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O conteúdo deste livro está adequado à proposta
da BNCC, conforme a Resolução nº 2, de 22 de
dezembro de 2017, do Ministério da Educação.

Matemática Capa
9o ano do Ensino Fundamental Gabriella Correia/Nathália Sacchelli/Sophia karla
Foto: tadamichi/shutterstock.com
Judson Santos
Annelise Maymone Coordenação editorial
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Editor Rua Joana Francisca de Azevedo, 142 – Mustardinha
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Fone: (81) 3205-3333
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Revisão de texto direitos dos textos contidos neste livro. A Distribuidora de Edições
Departamento Editorial Pedagógicas pede desculpas se houve alguma omissão e, em
edições futuras, terá prazer em incluir quaisquer créditos faltantes.
Projeto gráfico
Adriana Ribeiro e Nathália Sacchelli Para fins didáticos, os textos contidos neste livro receberam,
sempre que oportuno e sem prejudicar seu sentido original,
Editoração eletrônica uma nova pontuação.
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modificações com o novo Acordo Ortográfico.

ISBN: 978-85-7236-067-8
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e
Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Impresso no Brasil

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A área de Matemática
O conhecimento matemático é necessário para todos os bém o letramento matemático que assegura aos alunos reco-
alunos da Educação Básica, seja por sua grande aplicação na nhecer que os conhecimentos matemáticos são fundamentais
sociedade contemporânea, seja pelas suas potencialidades na para a compreensão e a atuação no mundo e perceber o cará-
formação de cidadãos críticos, cientes de suas responsabilida- ter de jogo intelectual da matemática, como aspecto que favo-
des sociais. rece o desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, estimula
A Matemática não se restringe apenas à quantificação de a investigação e pode ser prazeroso (fruição).
fenômenos determinísticos – contagem, medição de objetos, O desenvolvimento dessas habilidades está intrinsecamen-
grandezas – e das técnicas de cálculo com os números e com te relacionado a algumas formas de organização da aprendi-
as grandezas, pois também estuda a incerteza proveniente de zagem matemática, com base na análise de situações da vida
fenômenos de caráter aleatório. A Matemática cria sistemas cotidiana, de outras áreas do conhecimento e da própria Ma-
abstratos, que organizam e inter-relacionam fenômenos do es- temática. Os processos matemáticos de resolução de pro-
paço, do movimento, das formas e dos números, associados blemas, de investigação, de desenvolvimento de projetos e da
ou não a fenômenos do mundo físico. Esses sistemas contêm modelagem podem ser citados como formas privilegiadas da
ideias e objetos que são fundamentais para a compreensão de atividade matemática, motivo pelo qual são, ao mesmo tem-
fenômenos, a construção de representações significativas e ar- po, objeto e estratégia para a aprendizagem ao longo de todo
gumentações consistentes nos mais variados contextos. o Ensino Fundamental. Esses processos de aprendizagem são
Apesar de a Matemática ser, por excelência, uma ciência hi- potencialmente ricos para o desenvolvimento de competên-
potético-dedutiva, porque suas demonstrações se apoiam sobre cias fundamentais para o letramento matemático (raciocínio,
um sistema de axiomas e postulados, é de fundamental impor- representação, comunicação e argumentação) e para o desen-
tância também considerar o papel heurístico das experimenta- volvimento do pensamento computacional.
ções na aprendizagem da Matemática. Considerando esses pressupostos, e em articulação com
No Ensino Fundamental, essa área, por meio da articula- as competências gerais da BNCC, a área de Matemática e, por
ção de seus diversos campos – Aritmética, Álgebra, Geome- consequência, o componente curricular de Matemática de-
tria, Estatística e Probabilidade, precisa garantir que os alunos vem garantir aos alunos o desenvolvimento de competên-
relacionem observações empíricas do mundo real a represen- cias específicas.
tações (tabelas, figuras e esquemas) e associem essas repre-

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sentações a uma atividade matemática (conceitos e proprie-
dades), fazendo induções e conjecturas. Assim, espera-se que
eles desenvolvam a capacidade de identificar oportunidades
de utilização da matemática para resolver problemas, apli-
cando conceitos, procedimentos e resultados para obter so-
luções e interpretá-las segundo os contextos das situações. A
dedução de algumas propriedades e a verificação de conjec-
turas, a partir de outras, podem ser estimuladas, sobretudo
ao final do Ensino Fundamental.

1
Segundo a Matriz do Pisa 2012, o “letramento matemático é a capacidade
individual de formular, empregar e interpretar a matemática em uma varie-
dade de contextos. Isso inclui raciocinar matematicamente e utilizar concei-
tos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas para descrever, expli-
car e predizer fenômenos. Isso auxilia os indivíduos a reconhecer o papel
que a matemática exerce no mundo e para que cidadãos construtivos, en-
gajados e reflexivos possam fazer julgamentos bem fundamentados e to-
mar as decisões necessárias.”. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/marcos_referen-
ciais/2013/matriz_avaliacao_matematica.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2017.

O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desen-


volvimento do letramento matemático1, definido como as
competências e habilidades de raciocinar, representar, comu-
nicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o
estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de
problemas em uma variedade de contextos, utilizando concei-
tos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. É tam-

III

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Competências específicas de Matemática
Matemática para o Ensino Com base nos recentes documentos curriculares brasilei-
ros, a BNCC leva em conta que os diferentes campos que com-
Fundamental põem a Matemática reúnem um conjunto de ideias funda-
mentais que produzem articulações entre eles: equivalência,

1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fru-


to das necessidades e preocupações de diferentes cultu-
ordem, proporcionalidade, interdependência, representação,
variação e aproximação. Essas ideias fundamentais são im-
ras, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva,
portantes para o desenvolvimento do pensamento matemáti-
que contribui para solucionar problemas científicos e tecnoló- co dos alunos e devem se converter, na escola, em objetos de
gicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive com conhecimento. A proporcionalidade, por exemplo, deve estar
impactos no mundo do trabalho. presente no estudo de: operações com os números naturais;

2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação


e a capacidade de produzir argumentos convincentes, re-
representação fracionária dos números racionais; áreas; fun-
ções; probabilidade etc. Além disso, essa noção também se evi-
dencia em muitas ações cotidianas e de outras áreas do conhe-
correndo aos conhecimentos matemáticos para compreender
e atuar no mundo. cimento, como vendas e trocas mercantis, balanços químicos,

3. Compreender as relações entre conceitos e procedimen- representações gráficas etc.


tos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Nessa direção, a BNCC propõe cinco unidades temáticas,
correlacionadas, que orientam a formulação de habilidades a
Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras
serem desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. Cada
áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria
uma delas pode receber ênfase diferente, a depender do ano
capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáti-
de escolarização.
cos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca A unidade temática Números tem como finalidade desen-
de soluções. volver o pensamento numérico, que implica o conhecimento

4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos


e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais,
de maneiras de quantificar atributos de objetos e de julgar e in-
terpretar argumentos baseados em quantidades. No processo
de modo a investigar, organizar, representar e comunicar infor- da construção da noção de número, os alunos precisam desen-
mações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eti- volver, entre outras, as ideias de aproximação, proporcionali-
camente, produzindo argumentos convincentes. dade, equivalência e ordem, noções fundamentais da Matemá-

5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tica. Para essa construção, é importante propor, por meio de
tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver situações significativas, sucessivas ampliações dos campos nu-
méricos. No estudo desses campos numéricos, devem ser en-
problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimen-
fatizados registros, usos, significados e operações.
to, validando estratégias e resultados.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a expectativa em re-

6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, in-


cluindo-se situações imaginadas, não diretamente rela-
lação a essa temática é de que os alunos resolvam problemas
com números naturais e números racionais cuja representação
cionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas res-
decimal é finita, envolvendo diferentes significados das opera-
postas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e ções, argumentem e justifiquem os procedimentos utilizados
linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito para a resolução e avaliem a plausibilidade dos resultados en-
na língua materna e outras linguagens para descrever algorit- contrados. No tocante aos cálculos, espera-se que os alunos
mos, como fluxogramas, e dados). desenvolvam diferentes estratégias para a obtenção dos resul-

7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretu- tados, sobretudo por estimativa e cálculo mental, além de algo-
do, questões de urgência social, com base em princípios ritmos e uso de calculadoras.
éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a di- Nessa fase espera-se também o desenvolvimento de habili-
versidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem dades no que se refere à leitura, escrita e ordenação de núme-
ros naturais e números racionais por meio da identificação e
preconceitos de qualquer natureza.

8.
compreensão de características do sistema de numeração de-
Interagir com seus pares de forma cooperativa, traba-
cimal, sobretudo o valor posicional dos algarismos. Na pers-
lhando coletivamente no planejamento e desenvolvimen-
pectiva de que os alunos aprofundem a noção de número, é
to de pesquisas para responder a questionamentos e na bus-
importante colocá-los diante de tarefas, como as que envolvem
ca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos medições, nas quais os números naturais não são suficientes
consensuais ou não na discussão de uma determinada ques- para resolvê-las, indicando a necessidade dos números racio-
tão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprenden- nais tanto na representação decimal quanto na fracionária.
do com eles. Com referência ao Ensino Fundamental – Anos Finais, a ex-

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pectativa é a de que os alunos resolvam problemas com nú- Outro aspecto a ser considerado nessa unidade temática é o
meros naturais, inteiros e racionais, envolvendo as operações estudo de conceitos básicos de economia e finanças, visando à
fundamentais, com seus diferentes significados, e utilizando es- educação financeira dos alunos. Assim, podem ser discutidos as-
tratégias diversas, com compreensão dos processos neles en- suntos como taxas de juros, inflação, aplicações financeiras (ren-
volvidos. Para que aprofundem a noção de número, é importan- tabilidade e liquidez de um investimento) e impostos. Essa uni-
te colocá-los diante de problemas, sobretudo os geométricos, dade temática favorece um estudo interdisciplinar envolvendo
nos quais os números racionais não são suficientes para resol- as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da
vê-los, de modo que eles reconheçam a necessidade de outros econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro.
números: os irracionais. Os alunos devem dominar também o É possível, por exemplo, desenvolver um projeto com a História,
cálculo de porcentagem, porcentagem de porcentagem, juros, visando ao estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da re-
descontos e acréscimos, incluindo o uso de tecnologias digitais. lação entre dinheiro e tempo, dos impostos em sociedades diver-
No tocante a esse tema, espera-se que saibam reconhecer, sas, do consumo em diferentes momentos históricos, incluindo
comparar e ordenar números reais, com apoio da relação des- estratégias atuais de marketing. Essas questões, além de promo-
ses números com pontos na reta numérica. Cabe ainda des- ver o desenvolvimento de competências pessoais e sociais dos
tacar que o desenvolvimento do pensamento numérico não alunos, podem se constituir em excelentes contextos para as apli-
se completa, evidentemente, apenas com objetos de estudos cações dos conceitos da Matemática Financeira e também pro-
descritos na unidade Números. Esse pensamento é ampliado porcionar contextos para ampliar e aprofundar esses conceitos.
e aprofundado quando se discutem situações que envolvem A unidade temática Álgebra, por sua vez, tem como finali-
conteúdos das demais unidades temáticas: Álgebra, Geome- dade o desenvolvimento de um tipo especial de pensamento
tria, Grandezas e medidas e Probabilidade e estatística. — pensamento algébrico — que é essencial para utilizar mo-
delos matemáticos na compreensão, representação e análise
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de relações quantitativas de grandezas e, também, de situa-
ções e estruturas matemáticas, fazendo uso de letras e outros
símbolos. Para esse desenvolvimento, é necessário que os alu-
nos identifiquem regularidades e padrões de sequências nu-
méricas e não numéricas, estabeleçam leis matemáticas que
expressem a relação de interdependência entre grandezas em
diferentes contextos, bem como criar, interpretar e transitar
entre as diversas representações gráficas e simbólicas, para
resolver problemas por meio de equações e inequações, com
compreensão dos procedimentos utilizados. As ideias matemá-
ticas fundamentais vinculadas a essa unidade são: equivalên-
cia, variação, interdependência e proporcionalidade. Em sínte-
se, essa unidade temática deve enfatizar o desenvolvimento de
uma linguagem, o estabelecimento de generalizações, a análi-
se da interdependência de grandezas e a resolução de proble-
mas por meio de equações ou inequações.
Nessa perspectiva, é imprescindível que algumas dimen-
sões do trabalho com a álgebra estejam presentes nos proces-
sos de ensino e aprendizagem desde o Ensino Fundamental –
Anos Iniciais, como as ideias de regularidade, generalização de
padrões e propriedades da igualdade. No entanto, nessa fase,
não se propõe o uso de letras para expressar regularidades,
por mais simples que sejam. A relação dessa unidade temáti-
ca com a de Números é bastante evidente no trabalho com se-
quências (recursivas e repetitivas), seja na ação de completar
uma sequência com elementos ausentes, seja na construção
de sequências segundo uma determinada regra de formação.
A relação de equivalência pode ter seu início com atividades
simples, envolvendo a igualdade, como reconhecer que se 2 + 3 =
5 e 5 = 4 + 1, então 2 + 3 = 4 + 1. Atividades como essa contribuem
para a compreensão de que o sinal de igualdade não é apenas a
indicação de uma operação a ser feita. A noção intuitiva de função
pode ser explorada por meio da resolução de problemas envol-

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vendo a variação proporcional direta entre duas grandezas (sem Outro aspecto a ser considerado é que a aprendizagem de
utilizar a regra de três), como: “Se com duas medidas de suco con- Álgebra, como também aquelas relacionadas a outros campos
centrado eu obtenho três litros de refresco, quantas medidas des- da Matemática (Números, Geometria e Probabilidade e estatís-
se suco concentrado eu preciso para ter doze litros de refresco?”. tica), podem contribuir para o desenvolvimento do pensamen-
No Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudos de Álgebra to computacional dos alunos, tendo em vista que eles precisam
retomam, aprofundam e ampliam o que foi trabalhado no En- ser capazes de traduzir uma situação dada em outras lingua-
sino Fundamental – Anos Iniciais. Nessa fase, os alunos devem gens, como transformar situações-problema, apresentadas em
compreender os diferentes significados das variáveis numéricas língua materna, em fórmulas, tabelas e gráficos e vice-versa.
em uma expressão, estabelecer uma generalização de uma pro- Associado ao pensamento computacional, cumpre salien-
priedade, investigar a regularidade de uma sequência numérica, tar a importância dos algoritmos e de seus fluxogramas, que
indicar um valor desconhecido em uma sentença algébrica e es- podem ser objetos de estudo nas aulas de Matemática. Um al-
tabelecer a variação entre duas grandezas. É necessário, portan- goritmo é uma sequência finita de procedimentos que permi-
to, que os alunos estabeleçam conexões entre variável e função te resolver um determinado problema. Assim, o algoritmo é a
e entre incógnita e equação. As técnicas de resolução de equa- decomposição de um procedimento complexo em suas partes
ções e inequações, inclusive no plano cartesiano, devem ser de- mais simples, relacionando-as e ordenando-as, e pode ser re-
senvolvidas como uma maneira de representar e resolver deter- presentado graficamente por um fluxograma. A linguagem al-
minados tipos de problema, e não como objetos de estudo em gorítmica tem pontos em comum com a linguagem algébrica,
si mesmos. sobretudo em relação ao conceito de variável. Outra habilida-
de relativa à álgebra que mantém estreita relação com o pen-

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samento computacional é a identificação de padrões para se
estabelecer generalizações, propriedades e algoritmos.
A Geometria envolve o estudo de um amplo conjunto de
conceitos e procedimentos necessários para resolver proble-
mas do mundo físico e de diferentes áreas do conhecimento.
Assim, nessa unidade temática, estudar posição e deslocamen-
tos no espaço, formas e relações entre elementos de figuras
planas e espaciais pode desenvolver o pensamento geométri-
co dos alunos. Esse pensamento é necessário para investigar
propriedades, fazer conjecturas e produzir argumentos geo-
métricos convincentes. É importante, também, considerar o as-
pecto funcional que deve estar presente no estudo da Geome-
tria: as transformações geométricas, sobretudo as simetrias.
As ideias matemáticas fundamentais associadas a essa temá-
tica são, principalmente, construção, representação e interde-
pendência.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, espera-se que os
alunos identifiquem e estabeleçam pontos de referência para a
localização e o deslocamento de objetos, construam represen-
tações de espaços conhecidos e estimem distâncias, usando,
como suporte, mapas (em papel, tablets ou smartphones), cro-
quis e outras representações. Em relação às formas, espera-se
que os alunos indiquem características das formas geométri-
cas tridimensionais e bidimensionais, associem figuras espa-
ciais a suas planificações e vice-versa. Espera-se, também, que
nomeiem e comparem polígonos, por meio de propriedades
relativas aos lados, vértices e ângulos. O estudo das simetrias
deve ser iniciado por meio da manipulação de representações
de figuras geométricas planas em quadriculados ou no plano
cartesiano, e com recurso de softwares de geometria dinâmica.
No Ensino Fundamental – Anos Finais, o ensino de Geo-
metria precisa ser visto como consolidação e ampliação das
aprendizagens realizadas. Nessa etapa, devem ser enfatizadas
também as tarefas que analisam e produzem transformações
e ampliações/reduções de figuras geométricas planas, iden-

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tificando seus elementos variantes e invariantes, de modo a do utilizando, preferencialmente, unidades não convencionais
desenvolver os conceitos de congruência e semelhança. Es- para fazer as comparações e medições, o que dá sentido à ação
ses conceitos devem ter destaque nessa fase do Ensino Fun- de medir, evitando a ênfase em procedimentos de transforma-
damental, de modo que os alunos sejam capazes de reconhe- ção de unidades convencionais. No entanto, é preciso consi-
cer as condições necessárias e suficientes para obter triângulos derar o contexto em que a escola se encontra: em escolas de
congruentes ou semelhantes e que saibam aplicar esse conhe- regiões agrícolas, por exemplo, as medidas agrárias podem
cimento para realizar demonstrações simples, contribuindo merecer maior atenção em sala de aula.
para a formação de um tipo de raciocínio importante para a No Ensino Fundamental – Anos Finais, a expectativa é a de
Matemática, o raciocínio hipotético-dedutivo. Outro ponto a que os alunos reconheçam comprimento, área, volume e aber-
ser destacado é a aproximação da Álgebra com a Geometria, tura de ângulo como grandezas associadas a figuras geomé-
desde o início do estudo do plano cartesiano, por meio da geo- tricas e que consigam resolver problemas envolvendo essas
metria analítica. As atividades envolvendo a ideia de coordena- grandezas com o uso de unidades de medida padronizadas
das, já iniciadas no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, podem mais usuais. Além disso, espera-se que estabeleçam e utilizem
ser ampliadas para o contexto das representações no plano relações entre essas grandezas e entre elas e grandezas não
cartesiano, como a representação de sistemas de equações do geométricas, para estudar grandezas derivadas como densida-
1º grau, articulando, para isso, conhecimentos decorrentes da de, velocidade, energia, potência, entre outras. Nessa fase da
ampliação dos conjuntos numéricos e de suas representações escolaridade, os alunos devem determinar expressões de cál-
na reta numérica. culo de áreas de quadriláteros, triângulos e círculos, e as de
Assim, a Geometria não pode ficar reduzida à mera aplica- volumes de prismas e de cilindros. Outro ponto a ser desta-
ção de fórmulas de cálculo de área e de volume nem a apli- cado refere-se à introdução de medidas de capacidade de ar-
cações numéricas imediatas de teoremas sobre relações de mazenamento de computadores como grandeza associada a
proporcionalidade em situações relativas a feixes de retas pa- demandas da sociedade moderna. Nesse caso, é importante
ralelas cortadas por retas secantes ou do teorema de Pitá- destacar o fato de que os prefixos utilizados para byte (quilo,
goras. A equivalência de áreas, por exemplo, já praticada há mega, giga) não estão associados ao sistema de numeração de-
milhares de anos pelos mesopotâmios e gregos antigos sem cimal, de base 10, pois um quilobyte, por exemplo, corresponde
utilizar fórmulas, permite transformar qualquer região poligo- a 1.024 bytes, e não a 1.000 bytes.
nal plana em um quadrado com mesma área (é o que os gre-

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gos chamavam “fazer a quadratura de uma figura”). Isso permi-
te, inclusive, resolver geometricamente problemas que podem
ser traduzidos por uma equação do 2º grau.
As medidas quantificam grandezas do mundo físico e são
fundamentais para a compreensão da realidade. Assim, a uni-
dade temática Grandezas e medidas, ao propor o estudo das
medidas e das relações entre elas — ou seja, das relações mé-
tricas —, favorece a integração da Matemática a outras áreas
de conhecimento, como Ciências (densidade, grandezas e esca-
las do Sistema Solar, energia elétrica etc.) ou Geografia (coor-
denadas geográficas, densidade demográfica, escalas de ma-
pas e guias etc.). Essa unidade temática contribui ainda para a
consolidação e ampliação da noção de número, a aplicação de
noções geométricas e a construção do pensamento algébrico.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a expectativa é que
os alunos reconheçam que medir é comparar uma grande-
za com uma unidade e expressar o resultado da comparação
por meio de um número. Além disso, devem resolver proble-
mas oriundos de situações cotidianas que envolvem grande-
zas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área (de
triângulos e retângulos) e capacidade e volume (de sólidos for-
mados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, recor-
rendo, quando necessário, a transformações entre unidades
de medida padronizadas mais usuais. Espera-se, também, que
resolvam problemas sobre situações de compra e venda e de-
senvolvam, por exemplo, atitudes éticas e responsáveis em re-
lação ao consumo. Sugere-se que esse processo seja inicia-

VII

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A incerteza e o tratamento de dados são estudados na uni- a necessidade ou não de usar amostra e, quando for o caso, a
dade temática Probabilidade e estatística. Ela propõe a abor- seleção de seus elementos por meio de uma adequada técni-
dagem de conceitos, fatos e procedimentos presentes em mui- ca de amostragem.
tas situações-problema da vida cotidiana, das ciências e da Cumpre destacar que os critérios de organização das habi-
tecnologia. Assim, todos os cidadãos precisam desenvolver lidades na BNCC (com a explicitação dos objetos de conheci-
habilidades para coletar, organizar, representar, interpretar e mento aos quais se relacionam e do agrupamento desses ob-
analisar dados em uma variedade de contextos, de maneira a jetos em unidades temáticas) expressam um arranjo possível
fazer julgamentos bem fundamentados e tomar as decisões (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não de-
adequadas. Isso inclui raciocinar e utilizar conceitos, represen- vem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho
tações e índices estatísticos para descrever, explicar e predizer dos currículos. Essa divisão em unidades temáticas serve tão
fenômenos. somente para facilitar a compreensão dos conjuntos de habili-
Merece destaque o uso de tecnologias — como calculado- dades e de como eles se inter-relacionam. Na elaboração dos
ras, para avaliar e comparar resultados, e planilhas eletrônicas, currículos e das propostas pedagógicas, devem ser enfatizadas
que ajudam na construção de gráficos e nos cálculos das medi- as articulações das habilidades com as de outras áreas do co-
das de tendência central. A consulta a páginas de institutos de nhecimento, entre as unidades temáticas e no interior de cada
pesquisa — como a do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- uma delas.
tística (IBGE) — pode oferecer contextos potencialmente ricos Na definição das habilidades, a progressão ano a ano se ba-
não apenas para aprender conceitos e procedimentos estatís- seia na compreensão e utilização de novas ferramentas e tam-
ticos, mas também para utilizá-los com o intuito de compreen- bém na complexidade das situações-problema propostas, cuja
der a realidade. resolução exige a execução de mais etapas ou noções de uni-
No que concerne ao estudo de noções de probabilidade, a dades temáticas distintas. Os problemas de contagem, por
finalidade, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, é promover exemplo, devem, inicialmente, estar restritos àqueles cujas
a compreensão de que nem todos os fenômenos são determi- soluções podem ser obtidas pela descrição de todos os casos
nísticos. Para isso, o início da proposta de trabalho com proba- possíveis, mediante a utilização de esquemas ou diagramas, e,
bilidade está centrado no desenvolvimento da noção de aleato- posteriormente, àqueles cuja resolução depende da aplicação
riedade, de modo que os alunos compreendam que há eventos dos princípios multiplicativo e aditivo e do princípio da casa dos
certos, eventos impossíveis e eventos prováveis. É muito co- pombos. Outro exemplo é o da resolução de problemas envol-
mum que pessoas julguem impossíveis eventos que nunca vi- vendo as operações fundamentais, utilizando ou não a lingua-
ram acontecer. Nessa fase, é importante que os alunos verba- gem algébrica.
lizem, em eventos que envolvem o acaso, os resultados que

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poderiam ter acontecido em oposição ao que realmente acon-
teceu, iniciando a construção do espaço amostral. No Ensino
Fundamental – Anos Finais, o estudo deve ser ampliado e apro-
fundado, por meio de atividades nas quais os alunos façam ex-
perimentos aleatórios e simulações para confrontar os resul-
tados obtidos com a probabilidade teórica — probabilidade
frequentista. A progressão dos conhecimentos se faz pelo apri-
moramento da capacidade de enumeração dos elementos do
espaço amostral, que está associada, também, aos problemas
de contagem.
Com relação à estatística, os primeiros passos envolvem o
trabalho com a coleta e a organização de dados de uma pes-
quisa de interesse dos alunos. O planejamento de como fazer
a pesquisa ajuda a compreender o papel da estatística no coti-
diano dos alunos. Assim, a leitura, a interpretação e a constru-
ção de tabelas e gráficos têm papel fundamental, bem como a
forma de produção de texto escrito para a comunicação de da-
dos, pois é preciso compreender que o texto deve sintetizar ou
justificar as conclusões. No Ensino Fundamental – Anos Finais,
a expectativa é que os alunos saibam planejar e construir rela-
tórios de pesquisas estatísticas descritivas, incluindo medidas
de tendência central e construção de tabelas e diversos tipos
de gráfico. Esse planejamento inclui a definição de questões
relevantes e da população a ser pesquisada, a decisão sobre

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Matemática no Ensino Fundamental – anos finais: unidades
temáticas, objetos de conhecimento e habilidades
Para o desenvolvimento das habilidades previstas para uma visão das possíveis articulações entre as habilidades indi-
o Ensino Fundamental – Anos Finais, é imprescindível levar cadas para as diferentes temáticas. Entretanto, recomenda-se
em conta as experiências e os conhecimentos matemáticos que se faça também uma leitura (vertical) de cada unidade te-
já vivenciados pelos alunos, criando situações nas quais pos- mática, do 6º ao 9º ano, com a finalidade de identificar como foi
sam fazer observações sistemáticas de aspectos quantitati- estabelecida a progressão das habilidades. Essa maneira é con-
vos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações veniente para comparar as habilidades de um dado tema a ser
entre eles e desenvolvendo ideias mais complexas. Essas si- efetivadas em um dado ano escolar com as aprendizagens pro-
tuações precisam articular múltiplos aspectos dos diferentes postas em anos anteriores também para reconhecer em que
conteúdos, visando ao desenvolvimento das ideias funda- medida elas se articulam com as indicadas para os anos poste-
mentais da matemática, como equivalência, ordem, propor- riores, tendo em vista que as noções matemáticas são retoma-
cionalidade, variação e interdependência. das ano a ano, com ampliação e aprofundamento crescentes.
Da mesma forma que na fase anterior, a aprendizagem Cumpre também considerar que, para a aprendizagem
em Matemática no Ensino Fundamental – Anos Finais tam- de certo conceito ou procedimento, é fundamental haver um
bém está intrinsecamente relacionada à apreensão de signi- contexto significativo para os alunos, não necessariamente
ficados dos objetos matemáticos. Esses significados resultam do cotidiano, mas também de outras áreas do conhecimento
das conexões que os alunos estabelecem entre os objetos e e da própria história da Matemática. No entanto, é necessá-
seu cotidiano, entre eles e os diferentes temas matemáticos rio que eles desenvolvam a capacidade de abstrair o contex-
e, por fim, entre eles e os demais componentes curriculares. to, apreendendo relações e significados, para aplicá-los em
Nessa fase, precisa ser destacada a importância da comunica- outros contextos. Para favorecer essa abstração, é importan-
ção em linguagem matemática com o uso da linguagem sim- te que os alunos reelaborem os problemas propostos após
bólica, da representação e da argumentação. os terem resolvido. Por esse motivo, nas diversas habilidades
Além dos diferentes recursos didáticos e materiais, como relativas à resolução de problemas, consta também a elabo-
malhas quadriculadas, ábacos, jogos, calculadoras, planilhas ração de problemas. Assim, pretende-se que os alunos for-
eletrônicas e softwares de geometria dinâmica, é importante mulem novos problemas, baseando-se na reflexão e no ques-
incluir a história da Matemática como recurso que pode des- tionamento sobre o que ocorreria se alguma condição fosse
pertar interesse e representar um contexto significativo para modificada ou se algum dado fosse acrescentado ou retirado
aprender e ensinar Matemática. Entretanto, esses recursos do problema proposto.
e materiais precisam estar integrados a situações que propi- Além disso, nessa fase final do Ensino Fundamental, é im-
ciem a reflexão, contribuindo para a sistematização e a for- portante iniciar os alunos, gradativamente, na compreensão,
malização dos conceitos matemáticos. análise e avaliação da argumentação matemática. Isso envolve
A leitura dos objetos de conhecimento e das habilidades a leitura de textos matemáticos e o desenvolvimento do senso
essenciais de cada ano nas cinco unidades temáticas permite crítico em relação à argumentação neles utilizada.

