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Português

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Português
Componentes do projeto:

Manual do aluno
Fichas de avaliação (oferta ao aluno)
Caderno de Educação Literária (oferta ao aluno)
Caderno de atividades
Livromédia

MANUAL CERTIFICADO pela Escola Superior


de Educação do Instituto Politécnico de Viseu,
nos termos da legislação em vigor

11,26 € IVA incluído


Conforme o novo
Acordo Or tográfico
MANUAL CERTIFICADO
pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu
da língua portuguesa

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4
Português

ano

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Introdução

de uma
O manual de Português para o 4.º ano que agora apresentamos resulta
de quatro anos letivos,
estratégia editorial integrada que definimos para o 1º Ciclo. Ao longo
uma motivação inabalável
esperamos que esta coleção tenha vindo a despertar nos alunos
que certamente
para a leitura e para a escrita e um inquestionável gosto pelo livro,
r e também durante
os acompanhará e beneficiará ao longo de todo o seu percurso escola
toda a sua vida de adulto.

eles investimos
Estes foram os grandes ideais que nortearam o nosso trabalho. Por
por uma pedagogia
fortemente no desenvolvimento de materiais didáticos suportados
doras, capazes
que privilegia o recurso a estratégias criativas, diversificadas e motiva
dora de autonomia.
de potenciar uma aprendizagem sustentada, consistente e facilita

literária
Foi critério uma seleção de textos rigorosa, baseada na qualidade
das crianças a quem
dos principais autores de literatura infantil e juvenil, nos interesses
ões do Plano Nacional
o manual se destina e ainda, muito marcadamente, nas recomendaç
o pressuposto
de Leitura e nas Novas Metas Curriculares, procurando respeitar
é possível quando
incontornável de que a formação de leitores críticos e exigentes só
ecida qualidade.
se proporciona aos alunos o contacto com autores e obras de reconh

mente todos
Procurámos trabalhar os recursos literários explorando aprofundada
trabalho de compreensão
os domínios da Língua Portuguesa, com um enfoque especial no
ciando as técnicas
de textos literários, lidos e ouvidos e, no trabalho de escrita, eviden
de planificação próprias de cada tipologia textual.

sobre a ortografia,
O aumento progressivo do vocabulário e a insistência no trabalho
debate de ideias
bem como sugestões de atividades e trabalhos que promovem o
cidadãos responsáveis,
e o despontar nos alunos das atitudes e dos valores que formam
l se trabalham muito
pessoas ativas e conscientes, são também valências que neste manua
aprofundada e consistentemente.

contextualização
Os conteúdos de gramática são sempre apoiados por uma sólida
m eles, um manual
teórica, consolidada com exercícios de aplicação, refletindo, també
dor do processo
em que a organização muito clara é por si própria um fator facilita
de ensino-aprendizagem.

terão ao seu
É por tudo isto que acreditamos que com este manual os alunos
os transformarão nas
alcance as estratégias pedagógicas necessárias e adequadas que
importante num final
personagens principais de uma escolaridade de sucesso, tão mais
os rigor e exigência
de ciclo sujeito a provas finais, certamente pautadas pelos mesm
que este manual impôs a si próprio.

As autoras

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Índice Geral
TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS
UNIDADES TEXTOS E AUTORES
A LEITURA O VOCABULÁRIO A ORTOGRAFIA A GRAMÁTICA A ESCRITA
PÁG. PÁG. PÁG. PÁG. PÁG. PÁG.

6 O Gigante Egoísta 8 Pág. 10 O campo 12 O alfabeto: 13 As vogais 16 O texto 14

1
lexical k, w e y Os ditongos narrativo
Unidade

Oscar Wilde e a família Os dígrafos Planifica


Texto narrativo de palavras O s, z ou x
com som z As onomatopeias 17
Meninos Os sons
com sorte Cavalinho de pau 18 Pág. 19 A divisão 20
silábica/
Alexandre Perafita /monossílabos/
Texto poético /dissílabos/
/polissílabos

A sílaba tónica/ 21
/classificação
quanto à sílaba
tónica

O congresso mundial 22 Pág. 23


dos heróis dos contos
infantis
Adolfo Simões Müller
Texto narrativo

Os símbolos 24

26 Sola sapato rei rainha 28 Pág. 30 Palavras 32 Os sons ás/ 33 O texto 34

2
Unidade

homófonas/ /az/ês/ez/ de opinião


Adolfo Simões Müller /significados /is/iz/ós/ Planifica
Texto narrativo /oz/us/uz
Minha O tempo no jardim 36 Pág. 37 Os acentos 38
querida Matilde Rosa Araújo
gráficos

família Texto poético A pontuação 39


BLOCO 1 Viajar no meu mundo

João-Flor e Joana-Amor, 40 Pág. 41


Maria Rosa Colaço
A fábula
A magia dos dados 42
Texto instrucional
44 A homenagem aos Pés 46 Pág. 48 Palavras 50 g/j/ge/gi 51 Escrita 52

3
Unidade

homófonas criativa
Manuel António Pina
Planifica
Texto dramático
Em Boa noite, passarinho 54 Pág. 55 Os nomes 56
comuns, comuns
segurança Matilde Rosa Araújo coletivos
Texto poético e próprios
Os nomes: flexão 57
em género,
número e grau

A peste negra 58 Pág. 59


Isabel Alçada e Ana
Maria Magalhães
Texto informativo

O resumo 60 Um resumo 60
Planifica

62 Em casa do Pai Natal 64 Pág. 66 Verbos/ 68 br/gr/pr/tr/ 69 Escrever uma 70

4
Unidade

/sinónimos/ /vr, … história


Ana Saldanha /antónimos a partir de
Texto narrativo uma notícia
Planifica
Com
os outros História antiga 72 Pág. 73 Os determinantes 74
Miguel Torga Os quantificado- 75
Texto poético res numerais

A Internet 76

FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL — 1.º Período 78

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TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS
UNIDADES TEXTOS E AUTORES
A LEITURA O VOCABULÁRIO A ORTOGRAFIA A GRAMÁTICA A ESCRITA
PÁG. PÁG. PÁG. PÁG. PÁG. PÁG.

82 História 84 Pág. 86 Sinónimos 88 an/en/in/ 89 A fábula 90

5
Unidade

e família /on/un/ Planifica


de um papagaio de palavras /am/em/im/
António Torrado /om/um
Texto dramático
Queridos
animais
O peixe risonho 92 Pág. 93
António Couto Viana
Texto poético
A raposa, o galo 94 Pág. 95 Os adjetivos: 96
qualificativos
e o Solidó e numerais
Alexandre Perafita
Texto narrativo (fábula) Os graus 98
dos adjetivos

O aviso e o recado 100 O aviso 100


e o recado
Planifica
102 Dia 12 104 Pág. 106 Palavras 108 g e j 109 O mapa 110

6
Unidade

homónimas O som s da história


Luísa Ducla Soares e palavras escrito com Planifica
Texto narrativo homófonas ss, ç, c
Mundo e no meio
das palavras
verde
A amiga da China 112 Pág. 113
Matilde Rosa Araújo
Texto poético
BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas

Para cada um seu 114 Pág. 115 Os pronomes 116


modo de ver Os pronomes 117
António Couto Viana pessoais
Texto poético

O roteiro e o horário 118 Pág. 119

120 Os Zepeninos e nós 122 Pág. 124 Os sufixos 126 A translinea- 127 O relatório 128

7
Unidade

ção/Os sons Planifica


António Torrado do x/-isar
Texto narrativo ou -izar
Viajar pelo Bartolomeu 130 Pág. 131
Espaço marinheiro
Afonso Lopes Vieira
Texto poético

Homens e Reinéis 132 Pág. 133 Os verbos: 134


variação
portugueses que em pessoa
desenharam mapas e em número
Ana Maria Magalhães
Os verbos: 135
e Isabel Alçada
variação
Texto narrativo em tempo
e em modo

Os verbos 136
regulares
e irregulares

A receita 138 A receita 138


Planifica
www.comidareceitas.pt
Texto instrucional

FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL — 2.º Período 140

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TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS TRABALHAMOS
UNIDADES TEXTOS E AUTORES
A LEITURA O VOCABULÁRIO A ORTOGRAFIA A GRAMÁTICA A ESCRITA
PÁG. PÁG. PÁG. PÁG. PÁG. PÁG.

144 A Senhora Duquesa 146 Pág. 148 Família 150 Palavras 151 Expandir 152

8
Unidade

de palavras/ homófonas/ um conto


quer leite /Formação /homógrafas/ Planifica
Alice Vieira de palavras/ /homónimas
Banda desenhada /Associação
No meu de palavras

Bicicleta de recados 154 Pág. 155 Os tipos 156


de frases
Manuel Alegre
Texto poético As frases 159
simples
e as frases
complexas

A fatura 160 Pág. 161


Maria Alberta
Menéres

162 A princesa e a ervilha 164 Pág. 166 Os adjetivos/ 168 A formação 169 As preposições 170 A banda 172
BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros

9
Unidade

/O sufixo do feminino desenhada


Hans Christian -ado Os advérbios 171 Planifica
Andersen
Texto narrativo
Tudo
para ver No comboio 174 Pág. 175 Os constituintes 176
da frase: grupo
descendente verbal e grupo
Fernando Pessoa nominal
Texto poético
As funções 177
sintáticas:
sujeito,
predicado
e complemento
direto

O discurso 178 O discurso 178


Planifica

180 Olha o passarinho! 182 Pág. 186 Campo 188 -am ou -ão 189 A fábula 190

10
Unidade

lexical/ Planifica
António Torrado /Prefixos
Texto dramático e sufixos
Entre O velho 192 Pág. 193 A comunicação 194
materiais e seus filhos As formas 195
Alexandre O’Neil de tratamento
Texto poético

FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL — 3.º Período 196

Obras recomendadas pelas Novas Metas Curriculares

Obras do Plano Nacional de Leitura

Todo o material textual transcrito neste projeto foi adaptado ao novo Acordo Ortográfico.

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1
Unidade

Meninos com sorte

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Conversa com os teus colegas sobre o tema «Uma biblioteca


é um lugar especial», abordando as seguintes questões
e registando no teu caderno as conclusões a que chegarem.
Por que razão é a biblioteca um lugar especial?
Como nos sentimos quando estamos numa biblioteca?
O que podemos fazer numa biblioteca?
Que comportamentos devemos adotar numa biblioteca?

2 Qual é o papel de um bibliotecário?


Consideras importante o seu trabalho para o bom
funcionamento da biblioteca? Porquê?

3 Observa a imagem, responde às questões abaixo e regista


as respostas no teu caderno.
Que atividades diferentes acontecem em simultâneo
neste espaço?
Se tu estivesses nesta biblioteca, que atividade
escolherias?

4 Conversa com os teus colegas sobre o que significa a frase

«Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará.»


Cícero

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 7

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo

1 Lê o título. Sabes o que é uma pessoa egoísta? O que pensas de uma


pessoa assim?
2 Observa a imagem. Quem será a personagem representada? Como é?
3 Investiga e descobre em que parte do Mundo fica a Cornualha.

Vocabulário
Sublinha
O Gigante Egoísta as palavras do
o
texto
cujo significad
Todas as tardes, quando vinham da escola, as crianças
desconheces
costumavam ir brincar para o jardim do Gigante. e pesquisa-o
Era um lindo e grande jardim, com relva verde muito no dicionário.
macia. Aqui e ali, no meio da relva, surgiam bonitas flores,
como estrelas, e havia doze pessegueiros que na primavera
irrompiam em delicadas flores cor de rosa e pérola, e no outono
davam abundantes frutos. Os pássaros poisavam nas árvores e
cantavam tão suavemente que as crianças costumavam parar os seus
jogos para os ouvirem. «Somos tão felizes, aqui!» — gritavam umas
às outras.
Um dia, o Gigante voltou. Ele tinha ido visitar o seu amigo
ogre da Cornualha e tinha ficado com ele durante sete anos.
[…] Quando chegou, viu as crianças a brincar no seu jardim.
«O que é que vocês estão aqui a fazer?» — gritou ele
com voz grossa, e as crianças fugiram.
«[…] Eu não permito que ninguém brinque no meu
jardim a não ser eu.»
Então, construiu um muro alto a toda a volta
do jardim e pôs um aviso.
QUEM ENTRAR
SERÁ CASTIGADO

Era na verdade um Gigante muito egoísta.


Agora as pobres crianças não tinham
lugar para brincar. […] Costumavam vaguear

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1

Unidade
à volta do muro alto quando as aulas acabavam, e falavam do
lindo jardim que estava do outro lado. «Como nós éramos felizes
lá.» — diziam umas às outras.
Depois veio a primavera, e por todos os campos se viam
pequenas flores e passarinhos. Só no jardim do Gigante Egoísta
é que ainda era inverno. Os pássaros não estavam interessados
em cantar lá, pois não havia crianças, e as árvores esqueciam-se
de florir. Uma vez, uma linda flor espreitou para fora da relva,
mas quando viu o aviso teve tanta pena das crianças que deslizou
para a terra outra vez e deitou-se a dormir. As únicas que
estavam contentes eram a Neve e a Geada. […]
«Não percebo porque é que a primavera está tão atrasada.»
— dizia o Gigante Egoísta, enquanto se sentava à janela
e olhava lá para fora para o seu jardim branco e frio —
«Espero que o tempo mude.»
Mas a primavera não chegou, nem o verão. O outono
trouxe fruta dourada a todos os jardins, mas ao jardim
do Gigante não trouxe nada. «É muito egoísta.» — disse ele.
Assim, lá, ficou sempre inverno, e o Vento Norte, o Granizo,
a Geada e a Neve dançavam por entre as árvores em redor.
Uma manhã, o Gigante estava deitado na cama, acordado,
quando ouviu uma música maravilhosa. […] Então, o Granizo
parou de dançar por cima da sua cabeça, e o Vento Norte
parou de rugir, e um perfume delicioso chegou até ele através
da janela aberta. «Acho que, finalmente, chegou a primavera.»,
disse o Gigante. Saltou da cama e olhou para fora.
O que é que viu? Viu um quadro maravilhoso.

s ler
amo
V

Oscar Wilde,
As melhores histórias de Oscar Wilde,
Edinter, 1991 (adaptado e com supressões)

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 9

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O Gigante Egoísta

TRABALHAMOS A LEITURA

1 O Gigante é a personagem principal do texto. Faz a sua descrição.


Para isso, preenche o quadro seguinte.

Características físicas Características psicológicas

2 Como era o jardim do Gigante? Faz a sua descrição num pequeno texto.

3 Quem costumava frequentar aquele jardim? Quando?


ersar
nv
co
4 Como se sentiam as crianças naquele jardim?

os
Vam
Copia do texto a frase que confirma a tua resposta.

5 «Um dia o Gigante voltou.»


5.1 Voltou de onde?
5.2 Qual foi a razão dessa viagem?

6 Por que razão o Gigante não deixava ninguém entrar no seu jardim?

7 Procura na sopa de letras as palavras que completam o texto e escreve-as.


Durante anos o Gigante
esteve afastado do seu O P A E E G O Í S T A
. Qual não foi o seu S R L S I Ç L O E Z C
quando, ao regressar, E I O C N E O U T A R
verificou que aquele era o
S M C O V A C T E N I
preferido das para
P A S L E I A O E G A
brincarem quando saíam da .
Muito , gritou com tanta A V E A R A L N L A N

que as crianças N E N U N C A O P D Ç
mais voltaram. Nem as crianças, nem T R Q F O R Ç A P O A
a , nem o .
O A J A R D I M A J S
Só lá ficou o .
10

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1

Unidade
8 Se o Gigante não tivesse assustado as crianças, a história seria igual? Porquê?

9 O que passaram a fazer as crianças depois de saírem da escola?


9.1 Que sentimento as acompanhava quando davam a volta ao muro do jardim?
9.2 És solidário com aquelas crianças? Justifica a tua resposta.

10 Como é que uma pequena flor demonstrou o seu


desagrado pela proibição de as crianças entrarem no jardim?

11 Quem eram os habitantes felizes daquele jardim? Porquê?

12 O que poderiam as crianças fazer para alterar


a vontade do Gigante? Apresenta três hipóteses.

13 Reescreve o letreiro que o Gigante afixou no seu quintal,


mas acrescentando-lhe uma palavra que altere o seu sentido.

14 Formula duas perguntas sobre o texto.

15 Qual é o significado do sinal […] no texto? Identifica com uma a hipótese


correta.
A. A personagem está a pensar.
B. Uma parte do texto não está escrita; foi suprimida.
C. Não tem significado nenhum.

16 O texto termina assim: «O que é que viu? Viu um quadro maravilhoso.»


Imagina e descreve esse quadro num texto de 15 linhas.
16.1 Planifica o texto e faz o seu rascunho. Revê-o, corrige-o e passa-o a limpo.

om
pr e e n de A importância daspelos
O respeito relações familiares
outros
c
Ouve e

1.
1. De que forma
A atitude é que a importância
das crianças, ao deixaremdas de relações
ir brincarfamiliares estádo
para o jardim presente
Giganteno texto revelou
Egoísta,
que
que leste?
eram crianças respeitadoras da vontade dos outros. Mesmo sem estarmos de acordo,
2. Tenta
devemosrecordar umaasituação
respeitar vontade difícil que tenha
dos outros acontecido
em relação ao quecontigo ouDebate
é seu. com alguém
com os teus
da tua família e que tenha sido
colegas e professor estas ideias. ultrapassada devido à ajuda da família.
3.
2. Pensa
Faz uma nos elementos que
apresentação constituem
à turma a tua família
(individualmente ou mais próxima
em grupo) e no
sobre papel
este e importância
tema, em que
de cada um.
dês exemplos de situações vividas por ti.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 11

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O Gigante Egoísta

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
Ainda
RECORDA E APLICA O campo lexical e a família de palavras te lembras?
ical
Um campo lex
1 Preenche o quadro com palavras do campo lexical é um conjunto
da palavra «jardim». de palavras
com
relacionadas
a
Campo lexical de «jardim» uma área, um
ma
realidade ou u
Nomes comuns atividade.
(seres vivos Flores, … e
e objetos) Uma família d
palavras é um
Nomes comuns lavras
(pessoas)
Jardineiro, … conjunto de pa
sma
que têm a me
Verbos Passear, … origem.

Adjetivos Tranquilo, …

2 Com a palavra «jardim» formaram-se palavras compostas ou expressões que


designam tipos de jardins, como, por exemplo: jardim público, jardim zoológico, jardim
botânico, jardim de infância, …
Faz corresponder as expressões seguintes ao seu significado.
A. Jardim público 1. Escola frequentada por crianças até aos seis anos.
B. Jardim botânico 2. Parque onde se criam várias espécies de animais.
C. Jardim zoológico 3. Espaço verde de que todos podem usufruir.
D. Jardim de infância 4. Parque onde se criam várias espécies de plantas.

3 Lê, no quadro ao lado, os vários significados de «pérola».


Pérola, s. f., glóbulo
3.1 Circunda o significado de «pérola» que melhor
calcário produzido
se adapta à frase, no segundo parágrafo do texto.
pelas ostras; pessoa
3.2 O que significam as iniciais s. f.? muito bondosa; cor.

4 «O jardim era lindo e grande.»


Faz uma lista de outras características que se podem atribuir a um jardim.
Podes recorrer ao dicionário.

5 Pesquisa num dicionário o significado das seguintes palavras da família de «jardim»:


jardinagem; jardinar; jardineiro; jardinista; jardineira; jardinação.
12

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1

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA O alfabeto: k, w e y/O s, z ou x com som z

1 Existem três letras que pertencem ao alfabeto português e que se empregam em


alguns vocábulos de origem estrangeira. São as seguintes:

K (segundo a ordem alfabética, está a seguir ao J) W (segundo a ordem alfabética, está a seguir ao V)

K de kit e de Kremlin, Se sabes um pouco de inglês,


de kart e de karaté. já me viste de certeza.
Gosto de ketchup no pão Em Washington sou famosa,
e de kiwi com mamão. mas aqui causo surpresa.

Y (segundo a ordem alfabética, está a seguir ao X)

Estou em algumas palavras:


Sydney, yoga e pouco mais.
Sou o ípsilon ou i grego,
uma letra como as demais.

1.1 Ordena as palavras seguintes alfabeticamente.

karaté windsurf karaoke ketchup yuppie karting web kayak

2 Completa as palavras com s, z ou x.


po e poi avam di er e emplo
feli es fa er avi o raivo o
desli ou delicio o ri adas e ercício

Conclusões

A escrita do som z
O s lê-se z quando está entre vogais. Exemplo: «casas».
O z lê-se e escreve-se z, por exemplo, quando a palavra provém de um adjetivo.
Exemplo: «belo» — «beleza».
O x também pode ter o som z. Exemplo: «exercício».

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 13

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O Gigante Egoísta

ras?
TRABALHAMOS A ESCRITA Texto narrativo Ainda te lemb
e le m e n to s da narrativa
O s
PLANIFICA rsonagens,
são: ação, pe
po.
espaço e tem
O texto narrativo faz um relato de acontecimentos reais a narrativa
ou imaginários. A estrutura d
introdução
Qualquer texto narrativo deve respeitar uma série é definida pela
do problema,
de regras, tais como a existência dos elementos (apresentação
s p e rs o n a g e ns, do tempo
da narrativa e da estrutura da narrativa. da
pelo
e do espaço),
nto (os vários
1 Preenche o quadro seguinte com os elementos desenvolvime
história)
da narrativa do texto «O Gigante Egoísta». episódios da
são.
e pela conclu
Elementos da narrativa

Ação

principal
Personagens
secundárias

Espaço

Tempo

2 Preenche o quadro com a caracterização de outras personagens


do texto «O Gigante Egoísta», que não o Gigante.
Ainda
Caracterização das personagens te lembras?
ns
As personage
tiva
de uma narra
zadas
são caracteri
Crianças ra que
pelo autor pa
elhor
se entenda m
U1P10H2 o seu papel
na história.

14

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1

Unidade
AGORA ESCREVE...

1 Cria um texto narrativo com o título «Uma noite no jardim Repara que…
do Gigante». Mas, antes de começares, planifica a tua história pos
… alguns cam
preenchendo os quadros seguintes. se
dos quadros já
Elementos da narrativa encontram
preenchidos.
Ação Terás de os
a
respeitar na tu
principal
narrativa.
Personagens
secundárias

Espaço

Tempo No ano de 2050…

Caracterização das personagens

Um
… que aparecia para recolher alimentos e levá-los para a sua toca.
rato…

Estrutura de um texto narrativo

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

2 Para escreveres o teu texto narrativo começa por fazer o seu rascunho.

3 No final, relê o texto, faz a verificação ortográfica e revê a pontuação.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 15

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O Gigante Egoísta

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

Ainda te
RECORDA E APLICA As vogais/Os ditongos/Os dígrafos
lembras?
1 Completa este provérbio com as vogais e as consoantes Um ditongo
cia
em falta. é uma sequên
de duas vogais
«Qu s m a v t s m
que pertence
ba,
c lh t mp t d s.» à mesma síla
eu
formando o s
2 Lê as palavras seguintes: núcleo.

jardim cinco menino atentamente


ninguém esquerda árvores monstros
pleno gigante armação

2.1 Sublinha as vogais orais e circunda as vogais nasais.

3 Completa a frase seguinte:


Quando existe uma sequência de duas vogais que pertencem à mesma sílaba,
formando o seu núcleo, estamos perante um .

4 Sublinha no texto dez palavras com ditongos.

5 Cria palavras com os ditongos seguintes e escreve-as no caderno.


Ainda
ei iu io ão ou ia ai ãe ui õe oi
te lembras?
Os dígrafos
6 Lê as palavras abaixo e circunda a consoante que no início das são grupos
palavras é muda (não se lê). de duas letras
m
que representa
livro história rebuçado homenzinho apenas um
).
som (fonema

7 Há sons que se representam com duas letras (rr, ch, ss, lh, qu, nh, gu, …).
Como se chamam?

8 Circunda no texto «O Gigante Egoísta» dez palavras que tenham dígrafos.


16

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1

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA As onomatopeias/Os sons

1 Observa a imagem e identifica as onomatopeias; explica o significado


de cada uma.

Ainda
te lembras?
eias
As onomatop
as
são as palavr
que procuram
sons.
reproduzir os

2 Sublinha no texto «O Gigante Egoísta» as palavras a partir das quais poderás


criar onomatopeias.
2.1 Associa cada palavra às onomatopeias que te ocorreram.
Partilha as tuas descobertas com os teus colegas.

3 Em cada um dos casos abaixo, muda a ordem das letras para formares novas
palavras e verifica o que fazem os diferentes valores de cada letra.

R O M A M E T E R S O C A

4 Descobre na sopa de letras cinco verbos de «falas» de animais e identifica o animal


a que pertencem.

G R A S N A R I O A C

R E L I N C H A R B O

G U R E L Õ B A L I R

C U L A D R A R Z B A

C U L A D C O A X A R

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 17

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto ?

1 Este será um texto informativo? Justifica a tua resposta.


2 Lê o título do texto. Quais serão os assuntos de que poderá falar?
3 Observa a imagem e imagina e conta oralmente uma história que
ela te inspire.

ras?
Ainda te lemb
linha
Verso é cada
Cavalinho de pau de um poema
.

Corre, corre, cavalinho, Estrofe é um


rsos.
meu cavalinho de pau! conjunto de ve
Quadra é uma
Leva-me a correr o mundo, tro versos.
estrofe de qua
no papel dum tipo mau!

Corre, corre, cavalinho,


deixa-me ir nesta ilusão:
se hoje sou um salteador,
amanhã já não sou não!

Leva-me à guerra de Troia,


à Judeia, à Palestina,
à terra dos reis tiranos,
que nunca ninguém domina!

Leva-me ao tempo dos Mouros


e dos ferozes sultões!
Quero vencê-los a todos,
roubar-lhes os facalhões!

Leva-me por terra e mar,


sê também a minha nau!
Corre, corre, cavalinho,
meu cavalinho de pau!...

E depressa, bem depressa,


antes que acabe a ilusão:
se hoje sou um sonhador, Alexandre Perafita,
amanhã serei ou não! A mala vazia e algumas histórias de tradição oral,
Ambar, 2003

18

363826 006-025_U1.indd 18 18/03/13 12:52


1

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Repara na palavra «cavalinho», no título do poema. Em geral,


com quem utilizamos palavras que terminam desta forma?
Explica, então, a sua utilização no poema.

2 Circunda na segunda quadra e na última quadra as palavras que


representam o mundo em que os cavalos de pau correm.

3 Responde agora a esta questão explicando bem a tua ideia:


os cavalos de pau, afinal, podem correr ou não?

4 Sublinha, no poema, os versos que descrevem os sonhos a que o cavalo


de pau deu origem.
4.1 De acordo com esses versos, como caracterizarias este cavaleiro?

5 Este poema transmite a voz de uma pessoa que fala sobre os seus sonhos,
mas não se sabe bem qual é a sua idade. Circunda as palavras que se referem
ao tempo: na segunda quadra e na última quadra do poema.
5.1 As palavras que escreveste referem-se ao dia seguinte?
Então, qual é realmente o seu significado no poema?
5.2 O que gostaria este cavaleiro de ser?

6 Identifica com uma o significado correto dos versos e justifica a tua escolha.
«Se hoje sou um sonhador,
amanhã serei ou não!»
A. Não sei o que será o futuro.
B. Os adultos não têm ilusões ou sonhos.
C. O sonho é mais fácil quando somos crianças.

7 Transforma o poema num texto em prosa em que o menino seja o narrador.


Exemplo: «Quando eu brincava com o meu cavalinho de pau, …»

8 Conversa com os teus pais e avós sobre os brinquedos


que tinham quando eram crianças e como brincavam.
8.1 Partilha as informações que conseguires obter Circunda no poema as palavras
com os teus colegas. Procurem chegar a uma que têm ditongos que rimem.
conclusão sobre a evolução dos brinquedos Sublinha, a verde, as palavras do
e das formas de brincar ao longo dos tempos. poema que têm ditongos orais e,
a azul, as que têm ditongos nasais.

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Cavalinho de pau

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA A divisão silábica/monossílabos/dissílabos/polissílabos

1
constituídas por sílabas. Lê os versos seguintes:
ras?
Ainda te lemb
«Vai a galope o cavaleiro e sem cessar a é um fonema ou
Um a síla b
galopando no ar sem mudar de lugar.
on ju n to d e fonemas que se
um c
E galopa e galopa e galopa, parado, c iam nu m a única emissão
pronun uma
e galopa sem fim nas tábuas do sobrado.» a tem sempre
de voz. A sílab
seu núcleo.
Afonso Lopes Vieira, vogal, que é o
Poesia portuguesa para crianças, Girassol

1.1 Preenche o quadro fazendo a divisão silábica e a contagem do número


de sílabas de algumas palavras do poema. Observa os exemplos.
ras?
Palavras Sílabas Ainda te lemb
são
Monossílabos
uma
sem sem 1 palavras com
sílaba.
mudar mu.dar 2 o
Dissílabos sã
duas
galopa palavras com
sílabas.
o
sobrado Trissílabos sã
três
palavras com
galopando
sílabas.
ão
Polissílabos s
mais
2 Preenche o quadro classificando as palavras quanto palavras com
s.
ao número de sílabas. Observa o exemplo. de três sílaba

Palavras Monossilábicas Dissilábicas Trissilábicas Polissilábicas

sem X

mudar

galopa

sobrado

galopando

20

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1

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE

Nas palavras do quadro, as sílabas estão separadas Aprende!


por um ponto e a sílaba tónica está circundada. aéa
A sílaba tónic
pronuncia
sílaba que se
Palavras Sílaba tónica Classificação nsidade.
com mais inte
nas são
galopa ga.lo.pa grave As sílabas áto
sílabas
as restantes
cessar ce.ssar aguda
das palavras.
tábuas tá.bu.as esdrúxula

mau mau aguda


Aprende!
lugar lu.gar aguda m que
As palavras e
é a última
fim fim aguda a sílaba tónica
agudas.
são palavras
vai vai aguda m que
As palavras e
éa
sobrado so.bra.do grave a sílaba tónica
palavras
penúltima são
graves.
m que
APLICA As palavras e
a
a sílaba tónic
ima
1 Completa o quadro com palavras do poema é a antepenúlt
esdrúxulas.
da página anterior. são palavras

Palavra Divisão silábica Classificação Sílaba tónica Classificação

galopando ga.lo.pan.do polissílabo pan grave

dissílabo

tá esdrúxula

aguda

monossílabo

ra

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 21

363826 006-025.indd 21 21/05/13 11:05


ANTES DE LER… vamos conversar O texto ?

1 Lê o título do texto. Que tipo de texto te parece que vais ler?


Sabes o que é um congresso? Investiga na Internet.
O que é para ti um herói? Tens algum herói preferido? Explica porquê.

