sua escola?

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Como na unidade passada, o intuito dessa é a relação do aluno com
18/07/17 14:15
-
a escola, porém num viés de relações humanas. É fundamental huma
se
nizar os funcionários da escola, principalmente em tempos em que
promove a indiferença com aqueles que nos prestam serviços.

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QUEM DIRIGE
A ESCOLA
82 Para começar
Ouça a leitura do texto a seguir.

Existe um lugar fantástico onde o saber e o companheirismo estão por todos os la-
dos. Pessoas dedicadas estão nesse lugar trabalhando para que as crianças aprendam,
divirtam-se e façam novas amizades. É a escola!
Como um grande organismo, a escola funciona por causa de inúmeras pessoas que
têm funções específicas dentro dela. Cada uma dessas pessoas fazendo o seu trabalho,
quando se junta tudo, temos uma grande teia de funções e relações que resultam no
ambiente que a gente encontra quando chega à escola todos os dias.
Assim, sempre a encontramos com professores, coordenadores, diretoria, gente que
cuida da limpeza de nossos ambientes e da conservação de todo o material que utiliza-
mos para aprender.
É por isso que também temos que fazer a nossa parte! Cuidando dos ambientes, ze-
lando pela segurança e pela limpeza, organizando o que usamos e respeitando a todos
sem distinção.

A escola é nossa segunda casa! Vamos aproveitar!


Aprendizagem, diversão e companheirismo estão garantidos!
Equipe pedagógica

Shutterstock.com/Rawpixel.com

82 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Anotações
Orientação didática
A unidade começa com a “apresentação” do
organismo escolar e seus colaboradores, diretos
e indiretos, do processo de ensino e aprendiza-
gem. O foco aqui é a visibilidade desse funcio-
namento para as crianças a fim de que entendam
e se sintam corresponsáveis pelo andamento das
atividades.

94 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

83
1. Vamos conhecer melhor as pessoas que fazem a nossa escola! Com a ajuda da pro-
fessora, preencha os quadros abaixo para não esquecer quem são as pessoas que
fazem nossa escola funcionar. Resposta pessoal

Diretoria

Coordenação
Secretaria

Professores (as) Portaria Limpeza

2. Na escola, a coordenadora muda o rosto quando fica alegre, triste ou brava. Pinte
como a coordenadora da sua escola fica quando os alunos se comportam bem e
tiram nota boa.

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 83

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Orientação didática
A “árvore genealógica” do quadro funcional serve de re-
forço visual para o aluno compreender como é estruturada
a hierarquia organizacional da instituição. Cabe ao educa-
dor lembrar que apesar da diferenciação hierárquica, o tra-
balho de todo funcionário é igualmente importante e válido.

Manual do Educador – 1o ano 95

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3. Agora, pinte a caixa de chocolate para o(a) seu(sua) coordenador(a) e escreva o
nome dele(a). Resposta pessoal

84

4. Procure, no caça-palavras abaixo, as pessoas que trabalham na nossa escola.

S T E B T P K P Z W Ç F
Q W F S R R D Y E Q K C
P Y Z D H O W V L D P D
B S C I A F F H A L O K
C O O R D E N A D O R A
A V M E K S G Ç O G T L
Z O K T Ç S L Z R S E H
H N J O F O I X E B I J
S E O R E R P F W O R E
P W Q A Y A W Q Z P O R

Shutterstock.com/antoniodiaz
84 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Dar visibilidade aos funcionários de uma escola é de fundamental importância
nessa fase da educação das crianças. Fazê-las entender que todos são parte do
processo de ensino e aprendizagem é um excelente exercício de cidadania e pre-
vine situações inadequadas de comportamento. Dar ênfase a esses funcionários
no processo educativo das crianças é formar futuros cidadãos.

96 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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5. Com ajuda da professora, vamos fazer uma pesquisa sobre nossa escola e algumas
de suas características para conhecê-la melhor ainda. Resposta pessoal

85
Qual é a origem do nome da escola?

Quando ela começou a funcionar?

Ela é particular ou pública?

O que significa a escola ser particular ou pública?

Caso seja particular, quem mantém a escola?

Quantos alunos estudam nela?

6. Escreva um paráfrago falando sobre como é estudar na sua escola.


Resposta pessoal

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 85

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Anotações
Orientação didática
A pesquisa demonstra uma oportunidade boa de
os alunos captarem a história da instituição na qual
estão inseridos e refletirem sobre a sua relação com
ela. O educador deve ficar atento ao desenvolver
da resposta pessoal, para captar como os alunos
estão lidando com a experiência do ano letivo.