William Perugini/Shutterstock.com

IX

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Matemática 6º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Sistema de numeração decimal: características,


leitura, escrita e comparação de números naturais e de números racionais representados na
forma decimal

Operações (adição, subtração, multiplicação,


divisão e potenciação) com números naturais
Divisão euclidiana

Fluxograma para determinar a paridade de um número natural


Múltiplos e divisores de um número natural
Números primos e compostos

Números

Frações: significados (parte/todo, quociente),


equivalência, comparação, adição e subtração; cálculo da fração de um número natural; adi-
ção e subtração de frações

Operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação) com números racionais

Aproximação de números para múltiplos de potências de 10

Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três”

Propriedades da igualdade

Álgebra
Problemas que tratam da partição de um todo em duas partes desiguais, envolvendo razões
entre as partes e entre uma das partes e o todo

Plano cartesiano: associação dos vértices de um polígono a pares ordenados

Prismas e pirâmides: planificações e relações entre seus elementos (vértices, faces e arestas)
Geometria

Polígonos: classificações quanto ao número de vértices, às medidas de lados e ângulos e ao


paralelismo e perpendicularismo dos lados

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Habilidades

(EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais cuja representação decimal é finita, fa-
zendo uso da reta numérica.

(EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças
e diferenças com outros sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor posicional e função do zero),
utilizando, inclusive, a composição e decomposição de números naturais e números racionais em sua representação decimal.

(EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos ou aproximados) com números
naturais, por meio de estratégias variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora.

(EF06MA04) Construir algoritmo em linguagem natural e representá-lo por fluxograma que indique a resolução de um proble-
ma simples (por exemplo, se um número natural qualquer é par).
(EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer relações entre números, expressas pelos ter-
mos “é múltiplo de”, “é divisor de”, “é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade por 2, 3, 4,
5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000.
(EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo e de divisor.

(EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros e resultado de divisão, iden-
tificando frações equivalentes.
(EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser expressos nas formas fracionária e decimal, esta-
belecer relações entre essas representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a pontos na reta
numérica.
(EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração de uma quantidade e cujo resultado seja um nú-
mero natural, com e sem uso de calculadora.
(EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração com números racionais positivos na represen-
tação fracionária.

(EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos na representação decimal, envolvendo as quatro
operações fundamentais e a potenciação, por meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e arredondamentos para ve-
rificar a razoabilidade de respostas, com e sem uso de calculadora.

(EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para múltiplos da potência de 10 mais próxima.

(EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso
da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros.

(EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus
dois membros por um mesmo número e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na resolução de problemas.

(EF06MA15) Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma quantidade em duas partes desiguais, envolven-
do relações aditivas e multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre uma das partes e o todo.

(EF06MA16) Associar pares ordenados de números a pontos do plano cartesiano do 1º quadrante, em situações como a loca-
lização dos vértices de um polígono.

(EF06MA17) Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices, faces e arestas de prismas e pirâmides, em função
do seu polígono da base, para resolver problemas e desenvolver a percepção espacial.

(EF06MA18) Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados, vértices e ângulos, e classificá-los em regulares e
não regulares, tanto em suas representações no plano como em faces de poliedros.
(EF06MA19) Identificar características dos triângulos e classificá-los em relação às medidas dos lados e dos ângulos.
(EF06MA20) Identificar características dos quadriláteros, classificá-los em relação a lados e a ângulos e reconhecer a inclusão
e a intersecção de classes entre eles.

XI

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Construção de figuras semelhantes: ampliação e redução de figuras planas em malhas
quadriculadas

Construção de retas paralelas e perpendiculares, fazendo uso de réguas, esquadros e


softwares

Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, tempo, tem-
peratura, área, capacidade e volume

Ângulos: noção, usos e medida


Grandezas e medidas

Plantas baixas e vistas aéreas

Perímetro de um quadrado como grandeza proporcional à medida do lado

Cálculo de probabilidade como a razão entre o número de resultados favoráveis e o total de


resultados possíveis em um espaço amostral equiprovável

Cálculo de probabilidade por meio de muitas repetições de um experimento (frequências de


ocorrências e probabilidade frequentista)

Leitura e interpretação de tabelas e gráficos (de colunas ou barras simples ou múltiplas) re-
ferentes a variáveis categóricas e variáveis numéricas
Probabilidade e estatística

Coleta de dados, organização e registro

Construção de diferentes tipos de gráficos para representá-los e interpretação das


informações

Diferentes tipos de representação de informações: gráficos e fluxogramas

Matemática 7º ano

Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Múltiplos e divisores de um número natural

Cálculo de porcentagens e de acréscimos e decréscimos simples


Números

Números inteiros: usos, história, ordenação, associação com pontos da reta numérica e
operações

XII

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(EF06MA21) Construir figuras planas semelhantes em situações de ampliação e de redução, com o uso de malhas quadriculadas,
plano cartesiano ou tecnologias digitais.
(EF06MA22) Utilizar instrumentos, como réguas e esquadros, ou softwares para representações de retas paralelas e perpendicula-
res e construção de quadriláteros, entre outros.
(EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como na construção de dobraduras ou na indicação de
deslocamento de um objeto no plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.).

(EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângu-
los e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que
possível, em contextos oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento.

(EF06MA25) Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às figuras geométricas.

(EF06MA26) Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de
visão.

(EF06MA27) Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de transferidor e/ou tecnologias digitais.

(EF06MA28) Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de residências e vistas aéreas.

(EF06MA29) Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem,
igualmente, as medidas de seus lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado, o que não ocorre com
a área.

(EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-a por número racional (forma fracionária, decimal e
percentual) e comparar esse número com a probabilidade obtida por meio de experimentos sucessivos.

(EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em di-
ferentes tipos de gráfico.
(EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade,
trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de gráficos e redigir tex-
tos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões.

(EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrô-
nicas para registro, representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de gráficos e texto.

(EF06MA34) Interpretar e desenvolver fluxogramas simples, identificando as relações entre os objetos representados (por exemplo,
posição de cidades considerando as estradas que as unem, hierarquia dos funcionários de uma empresa etc.).

Habilidades

(EF07MA01) Resolver e elaborar problemas com números naturais, envolvendo as noções de divisor e de múltiplo, podendo in-
cluir máximo divisor comum ou mínimo múltiplo comum, por meio de estratégias diversas, sem a aplicação de algoritmos.

(EF07MA02) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, como os que lidam com acréscimos e decréscimos sim-
ples, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, no contexto de educação financeira, entre outros.

(EF07MA03) Comparar e ordenar números inteiros em diferentes contextos, incluindo o histórico, associá-los a pontos da reta nu-
mérica e utilizá-los em situações que envolvam adição e subtração.

(EF07MA04) Resolver e elaborar problemas que envolvam operações com números inteiros.

XIII

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Fração e seus significados: como parte de inteiros, resultado da divisão, razão e operador

Números

Números racionais na representação fracionária e na decimal: usos, ordenação e associa-


ção com pontos da reta numérica e operações

Linguagem algébrica: variável e incógnita

Álgebra Equivalência de expressões algébricas: identificação da regularidade de uma sequência


numérica

Problemas envolvendo grandezas diretamente


proporcionais e grandezas inversamente
proporcionais

Equações polinomiais do 1º grau

Transformações geométricas de polígonos no plano cartesiano: multiplicação das coorde-


nadas por um número inteiro e obtenção de simétricos em relação aos eixos e à origem

Simetrias de translação, rotação e reflexão

A circunferência como lugar geométrico

Relações entre os ângulos formados por retas paralelas intersectadas por uma transversal
Geometria

Triângulos: construção, condição de existência e soma das medidas dos ângulos internos

Polígonos regulares: quadrado e triângulo equilátero

Grandezas e medidas Problemas envolvendo medições

XIV

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(EF07MA05) Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos.
(EF07MA06) Reconhecer que as resoluções de um grupo de problemas que têm a mesma estrutura podem ser obtidas utilizan-
do os mesmos procedimentos.
(EF07MA07) Representar por meio de um fluxograma os passos utilizados para resolver um grupo de problemas.
(EF07MA08) Comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros, resultado da divisão, razão e operador.
(EF07MA09) Utilizar, na resolução de problemas, a associação entre razão e fração, como a fração 2/3 para expressar a razão de
duas partes de uma grandeza para três partes da mesma ou três partes de outra grandeza.

(EF07MA10) Comparar e ordenar números racionais em diferentes contextos e associá-los a pontos da reta numérica.
(EF07MA11) Compreender e utilizar a multiplicação e a divisão de números racionais, a relação entre elas e suas propriedades
operatórias.
(EF07MA12) Resolver e elaborar problemas que envolvam as operações com números racionais.

(EF07MA13) Compreender a ideia de variável, representada por letra ou símbolo, para expressar relação entre duas grandezas,
diferenciando-a da ideia de incógnita.
(EF07MA14) Classificar sequências em recursivas e não recursivas, reconhecendo que o conceito de recursão está presente não
apenas na matemática, mas também nas artes e na literatura.
(EF07MA15) Utilizar a simbologia algébrica para expressar regularidades encontradas em sequências numéricas.

(EF07MA16) Reconhecer se duas expressões algébricas obtidas para descrever a regularidade de uma mesma sequência numé-
rica são ou não equivalentes.

(EF07MA17) Resolver e elaborar problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta e de proporcionalidade inversa
entre duas grandezas, utilizando sentença algébrica para expressar a relação entre elas.

(EF07MA18) Resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais de 1º grau, redutíveis à for-
ma ax + b = c, fazendo uso das propriedades da igualdade.

(EF07MA19) Realizar transformações de polígonos representados no plano cartesiano, decorrentes da multiplicação das coorde-
nadas de seus vértices por um número inteiro.
(EF07MA20) Reconhecer e representar, no plano cartesiano, o simétrico de figuras em relação aos eixos e à origem.

(EF07MA21) Reconhecer e construir figuras obtidas por simetrias de translação, rotação e reflexão, usando instrumentos de de-
senho ou softwares de geometria dinâmica e vincular esse estudo a representações planas de obras de arte, elementos arquite-
tônicos, entre outros.

(EF07MA22) Construir circunferências, utilizando compasso, reconhecê-las como lugar geométrico e utilizá-las para fazer compo-
sições artísticas e resolver problemas que envolvam objetos equidistantes.

(EF07MA23) Verificar relações entre os ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal, com e sem uso de
softwares de geometria dinâmica.

(EF07MA24) Construir triângulos, usando régua e compasso, reconhecer a condição de existência do triângulo quanto à medida
dos lados e verificar que a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180°.
(EF07MA25) Reconhecer a rigidez geométrica dos triângulos e suas aplicações, como na construção de estruturas arquitetônicas
(telhados, estruturas metálicas e outras) ou nas artes plásticas.
(EF07MA26) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um triângulo qualquer, co-
nhecidas as medidas dos três lados.

(EF07MA27) Calcular medidas de ângulos internos de polígonos regulares, sem o uso de fórmulas, e estabelecer relações entre
ângulos internos e externos de polígonos, preferencialmente vinculadas à construção de mosaicos e de ladrilhamentos.
(EF07MA28) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um polígono regular (como
quadrado e triângulo equilátero), conhecida a medida de seu lado.

(EF07MA29) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de grandezas inseridos em contextos oriundos de situações
cotidianas ou de outras áreas do conhecimento, reconhecendo que toda medida empírica é aproximada.

XV

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Cálculo de volume de blocos retangulares, utilizando unidades de medida convencionais
mais usuais

Equivalência de área de figuras planas: cálculo de áreas de figuras que podem ser de-
compostas por outras, cujas áreas podem ser facilmente determinadas como triângulos e
quadriláteros

Medida do comprimento da circunferência

Experimentos aleatórios: espaço amostral e estimativa de probabilidade por meio de fre-


quência de ocorrências

Estatística: média e amplitude de um conjunto de dados

Probabilidade e estatística Pesquisa amostral e pesquisa censitária

Planejamento de pesquisa, coleta e organização dos dados, construção de tabelas e gráficos


e interpretação das informações

Gráficos de setores: interpretação, pertinência e construção para representar conjunto de


dados

Matemática 8º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Notação científica

Potenciação e radiciação
Números
O princípio multiplicativo da contagem

Porcentagens

Dízimas periódicas: fração geratriz

Valor numérico de expressões algébricas

Associação de uma equação linear de 1º grau a uma reta no plano cartesiano

Sistema de equações polinomiais de 1º grau: resolução algébrica e representação no plano


cartesiano

Equação polinomial de 2º grau do tipo ax2 = b

Álgebra

Sequências recursivas e não recursivas

Variação de grandezas: diretamente proporcionais, inversamente proporcionais ou não


proporcionais

XVI

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(EF07MA30) Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de blocos retangulares, envolvendo as unidades
usuais (metro cúbico, decímetro cúbico e centímetro cúbico).

(EF07MA31) Estabelecer expressões de cálculo de área de triângulos e de quadriláteros.


(EF07MA32) Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida de área de figuras planas que podem ser decompostas por qua-
drados, retângulos e/ou triângulos, utilizando a equivalência entre áreas.

(EF07MA33) Estabelecer o número π como a razão entre a medida de uma circunferência e seu diâmetro, para compreender e re-
solver problemas, inclusive os de natureza histórica.

(EF07MA34) Planejar e realizar experimentos aleatórios ou simulações que envolvem cálculo de probabilidades ou estimativas
por meio de frequência de ocorrências.

(EF07MA35) Compreender, em contextos significativos, o significado de média estatística como indicador da tendência de uma
pesquisa, calcular seu valor e relacioná-lo, intuitivamente, com a amplitude do conjunto de dados.

(EF07MA36) Planejar e realizar pesquisa envolvendo tema da realidade social, identificando a necessidade de ser censitária ou
de usar amostra, e interpretar os dados para comunicá-los por meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, com o apoio de pla-
nilhas eletrônicas.

(EF07MA37) Interpretar e analisar dados apresentados em gráfico de setores divulgados pela mídia e compreender quando é
possível ou conveniente sua utilização.

Habilidades

(EF08MA01) Efetuar cálculos com potências de expoentes inteiros e aplicar esse conhecimento na representação de números em
notação científica.

(EF08MA02) Resolver e elaborar problemas usando a relação entre potenciação e radiciação, para representar uma raiz como po-
tência de expoente fracionário.

(EF08MA03) Resolver e elaborar problemas de contagem cuja resolução envolva a aplicação do princípio multiplicativo.

(EF08MA04) Resolver e elaborar problemas, envolvendo cálculo de porcentagens, incluindo o uso de tecnologias digitais.

(EF08MA05) Reconhecer e utilizar procedimentos para a obtenção de uma fração geratriz para uma dízima periódica.

(EF08MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculo do valor numérico de expressões algébricas, utilizando as pro-
priedades das operações.

(EF08MA07) Associar uma equação linear de 1º grau com duas incógnitas a uma reta no plano cartesiano.

(EF08MA08) Resolver e elaborar problemas relacionados ao seu contexto próximo, que possam ser representados por sistemas
de equações de 1º grau com duas incógnitas e interpretá-los, utilizando, inclusive, o plano cartesiano como recurso.

(EF08MA09) Resolver e elaborar, com e sem uso de tecnologias, problemas que possam ser representados por equações polino-
miais de 2º grau do tipo ax2 = b.

(EF08MA10) Identificar a regularidade de uma sequência numérica ou figural não recursiva e construir um algoritmo por meio de
um fluxograma que permita indicar os números ou as figuras seguintes.
(EF08MA11) Identificar a regularidade de uma sequência numérica recursiva e construir um algoritmo por meio de um fluxogra-
ma que permita indicar os números seguintes.

(EF08MA12) Identificar a natureza da variação de duas grandezas, diretamente, inversamente proporcionais ou não proporcio-
nais, expressando a relação existente por meio de sentença algébrica e representá-la no plano cartesiano.
(EF08MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam grandezas diretamente ou inversamente proporcionais, por meio de
estratégias variadas.

XVII

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Congruência de triângulos e demonstrações de propriedades de quadriláteros

Construções geométricas: ângulos de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos regulares


Geometria

Mediatriz e bissetriz como lugares geométricos: construção e problemas

Transformações geométricas: simetrias de translação, reflexão e rotação

Área de figuras planas

Área do círculo e comprimento de sua circunferência


Grandezas e medidas
Volume de cilindro reto

Medidas de capacidade

Princípio multiplicativo da contagem


Soma das probabilidades de todos os elementos de um espaço amostral

Gráficos de barras, colunas, linhas ou setores e seus elementos constitutivos e adequação


para determinado conjunto de dados

Organização dos dados de uma variável contínua em classes

Probabilidade e estatística
Medidas de tendência central e de dispersão

Pesquisas censitária ou amostral

Planejamento e execução de pesquisa amostral

Matemática 9º ano
Unidades temáticas Objetos de conhecimento

Necessidade dos números reais para medir qualquer segmento de reta

Números irracionais: reconhecimento e localização de alguns na reta numérica

Números Potências com expoentes negativos e fracionários

Números reais: notação científica e problemas

Porcentagens: problemas que envolvem cálculo de percentuais sucessivos

XVIII

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(EF08MA14) Demonstrar propriedades de quadriláteros por meio da identificação da congruência de triângulos.

(EF08MA15) Construir, utilizando instrumentos de desenho ou softwares de geometria dinâmica, mediatriz, bissetriz, ângulos de
90°, 60°, 45° e 30° e polígonos regulares.
(EF08MA16) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um hexágono regular de
qualquer área, a partir da medida do ângulo central e da utilização de esquadros e compasso.

(EF08MA17) Aplicar os conceitos de mediatriz e bissetriz como lugares geométricos na resolução de problemas.

(EF08MA18) Reconhecer e construir figuras obtidas por composições de transformações geométricas (translação, reflexão e rota-
ção), com o uso de instrumentos de desenho ou de softwares de geometria dinâmica.

(EF08MA19) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de área de figuras geométricas, utilizando expressões de cál-
culo de área (quadriláteros, triângulos e círculos), em situações como determinar medida de terrenos.

(EF08MA20) Reconhecer a relação entre um litro e um decímetro cúbico e a relação entre litro e metro cúbico, para resolver pro-
blemas de cálculo de capacidade de recipientes.
(EF08MA21) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo do volume de recipiente cujo formato é o de um bloco retangular.

(EF08MA22) Calcular a probabilidade de eventos, com base na construção do espaço amostral, utilizando o princípio multiplicati-
vo, e reconhecer que a soma das probabilidades de todos os elementos do espaço amostral é igual a 1.

(EF08MA23) Avaliar a adequação de diferentes tipos de gráficos para representar um conjunto de dados de uma pesquisa.

(EF08MA24) Classificar as frequências de uma variável contínua de uma pesquisa em classes, de modo que resumam os dados de
maneira adequada para a tomada de decisões.

(EF08MA25) Obter os valores de medidas de tendência central de uma pesquisa estatística (média, moda e mediana) com a com-
preensão de seus significados e relacioná-los com a dispersão de dados, indicada pela amplitude.

(EF08MA26) Selecionar razões, de diferentes naturezas (física, ética ou econômica), que justificam a realização de pesquisas
amostrais e não censitárias, e reconhecer que a seleção da amostra pode ser feita de diferentes maneiras (amostra casual sim-
ples, sistemática e estratificada).
(EF08MA27) Planejar e executar pesquisa amostral, selecionando uma técnica de amostragem adequada, e escrever relatório que
contenha os gráficos apropriados para representar os conjuntos de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência
central, a amplitude e as conclusões.

Habilidades

(EF09MA01) Reconhecer que, uma vez fixada uma unidade de comprimento, existem segmentos de reta cujo comprimento não é
expresso por número racional (como as medidas de diagonais de um polígono e alturas de um triângulo, quando se toma a me-
dida de cada lado como unidade).

(EF09MA02) Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é infinita e não periódica, e es-
timar a localização de alguns deles na reta numérica.

(EF09MA03) Efetuar cálculos com números reais, inclusive potências com expoentes fracionários.

(EF09MA04) Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, envolvendo diferentes operações.

(EF09MA05) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e a
determinação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnologias digitais, no contexto da educação financeira.

XIX

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Funções: representações numérica, algébrica e gráfica

Razão entre grandezas de espécies diferentes

Álgebra
Grandezas diretamente proporcionais e grandezas inversamente proporcionais

Expressões algébricas: fatoração e produtos notáveis

Resolução de equações polinomiais do 2º grau por meio de fatorações

Demonstrações de relações entre os ângulos formados por retas paralelas intersectadas


por uma transversal

Relações entre arcos e ângulos na circunferência de um círculo

Semelhança de triângulos

Relações métricas no triângulo retângulo

Teorema de Pitágoras: verificações experimentais e demonstração


Geometria
Retas paralelas cortadas por transversais: teoremas de proporcionalidade e verificações
experimentais

Polígonos regulares

Distância entre pontos no plano cartesiano

Vistas ortogonais de figuras espaciais

Unidades de medida para medir distâncias muito grandes e muito pequenas


Unidades de medida utilizadas na informática
Grandezas e medidas

Volume de prismas e cilindros

Análise de probabilidade de eventos aleatórios: eventos dependentes e independentes

Análise de gráficos divulgados pela mídia: elementos que podem induzir a erros de leitu-
ra ou de interpretação

Probabilidade e estatística
Leitura, interpretação e representação de dados de pesquisa expressos em tabelas de du-
pla entrada, gráficos de colunas simples e agrupadas, gráficos de barras e de setores e
gráficos pictóricos

Planejamento e execução de pesquisa amostral e apresentação de relatório

XX

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(EF09MA06) Compreender as funções como relações de dependência unívoca entre duas variáveis e suas representações nu-
mérica, algébrica e gráfica e utilizar esse conceito para analisar situações que envolvam relações funcionais entre duas variáveis.

(EF09MA07) Resolver problemas que envolvam a razão entre duas grandezas de espécies diferentes, como velocidade e densi-
dade demográfica.

(EF09MA08) Resolver e elaborar problemas que envolvam relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas ou mais
grandezas, inclusive escalas, divisão em partes proporcionais e taxa de variação, em contextos socioculturais, ambientais e de ou-
tras áreas.

(EF09MA09) Compreender os processos de fatoração de expressões algébricas, com base em suas relações com os produtos no-
táveis, para resolver e elaborar problemas que possam ser representados por equações polinomiais do 2º grau.

(EF09MA10) Demonstrar relações simples entre os ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma transversal.

(EF09MA11) Resolver problemas por meio do estabelecimento de relações entre arcos, ângulos centrais e ângulos inscritos na
circunferência, fazendo uso, inclusive, de softwares de geometria dinâmica.

(EF09MA12) Reconhecer as condições necessárias e suficientes para que dois triângulos sejam semelhantes.

(EF09MA13) Demonstrar relações métricas do triângulo retângulo, entre elas o teorema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a se-
melhança de triângulos.

(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágoras ou das relações de proporcionalidade envol-
vendo retas paralelas cortadas por secantes.

(EF09MA15) Descrever, por escrito e por meio de um fluxograma, um algoritmo para a construção de um polígono regular cuja
medida do lado é conhecida, utilizando régua e compasso, como também softwares.

(EF09MA16) Determinar o ponto médio de um segmento de reta e a distância entre dois pontos quaisquer, dadas as coordenadas
desses pontos no plano cartesiano, sem o uso de fórmulas, e utilizar esse conhecimento para calcular, por exemplo, medidas de pe-
rímetros e áreas de figuras planas construídas no plano.

(EF09MA17) Reconhecer vistas ortogonais de figuras espaciais e aplicar esse conhecimento para desenhar objetos em perspectiva.

(EF09MA18) Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como dis-
tância entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, en-
tre outros.

(EF09MA19) Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de volumes de prismas e de cilindros retos, inclusive com uso
de expressões de cálculo, em situações cotidianas.

(EF09MA20) Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes e calcular a probabilidade de sua
ocorrência, nos dois casos.

(EF09MA21) Analisar e identificar, em gráficos divulgados pela mídia, os elementos que podem induzir, às vezes propositadamen-
te, erros de leitura, como escalas inapropriadas, legendas não explicitadas corretamente, omissão de informações importantes
(fontes e datas), entre outros.

(EF09MA22) Escolher e construir o gráfico mais adequado (colunas, setores, linhas), com ou sem uso de planilhas eletrônicas, para
apresentar um determinado conjunto de dados, destacando aspectos como as medidas de tendência central.

(EF09MA23) Planejar e executar pesquisa amostral envolvendo tema da realidade social e comunicar os resultados por meio de
relatório contendo avaliação de medidas de tendência central e da amplitude, tabelas e gráficos adequados, construídos com o
apoio de planilhas eletrônicas.