O congresso mundial dos heróis Vocabulário


u
Escreve no te
dos contos infantis caderno as
xto
Um dia destes, encontrei caído na rua um papel que palavras do te
o
mudava de cor quando se lhe tocava, e em que li, em letras cujo significad
não conheces
garrafais — maiores do que garrafais! — o anúncio do
e procura-as
Primeiro Congresso Mundial dos Heróis dos Contos Infantis. no dicionário
.
Julguei, ao princípio, tratar-se de uma brincadeira. Mas,
quando nos dias seguintes, vi o mesmo anúncio reproduzido nos
jornais, e o ouvi na Rádio, e o vi e ouvi na Televisão, convenci-me
de que era verdade e de que essa reunião ia realizar-se […].
E, embora eu não fosse um herói de nenhum conto infantil,
o assunto interessava-me e decidi ir ao congresso.
Comecei por arranjar, com um papel de prata […], uma
estrela de cinco pontas que era, como se dizia no tal papelucho,
o emblema dos congressistas. […] Já se vê que, pelo sim pelo não,
e uma vez que ia fazer-me passar por dragão ou génio ou príncipe
encantado, ou coisa parecida, o melhor era eu ir preparado
com uma habilidadezinha, para o que desse e viesse. À falta
de melhor, comprei uma caixa com estalinhos de Santo António.
No dia combinado, dirigi-me para a Encruzilhada dos Mil
Caminhos. Fui logo encontrando muita «gente» conhecida.
As fadas, então, faziam bicha pela estrada, muitas delas, já
estafadas com certeza, apoiadas na sua varinha. Outras, mais
felizes, ainda haviam arranjado boleia na vassoura de alguma
bruxa. Cada congressista, à medida que chegava, entregava
a sua estrela ao porteiro-anão, dizia o nome e fazia uma
habilidade das suas para provar que ali não havia intrujice… […]
Adolfo Simões Müller,
Sola sapato rei rainha e outras histórias,
Editorial Verbo, 1986 (texto com supressões)

22

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1

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Estás de acordo com a afirmação seguinte? Justifica a tua resposta com frases
do texto.
«Um dia o menino encontrou um papel mágico.»

2 Assinala com uma significado da expressão «letras garrafais».


A. Letras em forma de garrafa.
B. Letras do tamanho de garrafas.
C. Letras muito grandes.

3 O Congresso dos Heróis realizava-se com frequência? Justifica a tua resposta.

4 Como foi feita a publicidade para o congresso, ou seja,


que meios de comunicação foram utilizados?

5 Formula as perguntas para as respostas.


P.:
R.: Uma estrela de cinco pontas.
P.:
R.: Era a sua habilidade para poder entrar no congresso.

6 Qual é a tua opinião sobre algumas das fadas do texto?

7 Os participantes daquele congresso seriam todos mágicos?


Justifica a tua resposta.

8 Este texto é um excerto de uma história. A que parte da história pertence:


à introdução, ao desenvolvimento ou à conclusão?
Justifica a tua resposta.

9 No texto há quatro palavras


Há contos infantis que conheces em que os heróis
esdrúxulas. Identifica-as
têm alguns conflitos entre si. Dá alguns exemplos.
e circunda-as.
As palavras agudas nem sempre
10 Escolhe um herói de uma história infantil que
são acentuadas graficamente.
conheças e conta, num texto de 15 linhas, a última
Sublinha no texto cinco palavras
das suas aventuras. agudas.
Não te esqueças de planificar o teu texto aplicando Classifica quanto à sílaba tónica
o que aprendeste sobre os elementos e a estrutura as palavras do último parágrafo
da narrativa (ver pp. 14 e 15). do texto.

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ANTES DE LER… vamos conversar Os símbolos

1 Observa com atenção os sinais abaixo apresentados.

Conversa com os teus colegas e professor sobre a sua importância e função.


Identifica alguns dos locais onde encontras estes sinais.

1 Observa com atenção os símbolos usados na marcação de livros de uma biblioteca


escolar.
A. B. C. D.

Dicionários Ciência Histórias juvenis Aventura


E. F. G.

Livros infantis Histórias maravilhosas Poesia, teatro, lengalengas


H. I. J.

Eu e os outros Banda desenhada Livros-jogos, passatempos


1.1 Por que razão é importante que os livros de uma biblioteca estejam
classificados por temas?
1.2 Assinala com uma o grupo de livros que aconselharias a um menino que
precisasse de fazer um trabalho para Estudo do Meio.
1.3 Circunda os símbolos dos livros destinados aos mais novos.

2 Estás de acordo com os símbolos escolhidos para a classificação dos livros?


Justifica a tua resposta e, se assim o entenderes, apresenta outras sugestões.
24

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1

Unidade
3 Que símbolo da página anterior utilizarias para classificar os livros seguintes?
Livro 1 Livro 2 Livro 3

Livro 6

Livro 4

4 Em trabalho de grupo, organiza a biblioteca da tua sala de aula ou da tua casa.


Para isso, tens também de elaborar um projeto de símbolos, além de outras ações.
Segue a planificação apresentada.

A. Inventariar as necessidades:
— Que tipo de livros existem para identificar?
— Que outras informações são necessárias para
um bom funcionamento da biblioteca?

B. Definir a forma do símbolo (circular, triangular, quadrada


ou outra).

C. Testar o tamanho do símbolo (alguns símbolos têm


de ser vistos à distância, outros não).

D. Escolher um tipo de letra e, de preferência, simples


e legível.

E. Escolher um horário de utilização da biblioteca.

F. Criar um regulamento (conjunto de regras) para a tua


biblioteca.

G. Elaborar uma folha de registo para a requisição de livros.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 25

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2
Unidade

Minha querida família

26

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

«Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de uma família.»


Benjamin Franklin

1 Conversa com os teus colegas sobre este tema e regista


as respostas no teu caderno diário.
Consideras a família uma riqueza? Porquê?
O que sentes quando estás em família?
Que atitudes e comportamentos esperamos de quem vive
numa família?
Achas que há um membro da tua família que tem um papel
mais importante? Quem? Explica porquê.

2 Observa a imagem, responde às questões e regista


as respostas no teu caderno diário.
A que atividades se dedicam os membros desta família?
Esta é uma situação que tu já viveste com a tua família?
Qual foi o teu papel?
Observa esta imagem e faz uma ilustração pensando
na tua própria família. isar
squ
pe
os
m

3 Debate com os teus colegas o significado dos


Va

seguintes provérbios:

«A família não se escolhe.»


«Coisas de família em família devem ficar.»

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 27

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo

1 Lê o título do texto.
Pela leitura do título consegues perceber qual é o tema do texto? Porquê?
O título é o início de uma lengalenga. Procura-a na Internet e declama-a.
2 Observa a imagem.
Descreve as figuras da imagem. Há alguma particularidade
que tenha atraído a tua atenção? Qual?
Vocabulário
ionário
Procura no dic
o significado
Sola sapato rei rainha das palavras
do texto
azul.
O rei e a rainha de Bazalicão poderiam considerar-se destacadas a
as pessoas mais felizes deste mundo se o filho deles, muito
bonito e muito bondoso, não tivesse um nariz enorme, um nariz
com 7 quilómetros, 594 metros e 37 centímetros, isto é,
um nariz com mais de légua e meia de comprimento! Assim, o Luís
(era o nome dele) estava no seu palácio muito bem sentadinho,
e o nariz saía pela janela e ia por ali fora, transpondo vilas e até
rios, como se fosse uma ponte… […] Por um triz, o nariz do Luís,
se tivesse mais 23 centímetros, passava as fronteiras do reino
e entrava no país vizinho. Aquilo era quase uma autoestrada!
Um dos engenheiros de Bazalicão chegou mesmo a lembrar que
se deitasse o príncipe de papo para o ar, de forma que os melhores
equilibristas do país, trepando pelo nariz do príncipe, conseguissem
chegar à Lua e alugassem o Quarto Crescente, dada a falta
de casas que havia no reino. Mas teve de se desistir da ideia
porque a ponta do nariz esburacou o Céu e desatou a chover
a potes… Fez-se logo um remendo com uma nuvenzinha.
Passados dias, o pobre Luís quis dar um passeio.
E foi então, ao pôr do Sol, fora do palácio real, com o nariz
apoiado em mais de cinco mil pajens que marchavam uns
atrás dos outros com as mãos no ar, que se deu o grande
desastre. O nariz atravessou a fronteira e, zás!, o rei
do país vizinho deu logo ordem, perante aquela invasão,
para que amarrassem a ponta do nariz. Assim se fez,
mas sem grande êxito, porque o príncipe soltou um

28

363826 026-043_U2.indd 28 18/03/13 12:54


2

Unidade
enormíssimo espirro, talvez porque lhe fizessem
cócegas no nariz, e tudo fugiu a sete pés.
Aquilo, porém, não ficou por ali, pois com o espirro levantou-se
uma terrível tempestade que levou pelos ares muitos telhados e fez
com que os navios da armada real quebrassem as amarras
e seguissem ao Deus-dará! […]
O rei, é claro, viu que era preciso tomar medidas. Estas medidas
não eram de comprimento, relativas ao tamanho do nariz.
Era preciso tomar medidas, quer dizer tomar providências, arranjar
uma solução para o caso. E mandou chamar então os Mágicos
Reais, Sabe-Tudo, Sabão-Real e Sabichão-Mor, que, pouco depois,
se apresentavam no palácio, com mil salamaleques […].
— Senhores Mágicos — disse-lhes o rei. — Ponham à prova
a sua sabedoria e digam-me qual é o processo de encurtar
o nariz do príncipe Luís.
— Cortar? — perguntou o Sabão-Real, que era um pouco
surdo.
— Encurtar, disse eu! Este curtar é com u e não
com o… — disse o Sabichão-Mor. […]
Os Mágicos tinham magicado! E então, no Aprende!
e
meio do maior silêncio, o Sabichão-Mor declarou: O hífen (-) pod
ra
— Majestade: acabamos ser usado pa
as,
ligar duas palavr
de ler nos astros que é preciso a
formando um
ir ao mar, numa pulga,
nova palavra.
buscar sardinha para Por exemplo,
o príncipe Luís… «deus-dará».
Adolfo Simões Müller,
Sola sapato rei rainha
e outras histórias,
Verbo, 1986 (texto adaptado
com supressões)

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 29

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Sola sapato rei rainha

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Por que razão os reis de Bazalicão não se consideravam


pessoas muito felizes?
1.1 E o príncipe seria feliz? Explica porquê.

2 Assinala com uma as afirmações verdadeiras e falsas.

V F

Uma nuvem tapou um buraco que o nariz fez no céu.

O príncipe era bonito e amigo de todos.

O nariz do Luís media mais de 8000 metros.

Depois do espirro do Luís, formou-se uma tempestade.

A proposta era cortar o nariz do príncipe.

3 O nariz do Luís era um nariz gigante para o qual se imaginavam os serviços mais
estranhos. Estás de acordo com esta afirmação? Justifica dando exemplos do texto.

4 Imagina qual será a razão pela qual o nariz do príncipe Luís cresceu tanto.
Explica-a e compara as tuas conclusões com as dos teus colegas.

5 Parece-te que o Luís tinha uma vida fácil? Porquê?

6 Ordena as frases de 1 a 6 de acordo com o sentido do texto.


A. O príncipe, um dia, decidiu passear.
B. Fizeram cócegas e o resultado foi um enorme espirro.
C. A ponta do nariz foi amarrada como castigo.
D. E uma enorme tempestade se formou logo ali.
E. O nariz tinha de ser sempre apoiado por criados.
F. O governante do país vizinho não gostou quando a ponta do nariz do Luís
atravessou a fronteira.

7 O que imaginas que pensariam os habitantes de Bazalicão sobre o seu príncipe?

8 Há quem diga que, em Bazalicão, o povo chamava aos mágicos os três «Sás».
Consegues perceber porquê? Explica.
30

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2

Unidade
9 Formula as perguntas para as respostas.
P.:
R.: Para encontrar uma solução para o caso.
P.:
R.: Apresentaram-se ao rei com mil salamaleques.

10 No texto pode ler-se que o rei e a rainha de Bazalicão


poderiam considerar-se as pessoas mais felizes deste
mundo se o filho não tivesse um nariz enorme.
Completa as frases seguintes pensando nos teus desejos.
A. Eu podia considerar-me a pessoa mais se .
B. Eu podia considerar-me a pessoa mais se .

11 Assinala com uma a hipótese que explica o significado da expressão


«chover a potes».
A. Caem potes do céu. C. Cai água dos potes.
B. A chuva cai em abundância. D. Chove há poucos dias.

12 O povo de Bazalicão gostava muito de fazer quadras, que cantava, acerca


do nariz do príncipe. Completa as que se seguem.

O nosso querido príncipe Tenho a janela aberta


é curioso e endiabrado. para arrefecer o caldo.
Está sempre a meter o nariz Entrou o nariz do príncipe
onde . fico com o caldo .

13 Constrói tu agora uma quadra sobre o príncipe.

pr e e n de
A diferença
om
c

1. Conversa com os colegas sobre o tema «O valor da diferença no meu mundo».


Ouve e

2. Regista as conclusões a que chegaram.


3. Procura informações sobre crianças que vivem em culturas (modos de vida) diferentes daquela
em que vives e realiza um trabalho de grupo com colagens de imagens e as suas legendas.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 31

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Sola sapato rei rainha

r
isa
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO qu

s
pe
os
Vam
1 As palavras «rei» e «rainha» representam títulos de nobreza.
Sublinha no quadro nomes relativos a títulos da nobreza.

conde duque barão grão-duque avó infante


condessa princesa tia duquesa marquês viscondessa marquesa
príncipe visconde sogra cavaleiro baronesa imperador genro

2 A palavra «marquesa» pode ter dois significados:


marquesa — título de nobreza; feminino de marquês.
marquesa — mesa onde se deitam os doentes para serem examinados; maca.
2.1 Escreve duas frases com a palavra «marquesa» nas quais sejam utilizados
os seus dois sentidos.
2.2 Como se chamam as palavras que têm a mesma grafia, mas significados
diferentes?

3 No texto «Sola sapato rei rainha» há duas palavras homófonas.


Escreve duas frases em que incluas essas palavras.

4 Os bazaliquianos ou bazaliquenses eram os habitantes de Bazalicão.


Como se chamam os naturais ou habitantes de:

Lisboa Leiria Castelo Branco Setúbal

Porto Funchal Santarém Évora

Coimbra Faro Viana do Castelo Braga

5 Relaciona as expressões apresentadas em baixo com os seus significados.


A. Dar com o nariz na porta. 1. Mostrar desagrado.
B. Meter o nariz onde 2. Encontrar a porta
não é chamado. fechada.
Circunda no texto os nomes
C. Torcer o nariz. 3. Ser indiscreto. dos três mágicos. Explica o que
têm os três nomes em comum.
32

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2

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA Os sons ás/az/ês/ez/is/iz/ós/oz/us/uz

1 «Nariz — Luís — triz — país» são palavras do texto que confirmam que o som is,
no fim de uma palavra, pode ter duas grafias. Faz uma lista de palavras terminadas
em «is» e «iz».
1.1 Agora faz um poema com rimas em «is» e «iz».
Exemplo:
Porque o rei assim quis
foi, ainda em pequenino,
o príncipe a Paris.
Chegou num dia o nariz
e no seguinte o petiz!
1.2 O mesmo acontece com as palavras Tomás/capataz;
freguês/cortez; nós/foz; adeus/luz, por exemplo.
Preenche a tabela seguindo os exemplos anteriores.

ás
az
ês
ez
ós
oz
us
uz

Conclusão

Completa a regra.
No fim de cada palavra, alguns sons que se leem da mesma maneira escrevem-se
de maneira diferente: ás ( ) e az ( ); ês ( )
e ez ( ); is ( ) e iz ( ); ós ( ) e oz ( );
us ( ) e uz ( ).

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 33

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Sola sapato rei rainha

TRABALHAMOS A ESCRITA O texto de opinião

PLANIFICA

Um texto de opinião é um texto em que, de forma resumida, alguém manifesta a sua


opinião sobre uma obra (livro, filme, exposição, etc.). Num texto de opinião, é necessário
resumir a obra para depois fazer a sua crítica, dando e justificando a sua opinião.

1 Observa as várias etapas que deverás seguir para fazeres um texto de opinião
do texto «Sola sapato rei rainha».

A B C
Identificação Biografia do autor Resumo
do texto Nasceu em Lisboa, O príncipe tinha o
Título: «Sola sapato em 1909. Foi jornalista nariz tão grande que
rei rainha». e trabalhou na rádio. atravessava o reino.
Autor: Adolfo Simões Escreveu livros para O rei chamou
Müller. crianças, contos e peças os mágicos para
e adaptou à BD algumas tentarem encurtar
Editora: Verbo. obras clássicas. (…) aquele nariz. (…)

D Apreciação crítica E Apreciação crítica (cont.) F Recomendação


O texto revela muita O texto é importante do Depois de lida
imaginação e sentido ponto de vista da formação e criticada a obra,
de humor: há muitas pessoal e social pois deve indicar-se
situações estranhas transmite valores como, para quem poderá
e trocadilhos. Desta por exemplo, o direito à ter interesse,
forma o autor diferença. de acordo com
desperta o interesse a idade, sexo ou
do leitor. (cont.) preferências.

34

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2

Unidade
AGORA ESCREVE...

1 Tomando como modelo o exemplo da página anterior, escreve um texto de opinião


para a história do texto da página 8, «O Gigante Egoísta».

A B C
Identificação Biografia do autor Resumo
do texto

D Apreciação crítica E Apreciação crítica (cont.) F Recomendação

2 Apresenta oralmente o teu texto de opinião na aula, mas não te esqueças


de algumas regras fundamentais para uma boa apresentação:
— mostra-te seguro e confiante;
— coloca bem a voz e articula bem as palavras falando de forma clara;
— utiliza um vocabulário que todos possam compreender;
— tenta ser expressivo para despertares o interesse e a atenção
dos teus colegas;
— não te repitas.
2.1 No final, debate com os teus colegas a opinião que apresentaste, com a qual
algum poderá não concordar. Prepara previamente alguns argumentos para
discutir opiniões, ideias diferentes das tuas que penses que possam surgir.
BLOCO 1 Viajar no meu mundo 35

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Que tipo de pessoas pode passar muito do seu tempo nos jardins?
Porquê?
2 Observa a imagem
principais do poema?
Ainda te
lembras?
Uma rima é a
sons
repetição dos
O tempo no jardim finais de dois
s.
ou mais verso
Estavam um velho e uma velha
m
Sentados Este poema te
ê?
Num banco de um jardim rimas? Porqu
À luz da tarde
A conversar:
— Lembras-te, Maria? Há quantos anos foi
Que viemos para este bairro?
— Eu sei lá, José! Já nem tem conta…
O vento repousava nas árvores do jardim
Espreguiçado
E os pássaros quase adormeciam
E uma lagartixa parou no chão admirada
Não sei de quê
E as flores dos canteiros ensonados pendiam das corolas
E os meninos parados no meio do escorrega
Sem gritar
Calados
O baloiço vazio
No ar suspenso
— Que horas são, Maria?
— Já é tarde…
Ambos se deram as mãos
Enrugadas, quase frias
E os meninos olhavam admirados calados
O que é que os meninos sabiam?
Pesquisa no dicionário o significado
Matilde Rosa Araújo,
Mistérios, Livros Horizonte, 1988
dos nomes «idoso» e «ancião».
Circunda as palavras do poema
que podes substituir por qualquer
36 uma destas duas.

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2

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Quais foram as palavras do poema que mais te despertaram


a atenção? Porquê?

2 Qual é o tema do poema?


2.1 Por que razão a autora terá escrito um poema sobre este tema?

3 Quem são as personagens principais deste poema: os velhos


ou os meninos? Justifica a tua resposta.

4 Preenche o quadro para registares os vários momentos do poema.

Personagens O que faziam? Onde? Quando?

José e Maria

Os meninos

Os pássaros

O vento

As

5 Achas que o José e a Maria tiveram uma vida em comum? Porquê?

6 Parece-te que o José e a Maria continuam a gostar muito um do outro?


Sublinha o verso do poema que te permite chegar a essa conclusão.

7 Os meninos olhavam admirados. Porquê? O que sabiam?

8 Circunda as palavras do quadro que exprimem o que sentiste ao leres o poema.


ar
lam
c
de

calma amizade respeito arrogância


os
Vam

tristeza tranquilidade amor admiração

8.1 Escolhe uma dessas palavras e justifica a tua escolha.

9 Escreve um poema com quadras que contem a história do poema.


BLOCO 1 Viajar no meu mundo 37

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O tempo no jardim

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

ras?
APRENDE Os acentos gráficos Ainda te lemb
das
Palavras agu
nica
Os acentos gráficos assinalam sempre a sílaba tónica — a sílaba tó
nas palavras. é a última.
es
Palavras grav
As palavras esdrúxulas têm sempre acento gráfico. nica
— a sílaba tó
.
As palavras graves têm acento gráfico quando é a penúltima
xulas
terminam em l, n ou r. Palavras esdrú
nica
As palavras agudas têm acento gráfico quando — a sílaba tó
ltima.
terminam em a, e, o, em ou ens. é a antepenú
Os acentos gráficos são os seguintes:

Acento grave (`) Acento agudo (´) Acento circunflexo (ˆ)


às avó avô
U2P14H1
àquele família Ângela
Júlia porquê
alguém lâmpada
parabéns

O acento agudo indica a vogal tónica aberta.


O acento circunflexo indica a vogal tónica fechada.
O acento grave só se usa quando existe uma contração: à, àquele, …

APLICA Atenção!
O til (~) não
1 Circunda as palavras do quadro (que são todas agudas) mas
é um acento,
e acentua-as, se for necessário.
sim um sinal
crita.
auxiliar de es
sal fe seu bone mel so nu
pastel paz jornal dar re mau chimpanze armazens

2 Pesquisa em vários textos e circunda palavras graves: com acento gráfico;


terminadas em l/n/r; em i/u; em ditongo; em vogal nasal.

3 As palavras esdrúxulas têm uma característica que as distingue das graves e das
agudas. Qual é? Faz uma lista de palavras esdrúxulas e afixa-a na tua sala.
38

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2

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE A pontuação Aprende!


Os sinais de
Lê o texto e repara nos sinais de pontuação. o sinais
pontuação sã
judam
gráficos que a
texto.
— Avô, contas-me uma história? Daquelas que são a organizar o
assim como eu vou dizer: com muitos heróis, vilões,
princesas, bruxas, fadas e duendes? São tão emocionantes! — pediu a Margarida.
— Tu nunca te cansas, minha querida, de ouvir este velhote rabugento;
és tão tonta… — respondeu o avô.

Cada sinal de pontuação tem uma função na escrita e na leitura.

Ponto final
. Ponto
; Vírgula
, Dois pontos :
e vírgula
Separa períodos Indica uma Separa Introduzem
ou parágrafos pausa longa. elementos uma fala, uma
ou assinala Não pode de uma explicação
o final de um terminar uma enumeração ou uma
texto. frase. e marca uma enumeração.
pausa.

Ponto de
? Travessão — Reticências
… Ponto de
!
interrogação exclamação
Indica uma Introduz uma Marcam a Separa períodos
pergunta. fala. interrupção ou parágrafos
de uma fala ou assinala
deixando a ideia o final de um
inacabada. texto exprimindo
admiração.
APLICA

1 Pontua corretamente o texto seguinte:


Avó posso ir comprar pão Tenho tanta fome Que horas são
São horas de jantar E o jantar é muito bom sopa de legumes
almôndegas de carne puré de batata e salada
Ai, ai Tão bom avó Mas o pão Apetece-me tanto
BLOCO 1 Viajar no meu mundo 39

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ANTES DE LER… vamos conversar A fábula

1 Lê o título do texto.
Conheces alguns nomes parecidos com estes?
O que têm de diferente em relação aos nomes que conheces?
Seguindo o exemplo, cria nomes para ti e para os teus colegas.

João-Flor e Joana-Amor
[…] Mano-Caracol tinha um chapéu: uma campainha azul
que lhe ficara enfiada nos pauzinhos, certa vez, quando passeava
numa trepadeira em flor. Sentiu-se tão elegante que nunca mais
o tirou. Aquele chapéu azul dava-lhe um ar diferente e chamavam-lhe
por isso: João-Flor.
Mana-Caracol levava a vida a suspirar, como se estivesse
apaixonada, tinha uma pequena mancha castanha em forma de
coração na parte superior da casca e o seu nome era: Joana-Amor.
João-Flor era um caracol muito viajado: já fora até à parte
mais alta duma laranjeira — que é um sítio onde poucos caracóis
se atrevem —, passeara, depois, agarrado numa folha de couve
e, por um triz, não ia sendo comido em cozido à portuguesa.
Em seguida, naufragara num alguidar de lavar hortaliças mas,
felizmente, fora atirado para um campo de relva verde […].
Cansado de ser importante e de conhecer lugares tão
perigosos […], decidiu ir visitar a irmã Caracol-Joana-Amor
e ficar a viver perto dela.
Foi um encontro muito bonito e estiveram quatro dias e quatro
noites a conversar, a matar saudades, pois a Joana-Amor nunca
saíra do mesmo sítio porque tinha vertigens e era muito medrosa.
Combinaram então nunca mais se separar e ficarem juntos
para sempre no tronco castanho, rugoso e antigo, da sua amiga
rar
árvore, longe de tudo o que fosse confusão, barulho.
mb
le
E longe, também, de certa vizinhança perigosa,
re
os

como patos e galinhas que muito apreciavam um


Vam

caracolzinho — ou dois caracoizinhos —


descuidados. […]
Maria Rosa Colaço, Aventuras de João-Flor e Joana-Amor,
Plátano Editora, 1984 (texto com supressões)
40

363826 026-043_U2.indd 40 18/03/13 12:54


2

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Qual é o grau de parentesco que une João-Flor e Joana-Amor?

2 A que deviam os dois caracóis os seus nomes?

3 Preenche o quadro e faz a caracterização das duas personagens com base


na informação do texto.

João-Flor Joana-Amor

Características Características
físicas físicas

Características Características
psicológicas psicológicas

4 Com qual dos caracóis te identificas mais? Justifica.

5 Porque era especialmente perigosa aquela folha de couve onde o caracol passeava?

6 Volta a ler o texto e ordena de 1 a 4 as aventuras de João-Flor.


A. Mergulhou num alguidar. C. Passeou nas folhas de uma couve.
B. Subiu a uma laranjeira. D. Foi viver com a irmã.

7 O que levou João-Flor a decidir ir viver com a irmã?

8 Qual é a frase do texto que nos indica que os dois irmãos não se viam há muito tempo?

9 Que «vizinhança perigosa» podia perturbar a segurança dos caracóis? Porquê?

10 Por que razão os irmãos consideravam a árvore uma amiga?

11 Como se chama uma história em que são atribuídas características


humanas aos animais?

12 Planifica e escreve um diálogo entre os irmãos


caracóis num texto com 15 linhas. Reescreve a segunda frase do
texto, substituindo o ponto final
No fim faz a sua revisão e verifica se a acentuação por um ponto de interrogação.
e a pontuação estão corretas. O texto continua a ter o mesmo
sentido? Porquê?

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto instrucional

1 Repara que este texto está numerado. Em que situações já leste


textos como este? Qual é o objetivo da numeração?

ras?
Ainda te lemb
ucional
Um texto instr
de ajudar
1 Lê o texto com atenção para aprenderes um truque tem o objetivo
zar uma
de magia. o leitor a reali
cesso.
tarefa com su
A magia dos dados Por isso, é org
anizado
em partes bem
Material: Três dados grandes iguais. terial
marcadas: ma
que são
Instruções: e instruções,
um
1. Pede ajuda a alguém da assistência. uma ação ou
ções que
conjunto de a
2. Mostra os dados. guidas na
devem ser se
ta.
3. Diz ao teu ajudante para baralhar os dados ordem propos
e empilhá-los enquanto tu estás de costas.
4. Vira-te para a plateia e diz que vais adivinhar a soma
dos valores das faces escondidas dos dados.
5. Observa as faces visíveis dos dados, faz
as contas mentalmente e diz o resultado.
6. Tira os dados um a um e pede ao teu assistente
que te ajude a somar os valores das faces ocultas.
Nota: O segredo deste truque é que a soma dos
valores das faces opostas de um dado é sempre 7.
Quando três dados são colocados uns sobre
os outros, têm cinco faces ocultas. Somando
o número dessas faces com o número da face
de cima do primeiro dado, resultará sempre 21.
Depois, é só subtrair a 21 o valor da face
de cima do primeiro dado.
Por exemplo, se o valor da face de cima
ler
do primeiro dado for 4, então, re
os

a soma dos valores das faces


Vam

ocultas será 17, pois


21 – 4 = 17.

www.tvcultura.com.br/x-tudo, acedido em 8 de abril de 2010,


Buriti, Português 4, Moderna, 2011 (adaptado)
42

363826 026-043_U2.indd 42 18/03/13 12:54


2

Unidade
2 Nas apresentações de magia, há sempre um ambiente
de mistério e, muitas vezes, alguém da plateia
é convidado a participar na realização de uma tarefa.
2.1 Sublinha as instruções do texto da página
anterior que ajudam a criar esse ambiente.
2.2 Qual será a intenção do mágico ao chamar
alguém da assistência?

3 Completa o esquema com a planificação deste tipo de texto


com o nome de cada uma das partes que o formam.

Partes do texto Conteúdo Localização no texto

O nome do truque
Título de magia sobre o qual
o texto vai tratar.

Material necessário
Primeira parte para a realização
da magia.

Instruções para a
Segunda parte realização da magia
diante do público.

Explicação
Terceira parte ou solução sobre
a magia.

4 Prepara-te muito bem para apresentar este número de magia à tua família ou aos
teus colegas. Ensaia com cuidado algumas vezes antes de o apresentares, para
que tudo corra da melhor forma.

5 Escreve um outro truque de magia que saibas seguindo o modelo do texto


que estudaste.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 43

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3
Unidade

Em segurança

44

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 O que está retratado nesta imagem? Dialoga com os teus


colegas e com o teu professor sobre o que vês na imagem.
Regista, no teu caderno, as conclusões a que chegarem.

2 Com a ajuda do teu professor, organiza a informação


recolhida num cartaz, que poderão expor na sala de aula.
Completem a informação que necessitam fazendo uma
pesquisa na Internet ou em livros.

3 Conta uma história na sala de aula a partir da imagem.

4 Organiza com os teus colegas um estojo de primeiros


socorros para ficar sempre acessível na sala de aula.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 45

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto dramático

1 Lê o título do texto.
Parece-te que os nossos pés merecem uma homenagem? Porquê?
Explica como seria uma homenagem tua aos teus pés. O que farias?
Como farias?

A homenagem aos Pés


Inventão está sentado à cabeceira da mesa; na outra
cabeceira, os Pés. À volta da mesa, cadeiras vazias.

INVENTÃO: Eu não iria longe sem os meus Pés,


seja-lhes feito o elogio devido.
(Embora com eles nunca daqui tenha saído…)
— Mas podia ter corrido o mundo de lés
a lés se não tivesse sido feito sentado
e calhasse estar para aí virado…
A minha cabeça é que pensa e, no entanto,
os meus Pés ao pé dela são um espanto:
como estão parados não é preciso muito
para se porem a par do assunto!
Por isso, aproveitando a dita paragem,
lhes preparei uma grande Homenagem!
Convidei os meus sapatos, as minhas meias,
os atacadores das botas, as botas, os chinelos,
fui à prateleira das toalhas e convidei-as,
fui ao armário dos sabonetes convencê-los;
limpei as sapatilhas, tirei as sandálias da gaveta,
falei aos patins, aos pedais da bicicleta,
à amiga alcatifa, à passadeira, ao tapete…
Mandei comprar bolos, limonada, sorvete,
fiz uma festa enorme, um jantar, um banquete!
— Mas esqueceram-se todos de aparecer!
Os meus Pés nem sabem onde se hão de meter!

Para os Pés: Desculpem lá. Ó Pés,


não apareceu ninguém!
46

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3

Unidade
PÉS: Admirávamo-nos era se aparecesse alguém!
Estamos habituados a andar sempre sós,
vivemos cá em baixo, ninguém se lembra de nós!
Ainda por cima fechados dentro de sapatos…
Vá lá que saímos à noite! Estamos muito gratos…

INVENTÃO (Aflito.): Os meus Pés estão tristes,


que hei de fazer? Ainda te
Que posso fazer para os alegrar? lembras?
arte
Fazer-lhes cócegas, pôr-me a dançar? O refrão é a p
a que
Contar-lhes histórias para os entreter? de uma músic
s
se repete vária
De súbito, entram Meninos descalços a cantar: vezes.
te
O refrão refle
MENINOS: Pés todos têm, sapatos alguns só; muitas vezes
vivam os Pés que nos levam passo a passo, nção.
o tema da ca
embora cheios de pó,
embora cheios de cansaço!
Muitos têm carro, muitos mais não;
vivam os Pés que nos levam pelas estradas
à procura de trabalho, à procura de pão,
à procura das coisas desejadas!