Manual do Educador – 1o ano 97

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O PORTEIRO
86
Para começar
Ouça a leitura a seguir.

Diante de tudo o que estamos vendo em relação à ci-


dadania, à moral e à ética, aprendemos que é muito bom
respeitar as pessoas e sermos respeitados por elas. Res-
peito é muito bom, não é mesmo? Na escola também tem
que ser assim.
Quando chegamos à escola, a primeira pessoa que nos
recebe é o porteiro. É ele que nos dá as boas-vindas para
mais um dia de estudos, brincadeiras e convivência frater-
na. E não apenas isso. Ele também cuida de nossa segu-
rança, não permitindo que pessoas estranhas entrem,
e só nos deixa sair com nossos pais ou responsá-
veis conhecidos pela escola.
Às vezes, pessoas não o tratam bem, que pena!
Não reconhecem a importância de seu trabalho.
Ele, como qualquer outro funcionário da escola,
tem regras para cumprir, isso faz parte do seu tra-
balho.

Seja o porteiro ou a recepcionista da escola, todos me-


recem respeito e atenção.
Equipe pedagógica

86 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
O porteiro (ou recepcionista) é uma figura quase folclórica em todas escolas, mas
não raras vezes, infelizmente, ele passa pela vida dos alunos como um mero desco-
nhecido. O educador pode promover um momento em que o porteiro da escola vai ser
objeto de estudo, onde os alunos vão lançar perguntas sobre a experiência de trabalhar
na instituição, sua vida pessoal fora do trabalho, etc. O objetivo é estreitar os laços e
“dar um rosto” e voz ao “moço do portão”.

98 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

87
1. Na imagem abaixo, escreva os cumprimentos que podemos fazer ao porteiro quando
chegamos à nossa escola. Resposta pessoal

Shutterstock.com/Jack Frog
2. Falando em respeito e atenção às pessoas, vamos lembrar as palavrinhas mágicas
que só fazem bem a quem vive em grupo. Escreva algumas delas nos quadros abaixo.

Bom-dia! Com licença Muito obrigado(a)

Por favor Boa-tarde! Pois não

Desculpe-me Não há de que Boa-noite!

3. Desenhe e pinte o porteiro ou a recepcionista de sua escola no quadro abaixo.

Resposta pessoal

Cidadania Moral e Ética I 1o ano 87

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Anotações
Orientação didática
Os exercícios propostos têm como objetivo firmar
que o porteiro/recepcionista, como qualquer outro
profissional, é uma pessoa como nós e que deve-
mos tratá-lo com a cordialidade e o respeito ineren-
tes a qualquer trabalhador, sempre que possível.

Manual do Educador – 1o ano 99

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MESTRE, UM
SÁBIO QUE AMA
88
Para começar
Ouça a leitura abaixo.

Você já parou para pensar que tudo aquilo que nos tornaremos depende do que
aprendemos em casa e na escola? Daí a importância desses dois ambientes para nossa
educação, tanto escolar quanto para o resto de nossas vidas. Para nossa convivência
com as outras pessoas da sociedade, para nosso sentimento de cidadania e de solida-
riedade. Tudo isso é muito importante para nós.
No que diz respeito à escola, temos um grande profissional que faz toda a diferença
no mundo: o professor! Os professores dedicam sua vida ao ofício de ensinar e orientar
nossas experiências, conduzindo-nos pelos melhores caminhos para que sejamos pes-
soas de bem e trabalhemos por um mundo melhor para as gerações que ainda virão.
Seu trabalho não é fácil. Tantas vezes levam cadernos, livros e muitas tarefas para
preparar ou corrigir em casa. Dedicam muito tempo à sua profissão com muito amor e
carinho. Por tal, devem ser respeitados e valorizados por todos.
Já pensou o que seria de todas as profissões se não houvesse professores? Pois é,
são importantíssimos e insubstituíveis. Por isso, são chamados de “Mestres”!
Eles nos ensinam coisas para a vida inteira, inclusive sermos bons cidadãos, pessoas
educadas e atenciosas, respeitosas e interessadas em uma sociedade mais justa para
todos!

Mestre é alguém
sábio que sempre
tem o que ensinar!