XXI

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Sumário
Sumário

Capítulo 1 – Potenciação ....................................................................................................... 10

Para começar................................................................................................................................. 10
Potenciação ................................................................................................................................... 12
O byte .....................................................................................................................................................13
Propriedades das potências ........................................................................................................ 16
Você conhece a lenda do xadrez? ............................................................................................... 24
Potência de 10 ............................................................................................................................... 25
Notação científica ......................................................................................................................... 26
Matemática + ................................................................................................................................. 28

Capítulo 2 – Equações polinomiais do 2° grau ......................................................................... 31

Para começar................................................................................................................................. 31
Equações do 2o grau ..................................................................................................................... 32
Resolução das equações completas .......................................................................................... 33
Número de raízes reais ................................................................................................................ 36
Equações do 2o grau incompletas .............................................................................................. 39
Relação entre os coeficientes e as raízes................................................................................... 43
Fatoração de uma equação do 2o grau ...................................................................................... 46
Composição de uma equação do 2o grau.................................................................................. 47
Sistema de equações do 2o grau ................................................................................................ 49
Problemas envolvendo equação polinomial do 2o grau .......................................................... 49
Matemática + ................................................................................................................................. 53

Capítulo 3 – Equações polinomiais do 2º grau disfarçadas ......................................................... 55

Para começar................................................................................................................................. 55
1º tipo: equações do tipo a x 2 n + bx n + c = 0 , em que a ≠ 0 e n = 2 ..........................................56
2º tipo: equações do tipo a x 2 n + bx n + c = 0 , em que a ≠ 0 .......................................................58
3º tipo: equações irracionais ....................................................................................................... 61
Matemática + ................................................................................................................................. 66

Capítulo 4 – Produto cartesiano, relação binária e função ......................................................... 68

Para começar................................................................................................................................. 68
Par ordenado................................................................................................................................. 68
Produto cartesiano ....................................................................................................................... 69
Representação do produto cartesiano ...................................................................................... 69
Localização dos pontos cartesianos nos eixos coordenados ................................................. 72
Bissetriz dos quadrantes ............................................................................................................. 72
Distância entre dois pontos ........................................................................................................ 73

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Relação binária .............................................................................................................................. 76
Número de relações de A em B ........................................................................................................77
Relação inversa (R −1 ) ................................................................................................................... 82
Função ............................................................................................................................................ 85
Domínio, contradomínio e imagem de uma função ................................................................ 87
Lei de formação de uma função ................................................................................................. 88
Valor numérico de uma função .................................................................................................. 88
Construção de gráficos de funções ............................................................................................ 93
Raiz e valor numérico no gráfico de uma função ..................................................................... 96
Domínio e imagem através do gráfico ....................................................................................... 97
Determinação do domínio de uma função ............................................................................... 99
Função ............................................................................................................................................ 101
Função polinomial do 1o grau ..................................................................................................... 102
Reta vertical ................................................................................................................................... 105
Reta horizontal .............................................................................................................................. 106
Zero, ou raiz, da função polinomial ............................................................................................ 107
Matemática + ................................................................................................................................. 112

Capítulo 5 – Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática ............................................... 116

Para começar................................................................................................................................. 116


Função polinomial do 2o grau ..................................................................................................... 117
Representação gráfica das funções polinomiais do o grau ................................................... 120
Zeros, ou raízes, da função polinomial do 2o grau ................................................................... 126
Coordenadas do vértice de uma função quadrática................................................................ 131
Valor máximo e valor mínimo de uma função quadrática ...................................................... 134
Estudo dos sinais de uma função quadrática ........................................................................... 139
Matemática + ................................................................................................................................. 150

Capítulo 6 – Números racionais e irracionais ........................................................................... 152

Para começar................................................................................................................................. 152


Conjunto dos números naturais ................................................................................................. 152
Conjunto dos números inteiros .................................................................................................. 152
Conjunto dos números racionais................................................................................................ 153
Conjunto dos números irracionais ............................................................................................. 155
Teorema de Pitágoras .................................................................................................................. 156
Representação em reta numérica .............................................................................................. 156
Matemática + ................................................................................................................................. 159

Capítulo 7 – Matemática financeira ........................................................................................ 162

Para começar................................................................................................................................. 162


Porcentagem ................................................................................................................................. 164
Porcentagem de porcentagem ................................................................................................... 165
Cálculos com tecnologias digitais ............................................................................................... 167
Matemática + ................................................................................................................................. 167

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Capítulo 8 – Segmentos proporcionais ................................................................................... 169

Para começar................................................................................................................................. 169


Razão .............................................................................................................................................. 170
Segmentos proporcionais............................................................................................................ 171
Grandezas e escalas ..................................................................................................................... 174
Feixe de retas paralelas e reta transversal ............................................................................... 179
Teorema de Tales .......................................................................................................................... 179
Consequências do Teorema de Tales ......................................................................................... 184
Semelhança de figuras ................................................................................................................. 192
Polígonos semelhantes ................................................................................................................ 193
Semelhança de triângulos ........................................................................................................... 198
Linhas homólogas......................................................................................................................... 199
Teorema fundamental da semelhança de triângulos .............................................................. 202
Consequências da semelhança de triângulos........................................................................... 206
Matemática + ................................................................................................................................. 209

Capítulo 9 – Relações métricas ............................................................................................ 211

Para começar................................................................................................................................. 211


Relações métricas no triângulo retângulo ................................................................................ 211
Trigonometria ................................................................................................................................ 220
Ângulos notáveis........................................................................................................................... 222
Tabela trigonométrica dos ângulos agudos .............................................................................. 227
Lei dos senos, ou Teorema de Lamy .......................................................................................... 230
Lei dos cossenos ........................................................................................................................... 234
Matemática + ................................................................................................................................. 238

Capítulo 10 – Circunferência, arcos e relações métricas .......................................................... 242

Para começar................................................................................................................................. 242


O número π: uma razão geométrica .......................................................................................... 242
Medida de um arco de circunferência ....................................................................................... 244
Radiano .......................................................................................................................................... 246
Ângulo formado pelos ponteiros das horas e dos minutos .................................................... 248
Ângulo formado pelo deslocamento do ponteiro dos minutos em relação ao das horas ....248
Cálculo do perímetro de figuras compostas de arcos de circunferência .............................. 251
Relações métricas na circunferência .......................................................................................... 253
Potência de um ponto em relação à circunferência................................................................. 263
Matemática + ................................................................................................................................. 266

Capítulo 11 – Geometria espacial ......................................................................................... 268

Para começar................................................................................................................................. 268


Conceitos primitivos ..................................................................................................................... 269
Postulados de existência ............................................................................................................. 269
Figuras espaciais ........................................................................................................................... 269
Sólidos platônicos ......................................................................................................................... 271

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Relação de Euler............................................................................................................................ 271
Vista e perspectiva de figuras geométricas .............................................................................. 273
Matemática + ................................................................................................................................. 276

Capítulo 12 – Estatística ...................................................................................................... 278

Para começar................................................................................................................................. 278


A Estatística na pesquisa ............................................................................................................. 278
Escolha das variáveis .................................................................................................................... 279
Coleta de dados ............................................................................................................................ 279
Conceito elementar de probabilidade ....................................................................................... 279
Eventos independentes ............................................................................................................... 281
Amplitude ...................................................................................................................................... 281
Elaboração de tabelas e gráficos ................................................................................................ 283
Medidas de tendência central (centralidade e variabilidade) ................................................. 286
Leitura de gráficos – parâmetros................................................................................................ 287
Matemática + ................................................................................................................................. 290

Caderno de respostas ........................................................................................................ 295

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BNCC
Objetos de conhecimento
Potências com expoentes negativos

CAPÍTULO 1
e fracionários.
Números reais: notação científica e Potenciação
problemas.
nidades de medida para medir distân-
cias muito grandes e muito pequenas.
nidades de medida utilizadas na in-
Para começar
formática.
Neste início de capítulo, vamos nos apoiar em um dos vários modelos que
a Matemática, muitas vezes, fornece-nos como um conjunto de ferramentas
Habilidades trabalhadas no capítulo para a solução de problemas em diversas áreas do saber. Portanto, a partir
(EF09MA03) Efetuar cálculos com nú- de agora, devemos estudar os conteúdos conceituais visando relacioná-los ao
nosso dia a dia.
meros reais, inclusive potências com A seguir, você vai conhecer a Torre de Hanói, um jogo muito interessante
expoentes fracionários. para compreendermos o tema deste capítulo: potenciação.
João e Maria são dois grandes amigos que gostam muito de jogos matemá-
(EF09MA04) Resolver e elaborar pro- ticos e, certo dia, encontraram em um site de Matemática um chamado Torre
blemas com números reais, inclusive de Hanói.
A Torre de Hanói é um jogo criado pelos ma-
em notação científica, envolvendo dife-

Reprodução
temáticos franceses François Anatole Lucas e
rentes operações. De Parville, em 1894, e consiste num conjunto de
três pinos fixos numa base comum (como mostra
(EF09MA18) Reconhecer e empregar a figura). Num dos pinos, peças furadas estão en-
unidades usadas para expressar medi- fiadas em ordem decrescente de tamanho, de baixo
para cima. O desafio consiste em transportar, uma a
das muito grandes ou muito pequenas, uma, essas 7 peças do pino 1 ao pino 3 num menor
tais como distância entre planetas e número possível de movimentos. Não é permitido, O matemático francês François
em nenhuma etapa, que uma peça fique fora dos Édouard Anatole Lucas, um dos
sistemas solares, tamanho de vírus ou pinos ou pousada sobre outra de menor tamanho.
criadores da Torre de Hanói.

de células, capacidade de armazena-


mento de computadores, entre outros.

OBJETIVOS DIDÁTICOS

Identificar os termos da potenciação


(expoente, potência, base).
Identificar a presença da potenciação 1 2 3
em várias áreas profissionais. Você seria capaz de imaginar os movimentos feitos com uma pilha de 7
discos? Para ajudar nesse cálculo, vamos criar uma estratégia começando com
Identificar e aplicar a propriedade do um número reduzido de 3 discos. Depois, faremos uma generalização para n
produto de potência de mesma base. peças, sendo n um número inteiro qualquer.
Calcular a potência cuja base é um nú-
mero real. 10 Capítulo 1 — Potenciação

Identificar e aplicar a propriedade da


divisão de potência de mesma base.
Aplicar a propriedade da divisão de Matematica_2020_9A_01.indd 10 20/09/2019 15:55:30 Ma

potência com expoente inteiro negativo,


ANOTAÇÕES
identificando que é o inverso do número
com o expoente positivo.
Perceber a importância da potência de
base na Física e na Química.
Simplificar a escrita e a representação
dos valores muito pequenos ou muito
grandes em notação científica.

10

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Professor, solicite aos estudantes que,


1 disco 1 movimento em grupos, pesquisem sobre jogos mate-
máticos com o tema potência e, depois,
apresentem os resultados aos demais co-
+ legas como forma de contextualizar os
conteúdos conceituais.
2 discos 2 movimentos 1 movimento

CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
+ + +

3 discos 2 movimentos 2 movimentos 2 movimentos 1 movimento


Conhecer as propriedades das potên-
cias do produto de mesma base.
Conhecer as propriedades das potên-
Vamos fazer uma tabela com o número de discos e o número mínimo de movimentos para
mudá-los de um bastão para outro.
cias da divisão de mesma base.
Aplicar corretamente as propriedades
Número de discos transferidos 1 2 3 da potenciação.
Número de movimentos executados 1 3 7 Elevar qualquer número real a um ex-
poente em Z ou Q.
Podemos verificar que existe uma relação entre o número de peças (discos) e os movimen-
tilizar as propriedades das operações
tos executados. Veja:
com potências para simplificar ou calcu-
lar o valor numérico de expressões.
1 peça 1 movimento 2–1 21 – 1

SUGESTÃO
2 peças 3 movimentos 4–1 22 – 1

Professor, observe se é possível a


3 peças 7 movimentos 8–1 23 – 1 apresentação de outros jogos, afim de
dinamizar o contato com as mídias e os
...
...

...

...

programas (software) de Matemática.


n peças 2n – 1

Assim, de acordo com a demonstração, podemos fazer a seguinte dedução: quando esti- ANOTAÇÕES
vermos utilizando n discos, o número total de movimentos será dado pela expressão 2 n − 1.

Capítulo 1 — Potenciação 11

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CONTEÚDOS CONCEITUAIS

Definição.
Consequência da definição de potência.
Expoente par.
Expoente ímpar.
Propriedades das potências.
Produto de potência de mesma base.
Divisão de potência de mesma base.
Potência de uma potência.
Distributiva da potenciação em relação à multiplicação.
Distributiva da potenciação em relação à divisão.

11

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CONTEÚDOS ATITUDINAIS
Potenciação
Fazer com que os alunos tenham uma
Mas o que significa o termo n
na expressão anterior? 2n representa uma potência de base
visão global do assunto. 2 e expoente n.
Despertar nos alunos o seu lado inves-
tigador, curioso. Destacamos aqui um modelo algébrico em que, dado um número real b qualquer e
sendo n um número natural, define-se potência de b elevado a n como sendo o produto de
Trabalhar as informações com base fatores iguais de b por b n vezes, ou seja:
numa análise crítica da realidade.
bn = b ⋅ b ⋅ b... b, para todo n ∈ N e n > 1
Estimular os alunos a pesquisarem o
uso da Matemática no dia a dia. Termos da potenciação:
Respeitar as diferentes interpretações b − base
encontradas na resolução das situações- n − expoente

-problema. Então: expoente

32 = 3 ⋅ 3 → 32 = 9 potência

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS base

Você percebeu que dessa forma simplificamos bastante as expressões envolvendo o pro-
Deixe claro para os alunos o que sig- duto de termos iguais?
Exemplos:
nificam os termos matemáticos: base de
uma potência, expoente e potência. a) 23 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 Sinais iguais:
23 = 8
Ao trabalhar com potenciação, esclare- + . + = +
ça os conceitos: a base é o fator que se b) (−5)2 = (−5) ⋅ (−5) Resultados positivos
(−5)2 = 25 − . − = +
repete, o expoente é o número de fato-
res repetidos, a potência é o resultado c) 34 = 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 Sinais diferentes:
da operação. 34 = 81 + . − = −
Resultados negativos
d) (−4) = (−4) ⋅ (−4) ⋅ (−4)
3
− . + = −
(−4)3 = −64
SUGESTÃO
Voltemos agora ao nosso jogo — Torre de Hanói.
Observamos que a expressão n representa uma potência de base 2 e expoente n. Ou seja:
Solicite aos estudantes que descu- 2n = 2 2 ⋅ 2 ... 
2
⋅
bram se existem outras formas de solu- n vezes

Então, quando tivermos 7 peças (discos), o número de movimentos executados será:


ção para as questões de potenciação e,
 
depois, debata em sala de aula as diver- 27 − 1 = 2 2 − 1 = 127 movimentos
⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅
 
7 vezes 
sas possibilidades. Vamos agora calcular algumas potências com expoente natural não nulo. Lembre-se de
que o sinal do resultado segue a regra da multiplicação.

ANOTAÇÕES
12 Capítulo 1 — Potenciação

Matematica_2020_9A_01.indd 12 20/09/2019 15:55:31 Ma

12

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
Expoente par
Exemplos: A humanidade passou por um exten-
N significa conjunto dos nú-
2 2 meros naturais sem o zero.
so período de construção e desenvolvi-
a) (−2) =(−2) ⋅ (−2) , portanto : (−2) = 4
 
2 vezes
mento, demorando milhares de anos
4 4 para chegar da simples contagem até
b) (−3) = (−3) ⋅ (−3) ⋅ (−3) ⋅ (−3) , portanto: (−3) = 81

4 vezes
os cálculos de potenciação. Muitos ma-
temáticos de diversas civilizações contri-
Assim, podemos generalizar: se n ∈ N*, e n é par, então o resultado de (−a)n será sempre
positivo. buíram para isso, sendo que grande par-
Portanto: te desse percurso foi desenvolvida por
( a) n = an (se n for par)
Arquimedes (viveu no século a.C.) na
Todo número negativo elevado a um expoente par produz resultado positivo.
Grécia Antiga.
Em suas especulações, Arquimedes,
no seu livro Contador de Areia, resolveu
Expoente ímpar
calcular quantos grãos de areia eram ne-
Exemplos:
3
cessários para encher o niverso solar.
5
a) (−1) = (−1) ⋅ (−1) ⋅ (−1) ⋅ (−1) ⋅ (−1) b) (−2) = (−2) ⋅ (−2) ⋅ (−2) Em sua época, o niverso era considera-
   
5 vezes 3 vezes
do um sistema de esferas, tendo a Ter-
Portanto: Portanto: ra como centro e a distância do Sol como
5
(−1) = −1
(−2)
3
= −8 raio. Após calcular o diâmetro dessas es-
feras, Arquimedes calculou o volume do
Generalizando, temos: niverso e o volume médio de um grão
Se n ∈ N*, e n é ímpar, então o resultado de (−a) n será sempre negativo. de areia, fez a divisão final e obteve como
resultado um número enorme. Ele não
Portanto:
( a) n = an (se n for ímpar) poderia usar os números usuais para es-
crever esse valor, pois resultaria em uma
Se n = 1
extensa e incompreensível quantidade de
Todo número negativo elevado a um expoente ímpar produz a1 = a
resultado negativo. ( a)1 = a algarismos.

ANOTAÇÕES
O byte
A potenciação é muito aplicada em diversas áreas profissionais. m exemplo de sua utili-
zação está na Informática.
O desenvolvimento da Informática, além de simplificar problemas do dia a dia, introduziu
novas palavras em nosso vocabulário e até mesmo novas unidades de medidas, como os bytes
e seus múltiplos. Você sabe o que é um byte O byte é uma unidade de informação capaz de

Capítulo 1 — Potenciação 13

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Antes de iniciar o conteúdo, estimule os alunos a expressarem aquilo que pensam


sobre potenciação.
Solicite aos alunos que relembrem algum momento em que tenham visualizado o em-
prego de números com potenciação.
Professor, é importante que a explicação do conteúdo seja sempre verificada a par-
tir de exemplos, para que os alunos possam perceber a coerência entre o conteúdo
e a aplicação.
Interessante ressaltar ao aluno a importância de se saber as propriedades da po-
tência, a fim de evitar cálculos desnecessários.

13

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
representar todos os tipos de dados no computador. Essa unidade pode ser expressa por um
de seus múltiplos, o kilobyte (kB). Veja:
Proponha atividades em que os alu- 1 kB = 1 ⋅ 10³ bytes ≅ 1.024 bytes
Os múltiplos do byte mais conhecidos são:
nos possam expor o que entenderam
do texto utilizando o debate como um Kilobyte (kB) = 1 ⋅ 10³ bytes ≅ 1.024 B
recurso a mais para enriquecer os seus Megabyte (MB) = 1 ⋅ 106 bytes ≅ 1.024 kB
conhecimentos. Gigabyte (GB) = 1 ⋅ 109 bytes ≅ 1.024 MB
Terabyte (TB) = 1 ⋅ 1012 bytes ≅ 1.024 GB

Você pode estar se perguntando: “Mas por que 1.024?”.


SUGESTÃO DE ATIVIDADE á razões científicas que justificam a escolha de . como fator em Informática. O valor
1.024 não é um número qualquer, é a décima potência do número 2, que é a potência de 2 mais
próxima de uma potência de 10.
Trabalhe em grupo o exercício a se-
1.024 = 210 ≅ 103 = 1.000
guir, estimulando os alunos a debaterem 103 ≅ 210 = 1 kB
a resposta encontrada.
Observe, na tabela abaixo, exemplos de minidispositivos eletrônicos e sua capacidade de
armazenamento de informações escrita na forma de potência e na forma abreviada, como é
1. Se a = 6 , o valor de −a
é: apresentada nas lojas.
a) / . Capacidade em gigabytes
b) − / . (GB)
c) / . Equipamento Descrição/Utilização Escrita na
Forma
forma de
d) / . abreviada
potência
Pen drive Dispositivo portátil para armazenar dados 8 ⋅ 109 8 GB
Resposta: alternativa c.
iPod Dispositivo portátil de áudio e vídeo 120 ⋅ 109 120 GB
Lembrando: temos a propriedade que MP4 player Dispositivo portátil de áudio e vídeo 80 ⋅ 109 80 GB
diz que, quando os expoentes das po- Dispositivo portátil de áudio e vídeo,
tências são iguais, as suas bases tam- iPhone navegação na Internet, envio de mensagens de 16 ⋅ 109 16 GB
texto, câmera digital
bém são.
a
= ( a) e que 6 = ( ) . Dispositivo portátil de áudio e vídeo,
Tablet navegação na Internet, envio de mensagens de 12 ⋅ 1010 120 GB
Ainda podemos extrair a raiz cúbica dos texto, câmera digital
termos, obtendo:
a
= = .
Ao inverter os membros da igualdade,
1) Um produto de bases ou fatores iguais a um determinado número será denominado potência
fica: desse mesmo número.
/ a= / . 2) Na leitura, podemos dizer “dois elevado a n” para 2 n, ou, simplesmente, “potência n de 2”.
3) Normalmente, e em particular, chamamos os números elevados a 2 e 3, respectivamente, de
Chegamos ao resultado: quadrado e cubo desses números.
a
= / .

14 Capítulo 1 — Potenciação

ANOTAÇÕES
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14

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 14 20/09/2019 16:31:06


1. Aplicando as regras do cálculo das potências, 2. Sabendo que x = 0,2 e y = 1,5, encontre o
determine as seguintes potências: valor numérico da expressão:
a) 24 b) ( 6)2 x2 ⋅ y2 − x3 ⋅ y
 1
3 y2 − x2
c) −  d) ( )11
 3 
Solução:
23 2 2 3
e) 3 x2 ⋅ y2 − x3 ⋅ y (0, 2) ⋅ (1,5) − (0, 2) ⋅ (1,5)
3 2 2
→ 2 2

y −x (1,5) − (0, 2)
Solução:
0,004 ⋅ 2, 25 − 0, 008 ⋅ 1, 5 0, 09 − 0, 012
→ =
a) 24 = 2 × 2 × 2 × 2 = 16 2, 25 − 0, 04 2, 21
0, 078
b) ( 6)2 = ( 6) × ( 6) = 36
2, 21
3
 1  1  1  1 1
c) −  = − ×− ×−  = − 3. (UFRGS) Um adulto humano saudável abriga
 3   3   3   3  27 cerca de 100 bilhões de bactérias somente
em seu trato digestivo. Esse número de bac-
d) ( )11 = ( ) × ........... × ( ) = térias pode ser escrito como:

Poderíamos também utilizar a propriedade a) 109 b) 1010 c) 1011


da potência: quando a base for 1, a potência d) 1012 e) 1013
é sempre 1. Base negativa com expoente
ímpar: resultado negativo.
Solução:
23 2 × 2 × 2 8 Como 1 bilhão corresponde a 109 unidades, 100
e) 3 = =
3 3× 3× 3 27 bilhões equivalem a 102 ⋅109 = 1011 bactérias.

5:32 1. Segundo pesquisas, uma gota de sangue contém aproximadamente 5 milhões de glóbulos
vermelhos. Como poderíamos escrever essa notação científica numa potência de base

2. Qual o valor de x?

a) 3 x = 81 b) 2 x = 64 c) 7x = 49 d) 2 x = 3 x
x
 1  1  25 
e)   =   f) (0, 5) x =   g) 9x = 81 h) ( )x =
 2   32  100 

Capítulo 1 — Potenciação 15

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15

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
3. Associe a segunda coluna de acordo com a primeira:

1. Resolva este exercício utilizando a cal- a ( )3 I


culadora científica. Execute os seguintes 4
 2  9
procedimentos: b  
 3 
II
8

x → Na calculadora, essa tecla serve c 5


III
para elevar qualquer número à segunda
16
potência, ou ao quadrado. d ( )1.007 IV
81
Ao praticar na calculadora, siga os pas-
32
sos: calcule . e V
23
Para calcular à segunda potência, ou ao
x 2 + y 3 − z10
quadrado, basta teclar: 4. Se x = −2, y = 2 e z = 1, então qual o valor da expressão M = ?
−x + y − z
x =
5. Qual o produto de 1 kB por 1 TB?
No visor, aparecerá a resposta: .
6. De acordo com seu conhecimento sobre potência de mesma base, calcule.
y → Na calculadora, essa tecla serve
92 ⋅ 33 ⋅ 27−1 
para elevar um número a qualquer po-  
tência e calcular o seu valor. 12 ⋅ 2−5 
 
Para elevar à terceira potência, ou ao
cubo ( ), faça da seguinte forma: Propriedades das potências
yx = Supondo satisfeitas as condições de existência das potências, são válidas as seguintes
Aparecerá no visor: . . propriedades:

2. Esta atividade estimula os alunos a pen- Propriedade 1 − Produto de potências de mesma base
sarem, a explorarem conceitos e procedi- Considere alguns produtos:
mentos já estudados. Quando se calcula o
quadrado, o cubo e a quarta potência do a) 22 ⋅ 23 , temos: 22 ⋅ 23 = 2
⋅2 ⋅ 2 2 ⋅
⋅ 2 b) 33 ⋅ 37 , temos: 33 ⋅ 37 = 3 3 ⋅
⋅ 3⋅3 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅
⋅ 3
2 vezes 3 vezes 3 vezes 7 vezes

número , os resultados são números Assim: Assim:


que tanto faz ler da direita para a esquer- 22 ⋅ 23 = 2 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅
⋅ 2 33 ⋅ 37 = 3 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅
⋅ 3
2 + 3 vezes (3 + 7) vezes

da como da esquerda para a direita. Esses Portanto: Portanto:


números são chamados de palíndromos. 22 ⋅ 23 = 2( 2 + 3 ) 33 ⋅ 37 = 33 + 7

Calcule, na calculadora, a potência de , Com isso: Com isso:


e . 2 2 ⋅ 2 3 = 25 33 ⋅ 37 = 310

= .
= . . 16 Capítulo 1 — Potenciação

= .6 .

Agora, solicite que os alunos verifi- Matematica_2020_9A_01.indd 16 20/09/2019 15:55:37

quem se esse fato ocorre com a quinta e


ANOTAÇÕES
a sexta potências do número . Obser-
ve que não se repete:
= 6 . e 6= . . 6 .

16

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 16 20/09/2019 16:31:07


Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:

a x ⋅ a y = a ⋅ a ⋅ a... a ⋅ a ⋅ a ⋅ a...
a
  y vezes
x vezes

Assim: Propriedade 1:
ax ⋅ a y = a a ⋅ a......a ⋅ a ⋅
⋅ a ax ⋅ a y = ax + y
( x + y ) vezes
No produto de potências de mesma base, mantemos a
Portanto: base e somamos os expoentes.
ax ⋅ a y = ax+ y

Exemplos:
Qual seria o valor de x nas expressões abaixo?

a) 32 ⋅ x = 35
De acordo com a Propriedade 1, ax ⋅ ay = ax + y, temos: 3² ⋅ x = 35
Observamos que: 5 = 32 + 3, o que implica que 35 = 32 ⋅ 33
Portanto: 32 ⋅ x = 32 ⋅ 33
Logo: x = 33

b) 2³ ⋅ x = 27
Pela Propriedade 1, observamos que 27 = 23+4
Ou seja: 7 = 23 ⋅ 24
Logo, podemos afirmar que: 3 ⋅ x = 23 ⋅ 24
Portanto: x = 24

Propriedade 2 − Divisão de potências de mesma base


Considere as seguintes divisões:

56
a)
52
De acordo com a Propriedade 1, ax ⋅ ay = ax + y, temos:

56 6 2+4 Propriedade 2:
= x ↔ 52 ⋅ x = 56 , mas lembre-se de que 5 = 5
52 ax
y
= ax−y
Então: 52 ⋅ x = 5
2+4 a
Na divisão de potências de
Logo: 52 ⋅ x = 52 ⋅ 54 , então x = 54
mesma base, mantemos a base e
subtraímos os expoentes.
56 56
Isto é: 2
= 54 , o que implica que = 56 − 2
5:37 5 52

67
b)
64
67
De acordo com a Propriedade 1, temos: = x ↔ 6 4 ⋅ x = 67 , 67 = 6 4 ⋅ 63
64
Com isso: 6 4 ⋅ x = 64 ⋅ 63
Então: x = 63

Capítulo 1 — Potenciação 17

17

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 17 20/09/2019 16:31:08


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Observe que o expoente da base 6 é igual a =7−4
67 67 67
Observe os procedimentos dos alunos Portanto: 4 = x ↔ 4 = 63 ↔ 4 = 67 − 4
6 6 6
ao calcularem as potências, detectando Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:
possíveis dificuldades para resolvê-las. ax
= k (com x > y ) ↔ a y ⋅ k = a x
Esclareça as dúvidas que surgirem. ay
Peça a alguns alunos que tentem re- Mas ax = ax − y + y, com isso:
a y ⋅ k = ax − y + y ↔ a y ⋅ k = ax − y ⋅ a y
solver algumas questões mentalmen-
Então: k = ax − y
te. Depois de resolvidas essas questões, Observe que o expoente da base a é igual a x − y.
chame um aluno para ir ao quadro es- ax
Portanto: = a x − y (para a ≠ 0)
crever sua resposta e explicar como che- ay

gou a esse resultado. Consequências da Propriedade 2


Avalie o quanto os alunos já aprende-
Expoente zero: qualquer número diferente de zero elevado a expoente zero é igual a 1.
ram, por meio de perguntas. Exemplos:
Motive os alunos a enfrentarem as 23
a)
possíveis dificuldades no entendimento 23
das questões. De acordo com a Propriedade 2, temos:

Solucione as dúvidas fazendo uma re- 23


= 23 − 3 , mas 23 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ↔ 23 = 8
23
visão do conteúdo. 23 23 8
Portanto: 3 = 23 − 3 = 20 = 1, pois : 3 = = 1
2 2 8

34
b)
34
ANOTAÇÕES ax
De acordo com a Propriedade 2 → = a x − y , temos:
ay
34
= 34 − 4 , mas 34 = 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 3 ↔ 34 = 81
34
34 34 81
Portanto: 4 = 34 − 4 = 30 = 1, pois 4 = =1
3 3 81
Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:
ax
= a x − x , mas a x = a ⋅ a ...... a
ax  
x vezes

Com isso:
ax
ax − x = → a0 = 1
ax
Expoente inteiro negativo:
Vamos considerar algumas divisões:

1
a) =
22

18 Capítulo 1 — Potenciação

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18

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ax
De acordo com a Propriedade 2, temos: = ax − y
y
a
1 20 Note que, quando invertemos a
Portanto: = fração, devemos trocar o sinal dos
23 23 expoentes.
20 1 Veja:
Com isso: 3 = 20−3 , então: 3 = 2−3
2 2 32 5−8
1 =
b) 58 3−2
32
74 1
ax = −4
De acordo com a Propriedade 2 → = a x − y , temos: 1 7
ay
1 30
= = 30−2 = 3−2
32 32

1) Um número elevado a 1 é igual a ele mesmo.


2) Um número diferente de 0 elevado a 0 é igual a 1.
3) Para as potências de base 10, devemos ter 1 seguido de quantos zeros tenham as unidades do
expoente se os expoentes são positivos.
) Se o expoente for negativo, o final será antecedido de tantas casas decimais quanto deter-
minar o expoente.

Tomando por base os exemplos anteriores, podemos generalizar:


1 a0
= (sendo a ∈ R * e n ∈ N )
an an
1 1
Portanto: n = a 0−n . Com isso, fica claro que: n = a−n (para a ≠ 0)
a a
Observe que, ao invertermos o denominador e o numerador, trocamos o sinal do expoente
da base.