Refrão

Vivam os Pés que com pezinhos de lã


se põem a pé logo pela manhã!
Os Pés que vão a pé para a escola,
e que pulam, e que bulem, e que jogam à bola,
e que voltam para casa, e que vão aos recados,
e que à noite vão para a cama tão cansados!
Os Pés que com pezinhos de lã
se põem a pé na outra manhã!
Manuel António Pina,
O inventão,
Edições Asa, 2003 Quais são os sinais de pontuação
mais utilizados no texto?
Relembra o que estudaste sobre
a pontuação e diz por que razão
são utilizados no texto estes sinais.

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A homenagem aos Pés

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Qual é a personagem principal deste texto? Justifica a tua resposta.

2 Que parte do corpo será o Inventão?

3 Qual é a ligação que, no poema, se estabelece entre a Cabeça e os Pés?

4 Porque será que o autor chamou Inventão a uma das personagens do texto?
4.1 Que outro nome achas que poderia ter? Justifica a tua resposta.

5 Recorda a festa de homenagem que o Inventão preparou e completa o quadro seguinte.

Convidados Razão do convite

Sabonetes Porque lavam os Pés.

6 Além dos convites, que outros preparativos fez o Inventão para a festa?

7 Apesar de bem preparada, a festa não correu bem. Porquê?

8 Tenta encontrar uma explicação para o facto de os convidados não terem


comparecido na festa de homenagem aos Pés.

9 Os Pés acabam por ser homenageados. Diz por quem e de que forma.

10 Se os teus pés pudessem escolher, prefeririam andar descalços ou «fechados


dentro de sapatos»? Justifica a tua resposta.

11 Escolhe uma parte do teu corpo a que prestarias homenagem com uma festa.
Explica a tua escolha.

12 Que convidados gostarias de levar à tua festa?


Faz um quadro como o do exercício 5.
48

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3

Unidade
13 Elabora as perguntas para as seguintes respostas.
P.:
R.: Foram as crianças.
P.:
R.: O Inventão ficou muito aflito.

14 A quem pertencem os Pés referidos nos seguintes versos do texto?


«Os Pés que vão a pé para a escola,
e que pulam, e que bulem, e que jogam à bola,
e que voltam para casa, e que vão aos recados.»

15 Escreve um texto de cerca de 15 linhas com um dos títulos


sugeridos abaixo.
«Pés todos têm, sapatos alguns só.» ou «Pezinhos de lã.»
Pode ser um texto poético, narrativo, ou dramático.
Segue as regras de planificação que já conheces,
de acordo com o tipo de texto que escolheres.

om
pr e e n de A utilidade
c
Ouve e

1. Já alguma vez pensaste na utilidade e no valor dos pequenos objetos que te facilitam
a vida? Dá exemplos de alguns.
2. Já te aconteceu desejares muito qualquer coisa e depois de a conseguires nunca mais
lhe dares importância nenhuma?
3. O que poderás fazer aos objetos inúteis que tens em casa? Poderão ser úteis a outras pessoas?
4. Debate estas questões com os teus colegas.
5. Com a ajuda do professor e dos encarregados de educação, organiza com os teus colegas
uma «Feira de Bugigangas» e troquem brinquedos e outros objetos.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 49

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A homenagem aos Pés

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Sublinha a expressão sinónima de cada uma das seguintes expressões


do texto.


Andar pelo mundo perdido.
A. «Correr o mundo de lés a lés.» Viajar por todo o mundo.
Viajar pelo mundo a correr.


Os pés com botinhas de lã.
B. «Com pezinhos de lã.» Andar com passos pesados.
Andar sorrateiramente.

2 Relaciona as frases por meio das letras, como no exemplo.

A. Duas da manhã e ainda estás a pé? C Ir e vir rapidamente.


B. Pôr de pé esta obra não é fácil. Estar acordado.
C. Vais num pé e vens no outro. Estão todos zangados.
D. Está tudo em pé de guerra. Organizar.
E. O José meteu os pés pelas mãos. Estar desconfiado.
F. O professor está de pé atrás. Atrapalhar-se.

3 Reescreve as frases seguintes substituindo as expressões sublinhadas


por palavras da família da palavra «pé».
A. O clube organizou uma excursão a pé até ao rio.
B. Já colocaram a base onde vai ficar a estátua?
C. Olha, na areia ficaram as marcas das patas Ainda te
do cão. lembras?
D. A senhora que arranja os pés está de férias Palavras
o
este mês. homófonas sã
e
palavras que s
o
4 Lê as frases e circunda as palavras homófonas. leem do mesm
m
A. «Eu não iria longe sem os meus pés.» modo, mas co
icados
B. «A centopeia tem cem patas.» grafias e signif
diferentes.
4.1 Escreve frases com outras palavras homófonas.

5 Escreve oito palavras com as letras da palavra «pedestal».


Não pode haver letras repetidas na mesma palavra.
Exemplo: seta.

50

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3

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA g/j/ge/gi

1 Sublinha no texto «A homenagem aos Pés» as palavras com a letra g.

2 Circunda no texto as palavras com a letra j.

3 Em que palavras a letra g tem o som j? Escreve-as.

4 Em que palavras a letra g não tem o som j? Escreve-as.

5 Completa as palavras com g ou com j.


a uda incana cora em fri ideira
ornal in eção con elado ustiça
oelho no ento inástica uventude
eleira re ião eração avali

6 Forma palavras com as sílabas do quadro usando ge ou gi.

con ra la fa dor ri ma no lei


ra le ne ral lo ti na ne ro so
má te co a gan ta te do

7 Circunda os sufixos das palavras, como no exemplo.

aragem aterragem ladroagem amostragem bandidagem secagem

7.1 Escreve frases com algumas destas palavras.

Conclusões

A letra g tem o som j quando está antes das vogais e .


Escreve-se com g o sufixo -agem.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 51

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A homenagem aos Pés

TRABALHAMOS A ESCRITA Escrita criativa

PLANIFICA

ras?
Proposta — Letra obrigatória Ainda te lemb
A letra h…
1 Lê o poema. ício de
… usa-se no in
s
certas palavra
H embora não s
e leia.
Oh! Que horror!» Exclama Helena formar
… usa-se para
ch e nh.
com histérico formal: os dígrafos lh,
«Heitor da Horta, o meu homem, ertas
… usa-se em c
h!, Oh!,
com herpes no hospital!... interjeições: A
tc.
Bah!, Hum!, e
Nem cochicho, nem cachucho,
nem chícharo, nem chicharro
lhe deixa entrar para o bucho
aquele doutor masmarro.

António Feliciano Castilho,


Método Castilho,
Imprensa Nacional, 1853 (adaptado)

2 A letra que «comanda» este poema é o h.


Para escrever um texto com letra obrigatória,
ou seja, em que todas as palavras (ou quase todas)
tenham a letra obrigatória escolhida, devem
seguir-se várias etapas de planificação:
a) Escolher a letra obrigatória;
b) Fazer uma lista de palavras com essa letra;
c) Redigir o texto, que pode ser em prosa
ou em verso, fazendo primeiro um rascunho;
d) No final, confirmar sempre…
… o título, …
… a ortografia, …
… a pontuação, …
… se se respeitou a regra da letra obrigatória.
e) Por fim, passar o texto a limpo.
52

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3

Unidade
AGORA ESCREVE...

Proposta — Letra proibida

1 Lê o poema.
No Jardim Diabólico havia
certo mágico infernal:
a todos, ali entrando,
metia medo abissal.

Logo dali velozes


corriam os infelizes
não se atrevendo a voltar,
com medo de terrores ferozes.

Assim se passaram mil anos,


o mágico fez-se velhinho.
Mais mil se passaram,
e o mágico cansado de estar sozinho.

E assim decidido,
com toda a magia e arte,
transforma-se em passarinho:
bate as asas e parte!
Luísa Pinto (inédito, adaptado), 2012

2 Consegues descobrir qual é a letra proibida (a vogal) neste poema?

3 Escreve uma história usando a regra da letra proibida. Escolhe uma vogal, que será
a tua letra proibida.
Atenção! Há vogais que são mais difíceis, pois são utilizadas em mais palavras.
a) Primeiro, pensa bem na história que vais contar;
tador
b) Depois, decide qual é a vogal proibida que vais escolher; mpu
co
o
a

c) Redige o teu texto usando todas as técnicas de planificação


os
Vam

que já aprendeste. No final, não te esqueças de fazer


a revisão ortográfica e da pontuação.

4 Escreve um texto com duas letras proibidas.


BLOCO 1 Viajar no meu mundo 53

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Observa a imagem e lê o título do poema.


Já alguma vez refletiste sobre o local onde dormem os pássaros?
Preocupas-te com eles quando chove ou está muito vento?
Sabes o que algumas espécies de pássaros fazem para fugir do frio?

Boa noite, passarinho


— Boa noite, passarinho,
onde é que tu vais dormir?
— Vou dormir num ramo verde
com o luar a luzir.

— Boa noite, passarinho,


onde é que tu vais sonhar?
— Vou sonhar no bosque verde
tão verde à luz do luar.

— Boa noite, passarinho,


estás cansado de voar?
— Escondo a cabeça na asa
e já posso descansar.

— Boa noite, passarinho,


não dormes dentro de casa?
— Se eu poiso num ramo verde
e o lençol é minha asa?
Matilde Rosa Araújo,
Mistérios,
Livros Horizonte, 1988

ma
Reescreve a primeira quadra do poe
com os verbos que fizerem sentido
54 no futuro do indicativo.

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3

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Completa o quadro escrevendo uma palavra-chave relativa a cada estrofe do poema.


Repara no exemplo.

1.ª estrofe

2.ª estrofe Sonhar

3.ª estrofe

4.ª estrofe

2 Onde costumava dormir o passarinho do poema?

3 Parece-te que é um pássaro selvagem ou um pássaro de gaiola?


3.1 Sublinha os versos do poema que justificam a tua resposta.

4 Descreve o ambiente em que o passarinho vivia.

5 Reescreve em prosa a estrofe que conta como descansava o passarinho.

6 Parece-te que os pássaros que vivem em gaiolas conseguem sonhar como os que
vivem em liberdade?

7 «— Vou sonhar no bosque verde


tão verde à luz do luar.»
Para sonhar precisamos de dormir?
Justifica a tua resposta.

8 Escolhe quatro rimas do poema


e sublinha-as.
8.1 Constrói um poema com as rimas
que sublinhaste.

9 Lê a obra «Mistérios», de Matilde Rosa Araújo.


9.1 Faz uma apresentação do livro à turma, com a voz bem colocada
e usando um vocabulário simples e adequado.
9.2 Prepara perguntas para fazeres aos teus
colegas depois das suas apresentações. No poema que escreveste,
sublinha os ditongos.

363826 044-061_U3.indd 55 18/03/13 13:03


Boa noite, passarinho

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA Os nomes comuns, comuns coletivos e próprios

1 Lê o texto seguinte e observa as palavras sublinhadas.

ras?
Ainda te lemb
«O João foi ao parque do Gerês e levou um prios
Os nomes pró ,
livro e uns binóculos. O livro era para ler a soas, animais
designam pes
história «O bando de pardais ataca de novo» jetos únicos.
lugares ou ob
ao seu amigo Bernardo, que tinha partido
muns
os óculos, e os binóculos eram para observar Os nomes co
s e objetos.
todos os pássaros que havia naquela floresta.» designam sere

1.1 Completa as frases seguintes.


As palavras «Gerês», «João» e «Bernardo» designam pessoas e lugares
determinados. Por isso, chamam-se nomes .
As palavras , , , , ,
, , e referem-se a membros
que fazem parte de uma espécie. Por isso, chamam-se nomes comuns.

2 Sublinha no poema «Boa noite, passarinho» todos os nomes comuns

ras?
3 Completa a frase seguinte. Ainda te lemb
muns
A palavra «bando» refere-se a um conjunto Os nomes co
nomes
de entidades do mesmo tipo e por isso é um coletivos (ou
ignam
nome comum . coletivos) des
seres ou
conjuntos de
e pertencem
4 Lê os nomes coletivos seguintes e completa de objetos qu
grupo.
as respetivas palavras, de modo a obteres o conjunto a um mesmo
de seres que corresponde a cada um.
bando a magote p
arquipélago i matilha c
cáfila c cardume p
vara p turma a
constelação e frota n
elenco a enxame a
56

363826 044-061_U3.indd 56 18/03/13 13:03


3

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE Os nomes: flexão (variação) em género, número e grau

Copia o diagrama para o caderno e estuda-o. Aprende!


tivo
Os nomes são palavras que podem flexionar (variar) em: O grau diminu
ideia
exprime uma
mas
masculino Ex.: amigo, cão de pequenez,
Género bém
transmite tam
or
feminino Ex.: amiga, cadela afetividade. P
zinha.
exemplo: mãe
singular Ex.: amigo, cão
Número
plural Ex.: amigos, cães
Aprende!
tativo
diminutivo Ex.: amiguinho, cãozinho O grau aumen
ideia
exprime uma
mas
Grau normal Ex.: amigo, cão de grandeza,
bém
transmite tam
agrado.
aumentativo Ex.: amigão, canzarrão a ideia de des
Por exemplo:
carantonha.
APLICA

1 Completa o quadro seguinte.

Nome Plural Feminino

professor

ator

embaixador

padeiro

2 Escreve as palavras seguintes no grau aumentativo e no grau diminutivo.

mão pássaro boca trabalho rapaz


nariz cabeça mulher casa rapariga

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 57

363826 044-061_U3.indd 57 18/03/13 13:03


ANTES DE LER… vamos conversar O texto informativo

1 O que sabes sobre o tema a que se refere o título do texto?


2 Já ouviste falar em epidemias? Sabes o que são?
3 Sabes o nome de algumas doenças epidémicas que ainda
afetam muitos povos?
Vocabulário
o as
Copia do text
desconheces
palavras que
A peste negra e procura o s
eu
dicionário.
significado no
No reinado de D. Afonso IV, Portugal sofreu
1

a maior calamidade do século: a peste negra.


2 A peste negra foi uma epidemia terrível que se espalhou pela

Europa e matou entre metade e dois terços


da população. Ninguém sabia ao certo como se transmitia
nem conhecia tratamentos eficazes. […]. Qualquer pessoa podia
apanhar peste, independentemente da idade, do sexo, da raça. […]
3 Os cientistas atuais […] sabem que a peste negra é provocada

por uma bactéria a que deram o nome de Pasteurella pestis.


Essa bactéria vivia no estômago ou no sistema circulatório
da pulga. A pulga alojava-se no pelo dos roedores, com preferência
pelas ratazanas pretas. A doença transmitia-se ao ser humano
pela mordedura das pulgas.
4 Naquele tempo, como a medicina estava pouco desenvolvida,

as pessoas pensavam que a peste era um castigo enviado por


Deus. Para terminar com o flagelo, os padres aconselhavam que
se rezasse muito e que as pessoas se arrependessem dos pecados.
Além disso, os cristãos tentavam proteger-se usando imagens
e relíquias de santos. […]
5 Os médicos, que tinham o nome de físicos, procuravam

explicações mais racionais para a doença mas nunca descobriram


que a origem estava nas pulgas dos ratos. […]
6 Em Portugal, a família do rei escapou à peste negra. A única

que contraiu a doença foi a princesa Leonor, que tinha casado


com o rei de Aragão. Faleceu em Exerica.
José Mattoso, Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada,
No Reino de Portugal, História de Portugal (Volume II),
Editorial Caminho, 1994 (adaptado com supressões)

58

363826 044-061_U3.indd 58 18/03/13 13:03


3

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Depois de leres as informações sobre os autores e o nome da obra,


explica que tipo de texto é este.

2 Investiga em que século reinou D. Afonso IV.

3 O que foi a peste negra? Pesquisa consultando livros


ou a Internet para saberes porque ficou assim conhecida.

4 Por que razão as pessoas daquela época tinham muito medo


de adoecer com a peste negra?

5 Qual era o animal que transmitia a doença?


5.1 O que transmitia ele aos seres humanos que fazia com que
estes adoecessem?

6 Procura informação sobre o que é uma bactéria.


6.1 Que instrumento é preciso para observar uma bactéria?
6.2 Naquele tempo já existiria tal instrumento?

7 Comprendes agora por que razão na Idade Média, a época da peste negra, nem
mesmo os médicos (físicos) poderiam chegar à conclusão de que a doença se devia
à transmissão da Pasteurella pestis? Justifica a tua resposta.

8 Corrige as frases seguintes de acordo com o texto.


A. «A medicina era uma ciência muito desenvolvida, à época.»
B. «Os padres aconselharam as pessoas a manterem-se em casa.»
C. «Em Portugal, toda a família real morreu com peste negra.»
D. «A neta de D. Afonso casou com o rei de Espanha.»

9 Parece-te que as condições de higiene, nessa época, facilitaram que a doença


se espalhasse por toda a Europa? Porquê?

10 Escreve uma história que se passe na Idade Média.


Investiga sobre os costumes e usos dessa época,
para que o teu texto tenha sentido. Circunda no texto os nomes com
inicial maiúscula e explica, em
Planifica o teu texto aplicando o que aprendeste cada caso, por que razão
sobre elementos e estruturas da narrativa. começam com letra maiúscula.
Como se chamam estes nomes?

363826 044-061_U3.indd 59 18/03/13 13:03


ANTES DE LER… vamos conversar O resumo

1 Sabes o que é um resumo?


2 Em que situações já tiveste de fazer um resumo? Aprende!
um
Um resumo é
senta
texto que apre
as ideias e os
ais
PLANIFICA factos princip
xto
de um outro te
1 Ler primeiro o texto para compreender o seu sentido global. mais longo,
zida e
de forma redu
rdem.
2 Fazer uma nova leitura para sublinhar as ideias e os factos pela mesma o
mais importantes.

3 Escrever uma frase-síntese de cada parágrafo.


Aprende!
tese
AGORA ESCREVE... Uma frase-sín
ue
é uma frase q
tido
1 Prepara o resumo do texto «A peste negra» cumprindo resume o sen
fo
as etapas que estão registadas no quadro seguinte, de um parágra
eia.
que vais preencher. ou de uma id

Preparação do resumo

Fazer a leitura global do texto.


Fazer uma nova leitura para sublinhar as ideias principais.

Escrever uma frase-síntese para cada parágrafo.

Parágrafo 1:

60

363826 044-061_U3.indd 60 18/03/13 13:03


3

Unidade
2 Prepara-te para fazeres o resumo do texto a partir das frases-síntese,
cumprindo as seguintes regras:
a) Construir bem as frases;
b) Utilizar uma linguagem clara e concisa;
c) Incluir apenas o essencial;
d) Não utilizar o diálogo;
e) Não transcrever frases do texto original;
f) Não repetir ideias;
g) Assegurar-se de que o tamanho do resumo não excede metade
ou uma terça parte do texto original.

3 Começa por fazer um rascunho do teu resumo. Depois, verifica se o resumo


cumpre as regras que aprendeste.
a) O resumo contém as ideias principais do texto?
b) Respeitaste as ideias do autor?
c) Evitaste pormenores que não são necessários?
d) Depois de leres o rascunho do resumo, pareceu-te que estava
de acordo com o texto?

4 Lê o texto seguinte e desenvolve a história aumentando o número de


acontecimentos e descrevendo-os com mais pormenores. Podes também
acrescentar mais personagens e caracterizá-las.

O menino transparente
Era uma vez um menino transparente. Como ninguém conseguia
vê-lo, era muito perigoso, para ele, sair à rua.
Por outro lado, podia divertir-se, no seu prédio, a fazer cócegas
e outras partidas marotas aos seus vizinhos.
Um dia, …
Luísa Pinto (inédito, adaptado)

4.1 Escreve a tua história no computador e ilustra-a.


BLOCO 1 Viajar no meu mundo 61

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4
Unidade

Com os outros

62

363826 062-081_U4.indd 62 18/03/13 13:04


OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Que época do ano está retratada nesta imagem?


Dialoga com os teus colegas e com o teu professor sobre
o que vês na imagem, registando no caderno:
Quais são as cores mais utilizadas e qual é razão da sua
utilização?
O que estão as pessoas a fazer?

2 Que outro nome é possível dar à noite de Natal?

3 Em que mês e em que estação do ano se festeja o Natal?

4 Como sabes, no Natal, é habitual trocarmos presentes.


Qual foi o presente de Natal de que mais gostaste?
Aponta, no caderno, as suas características principais
(cor, forma e tamanho, por exemplo) e depois descreve-o
aos teus colegas;
Expõe com clareza as razões que te levam a preferir este
presente.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 63

363826 062-081_U4.indd 63 18/03/13 13:04


ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo

1 Lê o título do texto. Imaginas o que se passará em casa do Pai Natal


na véspera de Natal?
2 E em tua casa? Também se festeja o Natal? Se sim, conta aos teus colegas
como são os preparativos da festa de Natal (com quem passas a consoada,
o que costumam comer, a que horas abrem os presentes, …).

Vocabulário
Em casa do Pai Natal Procura
no dicionário
Nem quatro dias faltam para o Natal. o significado
— E tanto que fazer ainda — suspira a Rodolfa. das palavras
azul.
Está no armazém, rodeada por torres de livros, destacadas a
montanhas de bicicletas, bonecas em pirâmides, caixas
de jogos encasteladas.
— Nem quatro dias! Três e meio. E o Pai Natal, em vez de
ler as cartas e apartar os presentes, põe-se a ver televisão e a jogar
jogos no computador e a dormir sonecas. Há tempo, diz ele.
O Pai Natal aparece à porta do armazém.
— O que é que tu estás para aí a resmungar Rudi? —
pergunta, a abotoar o seu bonito casacão vermelho.
— Nada, nada! Vai sair, Pai Natal?
— Então não te lembras? Não me digas que te esqueceste
da festa de Natal dos Correios! Onde andas com essa cabeça?
— Festa de Natal? Tinha-me esquecido. Mas não posso ir.
— É pena. É o que dá deixar tudo para as últimas.
A Rodolfa engole em seco e até se engasga com a indignação.
— Glup, glup. Pai Natal! Pai Natal!
— Rudi, o teu problema — diz o Pai Natal — é que te
preocupas demasiado. Põe os olhos em mim.
A Rodolfa tira os óculos e fixa um olhar de rena
injustiçada no Pai Natal.
— E os presentes? — diz ela. — Sim, e as entregas
na noite de 24 de dezembro?

64

363826 062-081_U4.indd 64 18/03/13 13:05


4

Unidade
s ler
amo
V
— Segue o meu exemplo e não te preocupes — diz
o Pai Natal […].
Faltam quatro minutos e vinte e cinco segundos
para a partida dos trenós com as prendas.
Todos os trenós da frota da empresa Pai Natal e Cia
Ilimitada estão estacionados à porta do número 25 na Alameda
das Prendinhas. As renas, enfeitadas com colares de azevinho
e sinos dourados, e já a postos, tagarelam. […]
— Tudo a postos? — diz o Pai Natal, aparecendo à porta […].
— Tudo a postos — diz a Rodolfa.
O Pai Natal sobe para o primeiro trenó, senta-se, pega nas
rédeas e vai para dizer: «Avancemos», quando o trenó do carteiro
trava de repente ao seu lado.
— Pai Natal! Pai Natal! Correio de última hora! […]
Olha de relance para a assinatura: Rena Rodolfa do Polo
Norte. E então é que ri! Ri tanto, tanto, tanto, que tomba
do trenó e se rebola pela neve. […]
Depois levanta-se, sacode a roupa e pisca o olho ao
carteiro. Ambos olham para a Rodolfa, que tem o nariz ainda
mais vermelho do que é costume, e riem, riem, riem. […]
— Tudo a postos? — volta a perguntar o Pai Natal.
— Tudo a postos! — responde a rena Rodolfa, ainda um
pouco embaraçada, mas já com o seu presente pendurado
nas hastes.
Os sinos das renas badalam, ouve-se uma canção festiva
e as risadas do Pai Natal fazem estremecer as vidraças
das casas a toda a volta.
— Ho ho ho ho ho ho! A caminho! — diz ele.
— Ho ho ho ho ho ho! Feliz Natal!
Ana Saldanha,
O Pai Natal preguiçoso e a Rena Rodolfa,
Caminho, 2004 (adaptado com supressões)

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 65

363826 062-081_U4.indd 65 18/03/13 13:05


Em casa do Pai Natal

TRABALHAMOS A LEITURA

1 A época de Natal será uma época de repouso para o Pai Natal


e os seus colaboradores? Justifica a tua resposta.

2 Ordena as frases de 1 a 7 respeitando a sequência


dos acontecimentos na história.
A. A rena Rodolfa sente-se injustiçada pelo Pai Natal.
B. Nem quatro dias faltam para o Natal.
C. As renas partem finalmente com o Pai Natal a desejar
um Feliz Natal a todos.
D. Rodolfa esqueceu-se da festa de Natal dos Correios.
E. O carteiro entrega ao Pai Natal uma carta de última hora.
F. Rodolfa está no armazém muito atarefada.
G. O Pai Natal rebola de tanto rir.

3 Assinala com uma a opção correta de acordo com o texto.


«Prendinhas» é o nome…
A. … de uma rena. C. … de uma menina.
B. … de um cão. D. … de uma rua.

4 Parece-te que o Pai Natal está muito ansioso com a aproximação do dia de Natal?
Justifica a tua resposta com frases do texto.

5 De acordo com o texto, assinala com uma as afirmações verdadeiras.


A história passa-se…
A. … na praia.
B. … entre os dias 21 e 24
de dezembro.
C. … em casa da rena Rodolfa.
D. … no n.º 25 da Alameda
das Prendinhas.
E. … no inverno.
Quais são as onomatopeias que
F. … no dia 25 de dezembro. encontras no texto «Em casa
do Pai Natal»? Circunda-as.
G. … em casa do Pai Natal.
Cria outras para a rena e para
os sinos das renas.
66

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4

Unidade
6 O Pai Natal morava na «Alameda das Prendinhas, n.º 25».
Parece-te que o nome da alameda e o número
da porta têm algum significado? Explica qual.

7 Por que razão a Rodolfa se sentiu injustiçada pelo Pai Natal?

8 O que fez o Pai Natal rir tanto ao ponto de cair do trenó?

9 Porque será que tal situação provocou um ataque de riso ao Pai Natal?

10 Consideras que a Rodolfa é egoísta? Justifica a tua resposta.

11 Imagina que a Rodolfa se esquecia de entregar a sua carta ao Pai Natal.


Acreditarias que, se assim fosse, ela ficaria mesmo sem presente? Porquê?

12 De que forma nos diz a autora do texto que o Pai Natal ri muito, mesmo muito?

13 Concordas com o título do texto? Porquê?


13.1 Dá-lhe outro título que consideres adequado.

14 Com alguns colegas, pesquisa na Internet e em livros e faz um «roteiro


gastronómico» dos pratos típicos da época de Natal das diferentes regiões do País.
14.1 Alarguem a pesquisa a outros países onde se comemore esta festa religiosa.

15 Vai à biblioteca da tua escola e procura, pelo menos, três histórias de Natal.
De cada uma delas, retira algumas(uns)…
a) … personagens. b) … lugares. c) … acontecimentos.
15.1 Agora, «mistura» tudo e inventa uma nova história. Lê-a aos teus colegas.

s
Vamo fazer

om
pr e e n de O altruísmo
c
Ouve e

O altruísmo é a capacidade de nos dedicarmos aos outros sem


esperarmos uma recompensa.
1. Com a colaboração do teu professor, dos teus colegas e da família,
organiza um debate sobre a importância do altruísmo hoje, em Portugal.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 67

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Em casa do Pai Natal

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Preenche o quadro seguinte com palavras que usarias para fazeres uma
apresentação oral sobre o Natal.

Nomes Verbos Adjetivos

presépio, dar, frio,

2 Completa as frases com as expressões do quadro.


A. A Sofia a dançar é . uma pena

B. O réu foi condenado a uma dura . pena

C. Achas que dele resolve alguma coisa? vale a pena

D. Não ir lá agora. sob pena

E. A do pavão é linda. pena

F. Vou na mesma, de não entrar. ter pena

3 Completa os quadros seguintes com sinónimos retirados do texto


«Em casa do Pai Natal».

prendas cai

rabujar chifres

recordas vidros

4 Completa os quadros seguintes com antónimos retirados Ainda te


do texto «Em casa do Pai Natal». lembras?
Sinónimos
responde lembrado são palavras
dos
com significa
deita-se primeiras
semelhantes.
último chegada Antónimos
são palavras
dos
com significa
opostos.
68

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4

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA br, gr, pr, tr, vr, …


ua
Um trava-líng
1 Lê em voz alta e repete três vezes estes trava-línguas. al
é um jogo verb
nta dizer
em que se te
Três pratos de trigo para três tigres tristes. rias
com rapidez vá
muitas
palavras com
is de
Bagre branco, branco bagre. sílabas difíce
u com
pronunciar, o
das com
sílabas forma
ons, por
2 Treina em grupo a leitura deste outro trava-língua. os mesmos s
iferente.
uma ordem d
Está o céu estrelado?
Quem o estrelaria?
Quem o estrelou,
grande estrelador seria.
ras?
Ainda te lemb
sonânticos
3 Copia do texto da página 64 as palavras com Os grupos con
consoantes
grupos consonânticos: br, gr, pr, tr, vr, … são grupos de
nhuma vogal
juntas sem ne
4 Agora, escreve um trava-língua com algumas pelo meio.
dessas palavras que copiaste.

5 Completa as palavras com grupos consonânticos.


imo imeiro la ar io
ente abalho con a io
ente mos ar ilus ação i eja
azer ão co e pala a

6 Completa o quadro com mais palavras.

pre prenda,
per perceber,
fra frango,
far farto,
dra Drácula,
dar guardar,

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 69

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Em casa do Pai Natal

TRABALHAMOS A ESCRITA Escrever uma história a partir de uma notícia

PLANIFICA

1 Lê com atenção o texto seguinte.

Um Natal diferente em Vila Viva


Em Vila Viva, este Natal ficou marcado por uma grandiosa
campanha de solidariedade, promovida por uma associação local.
Após uma recolha de donativos, a que toda a população aderiu, esta
associação organizou uma gigantesca ceia de Natal e uma distribuição
de brinquedos destinadas aos mais pobres.

2 Que tipo de texto acabaste de ler?

3 Responde às questões do quadro com informações do texto. Repara que


as perguntas são aquelas a que todas as notícias devem responder.

O quê?

Quem?

Quando?

Onde?

Como?

Porquê?

AGORA ESCREVE...

1 Observa a imagem para, a partir dela, escreveres


uma notícia.
1.1 Faz a planificação da notícia, copiando para o caderno
o quadro acima apresentado e preenchendo-o
de acordo com a informação que recolheste
na observação da imagem.

70

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4

Unidade
2 Transforma a notícia que leste na página anterior numa história. Imagina tudo o que
ela não diz, seguindo as várias etapas de planificação, que se apresentam de seguida.
1.ª Preenche o quadro seguinte, que te auxiliará na planificação da introdução
do teu texto.

Características físicas
Personagem
principal Características
psicológicas

Características físicas
Personagens
secundárias Características
psicológicas

Espaço

Tempo

2.ª Agora, planifica a estrutura do teu texto preenchendo o quadro seguinte.