Shutterstock.com/wavebreakmedia
88 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Orientação didática
Nessa seção a reflexão cidadã gira em torno do papel social do professor. É
sempre bom reforçar com as crianças a importância dos mestres, e fazer com que
reconheçam a relevância de sua presença em sua vida, para a formação do ser
humano em sua integralidade.

100 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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Para fazer

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1. Complete as frases corretamente.
a. Devemos sempre prestar atenção às explicações da professora.

b. A hora de brincar é na hora do recreio .


c. Devemos guardar o celular durante a hora da aula.

d. Para uma aula ordeira os alunos precisam ser obedientes .

2. Nossa professora, com certeza, merece muitos elogios. Que elogios você tem para
fazer? Escreva-os nos balões abaixo. Resposta pessoal

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Orientação didática
As atividades propostas para essa seção visam estabelecer uma relação saudá-
vel e produtiva entre professor e aluno. Cada vez mais precisamos de instrumental
e aporte profissional para preservar essa relação como deve ser. Esse tipo de ativi-
dade estimula as crianças a assim proceder, ativando sua conscientização acerca
da moral e da ética nas relações humanas, sobretudo na escola.

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3. Muitas vezes, na hora da aula, há muita conversa e brincadeiras. Observe a cena
abaixo e pinte as placas que indicam como deve ser o nosso comportamento na sala

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de aula no momento da explicação da professora.

Com muita atenção


na hora da explicação.
Com muita
conversa.

Com muito
barulho.

Sem conversas Com silêncio.


nem brincadeiras.
Com muita
brincadeira.

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Orientação didática alunos visualizarem os desenhos cheios de imper-


Promova uma dinâmica em que vá escolher al- feições, diga-lhes: “Nesta atividade, vocês ficaram
guns alunos que irão tentar, ao longo de cinco mi- em meu lugar. Os cinco minutos de vocês foram
nutos, reproduzir fielmente um desenho qualquer os minutos que tenho para lhes dar aulas; o dese-
no quadro de aula, com a condição de que não nho que vocês tentaram copiar são os ensinamen-
vão poder corrigir nenhum erro que fizerem. En- tos que tento lhes passar; os atrapalhos que lhes
quanto as crianças tentam desenhar, o educador causei são a bagunça e distração em sala de aula,
vai atrapalhá-las. e o desenho imperfeito de vocês é o retrato de
Quando os cinco minutos acabarem, peça para seu conhecimento em face aos obstáculos desne-
que parem de desenhar e sentem-se. Quando os cessários”.
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HORA DA LIMPEZA
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Para começar
Já vimos a importância da limpeza na escola. Lá, há uma turma muito especial traba-
lhando: é o pessoal que mantém tudo limpo e organizado.
Todos os funcionários são importantes naquilo que fazem, são responsáveis, aplica-
dos e dedicados. Os alunos também têm que fazer a sua parte para ajudar e não deixar
que as coisas fiquem fora do lugar.
Os serventes ou zeladores são os responsáveis pela manutenção da limpeza da esco-
la, e nós temos que respeitá-los e tratá-los com amor e carinho, pois eles desempenham
um serviço bastante importante para todos.
Que pena que há pessoas que não pensam nem agem assim. Mas nós temos que
propagar essa ideia entre os colegas e começar o nosso exercício de cidadania, respei-
tando e ajudando todos onde nós estivermos.
Que maravilha é chegar a um ambiente todo limpinho e arrumado!
Muito obrigado(a), pessoal da limpeza!

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Orientação didática
Nessa seção o nosso trabalho se volta para o profissional de ser-
viços gerais, como forma de valorizar seu trabalho e fazer com que
sejam tratados com respeito e carinho no ambiente escolar. É uma
excelente oportunidade de reflexão com os alunos e aprendizado so-
bre a questão.

Manual do Educador – 1o ano 103

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Para fazer

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1. Devemos sempre manter a escola limpa e organizada! Marque, com um X, as atitudes
que devemos ter para mantê-la assim.

X Não jogar lixo no chão.

Riscar as carteiras / bancas.

X Manter o material escolar limpo e organizado.

Jogar lixo no chão.

X Preservar os trabalhos expostos pelos colegas.

2. Juntos, podemos deixar nossa escola melhor e todos seremos mais felizes! Pinte os
cartazes que indicam as atitudes corretas.

COMP
REENS
ÃO
AMOR

CARINHO

VIOLÊNCIA

RESPEITO

Da esquerda para direita de cima para baixo:


92 Cidadania Moral e Ética I 1o ano Shutterstock.com/lovemelovemypic, wavebreakmedia,
Patrick Foto, Lilya Espinosa e windu.