5:42

1. Calcule as seguintes potências.


a) ( ) ⋅( )⋅( )4 b) 1
1
Solução: 1−11 = =1
Solução: 111
( ) ⋅( )⋅( )4 = ( ) +1+4
−14 14
 1  1
( ) ⋅( )⋅( )4 = ( )+3 c)   ⋅  
 7 
7

Capítulo 1 — Potenciação 19

19

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 19 20/09/2019 16:31:10


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
2. Encontre a fração geratriz e determine:
Solução: a) (0,4444......)2
Aconselha-se rever fração geratriz, a  1
−14
 1
14
 1
−14 +14 2
4  4  16
fim de facilitar o cálculo de algumas pro-
  ⋅   =   → Solução: 0, 444... = →  =
 7   7   7  9  9  81
posições de potência.  1
0
b) (0,18777...)2
1

  = 1
Divida os alunos em duplas e propo-  7 
Solução:
nha que discutam entre si os exercícios
 1
−2 187 − 18 169
propostos. 0,18777... = = →
d)   900 900
 9 
Estimule os alunos a entenderem a ati- 1
1 1
 169 2  132 2
Solução: (0,18777...) 2 →   =  2  →
vidade resolvida sem a sua ajuda. Depois,  900   30 
−2 +2
esclareça qualquer dúvida que surgir.  1 9 1
  =   = 81  22
 9   1  13   = 13
  
 30   30

ANOTAÇÕES

7. Calcule as seguintes potências.


−4
 1
a) ( ) b) −  c) ( ) d) (0,999...) e) 3
 2 

8. Calcule o valor numérico das expressões.


2 −1
32 − 3−2 2−1 − (−2) + (−2)
a) b)
32 + 3−2 2
2 +2 −2

9. Efetue as operações aritméticas e dê o valor da expressão.


−5

  2  −3   4 


  1 2  3 
  −    ⋅ 1−  − 1, 92
 =

  2   3    5  


 

10. Reduza a uma só potência.


9
 1
2 19  
(−3) ⋅ (−3)  2 
a) 20
b) 5 2
(−3)  1
 
 1
⋅  
 2   2 
11. Simplifique.
2 x + 3 ⋅ 22
a)
2x − 1 ⋅ 2x
(
b) 3 : 3
x x −2
: 3x + 3 ⋅ 3x )( )
3 4 2 2
12. Determine o valor desta expressão: (−1) − (−1) + (−2) − 23 + (−1− 1)

20 Capítulo 1 — Potenciação

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20

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Propriedade 3 − Potência de uma potência
Considere algumas potências:
3
a) Em (32 ) , observe que temos duas potências: a de expoente 2 e a de expoente 3.
De acordo com a definição e a Propriedade , temos:

3
(3 )
2
= 32 ⋅ 32 ⋅ 32 = 32+2+2 (mas 2
+ 2 +
2 = 2 ⋅ 3)
3 vezes
2 2

( )
3
(2 ) (2 )
2 2
3
Com isso: 3 2
=3 2⋅3 ≠ 23 3
= 26 → 2 3 = 2 9

5 5
b) Em (2 4 ) , veja que (2 4 ) = 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 4 ⋅ 2 4
5
Portanto: (2 4 ) = 2 4 + 4 + 4 + 4 + 4
5
Com isso: (2 4 ) = 2 4 ⋅ 5

Com base nesses exemplos, podemos generalizar:


Propriedade 3:
y

(a )
x
y
= a x ⋅ a x ⋅ a x .... ⋅ a x (a ) x
= ax ⋅ y

y vezes
Na potência de potência, man-
Com isso: temos a base e multiplicamos os
y expoentes.
(a )
x
= ax ⋅ y

Propriedade 4 − Distributiva da potenciação em relação à


multiplicação

Considere a seguinte expressão:


(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³

De acordo com a definição e a Propriedade , temos:


(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = (2 ⋅ 3 ⋅ 5) ⋅ (2 ⋅ 3 ⋅ 5) ⋅ (2 ⋅ 3 ⋅ 5)

Portanto:
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = (2 ⋅ 2 ⋅ 2) ⋅ (3 ⋅ 3 ⋅ 3) ⋅ (5 ⋅ 5 ⋅ 5)
5:47
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = 2³⋅ 3³⋅ 5³

Com isso, percebemos que o expoente foi distribuído para cada base, isto é:
(2 ⋅ 3 ⋅ 5)³ = 2³⋅ 3³⋅ 5³

Generalizando:
n
(a ⋅ b) = (a ⋅ b) ⋅ (a ⋅ b) .............(a ⋅ b)
 
n vezes

Capítulo 1 — Potenciação 21

21

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Mas:
n
necessário que os alunos apliquem (a ⋅ b) = (a ⋅ a ⋅ a ...a) ⋅ (b ⋅ b ⋅ b... b)
 
Propriedade 4:

as propriedades de maneira correta. Es-


n vezes n vezes
(a ⋅ b) n = an ⋅ bn
ses conceitos devem ser construídos de Portanto:
No produto de potências com mesmo expoente, mul-
(a ⋅ b) n = an ⋅ bn
forma bem estruturada para que não tiplicamos as bases e mantemos os expoentes.

haja confusão com as outras operações.

DESAFIO

1. Resolva as seguintes potências.


Sugerimos como desafio a questão a 1  1 

1
7

seguir, uma vez que ela envolve concei- a) (169 ⋅ 144)2 = b)   =


128 
tos básicos, importantes para levar à re- Solução:
Solução:
flexão. 1 1 1 1 1

(169 ⋅ 144)2 = 169 2 ⋅ 144 2 = (132 )2 ⋅ (122 )2 −


1
 1  7 1 1 7
13 ⋅ 12 = 156   = 128 7 = (27 )7 = (2)7 = 2
128 
1. ( FRGS) O algarismo das unidades de
9 é:
a) . b) . c) .
d) 6. e) 9.

Solução: 13. Complete com > ou <.


Sabemos que 9n termina em se n −
1 1
a) 213 214 b) (81)3 (81) −1 c) 59 5922 d) 49 2
___ 49 2
for par e que termina em 9 se n for ím-
par. Portanto, 9 termina em .  1
4
 1
2
 1
−5
 1
−6

e)   ___   f)   ___  


 47   47  10  10 

14. Classifique em verdadeiro (V) ou falso (F).


ANOTAÇÕES 4 −1 2
a) (32 ) = 324 b) 4
=( )4 c) 26 = 26 2
d) (4 2 ) = (4−1 )
3 1 1
e) 31 = 53 f) 2−1 ≠
2
15. Determine o expoente da base 5 para que a potência formada seja igual a 15.625.

16. Investigue e responda.

a) Qual será o último dígito da potência ( )115?


b) Que sequência é definida pelo último dígito das potências de

22 Capítulo 1 — Potenciação

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22

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17. Responda.

a) Qual é o valor de 6250,75?


1
−0 ,75 −
 1 1 1  1 2
b) Qual é o valor de A, sendo A igual a: 25 −   −  

2
+ (0, 001) 3 ?
16  16 
18. Simplifique a expressão abaixo utilizando as propriedades das potências.
3
(0, 001) ⋅ 106
10−4

19. Observe a sequência de figuras abaixo e responda.

a) Desenhe a figura .
b) Quantos círculos formarão a figura
20. Aplicando as propriedades da potência, encontre o valor de:
1
1 3
 125 3
a) 4 2
b) 49 2
c)  
 343 
4 1
d) 1 5
e) 256 2
2−2 − 2−3
21. (IFSP) O valor da expressão é igual a:
22
a)
1− 25 b) 2 c)
24 5
d) 2 e) 2 − 1
24
22. Classifique cada sentença seguinte em verdadeira (V) ou falsa (F).
104 
b)  5  = 10−1
2
a) (83 ) = 85
2
c) (5 + 3) = 52 + 32
 10 
−2
2 4
d) 4 3 ⋅ 4 ⋅ 4 2 = 4 6 e)   =
 3  9

5:52 Propriedade 5 − Distributiva da potenciação em relação à


divisão

Veja alguns exemplos iniciais que serão resolvidos de acordo com a definição e a Propriedade .
3 3
2 2 2 2 2
a)   →   =   ⋅   ⋅  
 3   3   3   3   3 

Capítulo 1 — Potenciação 23

Matematica_2020_9A_01.indd 23 20/09/2019 15:55:55

23

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 23 20/09/2019 16:31:13


SUGESTÃO DE ATIVIDADE
3
3  
vezes
3
 2  2 2⋅2  2  3
Portanto:   =

, com isso:   = 2
 3  3
⋅3 ⋅
3  3  33
Professor, questione a função das 3 vezes Não há propriedade para adição
e subtração de potências de mesmo
potências aos os seus alunos. 4 4 expoente.
3 3 3 3 3 3
b)   →   =   ⋅   ⋅   ⋅  
 7   7   7   7   7   7  am + bm ≠ (a + b) m
1. Sugira uma pesquisa em que os alu- am − bm ≠ (a b) m

4 vezes

nos descubram situações práticas que  3 
4
3⋅3⋅3⋅3
4
 3  4 Existe propriedade para a multipli-

Portanto:   = , com isso:   = 3 cação e divisão de potências de mesmo
tenham a presença de potências. Dica:  7  7 7 ⋅ 7 ⋅
⋅ 7  7  74
4 vezes expoente.
procurar, em enciclopédias ou livros, m
a m ⋅ bm = (a ⋅ b)
assuntos relacionados às disciplinas de
Com esses exemplos iniciais, observamos que o a m  a 
m

Ciências ou Geografia. Observar que expoente foi distribuído para cada base. Assim, pode- =   para b ≠ 0
bm  b 
podemos encontrar potências na veloci- mos agora generalizar:
dade da luz, . m/s (a escrita desse n
 a         
número é . . m/s), na massa da   =  a  ⋅  a  ⋅  a ...... a 
 b   b   b   b   b 
Terra, ,9 . kg, etc. n n
a  a ⋅ a ⋅ a ...... a  a  an
Com isso,   = Então:   n (para b ≠ 0)
 b  b ⋅ b ⋅ b ...... b  b  b
2. Calcule a terça parte de .

3100 3100
= 1 = 3100 = 399.
3 3 a 
n
an
Propriedade 5:   = n
 b  b
Na divisão de potências com mesmo expoente, dividimos as bases e mantemos os expoentes.
ANOTAÇÕES
Você conhece a lenda do xadrez?
O xadrez é um dos jogos mais antigos do mundo. Diz uma lenda que ele foi inventado há
muitos séculos, na Índia. Foi aí que...
O Rei Sheram, entusiasmado com o novo jogo, resolveu recompensar Sessa, que era pro-
fessor e o inventor do xadrez.
“Eu desejaria recompensar-te pelo teu maravilhoso invento”, disse o rei, cumprimentando
Sessa. “Gostaria de satisfazer o teu mais caro desejo”, continuou o rei.
Sessa, na sua humildade, disse: “Majestade, eu gostaria de receber um grão de trigo pela
primeira casa do tabuleiro do xadrez, dois grãos pela segunda casa, quatro grãos pela terceira,
oito grãos pela quarta, e assim sucessivamente, até completarem-se as 64 casas”.
Admirado e até mesmo irritado pelo pedido tão modesto, o Rei Sheram solicitou aos seus
sábios que calculassem o número de grãos e ordenou aos seus criados que entregassem em
um saco a recompensa pedida por Sessa.
No dia seguinte, o rei escutou apavorado um dos sábios dizer qual era esse número:

18.446.744.073.709.551.615 (total de grãos)

24 Capítulo 1 — Potenciação

24

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 24 20/09/2019 16:31:14


Só para você ter uma ideia de o quanto esse número é grande, basta dizer que, se fosse
plantado trigo em toda a face da Terra, iria demorar alguns séculos para produzir esse número
de grãos!
Como seriam os cálculos para a obtenção desse número?

Primeira casa: = 1 grão = 20


Segunda casa: 1⋅2 = 2 grãos = 21
Terceira casa: 2⋅2 = 4 grãos = 22
Quarta casa: 2⋅2⋅2 = 8 grãos = 23
Quinta casa: 2⋅2⋅2⋅2 = 16 grãos = 24
Sexta casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 32 grãos = 25
Sétima casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 64 grãos = 26
Oitava casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 128 grãos = 27
Nona casa: 2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2⋅2 = 256 grãos = 28

Casa 64: 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ..... 2 = x grãos = 263

E assim por diante. Somando todos os resultados das 64 casas do tabuleiro de xadrez,
encontraremos o número total de grãos.

Potência de 10
Muitos problemas de Física e de Química utilizam potências de 10 em suas resoluções ma-
croscópicas (grandes medidas) ou microscópicas (pequenas dimensões).

Números grandes e as potências de base 10


As potências e a sua escrita exponencial mostraram-se muito apropriadas para cálculos
envolvendo números muito grandes, também chamados de números astronômicos (tamanhos
macroscópicos).

1 = 100
10 = 10 = 101 Edward Kasner e James
100 = 10 ⋅ 10 = 102 Newman, no livro Matemáti-
1.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 103 ca e imaginação, apresentam
10.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 104 um número formado pelo 1
100.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 105 seguido de cem zeros, que
1.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 106 foi batizado de gugol.
10.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 107
100.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 108
1.000.000.000 = 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10 = 109

O número de zeros determina o valor do expoente desse modo, trilhão pode ser escrito

12
das seguintes formas: 1. 000 .000.000.000
  = 10
doze zeros

Capítulo 1 — Potenciação 25

Matematica_2020_9A_01.indd 25 20/09/2019 15:55:58

25

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 25 20/09/2019 16:31:15


Números pequenos e potências de base 10

As potências e a sua escrita exponencial mostram-se muito apropriadas para cálculos


envolvendo números muito pequenos, também chamados de submúltiplos de 10 (tamanhos
microscópicos).

Submúltiplos de 10
0,1= 10−1
0, 01= 10−2
0, 001= 10−3
0, 0001= 10−4
0, 00001= 10−5
0, 000001= 10−6 O número de casas decimais
0, 0000001= 10 −7 indica o valor do expoente negativo
−n da potência de 10.
,
0 00000 ... 00001
  = 10
n casas decimais

ota o científica
Denomina-se nota o científica qualquer número expresso na seguinte forma:

a ⋅ 10n, em que 1 ≤ a < 10 e n ∈ R*

Exemplos:

a) 3 ⋅ 105
b) 2 ⋅ 10 A letra a representa um número inteiro ou um número decimal. Se for
um decimal, convém deixá-lo com uma certa aproximação, que irá depender
c) 4 ⋅ 10
do arredondamento desejado.
d) 6,02 ⋅ 1023

Sua aplicação está presente em muitas áreas de estudo. A acústica, ramo da Física que
estuda o som, é um exemplo disso.
Podemos ouvir sons até uma frequência de . hertz, que são aqueles sons bem fini-
nhos, como o canto de pássaros.

Conduto
auditivo
externo
A faixa de frequências que
conseguimos ouvir vai de 20 Hz a
20.000 Hz, ou, em notação cientí-
fica, de z a ⋅ 10 4 Hz.
Caixa do
Membrana do tímpano Tuba
tímpano auditiva

26 Capítulo 1 — Potenciação

Matematica_2020_9A_01.indd 26 20/09/2019 15:55:58 M

26

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 26 20/09/2019 16:31:15


A notação científica, como você já percebeu, é aplicada naquelas situações em que lidamos
com valores muito pequenos ou muito grandes, simplificando a escrita e a compreensão do
valor representado.
Exemplos:

a) 14.000.000 = 1,4 ⋅ 1.000.000


Então: 14.000.000 = 1,4 ⋅ 107 A distância entre a Terra e o Sol
é de 1,5 ⋅ 1011 metros.
b) 0,0000072 = 7,2 ⋅ 10 6

c) 0,00015 ⋅ 0,0015 = 1,5 ⋅ 10 ⋅ 1,5 ⋅ 10


Então: 0,00015 ⋅ 0,0015 = 2,25 ⋅ 10 ⋅ 10
0,00015 ⋅ 0,0015 = 2,25 ⋅ 10

d) 2 ⋅ 10 + 3 ⋅ 10 = 2 ⋅ 10 ⋅ 10 + 3 ⋅ 10
Então: 2 ⋅ 10 + 3 ⋅ 10 = 0,2 ⋅ 10 + 3 ⋅ 10
2 ⋅ 10 + 3 ⋅ 10 = 3,2 ⋅ 10

e) 3 ⋅ 10 + 4 ⋅ 10 6 = 3 ⋅ 10 + 4 ⋅ 10 ⋅ 10
Então: 3 ⋅ 10 + 4 ⋅ 10 6 = 3 ⋅ 10 + 0,4 ⋅ 10
3 ⋅ 10 + 4 ⋅ 10 6 = 3,4 ⋅ 10

23. Expresse em notação científica.

a) 3.220.000 b) 0,000000371 c) 12.560.000.000


d) 0,0000007 e) 456,987

24. Dê o valor das expressões em notação científica.

a) (6,3 ⋅ 10 ) : (0,7 ⋅ 10 ) = b) (0,4 ⋅ 107) ⋅ (1,2 ⋅ 10 ) =


c) (6 ⋅ 103)2 = d) 2,5 ⋅ 102 − 1,5 ⋅ 102 =

25. Observando a reprodução de uma espécie de bactéria, um cientista verificou que, a cada
hora, a bactéria se dividia em duas.

a) Quantas bactérias serão encontradas depois de 3h se for colocada uma bactéria para se
reproduzir?
b) E no final de h
c) E no final de um dia
2 2 2
26. Se A = (−3) − 22 , B = −32 + (−2) e C = (−3 − 2) , calcule C + A ⋅ B.

27. Os astrônomos estimam que, no Universo visível, existem aproximadamente 100 bilhões de
galáxias, cada uma com 100 bilhões de estrelas. De acordo com esses números, se cada estrela

Capítulo 1 — Potenciação 27

:58 Matematica_2020_9A_01.indd 27 20/09/2019 15:55:58

27

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 27 20/09/2019 16:31:16


OBJETIVOS DIDÁTICOS
tiver, em média, 10 planetas à sua volta, então existem, no Universo visível, aproximadamente
quantos planetas?
Estimular a leitura, a percepção e a
28. (IFSP) Considere que:
atenção dos alunos ao lerem o texto.
Buscar conhecimentos prévios dos alu- A distância média da Terra à Lua é de cerca de 400.000 km.
nos para retomar o conceito de potência. A distância média da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros.
Com base nessas informações, em relação à Terra, o Sol está n vezes mais longe do que a Lua.
O valor de n é:
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
a) 450 b) 425 c) 400 d) 375 e) 350

29. (UEPB) Um grão de feijão pesa 2,5 . 10 g. Se um saco contém 5 . 10² g de grãos de feijão,
Leia o texto a seguir com os alunos e
920 sacos contêm:
mostre a presença da potência em nosso
cotidiano. a) 1,84 . 107 grãos de feijão.
b) 1,84 . 106 grãos de feijão.
Dê um tempo para que eles discutam c) 1,84 . 108 grãos de feijão.
o texto e expressem oralmente as ideias d) 1,84 . 105 grãos de feijão.
e) 1,84 . 104 grãos de feijão.
assimiladas.
Procure trabalhar com exemplos práti- 30. (Insper–Adaptada) Há alguns anos, os jornais noticiaram que, durante o mês de outubro
de 2011, a população mundial deveria atingir a marca de 7 bilhões de habitantes, o que nos faz
cos e do cotidiano para que se torne fá- refletir sobre a capacidade do planeta de satisfazer nossas necessidades mais básicas, como
cil a compreensão do que é potência de o acesso à água e aos alimentos. Estima-se que uma pessoa consuma, em média, 150 litros de
água por dia. Assim, considerando a marca populacional citada acima, o volume de água, em
base . litros, necessário para abastecer toda a população humana durante um ano está entre:

a) 1013 e 1014
b) 1014 e 1015
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO c) 1015 e 1016
d) 1016 e 1017
e) 1017 e 1018
Imagine você fazendo uma viagem
num foguete. O que estaria observan-
do na imensidão do niverso Centenas
de milhares de pontos que seriam a Lua,
o Sol, as estrelas. A milhões de quilôme-
1. Calcule as potências seguintes de acordo 2. Um número está representado cientifica-
tros de distância, o ser humano se torna com a definição e as suas consequências. mente quando está na forma α ⋅ 10 n , em que
algo tão pequeno ou passa despercebi- 2
α < 10 e n ∈ R. Represente cientificamente:
 1
do pela sua pequenez, mas, se o compa- a) 24 b) −  c) 2,0081
 3 
a) 0,0000181
rarmos com um grão de areia, as suas di-
d) ( )3 e) ( , ...)2 b) 8.300.000.000
mensões se tornam grandes. c) 0,038000
Nesses casos, só é possível escrever es- ( )
0
f) 1 3 d) 0,000000042
ses números que têm muitos dígitos iguais
a zero utilizando a potência de base . 28 Capítulo 1 — Potenciação

SUGESTÃO DE ATIVIDADE Matematica_2020_9A_01.indd 28 20/09/2019 15:55:59 Ma

ANOTAÇÕES
Após a leitura do texto, realizar deba-
te aberto sobre a interpretação de cada
estudante, enfatizando a representativi-
dade de potências de no cotidiano de
cada um.
Montar um planetário com sucatas,
aplicando uma escala formal de potên-
cias de para que o estudante possa vi-
sualizar o real do imaginário.

28

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 28 20/09/2019 16:31:16


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
3. Escreva sob a forma de potência com ex- 9. O valor da expressão ⋅ 26 ⋅ 2 ⋅ 104 é:
poente negativo.
5 a) 2 ⋅ 10 b) 2 ⋅ 10 c) 2 Professor, procure explorar situações
1  1
a) b)   c) 0,001 d) 2 ⋅ 10 e) 20 que estão presentes no cotidiano dos
32  2 
alunos. Por exemplo: o tamanho de um
d) 0,00001 e) 0,333... f) 0,111... 10. (IFSP) Leia as notícias:
átomo, como ele se divide.
“A NGC 4151 está localizada a cerca de
4. Calcule o valor da expressão usando as pro- 43 milhões de anos-luz da Terra e se enquadra
Verifique os procedimentos dos alu-
priedades das potências. entre as galáxias jovens que possuem um buraco nos nas resoluções dos exercícios, de-
negro em intensa atividade. Mas ela não é só lem-
2 x + 2 x +1 − 5 ⋅ 2 x + 2 tectando possíveis dificuldades para po-
brada por esses quesitos. A NGC 4151 é conhecida
2 x + 2 x + 3 − 17 ⋅ 2 x por astrônomos como o olho de Sauron, uma der esclarecê-las.
referência ao vilão do filme O Senhor dos Anéis”.
Para que fique bem esclarecido o as-
5. Considere que a massa de um próton é
sunto Potenciação, faça uma revisão do

sgursozlu/Depositphotos.com
1,7 × 10 kg, o que corresponde a cerca de
1.700 vezes a massa de um elétron. conteúdo já estudado, salientando que,
muitas vezes, uma revisão acaba solu-
cionando dúvidas existentes e amplian-
Shutterstock.com

do os conhecimentos dos alunos.


“Cientistas britânicos conseguiram fazer com
que um microscópio ótico conseguisse enxergar
objetos de cerca de 0,00000005 m, oferecendo
um olhar inédito sobre o mundo ‘nanoscópico’.” SUGESTÃO

Sabendo que a massa do elétron é igual a 10 n, Assinale a alternativa que apresenta, respec-
calcule o valor de n. tivamente, os números em destaque no texto Trabalhar situações-problema sobre
escritos em notação científica.
 9  1  potenciação em concursos.
1 
6. Calcule o valor da expressão:   −  ⋅ 2 −  
 4  2  3   a) 4,3 × 107 e 5,0 × 108

17 3 4 b) 4,3 × 107 e 5,0 × 10
a) b) c)
c) 4,3 × 10 e 5,0 × 108
ANOTAÇÕES
12 8 25
d) 4,3 × 106 e 5,0 × 107
3 12 e) 4,3 × 10 6 e 5,0 × 10
d) e)
85 17
11. (IFSP) A quinoa tem origem nos Andes e é
um alimento rico em ferro, fósforo, cálcio, vita-
  1  minas B1, B2 e B3 e ainda contém as vitaminas C
7. Calcule o valor da expressão 1− 2−1 −  − 1
  6  e E. Admitindo que a quinoa é vendida em sacas
 
de 25 kg, que contêm, cada uma, cerca de 10
8. Assinale o valor da expressão (0,05 + 0,2 − 3º) elevado a 7 grãos, então a massa de um grão
de quinoa é, em gramas, aproximadamente:
75 25 7
a) − b) c)
100 10 12 a) 2,5 ⋅ 10 −6 b) 2,5 ⋅ 10 −3
c) 2,5 ⋅ 100 d) 2,5 ⋅ 101
4
d) − e) 1 e) 2,5 ⋅ 102
16

Capítulo 1 — Potenciação 29

5:59 Matematica_2020_9A_01.indd 29 20/09/2019 15:56:02

29

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 29 20/09/2019 16:31:17


12. (UFRGS) Considere que o corpo de uma de-
Capitais Nº de habitantes
terminada pessoa contém 5,5 litros de sangue e
5 milhões de glóbulos vermelhos por milímetro Belo Horizonte 2.400.000
cúbico de sangue. Com base nesses dados,
Brasília 2.600.000
é correto afirmar que o número de glóbulos
vermelhos no corpo dessa pessoa é: Rio de Janeiro 6.000.000
São Paulo 11.000.000
a) 2,75 ⋅ 109 b) 5,5 ⋅ 1010
Com base nesses dados, é correto afirmar que
c) 5 ⋅ 1011 d) 5,5 ⋅ 1012
aproximadamente habitantes estão
e) 2,75 ⋅ 1013 distribuídos em .
13. Simplificando-se a expressão A opção que completa, corretamente, as la-
−1 cunas acima é:
22
2
 32 
2

(x )
−2
⋅ (−x −2 ) 
  a) 1,68 × 108, 5.565 municípios.
S= 3
,
 32 2
 b) 2,20 × 107, 5.565 municípios.
x 2 ⋅ (−x 3 ) 
3

  c) 7,52 × 106, Belo Horizonte e Brasília.


d) 7,10 × 106, Belo Horizonte e São Paulo.
em que x ≠ 0, x ≠ 1 e x ≠ −1 , obtém-se:
15. Quando se diz que numa determinada re-
a) −x −94
b) x 94 gião a precipitação pluviométrica foi de 10 mm,
significa que a precipitação naquela região
c) x −94 d) −x 94
foi de 10 litros de água por metro quadrado,
em média. Se numa região de 10 km2 de área
14. Segundo as estimativas do IBGE, em 2009
ocorreu uma precipitação de 5 cm, quantos
o Brasil tinha, aproximadamente, 190 milhões
litros de água foram precipitados?
de habitantes espalhados pelas suas 27 unida-
des da federação e 5.565 municípios. A tabela
seguinte mostra o número aproximado de ha- a) 5 × 107 b) 5 × 108 c) 5 × 109
bitantes em algumas capitais brasileiras. d) 5 × 1010 e) 5 × 1011

Neste capítulo, aprendemos:

A efetuar o cálculo de uma potência.


Que as regras da potenciação facilitam o cálculo de uma potência.
Sobre as propriedades da potência.
A escrever um número em forma de notação científica.
A resolver problemas envolvendo potenciação bem como notação científica.

30 Capítulo 1 — Potenciação

Matematica_2020_9A_01.indd 30 20/09/2019 15:56:03

30

ME_Matemática_2020_9A_01.indd 30 20/09/2019 16:31:17


OBJETIVOS DIDÁTICOS
Equações
CAPÍTULO 2
Identificar a raiz de um número real.
polinomiais do Reduzir expressões que apresentam
2o grau radicais semelhantes.
Aplicar a racionalização de denomina-
dores para simplificar cálculos.
Para começar Identificar alguns fatores racionalizan-
tes em uma fração.
A equação do 2o grau é uma ferramenta matemática com larga aplicação
na resolução de problemas em nosso dia a dia. A Engenharia Civil (construção Identificar alguns fatores racionalizan-
de pontes e viadutos), a Arquitetura (desenho de fachadas de prédios mo-
tes chamados de números conjugados.
dernos), a Biologia (comportamento da proliferação de micro-organismos), a
Estatística (previsão de crescimento populacional) e a Zoologia (administra-
ção e controle da demanda de alimentação dos animais num zoológico) são
exemplos de algumas áreas profissionais em que a utilização dessas equações
pode ser necessária. CONTEÚDOS CONCEITUAIS
Considere o seguinte problema:

Um grupo de elefantes de um zoológico está de dieta. Num período de Técnicas de fatoração para equações
10 dias, eles devem comer uma quantidade de cenouras igual ao quadrado da dos seguintes casos:
quantidade que um grupo de coelhos come em 30 dias.
Em um dia, os elefantes e os coelhos comem, juntos, 1.444 kg de cenoura.
Quantos quilos de cenoura cada grupo de animal come em 1 dia? 1o caso: equação do tipo ax2 + + = ,
Considere x a quantidade (kg) de cenoura que os elefantes comem por dia
e y, a quantidade (kg) de cenoura que os coelhos comem por dia. para a ≠ .
2o caso: trinômio quadrado perfeito.
Pelo enunciado:
Num período de 10 dias, os elefantes devem comer uma quantidade de
cenouras igual ao quadrado da quantidade que os coelhos comem em 30 dias. Fatoração de um trinômio quadrado
10x = (30 . y)² → 10x = 900y²
perfeito.
Simplificando: Como resolver uma equação do o grau
x = 90y² (equação I)
Equações do o grau incompletas.
Mas também foi dito que, em um dia, os elefantes e os coelhos comem, Número de raízes reais.
juntos, 1.444 kg de cenoura, isto é:
x + y = 1.444 (equação II)
Relação entre os coeficientes e as raízes.
Soma das raízes.
Resolvendo o sistema:
x + y = 1.444 (II)
Produto das raízes.
x = 90y² (I) Fatoração de uma equação do o grau.
Composição de uma equação do o grau.
Substituindo o valor da equação I na II, temos:
90y² + y = 1.444 Raízes fictícias de uma equação do o grau.
Sistema de equação do o grau.
Portanto:
90y² + y − 1.444 = 0 Método da substituição.
Problemas envolvendo equações do
o
Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 31 grau.