Introdução Situação inicial Ainda


te lembras?
Desenvolvimento Os vários e
Recorda o qu
(enredo) episódios
é a estrutura
Situação final de um texto
Conclusão
ou desenlace narrativo
.
na página 14

3.ª Faz um rascunho do texto. Assim poderás alterar ou melhorar


algum aspeto depois de fazeres uma leitura atenta.
4.ª Depois, passa o texto «a limpo» no teu caderno ou corrige-o no computador.
5.ª Planifica a ilustração do texto que escreveste, respondendo às questões:
a) A ilustração mostrará uma imagem de conjunto ou um pormenor de uma cena?
b) Vais desenhar todas as personagens ou apenas algumas?
c) A imagem reproduzirá uma cena especial da história ou o espaço onde
se passa a maior parte da ação?
d) Precisas de alguma informação para desenhares a ilustração? Qual?
e) Que cor dominante vais utilizar na ilustração?
BLOCO 1 Viajar no meu mundo 71

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto ?

1 Que tipo de texto será este? Como sabes?


2 Observa a imagem. És capaz de identificar esta personagem? Justifica.

Vocabulário
ionário
Procura no dic
História antiga os vários sign
ificados
stacada
Era uma vez, lá na Judeia, um rei. da palavra de
a azul.
Feio bicho, de resto: ificados
Qual dos sign
Uma cara de burro sem cabresto se adapta me
lhor
E duas grandes tranças o?
à frase do text
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia
Porque um dia,
O malvado, só por ter o poder de quem é rei,
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu,
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no Inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
ler
re Miguel Torga,
s
o

Antologia poética,
Vam

Edição do autor, 1981

72

363826 062-081_U4.indd 72 18/03/13 13:05


4

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Onde e quando se passa esta história?

2 O poeta descreve o rei como sendo feio.


Mas o que o tornava verdadeiramente assustador?

3 O que leva o poeta a dizer que o rei não tinha coração?

4 Segundo o poeta, o rei tinha alguma razão importante


para mandar matar as crianças? Explica a tua resposta.

5 Que animal foi utilizado na fuga para salvar o menino?

6 Relê com atenção o excerto do poema destacado a vermelho


e assinala com uma a opção correta.
O burrinho fugiu para…
A. … um caminho velho. C. … uma estrada secundária.
B. … o deserto. D. … uma praia.

7 Escreve verdadeiro (V) ou falso (F) à frente de cada afirmação, de acordo


com o poema.
Ao referir-se a «Esse palmo de sonho», o autor refere-se…
A. … à casa nova que quer comprar. C. … a um menino pequenino.
B. … a uma praia paradisíaca. D. … a um oásis no deserto.

8 Já ouviste falar do menino a que se refere o poema? Como se chama?

9 A quem pertenciam «aquelas mãos de sangue»?


O que significa esta expressão?

10 Porque será que o poeta deu ao poema aquele título? Atenção!


Estrutura
11 Dá um novo título ao texto.
o teu poema
em estrofes
12 Escreve sete adjetivos que estejam relacionados com
e procura que
o significado que o Natal tem.
os versos
12.1 Escreve um poema sobre o Natal em que uses rimem.
esses adjetivos, para o enviares a um amigo,
num cartão de Boas Festas.
BLOCO 1 Viajar no meu mundo 73

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História antiga

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA Os determinantes

1 Relê o texto «História antiga» e completa as expressões abaixo


com as palavras que estão antes dos nomes.
ras?
rei dia Ainda te lemb
s são
gente palmo Determinante
vêm
pequenito mundo palavras que
antes
quase sempre
malandro mãos e ajudam
do nome e qu
a que
casa trenó a determinar
rimos.
nome nos refe
2 Completa o quadro seguinte.

definidos o,
Os Artigos
determinantes indefinidos um,
podem pertencer
a diferentes possessivos meu,
subclasses Determinantes
demonstrativos este,

3 Completa o texto seguinte com os determinantes apropriados.

Natal vai ser Natal especial. Os avós, que há


tanto tempo não vejo, vêm passar dias connosco.
Gosto tanto dos avós!
Eles são velhinhos tão queridos! Contam-me histórias
maravilhosas e brincam muito comigo.
avó ensina a mãe a fazer bolos maravilhosos.

4 Reescreve o texto mas substituindo alguns determinantes que escreveste


por outros que também se adaptem ao texto.

74

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4

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA

ras?
1 Lê as frases seguintes. Ainda te lemb
dores
A. Eu recebi três chocolates. Os quantifica
am a
numerais indic
B. O meu irmão recebeu o dobro dos chocolates s elementos
quantidade do
que eu recebi. nados
que são desig
podem ser:
C. Dei um terço dos meus chocolates à minha pelos nomes e
ltiplicativos
prima Luísa. cardinais, mu
s.
1.1 Completa a frase. ou fracionário

As palavras destacadas no texto acima, ,


e , designam-se por quantificadores numerais, porque
.

2 Completa o quadro que se segue.

Quantificadores numerais

Cardinais Multiplicativos Fracionários

Três (3) Triplo (x3) Um terço (1/3)

Quádruplo (x4)

Seis (6)

Um décimo (1/10)

3 Observa as imagens. Completa as frases com numerais.

A B C

O saco vermelho tem


da piza está dos chocolates A árvore de Natal
pintado. do saco azul. tem bolas.

BLOCO 1 Viajar no meu mundo 75

363826 062-081_U4.indd 75 18/03/13 13:05


ANTES DE LER… vamos conversar A Internet

1 Costumas recorrer à Internet?


2 Quais são as razões principais que te levam
a utilizar esta ferramenta de informação?
ras?
Ainda te lemb
as
Quando precis
de pesquisar
bre
PLANIFICA informação so
a, um
qualquer tem
acessível
1 Antes de iniciares uma pesquisa em qualquer recurso fácil,
ue
motor de busca da Internet, há algumas e rápido de q
ternet.
considerações e informações úteis que poderão dispões é a In
facilitar a tua pesquisa:

1.º Deverás saber qual é o objetivo da tua pesquisa (o que pretendes saber).
2.º Procura uma palavra-chave ou uma expressão que num motor de busca da
Internet te permita aceder aos sites que contêm a informação que te interessa.

2 Um dos problemas com que se deparam os internautas é o excesso


de informação, havendo páginas que não têm interesse
e outras que não respondem ao pretendido. Assim:
Atenção!
uma
1.º Ler primeiro os textos de entrada dos sites é uma A Wikipédia é
a que
boa maneira de saberes que tipo de informação enciclopédia
vés
disponibilizam e qual é a que te pode ser útil. se acede atra
omo é
da Internet. C
2.º Deverás ainda assegurar-te de que os sites de onde conjunto
construída em
retiraste a informação são fiáveis (poderás pedir itores,
pelos seus le
a colaboração do teu professor ou de outro adulto). o pode
o seu conteúd
Poderás ir à página inicial verificar a que instituições
não ser fiável.
pertencem essas páginas e se tais instituições são
de confiança.
3.º Toda a informação recolhida deve ser selecionada de forma a que
seja possível distinguir a informação essencial daquela que não é tão
importante.

Atenção! A informação importante que recolheres deve ser reescrita com


palavras tuas para poder ser usada nos teus trabalhos.

76

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4

Unidade
AGORA PESQUISA...

1 De acordo com as indicações da página anterior, faz uma pesquisa na Internet


sobre o escritor Miguel Torga e completa o quadro seguinte.
Pesquisa…
a) … informações sobre a sua biografia.
b) … informações sobre a sua obra poética.
c) … fotografias suas.
d) … informações sobre os prémios literários que recebeu.

Sites
Informação obtida
visitados

www

www

www

www

www

2 Com a informação que recolheste, prepara um trabalho sobre Miguel Torga para
apresentares oralmente aos teus colegas.
Recorre às novas tecnologias de informação (PowerPoint, por exemplo).
Pede ajuda ao teu professor.
BLOCO 1 Viajar no meu mundo 77

363826 062-081_U4.indd 77 18/03/13 13:05


AL
FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTR
1.º Período

1 Lê o texto com atenção, pelo menos duas vezes.

Sou um pinheiro vulgar


Sou um pinheiro vulgar. Ora, estava eu dormindo,
em pé, muito regalado da vida, lá na minha terra, quando
me foram acordar. Olharam para mim e exclamaram:
— Este é bom! É mesmo bom!
Fiquei vaidosíssimo. Estavam a dizer que eu era bom.
Que era bom, já eu sabia de cor e salteado, mas que
o afirmassem assim tão alto e bom som era coisa de causar
admiração.
Vai daí, começaram a bater-me com um machado
pequeno e teimoso que se fartava! Cada golpe que ele
me dava arrancava-me um pedacinho de força.
«Não há de ser nada» — pensei eu, tentando agarrar-me
mais e mais à terra que sentia fugir-me debaixo das raízes.
Quando percebi que flutuava no ar, soube que não ia viver
por mais tempo naquele sítio. E não me enganava.
Trouxeram-me para aqui e enfeitaram-me com mil
e um presentes: bolas brilhantes, fitas de cores,
levíssimos bonecos que baloiçam nas minhas agulhas
verdes de pinheiro vulgar.
Iluminaram-me e todos olham para mim com
um estranho ar de festa, de alegria.
Onde vim parar? Porque me admiram assim tanto?
Onde está o mistério?
Serei eu, afinal de contas, não um pinheiro
vulgar, mas um pinheiro diferente dos meus irmãos
e amigos que ficaram lá longe, dormindo em pé,
sossegadinhos no pinhal onde eu nasci?
Maria Alberta Menéres,
O livro do Natal, Edições Asa, 2002

78

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LEITURA

1 Onde vivia o pinheiro antes de ter sido «acordado»?

2 Quem o acordou e como?

3 Por que razão aquele pinheiro foi o escolhido?

4 O que será um bom pinheiro de Natal?

5 Elabora as perguntas para as respostas seguintes.


P.:
R.: Porque estavam a dizer que ele era bom.
P.:
R.: Transformaram-no num pinheiro de festa.

6 Quando é que o pinheiro sentiu que lhe faltavam as forças?


6.1 O que fez para contrariar a ação do machado?

7 Circunda no quadro seguinte os nomes dos objetos com que enfeitaram o pinheiro.

bolas luzes fitas brinquedos


chocolates laços bonecos pinhas

8 Achas que o pinheiro entende as razões por que o olham de modo especial?
Justifica a tua resposta com frases do texto.

9 «O pinheiro estava cheio de dúvidas.» Justifica esta afirmação.

10 Escreve cinco frases-síntese que contenham as ideias principais do texto.

11 Imagina que podes falar com este pinheiro. O que responderias à sua última pergunta?

FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL 1.º Período 79

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VOCABULÁRIO

1 Escreve duas frases em que a palavra «pé» tenha sentidos diferentes.

2 Procura no texto e copia as palavras antónimas das seguintes.

raro pesadíssimos adormecer

3 Copia do texto palavras sinónimas das seguintes.

deliciado enigma prendas

4 Forma a família e o campo lexical da palavra «Natal».

5 Explica por palavras tuas o significado das expressões:


«Sabia de cor e salteado.» e «Dizia alto e bom som.»

6 Como se chamam as palavras que têm o mesmo som, mas que se escrevem
de forma diferente? Dá um exemplo.

ORTOGRAFIA

1 Procura no texto da página 78 cinco palavras com o som z, colocando-as nos


espaços abaixo.

2 Copia do texto duas palavras em que o som g = j.

3 Completa as seguintes palavras com g ou com gu.

vul ar re alado olpe a arra a ardar elo


ami o fo eira ardar a lha lon e a ente

4 Por que razão as palavras «pedacinho», «percebi» e «nasci» têm um c com o som de s?

5 Na frase seguinte, as palavras destacadas a negrito são homónimas ou homógrafas?


«Eu estive presente e recebi um presente.»
80

363826 062-081_U4.indd 80 18/03/13 13:05


GRAMÁTICA

1 Escreve por ordem alfabética as palavras da primeira frase do texto.

2 Explica o uso de aspas na frase: «Não há de ser nada» — pensei eu.

3 Pontua a seguinte frase: Luís vai buscar as fitas para o pinheiro pediu o pai

4 Coloca os acentos e os auxiliares de escrita necessários nas palavras da frase


seguinte:
«O presepio e uma tradiçao do Natal e que esta presente em muitas habitaçoes.»

5 Classifica quanto à acentuação e quanto ao número de sílabas as palavras que


acabaste de acentuar.

6 Completa as frases seguintes:


A. As palavras «pinheiro», «bonecos» e «irmãos» são nomes comuns porque
.
B. A palavra «pinhal» é um nome porque
.

7 Copia o último parágrafo do texto escrevendo os nomes no grau diminutivo.

ESCRITA

1 Escolhe uma das hipóteses.


Hipótese 1
Escreve um texto narrativo em que o narrador seja o pinheiro e conte uma aventura
a que ele tenha assistido naquele Natal, debaixo dos seus ramos.
Atenção! Não te esqueças de aplicar o que aprendeste sobre a estrutura
e os elementos de uma narrativa.
Hipótese 2
Escreve dois poemas sobre o Natal: um com uma letra proibida e outro com
uma letra obrigatória.

IMAGEM

1 Ilustra o texto (ou textos) que escreveste.


FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL 1.º Período 81

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5
Unidade

Queridos animais

82

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Dialoga com os teus colegas e com o teu professor sobre


o que vês na imagem, registando no caderno o que se pode
observar num primeiro plano; depois, o que se pode ver num
segundo plano.

2 Que animais podes observar na imagem?

3 Por que razão se constroem espaços para manter


os animais em cativeiro?

4 Fecha o livro e responde às questões:


Quantos adultos estão na imagem?
Quantas crianças usam óculos?
O que tem a professora na mão?
Que grupo de animais está representado na imagem?

5 Os alunos transportam alguns objetos. Justifica e regista


no caderno a importância de cada um na visita de estudo
e dialoga com os teus colegas e professores sobre este
assunto.

6 Que regras devem ser cumpridas durante uma visita


de estudo? Regista-as no teu caderno.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 83

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto dramático

1 Gostas de ir ao teatro? Conta aos teus colegas e professor a história


de uma peça de teatro a que tenhas assistido.

História de um papagaio
PERSONAGENS: Apresentador. Coro. Emigrante.
Grande Lavrador. Vários figurantes na feira da vila.
ADEREÇOS: O papagaio colado num pau pode ser recortado
em cartão, pintado e enfeitado com penas de galinha pintadas.
(Vem o Apresentador, solene, e escreve num painel ou quadro
da história.)
CORO (Pausadamente.): Do Brasil regressou à sua terra um
pobre emigrante. Como única riqueza trazia um papagaio…
(Aparece o Emigrante com uma mala e outros embrulhos.
Empoleirado numa vara, o papagaio.)
CORO: […] O homem tinha ensinado o papagaio a dizer:
PAPAGAIO: Não há dúvida! Não há dúvida!
CORO: Um dia o homem resolveu vender o papagaio.
Foi à feira da vila.
(O Apresentador desenha no quadro alguns
apontamentos da feira […].)
EMIGRANTE (Apregoando.): Quem quer comprar um
papagaio? Quem quer? Tenho aqui um papagaio fenomenal,
o mais inteligente de todos os papagaios. Duzentos mil
escudos por um papagaio! Só duzentos mil escudos e leva
um papagaio que fala como nenhum outro. Quem quer? […]
(O Emigrante passa por um grupo de homens que o olham
intrigados. Destaca-se um Grande Lavrador, com ar arrogante.
Trocista e armado em espertalhão, o Lavrador dirige-se ao
Emigrante.)
LAVRADOR: Mostra-me lá a tua mercadoria, homenzinho.
(O Emigrante mostra o papagaio, que o Lavrador mira,
fingindo indiferença.)
EMIGRANTE: Este papagaio vale uma fortuna, senhor, mas
eu estou disposto a vendê-lo apenas por duzentos mil escudos.
84

363826 082-101_U5.indd 84 18/03/13 13:06


5

Unidade
LAVRADOR (Risonho.): Duzentos mil
escudos por um papagaio é um descaramento.
[…] Ó louro, tu vales duzentos mil escudos?
PAPAGAIO: Não há dúvida! Não há dúvida!
(Espanto do Lavrador e dos restantes feirantes.)
CORO: E assim o Lavrador comprou o papagaio.
(Ação sem palavras do Lavrador a comprar o papagaio
e do Emigrante a ir-se embora, todo contente.)
CORO: Mas o papagaio em casa do Lavrador nunca
mais voltou a falar.
(O Apresentador, que já apagou do quadro alguns
apontamentos da feira, desenha alguns apontamentos
da casa do Lavrador […]. O Lavrador, impaciente,
dá voltas à roda do papagaio.)
LAVRADOR (Ameaçando o papagaio.): Falas ou não
falas, idiota?
(Silêncio.)
LAVRADOR: Não vales um pataco e nem sequer
para a panela serves, porcaria de bicho!
(Silêncio.)
LAVRADOR: Fala! Diz qualquer coisa, nem que seja
uma parvoíce!
(Silêncio.)
LAVRADOR: Tempo perdido. Dinheiro perdido!
Ah, que burro, que burro que eu fui em ter gasto o que
gastei, por causa de um papagaio. Que burro que eu fui!
PAPAGAIO: Não há dúvida! Não há dúvida!
CORO (Fazendo eco.): Não há dúvida!
(O Apresentador agarra no pau onde está
o papagaio e foge com ele, enquanto o Lavrador corre
atrás, ameaçando […].)
António Torrado, Teatro às três pancadas,
Livraria Civilização Editora, 2003
(texto com supressões)

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 85

363826 082-101_U5.indd 85 18/03/13 13:06


História de um papagaio

TRABALHAMOS A LEITURA

1 O texto inicia-se com a enumeração das personagens.


Quem são?
1.1 Consegues saber quantas são? Porquê?

2 Preenche o quadro com as informações do texto sobre


a primeira personagem apresentada.

Nome

País de origem

País de onde regressou

Animal que o acompanhava

O que ensinou ao animal

O que transportava além


do animal

2.1 Por que razão o Emigrante levou o papagaio à feira?


2.2 Aponta duas possíveis razões para o Emigrante querer vender o papagaio.

3 Nesta altura, entra em cena uma terceira personagem. Preenche o quadro com
as informações do texto sobre ela.

Nome

Características psicológicas

3.1 Como é que ele reagiu ao preço pelo qual o Emigrante ati
zar
m
queria vender o papagaio? Achou caro ou barato? ra
d
os

3.2 Como chegaste a essa conclusão?


Vam

3.3 Qual é a característica do Lavrador de que menos


gostas? Porquê?

86

363826 082-101_U5.indd 86 18/03/13 13:06


5

Unidade
4 O que causou grande espanto entre os feirantes?
4.1 Achas que tinham razão? Porquê?

5 Que outra frase se poderia ensinar ao papagaio


que tivesse o mesmo efeito?

6 O que convenceu o Lavrador a comprar o papagaio?

7 Porém, quando o Lavrador chegou a casa, aconteceu


algo que provocou a sua ira. O que foi?

8 Explica por palavras tuas a frase do texto:


«Não vales um pataco e nem sequer para a panela serves, porcaria de bicho!»

9 Como se sentiu o Lavrador quando percebeu que tinha sido enganado pelo Emigrante?

10 O que poderia ter tentado fazer para recuperar o seu dinheiro?

11 Achas que o Emigrante foi esperto em ter ensinado aquela frase ao papagaio?
Justifica a tua resposta.

12 Reconta oralmente a história, mas do ponto de vista do papagaio.

13 Tens ou gostarias de ter algum animal de estimação? Imaginando que tens,


escreve num texto de 15 linhas como é a tua relação com ele: o que fazem juntos
e a importância que ele tem para ti.
Não te esqueças de primeiro fazer um rascunho respeitando as regras
de planificação que já conheces. Depois de o corrigires passa-o a limpo.

om
pr e e n de Os direitos dos animais
c
Ouve e

1. Faz uma pesquisa sobre os direitos dos animais. Tenta responder às questões seguintes:
Será que os animais também têm direitos? Os animais de estimação também fazem parte
do «agregado familiar»? Em que devemos pensar antes de adotarmos um animal?
2. Convida um veterinário ou alguém da Associação Protetora dos Animais para ir à tua sala
de aula fazer uma palestra sobre os animais e os seus direitos.
3. Elabora um cartaz sobre os direitos dos animais.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 87

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História de um papagaio

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Explica por palavras tuas o significado das expressões:


A. «Tempo perdido. Dinheiro perdido.»
Palavras ou
B. «Duzentos mil escudos por um papagaio inónimas
expressões s
é um descaramento.» ou
são palavras
ue têm
C. «Que burro, que burro que eu fui.» expressões q
ificado.
o mesmo sign
2 Copia a frase:
«Do Brasil regressou à sua terra um pobre emigrante.»
2.1 Circunda a frase sinónima da palavra
sublinhada na frase anterior.
ras?
Ainda te lemb
A. Homem que saiu do país para trabalhar.
B. Homem que veio para o país para trabalhar. e palavras
Uma família d
C. Homem que vai para outra região u m c o n ju n to de palavras
é
r uma palavra
do mesmo país para trabalhar. constituído po
outras
simples e por
artir dela.
3 Completa com as consoantes em falta formadas a p
as palavras da família de «emigrante».
e i a Deixar o seu país para trabalhar noutro país.
e i a o Aquele que emigrou.
e i a ão Ato de emigrar.
3.1 Escreve três frases em que empregues as palavras que completaste.

4 Completa os esquemas com palavras que caracterizem as personagens do texto.

espertalhão agressivo

Emigrante Lavrador

5 Procura e sublinha no texto sinónimos das seguintes palavras.


Identifica-os com os números respetivos.

1. mercado 2. pateta 3. riqueza 4. fantástico

88

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5

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA an, en, in, on, un, am, em, im, om, um

1 Analisa o quadro seguinte para concluires sobre o uso Ainda te


do m antes de p ou de b. lembras?
Regra: Para
1 lombriga 5 também 9 brincadeira obter um som
nasal antes
2 elefante 6 pensava 10 tempo
de p ou de b
3 embora 7 comprei 11 desenlace tem de se
escrever m.
4 grande 8 andar 12 companheiros

1.1 Completa as frases seguintes.


A. Nas palavras 2-4-6-8-9-11 as vogais são nasaladas com a letra .
B. Nas palavras 1-3-5-7-10-12 as vogais são nasaladas com a letra .
1.2 Qual é a razão para a diferença que descobriste?

2 E no final das palavras? Uma vogal é nasalada com m ou com n?


Completa o quadro com exemplos de ambos os casos.

m (no final das palavras) n (no final das palavras)

jardim, pólen,

3 Completa o quadro com palavras que correspondam ao que se pede.


Atenção: Não podes usar palavras da mesma família.

amp campo, amb ambulância,

emp sempre, emb emblema,

imp limpa, imb imbecil,

omp compras, omb ombro,

ump cumprir, umb chumbo,

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 89

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História de um papagaio

ersar
onv
TRABALHAMOS A ESCRITA A fábula c

os
Vam
PLANIFICA

1 Lê o texto.

O cão e o lobo
Um lobo esfomeado, vendo um cão gordo a comer à porta
de uma quinta, dirigiu-lhe a palavra:
— Como explicas que sendo eu mais forte
e valente é a ti que não te falta a comida?
— É simples, eu guardo o meu dono
e esta quinta e ele dá-me de comer todos
os dias. Se queres cá ficar, eu peço-lhe.
O lobo já ia agradecer a ideia quando
reparou na coleira que o cão tinha à volta
do pescoço. Então perguntou-lhe para que
servia ela e, tendo o cão respondido que
era para o dono o prender à corrente,
despediu-se dizendo:
— Obrigado amigo, mas prefiro estar
magro e ter toda a liberdade.
Fernando Cardoso,
Novíssimas flores para crianças, Portugalmundo Editora, 2008

2 Preenche o quadro para perceberes como foi feita a planificação da fábula


que acabaste de ler.

Localização no tempo

Localização no espaço

Personagens — caracterização
física e psicológica

Defeitos ou qualidades das personagens

Moral da história

Justifica a moral da história

90

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5

Unidade
3 O texto «O cão e o lobo» é uma fábula. Lê o quadro seguinte, que te ajudará
a perceber melhor as características de uma fábula.

Características de uma fábula


— Uma fábula é uma história em que a ação é orientada por uma lição
de moral;
— As personagens são animais ou objetos que pensam, sentem
e agem como pessoas;
— Geralmente, põe em destaque os defeitos e as qualidades dos
seres humanos;
— Termina com a lição de moral.

AGORA ESCREVE...

1 Escreve uma fábula cumprindo as regras de planificação de texto que aprendeste.


Inicia o teu trabalho preenchendo o quadro seguinte.

Localização no tempo

Localização no espaço

Personagens — caracterização
física e psicológica

Defeitos ou qualidades das personagens

Moral da história

Justifica a moral da história

2 Imagina que a fábula que escreveste vai ser publicada num livro de fábulas.
Faz a capa desse livro.
Não te esqueças de que a capa tem de ter uma ilustração apelativa, o título
da obra, o nome do autor e do ilustrador e o nome da editora que o publica.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 91

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Lê o título do poema.
Alguma vez viste os pescadores que chegam do mar com o peixe que
capturam? Descreve o que viste e em especial como estavam os peixes.
Estavam «risonhos»?
2 Observa a imagem. Está adequada ao título? Porquê?

O peixe risonho
Três meninos vão ao mar Por fim, vem o dia
(ora vejam que tolice!) que o peixe pescado
com desejos de pescar sorria.
um peixe que lhes sorrisse. E logo é puxado
com toda a energia,
Um peixe pescaram pelos três
(tão gordo, assim, não havia!) à porfia.
e ao mar o deitaram,
pois não lhes sorria. Chegado ao convés,
ao ver-se de papão pró Sol,
Um peixe pescaram que feia careta o peixe lhes fez!
(tinha o rabo como a enguia!) E, sem hesitar,
e ao mar o deitaram, escapa ao anzol,
pois não lhes sorria. mergulha no mar!
Um peixe pescaram Era uma vez
(grandes olhos, grandes dentes três pescadores a chorar!
e barbatanas valentes)
António Couto Viana,
e ao mar o deitaram, Versos de Cacaracá,
pois não lhes sorria. Litexa Portugal, 1984

Um peixe pescaram
que tinha o focinho
em forma de espeto, de espada, de espinho,
que a todos feria:
e ao mar o deitaram,
pois não lhes sorria.

92

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5

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Qual era a característica que o peixe teria de ter para agradar aos meninos?
1.1 Parece-te que o autor tem alguma razão quando afirma:
«Ora vejam que tolice!»?
1.2 Justifica a tua resposta.

2 Quantos peixes os meninos devolveram ao mar porque não tinham


a característica desejada?
2.1 Como eram os vários peixes que pescaram?
a) Primeiro peixe capturado;
b) Segundo peixe capturado;
c) Terceiro peixe capturado;
d) Quarto peixe capturado.

3 Explica por palavras tuas os versos seguintes:


«E logo é puxado
com toda a energia,
pelos três
à porfia.»

4 Por que razão o peixe risonho lhes terá feito uma careta?
4.1 Achas que tinha algum motivo para isso? Qual?

5 Como termina a história? Como explicas este final?

6 Sublinha no poema a estrofe de que mais gostas.


6.1 Justifica a tua escolha.

7 Circunda os versos que se repetem neste poema.


7.1 Qual foi a intenção do poeta ao repetir esses versos?

8 Transforma o poema num texto narrativo em que terá de haver uma descrição.
Não te esqueças de usar bastantes adjetivos para
tornares o teu texto mais interessante.
Lê na penúltima estrofe a palavra
9 Lê o poema em coro com os teus colegas. «papão». Diz o que significa e em
que grau se encontra.

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo — a fábula

1 Já alguma vez estiveste numa quinta? Que animais é que lá vivem?


E as raposas, também vivem na quinta? Porquê?
2 Consegues explicar por palavras tuas o que é uma fábula?

A raposa, o galo e o Solidó


Andava, certa ocasião, uma raposa faminta a rondar uma
aldeia, quando um galo descuidado lhe caiu nos dentes.
Preparava-se então para comê-lo quando este lhe propôs:
— Ó Dona Raposa, vai-me comer para quê? Não vê como
estou magrinho? Só tenho as penas e os ossos! Se quiser esperar
pelo tempo das malhas, em que estas eiras estão cheias de grão,
então sim, estarei gordinho… e já serei um bom jantarinho!
A raposa pensou bem no que o galo dizia e acabou por
concordar com ele.
Libertou-o então. Mas antes de o deixar ir, perguntou-lhe:
— Qual é o teu nome para eu te poder chamar quando chegar?
— Só tens de chamar pelo Solidó! Chegas aqui e gritas
bem alto: Solidóóó! Ó Solidóóóó! Vais ver como apareço.
E assim foi. No dia que achou apropriado, a raposa
lá apareceu junto às eiras. A água crescia-lhe na boca só
de imaginar como o galo estaria agora: gordinho, talvez
rechonchudinho… mas que belo jantarinho!
Pôs-se então aos gritos:
— Solidóóóó! Ó Solidóóóó!
O que ela não sabia é que Solidó não era o nome do galo e sim
o nome de um cão […] Tinha sua casota, ali mesmo, junto às eiras.
O galo havia-a enganado. Por isso, ao ouvir chamar pelo seu
nome, sai o Solidó de lá da casota, de dentuça afiada, e desata
a correr atrás da raposa, pronto a ferrar-lhe os dentes. […]
Alexandre Perafita,
«Contos de animais com manhas de gente»,
Histórias de tradição oral, Ambar, 2003
(adaptado e com supressões)

94

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5

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Ordena as frases de acordo com o texto,


numerando-as de 1 a 5.
A. A raposa queria comer o galo.
B. Cheia de fome, e de acordo com o conselho
do galo, pôs-se a chamar o Solidó.
C. O galo conseguiu que a raposa o largasse.
D. Mas apareceu-lhe um cão pronto a agarrá-la.
E. Ela acreditou que ele estaria mais gordinho
na época das colheitas.

2 Que argumento usou o galo para convencer a raposa a largá-lo quando já estava
preso nos seus dentes?

3 Consideras que a raposa tomou uma decisão inteligente? Porquê?

4 Porque será que as raposas têm fama de ser espertas e manhosas?

5 A raposa teve algumas dúvidas em relação à proposta do galo.


Sublinha a expressão do texto que justifica esta afirmação.

6 E tu, que nome darias a um galo?

7 Explica o sentido das frases:


A. «…lhe caiu nos dentes.»
B. «…pronto a ferrar-lhe os dentes.»
C. «…a água crescia-lhe na boca.»

8 Assinala com uma o provérbio que escolherias para ilustrar a moral da história.
Justifica a tua escolha.
A. «Quem tudo quer tudo perde.»
história
B. «Mais vale um pássaro na mão que dois a voar.» ma
ru
a
nt

C. «A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.»


Vamos co

9 Com base no provérbio «Quem semeia ventos colhe


tempestades», escreve uma história que conheças
ou que seja fruto da tua imaginação.
BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 95

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A raposa, o galo e o Solidó

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

ras?
APRENDE Os adjetivos: qualificativos e numerais
Ainda te lemb
Os adjetivos
Os adjetivos qualificativos são importantes para são
descrever as características dos objetos, das entidades qualificativos
atribuem
ou das situações e mostram sentimentos ou emoções. palavras que
stica ou
uma caracterí
e a um
Geralmente surgem depois do nome que qualificam, uma qualidad
am (variam)
mas também podem surgir antes. nome. Flexion
m género
em número, e
Os adjetivos qualificativos flexionam (variam) em género e em grau.
e em número concordando com os nomes a que estão
associados.
Género Número

Masculino Feminino Singular Plural

Os galos rechonchudos são


X X
perseguidos pelas raposas.

Solidó é um bonito nome para


X X
um galo.