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Anotações
Orientação didática
O exercício está em consonância com o texto
da seção, fazendo ecoar o tema abordado. Atra-
vés de rodas de conversa ou pequenos debates,
é interessante retomar o assunto com as crianças
como modo de fixação da lição.

104 Cidadania Moral e Ética I 1o ano

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3. Pinte as cenas que mostram o comportamento adequado na escola.

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4. Vamos ajudar os meninos a encontrar o caminho para jogar o lixo no lugar correto.

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Orientação didática
Os exercícios propostos para esta página abordam o tema
de maneira lúdica. Um incentivo a mais para uma prática cida-
dã no ambiente escolar.

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Vamos ouvir esta fábula e aprender com ela!

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O leão e o rato
Esopo. Adaptado para fins didáticos

Era uma vez um leão que morava na floresta. Ele vivia mal-humorado e com poucos
amigos.
Um dia, um ratinho estava brincando nas costas do leão, enquanto ele dormia.
O leão acordou e ficou furioso com o ratinho. Mandou que ele descesse das suas
costas. O ratinho pediu para o leão lhe perdoar, pois algum dia poderia lhe fazer um
favor.
O leão disse que não iria precisar do ratinho, pois ele era muito pequeno. O ratinho
foi, então, brincar com as borboletas da floresta.
Um outro dia, o leão caiu em uma armadilha. Suas patas ficaram presas em uma cor-
da. Ele começou a rugir, pedindo ajuda. O ratinho escutou o barulho, foi até lá e viu o
leão preso em uma corda, na árvore. Ele roeu toda a corda e salvou o leão do perigo dos
caçadores.
Depois disso, o leão agradeceu ao ratinho por ter salvado a sua vida!

A história nos fala de gratidão! Sempre devemos ser gratos, pois


não sabemos quando podemos precisar da ajuda de alguém. Há
tantas pessoas em nossas vidas a quem devemos ser gratos. E na
nossa escola? Certamente, também há muitas pessoas a quem que-
remos dizer obrigado(a)!

5. Vamos escrever no quadro abaixo, o nome de todas as pessoas que nos ajudaram
durante este ano e a quem queremos agradecer de coração. Resposta pessoal

Obrigado! Obrigada!

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Orientação didática
Encaminhando-nos ao final da unidade, essa seção faz da gratidão seu mote.
Uma atitude tão necessária: agradecer. Mas deixada de lado na sociedade atual.
O exercício a partir da fábula de Esopo estimula as crianças a essa práxis no co-
tidiano, não apenas porque podemos precisar de alguém, o que sempre acontece,
mas também por se tratar de um ato de ter a consciência cidadã ativa.

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Queridas crianças!

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O ano terminou. Como crescemos! Aprendemos, discutimos assuntos, fizemos tantas
descobertas sobre os valores em nossas vidas. Como foi bom! A convivência na escola
é a forma de fazermos amigos e sermos queridos também.

Todos devem respeitar


os colegas.

Devemos chegar
cedo à aula.

Devemos cuidar do
nosso material.
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Anotações
Orientação didática
As atividades de encerramento da unidade sin-
tetizam os sentimentos de todos que estiveram
juntos durante o ano letivo, expressando gratidão
por esse período de aprendizagem acadêmica e
pessoal.

Manual do Educador – 1o ano 107

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Vamos cantar!

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Essa música resume nosso sentimento ao final desse ano letivo.
Foi muito bom estarmos juntos! Obrigado!

Só o nosso amor
Xuxa

Só o amor mais natural, [...]


um amor universal, Só o nosso amor,
pode mudar o nosso destino, Deus dá felicidade!
Pode mudar a nossa vida! Só o nosso amor!
No amor tudo é possível! paz na humanidade!
O amor é invencível, Só o nosso amor,
pode abrir a porta certa, união, humildade!
e nos mostrar uma saída! Só o nosso amor.

Quando o mundo inteiro compreender


que é de nós que nascerá um novo tempo!
O amor pode mudar você

Shutterstock.com/Rawpixel.com
a qualquer momento.

Uma estrela, um raio de luar,


um planeta gira solto no infinito!
A felicidade eu vou buscar
nas asas do vento.

Só o nosso amor,
esperança e verdade,

Shutterstock.com/wavebreakmedia
só o nosso amor,
alegria e bondade,
só o nosso amor,
solidariedade!
Só o nosso amor.