ANOTAÇÕES
Matematica_2020_9A_02.indd 31 16/09/2019 20:52:10

BNCC
Objetos de conhecimento porcionalidade direta e inversa entre
Grandezas diretamente proporcio- duas ou mais grandezas, inclusive es-
nais e grandezas inversamente propor- calas, divisão em partes proporcionais
cionais. e taxa de variação, em contextos socio-
Expressões algébricas: fatoração e culturais, ambientais e de outras áreas.
produtos notáveis. (EF09MA09) Compreender os proces-
Resolução de equações polinomiais sos de fatoração de expressões algébri-
do o grau por meio de fatorações. cas, com base em suas relações com os
produtos notáveis, para resolver e ela-
Habilidades trabalhadas no capítulo borar problemas que possam ser re-
(EF09MA08) Resolver e elaborar pro- presentados por equações polinomiais
blemas que envolvam relações de pro- do o grau.

31

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CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Onde destacamos:

Reconhecer equações do o grau. O termo em y² é 90y , cujo coeficiente é 9 .


Identificar os coeficientes de uma equa- O termo em y é 1y, cujo coeficiente é .
O termo independente de y é −1.444.
ção do o grau.
Determinar as raízes de uma equação Perceba que essa equação, na variável y, é diferente das que foram estudadas nas séries
anteriores. Nesta, aparece um termo com expoente 2 na variável y, diferentemente daquelas
do o grau usando diferentes processos. do 1o grau, em que se tinha ax + b = 0, sendo a ≠ 0.
Reconhecer e resolver problemas utili-
zando equações do o grau. Equações do 2o grau
Relacionar o discriminante com o nú-
Chamamos de equação do 2o grau toda equação que pode ser reduzida à forma ax² +
mero de raízes da equação do o grau. bx + c = 0, em que a, b e c são números reais chamados de coeficientes da e ua o e a ≠ 0.
Antes de conhecermos o método geral para sua solução, veremos algumas técnicas alter-
Relacionar os coeficientes da equação do
nativas que podem ser aplicadas a alguns casos.
o
grau quando são conhecidas as raízes.
1o caso
ax² + c = 0, sendo a ≠ 0 e b = 0
Vamos calcular a solução para a equação x2 − 16 = 0
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
Solução:
Aplicando a técnica da fatoração, temos:
Valorizar o trabalho em grupo e a troca a² − b² = (a − b) ⋅ (a + b)
de experiência na aprendizagem. Então:
Despertar nos alunos a curiosidade x² − 16 = 0 → x² − 4² = 0 → (x − 4) ⋅ (x + 4) = 0

pela investigação. Logo:


x − 4 = 0 → x = 4 ou x + 4 = 0 → x = −4
Trabalhar as informações com base
Portanto: S = {−4; 4}
em uma análise crítica da realidade.
A solução também pode ser obtida utilizando uma regra prática:
Estimular os alunos a pesquisarem o
x² − 16 = 0 → x² = 16 → x = ± 16
uso da Matemática no dia a dia.
Portanto:
Respeitar as diferentes interpretações x = ±4
encontradas na resolução das situações- S = {−4; 4}

-problema.

1) A equação polinomial do 2o grau com apenas uma incógnita possui duas raízes, e, portanto,
ANOTAÇÕES seu conjunto verdade (S) admite até o máximo de dois valores.
2) Toda equação que possui apenas o termo quadrado tem duas raízes nulas.
b c
3) A soma das raízes ( x '+ x '') da equação a x + bx + c = 0 é − e seu produto ( x '⋅ x '') é .
2

a a
4) A partir do item anterior e conhecendo as raízes de uma equação polinomial do 2o grau com
uma incógnita, podemos formar essa equação escrevendo ax² + Sx + P = 0, em que S será a soma
das raízes; e P, o produto dessas raízes.

32 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

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32

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2o caso
Equação do tipo ax² + bx = para os coeficientes a ≠ 0 e c = 0
Vamos calcular a solução para a equação 2x² − 5x = 0

Solução:
Aplicando a técnica de fatoração, temos:
ax² + bx = x (ax + b)

Então:


2 x 2 − 5 x = 0 → x (2 x − 5) = 0


x =0 



ou  São as dua
as soluções que satisfazem à equação.


5 

2x − 5 = 0 → x = 

2 

Portanto:

 5
 
S =
0; 


 2
 

−b
Podemos, então, estabelecer que x = 0 e x =
a

3o caso
rin mio uadrado per eito
Vamos calcular a solução para a equação x² + 6x + 9 = 16.
Observamos que o 1o membro da igualdade é um trinômio quadrado perfeito, portanto:

x2 + 6x + 9 = 16

(xx + 3) 2 = 16 Método de completar quadrados para


obter um trinômio quadrado perfeito.
Ex.:
Com isso: x + 3 = ± 16 → x + 3 = ±4 x ² + 6x − 7 = 0 → x ² + 6x = 7 →
Então:
x ² + 6 x + 9 = 7 + 9 → ( x + 3) ² = 16
x +3 = 4 → x =1  

 x + 3 = ± 16 → x + 3 = 4 →
2:11
ou 
Logo, S = {−7; 1}
 x + 3 = −4
−4 → x = 1→
1 → x = −7
x + 3 = −4 → x = −7


esolu o das e ua es completas


Agora, veja esta questão:

4a²x² + 4abx + b² = 0

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 33

33

ME_Matemática_2020_9A_02.indd 33 20/09/2019 16:30:47


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Observamos que o 1o membro da igualdade é um trinômio quadrado perfeito.
Portanto:
Estimule os alunos a trabalharem em
4a2x2 + 4abx + b2 = 0
grupos e a valorizarem a troca de expe-
riência na aprendizagem.
(2ax + b)2 = 0
Incentive os alunos a pesquisarem o
uso da equação do o grau em situações- Com isso: (2a x + b) ⋅ (2a x + b) = 0 → 2a x + b = 0 → x = −
b
-problema presentes no cotidiano. 2a
 b
 
Duas raízes reais e iguais, então: S = 
−  
Respeite as diferentes interpretações  
 2a 
 
encontradas na resolução das situações- Na fatoração de um trinômio quadrado perfeito, será utilizada a seguinte técnica:
-problema.
Retira-se a raiz quadrada do 1o termo: a2 = a
Para a resolução de problemas, utili-
Retira-se a raiz quadrada do 2 termo: o
b2 = b
ze a equação quadrática, ou equação do
o Multiplica-se um pelo outro: a ⋅ b
grau.
Multiplica-se o resultado por dois: 2 ⋅ a ⋅ b

Se o resultado for igual ao termo do meio (central) do trinômio, podemos concluir que será
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO um trinômio quadrado perfeito.

a2 + 2ab + b2
O grande matemático do século II,
1o termo 2o termo
Bhaskara Akaria ( – ), professor, as-
trólogo e astrônomo indiano, passou gran- (a + b)2
de parte do seu tempo estudando Mate-
Multiplica por 2
mática e Astronomia (fazendo o cálculo do
dia e da hora da ocorrência de eclipses ou
das posições e conjunções dos planetas),
que dão sustentação à Astrologia.
Suas obras mais conhecidas — Lilavati
1. Escreva as equações abaixo na forma reduzida (ax² + bx + c = ) e determine seus coeficien-
(bela) e Vijaganita (extração de raízes) —
tes a, b e c.
tratam de Aritmética e lgebra, respec-
a) (2x + 1)² = (x + 3)² b) (x + 3)² = 5(2 − x)
tivamente, e têm numerosos problemas
c) (x − 2)² + 3 = 5x + 7 d) (x + 1)2 + (x − 2)2 = 0
sobre equações lineares e quadráticas,
progressões aritméticas e geométricas, 2. Completando um trinômio quadrado perfeito, resolva, nos reais, as equações abaixo.

radicais, tríadas pitagóricas e outros. a) x² − 10x + 16 = 0 b) 4x² − 28x + 13 = 0


á muitas controvérsias sobre se 1 2 1 1
c) 16x² − 24x + 5 = 0 d) x + x+ =0
Bhaskara foi o mentor maior da fórmula 4 3 12
de resolução da equação do o grau. Em-
bora no Brasil se atribua seu nome à fór- 34 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

mula de resolução da equação do o grau


desde o século VI, na literatura interna-
cional isso não acontece. Veja a fórmula Matematica_2020_9A_02.indd 34 16/09/2019 20:52:13

de Bhaskara, utilizada para determinar


ANOTAÇÕES
a resolução das raízes de uma equação
quadrática ou equação do o grau:

−b ± b² − 4ac
x=
2a

Em que: a x ² + bx + c = 0, a ≠ 0

34

ME_Matemática_2020_9A_02.indd 34 20/09/2019 16:30:48


3. Mister MM, o mágico da Matemática, apresentou-se diante de uma plateia e pediu que uma
determinada espectadora pensasse em dois números. Mister MM solicitou, a seguir, que a es-
pectadora lhe informasse o valor da soma e do produto deles, obtendo como resposta 5 e 6,
respectivamente. Para delírio da plateia, Mister MM adivinhou, então, os dois números. Descubra
você também esses números.

4. Felipe lançou o seguinte desafio na Internet: qual deve ser o valor de a para que a equação
(2a² − 5a) x² − 6x + 3 = 0, na variável x, seja do 2o grau Tente resolver você também esse desafio.

5. Resolva as equações numéricas.

a) 2x² + 6x = 0 b) t² + 5t = 0
c) 3x² − 8x + 5 = 0 d) x (x + 2) = 4x

Como resolver uma equação do 2o grau?


Vamos, então, mostrar um método infalível para obter as raízes da equação, isto é, vamos
resolver a equação transformando a expressão em um trinômio quadrado perfeito.
Partiremos desta equação:

ax² + bx + c = 0

O termo ax² não é quadrado. Então multiplicamos a equação por 4a, depois de passar c
para o 2o membro.

Demonstração:

ax2 + bx + c = 0
ax2 + bx = −c
× 4a × 4a
4a2x2 + 4abx = −4ac

Pare um pouco e olhe a expressão 4a²x² + 4abx. O que falta a ela para ser um trinômio
quadrado perfeito?
Vamos fazer o complemento do quadrado adicionando b2 aos dois membros da equação.

4a2x2 + 4abx = ac
+b2
+b 2

4a 2 x 2 + 4abx + b 2 = b2 − 4ac
2:13

Agora temos um trinômio quadrado perfeito (TQP).

Fatorando, temos:
(2ax + b)² = b² − 4ac

Em consequência: 2a x + b = b2 − 4ac ou 2a x + b = − b2 − 4ac


Resumidamente: 2a x + b = ± b2 − 4ac

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 35

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35

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Agora, isolamos o x e temos a solução:

Explique para os alunos que, ao re- 2a x = −b ± b2 − 4ac


−b ± b2 − 4ac
solver a equação do o grau, sendo ela A fórmula x =
2a
é chamada de

completa ou incompleta, podemos iden- −b ± b2 − 4ac rmula de as ara.


x=
tificar o número de raízes apenas com o 2a

valor obtido no cálculo do ∆:


mero de raí es reais
Se ∆ > , a equação do o grau terá
raízes reais distintas. A existência das raízes de uma equação do 2o grau, no conjunto dos números reais, depen-
de do discriminante ∆ = b2 − 4ac, uma vez que, pela fórmula de Bhaskara, para raízes de uma
Se ∆ < , a equação do o grau não te-
−b ± 
equação do 2o grau, x =
rá nenhuma raiz real. 2a
Se ∆ = , a equação do o grau terá De acordo com o discriminante (∆), temos três casos a considerar.
raízes reais iguais, o que nos permite di-
1o caso:
zer que terá uma raiz real.
discriminante positi o ∆ > 0)
Chame a atenção dos alunos para a re-
A equação tem duas raízes reais e diferentes assim representadas:
solução de problemas, presentes no coti-
−b +  −b − 
diano, que envolvem equações do o grau. x1 = e x2 =
2a 2a
Valorize nos alunos a capacidade de
criar estratégias próprias de resolução 2o caso:
de problemas. discriminante nulo ∆ = 0)
Contextualize os problemas, tornando A equação tem duas raízes reais e iguais (raiz de multiplicidade 2) assim representadas:
a interpretação dos dados mais significa-
b
tiva na aprendizagem. x1 = x 2 = −
2a
Na seção Passo a Passo, os alunos de-
3o caso:
verão testar sua compreensão do con-
discriminante negati o ∆ < 0)
teúdo apresentado.
A equação não tem raízes reais.
Retornando ao problema do zoológico, apresentado no início deste capítulo, vamos calcu-
lar a quantidade de comida ingerida pelos coelhos e pelos elefantes em um dia. Inicialmente,
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS vamos comparar a equação do 2o grau ay² + by + c = 0 com a equação do problema: 90 90y ² +
y − 1.444 = 0.
Observamos que a = 90, b = 1 e c = . .
Agora, vamos calcular o discriminante ∆ e, depois, substituir na expressão:
1. Se você multiplicar um número real
por ele mesmo e, do resultado, subtrair ∆ = b2 − 4ac → ∆ = 1− 4 ⋅ 90 ⋅ (−1.4444) = 1+ 519.840 → ∆ = 519.841
, você vai obter o quíntuplo do núme- y =→
−b ± ∆
→y=
−b ± ∆ −1± 519.841 −1± 721
= ≅
ro. Qual é esse número 2a 2a 2 ⋅ 90 180
720 −722
Solução: y1 ≅ = 4 e y2 ≅ ≅ −4 , 01 (inválida)
180 180

x ² − 14 = 15 x
36 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau
x ² − 5 x − 14 = 0

x=
( 2
− −5 ± (−5) − 4 ⋅ 1⋅ (−14) )
2 ⋅1
 2 
5 ± (−5) − 4 ⋅ 1⋅ (14) ANOTAÇÕES
 
x=
2
(5 ±) 81 (5 ± 9)
x′ = = =
2 2
5−9
x ′′ = = −2
2
x = 7 ou − 2.

36

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Substituindo o valor de y (quantidade que os coelhos comem) na segunda equação (x = 90 ⋅ y2),
temos x = 90 ⋅ 4² → x = 90 ⋅ 16 = 1.440 (quantidade que os elefantes comem).
Resposta: Os coelhos comem 4 kg de cenouras por dia, e os elefantes comem 1.440 kg de
cenouras por dia.

1. Calcule o discriminante ∆ de cada uma das 3. (IFSP) A soma das soluções inteiras da equa-
equações e identifique o tipo de raiz que ção (x2 + 1) ⋅ (x2 ) ⋅ (x2 − 5x + 6) = 0 é:
cada equação apresenta.
a) 1 b) 3 c) 5
a) x x−5=0 d) 7 e) 11
Solução:
a = 1; b = c= Solução:
∆ = b2 ⋅a⋅c
∆ = ( )2 ⋅1⋅( ) 1a equação:
∆ = 16+20 x 2 + 1 = 0 → x 2 = −1 → x = −1
∆ = 36 Para essa equação, não há raízes reais.
Logo, a equação tem duas raízes reais e di-
ferentes.
2a equação:
x 2 − 25 = 0 → x 2 = 25 → x = 25 → x ± 5
b) 9x² + 6x +1 = 0
Solução: 3a equação: x2 − 5x + 6 = 0, aplicando a fór-
a = 9; b = +6; c = +1 mula de Bhaskara, temos: x’ = 2; x’’ = 3
∆ = b2 ⋅a⋅c Assim, temos soluções inteiras: −5, 2, 3, 5.
∆ = (+6)2 ⋅9⋅1 Somando-as, temos:
∆= 6 6 −5 + 2 + 3 + 5 = 5 . Alternativa c.
∆=0
Logo, a equação tem uma única raiz real.

Finding Horizons/Shutterstock.com
2. A área de um retângulo é de 64 cm². Nessas
condições, determine as dimensões do re-
tângulo sabendo que o comprimento mede
(x + 6) cm e a largura mede (x − 6) cm.
A = 64 cm²
Solução:
6) cm
l = (x

C = (x + 6) cm

A = C ⋅  → A = ( x + 6) ⋅ ( x − 6) = 64
x 2 − 6 x + 6 x − 36 = 64
x 2 − 36 = 64 → x 2 = 64 + 36
x = 100 → x = 10

Logo, o comprimento mede 16 cm, e a largura


mede 4 cm.

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 37

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37

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na seção Aplicação, forme grupos pa-


ra resolver os exercícios e esteja sem-
pre pronto a esclarecer as dúvidas que
6. (UFRS) Se x² + bx + c = 0 e 2(x + 1)² = são equações equivalentes, então b + c é:
forem surgindo. Cada grupo deve apre-
sentar à classe os resultados obtidos. Es- a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 6
sa forma de trabalho serve para que os 7. Em um determinado site chamado oucos por Matemática, um aluno lançou a seguinte
alunos respeitem a fala do outro e ava- situação-problema:
liem o quanto aprenderam. muito im- Decompor o número 120 em produto de dois fatores cuja soma seja 23. (Dica: sendo x um dos
portante estimulá-los nesse processo. fatores procurados, o outro fator será 23 − x.) Encontre você também esses dois números.
Percebendo que os alunos estão com 8. Escreva o grau de cada equação abaixo.
dificuldade na resolução das atividades x 4 + 2 x −1
a) 6x² = 0 b) 3x5 − 1 = 0 c) 7x4 − 9(x + 1) = 5x d) − = 2x
propostas, oriente-os dando as explica- 2 3
ções necessárias. Motive os alunos a en- 9. O professor lançou um problema prático para seus alunos. Em volta de uma casa, será cons-
truída uma calçada de largura x (como mostra a figura).
frentarem possíveis dificuldades na re-
solução dos exercícios.
Quando falamos em equação do o
x x
grau incompleta, significa que os coefi- x x
14 m Essa largura depende do material disponível, que
cientes b = ou c = ou b = c = . Na
só dá para cimentar 112 m². Calcule a largura x
10 m

equação incompleta, o coeficiente a é dessa calçada.


sempre diferente de zero. x x
x x

10. ma bola é lançada do alto de um edifício e cai em direção ao solo (como mostra a figura).
ANOTAÇÕES

Sua altura h em relação ao solo, t segun-


dos após o lançamento, é dada pela ex-
pressão h = − 25t² + 625. Após quantos
segundos do lançamento a bola atingirá
o solo?

11. Encontre as raízes da equação x2− 4nx + 3n2 = 0, na incógnita x.

12. m retângulo tem dimensões cm × cm. Deseja-se aumentar as suas dimensões de


modo que sua área aumente 54 cm². Em quantos centímetros deve ser aumentado cada lado
do retângulo?

38 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

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13. (Fuvest) Um empreiteiro contratou um serviço com um grupo de trabalhadores pelo valor
de R$ 10.800,00 a ser igualmente dividido entre eles. Como três desistiram do trabalho, o valor
contratado foi dividido igualmente entre os demais. Assim, o empreiteiro pagou, a cada um
dos trabalhadores que realizaram o serviço, R$ 600,00 além do combinado no acordo original.

a) Quantos trabalhadores realizaram o serviço?


b) Quanto recebeu cada um deles?

Equações do 2o grau incompletas


As equações do o
grau podem ser reduzidas às formas:

ax² + c = 0, quando b = 0
ax² + bx = 0, quando c = 0
ax² = 0, quando b = c = 0

São ditas e ua es incompletas.

Vamos exercitar o cérebro com alguns exemplos. Veja:

a) Resolva a equação 3x² − 6 = 0


Solução:
A equação é do tipo ax2 + c = 0. Podemos resolver de forma prática. Veja:

3x 2 − 6 = 0
6
3x 2 = 6 → x 2 =
3
{
→ x2 = 2 → x = ± 2 → S = − 2; + 2 }
Podemos, também, usar a fórmula de Bhaskara. Veja:

3x 2 + 0 ⋅ x − 6 = 0
∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c
∆ = 02 − 4 ⋅ 3 ⋅ (−6) = 72

Portanto:
−0 ± 72
x=
2⋅3
Com isso:
2:17

6 2
x1 = ∴ x1 = 2
6
−6 2
x2 = ∴ x2 = − 2 →
6
{
S = − 2 ;+ 2 }
Observamos que a fórmula de Bhaskara, aplicada nesse caso, é menos prática.

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 39

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39

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
b) Resolva a equação 5x² − 6x = 0

Para resolvermos problemas cuja equa- Solução:


A equação é do tipo ax² + bx = 0. Vamos resolver de forma prática.
ção seja ax + bx + c = , podemos fatorar Veja:
a equação, obtendo como resultado: x (a Colocando x em evidência, temos:
+ b) = , e encontrando duas raízes: 5x 2 − 6 x = 0
x ⋅ (5 x − 6) = 0
−b Assim, x = 0 ou 5x − 6 = 0
x ′ = 0 ou x ′′ = .
a 6
x= A forma da equação polinomial do 2o grau será ax
a ² + bx = 0,
5
Para resolvermos problemas cuja  6  ou ax2 + c = 0, em que a ≠ 0.
Portanto: S = 0; 
equação seja ax + c = , devemos dividi-  5 

-la por a e passar o termo constante para


Usando a fórmula de Bhaskara, temos: 5 x 2 − 6 x + 0 = 0 →
o segundo membro para obter:
2
∆ = (−6) − 4 ⋅ 5 ⋅ 0 = 36
c
x² = − . −(−6) ± 36
a Portanto: x =
2 ⋅5

Fique atento às seguintes observações: 6 +6 6


Com isso: x1 = → x1 =
10 5
6 −6
x2 = → x2 = 0 →
c 10
Se − for negativo, não existirá so-  
a S =0; 6 
 


 5
 

lução no conjunto dos números reais.
c) Resolva a equação 2x² + 8 = 0
c
Se − for positivo, a equação terá Solução: a.b.c=0
a A equação é do tipo a x ² + c = 0 Implica dizer que: a = 0 ou b = 0 ou c = 0 (a ∈ R,
duas raízes com o mesmo valor absoluto b ∈ R e c ∈ R).
R).
2 x 2 + 8 = 0 → 2 x 2 = −8 Se x ∈ R, y e R e x2 = y, então: x = y ou x = − y
(módulo), mas de sinais contrários.
x 2 − 4 → x = ± −4
Mas −4 não faz parte do conjunto dos números reais.
Portanto: S = ∅
SUGESTÃO DE ATIVIDADE
d) Para quais valores de k a equação x² − 2x + k − 2 = 0 admite raízes reais e distintas?

Solução:
Veja esta questão e comente com os Para que a equação admita raízes reais e distintas, devemos ter ∆ > 0. Com isso:
alunos: b² − 4ac > 0
(−2)2 − 4 . 1 . (k − 2) > 0
4 − 4k + 8 > 0
1. (Cescem) O trinômio ax + bx + c tem −4k + 12 > 0 (multiplicamos ambos os membros por −1)
duas raízes reais e distintas a e b são
dois números reais não nulos. Então, o 40 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

trinômio:

a) tem duas raízes reais e distintas ou


nenhuma raiz real, conforme o sinal
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO ANOTAÇÕES
de b.
b) pode ter uma, duas ou nenhuma raiz
real. Foi Girard que determinou as relações
c) tem duas raízes reais e distintas se a entre raízes e coeficientes, admitindo ser
e b forem ambos positivos, nada se po- possível existirem raízes negativas e imaginá-
dendo afirmar nos demais casos. rias, enquanto Vi te só conseguia admitir as
d) tem duas raízes reais e distintas ou raízes positivas. Girard percebia que as raízes
nenhuma raiz real, conforme sinal de negativas são orientadas em sentido oposto
a e b. ao dos números positivos, antecipando, as-
e) tem sempre duas raízes reais e distintas. sim, a ideia de reta numérica. Ele disse: “O
negativo, em Geometria, indica um retroces-
Resposta: Alternativa e. so, ao passo que o positivo é um avanço”.
M

40

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Temos:
4k − 12 < 0
4k < 12 → k < 3
Logo, os valores de k devem ser menores que 3.

e) Determine o valor de P para que a equação x² − (P − 1)x + P − 2 = 0 admita raízes reais


e iguais.

Solução:
Para que a equação admita raízes reais e iguais, é necessário que ∆ = 0. Com isso:
b² − 4ac = 0
[−(P − 1)]² − 4 . 1 . (P − 2) = 0
P² − 2P + 1 − 4P + 8 = 0
P² − 6P + 9 = 0

Observamos que a equação é um trinômio quadrado perfeito.

Portanto:
P² − 6P + 9 = (P − 3)² = 0

Então:
(P − 3)² = 0 → P = 3
Logo, o valor de P é igual a 3.

f) Para quais valores de m a equação 3x² + 6x + m = 0 não admite nenhuma raiz real, ou
seja, admite raízes imaginárias?

Solução:
Para que a equação não tenha raiz real (apenas raízes imaginárias), devemos ter ∆ < 0.

Com isso:
b² − 4ac < 0
6² − 4 . 3 . m < 0
36 − 12m < 0
−12m < −36 (multiplicamos ambos os membros por −1)
Temos:
36
12m > 36 → m >
Então: m > 3. 12
Logo, os valores de m devem ser maiores que 3.

A existência dos zeros, ou raízes, depende do sinal de ∆.

1o caso: ∆ > 0; admite duas raízes reais e desiguais.


2o caso: ∆ = 0; admite duas raízes reais e iguais.
3o caso: ∆ < 0; não admite raízes reais, porém existem raízes complexas.

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 41

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41

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Bhaskara Akaria (1114−1185), matemático, astrólogo e astrônomo indiano, escreveu
o primeiro estudo que empregava o sistema numérico decimal. Utilizou letras para desig-
nar quantidades desconhecidas e antecipou-se no uso da moderna convenção de sinais
matemáticos.
Nascido numa tradicional família de astrólogos indianos, seguiu a tradição profissional
da família, porém com uma orientação científica, dedicando-se mais à parte matemática
que dá sustentação à Astrologia. Seus méritos foram logo reconhecidos, e, muito cedo,
atingiu o posto de diretor do Observatório de Ujjain, o maior centro de pesquisas mate-
máticas e astronômicas da Índia, na época.
Seu livro mais famoso é o Lilavati, uma obra bem elementar e dedicada a problemas
simples de Aritmética e Geometria Plana. A palavra ila ati é um nome próprio de mulher
(a tradução é Graciosa), e a razão de ter dado esse título a seu livro é porque, provavelmente,
teria desejado fazer uma alusão à elegância de uma mulher da nobreza com a elegância
dos métodos da Aritmética.

14. Determine as raízes das equações do o


grau incompletas.

a) 4x2 − 12 = 0 b) 3 2 ⋅ x 2 + 3 ⋅ x = 0 c) (x )2 + 2 (4x − 10) = 0

15. (UEL) Os valores de m para os quais a equação 3x² − mx + 4 = 0 tem duas raízes reais iguais são:

a) − 5 e 2 5 b) −4 3 e 4 3 c) 3 2 e − 3 2

d) 2 e 5 e) − 6 e 8

16. Para que valores de k a equação 2x² + kx + 2 = 0 possui duas raízes reais e iguais?

17. Determine a para que a equação do 2o grau ax² + x + 1 = 0 admita duas raízes reais e distintas.
1 1 1
a) a = b) a < c) a >
4 4 4
d) a = 4 e) a =
 k
18. O valor de k para o qual a equação 3 x 2 − 4 x + 4 −  = 0 tem uma raiz nula é:
 6 
a) 17 b) 16 c) 0
d) −16 e) 24

19. Uma das raízes da equação 3x² − (2 + k) x + 5 = é o número . Nessas condições, temos:

a) k = −5 b) k = 6 c) k = −6
d) k = −4 e) k = 5

42 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

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42

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20. Calcule o valor de k na equação x² − 6x + k = 0 de modo que:

a) As raízes sejam reais e diferentes.


b) As raízes sejam reais e iguais.
c) As raízes não sejam reais.