Nas fábulas, as raposas são


X X
matreiras.

Os adjetivos, além de qualificativos, também podem ser numerais.


São os que expressam uma ordem ou uma sucessão.
Exemplos: primeiro, terceiro, décimo, etc.

Os adjetivos numerais flexionam (variam) em número e em género, mas


não flexionam em grau.

Adjetivo numeral Género Número

Segundo masculino singular

Terceiras feminino plural

Os adjetivos numerais surgem entre o(s) determinante(s) e o nome.


Exemplos: «…o terceiro mês…»
«… os meus primeiros dias…»
96

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5

Unidade
APLICA

1 Lê as frases seguintes. Depois sublinha os adjetivos qualificativos.


A. A raposa faminta rondava a aldeia.
B. O galo descuidado caiu-lhe nos dentes aguçados.
C. Ela esperava o galo gordinho e rechonchudo.
D. Solidó saiu de dentuça afiada.

2 Escreve os nomes do exercício 1 que são qualificados pelos seguintes adjetivos:


descuidado; afiada; gordinho;
faminta; rechonchudo; aguçados.

3 Completa o quadro seguinte.

Adjetivo Plural Feminino

falador

português

francês

faminto

descuidado

4 Explica a diferença de significado das expressões:


«Grande homem» e «Homem grande»

5 Completa o texto com adjetivos numerais.

A quinta que eu visitei foi a da minha avó. Em


lugar fui à capoeira ver as galinhas. Lá estavam todas no poleiro. As cinco
eram brancas, mas a era castanha com pontas
pretas. Em lugar fui ver as vacas. A vacaria tinha as bilhas
do leite acabado de mungir todas alinhadas, mas um coice da
vaca fez entornar a bilha.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 97

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A raposa, o galo e o Solidó

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE Os graus dos adjetivos Aprende!


s a djetivos q ualificativos
O
1 Lê as frases seguintes: nam (variam)
também flexio
A. A raposa era esperta. em grau.
permite
B. O galo era espertíssimo. Esta variação s
característica
C. O galo foi mais esperto do que a raposa. comparar as r
uídas a um se
que são atrib
1.1 Completa as frases que se seguem. .
ou a um objeto
Na frase A atribuiu-se uma qualidade à raposa,
que é ser .
Na frase B aumenta-se o grau de do galo.
Na frase C a esperteza dos dois animais.

2 Observa com atenção e copia para o caderno o quadro seguinte.

Grau Exemplos

Normal O cão é esperto.

O cão é mais esperto do que


Superioridade
a galinha.

Comparativo O cão é tão esperto como


Igualdade
de o elefante.

A minhoca é menos esperta


Inferioridade
do que o cão.

O cão é o mais esperto


Superioridade
Relativo de todos os animais.
de A galinha é a menos esperta
Inferioridade
de todos os animais.
Superlativo
Sintético O cão é espertíssimo.
Absoluto
Analítico O cão é muito esperto.

98

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5

Unidade
APLICA

1 Escreve os graus em que se encontram os adjetivos nas frases A, B e C


no primeiro exercício da página anterior.

2 Identifica os adjetivos das frases e diz em que grau se encontram.


A. Este galo está menos gordo do que aquele.
Adjetivo: Grau:
B. O pelo da raposa é lindíssimo.
Adjetivo: Grau:
C. Gostava de ter um cão que fosse o menos rezingão da minha rua.
Adjetivo: Grau:
D. O cão do Pedro é muito engraçado.
Adjetivo: Grau:

3 Completa as frases seguintes usando os adjetivos indicados no grau que é pedido.


A. Aquela raposa é esta.
(gorda — grau comparativo de inferioridade)
B. Este galo é .
(vaidoso — grau superlativo absoluto analítico)
C. O Solidó é deste grupo.
(meigo — grau superlativo relativo de superioridade)

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 99

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ANTES DE LER… vamos conversar O aviso e o recado

1 Já alguma vez leste ou escreveste um aviso ou um recado?


Quando, onde e porquê?

PLANIFICA

1 Lê com atenção os seguintes textos.

Aviso
Maio de 2012
Avisam-se todos os animais da floresta que nos últimos dias foi
vista a circular pelos caminhos da floresta uma raposa esfomeada.
Esta raposa já fez várias vítimas.
Devem ser tomados todos os cuidados necessários a uma
situação como esta.

Animais PROTEJAM-SE!

O conselho da floresta

Recado
Vou chegar atrasado à reunião dos animais da floresta de logo à tarde.
Tive de ir ao outro lado do lago para ajudar uma família que estava
em perigo.
Comecem a reunião sem mim, pois não sei quando chegarei.

Até logo,

Crocodilo Januário

100

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5

Unidade
2 Depois de analisares os textos com atenção preenche o quadro seguinte, com
as conclusões sobre quais são as características de um aviso e as de um recado.
Observa o exemplo.
Recado Aviso

É uma mensagem curta. Sim Sim


É uma mensagem dirigida a alguém com
quem não se pode falar no momento.
É uma mensagem datada.

O conteúdo da mensagem é público.

A linguagem é simples.

É uma mensagem assinada.


Transmite um conselho, uma informação
importante ou uma ordem.

AGORA ESCREVE...

1 Escreve um recado e um aviso sobre aspetos da tua vida diária, mas não te
esqueças de cumprir as indicações que aprendeste: antes de iniciar o texto,
planifica-o copiando os quadros seguintes para o teu caderno e preenchendo-os.

Aviso

Quem se avisa Os colegas da escola.

Sobre o que se avisa

Quem assina o aviso

Data

Recado

A quem se destina À irmã mais velha.

A mensagem

Quem assina o recado

Data
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6
Unidade

Mundo verde

102

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 O que representa o esquema da imagem? Dialoga com


os teus colegas e com o teu professor sobre o que vês
na imagem, registando, no caderno, as conclusões
a que chegarem.

2 A evolução do reino vegetal ocorreu dos seres mais simples


para os mais complexos ou o contrário?
Explica aos teus colegas a que conclusão chegaste.
Não te esqueças de expor com clareza as razões que
e escrever
a ela te conduziram. ig
ar
st
ve
s in

3 Achas que esta evolução foi lenta ou rápida? Porquê?


Vamo

4 Conversa com os teus colegas sobre o estado


de conservação das zonas verdes no Mundo e registem,
no caderno, as conclusões, a que chegarem.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 103

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo

1 O que te sugere o título do texto? Terá alguma relação com o que podes
observar na imagem? Porquê?
2 Observando apenas a imagem, propõe um novo título para o texto.
3 Sabes como se chama o livro ou caderno onde escrevemos
os acontecimentos mais importantes da nossa vida em cada dia?
Também registas esses acontecimentos importantes? Onde?

Dia 12
À tarde foi o desfile ecológico.
Marchávamos «como soldados, para a guerra da paz»
segundo as palavras do setôr de Educação Física, que nos
ensinara a marcar passo.
Levávamos cartazes pintados por nós com slogans.

«Sem um bom ambiente


adoece toda a gente.»

«Salvemos a Terra!»

Os mais pequenos iam enfeitados com flores de papel


feitas nas aulas de trabalhos manuais.
O Rodrigo e mais três matulões empurravam um enorme
caixote de lixo, com uma cinta de papel que dizia:

«Seja higiénico: use


o caixote do lixo.»

Os que aprendiam a tocar flauta sopravam uma musicata.


E os outros, de dez em dez minutos, trauteavam o hino
que a Mafalda tinha escrito:

Para salvar o ambiente


Cante tudo, minha gente!
Queremos ser muito felizes
Sem taparmos os narizes
Com tanta poluição.

104

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6

Unidade
o
atr
te
Viva o verde, fora o lixo, ze
r

fa
vivam os homens e bichos.

os
Vam
Para salvar o ambiente,
cante tudo, minha gente!

As pessoas na rua batiam palmas, os polícias


mandavam parar os carros para nós passarmos.
Uma velhinha, com um saco de supermercado,
até gritou: «Isto sim! Desta juventude gosto eu!»
A certa altura, a Inês tropeçou numa pedra e torceu um pé.
Como não podia andar, meteram-na no caixote de lixo.
O Dr. Silveira dava-lhe palmadas na cabeça para não a pôr
de fora e mandava-nos cantar mais alto sempre que ela começava
a guinchar.
Foi a parte mais divertida.
Quando voltámos à escola, plantámos um pinheiro no pátio
e o Dr. Silveira fez um discurso contra os eucaliptos.
Ah, como a sua dentadura brilhava num sorriso!
Luísa Ducla Soares,
Diário de Sofia e C.a, Civilização, 2004

Sublinha no texto os verbos que


estão na 1.ª pessoa do plural.
Circunda no texto o pronome
a
pessoal correspondente a ess
forma verbal.
Sabes o que significa
a abreviatura no nome da obra?

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Dia 12

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Depois de leres o texto, preenche o quadro com as informações pedidas.

Localização
temporal

Localização
espacial

Personagens e suas
características

2 Define no texto as partes que o constituem, e depois preenche o quadro.

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

3 Identifica no quadro com uma as personagens que participaram no desfile.

Os mais pequenos Os flautistas

O Rodrigo Os cantores

Os polícias A velhinha

Os que batiam palmas A Inês

4 Todos os participantes do desfile tinham uma função.


Identifica as tarefas de cada um.
a) A Mafalda;
b) O professor de Educação Física;
c) Os alunos mais pequenos;
d) O doutor Silveira;
e) Os quatro alunos do caixote do lixo.

106

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6

Unidade
5 Qual foi o episódio do desfile de que mais gostaste?
Conta-o em duas linhas.

6 Qual era a função do caixote do lixo


naquele desfile?

7 Explica o que é um «desfile ecológico» e o que


se pretendia com o desfile.
7.1 Achas que foi conseguido? Justifica a tua resposta.

8 Como terminou o desfile?

9 Investiga em enciclopédias ou na Internet, recolhe


informação sobre os eucaliptos e explica por que razão
terá o Dr. Silveira falado contra os eucaliptos no seu discurso.

10 O que queria dizer a velhinha com a expressão:


«Desta juventude gosto eu!»
10.1 Existirão vários tipos de juventude?
Escreve um texto de cinco linhas sobre
este assunto.

11 O que pensas sobre esta atividade dos alunos?


Planifica e escreve um texto argumentativo, seguindo as indicações.
1.ª Introdução: apresenta uma ideia a defender;
2.ª Desenvolvimento: apresenta os argumentos a favor, apoiados em exemplos,
citações, etc.;
3.ª Conclusão: retira uma conclusão confirmando a validade da opinião inicial,
terminando assim o teu raciocínio.

om
pr e e n de A proteção do ambiente
c
Ouve e

1. Alguma vez pensaste no que diriam os mares, as florestas, os rios, as savanas,


os glaciares, os lagos, os animais e tantos outros elementos da Natureza se pudessem
falar e dar a sua opinião sobre a conduta dos seres humanos em relação ao Ambiente?
Seria elogiosa ou, pelo contrário, teriam muitas censuras a fazer?
2. Debate com os teus colegas as questões acima levantadas.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 107

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Dia 12

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Sabendo que «desfile» significa ato ou efeito de desfilar, qual é o significado de:

desfilar desfilada desfiladeiro

2 Constrói a família de palavras de «ecológico» e copia do


dicionário os significados das palavras que escreveres. Ainda te
lembras?
3 Lê as frases seguintes:
Palavras
ão
A. «Sem um bom ambiente, adoece toda a gente.» homónimas s
B. «Na escola, há um bom ambiente entre professores palavras que
e alunos.» se escrevem
e pronunciam
3.1 Explica o sentido de «ambiente» em cada uma neira.
da mesma ma
das frases.
3.2 Escreve duas novas frases com a palavra «ambiente»
com os dois sentidos.
3.3 Qual é o significado de «ambientar-se»?

4 Repara nos seguintes pares de palavras e responde


sem nós passo
às questões.
4.1 O que podes concluir em relação à maneira cem noz paço
como se leem?
4.2 A que conclusões chegaste no que respeita à maneira como se escrevem?
4.3 Relativamente ao seu significado, o que concluis?
Para responderes, completa o texto abaixo.

Palavras homófonas são palavras com a mesma


mas com e com
diferentes.

5 Escreve frases com as palavras homófonas apresentadas no exercício 4.

6 Escreve frases para as palavras homófonas de «aço» e de «concelho».


108

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6

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA

1 O quadro seguinte apresenta uma lista de palavras do texto «Dia 12» que têm
determinadas características ortográficas. Escreve a regra que justifica
a característica identificada em cada palavra. Repara no exemplo.

ecológico O g junto do e e do i lê-se j.

guerra Escreve-se rr quando

ambiente

pessoas

sempre

certa

torceu

cinta

2 Completa o quadro com palavras do texto «Dia 12» que tenham o som s,
organizando-as de acordo com as instruções. Repara no exemplo.

… no início das palavras — sopravam, …

… com ss no meio das palavras —


O som s
… com ç no meio das palavras —
escrito…
… com c no início e no meio das palavras —

… no meio das palavras —

3 Completa os esquemas seguintes, como no exemplo.

pran
cha cha

3.1 Escreve duas frases com pelo menos duas das palavras da lista.
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Dia 12

TRABALHAMOS A ESCRITA O mapa da história

PLANIFICA

Um «mapa da história» é uma estratégia que nos ajuda a «arrumar» as ideias que muitas
vezes «fervilham» na nossa cabeça quando pretendemos escrever um texto.
Deste modo, é mais fácil escolher uma ideia que nos leve a imaginar uma história.

1 Observa com atenção o seguinte mapa para uma história.


para viajar numa
máquina do tempo
um convite

para ser detetive


recebe uma
chamada
pede ajuda

uma ameaça

enfrenta-a sozinho

Um jardineiro
para um palácio
encontra uma
passagem
secreta
para o laboratório
de um cientista
explora
o quintal

luta com ele


encontra
um ser
misterioso
foge com medo

2 Escreve uma pequena história escolhendo as opções que te parecerem mais


interessantes. Por exemplo: «Um jardineiro explora o quintal, encontra um ser
misterioso e foge com medo.»
110

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6

Unidade
AGORA FAZ...

1 Seguindo o esquema apresentado, faz o mapa


Atenção!
de uma história, de acordo com os passos o
que se indicam. Faz a correçã
texto que
ortográfica do
1.º Cria uma personagem;
escreveste.
2.º Imagina duas hipóteses de acontecimentos nização dos
Verifica a orga
possíveis e, depois, as ações para cada pontuação,
parágrafos, a
uma das hipóteses que criaste. E assim as
o uso das letr
sucessivamente, como no exemplo s marcas
maiúsculas, a
da página anterior; eto, …
do discurso dir
3.º Escolhe a ideia que mais te agrada;
4.º Escreve a tua história.

utador
omp
c
o
sa
Vamo

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Observa a imagem e tenta imaginar sobre o que tratará o poema.


2 Lê o título do poema.
Esta amiga será uma pessoa, um fruto ou um animal?
No caso de se tratar de um fruto, tenta encontrar uma
razão para o título.

Vocabulário
ionário
Procura no dic
da palavra
o significado
A amiga da China destacada a a
zul.
Tangerina que tanges
O Sol do meio-dia
És cara de menina
Com pintas de alegria.

Teus gomos perfumados


Tua pele tão fina
Tangerina tão doce
Que vieste da China.

Quando ia para a escola


Teu perfume nas mãos
Teu perfume no bibe
Nos cadernos. No pão.

Tu eras tão bonita!


Eu era tão menina!
Que saudades eu tenho
Minha amiga da China!
Matilde Rosa Araújo,
As fadas verdes,
Editora Civilização, 1994

ler
os
m
Va

112

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6

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Lê a primeira estrofe do poema. Escreve-a Ainda te


separando as sílabas e sublinhando as tónicas lembras?
a azul e as átonas a verde. a
A sílaba tónic
Exemplo: Tan.ge.ri.na que tan.ges é a sílaba que
ior
1.1 Assinala com uma a afirmação verdadeira. se diz com ma
Nos versos que leste… intensidade.
nas
As sílabas áto
A. … há palavras com mais do que uma tes
são as restan
sílaba tónica. a
sílabas de um
B. … há palavras que só têm sílabas átonas. palavra.
C. … cada palavra só tem uma sílaba tónica.
1.2 Completa a conclusão que podes retirar das atividades anteriores.

A alternância de sílabas e de sílabas


dá ritmo e musicalidade ao poema.

2 Indica se as frases seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F).


A. O poema é constituído por linhas a que chamamos versos.
B. Há poemas que não têm versos.
C. Num poema, os versos são sempre constituídos por quatro linhas.
2.1 Completa a conclusão que podes retirar da atividade anterior.

Podemos afirmar que um poema é constituído por linhas a que


chamamos .

3 Lê o poema e escreve as rimas que encontrares e as palavras e/ou os sons repetidos.


3.1 Completa a conclusão que podes retirar da atividade anterior.

As e a repetição de conferem
musicalidade e ritmo aos poemas.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 113

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto ?

1 Na Terra há uma grande variedade de animais que se relacionam com


a Natureza de diferentes formas.
Conheces algum exemplo? Explica-o.

Vocabulário
Para cada um seu modo de ver Procura no
DIZ O CARNEIRO: Que saltos tão altos eu dou pelo prado, dicionário
se a erva está tenra e o Sol é doirado! o significado
das palavras
DIZ O CAVALO: Trabalho é cansaço no pino do verão. cadas
do texto desta
Eu gosto do Sol, tão forte é que não! a azul e de ou
tras
DIZ A ABELHA: Que venham depressa o verão e o calor, eças.
que não conh
pra haver mel mais doce do pólen da flor!
DIZ O PORCO: Nos dias chuvosos escolho uma cama,
bem rica e bem fofa, nos charcos de lama!
DIZ O RATO: Com tempo de chuva, o gato (que bom!)
não sai da lareira, fazendo rom-rom!
DIZ O PATO: Plos meses de inverno dá gosto nadar
nos campos que a chuva transforma num mar!
DIZ A VACA: A mim não me importam o Sol e o frio,
se houver abundância de feno macio!
DIZ O MORCEGO: Oculto nas torres, enquanto o Sol dura,
eu fujo prà noite, se ela é escura!
DIZ O MOCHO: De noite abro as asas e os olhos também,
e vejo ao luar melhor que ninguém!
DIZ O GATO: À noite, se a Lua é minha aliada,
não há um só rato que escape à caçada!
DIZ A TOUPEIRA: Na cova em que vivo, há sempre alegria,
com Sol ou com chuva, de noite ou de dia!
António Couto Viana,
Versos de Cacaracá,
Litexa Portugal, 1984 (adaptado)

114

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6

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Estabelece a relação correta entre as colunas, de acordo com o texto.


A. O morcego… 1. … quando chove chafurda na lama.
B. O porco… 2. … nos dias de sol custa-lhe mais trabalhar.
C. O rato… 3. … durante o dia abriga-se nas torres.
D. O cavalo… 4. … sabe que não haverá perigo quando chove.

2 Há um animal que não dá importância ao tempo que está, nem à diferença entre
o dia e a noite para a sua vida. Qual é?
2.1 Achas que ele tem razões para se sentir assim? Quais?

3 Que condições são necessárias para o gato sair para a sua caçada?

4 O que é a «cama» dos animais? De que materiais podem ser feitas?

5 Para alguns dos animais do poema, o tempo não é problema desde que tenham
alimento e uma «cama» confortável. Que animais são esses?

6 Por que razão o mocho prefere voar de noite?

7 Que elementos da Natureza afetam a vida dos animais?

8 Que tipo de texto é este, poético ou dramático? Porquê?

9 Justifica o título do texto.


9.1 Dá outro título ao texto e explica-o.

10 Planifica e escreve um texto


descrevendo a imagem:
a) identifica o que vês;
b) localiza a ação no espaço
e no tempo;
c) caracteriza as personagens,
as formas, os movimentos, …
d) faz o rascunho, corrige-o
e passa-o a limpo.

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Para cada um seu modo de ver

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA Os pronomes


Ainda te
1 Lê o texto seguinte e repara nas palavras destacadas a vermelho. lembras?
Os pronomes
que
A palmeira deixa cair as folhas e os frutos quando estes são palavras
gar
amadurecem. ocorrem no lu
que
O Papalagui vive como uma palmeira que retivesse folhas dos nomes e
.
e frutos, dizendo: os substituem
«São meus! Não tendes o direito de os apanhar ou de os comer!» Podem ser:
Como faria ela então, quando viessem os novos frutos? pessoais,
u
A palmeira é bem mais sensata do que o Papalagui. possessivos o
os.
ERICH SCHEUERMANN, O Papalagui,, Editora Antígona demonstrativ

2 Completa o quadro de acordo com o texto anterior.

Pronome Classificação do pronome Nome que substitui

estes

meus

os

ela

3 Preenche os espaços com os pronomes que substituem as palavras destacadas.

Os meninos foram à quinta. Os meninos ( ) queriam observar os


animais para fazerem um trabalho que a professora dos meninos ( )
tinha sugerido. A Luísa e o Pedro levaram máquinas para tirar fotografias.
As fotografias ( ) eram importantes para fazer um cartaz. A Luísa
e o Pedro ( ) aproveitaram bem o dia e no final tinham uma boa
coleção de fotografias.
As fotografias ( ) ficaram lindas e os animais pareciam reais.
Os animais ( ) eram tão bonitos que a Luísa quis fazer o desenho
de um animal ( ) para afixar na sala de aula. Assim, a sala de aula
( ) ia ficar mais bonita.

116

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6

Unidade
Aprende!
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA pessoais
Os pronomes
e, te, nos,
o, a, os, as, m
RECORDA Os pronomes pessoais ão formas
vos, lhe, lhes s
nomes
átonas dos pro
Observa os quadros seguintes. seja, têm a
pessoais, ou
nica fraca.
acentuação tó
Pronomes pessoais

Designam aquele que fala, aquele a quem se fala ou aquele de quem se fala

Número Pessoas
1.ª eu, me, mim, comigo
Singular 2.ª tu, te, ti, contigo
3.ª ele, ela, se, si, consigo, lhe, o, a
1.ª nós, nos, connosco
Plural 2.ª vós, vos, convosco
3.ª eles, elas, lhes, os, as

Determinantes e Pronomes possessivos


Dão uma ideia de posse, indicam o possuidor
e o objeto possuído simultaneamente
Número Pessoas
1.ª meu, minha, meus, minhas
Singular
2.ª teu, tua, teus, tuas
(um só possuidor)
3.ª seu, sua, seus, suas
1.ª nosso, nossa, nossos, nossas
Plural
2.ª vosso, vossa, vossos, vossas
(vários possuidores)
3.ª seu, sua, seus, suas

Determinantes e Pronomes demonstrativos


Situam a pessoa ou a coisa relativamente às pessoas
Variáveis
Invariáveis
Número Pessoas
este, esta estes, estas
esse, essa esses, essas isto
aquele, aquela aqueles, aquelas isso
o mesmo, a mesma os mesmos, as mesmas aquilo
o, a os, as

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ANTES DE LER… vamos conversar O roteiro e o horário

1 Há alguma estação de comboios perto da tua escola? Como se chama?


A que linha pertence? Onde tem início e onde termina essa linha?
Já alguma vez apanhaste o comboio nessa estação? Qual era o teu destino?

Comboio da Festa da Cereja


No sopé da belíssima e grandiosa serra da Gardunha,
o Fundão encontrou as condições ideais para o cultivo
da cereja e, todos os anos, celebra o facto com pompa
e circunstância.
Viaje até Castelo Branco com a magnífica paisagem
da linha da Beira Baixa como companhia.
Um passeio inesquecível de comboio que inclui uma visita
a localidades históricas e a pomares de cerejeiras em flor com
a possibilidade de participar na sua apanha, um almoço num
restaurante regional e muito, muito mais.

Datas

Aos sábados, de 26 de maio a 30 de junho.

Horários

Partida de Lisboa Santa Apolónia às 08:16.


11:41 Chegada e visita ao centro do Fundão.
12:30 Almoço no restaurante da Estalagem da Neve com
refeição completa.
14:30 Visita a um pomar de cerejeiras com possibilidade
de apanha e compra de cerejas.
15:30 Visita à vila de Alpedrinha.
16:30 Visita à aldeia histórica de Castelo Novo e oferta
de chá com bolos regionais.
17:30 Partida em direção a Castelo Branco.
19:25 Regresso a Lisboa.

Preços

Adulto — 53,50 €.
Criança — 33,50 € (até aos 12 anos, inclusive).
Roteiro da CP: Rota das cerejas, disponível em www.cp.pt
118

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6

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Consulta a informação da página anterior e responde às perguntas seguintes.


1.1 Como se chama a cidade que fica perto do pomar em que os viajantes poderão
participar na apanha das cerejas?
1.2 Como celebra essa cidade a época das cerejas?
1.3 Que localidades poderão visitar os participantes neste programa?
1.4 Onde almoçam os viajantes?
1.5 Qual é a cidade mais próxima da serra da Gardunha?

2 De acordo com o texto, por que razão podemos afirmar que


o Comboio da Festa da Cereja não é um comboio regular da CP?
2.1 As partidas têm lugar todos os dias da semana?
2.2 Qual é a duração deste passeio organizado pela CP?
2.3 Por que razão este programa não existe durante todo o ano?
2.4 Com que oferta poderão ser presenteados os viajantes?

3 Preenche o quadro seguinte com as atividades que se desenrolam nas horas


indicadas, de acordo com o horário da página anterior.

Horário Atividade

8:16

12:30

15:30

19:25

4 Se a tua família quisesse participar neste passeio, quanto gastaria? Justifica.

5 Explica por palavras tuas o sentido da expressão «com pompa e circunstância».

6 Pesquisa sobre a linha da CP que serve a cidade mais próxima da localidade onde
vives e elabora um roteiro semelhante ao da página anterior que chame a atenção
para as riquezas da região. Propõe visitas a lugares de interesse depois de te
informares sobre esse assunto (faz uma pesquisa na Internet visitando o site
do concelho onde vives). Não te esqueças de planificar e rever o teu roteiro.
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7
Unidade

Viajar pelo Espaço

120

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Observa atentamente a imagem. Dialoga com os teus


colegas e com o teu professor sobre o que vês, registando
no caderno:
Que semelhanças e diferenças haveria entre esta cena
e outra cena em que estivesse representado o dia?
Que sensações te transmite esta imagem?
Já alguma vez viste o mar à noite? O que sentiste?
O que achas que falta nesta imagem?
O que acrescentarias?

2 Imagina como se sentem os astronautas e os marinheiros


ou pescadores nas suas viagens noturnas e cria um diálogo
entre duas destas personagens em que o tema da conversa
seja «A noite.». Regista-o no teu caderno.

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo

1 Observa a imagem. Consegues perceber o que são Zepeninos?


2 Este será um texto real ou de ficção? Justifica a tua resposta.

Vocabulário
Os Zepeninos e nós Estes são
s
os significado
1 O planeta Zepeni, escondido, algures, numa
das palavras
curva do Universo imenso, à esquerda de quem sobe, o texto:
sublinhadas n
é muito pequenino. ; cautela;
trabalhadores
; altura;
2 Nenhum astrónomo da Terra ainda deu com ele, ajuizadamente
s.
mas existe. Não é invenção minha. transformaçõe
vras
3 Os habitantes de Zepeni estão muito desenvolvidos. Copia as pala
om os
Deslocam-se pelo espaço a velocidades incalculáveis, sublinhadas c
nificados,
respetivos sig
numa espécie de discos voadores do tamanho de rolhas s.
relacionando-o
de cortiça, porque os Zepeninos, a condizer com
o planeta onde vivem, não são de grande estatura.
Talvez do tamanho de joaninhas ou pouco mais ou menos.
4 Todos usam fatos luminosos, que lhes permitem

explorar os sítios mais obscuros. Os Zepeninos


são muito empreendedores e viajados.
5 Uma vez, nas suas viagens de exploração

pelo Universo, tocaram a Terra. Foi numa noite de verão.


6 O disco voador em que eles vinham aterrou à beira

de um laguinho de jardim.
7 Com alguma prudência, três Zepeninos

desembarcaram.
8 — Este planeta não deve ser habitado —

calculou um deles, perante o silêncio da noite.

122

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7

Unidade
Outro dos zepeninos acrescentou:
9

10 — Estamos no litoral de um enorme mar,

que passará a chamar-se Mar da Tranquilidade.


11 Era o laguinho do jardim, já se vê.

12 Uma rã perto deu-lhe para coaxar.

13 — Cuidado! Afinal este planeta

tem monstros.
14 Os três Zepeninos puseram-se na

defensiva e avisaram a nave para estar alerta.


15 Atraídos pelo brilho dos fatos

dos Zepeninos, aproximaram-se mosquitos.


16 Uns pirilampos, intrigados com aqueles

bichinhos luminosos, sobrevoaram-nos, num voo lento.


17 — Além de monstros, o planeta sempre é habitado.

São parecidos connosco, mas não comunicam na mesma


onda de pensamento.
18 Fosse como fosse, os Zepeninos tentaram explicar

aos pirilampos donde vinham, quem eram e o interesse


exclusivamente científico das suas viagens pelo Universo.
19 Depois, porque ao coaxar da primeira rã outras rãs

responderam, a barulheira tornou-se insuportável. Muito


sensatamente, os três Zepeninos resolveram regressar à nave.
20 — Descolar! — ordenou o comandante do disco voador.

21 E o disco voador do tamanho de uma rolha de cortiça

subiu ao céu. Lá dentro, os três Zepeninos exploradores


completavam o relatório da viagem:
22 — Visitámos um planeta muito primitivo. Os seus

habitantes principais possuem algumas semelhanças connosco,


deslocam-se pelo ar, mas estão cientificamente muito atrasados.
Ainda têm de sofrer muitas mutações, antes de nos chegarem
aos calcanhares.
23 Até talvez, no fundo, os Zepeninos tenham alguma razão.

s ler
amo António Torrado,
V
Trinta por uma linha,
Civilização Editora, 2008

Lê o texto e descobre seres


e objetos que possam dar origem
a onomatopeias. Circunda-as.
123

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Os Zepeninos e nós

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Por que razão as personagens do texto se chamam Zepeninos?

2 Preenche o quadro seguinte com o número dos parágrafos que compõem cada
uma das partes do texto.

Partes do texto Número dos parágrafos

Introdução

Desenvolvimento

Conclusão

3 Elabora as perguntas para as respostas seguintes.


P.:
R.: Numa espécie de discos voadores.
P.:
R.: O objetivo era ajudá-los a fazer pesquisas em locais sem luz.
P.:
R.: Num jardim à beira de um lago.

4 Por que razão a rã era, para os Zepeninos, um monstro?

5 Que semelhanças reconheces entre os Zepeninos


e os pirilampos?

6 Assinala com uma as frases verdadeiras, de acordo


com o texto.
A. O lago parecia-lhes um mar.
B. Os Zepeninos vieram explorar o planeta Terra.
C. Saíram da nave destemidamente.
D. O barulho do coaxar das rãs assustou-os.
E. Os Zepeninos desapareceram por um túnel.
6.1 Reescreve as frases erradas corrigindo-as,
de acordo com o texto.

124

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7

Unidade
7 Ordena as frases numerando-as de 1 a 6 de acordo com o texto.
A. Os pirilampos aproximaram-se.
B. Aterraram no jardim.
C. A primeira rã despertou a curiosidade das outras.
D. Foram três Zepeninos os exploradores da Terra.
E. Os Zepeninos recolheram à nave muito sensatamente.
F. Os habitantes de Zepeni não conseguiram
comunicar com os pirilampos.

8 O que fizeram os Zepeninos para esclarecer os pirilampos?


8.1 Pensas que a sua mensagem foi entendida? Justifica a tua resposta.

9 Que tarefa importante os Zepeninos tiveram de realizar quando chegaram à nave?


9.1 Achas que um relatório de uma viagem científica é importante? Porquê?

10 Que semelhanças e diferenças encontras entre os habitantes da Terra que eles


encontraram e os de Zepeni? Regista a tua resposta numa tabela de duas entradas.