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Orientação didática
O educador pode promover uma dinâmica em que os alu-
nos organizam em seus cadernos uma linha do tempo do ano
letivo, exaltando seus momentos e lições favoritas.

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FUNDAMENTAÇÃO
O ato de aprender numa concepção
democrática de educação
Aprendemos porque somos seres humanos nossa trajetória de vida num “referencial de apren-
e nos tornamos humanos pelo ato de conhecer dizagem” no qual, de certa maneira, se encontra
o mundo; ou seja, nosso processo de “humani- ancorada a forma de aprender de cada um.
zação” é marcado pelas relações de aprendiza- A estrutura do referencial de aprendizagem do
gem que vivenciamos ao longo da nossa história ser humano é, portanto, construída na relação
de vida. primal com os pais e irmãos. É assim que a figura
Nossa forma de aprender está marcada pela do pai e a da mãe ocupa desde muito cedo nas
maneira como fomos iniciados nos nossos primei- nossas vidas lugar de destaque e importância na
ros contatos com o mundo das coisas e com o construção da estrutura do nosso referencial de
mundo das pessoas; pela maneira como fomos aprendizagem. Por sua vez, esse referencial de
ensinados a olhar, a falar, a tocar e a perceber as aprendizagem será enriquecido por outras figu-
cores e odores do mundo que nos cerca. O re- ras também importantes que surgirão no percur-
sultado dos diferentes encontros com o mundo so de vida de cada um, como, por exemplo, a do
das pessoas e das coisas constitui-se ao longo da professor.

shutterstock/Brainsil

Manual do Educador – 1o ano 109

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O processo de aprendizagem, por ser um pro- lugar do saber no processo de ensino/aprendiza-
cesso interativo e de adaptação ativa à realidade, gem, se imagina “ser o lugar”, em vez de unica-
implica na existência de situações transferenciais. mente ocupá-lo.
Dessa forma, não aprendemos com qualquer um. Existem dois tipos diferentes de educadores: o
Para podermos aprender necessitamos, de certa autoritário e o democrático. O primeiro tem como
maneira, sentir-nos identificados com aquele que objetivo não permitir que o outro – neste caso, o
nos ensina. Portanto, o processo de aprendizagem educando – seja ele próprio, e para tal constrói um
forçosamente passa pela estruturação do indiví- tipo de relação que impossibilita ao outro se dife-
duo tanto no sentido do aspecto da construção renciar dele, mantendo-o numa dependência em
da sua objetividade quanto no da construção da relação à sua pessoa. Dessa forma, aquele que
sua subjetividade, marcando, assim, tanto o corpo aprende com um modelo de educador autoritário
daquele que ensina como daquele que aprende. não consegue sentir-se sujeito do próprio proces-
A situação de aprendizagem requer ainda uma so de aprendizagem e de construção de conheci-
relação de assimetria. Para poder ensinar algo ao mento.
outro, tenho de saber mais do que ele sobre esse O segundo tipo, o educador democrático, tem
algo que desejo ensinar. Dito de outra forma, não como desafio permitir-se ser superado. O “ser su-
consigo ensinar aquilo que não tenho no meu cor- perado”, aqui, significa ser capaz de ser modelo
po. Contudo, existe educador que, ao ocupar o para que o outro possa encontrar o próprio cami-

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shutterstock/Africa Studio

nho, a própria forma de ser, podendo diferenciar- jar. Assim, aprender de forma significativa implica
-se do educador e ser capaz de dizer a própria construir significados próprios que estão relacio-
palavra. nados com a história de vida de cada um e com a
Não podemos perder de vista que, quando es- sua forma de estar no mundo.
tamos numa relação de aprendizagem, não ensi- A aprendizagem significativa, por sua vez, tam-
namos unicamente o conteúdo específico da aula. bém requer por parte daquele que ensina o apren-
Normalmente, veiculamos outros conteúdos si- dizado do ato de escuta do outro. Sem escuta
multaneamente, já que nossa forma de ensinar, de não existe o aprendizado da pergunta e, por con-
falar, de olhar de se relacionar também são con- seguinte, o da fala. Se não aprendo a perguntar,
teúdos. não consigo descobrir o que sei e o que não sei.
A aprendizagem se torna significativa quando Não localizo minhas dúvidas e minhas certezas, já
possibilita a construção de conhecimento. Contu- que é por meio das dúvidas e certezas construí-
do, não construo conhecimento se não me apro- das na relação de aprendizagem com o outro que
prio dele como pessoa criativa, capaz de pensar e vou criando os significados sobre os diferentes
desejar. No entanto, como o processo de apren- conhecimentos que já possuo.
dizagem é um processo interativo pelo qual ocor- A aprendizagem significativa é transformadora
rem transferências, para que o educando aprenda porque propicia a construção do saber pela pró-
é fundamental que aquele que lhe ensina deseje pria pessoa, possibilitando, dessa forma, sua au-
realmente que aprenda, acredite que seja capaz toria de pensamento e sua responsabilidade como
de criar significados, de pensar, sonhar e dese- pessoa que pensa e deseja.