21. Calcule o valor de p na equação x² − 10x + p = 0 de modo que:

a) As raízes sejam reais e diferentes.


b) As raízes sejam reais e iguais.
c) As raízes não sejam reais.

22. (UFME) A reta da equação y = 3x + a tem um único ponto em comum com a parábola da
equação y = x² + x + 2. O valor de a é: (Sugestão: faça a igualdade dos y.)

a) −2 b) −1 c) 0 d) 1 e) 2

23. Quantas raízes reais tem a equação 3x² − 3x + 3 = 0?

a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

24. (IFCE) Se x1 e x2 são as raízes da equação 3x² − 5x + p − 2 = 0, em que p é um número real,


1 1 5
e sabendo se que + = , pode se concluir corretamente que:
x1 x 2 2

8
a) p = −2 b) p = − c) p = 0 d) p = 2 e) p = 4
5
25. (Enem) ma fábrica utiliza sua frota particular de caminhões para distribuir as 9 toneladas
de sua produção semanal. Todos os caminhões são do mesmo modelo, e, para aumentar a vida
útil da frota, adota-se a política de reduzir a capacidade máxima de carga de cada caminhão
em meia tonelada. Com essa medida de redução, o número de caminhões necessários para
transportar a produção semanal aumenta em 6 unidades em relação ao número de caminhões
necessários para transportar a produção usando a capacidade máxima de carga de cada cami-
nhão. Qual é o número atual de caminhões que essa fábrica usa para transportar a produção
semanal, respeitando-se a política de redução de carga?

a) 36 b) 30 c) 19 d) 16 e) 10

ela o entre os coeficientes e as raí es


Sejam x1 e x2 as raízes de uma equação do 2o grau ax² + bx + c = 0 para a ≠ 0, através da
fórmula de Bhaskara, temos que:

−b + ∆ −b − ∆
x1 = ; x2 = , em que o discriminante ∆ = b2 − 4ac
2a 2a

Assim, temos as seguintes relações entre as raízes x1 e x2 e os coeficientes a, b e c, em que a ≠ 0.

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 43

:21 Matematica_2020_9A_02.indd 43 16/09/2019 20:52:22

43

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Soma das raízes
Depois de muitos anos de estudos ma-
Calcular a soma das raízes de uma equação do 2o grau é efetuar a operação de adição entre
temáticos, conseguiram encontrar uma
alternativa mais prática de se resolver −b + ∆ −b − ∆
x1 = e x2 =
uma equação do o grau: descobriram 2a 2a
uma interessante relação entre os coe-
Temos que:
ficientes e as raízes, que facilitou a reso-
lução dessas equações com um simples  −b + ∆   −b − ∆ 
  +  
x1 + x 2 = 
cálculo mental. oje, é muito mais práti-  2a   2a 

co calcular a soma e o produto de suas


x1 + x 2 =
(−b + ∆ ) + (−b − ∆ )
raízes em uma equação do o grau. 2a
−b + ∆ − b − ∆
x1 + x 2 =
−b 2a
Soma das raízes: x + x = .
a 2b 1) ∆ > 0, a função tem duas raízes reais e distintas.
Então: x1 + x 2 = −
c 2a 2) ∆ = 0, a função tem duas raízes reais e iguais.
Produto das raízes: x . x = . 3) ∆ < 0, a função não tem raiz real.
a Portanto: x1 + x 2 = −
b
a
Para se obter a soma e o produto de
uma equação do o grau (x Sx + P = ),
utilizamos as seguintes fórmulas:

b c
S =− eP= . 1. Na equação x2 + 4x − 5 = 0, encontre x1 e 2. Na equação x2 + bx − 2 = 0, calcule b sabendo
a a x2 utilizando a relação da soma das raízes e que suas raízes são x1 = 2 e x2 = .
sabendo que x1 = x2. Solução: b
Solução: Como x1 + x 2 = − , temos:
SUGESTÃO DE ATIVIDADE x1 + x 2 = e x1 = x 2
a
Logo, x1 + ( x1) = 2−1=−b→−b=1
x1 = → x1 = +1 (multiplicamos por −1)
1. Determine a soma e o produto da se- Então: 1 + x2 =
guinte equação: x x + 7= . x2 = − 1 → x2 = Logo, b = − , e a equação fica: x 2 − x − 2 = 0

Solução:
Sendo a = , b = ec= : Produto das raí es
Calcular o produto das raízes de uma equação do 2o grau é efetuar a operação da multipli-
b c −b + ∆ −b − ∆
S =− =5 e P = =7 cação entre x1 = e x2 =
a a 2a 2a
Temos que:
ANOTAÇÕES  −b + ∆   −b − ∆ 
  ⋅  
x1 ⋅ x 2 =  
 2a   2a 

44 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

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44

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Observamos que o numerador representa um produto notável: (x + y) ⋅ (x − y) = x² − y²
Com isso:
2 2
(−b) − (∆) b2 − ∆
x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 = , mas ∆ = b2 − 4ac
4a 2 4a 2

Então:
b2 − (b2 − 4ac )
x1 ⋅ x 2 = →
4a 2
b 2 − b 2 + 4ac
x1 ⋅ x 2 = →
4a 2
4ac
x1 ⋅ x 2 =
4a 2
c
Portanto: x1 ⋅ x 2 =
a
b c
Denominamos as expressões x1 + x 2 = e x1x 2 = de rela es de irard.
a a
Albert Girard (1590−1632), matemático francês, lecionou Matemática, Engenharia
e Óptica, além de Música.

E emplos:

a) Determine a soma e o produto das raízes da equação 10x² + x − 2 = 0

Solução:
De acordo com a equação do 2o grau ax² + bx + c = 0, temos: a = 10; b = 1 e c = −2

b c
Com isso: x1 + x 2 = − → x1 ⋅ x 2 =
a a
Portanto:
1
Soma das raízes = −
10
2 1
Produto das raízes = − =−
10 5
11
b) Determine o valor de k na equação kx² − 22x + t20 = 0 para que a soma das raízes seja
Solução: 3
De acordo com a equação do 2 grau ax² + bx + c = 0, temos:
o
2:24

a = k, b = −22 e c = 20
b 11
Com isso: x1 + x 2 = − e x1 + x 2 =
a 3

11 (−22)
Então: =− → 11k = 66
3 k
Portanto: k = 6

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 45

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45

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Estimule os alunos a resolverem os


b
exercícios na lousa e valorize cada acerto. 1) Quando x = − , este será o valor para o qual o trinômio ax2 + bx + c = y encontrará
2a
Incentive-os a manifestarem suas dú- o extremo (máximo e mínimo).
vidas e procure solucioná-las, principal- 2) Para os valores máximos e mínimos do trinômio do ponto 1, ax2 + bx + c = y será encon-
mente no momento de correção dos b2 − 4ac
trado pela equação x = −
exercícios, certificando-se de que o con- 4a  b2 ∆
3) As coordenadas cartesianas de um extremo do trinômio são − , − 
teúdo foi bem assimilado.  2a 4a 
4) O trinômio ax2 + bx + c = y terá seu valor máximo se a < 0, e seu valor ocorrerá com a > 0.
Trabalhar com fatoração é converter
equações algébricas em produtos de
duas ou mais expressões, transforman-
do essa expressão em fatores de uma
multiplicação.
tilize várias técnicas para solucionar
uma expressão que tenha fatoração: 26. O valor de p na equação px² − 4x + (p + 1) = 0, para que o produto das raízes seja 0, é:
Fator comum em evidência.
a) 1 b) 2 c) 4
Agrupamento de termos semelhantes. d) −1 e) −2
Diferença de dois quadrados.
27. O valor de k na equação 15x² + kx + 1 = 0, para que a soma dos inversos de suas raízes seja
Trinômio quadrado perfeito. igual a 8, é:
Trinômio do o grau.
a) 0 b) −1 c) 8
d) −8 e) 1
Comente minuciosamente os exem- 1 1 4
28. (UEPG) Sendo p e q as raízes da função y = 2 x 2 − 5 x + a − 3 , em que + = , assinale a(s)
plos do livro e possibilite aos alunos ex- alternativa(s) correta(s). p q 3
pressarem suas opiniões sobre o con-
a) O valor de a é um número inteiro.
teúdo estudado. b) O valor de a está entre −20 e 20.
Para compor uma equação do o grau c) O valor de a é um número positivo.
d) O valor de a é um número menor que 10.
(ax ² + bx + c = 0) , basta encontrar os va- e) O valor de a é um número fracionário.
b c
lores S = − eP= e substituí-los na
a a
Fatora o de uma e ua o do o
grau
equação x − Sx + P = .
Professor, explore o conhecimento dos Todo trinômio do 2o grau pode ser decomposto no produto do coeficiente do seu primeiro
termo pelo binômio do 1o grau, que se obtém subtraindo da variável de cada uma de suas raízes.
alunos trabalhando os exemplos do livro. Designadas por x1 e x2 as raízes do trinômio ax² + bx + c, queremos demonstrar que:
ax2 + bx + c = a (x − x1) ⋅ (x − x2)

ANOTAÇÕES
46 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

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46

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Demonstração:
Sendo x1 e x2 as raízes do trinômio ax² + bx + c, concluímos que ele se anula para:
−b c
x = x1 ou x = x 2 , então x1 + x 2 = e x1 ⋅ x 2 = que são, respectivamente, a soma e o pro-
a a
duto das raízes desse trinômio.
 b c
Portanto: a x 2 + bx + c = a  x 2 + ⋅ x + 
 a a 
Mas:

 −b b Casos de fatoração

 x + x2 = ⋅ (−1) → = −x1 − x 2
 1
 a a ab + a = a(b + 1)
 a² − b² = (a + b)(a − b)

 c c
 x1 ⋅ x 2 = → = x1 ⋅ x 2 a² + 2ab + b² = (a + b)²


 a a
a² − 2ab + b² = (a − b)²

Com isso, temos:


ax2 + bx + c = a [x2 + ( x1 − x2) x + x1 ⋅ x2]
ax2 + bx + c = a (x2 − x1x − x2x + x1x2)

Vamos usar a fatoração por agrupamento:

ax 2 + bx + c = a [x (x x1) − x 2 (x − x1)]

ax 2 + bx + c = a (x x1) ⋅ (x − x 2)
Está concluída a demonstração.

Composi o de uma e ua o do o
grau
Con ecidas as raí es
Considere a equação do 2o grau ax² + bx + c = 0. São conhecidas as raízes dessa equação,
que serão representadas por x1 e x2.
Dividindo todos os termos da equação do 2o grau ax² + bx + c = 0 por a (a ≠ 0), obtemos:

2:28
a x 2 + bx + c = 0 (÷ a) →
a x 2 bx c 0
+ + = →
a a a a
b c
x2 + x + = 0
a a

−b c
Mas sabemos que x1 + x 2 = é a soma das raízes e que x1 ⋅ x 2 = é o produto das raízes,
a a
os quais, respectivamente, vamos representar por S e P. Portanto:

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 47

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47

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
−b b
S = x1 + x 2 → S = ⋅ (−1) → = −S →
a a
1. Resolva o sistema de equações: c
P = x1 ⋅ x 2 → P =
a

2 x + 3 y = 10

 b c

3 + y = 8
 Com isso: x 2 +
a
x + = 0 → x 2 − Sx + P = 0
a
a) No primeiro caso, vamos trabalhar Podemos determinar uma equação a partir da soma e do produto de suas raízes.

com o método da substituição na segun-


da equação: x = y
Agora, substitua esse valor na primei-
ra equação:
29. Um professor de Matemática lançou, para seus alunos, o seguinte problema: encontrar as
2 (8 − y ) + 3 y = 10
equações do o grau cujas raízes são:
16 − 2 y + 3 y = 10 + 1 3
a) e b) 3 −1e 3 + 1 c) −1 e − d) 1 e 2 e) − e1
y = − 6. 6 4
Resolva você também.
Vamos encontrar o valor de x substi-
tuindo esse valor na primeira equação. 30. João chegou em casa com a seguinte tarefa: escrever a forma fatorada das equações do o

grau abaixo. Resolva você também.

2 x + 3 y = 10 a) x² − 5x + 6 = 0 b) 2x² − 3x + 1 = 0
c) 3x² − 10x + 3 = 0 d) 2x² + 7x + 5 = 0
2 x + 3 ⋅ (−6) = 10
2 x − 18 = 10 31. Leia atentamente:
Para simplificar equações algébricas, antes temos de fatorá-las. Portanto, simplifique as expressões.
2 x = 28
x 2 − 5x + 4 3x 2 − 5x + 2
x = 14. a) b)
2
x − 16 3x 2 − 3x + 1
32. Fatore, quando possível, cada equação.
b) No segundo caso, vamos trabalhar por
a) x2 + 2x − 35 = 0 b) 4x2 − 5x + 1 = 0
eliminação: multiplica-se a segunda equa- c) x2 − (a + b) x + ab = 0 d) 3x2 − 19x + 20 = 0
ção por − e soma-se com a primeira.
33. Escreva uma equação do 2o grau que tenha:

2 x + 3 y = 10

 a) −5 e 3 como raízes.

x + y = 8
 b) x1 + x2 = 17 e x1 ⋅ x2 = 70, sabendo que x1 e x2 são as raízes.
c) 0 e 6 como raízes.
Agora, vamos eliminar: d) Duas raízes reais iguais.
e) Nenhuma raiz real.
2 x + 3 y = −10
34. Encontre a equação do 2o grau cujas raízes sejam 3 2 e − 3 2 .
−2 x − 2 y = −16
y = −6 35. Determine o t da equação (t + 1) x² − 7x + (2t − 1) = 0 para que as raízes sejam números
recíprocos.
Substitua o valor do y na segun-
da equação para descobrir o valor de x. 48 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

Logo, o valor de x é .

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Resolver o sistema.


ANOTAÇÕES

Para trabalhar a resolução de problemas Interpretar a solução encontrada.


de uma equação ou de sistemas de equa-
ções do o grau, deixe os alunos interpretá- Peça aos alunos que exponham as so-
-los e resolvê-los utilizando-se de seus co- luções encontradas e os métodos uti-
nhecimentos prévios, em uma atividade in- lizados para chegar a essas soluções.
vestigativa. Depois, peça-lhes que resolvam Se houver resoluções iguais, somente
a equação observando as três fases: um apresentará.

Interpretar e estabelecer o siste-


ma de equações correspondentes ao
problema.
M

48

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istema de e ua es do o
grau
Observe a seguinte situação-problema e encontre os valores de x e y no sistema abaixo:
 x 2 + y 2 = 10




x = 2 − y

Para resolvermos esse sistema de equações, basta montar uma equação do o grau apli-
cando as técnicas de substituição que aprendemos nas séries anteriores.

M todo da su stitui o
Vamos substituir x = 2 − y na equação x² + y² = 10.
Temos:
(2 − y)² + y² = 10 → 4 − 4y + y² + y² − 10 = 0 → 2y² − 4y − 6 = 0
Dividindo por 2, temos: y2 − 2y − 3 = 0

 y1 + y 2 = 2
−b 
y1 + y 2 =   y1 = 3
a  y1 ⋅ y 2 = −3 
  y 2 = −1
 
c
y1 ⋅ y 2 =
a

Com isso:
Para y1 = 3 → x1 = 2 − y1 ↔ x1 =
Para y2 = → x2 = 2 − y2 ↔ x2 = 3
Então, S = {(−1; 3) ; (3; −1)}

) Podemos resolver por substituição todo sistema de equações do o grau com duas
equações e duas incógnitas.
) Nas soluções de um sistema de equações do o grau com duas incógnitas em U = R × R,
para o produto cartesiano de R por R, teremos pares ordenados reais.

x + y = 3
3) Um conjunto verdade do sistema 
 em R × R é {(2,1), (1, 2)}

x y = 2

4) Existem sistemas que não são do 2o grau, mas podem ser redutíveis a este.
2:31

Pro lemas en ol endo e ua o polinomial do o

grau
Vejamos a seguinte equação-problema:

João Gabriel fez um galinheiro retangular utilizando um muro já construído.

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 49

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49

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ele usou 13 m de arame para contornar todo o galinheiro de 21 m² de área. Você é capaz
de descobrir quais são as dimensões desse galinheiro
Propicie reflexões sobre os vários as-
Para resolver uma equação-problema, temos que montar uma equação utilizando a se-
pectos da Matemática e sobre como sur- guinte sequência de raciocínio:
giu a fórmula de resolução da equação Estabeleça a equação ou o sistema de equações que traduzem o problema para a lingua-
gem matemática.
do o grau. Questione se existem fór-
mulas também para equações de grau Identifique os termos desconhecidos.
maior. Resolva a equação ou o sistema de equações.
Interprete as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.
Verifique se a soma e o produto de raí-
zes de uma equação do o grau já eram Para resolver o problema acima, imagine as seguintes dimensões:
utilizados pelos babilônios. Como o perímetro do galinheiro é 13 m e a área é 21 m²,
Procure trabalhar os problemas de sis- podemos escrever duas equações com duas variáveis.
muro
temas do o grau de uma maneira que x x
Perímetro = 2x + y → 2x + y = 13
motive os estudantes a descobrirem sua Área = x . y → x . y = 21
importância dentro da lgebra e da pró- y

pria Matemática.
Trabalhe problemas mais atuais, que
envolvam situações presentes no coti- −b ± b2 − 4ac
1) A fórmula geral da equação polinomial do 2o grau é
2a
diano dos alunos.
2) Se a equação ax²+ bx + c = 0 não tiver raízes reais, então ∆ < 0. Se tiver raízes reais e desi-
Antes de resolver esses problemas, guais, então ∆ > . Por fim, se houver raízes reais e iguais, então ∆ = 0.
aborde a parte histórica na qual cada um b
3) Não esqueça que a soma das raízes ( x '+ x '') da equação a x ² + bx + c = 0 é − e seu pro-
está inserido e realize um debate acerca a
c
duto ( x '⋅ x '') é
da resolução dos problemas nesses pe- a

ríodos históricos e dos métodos de reso- 4) A partir do item 3 e conhecendo as raízes de uma equação polinomial do 2o grau com uma
incógnita, podemos formar essa equação escrevendo ax² + Sx + P = 0, em que S será a soma das
lução mais modernos. raízes; e P, o produto dessas raízes.

2 x + y = 13

Temos, assim, um sistema de equações: 


 x ⋅ y = 21
ANOTAÇÕES 

Utilizando o método da substituição, temos:


2x + y = 13 → y = 13 − 2x

Substituindo y por 13 − 2x na segunda equação, temos:


x . y = 21 → x (13 − 2x) = 21
13x − 2x² = 21 → −2x² + 13x − 21 = 0

Multiplicando ambos os membros por (−1), temos:


2x² − 13x + 21 = 0

50 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

Matematica_2020_9A_02.indd 50 16/09/2019 20:52:33

50

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Precisamos achar as raízes dessa equação para encontrarmos a solução do sistema de
equações-problema.
Como resolução alternativa à aplicação da fórmula de Bhaskara, podemos aplicar a relação
entre os coeficientes e as raízes da equação da página anterior, criando o seguinte sistema:

 b

 x1 + x 2 = −

 a


 c
 x1 ⋅ x 2 =


 a

Aplicando os valores dos coeficientes da equação, temos:



 13

 x1 + x 2 = (I)

 2


 21
 x1 ⋅ x 2 = (II)


 2

Mas esse sistema, na forma como está, é a melhor opção para iniciarmos a resolução pelo
método da substituição?
Vamos prosseguir e veremos logo em seguida. Temos, então:
13 13
x1 + x 2 = → x2 = − x1 (I)
2 2
Substituindo a equação I na equação II:

13  21
x1 ⋅  − x1 = (II)
 2  2
13 21 13 21
x1 − x12 = → − x12 + x1 − = 0
2 2 2 2
13 21
Multiplicamos por ( ) e temos: x12 − x1 + = 0
2 2
Note que, neste ponto, voltamos à situação inicial, deparando nos com outra equação do o grau.
Respondendo à pergunta, podemos evitar essa situação quando preparamos melhor o
sistema antes de iniciarmos a resolução pelo método da substituição. Veja:


 13

 x1 + x 2 = → 2 x1 + 2 x 2 = 13 (I)

 2


 21
 x1 ⋅ x 2 = → 2 ⋅ x1 ⋅ x 2 = 21 (II)


 2
2:33

Para que o sistema fique mais simples e possamos resolvê-lo com mais facilidade, aplicamos
o artifício matemático das raízes fictícias:
Sejam z1 e z2 raízes fictícias, façamos x1 = z1 e 2x2 = z2
Então, temos:
 z1 + z2 = 13 (I)


 z1 + z2 = 13 (I) 


  z1 z2
 
 z1 ⋅ z2 = 42 (II)
 

2 ⋅ ⋅ = 21 → z1 ⋅ z2 = 42
2 2
(II)

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 51

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51

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Agora, na forma como está, podemos ver facilmente que z1 = 6 e z2 = 7
7 6
oje muito se fala do Índice de Mas- Portanto, as raízes verdadeiras são: x1 = = 3 e x2 = = 3
2 2
sa Corpórea (IMC). Estimule o estudan- Assim, determinamos os valores possíveis para x. Substituindo os valores de x em y = 13 − 2x,
te a entrevistar o professor de Educação temos:
Física a respeito, já que estamos viven- 7 7
Para x1 = → y1 = 13 − 2 ⋅ → y1 = 6
do uma era em que a obesidade cres- 2 2
ceu muito, continua crescendo e, o pior, Para x 2 = 3 → y 2 = 13 − 2 ⋅ 3 → y 2 = 7
7  
está atingindo as crianças e os jovens de Portanto, temos como solução do sistema os pares ordenados  ; 6 e (3; 7).
2 
maneira assustadora. Alguns estudio-
As dimensões do galinheiro de João Gabriel são , m por 6 m ou m por m.
sos do assunto chegam a afirmar que
no Brasil a obesidade chega a ser uma
epidemia silenciosa. O fato é que a obe-
sidade é considerada um problema de
saúde pública e sabe-se que ela provo-
36. Determine a soma e o produto das raízes de cada uma das seguintes equações, sem resol-
ca várias outras doenças, como diabe-
ver cada equação.
tes, problemas cardiovasculares, difi-
culdades motoras e articulares, além de a) x2 + 8x − 9 = 0
b) 3x2 + 2x − 5 = 0
distúrbios do sono. c) 2x2 − 3x = 0
A obesidade é considerada uma d) 2x2 − 10x + 8 = 0
e) 3x2 + x − 4 = 0
doença grave quando o IMC do indivíduo
f) x2 − 5x − 6 = 0
se apresenta superior a .
12
E como se pode calcular o IMC Os 37. Dada a equação = x − 2, escreva-a na forma normal e determine a soma e o produto
x −1
estudiosos da saúde definem o IMC por dos inversos das raízes, sem resolvê-la.
meio da fórmula: 38. Vamos determinar a equação do 2o grau na incógnita x cujas raízes são os números reais
seguintes.
IMC = peso (kg) / altura (m) x altura (m)
a) 7 e 12
b) −10 e −3
E se o valor obtido é: c) 4 e −3
d) 9 e −6
menor que , , o indivíduo está abai- e) − 8 e + 8
xo do peso f) 0 e 8
entre , e ,9, o indivíduo está com 5
39. Qual é a equação do 2o grau na incógnita x cujas raízes reais são os números 2 e ?
peso normal 2

entre e 9,9, o indivíduo está com 40. Escreva a equação do 2o grau na incógnita x que nos permite calcular dois números reais
7 3
sobrepeso (acima do peso desejado) sendo a soma desses números e o produto .
2 2
igual ou maior que , o indivíduo es-
tá obeso. 52 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

Questione: é uma equação do o


grau Você pode colocá-la em uma for- Matematica_2020_9A_02.indd 52 16/09/2019 20:52:36

ma mais fácil de perceber que ela é culdade na resolução das atividades propostas e oriente-os dando as explica-
uma equação do o grau ções necessárias.
Converse com os alunos e veja se A seção serve para avaliar o quanto os alunos já aprenderam. muito importante
encontram novos exemplos que utili- estimulá-los nesse processo. As dúvidas dos alunos indicam o conteúdo que deve ser
zam equação do o grau. revisado, ajudando-os a superar eventuais dificuldades.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS ANOTAÇÕES

Estimule os alunos a resolverem as


questões seção Matemática +. Ao fazer
a correção, fique atento para perceber
em que os alunos tiveram maior difi-
M

52

ME_Matemática_2020_9A_02.indd 52 20/09/2019 16:31:09


1. Leia atentamente:

x 2 − 2x
O professor de Matemática, certo dia, chegou 7. Sendo = 1, quais valores de x tornam
atrasado ao colégio em que leciona e foi direto 3x − 6
para a sala de aula. Lá encontrou, na lousa, a igualdade verdadeira?
o seguinte desafio: Resolva a equação do o 8. Construa a equação polinomial do 2o grau
grau 4x² − 3x − 1 = 0 completando o trinômio cujas raízes são 2 5 e − 2 5.
quadrado perfeito. Rapidamente, o professor
descobriu a resposta. 9. A equação x² + 4x + 1 = 0 possui duas raízes
Descubra você também. reais a e b. Descubra o valor de cada uma das
raízes e, depois, forme a equação cujas novas
2. Sendo x1 e x2 raízes da equação 2x² − 5x −1 = 0, raízes são: a + 1 e b + 1.
2 2
calcule o valor de x1 + x 2
10. As equações seguintes estão escritas na
3. A soma de um número real com seu qua- forma normal reduzida. Calcule o discriminante
drado dá 30. Qual é esse número? ∆ de cada uma e identifique o tipo de raiz que
cada equação apresenta.
4. Se você multiplicar um número positivo por
ele mesmo e, do resultado, subtrair 9, você a) x2 + 8x + 20 = 0 b) x2 + 6x − 4 = 0
obterá 112. Qual é o número? c) 5x2 − 3x + 1 = 0 d) 6x2 − x − 1 = 0
5. Qual deve ser o valor real de y para que as e) −x2 + 10x − 16 = 0
2 y +1 y + 5 11. No prédio de Artur, há uma área de lazer
frações e sejam numericamente
y +2 y +3 onde ele se diverte com os amigos. Veja a foto
iguais? abaixo.

6. Analisando o valor do discriminante ∆ = b ac,


diga se as raízes das equações a seguir são reais

rojakolab/Shutterstock.com
ou imaginárias (não pertencem ao conjunto dos
reais). Lembre-se de que você pode modificar
os coeficientes de uma equação, multiplican-
do ou dividindo todos os seus termos por um
mesmo número real diferente de zero.
y y + 30
a) 4x2 − 20x + 24 = 0
Sabendo que a área desse espaço é de 175 m²,
5 1
2:36

b) x 2 − x + = 0 calcule:
4 5
a) a equação do 2o grau que representa essa
c) (2x ) ⋅ (3x ) = (x )2 x
área.
b) os valores de y1 e y2. Qual dos valores é vá-
( )
d) x 2 − 2 2 − 1 x + 2 − 2 = 0 lido? Explique sua escolha.
c) as dimensões desse espaço em metros (com-
e) 5x2 − 6x + 5 = 0 primento e largura).

Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau 53

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53

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12. (UEG) O dono de uma lanchonete comprou 15. (EsPCEx) Sobre as raízes da equação
uma certa quantidade de sanduíches naturais x 4 − 20 x 2 + 36 = 0, podemos afirmar que:
por R$ 180,00 e vendeu todos, exceto seis, com
um lucro de R$ 2,00 por sanduíche. Com o total
a) formam uma sucessão de 4 números em
recebido, ele comprou 30 sanduíches a mais
progressão geométrica.
que na compra anterior, pagando o mesmo
preço por sanduíche. Nessas condições, o preço formam uma sucessão de 4 números em
de custo de cada sanduíche foi de: progressão aritmética.
c) duas são complexas conjugadas e duas são
reais.
a) R$ 6,00 b) R$ 5,00 c) R$ 3,00
d) nenhuma delas é real.
d) R$ 2,00 e) R$ 1,00
e) são todas irracionais.
13. (UFSJ) Deseja-se dividir igualmente 1.200
reais entre algumas pessoas. Se três dessas 16. (Objetiva) O número de alunos de determi-
pessoas desistirem de sua parte, cada uma nada escola é obtido pelo resultado do produto
das demais receberá, além do que ganharia das raízes da equação: x2 − 77x + 1.393 = −47.
normalmente, um adicional de 90 reais. Com base nisso, quantos alunos estudam nessa
escola?
Nessas circunstâncias, é correto afirmar que:
a) 1.440
a) se apenas duas pessoas desistissem do di- 1.820
nheiro, cada uma das demais receberia 60 reais.
c) 2.140
b) com a desistência das três pessoas, cada
d) 2.360
uma das demais recebeu 150 reais.
c) inicialmente, o dinheiro seria dividido entre 17. (Objetiva) Assinale a alternativa que
oito pessoas. apresenta as raízes da equação 2x² − 8x =
d) inicialmente, o dinheiro seria dividido entre x(x + 1) − 18.
cinco pessoas.
14. (Conesul) O produto das raízes da equação a) (3, 6)
de 2º grau: y = f ( x ) = 3 x 2 + 2 x + 18 é: (3, 5)
c) (5, 4)
3 2
a) c) 9 d) 6 e) 3 d) (4, 7)
2 3

este capítulo aprendemos:

A reconhecer uma equação do 2o grau.