11 Estás de acordo com as últimas frases do texto? Justifica a tua resposta.

12 Que confusão fizeram os Zepeninos acerca dos habitantes do nosso planeta?


12.1 Se eles tivessem explorado o planeta Terra durante o dia, era mais provável
ou menos provável que tal confusão ocorresse? E se tivessem aterrado
no meio de uma grande cidade? Justifica as tuas respostas.

13 Planifica e escreve um texto onde descrevas os acontecimentos da história


e a opinião das rãs sobre os Zepeninos.

om
pr e e n de O respeito pelas diferenças
c
Ouve e

1. Se todos fôssemos iguais, não só fisicamente mas também moral e mentalmente


(tínhamos estatura, peso, cor de olhos, de cabelos e de pele iguais, os mesmos gostos,
gestos, voz, maneira de andar e de pensar), achas que a vida se tornaria mais
interessante? Troca impressões com os teus colegas, justificando os teus pontos de vista.
2. Faz uma lista de razões pelas quais é bom ser diferente. Debate com os teus colegas.
3. Prepara-te para fazeres perguntas aos teus colegas sobre as suas opiniões.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 125

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Os Zepeninos e nós

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Constrói novas palavras acrescentando o sufixo que


escolherás da lista abaixo. Repara no exemplo.
Ainda te
planeta + ário = planetário lembras?
universo + = Um sufixo
e
estrela + = é um afixo qu
-ado / -oso / -ário ois
se coloca dep
lua + = -al / -ar se.
da palavra ba
silêncio + =

2 Faz a divisão silábica das novas palavras do exercício anterior e combina sílabas
para escreveres novas palavras.

Exemplo: pla.ne.tá.ri.o: rio neta Rita

3 Circunda em cada quadro a palavra intrusa. Explica as tuas escolhas.

Plutão planeta Terra Marte Júpiter

estrelas planetas asteroides cometas naves

astrónomo astronauta astronomia astrólogo mastro

4 Escreve frases em que uses a palavra «fundo» com os seus diferentes significados.
a) Significado 1: fundo — parte mais baixa ou profunda.
b) Significado 2: fundo — parte mais afastada de um espaço interior, em relação
à sua entrada, ou, num espaço exterior, a parte mais afastada.
c) Significado 3: fundo — profundo.

5 Sublinha no texto a expressão sinónima de «são muito inferiores, valem menos».

6 Completa o quadro seguinte com adjetivos que tenham mpu


tador
co
a mesma terminação. o
a
os
Vam

intrigados luminoso incalculável

126

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7

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA A translineação/Os sons do x/-isar ou -izar

1 Faz a divisão das palavras do quadro de acordo com o que se pede.

Palavras Para dividir a palavra em sílabas Para fazer a translineação


silêncio si.lên.ci.o si.lên.cio
terra
incalculáveis
voo
sítios
planeta

2 Completa o quadro com exemplos que podes procurar no teu livro. Podes começar
por fazer uma recolha no texto «Os Zepeninos e nós».

x = ch x=z x = ss x = cs
existe aproximar

3 Forma verbos com as terminações -isar ou -izar modificando as palavras seguintes.


A. análise C. frágil E. útil G. uso I. atraso
B. aviso D. tranquilo F. alisamento H. harmonia J. célebre

Conclusões

A partir de palavras com -s na última sílaba podemos formar verbos que


também se escrevem com . Exemplo: aviso — avisar.
A partir de palavras que não têm -s na última sílaba, formamos verbos
com . Exemplo: real — realizar.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 127

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Os Zepeninos e nós

TRABALHAMOS A ESCRITA O relatório


Aprende!
PLANIFICA é um
Um relatório
creve
1 O Zepeninos, quando regressaram à nave, atualizaram texto que des
ento,
o relatório da sua viagem de exploração do Espaço. um acontecim
atividade ou
ainda
experiência e
ados,
os seus result
exata
de uma forma
e por ordem
cronológica.

1.1 Também tu, com certeza, já tiveste de realizar um relatório de uma visita
de estudo ou de um passeio escolar. Lê com muita atenção e copia para
o caderno as indicações de como escrever um relatório, para que, da próxima
vez, já o possas fazer com mais confiança.

Planificação de um relatório Expressões úteis


para descrever
1. Os acontecimentos são apresentados a sequência
por ordem cronológica, ou seja, pela dos acontecimentos
ordem em que aconteceram.
2. O relato deve ser escrito no passado Em primeiro lugar, …
porque estão a ser descritos Em seguida, …
acontecimentos que já ocorreram. Depois, …
3. Como foi uma visita realizada por ti, Pouco depois, …
deves sempre escrever a partir do teu
ponto de vista. Usa o pronome «eu» Mais tarde, …
e «nós», se foi um acontecimento Por fim, …
em grupo. No final, …
Entretanto, …
Na ocasião, …

128

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7

Unidade
AGORA ESCREVE...

1 Faz o relatório de uma visita de estudo ou de um passeio escolar em que tenhas


participado. Mas, atenção, antes de iniciares, tens de preparar e planificar o texto
de acordo com as seguintes fases:
1.º Na primeira fase, tens de fazer uma cronologia dos acontecimentos, ou seja,
anotar os acontecimentos segundo a ordem em que ocorreram, mas de um
modo muito simples. Observa o exemplo:
Aterragem à beira do mar — sair da nave — encontro com os monstros —
dar o aviso de alerta — encontro com seres luminosos — fazer um barulho
assustador — regresso à nave — descolagem da nave.
2.º Numa segunda fase, preenche um quadro como o seguinte tendo
em atenção todos os aspetos apresentados.

No primeiro parágrafo, apresenta o local


Introdução onde se realizou a visita ou o passeio, a data,
o objetivo da visita e os participantes.

Apresenta cada acontecimento num parágrafo


Desenvolvimento
próprio, por ordem cronológica.

Na conclusão do texto, podes dar a tua opinião


Conclusão sobre a visita e propor alguma sugestão para
futuras visitas.

2 Depois de escreveres o rascunho do texto, faz a sua correção seguindo esta lista.

Dá um título ao texto/relatório.

Verifica se todos os factos importantes foram referidos.

Verifica as letras maiúsculas depois do ponto final, do ponto


de exclamação, do ponto de interrogação e das reticências.

Verifica as marcas que assinalam os parágrafos e a pontuação.

Faz a correção ortográfica (consulta o dicionário para esclareceres


dúvidas sobre a forma como se escrevem algumas palavras).

Corrige repetições (consulta o dicionário para substituir palavras


repetidas por outras diferentes ou mais apropriadas).

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Lê o título do texto e observa a imagem.


Qual é o tema do poema e de que época da História tratará?
Como chegaste a essa conclusão?
2 O que sabes sobre a vida dos marinheiros daqueles tempos?
Gostavas de ter uma profissão ligada ao mar?
Porquê?
Sabias que…
u Dias
… Bartolome or
4 5 0 -1 5 0 0 ) foi o navegad
(1
q u e p assou o cabo
Bartolomeu marinheiro port u g u ê
da Boa Espera
s
nça pela
em 1488?
Era uma vez primeira vez,
um capitão português
chamado Bartolomeu
que venceu
um gigante enorme e antigo.
Bartolomeu, em menino
pequenino,
ia para o pé do mar…

e ficava a olhar
o mar…
E Bartolomeu cismava…
Ó que lindo, ó que lindo,
o mar, e a sua voz profunda e bela!
Uma nuvem no céu era uma caravela
que novos céus andava descobrindo…

Ó que lindos, os navios,


que vão suspensos entre a água e o céu,
com velas brancas e mastros esguios,
e com bandeiras de todas as cores!
Bartolomeu cismava
porque ouvia
tudo o que o mar contava
e lhe dizia.
Afonso Lopes Vieira,
Poesia portuguesa para crianças, antologia, Girassol, 2008
Sublinha todos os nomes comuns
130 do poema.

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7

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Lê o excerto do poema:
«Bartolomeu, em menino
pequenino,
ia para o pé do mar…
e ficava a olhar
o mar…»
1.1 O que achas que o menino do poema gostaria de ser quando fosse adulto?
1.2 No que se tornou este menino em adulto?

2 No poema, a que é comparada uma nuvem? Sublinha e lê os versos que o justificam.

3 Lê os versos:
«Ó que lindo, ó que lindo,
o mar, e a sua voz profunda e bela!»
3.1 O que é a voz profunda e bela do mar?
3.2 Estás de acordo com as características que são
atribuídas à voz do mar? Justifica a tua resposta.

4 Por que razão o poema diz:


«Ó que lindos, os navios,
que vão suspensos entre a água e o céu,»

5 Que gigante enorme e antigo foi vencido por Bartolomeu?

6 Podemos afirmar que Bartolomeu adorava o mar? Justifica a tua resposta.

7 Circunda a vermelho as palavras seguintes que te fazem lembrar o mar e a verde


as que te fazem lembrar o céu.

sonho solidão dureza fragilidade cautela bravura assombroso


desconhecido imaginação aventura lágrimas heroísmo morte

8 De acordo com o poema, o que dizia o mar a Bartolomeu? Conta-o num diálogo
de 15 linhas entre Bartolomeu e o mar.

9 Lê o poema em coro com alguns colegas.


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ANTES DE LER… vamos conversar O texto narrativo

1 Lê o título do texto. Em que época se passará a história?


Como chegaste a essa conclusão?
2 O que sabes sobre «Portugueses que desenharam mapas»?

Homens e Reinéis
portugueses que desenharam mapas
À medida que o Mundo se abria diante das caravelas teimosas,
foi-se tornando evidente que era necessário desenhá-lo, pois
a memória dos homens é curta e a imaginação prodigiosa. […]
Houve muito quem fizesse mapas. Os mais famosos,
porém, fizeram-nos em família. Lopo Homem e Pedro Reinel,
mestres de prestígio, admirados no País e no estrangeiro,
decerto exultaram ao reconhecer o seu talento reproduzido
nos filhos. Iniciaram-nos então na arte de desenhar o que
outros que não eles tinham visto.
O cheiro das tintas, a variedade dos instrumentos,
a graça do pergaminho desenrolando-se sobre a mesa, a voz
do pai a explicar em surdina que para ser exato há que
imaginar a Terra de cima para baixo e não de outra maneira,
tudo empurrou os rapazes para se tornarem grandes artistas.
Das mãos de Homens e Reinéis saíram cartas, mapas,
atlas e planisférios. Mesmo que os contornos pudessem
ainda não ser perfeitos, os seus traços fixaram para
sempre cada recanto do Mundo no seu lugar. E que volúpia
pôr ao alcance de todos o que antes só os deuses sabiam!
Concluída a representação de terras próximas ou longínquas,
levantavam-se da mesa saciados. Nenhum destes cartógrafos sentiu
necessidade de grandes viagens. Ficavam-se pela Europa. […]
Quatro séculos volvidos, Homens e Reinéis continuam
marcando presença na Europa, onde bibliotecas, museus
e palácios guardam ciosamente as obras que eles
produziram já com rigor, ainda com amor.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada,
Portugal Histórias e Lendas, Caminho, 2001

132

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7

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Explica por palavras tuas o primeiro parágrafo do texto.

2 Quem foram os Homens e Reinéis?


2.1 Por que razão os seus nomes estão no plural?

3 Sublinha uma frase do texto que ilustre a afirmação seguinte.


«Os conhecimentos dos cartógrafos passavam de pais para filhos.»

4 Que conselho importante transmitiram os pais aos filhos,


para se conseguir um bom mapa?

5 Estes cartógrafos conheciam as terras cujos mapas desenhavam?


5.1 Em que se baseariam então para fazer os mapas?

6 Elabora as perguntas para as respostas seguintes.


P.:
R.: Levantaram-se satisfeitos com o seu trabalho.
P.:
R.: Sim. Posso observá-los em bibliotecas, palácios e museus.

7 Explica o sentido da expressão seguinte, no último parágrafo do texto:


«… as obras que eles produziram já com rigor, ainda com amor.»

8 Podemos afirmar que o trabalho destes homens ainda hoje tem valor? Porquê?

9 Observa com atenção as duas imagens seguintes. Escreve um texto de 15 linhas


sobre as épocas a que pertencem e sobre a evolução que aconteceu nos meios
de comunicação. Atenção: Não te esqueças de planificar e de rever o teu texto.

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Homens e Reinéis portugueses que desenharam mapas

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA Os verbos: variação em pessoa e em número

1 Os verbos variam em pessoa (1.ª, 2,ª e 3.ª) e em número (singular e plural).

eu desenho tu desenhas ela desenha nós desenhamos

2 Completa as frases seguintes de acordo com o exemplo.


ras?
A. Eu explicava muitas vezes.
Ainda te lemb
B. Tu muitas vezes. eu/nós
gramatical
C. O pai muitas vezes. — 1.ª pessoa
D. Tu e o pai muitas vezes. (quem fala).
tu/vós
gramatical
3 Completa as frases usando formas do verbo «imaginar». — 2.ª pessoa
fala).
A. Tu que és um príncipe. (com quem se
eles/elas
B. Nós que somos mágicos. gramatical
— 3.ª pessoa
C. Eles que estão na Lua. fala).
(de quem se

4 Completa o quadro com as formas do verbo «desenhar».

Número Pessoa gramatical Verbo desenhar

1.ª — eu desenho

Singular 2.ª — tu

3.ª — ele, ela


1.ª — nós
Plural 2.ª — vós
3.ª — eles, elas

134

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7

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE Os verbos: variação em tempo e em modo

Analisa com atenção o quadro seguinte com os tempos verbais.

Pretérito
Presente Pretérito Perfeito Futuro
Imperfeito

O verbo expressa O verbo expressa O verbo expressa O verbo expressa


algo que se está algo que já se algo que era algo que se irá
a realizar no realizou e já habitual no realizar.
momento em que acabou. passado.
se fala.

Além da variação em tempo, o verbo apresenta variação em modo.


… infinitivo «Gosto de comer.»
… indicativo « Eu como.»
… imperativo «Come – diz a mãe.»
… condicional «Ela comeria se tivesse fome.»

APLICA

1 Preenche o quadro com formas verbais do texto «Homens e Reinéis portugueses


que desenharam mapas».

Modo indicativo
Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito Futuro

2 Completa as frases seguintes com as formas dos verbos indicados, no tempo


e modo pedidos.

A Ana (gostar, presente do indicativo) muito de História.


Já (ler, pretérito perfeito do indicativo) imensos livros sobre
a História de Portugal. Ela (ir, futuro do indicativo) nas próximas
férias (visitar, infinitivo) o Mosteiro dos Jerónimos.

BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 135

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Homens e Reinéis portugueses que desenharam mapas

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA Aprende!


gulares
Nos verbos re
APRENDE Os verbos regulares uma
existe sempre
a forma
parte inicial d
No quadro seguinte, estão conjugados os verbos sonhar o se
verbal que nã
(1.ª conjugação), o verbo escrever (2.ª conjugação)
altera.
e o verbo partir (3.º conjugação), que são verbos regulares.

Tempo Pessoa 1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


verbal gramatical sonhar escrever partir
eu sonho escrevo parto
tu sonhas escreves partes
Presente ele, ela sonha escreve parte
do indicativo nós sonhamos escrevemos partimos
vós sonhais escreveis partis
eles, elas sonham escrevem partem
eu sonhei escrevi parti
tu sonhaste escreveste partiste
Pretérito
ele, ela sonhou escreveu partiu
perfeito
nós sonhámos escrevemos partimos
do indicativo
vós sonhastes escrevestes partistes
eles, elas sonharam escreveram partiram
eu sonhava escrevia partia
tu sonhavas escrevias partias
Pretérito
ele, ela sonhava escrevia partia
imperfeito
nós sonhávamos escrevíamos partíamos
do indicativo
vós sonháveis escrevíeis partíeis
eles, elas sonhavam escreviam partiam
eu sonharei escreverei partirei
tu sonharás escreverás partirás
Futuro ele, ela sonhará escreverá partirá
do indicativo nós sonharemos escreveremos partiremos
vós sonhareis escrevereis partireis
eles, elas sonharão escreverão partirão
sonha tu escreve tu parte tu
Imperativo
sonhai vós escrevei vós parti vós

APLICA
Pretérito perfeito do indicativo

1 Escreve a frase seguinte nos tempos pedidos. Pretérito imperfeito do indicativo

«Eles levam um mapa.» Futuro do indicativo

136

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7

Unidade
Trabalhamos a gramática
Aprende!
gular
Um verbo irre
não
APRENDE Os verbos irregulares é aquele que
parte
mantém uma
em
 o quadro seguinte estão conjugados verbos irregulares. igual (radical)
N formas.
todas as suas

Tempo Pessoa 1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


verbal gramatical estar ser ir
eu estou sou vou
tu estás és vais
Presente ele, ela está é vai
do indicativo nós estamos somos vamos
vós estais sois ides
eles, elas estão são vão
eu estive fui fui
tu estiveste foste foste
Pretérito
ele, ela esteve foi foi
perfeito
nós estivemos fomos fomos
do indicativo
vós estivestes fostes fostes
eles, elas estiveram foram foram
eu estava era ia
tu estavas eras ias
Pretérito
ele, ela estava era ia
imperfeito
nós estávamos éramos íamos
do indicativo
vós estáveis éreis íeis
eles, elas estavam eram iam
eu estarei serei irei
tu estarás serás irás
Futuro ele, ela estará será irá
do indicativo nós estaremos seremos iremos
vós estareis sereis ireis
eles, elas estarão serão irão
está tu sê tu vai tu
Imperativo
estai vós sede vós ide vós

APLICA

Pretérito perfeito do indicativo


1 Escreve as frases nos tempos indicados.
Pretérito imperfeito do indicativo
A. O menino é amigo de aprender.
Futuro do indicativo
B. A Mariana gosta de saltar à corda.
BLOCO 2  Viajar no mundo dos animais e das plantas 137

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto instrucional — a receita

1 A culinária portuguesa usa ingredientes originários de terras de todo o mundo.


Qual é o teu prato preferido? Quais são os seus ingredientes?
Sabes onde se produzem esses ingredientes?

1 Lê o texto com atenção.

Os sabores dos Descobrimentos


[…] Com os Descobrimentos portugueses, a partir do século XV,
a alimentação dos europeus foi enriquecida com muitos produtos que eram
trazidos de outros continentes para a Europa pelas naus portuguesas: da Ásia,
a cana-de-açúcar e especiarias exóticas como a pimenta, a canela, o gengibre
e o cravo-da-índia, que se vulgarizaram em Portugal e, logo depois, na Europa;
de África, a malagueta, o coco, a melancia, e mais tarde também o café […];
da China, o chá, que é hoje a bebida mais consumida a nível mundial. […]
http://www.cgalgarve.com/descobrimentos.html (adaptado com supressões)

PLANIFICA

1 Lê a receita e repara na forma como as várias partes do texto se organizam.

Bolo de canela e gengibre


Ingredientes: Pimen-
ta
Pimen-
1/2 chávena de chá de manteiga. Açafrão
ta

2 chávenas de chá de farinha de trigo com fermento.


3 chávenas de chá de açúcar. Caril

1 chávena e 1/2 de chá de leite. Caril

2 colheres de sopa rasas de gengibre.


1 colher de sopa rasa de canela em pó.
3 ovos inteiros.
2 colheres de sopa rasas de fermento em pó.
Preparação:
1. Juntar todos os ingredientes num recipiente e bater bem até ficar cremoso.
2. Despejar o conteúdo numa forma untada com margarina
e enfarinhada.
3. Levar ao forno a 180 graus durante 40 minutos.
http://www.comidaereceitas.com.br/bolos/
bolo-de-gengibre-e-canela.html (adaptado)
Identifica o tempo verbal utilizado
138 na receita: imperativo ou infinitivo?

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7

Unidade
2 Observa o quadro seguinte, que organiza e explica como se deve escrever uma receita.

Definir o que é o prato: prato principal, sopa,


Objetivo
sobremesa, etc.

Referir os ingredientes nas quantidades certas.


Indicar os ingredientes pela ordem por que vão ser
Ingredientes necessários.
Identificar os ingredientes de forma clara: leite magro,
margarina sem sal, …

Utensílios Dar medidas-padrão: chávenas, colheres, etc.


necessários e referir se a colher, por exemplo, é cheia ou rasa.

Apresentar as fases de preparação pela ordem certa.


Modo As instruções devem ser breves, completas e claras.
de preparação Para facilitar a leitura, numerar as instruções.
Indicar o tempo de cozedura e a temperatura do forno.

AGORA ESCREVE...

1 Conversa com um adulto e pede que te explique uma receita que inclua um ingrediente
que tenha origem nas terras visitadas pelos Portugueses, nos séculos XV e XVI.
1.1 Planifica e escreve essa receita seguindo as regras que aprendeste
completando o quadro seguinte.

Objetivo

Ingredientes

Materiais
necessários
Modo
de preparação

2 Juntem todas as receitas e editem o Livro de Receitas da Turma. Depois, escolham


uma e, com a ajuda do professor e com a necessária autorização, usem a cozinha
da escola para confecionarem a vossa receita.
BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 139

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AL
FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTR
2.º Período

1 Lê o texto com atenção, pelo menos duas vezes.

A andorinha e o cisne
A andorinha acabara os seus preparativos de viagem.
Nervosa, ao pé de seus filhos, aguardava as companheiras, porque
a viagem era coletiva, e batia as asas como a querer certificar-se do seu bom
funcionamento. A uma curta distância, um cisne permanecia silencioso,
olhando para as águas que o sustinham. Nunca trocara palavras com ele,
porque o cisne jamais levantara a cabeça para a fixar e também porque não
podia perder o seu tempo a conversar com alguém que não lhe ligasse
importância. Mas desta vez, enquanto esperava as companheiras, resolveu,
para passar o tempo, dizer-lhe fosse o que fosse. E um pouco à toa principiou:
— Quer vir passear connosco?
— Não gosto de viajar.
— Por que razão meu amigo? Viajar encanta, instrui! Voar pelo azul!
Vermos raças diferentes, países, outras paisagens! Venha daí, há de gostar!
— Não insista, minha amiga.
— Quer dizer que não gosta de voar?
— Tenho o bom senso, felizmente, das minhas necessidades.
E acrescentou sem se mexer:
— Quem viaja pouco adianta. Tudo está dentro de nós.
António Botto, Contos, Livraria Bertrand, 1912

140

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LEITURA

1 A andorinha fizera os preparativos para a viagem.


Sabes de que viagem se trata?

2 Explica por palavras tuas o significado da expressão: «a viagem era coletiva».

3 Por que razões a andorinha nunca falara com o cisne?

4 Qual foi o convite que a andorinha fez ao cisne?


4.1 Ele aceitou o convite? Porquê?

5 Por que motivos gostava a andorinha de viajar?

6 Assinala com uma a opção correta.


6.1 A andorinha para verificar o bom
funcionamento das suas asas…
A. … dava pequenos voos.
B. … saltitava de ramo em ramo.
C. … batia as suas asas.
D. … voava baixinho junto do cisne.

6.2 O cisne não gostava de viajar porque…


A. … já viajara muito.
B. … tinha sofrido um acidente.
C. … tinha tonturas.
D. … achava que viajar não trazia nada de novo.

7 Por que razão a andorinha resolveu, desta vez, iniciar uma conversa com o cisne?
7.1 Quando tomou essa decisão?

8 Qual seria a principal razão para o cisne não querer viajar?

9 Sublinha no texto o convite que a andorinha fez ao cisne.

10 Que outras vantagens, além das apresentadas pela andorinha, poderão ter
as viagens?

FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL 2.º Período 141

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VOCABULÁRIO

1 Procura no texto as palavras sinónimas às que se seguem.

calado ensina jornada carências

2 Lê as seguintes palavras: distância daí .

2.1 Escreve as mesmas palavras sem os acentos e volta a lê-las.


2.2 Escreve várias frases em que uses estas palavras, com e sem os acentos.

3 Faz a família e o campo lexical da palavra «viagem».

4 Explica por palavras tuas o significado das expressões: «ter bom senso»
e «não podia perder o seu tempo.»
4.1 Escreve uma frase em que a palavra «tempo» tenha um sentido diferente.

ORTOGRAFIA

1 Faz a translineação das palavras seguintes, como no exemplo.


A. an-do-ri-nha C. preparativos E. filhos G. principiou
B. curta D. ligasse F. dizer-lhe H. companheiras

2 Forma verbos a partir das palavras seguintes.

aviso frágil análise cicatriz suave

3 Lê as palavras seguintes.

companheiras também importância

3.1 Por que razão o som nasal da vogal presente se obtém com a letra m?

4 Como sabes, a letra x pode ter quatro sons. Escreve quatro palavras, em que cada
uma tenha um dos sons do x.
142

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GRAMÁTICA

1 Indica a ordem alfabética das palavras numerando-as de 1 a 5.

cisne conversar cabeça companheiras coletiva

2 Por que razão alguns parágrafos do texto se iniciam com travessão (—)?

3 Altera a pontuação do último parágrafo do texto de modo que o sentido da frase


passe a ser de admiração.

4 «A andorinha estava nervosa e preparava a sua viagem.» Reescreve a frase…


a) … no futuro do indicativo. e) … com o adjetivo no grau
b) … no presente do indicativo. superlativo absoluto sintético.

c) … no pretérito perfeito do indicativo. f) … substituindo o nome «andorinha»


por um pronome pessoal.
d) … no plural.

5 Copia do texto uma frase com um determinante possessivo.

6 Classifica, quanto à sílaba tónica, as palavras seguintes.

passear distância também

7 Qual é o nome coletivo que designa um conjunto de aves?

ESCRITA

1 Escolhe uma das opções e planifica e escreve um texto com 20 linhas.


Hipótese 1
Elabora o mapa de uma história a partir da frase: «A andorinha convidou o cisne
para viajar.» Depois escreve-a.
Hipótese 2
Faz o reconto do texto em verso.

IMAGEM

1 Faz um desenho sobre o texto que escreveste.


FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTRAL 2.º Período 143

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8
Unidade

No meu bairro

144

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Observa atentamente a imagem e descreve-a, não


te esquecendo dos aspetos abaixo. Regista as tuas
observações no caderno e dialoga com os teus colegas
e com o teu professor sobre elas:
— identifica a cidade e a época do ano em que
a cena se passa;
— refere o ambiente que a imagem representa;
— identifica as profissões que a imagem mostra.

2 Achas importante que as pessoas participem em festas


e romarias?
tador
mpu
co
que se realizam na região onde moras e conversa com ao
os

os teus colegas e com o teu professor sobre elas.


Vam

3 Desenha, no teu caderno, uma imagem que


represente uma festa, romaria ou arraial que se
realize na localidade ou região onde vives.

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 145

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ANTES DE LER… vamos conversar A banda desenhada

1 Que tipo de texto é este? Gostas de o ler? ras?


Ainda te lemb
e banda
2 Que vocábulos conheces que são Uma página d
ama-se
próprios de uma banda desenhada? desenhada ch
dividida em
prancha e está z,
3 Observa as imagens. Quantas personagens rias tiras, que, por sua ve
vá s
as por vinheta
identificas e qual é a relação que se poderá são constituíd
hos», ao longo
estabelecer entre elas? (os «quadradin
esenrola
dos quais se d
a história).

A Senhora Duquesa quer leite


Decorria lentamente a tarde
quando a Senhora Duquesa… — Senhora
Duquesa,
não há leite.
— Gastão,
traz-me uma
chávena de leite.

— Mas porquê, Gastão?


Será que as nossas
vacas deixaram de dar leite ?! — A Senhora Duquesa
deve estar a fazer
confusão: nós não
temos vacas. Vivemos
num prédio e…

— Então de onde
é que vem o leite que
diariamente eu bebo?

— Do supermercado
da esquina!

146

363826 144-161_U8.indd 146 18/03/13 15:06


8

Unidade
— Porque a Senhora
Duquesa há mais
de 5 meses que não
paga a conta!!

— Então e por
que razão não
há leite?!

— Queres tu dizer
— Queres que, se eu quiser uma
tu dizer que, chávena de leite,
se eu não pagar é melhor…
o que devo, …

— … não — … pagar
há leite para rapidamente
ninguém!! o que deve!!

Hum!!??
— Gastão,
traz-me uma
chávena de chá.

Alice Vieira,
O livro com cheiro a morango,
Texto Editores, 2006 (adaptado)

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 147

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A Senhora Duquesa quer leite

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Elabora as perguntas para as seguintes respostas.


P.:
R.: São a Senhora Duquesa e o Gastão.
P.:
R.: É o mordomo da Duquesa.
P.:
R.: Ficou muito admirada.

2 Preenche o quadro seguinte com a caracterização física


e psicológica das duas personagens.

Senhora Duquesa

Gastão

3 De acordo com o momento em que se passa a história do texto, parece-te


ajustado o pedido da Senhora Duquesa? Justifica a tua resposta.

4 Qual foi a primeira hipótese apresentada pela Senhora Duquesa para justificar
a falta de leite?
4.1 Essa ideia tinha alguma possibilidade de se verificar? Porquê?
4.2 Completa a frase do mordomo de forma adequada:
«Vivemos num prédio e…».
4.3 Qual era a verdadeira razão para não haver leite em casa?

5 O que tinha de fazer a Senhora Duquesa para voltar a ter leite?


Assinala com uma a resposta correta, de acordo com o texto.
A. Comprar uma vaca. er
faz
os
B. Ir a outro supermercado.
m
Va

C. Liquidar a sua dívida no supermercado da esquina.


D. Mudar-se para uma quinta.
5.1 Foi essa a sua decisão? Porquê?
148

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8

Unidade
6 Quais foram para ti os dois momentos mais divertidos
da história? Porquê?

7 Podemos afirmar que a Senhora Duquesa


era muito esperta? Porquê?

8 Que nome tem quem não paga uma dívida?


Assinala com uma a hipótese correta.
A. Duvidoso.
B. Devedor.
C. Desconfiado.
D. Delator.

9 Que outro título poderias dar ao texto?

10 Qual é a imagem da BD de que mais gostas?


Justifica a tua escolha.

11 Depois de o planificares, de acordo


com as regras que já conheces,
faz o reconto da história, num texto
de 15 linhas, mas sem utilizares
utador
o discurso direto. mp
sa
o co

Atenção! Não te esqueças de que um


Vamo

reconto não é um resumo. Tens liberdade


para fazer comentários, dar a tua opinião, …

om
pr e e n de A honestidade
O respeito pelos outros
c
Ouve e

1.
1. Sabes o que
A atitude das écrianças,
ser honesto? Por quede
ao deixarem razão devemos
ir brincar paraser honestos?
o jardim do Gigante Egoísta, revelou
2. Joga com os teus colegas de turma: cada um escreve numa
que eram crianças respeitadoras da vontade dos outros. Mesmo sem folha umaestarmos
situação em que
de acordo,
não houverespeitar
devemos honestidade e a razão
a vontade dos pela
outrosqual
emisso aconteceu.
relação ao que Depois, cada um
é seu. Debate coloca
com os teus
o seu papel numa caixa. De seguida,
colegas e professor estas ideias. tiram alguns papéis à sorte e leem-nos em voz alta,
2. dando
Faz umainício a um debate
apresentação sobre (individualmente
à turma as razões que podem ou emlevar as sobre
grupo) pessoas
estea tema,
não serem
em que
honestas.
dês exemplos de situações vividas por ti.

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 149

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A Senhora Duquesa quer leite

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Descobre na sopa de letras quatro palavras da família da palavra «leite» e escreve-as.