DOWBOR, Fátima Freire. Organizadoras: Sônia Carvalho; Deise Luppi. Quem educa marca o corpo do outro. São Paulo: Cortez,
2007.

Manual do Educador – 1o ano 111

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FUNDAMENTAÇÃO
O trabalho com a ética e a moral
A escola é um ambiente apropriado para o exer- tremo do ético e o extremo do errado podem ser
cício e aprendizado da ética. Nela, além de formar facilmente apontados em situações radicais, entre
o caráter, os alunos podem trabalhar o respeito, a as quais um assassinato ou o desvio de dinheiro
justiça, solidariedade e sua própria moral. Em pa- em campanhas eleitorais, é importante ressaltar a
ralelo, os professores e funcionários ainda obtêm importância desses valores também em situações
resultados positivos no processo educacional, ao vividas pelos alunos, como, por exemplo, colar na
melhorar o ambiente de trabalho, a aprendizagem prova, sentar em assentos preferenciais quando
e o desenvolvimento da moralidade nos alunos, pessoas idosas ficam em pé, cortar filas, mentir no
que, assim, são preparados para viver em socie- currículo etc.
dade como cidadãos. 4. Testar os limites – Seguindo a sugestão
É fundamental aplicar a ética na sala de aula, dada acima, questione o que fariam se situações
pois ela está diretamente relacionada às regras de risco comprometessem seus familiares e ami-
estabelecidas por meio de leis, que regulam o gos? Quais regras estariam dispostos a quebrar
modo de vida da população de um país. Para para ajudar ou salvar essas pessoas? Ajude-os a
conviver em sociedade, respeitando o próximo, é refletir sobre a importância e a influência dos re-
necessário saber o que é ética e, para isso, é ne- lacionamentos em suas decisões éticas e como
cessário um trabalho intenso por parte da escola. os outros, próximos ou não, podem ser afetados
Mas como o tema é complexo, o Colégio Nossa por elas.
Senhora do Morumbi ainda disponibilizou dicas 5. Estabelecendo regras – Essa atividade
práticas e eficientes para ajudar o educador a ini- pode parecer um tanto monótona, mas se for feita
ciar esse trabalho em sala de aula: corretamente irá provocar debates e muita intera-
1. O que é ética? – Ao apresentar essa questão ção entre pontos de vista diferentes. No contexto
aos alunos, todos arriscam um palpite, mas não é de cada sala de aula, de acordo com o nível de
bem assim que se dá o aprendizado. O ideal é res- educação dos alunos, o professor deve pensar em
ponder tal indagação por meio de atividades que situações, nas quais eles mesmos possam esta-
envolvem as crianças de forma mais viva e criativa. belecer uma regra pessoal de conduta: como, por
2. Relacionamentos – Como as pessoas são exemplo, nunca vou falar mal ou bater em outro
muito diferentes, o que você faria se descobrisse colega. A partir dessa escolha, coloque as regras
algo muito distinto sobre um amigo? Explorar es- em provas. Indague se, caso ele for atacado, não
sas esferas de relacionamento com os alunos é irá se defender? Qual é o limite da paciência para
muito importante. não explodir com o colega, falar mal dele ou des-
3. Os extremos de uma única situação – É respeitar o professor?
importante que você promova a reflexão em vez de Com essas dicas, além de torná-los cidadãos
entregar respostas prontas do que deve ou não mais conscientes, os professores também con-
ser feito. Um exemplo de como fazer isso é ana- seguirão passar aos seus alunos princípios e ati-
lisar os extremos de uma única situação e como tudes como solidariedade, vivência democrática,
ela poderia ser colocada na vida real. Como o ex- respeito próprio e racionalidade.
Revista Guia Prático para Professores de Ensino Fundamental I. Número 119. São Paulo: Escala.

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