A identificar os coeficientes de uma equação do o grau.
A resolver equações completas e incompletas.
A aplicar a fórmula de Bhaskara a fim de resolver equações completas.
A relação entre os coeficientes e as raízes de uma equação do o grau.
A resolver problemas envolvendo equação do 2o grau.

54 Capítulo 2 — Equações polinomiais do 2o grau

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54

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BNCC
Objetos de conhecimento
Equações Grandezas diretamente proporcio-

CAPÍTULO 3 polinomiais nais e grandezas inversamente propor-


cionais.
do 2o grau Expressões algébricas: fatoração e

disfarçadas produtos notáveis.


Resolução de equações polinomiais
Para começar do 2o grau por meio de fatorações.
Neste capítulo, vamos estudar alguns tipos de equação que, após serem
feitas substituições de uma variável por outra, resultarão em equações do 2o grau. Habilidades trabalhadas no capítulo
Vejamos alguns exemplos em que podemos substituir uma parte da equa-
(EF09MA08) Resolver e elaborar pro-
1
ção por uma variável auxiliar, digamos k, e outra parte por k 2 ou . blemas que envolvam relações de pro-
k
porcionalidade direta e inversa entre
Variável
auxiliar
Termos da equação original duas ou mais grandezas, inclusive es-
calas, divisão em partes proporcionais
k x
x² x
x³ x 2x ax 3
x e taxa de variação, em contextos socio-
k
k² x4 x6 x 22x ou 4x (ax)2 ou a2x 3
x2 culturais, ambientais e de outras áreas.
(EF09MA09) Compreender os proces-
Variável auxiliar Termos da equação original
sos de fatoração de expressões algé-
bricas, com base em suas relações com
( )
x
k x 2
2− 6
os produtos notáveis, para resolver e
x elaborar problemas que possam ser
1 1  1 
( )
x
  ou 7+ 6 representados por equações polino-
k x2  7 − 6 
miais do o grau.

OBJETIVOS DIDÁTICOS
1) Chama-se de equação biquadrada a equação do 4 o grau com apenas uma
incógnita que só possui os termos de grau par.
2) Para resolver uma equação biquadrada axx4 + bx2 + c = 0, deve-se substituir Determinar as raízes de uma equação
x2 = yy, transformando, assim, a equação biquadrada em uma equação ay2 + y
+ c = 0. do o grau usando diferentes processos.
3) Quando resolvemos a equação biquadrada, suas raízes são duas a duas Identificar e fatorar trinômios quadra-
simétricas.
4) Lembre-se de que cada raiz da equação polinomial do 2o grau corresponde dos perfeitos.
a duas raízes nulas na equação biquadrada. Identificar os coeficientes reais (a, b,
5) Para cada raiz positiva de uma equação polinomial do 2o grau, há duas raízes
reais simétricas correspondentes na equação biquadrada. c) para saber utilizá-los na fórmula de
Bhaskara.
Mostrar como chegar às raízes por
Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas 55 meio do produto das raízes.
Calcular as relações entre as raízes e
os coeficientes de uma equação do o
grau na resolução de problemas.

CONTEÚDOS CONCEITUAIS

ANOTAÇÕES
1o tipo: equações do tipo: ax2 + bx2 + c = , em que a ≠ .
Equações biquadradas.
Resolução da equação biquadrada.
Forma fatorada de uma equação biquadrada.
Soma e produto das raízes de uma equação biquadrada.
A soma das raízes reais da equação biquadrada.
O produto das raízes reais e não nulas da equação biquadrada.
A soma dos quadrados das raízes reais de uma equação biquadrada.
2o tipo: equações exponenciais.
3o tipo: equações irracionais.

55

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CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
1o tipo: equações do tipo ax2n + bxn + c = 0, em
Determinar o conjunto solução de uma
equação biquadrada utilizando uma va-
que a ≠ 0 e n = 2
Façamos uma substituição de variável de xn por y. Temos:
riável auxiliar e a fórmula resolutiva da
equação do o grau. ax2n + bxn + c = 0
a ⋅ (xn)2 + b ⋅ (xn) + c = 0
Determinar o conjunto solução de
uma equação irracional por meio de Substituindo xn por y, temos: a ⋅ y² + b ⋅ y + c = 0 (uma equação do 2o grau).
uma transformação. Observação:
Resolver equações fracionárias, biqua- A equação do tipo ax2n + bxn + c = 0, com a ≠ 0, para n = 2, é chamada de equação biqua-
drada, pois obtemos uma equação ax4 + bx² + c = 0.
dradas, irracionais.
Resolver problemas que possam ser Observemos que as equações biquadradas x4 − 13x2 + 36 = 0, 9x4 − 8x2 − 1 = 0 e x4 − 4x2
+ 3 = 0 têm os primeiros membros como polinômios do 4 o grau na variável x, possuindo um
traduzidos em um sistema de equações
termo em x4, um termo em x² e um termo constante. Ou seja, a equação biquadrada com uma
do o grau. variável x é toda equação da forma ax4 + bx2 + c = 0, com a, b e c ∈ R e a ≠ 0.

Resolução da equação biquadrada


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Na resolução de equação biquadrada em R (reais), devemos substituir sua variável por uma
outra, transformando-a numa equação do 2o grau.
Observemos uma sequência prática.
Seria interessante informar aos alu-
Substitua x4 por y2 e x2 por y
nos que, até o advento da Matemáti- Resolva a equação ay² + by + c = 0
ca moderna, a equação biquadrada era Determine a raiz quadrada de cada uma das raízes (y1 e y2) da equação ay² + by + c = 0

mostrada como uma equação do quarto Se y1 e y2 forem positivas, teremos raízes simétricas.
grau incompleta e sua escrita na forma Se y1 e y2 forem negativas, nenhuma raiz será real.

geral era ax4 + bx2 + c = . Porém, com Exemplo:


o passar dos tempos, convencionou-se a Determine as raízes das equações biquadradas abaixo:
a) x4 − 41x2 + 400 = 0
escrita que ora apresentamos.
Estimule os alunos a trabalharem em Solução:
Substituindo x4 por y² e x² por y, temos: y² − 41y + 400 = 0
duplas para que possam encontrar ou- Resolvendo essa equação, obtemos: y1 = 25 e y2 = 16
tras formas de resolução, estabelecendo Como x² = y, temos:
x² = 25 e x² = 16
estratégias próprias. x=±5ex=±4
Explore os conhecimentos dos alunos,
Logo, temos para o conjunto verdade V = {−5; −4; 4; 5}.
trabalhando os exemplos do livro.Pode-se
trabalhar a solução da equação biqua- b) 36x4 − 13x2 + 1 = 0
drada pelo método da substituição, con- Solução:
vertendo-a em uma equação do o grau. Substituindo x4 por y² e x² por y, temos: 36y² − 13y + 1 = 0

56 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

As equações do 2o grau disfarça-


Matematica_2020_9A_03.indd 56 16/09/2019 20:58:18

das, ou biquadradas, são toda equação


na forma ax4 + bx2 + c = 0, em que a, b, ANOTAÇÕES
c são números reais com a ≠ 0, usadas
com frequência para indicar a localiza-
ção de pessoas, barcos, aviões, cidades
e que servem para fazer gráficos, mapas
de ruas, mapas-múndi.
Para resolver as equações biquadra-
das, precisamos substituir x = y e x4 = y2.
Devemos aplicar a fórmula de Bhaskara:

−b ± b² − 4ac
y= , pela qual chega-
2a
mos a resolução: ay2 + by + c = .
M

56

ME_Matemática_2020_9A_03.indd 56 20/09/2019 16:30:39


1 1
Resolvendo essa equação, obtemos: y1 = e y2 =
4 9
1 1 1 1
Como x² = y, temos: x 2 = e x2 = → x = ± e x = ±
4 9 2 3
 1
 1 1 1
Logo, temos para o conjunto verdade V = − ; − ; ; 


 3 2 3 2 

Forma fatorada de uma equação biquadrada


Toda equação biquadrada de raízes reais x1, x2, x3 e x4 pode ser composta de:
(x − x1) ⋅ (x − x2) ⋅ (x − x3) ⋅ (x − x4) = 0

Exemplo:
Encontre as equações biquadradas cujas raízes são:
a) ± 2 e ± 3

Solução:
Sabemos que a forma fatorada de uma equação biquadrada é dada por:
(x − x1) ⋅ (x − x2) ⋅ (x − x3) ⋅ (x − x4) = 0

Portanto:
x1 = x2 = x3 = 2; x4 = 3

Temos:
(x + 3) ⋅ (x + 2) ⋅ (x − 2) ⋅ (x − 3) = 0

Efetuando o produto, temos:


x4 − 13x2 + 36 = 0

b) ± a e ± b

Solução:
Sabemos que a equação biquadrada é da forma:
(x − x1) ⋅ (x − x2) ⋅ (x − x3) ⋅ (x − x4) = 0

Portanto: (x + a) ⋅ (x + b) ⋅ (x − a) ⋅ (x − b) = 0

Efetuando o produto, temos: x4 − (a2 + b2) x2 + a2b2 = 0


8:18

Soma e produto das raízes de uma equação biquadrada


Consideremos a equação ax4 + bx² + c = 0, com a ≠ 0, b ≠ 0, c ≠ 0, e a, b e c ∈ R, cujas raízes
são x1, x2, x3, x4, e a equação do 2o grau ay² + by + c = 0, cujas raízes são y1 e y2.
Sabemos que, de cada raiz da equação do 2o grau, obtemos duas raízes simétricas para a
equação biquadrada. Assim:

x 2 = y1 e x 2 = y 2 → x = ± y1 e x = ± y 2

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas 57

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57

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Então: x1 = + y1 ; x 3 = + y 2 → x 2 = − y1 ; x 4 = − y 2

Com isso:
a) A soma das raízes reais da equação biquadrada.

x1 + x 2 + x 3 + x 4 = y1 − y1 + y 2 − y 2

Portanto:
x1 + x 2 + x 3 + x 4 = 0

b) O produto das raízes reais e não nulas da equação biquadrada.

( )(
x 1 ⋅ x 2 ⋅ x 3 ⋅ x 4 = + y1 ⋅ − y1 ⋅ )( )(
y2 ⋅ − y2 )
Portanto: x1 ⋅ x2 ⋅ x3 ⋅ x4 = y1 ⋅ y2
c
Com isso: x1 ⋅ x 2 ⋅ x 3 ⋅ x 4 =
a

A soma dos quadrados das raízes reais de uma equação biquadrada:

( ) + (− y ) + ( ) + (− y )
2 2 2 2
x12 + x 22 + x 32 + x 42 = + y1 1
y2 2

Portanto:

x12 + x 22 + x 32 + x 42 = y1 + y1 + y 2 + y 2
Com isso: x12 + x 22 + x 32 + x 42 = 2 ( y1 + y 2 )
−2 b
Então: x12 + x 22 + x 32 + x 42 =
a

2o tipo: equações do tipo ax2n + bxn + c = 0, em que a ≠ 0


Esse tipo de equação pode ser resolvido da mesma forma que a equação biquadrada.
Substituindo xn por yy, obtemos:
ax2n + bxxn + c = 0
a ⋅ (xxn)2 + b ⋅ (xxn) + c = 0

Portanto: Ma

a ⋅ y² + by + c = 0 (equação do 2o grau).
Para resolver uma equação


Se n for par, temos: x = ± n y
Lembre-se de que: x n = y 
biquadrada, em que a ≠ 0 e axax4
 + bxx + c = 0, devemos substi-
2

Se n for ímpar, temos: x = y


n

 tuir x² = yy, transformando, as-
sim, a equação biquadrada em
uma equação ay² ay + by + c = 0

58 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas

58

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Considerando as raízes reais da equação.

Exemplos: Professor, para que fique bem esclare-


Resolva as equações abaixo (nos reais).
a) x8 − 18x4 + 81 = 0
cido o assunto, faça uma revisão do con-
teúdo já estudado.
Solução:
Fazendo x4 = k → x8 = k2 Incentive os alunos a observarem a re-
Temos, então: k² − 18k + 81 = 0 solução dos exercícios na seção Passo
Resolvendo essa equação, obtemos: k1 = 9 e k2 = 9
a Passo, avaliando o quanto eles conse-
{(
Assim: x 4 = ±9 → x = ± 4 9 → S = −4 9 , 4 9 )} guiram assimilar do conteúdo. preciso
b) x6 + 117x3 − 1.000 = 0 motivá-los a enfrentarem possíveis difi-
Solução: culdades na resolução.
Fazendo x3 = y → x6 = y2 Reforce os exercícios resolvidos no livro
Temos, então: y² + 117y − 1.000 = 0. esclarecendo as dúvidas e proporcionan-
Resolvendo essa equação, obtemos: y1 = 8 e y2 = −125 do maior segurança na compreensão do
Assim: x 3 = 8 e x 3 = −125 que foi feito, sempre com um olhar crítico.
x = 3 8 e x = 3 −125
x = 2 e x = −5
Logo, o conjunto solução S = {−5; −2}
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Resolva a equação ( x ²) ² − 5 x ² + 4 = 0
Solução:
Substituir x2 = z na equação:
1. Resolva a equação biquadrada seguinte. Retomando: x2 = y
x4 − 13x2 + 36 = 0 x4 − x2 + =
Solução: Temos: x12 = 9 e x 22 = 4
Fazendo x2 = y, temos y ² − 13 y + 36 = 0 x1 = ± 9 z² − 5z + 4 = 0 →
Sendo: a = 1; b = −13; c = 36 x 1 = ±3 2
2
∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c → ∆ = (−13) − 4 ⋅ 1⋅ 36 −(−5) ± (−5) − 4 ⋅ 1⋅ 4
x2 = ± 4 z= →
∆ = 169 − 144 → ∆ = 25 x 2 = ±2 2 ⋅1
−b ± ∆ −(−13) ± 25 V = {−3,− 2, + 2, + 3} 5±3
y= →y= z= → z ′ = 4 e z ′′ = 1.
2a 2 ⋅1 2
+13 ± 5 2 2. (UFTPR) Se x1, x 2, x 3 e x 4 são as raízes da
y= →x =y Substituindo o z e o z em x2 = z, ob-
2
18 equação x − 10x + 9 = 0, então o valor da
4 2
temos:
y1 = + → y 1 = +9
2 expressão x12 + x 22 + x 32 + x 42 é igual a:
8
y 2 = + → y 2 = +4 x ² = z → x ² = 4 → x ′ = 2 e x ′′ = −2 →
2 a) 0 b) 10 c) 1
d) 2 5 e) 9 x ² = 1→ x ′ = 1 e x ′′ = −1
x12 = 9 e x 22 = 4
As raízes de x4 − x2 + = , serão
o
Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2 grau disfarçadas 59 − ,− , e .

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ANOTAÇÕES

59

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Solução:
3. (IFPR) Se a equação x4 − kx2 = 0 tem solução
2
x 4 − 10 x 2 + 9 = 0 → ( x 2 ) − 10 x 2 + 9 = 0 S = {−9, 0, 9}, então:
Equações irracionais são as que têm, pe-
lo menos, uma incógnita num radicando, Fazendo x2 = y, temos a) k = 9
figurando uma expressão com variáveis. 2
y − 10 y + 9 = 0 b) k = 81
Para encontrar a solução de uma equação 2 c) k = 18
∆ = b2 − 4ac → (−10) − 4 ⋅ 1⋅ 9 = 100 − 36 →
d) k = 0
irracional, elevam-se à potência adequada ∆ = 64 e) k = −9
ambos os membros da equação, prepa- −b ± ∆ −(−10) ± 64 10 ± 8
y= → → → Solução:
rando-os previamente de modo a eliminar 2a 2 ⋅1 2
sucessivamente os símbolos das raízes. y ' = 1e y " = 9 x 4 −kx2 = 0 →
2
Depois, resolve-se a nova equação obtida. Como x2 = y, para y = 1, então (x )
2
−kx2 = 0

No final, certifique-se de que as soluções x 2 = 1 → x = ± 1 → ±1 Fazendo x2 = y, temos:


obtidas são da equação irracional, sendo y2 − ky = 0 → y + (y − k) = 0
Para y = 9, então
essas as únicas soluções. y=0ey=k
x 2 = 9 → x = ± 9 → ±3
Mostre aos alunos que as equações ir- 2
x +x +x +x → 2 2 2
 x 2 = 0 → x = 0 (uma das raízes)
racionais são utilizadas na aplicação das 1 2 3 4

x 2 = y  x 2 = k → k = (−9)
2
2 2 2 2
resoluções das equações do o grau. Pa- (−1) + (1) + (−3) + (3) =
 2
ou k = 9 (as outras duas ra
aízes)
ra resolver uma equação irracional, é 1+ 1+ 9 + 9 = 20 = 22 ⋅ 5 = 2 5
preciso verificar as raízes determinadas, Alternativa d.
k = 81
sabendo que o processo de resolução
envolve uma potenciação.
Procure trabalhar problemas ligados ao
contexto real. Descubra as equações irra-
cionais calculando as suas raízes e verifi- 1. Resolva as seguintes equações (nos reais); se necessário, faça o inverso multiplicativo.
cando a compatibilidade das soluções.
x x
4 9
a) 32x10 − 31x5 − 1 = 0 b)   + 2 = 3 ⋅  
 9   4 
Trabalhe com os alunos a leitura dos
problemas matemáticos, interpretan- c) x6 − 7x3 + 8 = 0 d) 3x8 − 10x4 − 8 = 0
do e resolvendo-os mediante o uso das
2. Quantas soluções reais tem a equação (x² + 1)² + 6 ⋅ (x² + 1) + 8 = 0?
equações irracionais. Contextualize os
1+ x 2
resultados obtidos dos problemas nas 3. Sabe-se que x 2 − 7 = , com x ≠ −2 e x ≠ 2. Determine as raízes dessa equação no con-
x2 −4
situações do mundo real. junto dos números reais.
30
4. Duas raízes da equação biquadrada x 4 + bx 2 + c = 0 são 0, 2333... e . O valor de c é:
7
a) 1 b) 3 c) 5 d) 7 e) 11
ANOTAÇÕES
5. Resolva 16 x + 9 = 40 x em R.
4 2

60 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas

Matematica_2020_9A_03.indd 60 16/09/2019 20:58:25

SUGESTÃO

Estimule a realização de questões en-


volvendo equações biquadradas a partir
de sites que hospedam concursos e ativi-
dades desafiadoras.
Aplique fichamentos envolvendo equa-
ções literais e biquadradas, estimulando
a prática intuitiva e lógica de equações
quadráticas.

60

ME_Matemática_2020_9A_03.indd 60 20/09/2019 16:30:43


3o tipo: equações irracionais
São assim chamadas todas as sentenças abertas em que a variável aparece como radicando,
isto é, uma equação irracional apresenta a incógnita em um ou mais radicais.
Vejamos alguns exemplos:
3
a) 2 x + 1− 2 x − 1 = 3 b) 2 x − 3 = 10 c) 3
3x + 2 = 4

Quando elevamos uma equação irracional ao quadrado, obtemos uma segunda equação.
Ao encontrarmos as raízes da segunda equação, notamos que nem sempre todas as raízes são
raízes irracionais.

Resolução de uma equação irracional


Resolver uma equação é determinar seu conjunto verdade, ou solução. Para tanto, devemos
transformá-la numa equação racional (elevando-se ambos os membros a uma potência conveniente) e,
a seguir, verificar, dentre as raízes da equação racional, quais satisfazem a equação irracional proposta.
Aqui, mostramos alguns tipos de equação irracional.

1o tipo: equação da forma 4


x −1 = 2
Solução:
( )
4
Elevamos à quarta potência os dois membros. Temos: 4
x −1 = 2 → 4
( x − 1) = 24
Com isso: x − 1 = 16
Então: x = 17
Vamos fazer a verificação: 4
x − 1 = 2 para x = 17
4
Temos: 17 − 1 = 2 → 4 16 = 2 → 2 = 2 (verdadeiro)
Logo, o conjunto solução é S = {17}.

8:25 1) Para que uma equação seja considerada irracional, deve possuir uma incógnita sob o radical
ou ser elevada a um expoente fracionário.
2) Na solução de uma equação irracional, devemos isolar um radical com uma incógnita num
dos lados da equação, para depois elevar ambos os membros a uma potência de índice igual ao
do isolado.
3) Quando se elevam ambos os membros de uma equação a uma potência, a equação obtida
nem sempre tem as mesmas raízes daquela que a origina.
4) Chamamos de raízes estranhas da equação as raízes que não são raízes da primeira, quando
se elevam ambos os membros de uma equação irracional a uma potência.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas 61

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61

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2o tipo: equação da forma 9 − 2x = 5 − x

Solução:
( )
2 2
Elevando os dois membros ao quadrado, temos: 9 − 2x = (5 − x )

Com isso: 9 − 2x = 25 − 10x + x²

Então: x² − 8x + 16 = 0

Resolvendo a equação, obtemos:


x1 = 4 e x 2 = 4

Vamos fazer a verificação:

9 − 2 x = 5 − x para x = 4

Temos: 9−2⋅ 4 = 5− 4

1 = 1 (verdadeira)
Logo, o conjunto solução é S = {4}.

3o tipo: equação da forma 2x + 3 − x + 1 = x − 2

Solução:
( ) ( )
2 2
Elevando os dois membros ao quadrado, temos: 2x + 3 − x + 1 = x −2

Desenvolvendo os produtos notáveis, obtemos: 2 x 2 + 5x + 3 = x + 3

( )
2
2
Elevando os dois membros ao quadrado, temos: 2 x 2 + 5x + 3 = ( x + 3)

Então: 2x² + 5x + 3 = x² + 6x + 9

2o grau: x² − x − 6 = 0

Resolvendo a equação, obtemos: x1 = e x2 = 3

Vamos fazer a verificação: 2 x + 3 − x + 1 = x − 2 para x = −2

Temos: 2 ⋅ (3) + 3 − 3 + 1 = 3 − 2

3−2=1

1 = 1 (verdadeiro)
Logo, o conjunto solução é S = {3}.

4o tipo: equação da forma x − 2 + x −1 = 1

Solução:
Elevamos os dois membros ao quadrado.

62 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas

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62

ME_Matemática_2020_9A_03.indd 62 20/09/2019 16:30:45


2
  2
Temos:  x − 2 + x − 1 = (1)
 
Então: x − 2 + x − 1 = 1

Com isso: x − 1 = 3 − x

( )
2 2
Elevamos os dois membros ao quadrado. Temos: x − 1 = (3 − x )

Então: x − 1 = 9 − 6x + x2

Assim, encontramos uma equação do 2o grau: x2 − 7x + 10 = 0

Resolvendo a equação, obtemos: x1 = 2 e x2 = 5

Vamos fazer a verificação:

x − 2 + x − 1 = 1 para x = 2 → 0 + 1 = 1 → 1 = 1 (verdadeiro)
x − 2 + x − 1 = 1 para x = 5 → 3 + 4 = 1 → 3 + 2 = 1 (falso)
Logo, o conjunto solução é S = {2}.

5o tipo: equação da forma an


x + b2 n x + c = 0, em que a ≠ 0, x > 0 e n ∈ N − {0,1}

Façamos 2 n x = y ↔ n x = y 2
Com isso, obteremos uma equação do 2o grau ay 2 + by + c = 0

Vejamos o exemplo:

a) Resolva a equação x − 17 4 x + 16 = 0

Solução:
Fazendo 4 x = y ↔ x = y 2 , temos: y ² − 17 y + 16 = 0
Resolvendo a equação, obtemos: y1 = 1 e y2 = 16

( x) ( x)
4 4
Assim, 4
x = 1 e 4 x = 16. Como 4
= 14 e 4
= 164 , temos que x1 = 1 e x2 = 65.536

Observamos que os índices dos radicais são pares. Assim, devemos ter 4 x ≥ 0 para haver
solução nos reais. Como isso é verdade, as raízes x1 e x2 satisfazem a equação.
Com isso, o conjunto solução será S = {1; 65.536}

b) Resolva a equação seguinte: 4 x − 5 4 x = 9

Solução:
Fazendo 4 x = y, podemos afirmar que y 2 = x

Temos, então: 4y2 − 5y − 9 = 0


9
Resolvendo a equação, obtemos: y1 = e y 2 = −1
4

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas 63

:28 Matematica_2020_9A_03.indd 63 16/09/2019 20:58:32

63

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Temos:
9
4
x= , mas 4
x = −1 não existe nos reais.
4
Então, x2 = −1 não é solução.
4
9 6.561
( )
4
Assim como 4
x =   , temos que x1 =
 4  256
Portanto, sendo os índices dos radicais pares, devemos ter 4 x ≥ 0 para haver solução nos
reais. Como isso não é verdade para x2, somente x1 satisfaz a equação.
 6.561
 
Com isso, o conjunto solução será S = 
 


 256 
 

1. Resolva a equação 3
x − 56 x + 6 = 0 Resolvendo a equação, obtemos: y1 = 6 e
y2 =
Solução:
Fazendo 6 x = y ↔ 3 x = y 2 , temos: y2 − 5y
Portanto: x + 10 = 6 e x + 10 = −1 (não
+6=0
satisfaz)
Resolvendo a equação, obtemos: y1 = 2 e
( )
2
x + 10 = 62 ↔ x + 10 = 36 ↔ x = 26
y 2 = 3. Então: 6 x = 2 e 6 x = 3

Elevando os dois membros à sexta potência, 3. Determine a solução correta da seguinte


temos:
equação irracional: x 2 + 6x − 2x = x
( x) ( x)
6 6 6 6
6
= (2) e 6
= (3) → Solução:
x = 64 e x = 729
x 2 + 6x − 2 ⋅ x 2 + 6x ⋅ 2x + 2x = x 2
Vamos fazer a verificação:
8 x − 2 ⋅ 2 x 3 + 12 x 2 = 0
3
x − 5 6 x + 6 = 0 para x = 64 → 12 x 2
4 x = 2 x 3 + 12 x 2 → 16 x 2 = 2 x 3 +1
3 6
64 − 5 64 + 6 = 0 → 16 x 2 − 2 x 3 − 12 x 2 = 0 → 4 x 2 − 2 x 3 = 0
4 − 10 + 6 = 0 ( verdadeiro) 2 x 2 ⋅ (2 − x ) = 0
Logo, o conjunto solução é S = {64 ; 729} x = 0

Então : 

 x = 2
6
2. Resolva a equação: x + 10 − =5 4. (UTFPR) O conjunto solução S da equação
x + 10
Solução:
1 1 x + 3 = x − 3 é:
Fazendo x + 10 = y ↔ =
x + 10 y
a) S = {6} b) S = {1, 6} c) S = {3}
1 d) S = ∅ e) S = {4}
Temos: y − 6 ⋅ = 5 ↔ y2 −5 y −6 = 0
y

64 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas

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64

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Solução: 5. (UTFPR) A equação irracional 9 x − 14 = 2
2 2 resulta em x igual a:
x + 3 = ( x − 3) → x + 3 = x 2 − 6 x + 9
x 2 − 7x + 6 = 0 a) −2 b) −1 c) 0
d) 1 e) 2
Logo, x = 1 ou x = 6
Solução:
Verificação:
9 x − 14 = 2 → 9 x − 14 = 4 →
x = 1: 1+ 3 = −2 (não convém) 9 x = 18 → x = 2
x = 6 : 6 + 3 = 3 (convém) Verificação: 9 ⋅ 2 − 14 = 2 ( V ).

Logo, o conjunto solução da equação é S = {6}. Logo, x = 2 é a solução da equação.