A L E I T A M E N T O N L

R C L Á C T E O L A B E T

E G U R E L E I T A R I A

L U I T Ã O N Z E L H N Z

E C U T I L E I T E I R A

2 Escreve novas palavras alterando letras das palavras dadas (podes acrescentar,
tirar ou alterar um letra de cada vez). Observa os exemplos.

não paga bem vaca dar nós galo


pão gaga vem vala ar sós lago

3 Completa cada frase com a palavra correta.


A. (nós/noz) não temos leite.
B. Não paga a conta há muitos (messes/meses).
supermercado
C. — Gastão, (traz/trás) uma chávena de chá.
chávena
4 Organiza listas de palavras que possam ser associadas vaca
às palavras do quadro ao lado. Repara no exemplo: leite
leite: queijo, manteiga, iogurte, natas, vaca, cabra

5 Escolhe dois dos grupos de palavras que elaboraste e escreve um texto


em que contes uma história engraçada utilizando todas as palavras.
Atenção à planificação e revisão do teu texto!
150

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8

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA As palavras homófonas/homógrafas/homónimas

1 Partindo da consulta do dicionário, escreve frases que mostrem a diferença


de significado entre as palavras homófonas a seguir apresentadas.
A. nós
ras?
noz Ainda te lemb
ófonas
B. traz Palavras hom
são as que se
trás a mesma
pronunciam d
que
C. sem maneira, mas
de forma
cem se escrevem
m
diferente e tê
D. cozer iferentes.
significados d
coser

2 Explica o significado das palavras homógrafas


destacadas em cada uma das frases seguintes.
ras?
A. A Senhora Duquesa tem sede. Ainda te lemb
ógrafas
Palavras hom
A festa realiza-se na sede do clube. que
são palavras
da mesma
B. O criado não pôde levar o leite. se escrevem
que se
Se ele for pagar então já o pode comprar. maneira, mas
e forma
pronunciam d
C. O pastor fabrica queijo com o leite do gado. m
diferente e tê
iferentes.
Depois o queijo é empacotado na fábrica. significados d

3 Escreve frases com as seguintes


palavras homónimas.
A. amo (nome: senhor)
amo (verbo: amar)
B. são (nome: santo) Palavras
ão
homónimas s
são (verbo: ser) elhantes
palavras sem
o
C. livro (nome) na forma com
mas
livro (verbo: livrar) se escrevem,
os
têm significad
D. olhar (nome)
diferentes.
olhar (verbo: olhar)

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 151

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A Senhora Duquesa quer leite

TRABALHAMOS A ESCRITA Expandir um conto

PLANIFICA

1 Lê o texto seguinte com atenção.

O Rouxinol
Era uma vez um rouxinol muito vaidoso, que vivia em Mafra,
na Rua do Sabão. E todos os dias ia tomar banho ao rio. Mas, naquela
manhã, antes de o Rouxinol chegar ao rio, estiveram lá umas lavadeiras
a lavar uma roupa muito suja e usaram muita lixívia. E quando
o Rouxinol foi tomar banho, a lixívia fez com que as suas penas
ficassem brancas como a neve!
Quando ele se viu assim, foi esconder-se, cheio de vergonha.
E os outros rouxinóis, quando o viram, riram-se muito dele.
O pobre Rouxinol, assim que pôde, voou até uma escola e pediu aos
meninos que lá estavam que o pintassem de várias cores. Depois disse […].
— Nunca mais tomo banho! Nunca mais serei vaidoso!
E assim foi, nunca mais o Rouxinol foi para o rio e ficou com
aquelas lindas cores para todo o sempre.
José Viale Moutinho, 365 Histórias, Edições Asa, 2002 (adaptado com supressão)

1.1 Este texto pode ser a base para um texto novo. Vamos expandi-lo, ou seja,
aumentá-lo: escrever a mesma história acrescentando pormenores
e acontecimentos. Para isso, vamos formular algumas questões que
podemos colocar quando lemos o texto.
a) O Rouxinol vivia na Rua do Sabão.
Como era essa rua?
b) O Rouxinol ia todos os dias tomar banho ao rio.
Como era esse rio? Largo ou estreito?
c) As lavadeiras estiveram a lavar a roupa.
De quem era essa roupa? Seria delas ou elas
trabalhariam para outras pessoas?
d) O Rouxinol ficou branco.
Que cor tinha antes?
152

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8

Unidade
e) O Rouxinol voou para uma escola.
A escola ficava muito longe ou perto?
f) O Rouxinol pediu aos meninos que o pintassem.
Os meninos estranharam esse pedido?
Pintaram-no de boa vontade? De que cor?
g) O Rouxinol nunca mais foi para o rio tomar banho.
O que fazia quando chovia?

AGORA ESCREVE...

1 Agora já tens muitas mais sugestões para poderes escrever um novo texto.
Tens de seguir o texto original, mas completando-o com as tuas ideias.
Não te esqueças de fazer uma descrição pormenorizada do Rouxinol.
Antes de iniciares a escrita, planifica o teu texto preenchendo o quadro seguinte:

— Problema inicial
— Localização espacial
Introdução
— Localização temporal
— Personagens e sua caracterização
— Episódio 1:
— Episódio 2:
Desenvolvimento
— Episódio 3:
— …

Conclusão

2 Faz o rascunho do texto. Lê-o, corrige-o e depois passa-o a limpo.

3 Faz a ilustração do texto. Planifica-a seguindo as indicações:


a) Escolhe a cena que queres ilustrar;
b) Escolhe as personagens principais que farão parte dessa cena;
c) Escolhe as personagens secundárias para completar a cena;
d) Define a localização espacial e temporal da cena;
e) Escolhe os elementos necessários para caracterizar o espaço;
f) Decide a técnica de pintura que irás utilizar.
BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 153

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Observa a imagem. Que profissional identificas? Conheces aquele que


trabalha na rua onde moras? Já alguma vez falaste com ele?
O que achas do seu trabalho?

Bicicleta de recados
Na minha bicicleta de recados
eu vou pelos caminhos.
Pedalo nas palavras atravesso as cidades
bato às portas das casas e vêm os homens espantados
ouvir o meu recado ouvir a minha canção.

Na minha bicicleta de recados


eu vou pelos caminhos.
Vem gente para a rua a ver a novidade
como se fosse a chegada
do João que foi à Índia
e era o moço mais galante
que havia nas redondezas.
Eu não sou o João que foi à Índia
mas trago todos os soldados que partiram
e as cartas que não escreveram
e as saudades que tiveram
na minha bicicleta de recados
atravessando a madrugada dos poemas.

Desde o Minho ao Algarve


eu vou pelos caminhos.
E vêm homens perguntar se houve milagre
perguntam pela chuva que tarda
perguntam pelos filhos que foram à guerra
perguntam pelo sol perguntam pela vida
e vêm homens espantados às janelas
ouvir o meu recado ouvir minha canção.
Sentes falta de algum sinal
Manuel Alegre, de pontuação no poema? Qual é?
Poesia portuguesa para crianças, Antologia, Sem alterar o seu sentido, pontua
Girassol, 2008
154 este poema.

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8

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Preenche os quadros com as expressões do poema que te despertam


as sensações referidas.

Visuais Auditivas

2 Qual foi o verso, ou versos, de que mais gostaste? Sublinha-os e explica a tua escolha.

3 E qual foi o verso que mais tristeza te causou? Circunda-o e explica porquê.

4 Segundo o poeta, o carteiro transporta a esperança para muita gente.


Dá três exemplos.

5 Por que razão o carteiro chama à sua bicicleta a «bicicleta de recados»?

6 Dá um novo título ao texto.

7 Podemos afirmar que o carteiro percorre todo o País?


7.1 Quais são os versos que confirmam a tua resposta? Sublinha-os a verde.

8 Pensas que o carteiro traz as respostas para todas as perguntas dos homens
que o esperam? Quais achas que são as mais difíceis de responder?

9 Dá exemplos de boas e más notícias que nos chegam trazidas pelo carteiro.

10 Escreve um poema com dez versos em que cada verso se inicie com uma letra
do abecedário, seguindo a ordem alfabética. O título do poema será «O carteiro».
Observa o exemplo:
ras?
Acarinhado quando a sua Ainda te lemb
língua
Bicicleta de recados O alfabeto da
composto
Chega a cada rua portuguesa é
5 vogais
por 26 letras:
D… tes.
e 21 consoan
E…
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Bicicleta de recados

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE Os tipos de frases Aprende!


o,
Quanto ao tip
em
Observa o quadro seguinte com as relações as frases pod
as,
entre as frases, os tipos de frases e as suas ser declarativ
,
características. exclamativas
interrogativas
.
e imperativas
Tipos
Frases
de frases

— Que horas são? interrogativa Faz uma pergunta.

— O ciclista já
declarativa Faz uma afirmação.
chegou.

— Até que enfim! exclamativa Expressa espanto.

— Não atravesses Expressa um pedido, uma


imperativa
fora da passadeira. ordem ou um conselho.

Queres ir andar Agora?


de bicicleta? Mas são quase horas de jantar!
É melhor não irmos.

156

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8

Unidade
APLICA

1 Numera as frases apresentadas abaixo de acordo com o seu tipo.

Tipos de frase
1. Frase declarativa 3. Frase exclamativa
2. Frase interrogativa 4. Frase imperativa

A. Vejam o ciclista!
B. O movimento na rua era difícil.
C. Ainda não viste tudo?
D. Os miúdos ficavam colados à janela.
E. Vamos embora daqui.
F. Já ouviram os recados?
G. As pessoas vieram à janela.
H. As ruas estão cheias de gente!
I. Temos de ir de bicicleta?
1.1 Altera a pontuação das frases de forma a que ganhem um sentido
diferente.

ras?
Ainda te lemb
2 Lê as frases com atenção e responde ao que
te é pedido. ser
A frase pode
A. O carteiro nunca esquecerá aquelas viagens ando
afirmativa, qu
de bicicleta.
exprime uma
negativa,
B. Os aldeões não ficavam indiferentes afirmação, e
e uma
ao ciclista atarefado. quando exprim
C. Na aldeia não havia qualquer loja nem negação.
supermercado aberto ao domingo.
D. Nada havia naquela viagem que interessasse.
2.1 Repara nas palavras destacadas. O que têm em comum?
2.2 Qual é a palavra mais usada para expressar uma negação?
2.3 No entanto, acabaste de descobrir outras.
Escreve-as.
2.4 Transforma as frases negativas em frases afirmativas.
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Bicicleta de recados

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

3 Completa o quadro classificando cada frase quanto ao tipo e identificando-a


como negativa ou afirmativa.

Frase Tipo Negativa/Afirmativa

Mãe, vamos ver o homem


de bicicleta.

Quando puder compro-te


uma bicicleta.

Nem penses que voltamos lá!

Nada do que disser te convence?

Quando fizeres anos ofereço-te


um presente.

Atenção ao trânsito!

Já reparaste como é rápido?

Amanhã quero passear outra vez.

Nunca hei de esquecer este


passeio.

4 Escreve frases seguindo as indicações:


a) Uma frase de tipo declarativo e negativa;
b) Uma frase de tipo imperativo (uma ordem) e afirmativa;
c) Uma frase de tipo interrogativo e negativa;
d) Uma frase de tipo imperativo (um conselho) e afirmativa;
e) Uma frase de tipo imperativo (um pedido) e negativa;
f) Uma frase de tipo exlamativo e afirmativa.
158

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8

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE

Quando falamos ou escrevemos, combinamos Aprende!


em ser
as palavras de acordo com certas regras, As frases pod
para formarmos frases. mplexas.
simples ou co
ples
Se combinarmos as palavras seguintes da forma As frases sim
rbo
correta obtemos a frase A. têm um só ve
principal.
plexas
As frases com
ais
ciclista O pelas da têm dois ou m
ais.
pedalava ruas cidade. verbos princip

A. O ciclista pedalava pelas ruas da cidade.

Esta frase é uma frase simples, pois só tem um verbo, mas podemos transformá-la
numa frase complexa, a frase B, que tem dois verbos:

B. O ciclista pedalava pelas ruas da cidade e contava as novidades a todos.

APLICA

1 Constrói frases complexas, seguindo o exemplo. Escreve-as.

O ciclista pedalou … o ciclista voltou


muito… para o trabalho.
Ficou muito e … ficou muito cansado.
contente… quando … demorou muito
Foram todos porque tempo.
conversar… … todos tinham gostado
enquanto
Apareceu das novidades.
o carteiro… … estavam todos
O João foi à Índia… reunidos.

2 Copia do poema «Bicicleta de recados», da página 154, duas frases simples


e duas frases complexas.
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ANTES DE LER… vamos conversar A fatura

1 Quando vais às compras, depois de pagares, recebes sempre um papel.


Já alguma vez reparaste no que está escrito nesse papel?
Sabes como se chama esse papel?

1 Lê com muita atenção o documento seguinte, que representa a cópia da fatura que
um mestre de obras apresentou aos seus clientes, em 1853, pela reparação que
fez na capela do Bom Jesus de Braga.

Ao servıço do padre Antónıo

FATURA
— Por corrıgır os 10 mandamentos, embelezar o Sumo
Sacerdote e mudar-lhe as fıtas 170 réıs

— 1 galo novo para S. Pedro e pıntar-lhe a crısta 95 réıs

— Dourar e pôr penas novas na asa esquerda do Anjo da Guarda 90 réıs

— Lavar o crıado do Sumo Sacerdote e lavar-lhe as suíças 160 réıs

— Tırar as nódoas ao fılho do Tobıas 95 réıs

— Uns brıncos novos para a fılha de Abraão 245 réıs

— Avıvar as chamas do Inferno, pôr um rabo ao Dıabo e fazer


várıos concertos aos condenados 245 réıs

— Fazer um Menıno ao colo de Nossa Senhora 210 réıs

— Renovar o Céu, arranjar as estrelas e lavar a Lua 130 réıs

— Compor o fato e a cabeleıra de Herodes 55 réıs

— Retocar o Purgatórıo e pôr-lhe almas novas 355 réıs

— Meter uma pedra na funda de Davıd, engrossar a cabeleıra


ao Saul e alargar as pernas ao Tobıas 95 réıs

— Adornar a Arca de Noé, compor a barrıga ao Fılho Pródıgo


e lımpar a orelha esquerda de S. Tınoco 135 réıs

— Pregar uma estrela que caıu ao pé do coro 25 réıs

— Umas botas novas para S. Mıguel e lımpar-lhe a espada 255 réıs

— Lımpar as unhas e pôr cornos ao Dıabo 185 réıs

Braga, aos 23 dıas do mês de abrıl do ano de 1853 TOTAL 2545 réıs
Maria Alberta Menéres, Imaginação, Edições Asa, 2003

160

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8

Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA

1 Na fatura que leste na página anterior, qual foi a reparação mais cara?

2 E qual foi a mais barata?

3 Quanto custou fazer um Menino Jesus?

4 De todas as reparações realizadas, qual


delas te pareceu mais estranha?
Porquê?

5 E qual achaste mais engraçada?


Justifica a tua escolha.

6 Para que servirá uma fatura?

7 Qual era a especialidade deste mestre de obras?

8 Porque se chamaria «réis» à moeda naquele tempo?

9 Leste uma fatura do século XIX, mas tem muitas


semelhanças com as faturas dos nossos dias,
como a da imagem ao lado.
Uma fatura completa deve ter:
— o nome do cliente;
— o nome de quem efetua o serviço e o seu
contacto;
— a descrição do trabalho realizado;
— o valor total do serviço;
— a data em que se efetuou o serviço.
—…
9.1 De acordo com o que leste,
utador faz uma fatura sobre os arranjos
mp
co
a efetuar numa casa
o
sa

de habitação.
Vamo

Na tua fatura devem


estar todos os elementos
listados acima.

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9
Unidade

Tudo para ver

162

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Que diferentes atividades realizam os meninos da imagem?


Conversa com os teus colegas e com o teu professor sobre
o que vês na imagem, registando no teu caderno:
Qual é para ti a mais divertida?
Se estivesses neste recreio, de que te ocuparias?
Imagina que és o diretor desta escola. Que outras
atividades poderias querer organizar naquele espaço?

2 Na imagem, está alguém a ser maltratado?


Achas que há alguém em sofrimento? Porque será?
Tens alguma suspeita?

3 Conheces algum caso em que um colega ou vizinho tenha


sido maltratado? Porque acontecerão situações destas?

4 Como brincam os meninos na tua escola? Aprendeste


algum jogo com os colegas novos que vieram de outras
terras ou de outros países?
Regista, no caderno, os jogos que aprendeste.

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 163

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ANTES DE LER… vamos conversar Texto narrativo

1 Depois de leres o título e observares a imagem, imagina uma história


com uma princesa e uma ervilha.
2 Este será um texto de ficção ou real? Justifica a tua resposta.

A princesa e a ervilha
Ainda
Era uma vez um príncipe que queria casar
de lembras?
com uma princesa, mas com uma princesa autêntica. xto
Procura no te
Viajou, assim, por todo o mundo à procura duma que (s)
o(s) parágrafo
o fosse realmente, mas em todas que encontrou descobriu que está(ão)
ireto.
sempre alguma coisa que não lhe agradava. Princesas no discurso d
havia muitas; mas, quanto a considerá-las autênticas,
não fora capaz de decidir. Havia sempre algo que não era
duma princesa genuína. Regressou assim à pátria muito
triste, pois desejava ardentemente casar com uma princesa
deveras.
Uma noite, estalou uma tremenda tempestade.
Relampejava e trovejava, e caía chuva se Deus a dava!
Fazia um tempo horrível! Então, bateu alguém à porta
da cidade e o velho rei veio abri-la.
Era uma princesa que estava lá fora. Mas, Santo Deus,
em que estado a tinha posto a chuva e o mau tempo!
A água escorria-lhe dos cabelos, do vestido e do nariz
sobre os sapatos, que a vertiam por todos os lados.
Era uma verdadeira princesa, declarou ela.

164

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9

Unidade
— Está bem, em breve o saberemos! — pensou a rainha
velha, que nada disse, contudo. Dirigiu-se ao quarto de hóspedes,
tirou a roupa da cama, pôs uma ervilha sobre as tábuas do leito
e, depois, pegou em vinte colchões, colocou-os uns em cima
dos outros e sobre estes ainda mais vinte edredões.
Aí a princesa iria dormir, nessa noite.
No outro dia de manhã, perguntaram-lhe como havia
passado a noite. — Oh, terrivelmente mal! — respondeu
a princesa. — Quase não preguei olho toda a noite! Sabe Deus
o que tinha a cama! Estive deitada sobre uma coisa dura que me
encheu o corpo todo de nódoas negras! Foi uma noite horrível!
O rei, a rainha e o próprio príncipe puderam deste modo
verificar que se tratava duma autêntica princesa. Na verdade,
só uma genuína princesa podia ser assim tão sensível. eru
ma BD
z
O príncipe tomou-a, então, por esposa, pois tinha

a
sf
Vamo
agora a certeza de ter encontrado uma princesa de verdade
e a ervilha foi colocada num museu, onde ainda pode ser vista,
se ninguém a tirou de lá.
Pois esta é também uma história verdadeira!
Hans Christian Andersen,
Contos de Andersen,
Portugália Editora, 1965

Circunda todos os adjetivos


do texto que caracterizam
a princesa.

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A princesa e a ervilha

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Classifica o texto assinalando com uma a opção correta.


A. Uma fábula.
B. Uma lenda.
C. Um conto tradicional.

2 Assinala com uma a resposta correta. A história que leste é sobre:


A. O casamento do príncipe.
B. A vida no castelo.
C. Como descobriu a rainha uma verdadeira princesa.

3 A «ervilha» é uma personagem do texto? Justifica a tua resposta.

4 Formula as perguntas para as seguintes respostas.


P.:
R.: Porque não encontrou uma verdadeira princesa.
P.:
R.: Foi o rei.
P.:
R.: Foi por causa da tempestade.

5 A rainha acreditou que aquela rapariga toda molhada era uma princesa?
5.1 Tu acreditarias? Porquê?
5.2 O que farias para teres a certeza?

6 Como fez a rainha a cama? O que tinha de especial?

7 Qual foi a razão pela qual a rainha fez a cama daquele modo?

8 Assinala com uma a resposta correta. A rainha soube que a rapariga era uma
verdadeira princesa porque…
A. … conseguiu subir 20 colchões e dormir.
B. … afirmou que era uma princesa verdadeira.
C. … não conseguiu dormir porque teve muito calor com os edredões.
D. … a sua pele ficou com nódoas negras provocadas pela ervilha.
166

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9

Unidade
9 Completa a frase seguinte.
«A rainha acreditava que uma verdadeira , criada num castelo com
todas as comodidades, conseguia uma ervilha sob todos aqueles
colchões.»

10 O texto é uma narrativa onde podes identificar várias partes.


Preenche o quadro com um resumo de cada parte, de acordo com o texto.

Situação inicial

Desenvolvimento

Desenlace/
/conclusão

11 Escreve um texto de 20 linhas, em que a história da princesa e da ervilha é contada


pela ervilha com as seguintes alterações:
a) A princesa bateu à porta do castelo porque tinha fugido do seu pai;
b) A princesa não sentiu a ervilha;
c) Mesmo contra a vontade do rei e da rainha, os príncipes casaram.
Atenção: Não te esqueças de aplicar as regras de planificação que já aprendeste.

om
pr e e n de A verdade
c
Ouve e

1. Porque será que, por vezes, é tão difícil dizer a verdade?


2. Sabes o que é uma «mentira piedosa»?
Achas que em certas circunstâncias se justifica faltar à verdade? Será que os adultos dizem
sempre a verdade?
3. Porque será que, aparentemente, as pessoas dão grande valor a este princípio, mas, por
outro lado, estão sempre a falhar?
4. Conversa sobre estas e outras questões que surjam com os teus colegas e escreve um texto
com as conclusões desse debate.

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A princesa e a ervilha

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

1 Explica por palavras tuas o significado das expressões seguintes.


A. «Quase não preguei olho toda a noite!»
B. «O príncipe tomou-a, então, por esposa,»
C. «…caía chuva se Deus a dava!»

2 Seguindo o exemplo, forma adjetivos com o sufixo -ado a partir dos seguintes
nomes, como no exemplo.
fascínio — fascinado paixão —
fome — admiração —
espanto — amargura —
doce — delicadeza —

3 Substitui as expressões destacadas pelo adjetivo correspondente.


A. Este peixe tem a cor da prata.
B. Este tecido é fino e suave como a seda.
C. Este rapaz ainda não é adulto.
D. Este lugar é despovoado e solitário.
E. Há pessoas com poderes fora do normal.
F. A mãe trata o filho com carinho.
G. Este animal comporta-se com mansidão.

4 Escreve duas frases com as palavras homógrafas:


«olho» — (nome) e «olho» — (verbo).

5 Estabelece uma relação entre as palavras seguintes e classifica-as, como no exemplo.

linda horrível
conhecer zanga
magnífico feia antónimos
fúria mascarado
disfarçado ignorar

168

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9

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

APRENDE A formação do feminino Atenção!


gras
Observa as re
ão
Os nomes que terminam em o formam o feminino para a formaç
as
alterando o o final para a. do feminino d
Exemplos: menino/menina; amigo/amiga; médico/médica
a palavras.

Nos nomes terminados em r ou s, o feminino forma-se, geralmente,


acrescentando um a.
Exemplos: professor professora / camponês camponesa

Alguns nomes terminados em ão formam o feminino alterando o ão para…


… oa. Exemplo: pavão pavoa
… ã. Exemplo: anão anã Aprende!
… ona. Exemplos: valentão valentona Geralmente,
rmam
os adjetivos fo
Alguns nomes formam o feminino com palavras diferentes. o feminino da
ira que
Exemplos: boi vaca / homem mulher mesma mane
os nomes.
Há palavras que se usam nos dois géneros.
Exemplos: a pessoa/a criança/a testemunha/a vítima.
Há palavras que se usam nos dois géneros, mas devem ter antes um determinante:
o para o masculino e a para o feminino.
Exemplos: o cliente a cliente / o jovem a jovem

A formação do feminino pode fazer-se com alterações especiais no final dos nomes.
Exemplos: ator atriz / imperador imperatriz.

APLICA
falador comilão rei

1 Escreve as palavras do quadro ao lado no feminino. patrão aldeão sultão


português maçador
2 Com os sufixos -iza ou -esa, forma o feminino das
embaixador pessoa
palavras «juiz», «profeta», «princípe» e escreve-as.

3 Constrói frases com as palavras «camarada», «jornalista»,


«colega» e «artista» no género feminino e no género masculino.

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A princesa e a ervilha

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE As preposições Aprende!


s
As preposiçõe
Observa no quadro as preposições. são palavras
e
invariáveis qu
Preposições Exemplos relacionam
uma
a Eu vou à escola hoje. elementos de
frase.
ante O ladrão vai comparecer ante o tribunal.
após Devemos tomar banho após fazermos exercício físico.
até Amanhã vou até à praia.
com Vou com a minha mãe às compras.
contra O Miguel está contra a ideia do irmão.
de Eu já fui de férias.
desde A minha irmã não parou de estudar desde ontem.
em Eu estudo muito em casa de um amigo.
entre Esta conversa fica entre nós.
para Estes bolinhos são para a minha avó.
perante Eu estou perante uma situação difícil.
por Não sei por onde hei de começar.
sem Eu vou para a escola sem a minha bicicleta.
sob A cama está sob o candeeiro do quarto.
sobre O livro está sobre a mesa.

APLICA

1 Lê as frases sem as palavras circundadas. O que concluis?


A. Vou a Lisboa. B. Eu vou estudar para ter boas notas.

2 Completa as frases seguintes com as preposições adequadas.


A. o almoço não se pode tomar banho antes fazer a digestão.
B. Eu preciso de fazer o trabalho amanhã não ter má nota.

170

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9

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE Os advérbios Aprende!


As palavras
1 Lê as frases com atenção. am
que determin
m
A. A princesa chegou bem a casa. ou intensifica
B. A rainha não é má. o sentido
do verbo
C. A princesa dormiu muito.
chamam-se
D. O príncipe gostava bastante da princesa e casaram-se. advérbios.
1.1 Copia as mesmas frases sem as palavras destacadas.
1.2 Reescreve as frases substituindo as palavras destacadas pelos seus
antónimos.

Podemos concluir que as palavras: bem, não, sim, muito, bastante determinam
ou intensificam o sentido do verbo — são advérbios.
Observa o quadro com alguns dos advérbios.

Advérbios

Afirmação Sim

Negação Não

Quantidade muito, pouco, quase, bem, bastante, …

APLICA

1 Sublinha no texto «A princesa e a ervilha» três frases em que identifiques advérbios


e circunda-os.

2 Escreve nos espaços em branco os advérbios adequados.

— vais ao casamento dos príncipes?


— Vou, . Mas estou atrasada.
— Se te despachas, quando lá chegares está a acabar.
— digas isso. Falta para eu sair. Se for
depressa chegarei a tempo.

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 171

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A princesa e a ervilha

TRABALHAMOS A ESCRITA A banda desenhada

PLANIFICA

1 Observa a imagem e lê o texto com atenção para recordares o que é e como se faz
uma banda desenhada.
A história é narrada por meio As onomatopeias são desenhadas
de uma série de desenhos para representar de forma textual
e de diálogos ou legendas e gráfica os ruídos.
ordenados de forma horizontal,
geralmente situados dentro
de uns quadradinhos,
chamados vinhetas.

símbolos
As palavras aparecem dentro das vinhetas de
diferentes formas: no interior dos balões de diálogo, para comunicar situações
onde se escreve o que diz cada personagem; usando uma linguagem
nas legendas, onde se colocam indicações sobre não verbal (como estrelas
o tempo e sobre o espaço em que a ação acontece a indicar dor, por exemplo).
ou se dão algumas explicações, e também
em onomatopeias, que fazem parte
do desenho. Os balões têm uma certa forma de
pensamento
acordo com a intenção do discurso ou com a ação: fala grito

172

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9

Unidade
por
ex
AGORA ESCREVE...

os
Vam
1 Lê o texto seguinte e, numa folha A3, transforma-o numa
banda desenhada. Faz primeiro um rascunho.

O nabo gigante
Há muito, muito tempo, havia um velhinho e uma
velhinha que viviam numa casinha velha e torta, que
tinha um grande jardim coberto de plantas.
O velhinho e a velhinha tinham seis canários amarelos,
cinco gansos brancos, quatro galinhas sarapintadas,
três gatos pretos, dois porcos barrigudos e uma grande
vaca castanha.
Numa bela manhã de março, a velhinha sentou-se
na cama, cheirou o ar perfumado da primavera e disse:
«Está na hora de semearmos legumes!» Então, o velhinho
e a velhinha foram para o jardim.
Semearam ervilhas e cenouras e batatas e feijões.
Por último, semearam nabos.
Naquela noite choveu — ping, ping! — no jardim da casinha
velha e torta. O velhinho e a velhinha adormeceram a sorrir.
A chuva ia ajudar as sementes a crescer e a produzir
ótimos vegetais suculentos.
A primavera passou e o sol de verão fez os legumes
ficarem maduros.
O velhinho e a velhinha colheram as cenouras
e as batatas e as ervilhas e os feijões e os nabos. No fim
da leira só sobrava um nabo. Parecia ser muito grande.
De facto parecia GIGANTE!
Alexis Tolstoi,
ler O nabo gigante, Livros Horizonte, 2002
os
m
Va

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 173

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Já andaste de comboio? O que sentiste? Há alguma viagem


de comboio que gostasses de realizar?
2 O que podem fazer as pessoas durante uma viage
de comboio?
Vocabulário
ceres
Se não conhe
e alguma
o significado d
ema,
No comboio descendente palavra do po
consulta o dic
ionário.
No comboio descendente
vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
e os outros sem ser por nada.
No comboio descendente
de Queluz à Cruz Quebrada…

No comboio descendente
vinham todos à janela.
Uns calados para os outros
e os outros a dar-lhes trela.
No comboio descendente
de Cruz Quebrada a Palmela…

No comboio descendente
mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
e os outros nem sim nem não.
No comboio descendente
de Palmela a Portimão.
Fernando Pessoa,
Obra poética, III Volume,
Círculo de Leitores, 1986

174

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9

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Como viajavam as pessoas naquele comboio? Circunda as respostas certas.


A. a rir D. calados G. a ler J. a discutir
B. a chorar E. a dormir H. a jogar K. a comer
C. a conversar F. a ressonar I. ensonados L. a escrever

2 Há uma diferença na forma como estão descritos os passageiros deste comboio


na primeira estrofe do poema e na segunda. Que diferença é essa?

3 Explica por palavras tuas o significado dos seguintes versos do poema.


A. «Uns calados para os outros e os outros a dar-lhes trela.»
B. «Uns dormindo, outros com sono, e os outros nem sim nem não.»

4 Na última estrofe, há uma contradição entre o que o segundo verso afirma e o que
os restantes afirmam. Explica-a por palavras tuas.

5 Cria onomatopeias para os versos seguintes.


A. «vinha tudo à gargalhada.» B. «Uns dormindo,»

6 Completa o texto seguinte, para descreveres a forma como os versos do poema


rimam. Em cada estrofe…
… o 1.º verso rima com o .
… o 2.º verso rima com o e com o .
… o 3.º verso não com .
6.1 Mantendo este esquema, continua o poema da página anterior.

7 Investiga sobre o autor do poema e escreve a sua biografia num texto com 15 linhas.
Para a planificares, segue os seguintes procedimentos:
a) Faz uma lista das fontes de informação a consultar;
b) Refere essas fontes na bibliografia;
c) Tira apontamentos e coloca os dados
recolhidos por ordem de importância; No poema, sublinha
d) Escreve um resumo e faz um esquema-síntese; as preposições a vermelho
e os advérbios a verde.
e) Redige o teu texto de forma clara usando
Lê o poema sem dizeres
palavras tuas;
as preposições e os advérbios
f) Revê o teu trabalho e corrige o que for necessário. e recorda as suas funções
num texto.

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No comboio descendente

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA Os constituintes da frase: grupo verbal e grupo nominal

1 Lê as frases seguintes.
A. As pessoas iam no comboio.
ras?
Ainda te lemb
B. Os seus amigos também os ajudaram. al é a
O grupo nomin
C. O Aníbal e a Odete viajaram sempre com a Claudina. que tem
parte da frase
to central
D. O maquinista não gostou daquelas atitudes. como elemen
m pronome
E. Os passageiros riam alto. um nome ou u
etc.).
(eu, ele, nós,
1.1 Separa os grupos nominal (sublinha-o a vermelho) léa
e verbal (sublinha-o a azul) de cada frase. O grupo verba
que tem
parte da frase
Exemplo: As pessoas iam no comboio. to central
como elemen
o verbo.

Grupo Grupo
nominal verbal
1.2 Substitui o grupo nominal de cada frase por um pronome.
Exemplo: O João foi ver os amigos. Ele foi ver os amigos.

2 Completa o quadro com grupos verbais adequados.

Grupo nominal Grupo verbal

As mulheres

As conversas

O maquinista

A Odete e o Aníbal

O comboio

2.1 Circunda a vermelho o nome de cada frase e a azul o verbo.


176

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9

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

APRENDE As funções sintáticas: sujeito, predicado e complemento direto

Lê a frase seguinte e analisa-a para perceberes a função sintática


de cada uma das suas partes.
«A menina lia um livro.»
Quem lia o livro?
R.: A menina. Aprende!
Numa frase…
Função Sujeito à pergunta
… a resposta
a-nos
O que fazia a menina? «Quem?» indic
ção;
R.: Lia um livro. o sujeito da a
ica-nos
Função Predicado … o verbo ind
O que lia a menina? o predicado;
à pergunta
… a resposta
R.: Um livro. a-nos
«O quê?» indic
to direto.
Função Complemento direto o complemen

APLICA

1 Nas frases seguintes, seleciona o sujeito, o predicado e o complemento direto.


A. O João tocou a música do gato.
B. Ela abriu a janela.
C. Os turistas visitaram a estação.
D. Aqueles meninos ajudam um amigo.
E. A Joana comeu um bolo.

Complemento
Sujeito Predicado
direto

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 177

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ANTES DE LER… vamos conversar O discurso

1 Já ouviste alguém a discursar. Quem foi? Qual era o assunto?

PLANIFICA Aprende!
é uma
Um discurso
ideias,
1 Lê o excerto do discurso de Severn Suzuki, uma menina exposição de
oral,
de 12 anos, lido na ECO 92, no Rio de Janeiro, no Brasil. muitas vezes
rminado
sobre um dete
assunto.

«Olá, eu sou Severn Suzuki. […] Estou aqui para falar em nome
das gerações que estão para vir.
Eu estou aqui para defender as crianças de todo o mundo que
passam fome e cujos apelos não são ouvidos. […]
Eu gostaria de ser rica, e, se fosse, daria a todas as crianças de rua
alimentos, roupas, remédios, morada, amor e carinho...
[…] Sou apenas uma criança, mas mesmo assim sei que se todo
o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com
a pobreza e para encontrar soluções para os problemas ambientais,
a Terra seria um lugar maravilhoso.
Na escola, desde o jardim da infância, os adultos ensinaram-nos
a sermos bem comportados. Ensinaram-nos a não lutar com as outras
crianças, a resolver as coisas da melhor maneira, a respeitar os
outros, a arrumar as nossas coisas, a não maltratar outras criaturas,
a partilhar e a não sermos mesquinhos...
ENTÃO, PORQUE FAZEM JUSTAMENTE O QUE NOS ENSINARAM A NÃO FAZER?!»
SEVERN SUZUKI, Buriti, Português 4, Moderna, 2010

2 Que pedido faz esta menina aos adultos?

3 Copia para o caderno a estratégia que ela usou para defender o seu pedido:

A repetição de algumas palavras pode ajudar a reforçar uma ideia


e despertar a atenção dos ouvintes.

3.1 Sublinha no discurso as palavras que Severn repetiu na sua argumentação.


178

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9

Unidade
AGORA ESCREVE...

1 Em grupo, escreve um discurso com o tema/problema:


«O que é ser chefe.»

2 Para escreverem um bom discurso, sigam o seguinte


método:
PLANIFICAÇÃO
a) Conversem com alguns adultos para obterem informações
sobre o tema/problema e ouvirem algumas das suas experiências;
b) Escolham a questão que considerem ser a mais importante, para um chefe;
c) Pesquisem sobre o assunto noutras fontes (livros, enciclopédias, Internet, …);
d) Tentem descobrir de que maneira o problema foi solucionado por outras pessoas;
e) Definam as principais partes do discurso.
ESCRITA

Escrevam o primeiro parágrafo (para identificar)


Introdução
a razão do discurso.

Expliquem o problema escolhido e usem argumentos


Desenvolvimento
que convençam as pessoas da sua importância.

Proponham uma solução para o problema


Conclusão
e incentivem as pessoas a divulgar a ideia.

REVISÃO
a) Pensem nos aspetos seguintes e corrijam o que vos parecer incorreto: Sim Não
O discurso centrou-se no problema que estava definido
na planificação e despertou o interesse dos ouvintes?
Sugerem-se soluções para o problema de forma clara?
São usados argumentos capazes de convencer as pessoas?
b) Façam as correções necessárias verificando a ortografia, a pontuação,
a marcação dos parágrafos, …
c) Passem o discurso a limpo;
d) Ajudem o membro do grupo que vai discursar a ensaiar em voz alta;
e) Oiçam com atenção os discursos dos colegas e preparem-se para questionar
os colegas sobre as suas opiniões.
BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 179

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10
Unidade

Entre materiais

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OBSERVAMOS E TRABALHAMOS A ORALIDADE

1 Observa a imagem e conversa com os teus colegas e com


o teu professor sobre o que vês, registando no caderno:
Qual é a cor mais utilizada? Por que razão terá
o ilustrador tomado essa opção?

2 Que clima/ambiente transmite esta imagem?


Regista as tuas respostas no caderno, tendo em atenção
os aspetos seguintes:
Achas que as pessoas estão a divertir-se? Porquê?
O que poderia tornar o seu trabalho mais agradável?
Com que materiais trabalham? São perigosos?
Algum dos trabalhadores está a cumprir as regras
de segurança no trabalho? Justifica a tua resposta.

3 Nesta fábrica, trabalharão apenas os operários que vemos


na imagem? Que outros trabalhadores serão necessários
para o seu bom funcionamento?

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 181

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ANTES DE LER… vamos conversar O texto dramático

1 Sabes que profissional usa o pregão que é o título do texto?


2 Observando a imagem, podes afirmar que a história do texto é recente?
Porquê?

Vocabulário
Olha o passarinho! Lê o texto com
uma
atenção e faz
persoNAGeNs: O fotógrafo Alípio Pio Passarinho lista das pala
vras
e Dona Teresa Baronesa. eces.
que não conh
ACessÓrios: Cartaz; espanador ou pano do pó; Procura no
seus
máquina fotográfica de fotógrafo ambulante; cadeiras dicionário os
várias, uma das quais montada sobre pés soltos; significados.
máscaras (uma assustadora, outra de palhaço); máquina
de projeção de diapositivos.
CeNÁrio: Está um cartaz em destaque, com os seguintes
dizeres:

ALÍPIO PASSARINHO, Fotógrafo de Muita Arte

Perto do cartaz, uma máquina fotográfica, idêntica à dos


antigos fotógrafos ambulantes. A máquina está apontada para
um conjunto de cadeiras de diversas alturas e formatos. Uma
das cadeiras tem um pé solto, como adiante se saberá. Junto
das cadeiras, pode também figurar um cavalinho de balancé.

(Entra o fotógrafo Alípio, algo excêntrico no trajar


e exuberante nas atitudes. Põe-se a limpar com um espanador
ou um pano de pó
o cartaz, enquanto
recita.)

182

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10

Unidade
Alípio (Tirando a máscara e limpando o suor.) — Um fotógrafo
de arte tem de ter sempre recursos de parte! (Recitando.):
Alípio Pio Passarinho
fotógrafo de muita arte!
Em parte alguma, caixilho,
moldura, álbum, encarte,
cartaz, carteira, escaninho
contem retratos com a arte
dos retratos três por quatro
do divino Passarinho.
(Sorriso e vénia. A meio da vénia, entra Dona Teresa
Baronesa, senhora muito pernóstica.)

D. TeresA: Preciso de um retrato para uma moldura que


tenho lá em casa.

Alípio: Com certeza. Um momento. Ora faça favor


de se sentar. Não, nessa não! Sente-se à vontade…

(Dona Teresa, muito direita, senta-se numa cadeira.)

Alípio: Um momento.

(Vai à máquina e enfia a cabeça por baixo


do pano preto.) (A senhora compõe o penteado,
ajeita o vestido.)

Alípio (Tirando a cabeça de dentro do pano.):


Um momento. (Pegando na pera, para premir.)
— Um momento! Por fineza
um sorriso jovial,
uma gotinha de riso
a fingir de casual…
D. Teresa (Com voz estridente.):
Não rio que fico mal.

(O fotógrafo Alípio interrompe,


no último momento, o gesto.
Fica enervado.)
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Olha o passarinho!

Alípio: Minha senhora, por fineza…

D. TeresA: Pode tratar-me por Dona Teresa.

Alípio (Conformado.): Dona Teresa…

D. TeresA (Pormenorizando.): Dona Teresa Baronesa!

Alípio (Insinuante.): Dona Teresa Baronesa,


que tristeza de frontal!
Solte um riso de surpresa
vá, Dona Teresa,
um riso coral de guizos
um riso de coral.
(Alípio pode agitar uns guizos
ou campainha, que tira do bolso.)

D. TeresA: Não rio que fico mal.

(O fotógrafo Alípio desespera-se. Vai aos bastidores e traz


uma máscara prazenteira de palhaço. Faz umas momices diante
de Dona Teresa, enquanto recita.)

Alípio: Dona Teresa Baronesa,


um retrato sem a lindeza
dum risinho tal e qual,
de certeza, Dona Teresa,
que até parece avareza…

D. TeresA: Não rio que fico mal.

(O fotógrafo Alípio deita fora a máscara e ajoelha diante


de Dona Teresa, enquanto recita, acompanhado por gestos
burlescos.)

Alípio: Dona Teresa, por fineza,


Um risinho menos mal…
(Dona Teresa, chocada, rejeita-o e levanta-se.
Perseguida pelo fotógrafo, que não para de recitar.
184

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10

Unidade
reconto
Dona Teresa vai experimentando as várias cadeiras, ze
ro

fa
num jogo constante de sentar-se e levantar-se.)

Vamos
Alípio: Nessa cadeira e tão tesa,
nessa frieza real,
qual travessa de ir à mesa,
pão com açorda sem sal,
nessa cara de aspereza
como janela em taipal,
nessa viseira e tristeza,
nessa tristeza geral
mais parece, com franqueza,
a fachada sem bandeira
domingueira,
da Câmara Municipal.

D. TeresA: Não rio que fico mal.


(Nesta ocasião, Dona Teresa senta-se na cadeira proibida, que
se desmancha. Dona Teresa estatela-se, espetacularmente.
Perde a compostura. Alípio não consegue conter uma gargalhada.
Ajudada por Alípio, Dona Teresa levanta-se e recompõe-se.
Contagiada pelo riso de Alípio, começa
a operar-se uma mutação no rosto
de Dona Teresa. Primeiro, um risinho
opresso, a que se segue um riso
soluçado, de quem não está habituado
a rir-se… Finalmente, solta-se-lhe
o riso pleno. Logo o risonho
fotógrafo aproveita o facto para
cativar em retrato o riso
de Dona Teresa.
Sucessivas buzinadelas
e lampejos de luz.)
António Torrado,
Teatro às três pancadas,
Livraria Civilização Editora, 1995

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Olha o passarinho!

TRABALHAMOS A LEITURA

1 Quem era Alípio?

2 Onde se passa a ação que é representada?

3 Sublinha no texto expressões que justifiquem as seguintes afirmações.


A. Alípio era muito asseado.
B. Dona Teresa não queria tirar a fotografia a rir.
C. A senhora aperaltou-se para a fotografia.

4 Diz se estás de acordo ou não com as afirmações


seguintes e justifica a tua resposta em cada caso.
A. Dona Teresa era uma pessoa empertigada.
B. Alípio era um fotógrafo-poeta.
C. O fotógrafo não tinha paciência para os clientes.

5 Por que razão Alípio não deixou Dona Teresa sentar-se numa cadeira determinada?
Que cadeira seria aquela? Assinala com uma a resposta certa.
A. Uma cadeira só para pessoas importantes.
B. Uma cadeira desconfortável.
C. Uma cadeira pouco segura.

6 O que pedia Alípio a Dona Teresa quando lhe ia tirar o retrato?


Assinala com uma a resposta certa.
A. O dinheiro da fotografia.
B. Um sorriso.
C. Que batesse palmas.

7 Dona Teresa satisfez o seu pedido? Que razão apresentou para não o fazer?

8 Alípio desistiu da sua intenção? Que estratégias usou em seguida para obter
o que pretendia?
1.ª estratégia —
2.ª estratégia —
3.ª estratégia —

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10

Unidade
9 Se fosses tu o fotógrafo, o que farias para fazer rir um cliente?

10 A certa altura Dona Teresa corre pela sala para fugir


à persistência do fotógrafo. Como classificas essa atitude? Vocabulário
Alguém
11 Nos últimos versos que Alípio recita faz comparações persistente
com a ausência de riso de Dona Teresa. é alguém que
11.1 Sublinha as palavras usadas e explica as comparações. nunca desiste
dos seus
12 Procura e circunda na sopa de letras as palavras que objetivos.
completam o texto seguinte. Depois completa-o.
É então que Dona se senta na e cai .
não consegue deixar de dar uma .
Dona Teresa, contagiada pelo de Alípio, começa a rir também.
Alípio ao ver a sua tão tira-lhe a desejada.

A A A T G O G A R G A L H A D A

L L O E Ç L V E Z C L I E N T E

Í O U R F O T O G R A F I A X E

P C H E A C C A D E I R A Q G A

I S U S I A Ã E R I S O N H A Z

O E P A R T I D A N Ç L V E X Z

E S P E T A C U L A R M E N T E

oralmente
tar
n
se
re
ap
Vamos

om
pr e e n de A persistência
c
Ouve e

Alípio era um bom profissional pois não desistia de fazer o seu melhor para
obter um bom resultado.
1. Reflete sobre esta atitude e pensa se na tua vida também tentas sempre fazer o teu melhor.
2. Apresenta aos teus colegas uma pequena exposição oral sobre o tema e justifica as tuas
opiniões, atitudes e opções. Questiona os teus colegas sobre as suas.

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Olha o passarinho!

TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO

RECORDA E APLICA

1 Identifica os elementos
da ilustração fazendo
corresponder os números
2
do desenho.

ator atriz palco

1
3 4
encenador cenário
5

2 Constrói o campo lexical de «teatro».

3 Lê a frase seguinte.
«A face entristecida de Dona Teresa não agradava a Alípio.»
3.1 A palavra entristecida é formada com um prefixo e um sufixo.
Observa e completa o quadro seguinte.

Prefixo Palavra Sufixo Nova palavra

en triste cida entristecida

in feliz mente

en rico ecer

a ar amaciar

noite ecer

a ar alistar

4 Circunda as expressões que podem iniciar as várias partes de um conto.


A. Em tempos antigos… D. Num palácio distante… G. No jardim antigo…
B. Há muitos anos… E. Certo dia… H. Outrora…
C. Era uma vez… F. Houve tempos… I. Correu muito…
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10

Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA

RECORDA E APLICA -am ou -ão

1 Observa com atenção o seguinte quadro, que tem palavras do texto.

Palavras terminadas Palavras terminadas


em -am em -ão Conclui!
rminadas
As palavras te
rbos nos
formam terão em -am são ve
despediram serão tempos:
.
encaminhavam saberão e
rminadas
As palavras te
ser verbos
1.1 O que têm em comum as palavras de cada em -ão podem ,
coluna? no tempo
as
nomes ou outr
palavras.
2 Completa com -am ou com -ão as palavras categorias de
seguintes.
cantav dar ir navegar viajav

3 Completa o quadro com palavras do texto.

Regra Palavras

O c junto do e e do i tem o som s.

O s entre vogais tem o som z.

Todas as palavras esdrúxulas são acentuadas.

As palavras terminadas em m formam o plural em ns.

O g junto do e e do i tem o som j.

Entre vogais o som r forte escreve-se rr.

As vogais nasais antes de p ou o b escrevem-se com m.

O som x pode escrever-se x ou ch.

O h inicial não se lê.

O som c por vezes escreve-se ç.

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Olha o passarinho!

ras?
TRABALHAMOS A ESCRITA A fábula Ainda te lemb
um tipo
Uma fábula é
PLANIFICA m que muitas
de narrativa e
onagens são
vezes as pers
1 Lê o texto com atenção. presentam
animais que a
s humanas;
característica
A cigarra e a formiga os s e us defe ito s e qualidades.
a
m sempre um
Era uma vez uma cigarra que vivia contente As fábulas tê
d e m o ra l c ontida na sua
cantando no bosque, noite e dia sem parar e sem liçã o
se preocupar com o futuro. conclusão.
Um dia, encontrou uma formiguinha que
carregava, curvada e esforçada, uma enorme
folha. Perguntou-lhe:
— Formiguinha, porque trabalhas tanto?
No verão temos de nos divertir, cantar e bailar.
— Não, não, não! Nós, as formigas,
não temos tempo para diversões.
É preciso trabalhar agora para guardar
comida para o inverno.
Mas a cigarra não lhe deu ouvidos porque
o que importava era aproveitar a vida e gozar
cada dia sem pensar no amanhã.
Certo dia, o inverno chegou e, com a chuva,
com o vento e com a neve a cigarra tiritava
de frio e com as árvores nuas não tinha
o que comer. Desesperada, foi bater à porta
da formiga, pedindo abrigo e comida.
Foi então que apareceu a rainha
das formigas, que disse à cigarra:
— No mundo das formigas todos
trabalham e, se quiseres ficar connosco,
tens também de cumprir o teu dever:
toca e canta para nós.
nversar
co
s
La Fontaine,
o
m
Va

A cigarra e a formiga,
adaptado por Maria João Carvalho (inédito), 2012

Moral da história: «O trabalho enriquece e a preguiça empobrece.»


190

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10

Unidade
2 Preenche o quadro com os dados referentes à fábula que acabaste de ler.

Localização no tempo

Localização no espaço

Personagens

Defeitos ou qualidades
das personagens

Moral da fábula

AGORA ESCREVE...

1 Planifica e escreve uma fábula cumprindo as regras que aprendeste e preenchendo


um quadro semelhante ao da atividade 2 de «Planifica».
1.1 Para planificares o teu texto, preenche o quadro planificador da escrita abaixo.

Introdução Situação inicial

Os vários episódios
Desenvolvimento
(o enredo; a intriga)

Conclusão Situação final ou desenlace

2 Imagina que o texto que escreveste vai ser publicado num livro.
Faz a capa desse livro seguindo a planificação:
utador
a) Desenha o esboço da ilustração; mp
co
o
sa

b) Faz a ilustração de forma apelativa;


Vamo

c) Define o título da obra;


d) Escreve o nome do autor do livro;
e) Escreve o nome da editora que publicou o livro.
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ANTES DE LER… vamos conversar O texto poético

1 Lê o título do texto.
Os filhos deste velho podem ser crianças? Porquê?
Do que poderá falar este poema?

O velho e seus filhos


Sentindo a morte chegar, Mas do que foi prometido
um velho mandou chamar nenhum mais se recordou;
os seus três filhos e disse e por isso sucedeu
que desejava saber ver-se cada um perdido,
qual tinha tanto poder e só então lhes lembrou,
nos pulsos que lhe partisse mais tarde, o feixe partido
um molho, de varas feito, apenas se desatou.
que mostrou
Henrique O’Neill,
junto do leito. Fabulário,
Livraria Ferreira, 1988
Todos tentaram a empresa,
mas nem força nem destreza
lhes valeu! Não se quebrou
do tal feixe uma só vara.
Eis logo o velho separa
cada vara
e uma após outra partiu:
cada qual
de vocês viu
quanto vale
serem unidos;
aqueles paus, se o ficassem,
nunca seriam partidos —
disse o velho, e lhes pediu,
que do feixe se lembrassem.
Prometeram, e morreu.

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10

Unidade
EXPLORAMOS O POEMA

1 Em que altura da vida o velho chamou os filhos?

2 Qual foi o objetivo da conversa entre pai e filhos?

3 A que material recorreu o velho para transmitir um ensinamento aos filhos?

4 Estás de acordo com a afirmação: «O velho estava acamado.»?


Justifica a tua resposta.

5 Completa as frases seguintes, de acordo com o texto.

O velho mostrou-lhes um e pediu-lhes que o


com a sua força. Os três filhos tentaram, mas .

6 O que fez então o pai?

7 Que lição pretendeu ensinar aos filhos?

8 Estás de acordo com a sua atitude? Porquê?

9 Antes de morrer, o velho ouviu uma promessa dos filhos. Qual foi?

10 Os filhos, depois da morte do pai, cumpriram o que prometeram?


O que resultou dessa atitude?

11 Num texto de dez linhas, explica de que forma o assunto do texto que leste está
relacionado com o provérbio:
«A união faz a força.»

12 Faz o reconto desta história num texto em prosa.

Sublinha no final dos versos


os verbos que rimam e escreve-os
no infinitivo.

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O velho e seus filhos

TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA A comunicação


ras?
Ainda te lemb
1 Observa as imagens e lê os textos. Comunicar
os outros
é transmitir a
nsamos.
— Joana, para que escola vais para o ano? aquilo que pe
-lo
Podemos fazê
— Não sei ainda, Luís. Espero por
oralmente ou
que continuemos na mesma
escrito.
escola.

Aprende!
Mãe, ão
O pai do Luís diz que estão abertas as inscrições Na comunicaç
escreve
para o próximo ano. Já sabias? escrita, quem
aquele
é o emissor e
etor.
Um beijinho, que lê é o rec
Joana

2 Completa os quadros que se seguem, de acordo com


os textos acima.

Emissor Enunciado Recetor


Comunicação

Comunicação
Enunciado Ainda
te lembras?
eto
O discurso dir
o exata
é a reproduçã
usadas
das palavras
3 Transforma em discurso indireto o diálogo da Joana com o Luís. num diálogo.
direto
O discurso in
4 que
Sublinha no texto «A cigarra e a formiga» as frases é o relato do
e.
no discurso direto. o locutor diss

5 Transforma em discurso direto o primeiro parágrafo do texto


«O velho e seus filhos».
194

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10

Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA

RECORDA E APLICA As formas de tratamento

1 Identifica as pessoas do quadro com quem podias usar as frases seguintes:


A. «Bebe um café?»
B. «Bebes um sumo natural?»

Um colega teu/Mãe/Um escritor que vai à tua escola/Avô

1.1 Dirigimo-nos a todas as pessoas com quem falamos da mesma maneira?


1.2 Que diferença encontras entre as duas formas
de tratamento acima empregues?
1.3 Qual das formas, bebe/bebes, é mais usada para falarmos com…
a) … uma pessoa que conhecemos mal.
b …)uma pessoa da nossa idade.
c …)uma pessoa mais velha do que nós.
d …)uma pessoa que conhecemos bem.

2 Escolhe e assinala com uma a(s) forma(s) mais


correta(s) de pedir uma informação a um adulto Sabes que horas são?
que não conheces bem.
A. Onde fica a estação do Metro?
B. Sabes onde fica a estação do Metro?
C. Por favor, diz-me onde fica a estação
do Metro?
D. Por favor, pode dizer-me onde fica o Metro?
E. A estação do Metro fica naquela direção?

Conclusão

Quando nos dirigimos a pessoas da nossa idade ou com quem temos uma
relação próxima, usamos formas de tratamento informais (exemplo: bebes).
Quando nos dirigimos a pessoas mais velhas ou que não nos são próximas,
usamos formas de tratamento formais (exemplo: bebe).

BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 195

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AL
FICHA DE AVALIAÇÃO TRIMESTR
3.º Período

1 Lê o texto com atenção, pelo menos duas vezes.

A despedida
A senhora Rosa e o seu filho Luís tiveram de deixar, para sempre,
a sua casinha de aldeia. Foi num desses dias de primavera em que, no dizer
da senhora Rosa, o tempo estava «macio como seda». Aliás, ela nunca
dizia «Está bom tempo» ou «Está mau tempo», mas sim «O tempo está
a vir brandinho» quando, pela manhã, o Sol espreitava, tímido, entre
nuvens, ou «O tempo desabafa» quando chovia a potes. E sempre que dizia
«O tempo está macio como seda», isso significava que não havia calor
a mais, a claridade da luz não feria os olhos e a aragem soprava leve como
o frufru das sedas. E quando as árvores de fruto se cobriam
abundantemente de flores brancas e rosa ela avisava: «Estão noivas!».
E depois, quando se vergavam sob o peso dos frutos ainda verdes,
interrogava: «Como é que estas pobres árvores vão aguentar
com tanta filharada?»
Era assim a senhora Rosa, mãe do Luís. […]
Um viajante, que passasse diante daquela casinha de aldeia,
talvez não lhe achasse nada de especial […]. No entanto,
se o quintal não estivesse escondido nas traseiras, mas à vista,
na frente, o mesmo viajante ficaria maravilhado, pois
quintal mais bem tratado, com cada centímetro de terra
tão cuidadosamente aproveitado, não podia haver.
O quintal era, por assim dizer, o domínio
da senhora Rosa, que não só se encarregava de que
nunca faltassem em casa as couves, as cenouras,
a alface, as cebolas, a hortelã, a salsa e os coentros,
mas também de o colorir com flores, […].
O seu orgulho máximo eram a macieira,
a cerejeira, a ameixoeira e o pessegueiro para
os quais, no tempo em que floriam brancos
e cor-de-rosa, olhava com a mesma ternura com
que olhava, a cada passo, para o seu filho.
Ilse Losa, Na quinta das cerejeiras, Edições Asa, 2001 (texto com supressões)

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LEITURA

1 Localiza a ação no espaço e no tempo.

2 Escreve o nome da autora deste texto e o título da obra de onde foi transcrito.

3 Na linguagem da senhora Rosa, explica o que significavam as expressões seguintes:


A. «O tempo está macio como seda.» C. «O tempo desabafa.»
B. «O tempo está a vir brandinho.»

4 Preenche o quadro com os elementos retirados do texto respeitantes ao que existia


no quintal da casinha de aldeia.

Produtos hortícolas Flores Árvores

5 Faz corresponder as frases ao tipo de sensações que transmitem.


A. «… o tempo estava «macio como seda». 1. Visual.
B. «… a claridade da luz não feria os olhos…» 2. Táctil.
C. «… soprava leve como o frufru das sedas.» 3. Auditiva.

6 Que acontecimento importante marcava aquele dia para aquela família?

7 Qual era parte da casa que a senhora Rosa mais estimava? Porquê?
7.1 Sublinha a frase do texto que nos informa que ela era como que
a «rainha» daquele espaço.

8 Assinala com uma as várias opções certas para completar a frase seguinte:
«Ao descrever o local e as personagens da história, a autora transmite-nos…
A. … tranquilidade.» C. … angústia.» E. … beleza.»
B. … simplicidade.» D. … medo.» F. … tristeza.»

9 O que poderia tornar aquele quintal mais apreciado pelos vizinhos?

10 Gostavas de ter um espaço na Natureza só teu? O que lá farias?

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VOCABULÁRIO

1 Substitui as expressões destacadas por uma palavra com o mesmo significado.


A. Árvores em flor. C. Folhas que se tingem de vermelho.
B. Flores às cores. D. Quintal com muitos cheiros.

2 Completa o quadro com palavras do texto.

Palavras homófonas passo /

Palavras homónimas Rosa /

Palavras homógrafas está /

3 Identifica as palavras que têm a mesma origem sublinhando-as com cores diferentes.
Depois, aumenta cada lista com mais duas palavras.

casa/passinho/abundante/casota/passo/viajante/viajar/abundantemente

ORTOGRAFIA

1 Refere três exemplos de palavras que se podem escrever com letra inicial minúscula
ou maiúscula, sem que haja alteração do seu sentido. Por exemplo: Rosa e rosa.

2 Completa as palavras do quadro.

o ou u L ís n nca fr t s c elho tern ra

e ou i fr as d z a f m n no t as

x ou ch debai o fe adura amei a over uviscar

g ou j ho e cere eira tan erina deter ente elo

r ou rr mel o ten o aio te eno inte ogar

n ou m se pre nu ca te po ti gem ta bém

c ou ss ma ieira de es ma io a im falta e

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GRAMÁTICA

1 No primeiro parágrafo do texto há uma onomatopeia. Transcreve-a.

2 «O quintal era belo.»


Reescreve o adjetivo da frase nos seguintes graus:
a) Superlativo relativo de superioridade
b) Superlativo absoluto analítico
c) Superlativo absoluto sintético

3 «A avó preparava um chá de ervas todas as noites.»


Reescreve a frase com o verbo nos seguintes tempos:
a) Presente do indicativo
b) Pretérito perfeito do indicativo
c) Futuro do indicativo

4 Sublinha no texto…
a) … a azul uma frase afirmativa interrogativa.
b) … a verde uma frase negativa declarativa.
c) … a vermelho uma frase afirmativa imperativa.

ESCRITA

1 Escolhe uma das opções.


Hipótese 1
Escolhe do texto uma árvore de fruto, uma flor, uma cor e escreve um diálogo entre
o Luís e a sua mãe em que utilizes os elementos que acabaste
de escolher.
Hipótese 2
Escreve a página do diário do Luís que narra a partida da aldeia. Não te esqueças
de falar sobre o que ele sentiu nesse dia e de o justificar.

IMAGEM

1 Faz um desenho sobre o texto, mas, antes de começares, planifica-o.

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O Projeto Desafios de Português CONSULTORA CIENTÍFICA
destinado ao 4.o ano de escolaridade, Luísa Solla — Professora Adjunta da Escola Superior
1.o Ciclo do Ensino Básico, é uma obra coletiva, de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, de 1986
concebida e criada pelo Departamento de Investigações até 2009. Nesta instituição desenvolveu atividade
e Edições Educativas da Santillana-Constância, docente em cursos de formação de professores para
sob a direção de Sílvia Vasconcelos. o 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico e Educação de Infância.
Desenvolveu ainda atividades de formação e investigação
EQUIPA TÉCNICA
no domínio da Educação Intercultural e da Cooperação
Chefe de Equipa Técnica: Patrícia Boleto
em Educação para o Desenvolvimento em países da CPLP.
Modelo Gráfico e Capa: Carla Julião
Ainda nesse âmbito, coordenou vários projetos e foi
Ilustração da Capa: Nósnalinha
co-autora de manuais de Língua Portuguesa para
Ilustrações: Nósnalinha — Carla Nazareth
a Guiné-Bissau (Prémio EXPOLÍNGUA 1996) e Timor-Leste.
Paginação: Célia Neves
Foi consultora do projeto Diversidade Linguística
Documentalista: Paulo Ferreira
na Escola Portuguesa (ILTEC, 2003-2005). Atualmente,
Revisão: Ana Abranches
é uma das coordenadoras, no mesmo instituto, do projeto
EDITORA Bilinguismo, Aprendizagem do Português L2 e Sucesso
Maria João Carvalho Educativo na Escola Portuguesa.

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1.a Edição
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Os prejudicados somos todos nós.

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