6. Resolva as equações irracionais no conjunto dos reais.

a) 2x 2 − 2x + 5 = x + 1 b) x + 5 + 1= x

x2 +3 x
7. Todas as raízes reais da equação − 2 = 0 são:
x x +3
a) x1 = 3 e x2 = b) x1 = 3 e x2 = 3 c) x1 = −3 e x 2 = 3

d) A equação não tem raízes reais. e) x1 = 3 e x 2 = 3

8. Resolva as equações irracionais abaixo (nos reais).

a) 3 x + 1− x + 4 = 1 b) x − 3 = 2 x c) 2 x + 3 − x + 1 = 1

9. A respeito da equação x − 4 = 2 , podemos dizer:

a) Não possui raiz real. b) A única raiz é x = 20. c) A única raiz é x = 2 + 10.

d) Tem 2 raízes reais e 2 imaginárias. e) A única raiz é x = 1.

10. Resolva as equações irracionais redutíveis ao 2o grau no conjunto dos números reais.

3
a) 2+ x = 7 b) x 2 − 7x = 2

c) 7 + x +1 = 3 d) 4
x2 + x + 4 = 2

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas 65

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65

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CURIOSIDADE

O Alcorão prescreve uma lei para as


heranças, em que a sua divisão é feita de
acordo com o sexo e a idade dos herdei-
1. Resolva as equações irracionais a seguir. 8. Sabendo que U = R, resolva as equações
ros. Para efetuar tal divisão, é necessário irracionais.
saber calcular quantidades e proporções a) 7 + 4 x −1 = 2 2
que obrigam a resolução de equações a) 10 + 5 x + 6 = 4
4
do o grau. Esse fato teve grande impor- b) 2 − 3 2x −1 = 1 b) x + 2 = x 2 + 2 x + 1
tância no estudo das equações. 2. Determine o conjunto verdade das equações
9. Uma equação biquadrada que possui os
biquadradas, sendo U = R.
números 3 e 3 como duas de suas raízes é:
a) x4 + 10x2 + 9 = 0
a) x4 − 2x2 − 27 = 0
SUGESTÃO b) 9x4 + 5x2 − 4 = 0
b) x4 − 2x2 + 27 = 0
c) x4 − 16 = 0
c) x4 + 12x2 + 27 = 0
Realize desafios envolvendo equa- 3. Resolva as equações, sendo U = R.
d) x4 − 12x2 + 27 = 0
e) x4 + 2x2 + 27 = 0
ções irracionais.
a) ( x 2 + 5) ⋅ ( x 2 − 5) = 50
10. Sendo U = R e utilizando uma variável au-
b) x4 − 5ax2 + 4a2 = 0
xiliar, resolva as seguintes equações.

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO 4. Resolva a equação redutível ao 2o grau a a) x4 − 8a2x2 − 9a4 = 0


seguir, sendo U = R. b) x 5 − x 5 = 12
2 2
1 10 1 c) ( x 2 − 5) + ( x 2 − 1) = 40
+ =
A resolução de problemas com (1+ x ) ( x
2 2
2
+ 1) 5 d) x4 − 5x2 + 4 = 0

equações do o grau aparece na história


5. Resolva a equação, sendo U = R. 11. (Uece) Sejam x1 e x2 as raízes da equação
dos babilônios, dos egípcios e dos gregos.
1 10 x 2 2 x 2 − 6 x + P − 2 = 0. Se (x1 + x2)2 = x1 ⋅ x2, en-
Porém, o nome mais fortemente ligado + = tão P é igual a:
1+ x 2 x 2 + 1 10
à resolução de equações do o grau é o a) 1 b) 3 c) 5 d) 7
de Muhammad Ibn Musa Al- h arizmi, 6. Resolva as equações irracionais em R.
matemático que viveu no século I . 12. Resolva a equação, sendo U = R , .
a) x + 4 − x = −2
Trabalhou na biblioteca de Bagdá, 2
a +4 a 2
4
b) 5 + x = 1+ 8 + x − =
denominada de Casa da Sabedoria, e x 2 + 1 x 2 −1 x 4 −1
traduziu para o árabe obras matemáticas 7. Determine, em R, o conjunto verdade das
equações irracionais. 13. (PUC) A soma e o produto das raízes da
provenientes da Grécia e da ndia. m equação (x2 + 10) ⋅ (x2 ) + 19 = 0 são, res-
de seus feitos mais importantes foi a pectivamente:
a) 3
x 3 + x 2 − 1− x = 0
criação de uma obra sobre o sistema a) 9 e 0 b) +3 e −3
numérico hindu, a qual foi imprescindível b) x + 6 = x −6 c) 0 e −9 d) −1 e −9
para a divulgação e adoção do nosso
sistema numérico atual. Seu nome 66 Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas

é, provavelmente, a raiz das palavras


logaritmo, algoritmo e algarismo.
Até Al- h arizmi, a resolução de Matematica_2020_9A_03.indd 66 16/09/2019 20:58:43

equações do o grau era, quase exclusi-


ANOTAÇÕES
vamente, geométrica. Ele desenvolveu
formas algébricas de procura de solu-
ções de equações, sendo esses proce-
dimentos algébricos articulados com
representações geométricas que justifi-
cavam os raciocínios.

66

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14. Determine, em R, o valor de x na equação 19. Resolvendo a equação irracional:
irracional a seguir:
2

4−x 3
4
( x − 1) = 1− x , encontramos:
=
x − 8 x + 32 5
2
a) x1 = 0 e x2 = 1 b) x1 = 1 e x2 =
c) x1 = 1 e x2 = 0 d) x1 = x2 = 1
15. Numa equação cujas raízes são: e) x1 = 1 e x2 = 2
− 3 , + 3 , − 7 e + 7 é x 4 + a x 2 + b = 0, 20. Resolvendo a equação (x2 − 1) . (x2 − 12) + 24 = 0,
podemos afirmar que:
o valor de a + b é:
a) Não existe solução nos reais.
a) 10 b) 11 c) 21 b) x1 = 4 e x2 = 9.
d) 31 e) 41 c) O gráfico toca o eixo x em apenas um ponto.
d) x1 = ±3 e x2 = ±2.
16. Usando a técnica de resolução da fórmula e) É uma equação irracional.
de Newton e sendo x1 e x2 as raízes da equação
2x² − 5x − 1 = 0, calcule. 21. Calcule o número de raízes reais da equação
5x4 − 5x2 − 3 = 0.
a) x1 + x2 b) x1 ⋅ x2 c) x12 + x22
22. Forme a equação biquadrada que admite
2 e 3 como raízes.
17. Sejam a e b as raízes da equação x² − 6x +
p = 0, calcule p de modo que: 23. (UFRN) Uma das soluções da equação
x 4 − 8x 2 + 16 = 0 é:
a) a³ + b³ = 234 b) a² + b² = 50
a) − 1 b) − 2 c) − 3
d) − 4 e) − 5
18. Resolva as equações irracionais no conjunto
dos reais. 24. O retângulo ABCD tem área igual a 153 cm2.
Quanto mede o lado, em centímetros, do qua-
a) 2x 2 − 2x + 5 = x + 1
drado AB’C’D’?
3
A B' B
b) 2x 2 + 7 + x = 2
12 cm

c) x + 5 + 1= x D' C'
4 cm
d) 3
3x + 1 = 2 D C

8:43

Neste capítulo, aprendemos:

Como reconhecer uma equação redutível a uma equação do segundo grau.


A resolver equações biquadradas e irracionais.
Como construir equações do 4o grau a partir de suas raízes.
A resolver problemas envolvendo equações especiais.

Capítulo 3 — Equações polinomiais do 2o grau disfarçadas 67

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67

ME_Matemática_2020_9A_03.indd 67 20/09/2019 16:30:51


BNCC
Objetos de conhecimento
Funções: representações numérica, Produto
algébrica e gráfica.
Distância entre pontos no plano car-
CAPÍTULO 4 cartesiano,
tesiano. relação binária
Análise de probabilidade de eventos
aleatórios: eventos dependentes e in-
e função
dependentes.
Planejamento e execução de pesqui- Para começar
sa amostral e apresentação de relatório.
Os sistemas de coordenadas do dia a dia
Hoje você vai precisar ir à casa de seu colega para estudar com ele.
Habilidades trabalhadas no capítulo Como você ainda não foi à casa dele e, portanto, não sabe o endereço, ele
(EF09MA06) Compreender as funções lhe informa, por telefone, o nome e o número da rua: Rua Pirilampo, no 400.
Ele lhe explica que, para chegar a esse endereço, basta seguir a rua onde
como relações de dependência unívoca você mora no sentido da esquerda para a direita e, após três quarteirões,
entre duas variáveis e suas representa- virar à esquerda até chegar à casa de número 400.
Ao fazer isso, ele está lhe repassando as coordenadas que permitem
ções numérica, algébrica e gráfica e uti- localizar a casa dele.
lizar esse conceito para analisar situa- Assim, podemos perceber que nos utilizamos das características dos
sistemas de coordenadas quando nos deslocamos de um lugar a outro em
ções que envolvam relações funcionais nosso dia a dia.
entre duas variáveis. Um motorista que necessita de um mecânico para consertar seu au-
tomóvel em plena estrada, ao telefonar pedindo ajuda, deve fornecer a
(EF09MA16) Determinar o ponto mé- coordenada do ponto na estrada, ou seja, a marca quilométrica.
dio de um segmento de reta e a distân- Um ponto sobre a superfície terrestre é determinado por um par de
medidas em graus chamadas de latitude e longitude. A longitude de um
cia entre dois pontos quaisquer, dadas ponto P é a medida, em graus, do menor arco possível sobre um paralelo
as coordenadas desses pontos no pla- ligando um ponto P ao Meridiano de Greenwich. Por exemplo, se, através
do rádio, um navio, à deriva, fornece sua posição por 10º N, 130º O, isso
no cartesiano, sem o uso de fórmulas, e significa 10º de latitude norte e 130º de longitude oeste.
utilizar esse conhecimento para calcu-
lar, por exemplo, medidas de períme- Par ordenado
tros e áreas de figuras planas construí-
Dados dois elementos, x e y, formamos um novo elemento (x, y), denomi-
das no plano. nado par ordenado. No par ordenado, dizemos que:
(EF09MA20) Reconhecer, em experimen-
tos aleatórios, eventos independentes e  x é a primeira coordenada (abscissa, ou antecedente do par).
( x , y )
dependentes e calcular a probabilidade  y é a segunda coordenada (ordenada, ou consequente do par).
de sua ocorrência, nos dois casos.
Convém frisar que (a, b) ≠ (b, a).
(EF09MA23) Planejar e executar pes-
quisa amostral envolvendo tema da 
 A(1, 2)

realidade social e comunicar os resul- Veja:  → A ≠ B , pois representam pontos distintos.
 ( )

B 2 ,1

tados por meio de relatório conten-
do avaliação de medidas de tendência 68 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

central e da amplitude, tabelas e grá-


ficos adequados, construídos com o
apoio de planilhas eletrônicas. Matematica_2020_9A_04.indd 68 16/09/2019 21:00:52 Ma

Lei de formação de uma função.


CONTEÚDOS CONCEITUAIS Representação gráfica de uma função.
OBJETIVOS DIDÁTICOS Construção de gráficos de funções.
Produto cartesiano. Identificação de uma função por meio
Resolver a equação biquadrada, trans- Representação do produto cartesiano. de gráficos.
formando-a em uma equação do o grau, Diagrama das setas (ou flechas). Método prático para identificar o gráfi-
utilizando a fórmula de Bhaskara (daí o Plano cartesiano. co de uma função.
nome de redutível do 2o grau). Localização dos pontos cartesianos Raiz e valor numérico no gráfico de
Reconhecer, como equação irracional, nos eixos coordenados. uma função.
aquela que contém variável no radican- Relação binária. Domínio e imagem por meio de gráfico.
do e que só tem significado quando o ra- Função. Determinação de um domínio de uma
dicando é maior ou igual a zero e se o ra- Domínio, contradomínio e imagem de função.
dical tem índice par. uma função. Introdução.

68

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Estudos dos sinais de uma função poli-
nomial do o grau.
Produto cartesiano Translações de gráficos de uma função
polinomial do o grau.
Dados dois conjuntos A e B não vazios, chamamos produto cartesiano de A por B e repre-
sentamos por A × B (lê-se A cartesiano B) a relação binária formada pelo conjunto de todos os
pares ordenados (x, y) em que x ∈ A e y ∈ B.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Representação do produto cartesiano
A representação do produto cartesiano pode ser feita através do diagrama de setas ou do Estabelecer a noção de função por
plano cartesiano.
Sendo A = {1, 2} e B = {3, 4, 5}, temos: meio de exemplos práticos.
Conceituar domínio e imagem.
Exemplo:
Localizar um ponto no plano cartesia-
A × B = {(1, 3), (1, 4), (1, 5), (2, 3), (2, 4), (2, 5)}
no ao conhecer as suas coordenadas.
B × A = {(3, 1), (3, 2), (4, 1), (4, 2), (5, 1), (5, 2)}
Determinar o domínio e o conjunto
imagem de uma função.
iagrama de setas ou ec as
Reconhecer a fórmula que define uma
A B B A função.
Determinar gráficos que descrevem a
1 3 3 1
imagem de uma função.
4 4
Construir figuras geométricas quando
2 5 5 2
são dadas as coordenadas dos vértices
A×B B ×A dessas figuras.
Identificar uma função polinomial do
Plano cartesiano o
1 grau.
y
Reconhecer a raiz de uma função do
5 1ograu e associar geometricamente o re-
y
sultado.
4 2
Interpretar a fórmula y = ax + b e rela-
3 1 cionar o seu gráfico com o sinal do coe-
ficiente a ≠ .
x x Reconhecer uma função constante.
1 2 3 4 5
Figura da representação Figura da representação tilizar a função do o grau como ins-
A×B B×A trumento de análises de situações.
Observamos que o número de elementos A × B é igual a 2 × 3 = 6; n(A) = 2 e n(B) = 3.
Portanto, o número de elementos do produto cartesiano é:
ANOTAÇÕES
n(A × B) = n(A) . n(B)

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 69

0:52 Matematica_2020_9A_04.indd 69 16/09/2019 21:00:52

Definição.
Gráficos das funções polinomiais do o grau.
ero ou raiz da função polinomial.
Coeficiente linear.
Coeficiente angular.
Juros simples envolvendo a função afim.
Juros simples.
Fórmula de juros simples e montante.
Sequências envolvendo função polinomial do o grau.
Lei de formação das sequências numéricas por meio de função.
Função polinomial do o grau envolvendo Física.
Conceito de movimento uniforme.
Função horária dos espaços.

69

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 69 20/09/2019 16:30:28


CONTEÚDOS ATITUDINAIS

Propor trabalho com livros, jornais, re-


1) Dados dois números reais a e b, o par (a, b) é denominado par ordenado de primeiro ele-
vistas contendo gráficos ou tabelas para mento a e segundo elemento b.
que possa ser analisada cada situação. 2) Cada uma das quatro regiões em que os eixos coordenados dividem o plano é chamada de
quadrante.
Realizar atividades em que os alunos 3) Os quadrantes são ordenados no sentido anti-horário.
possam localizar um ponto qualquer no 4) O ponto 0 é chamado de origem do sistema de coordenadas.
Observações:
plano cartesiano. 1. (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b = d.
y (Eixo das ordenadas)
Levar os alunos a fazerem um estudo dos 2. Os pontos da forma A (a, 0) estão no eixo
dos x.
gráficos partindo de situações-problema. 3. Os pontos da forma B (0, b) estão no eixo
Trabalhar as informações com base 2o quadrante 1o quadrante dos y.
y
yP P (xP , yP) Dados dois conjuntos não vazios A e B, o pro-
em uma análise crítica da realidade.
duto cartesiano de A por B, denotado por A × B,
Estimular os alunos a pesquisarem o é o conjunto de todos os pares ordenados (x, y),
x com x pertencente ao conjunto A e y pertencente
uso da Matemática no dia a dia.
0 xP
(Eixo das abscissas) ao conjunto B. Isto é:
Respeitar as diferentes interpretações A × B = {(x, y) : x ∈ A e y ∈ B}
encontradas na resolução das situações-
Observações:
-problema. 3o quadrante 4o quadrante 1. A × B ≠ B × A
2. Se n(A) = n e n(B) = m, então n(A × B) =
n(A) . n(B) = n . m
3. O produto cartesiano de A por A é indicado
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS por A².

Trabalhe a resolução de problemas


do plano cartesiano deixando os alunos
interpretá-los e resolvê-los utilizando-se
de seus conhecimentos prévios, em uma
atividade investigativa. As atividades fa- y
1. Qual é a figura representada pelo produto
vorecem a criatividade, a percepção das cartesiano de A por B, sabendo que A = [1, 5]
e B = [3, 4]?
dificuldades ou do não entendimento
Solução: 4
das resoluções por parte dos alunos. Observamos que A = [1, 5] e B = [3, 4] são
intervalos fechados. Portanto, representa- 1 A×B
mos por retas.
Então: 3
A figura é um retângulo. 4
ANOTAÇÕES

x
1 5

70 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

70

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 70 20/09/2019 16:30:29


2. Calcule a área da região formada pelo pro- 3. Dados os intervalos fechados A = [3, p] e
duto cartesiano de B por A tal que: B = [5 − p, 2], se a área do produto carte-
B = {x ∈ R | 1 ≤ x ≤ 7} e A = {x ∈ R | 2 ≤ x ≤ 8}. siano A × B é igual a 16 ua, calcule o valor de
p, sendo (p > 0).
Solução: Solução:
Observemos que os conjuntos A e B são in- De acordo com o enunciado, temos:
tervalos fechados nos reais. Portanto, repre-
sentaremos por retas. y
Então:
Plano cartesiano

y 2
8 área do
p–3 quadrado
6 B×A
5–p
p–3
2

p x
x 3
1 7
6 Portanto:
2
( p − 3) = 16
Com isso, a área da região formada por A × B
p − 3 = ±4
é 62 = 36 ua.
p − 3 = 4 ou p − 3 = −4
ua = unidade de área. p = 7 ou p = −1 (este não satisfaz)

Denominamos intervalo qualquer subconjunto dos números reais.

Fechado Fechado à esquerda


[a, b] = {x ∈ R | a ≤ x ≤ b} [a, b[ = {x ∈ R | a ≤ x < b} = [a, b)

a b a b
Aberto Fechado à direita
]a, b[ = {x ∈ R | a < x < b} = (a, b) ]a, b] = {x ∈ R | a < x b} = (a, b]

a b a b

O sistema cartesiano ortogonal de coordenadas consiste, portanto, basicamente, de


dois eixos perpendiculares entre si que se cruzam num ponto denominado origem das coor-
denadas, ou, simplesmente, origem.
Os dois eixos determinam um plano, denominado plano cartesiano. Eles dividem o plano
em quatro quadrantes numerados no sentido anti-horário, conforme a figura a seguir:

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 71

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71

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
y (Eixo das ordenadas)

Faça uma pesquisa em livros, jornais, 2 quadrante


o
1o quadrante

revistas contendo gráficos ou tabelas pa- origem x


ra que possa ser analisada cada situação. 0 (Eixo das abscissas)

Realize atividades em que os alunos


3o quadrante 4o quadrante
possam localizar um ponto qualquer no
plano cartesiano.
Leve os alunos a fazerem um estudo
dos gráficos partindo de situações pre- Localização dos pontos cartesianos nos eixos
sentes no cotidiano. coordenados
Trabalhe as informações com base em
Vamos fazer as localizações dos pontos cartesianos, ou pares ordenados, com relação ao
uma análise crítica da realidade. eixo das abscissas (x) e ao eixo das ordenadas (y). Os pontos no sistema cartesiano a seguir têm
suas coordenadas escritas ao lado da figura.

SUGESTÃO DE ATIVIDADE G(–3, 2) D(0, 2) A(3, 2)


2

a) (3, 2) d) (0, 2) g) (−3, 2)


Realize atividades em que os alunos 1
possam traçar a bissetriz nos quadrantes. B(–3, 0) I(0, 0) F(3, 0)
b) (−3, 0) e) (−3, −2) h) (0, −2)
–3 –2 –1 1 2 3
–1 c) (3, −2) f) (3, 0) i) (0, 0)

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO –2


E(–3, –2) H(0, –2) C(3, –2)

O grande matemático e filósofo fran-


cês René Descartes ( 96– 6 ) foi
Bissetriz dos quadrantes
quem formulou o conceito de plano car-
tesiano no século VII, estabelecendo um Todo ponto p(a, b) da bissetriz dos qua- Todo ponto p(a, b) da bissetriz dos qua-
drantes ímpares tem abscissa e ordenada iguais drantes pares tem abscissa e ordenada opostas
sistema de referência para localizar pon- (a = b). (a = −b).
tos no plano e também para represen- y
y
tar equações e inequações nele. O nome bissetriz
2 2
cartesiano nasceu da adaptação do seu
1 1
nome ao latim: Cartesius. –2 –1 1 2
Plano cartesiano significa o cruza- 1 2 x –2 –1 x
–1 –1
mento de duas linhas de um mesmo
–2 –2
plano, obtendo um ponto. O plano car- bissetriz

tesiano é dividido em quatro regiões de-


nominadas quadrantes, ilustrados na fi- 72 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

gura a seguir, sendo representado pelo


par ordenado, que é indicado na forma
geral P = (x, y), em que x será a abscissa Matematica_2020_9A_04.indd 72 16/09/2019 21:00:54

do ponto P e y, a ordenada do ponto P.


ANOTAÇÕES

2º quadrante 1º quadrante

3º quadrante 4º quadrante

72

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A

Bissetriz de um ângulo é a semirreta α 


O C  .
OC é a bissetriz de AOB
AO
interna ao ângulo que o divide em dois α
ângulos congruentes (iguais).
B

Distância entre dois pontos


Um barco parte de um ponto A em direção ao leste, atingindo o ponto B. Em seguida, muda
sua rota, navegando em direção ao norte, chegando à sua posição final C C, de acordo com o
sistema de coordenadas ortogonais. (Veja a figura abaixo.)

y
Qual é a distância que separa os pontos A e C?
Para responder a essa pergunta, antes vamos
y2 C calcular algumas distâncias:

Distância entre os pontos A e B: ∆x = x² − x¹


x
Distância entre os pontos B e C: ∆y
∆ = y² − y¹
y
y1
A B

x1 x2 x
Com isso, para calcular a distância entre os pontos A e C
C, vamos utilizar o famoso Teorema
de Pitágoras no triângulo retângulo ABC. (Vide a figura abaixo.)
C

Temos: d2 = (∆x)
x 2 + (∆y
x) ∆ )2
∆y
d ∆
∆y Então:
2 2 2 2
d= (∆x ) + (∆y ) ou d = ( x 2 − x 1) + ( y 2 − y1 )
A B
∆x

0:54

1. (UFRN) O jogo da velha tradicional consiste em um tabuleiro quadrado dividido em 9 partes,


no qual dois jogadores, alternadamente, vão colocando peças (uma a cada jogada). Ganha
o jogo aquele que alinhar, na horizontal, na vertical ou na diagonal, três de suas peças. Uma
versão chamada jogo da el a de escartes, em homenagem ao criador da geometria analí-

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 73

73

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 73 20/09/2019 16:30:31


SUGESTÃO DE ATIVIDADE
tica, René Descartes, consiste na construção De acordo com a sequência de jogadas apre-
de um subconjunto do plano cartesiano, no sentada, podemos concluir que o jogador
Professor, crie situações-problema nas qual cada jogador, alternadamente, anota as que ganhou a partida foi o que anotava sua
coordenadas de um ponto do plano. Ganha o jogada com a cor cinza, em sua terceira jo-
quais os alunos possam se localizar e que jogo aquele que primeiro alinhar três de seus gada, ou seja, na jogada (1, 3).
envolvam um sistema de coordenadas car- pontos. A sequência abaixo é o registro da
sequência das jogadas de uma partida entre 2. (UEPB) Os conjuntos A e B têm, respecti-
tesianas em que ambos os eixos devem ser dois jogadores iniciantes, em que um anotava vamente, x e 3x elementos e A×B tem
numerados. Problematize algumas situa- suas jogadas com a cor preta e o outro com 8x + 2 elementos. Então, pode-se admitir
a cor cinza. Eles desistiram da partida sem como verdadeiro que:
ções, por exemplo, sobre em quais coorde-
perceber que um deles havia ganhado. a) A tem cinco elementos.
nadas encontram-se o mercado mais pró-
b) B tem quatro elementos.
ximo, a sua escola e a sua casa. Peça para ((1, 1), (2, 3), (2, 2), (3, 3), (4, 3), (1, 3), (2, 1), (3, 1), c) B tem seis elementos.
(3, 2), (4, 2)).
que escrevam o caminho que eles percor- d) A tem mais de seis elementos.
rem para ir de um local a outro e para que Com base nessas informações, é correto e) B tem menos de três elementos.
verifiquem, usando o mapa da cidade, se o afirmar que o jogador que ganhou a partida
foi o que anotava sua jogada com a cor: Solução:
trajeto realizado é o mais curto ou não. Es- Sendo x ∈ N, e n(A×B) = n(A) ⋅ n(B):
sas atividades abordam situações do coti- a) cinza, em sua terceira jogada. 8x + 2 = ( x) ⋅ 3x ⇔ 3x2 − 7x + 2 = 0 → x = 2.
Portanto, segue que n(B) = 3 ⋅ 2 = 6
b) preta, em sua terceira jogada.
diano dos alunos, deixando-os mais con-
c) cinza, em sua quarta jogada.
fiantes e com a certeza de que estudar
d) preta, em sua quarta jogada. O sistema cartesiano ortogonal de coorde-
Matemática é importante e que ela está nadas possui sua aplicação também na vida
presente em todo lugar. Solução: cotidiana com os guardas florestais, nos traba-
Considere a figura. lhos de prospecção e exploração de recursos
naturais, com os geólogos, arqueólogos, nos
y salvamentos do corpo de bombeiros, entre
outras situações diárias. O GPS tem-se tornado
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO cada vez mais popular entre ciclistas, técnicos
3 do IBGE, pescadores, turistas, etc.

Pincasso/Shutterstock.com
Eixos cartesianos são duas retas
2
perpendiculares. O ponto em que se cor-
tam ( , ) recebe o nome de origem das
1
coordenadas.
Veja na Figura :
1 2 3 4 x
– O eixo horizontal é positivo à direi-
ta da origem das coordenadas e negati-
vo à sua esquerda. Seu nome é eixo das
abscissas, do latim abscindere, que signi-
fica cortar. 1. Considere os pontos do plano (0, 0), (0, 1), (2, 1), (2, 3), (5, 3) e (7, 0). Representando geometrica-
mente esses pontos no plano cartesiano e ligando-os por meio de segmentos de reta, obedecendo
– O eixo vertical é positivo acima da à sequência dada, após ligar o último ponto ao primeiro, obtém-se uma região limitada do plano.
origem das coordenadas e negativo abai- Se a unidade de medida é dada em centímetros, a área dessa região, em centímetros quadrados, é:
xo dela. Seu nome é eixo das ordenadas.
74 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

Fig. 1
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Fig. 2 Dado o ponto P de coordenadas (a, b), dizemos que:

– P é do primeiro quadrante se, e somente se, a > e b > .


2º quadrante 1º quadrante
– P é do segundo quadrante se, e somente se, a < e b > .
– P é do terceiro quadrante se, e somente se, a < e b < .
– P é do quarto quadrante se, e somente se, a > e b < .
3º quadrante 4º quadrante

Observe que os pontos dos eixos, ou aqueles que possuem


uma das coordenadas zero, não pertencem a nenhum quadrante.
M

74

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2. (UFRN) Considerando K = , , , , marque a opção cuja figura representa o produto car-
tesiano K × K.
a) y b) y c) y d) y
4 4 4 4
3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
1 2 3 4 x 1 2 3 4 x 1 2 3 4 x 1 2 3 4 x

3. Sendo A = {1, 2, 3} e B = {4, 5}, determine os produtos cartesianos.

a) A × B b) B × A c) A² d) B²

4. Represente.
a) Faça um diagrama de flechas que represente o produto cartesiano A × B, em que A = {0, 1 − 2}
e B = {0, 2, 4, 5}.
b) Represente, num plano cartesiano, o produto A × B.

5. João Victor tem 2 bermudas e 3 camisetas de times de futebol. Quais são as possíveis com-
binações de bermuda e camiseta que João Victor pode fazer?

6. Resolva.
ma linha ferroviária liga as cidades turísticas indicadas por letras na figura abaixo.
As passagens apresentam as cidades de origem
e destino escritas na forma de par ordenado. Por
B F G H exemplo, numa passagem da cidade A para a cidade
A C E
D B, o par ordenado escrito é (A, B). Sabendo que um
turista da cidade D acaba de comprar uma passagem
qualquer, responda:
a) Quais são os possíveis pares ordenados escritos
nessa passagem?
b) Escreva todos os pares ordenados diferentes
que podem ser impressos nas passagens vendidas
nessa linha ferroviária.

7. Dados os conjuntos A = {0, 1}, B = {−1, 0, 1} e C = {1, 3, 4}, calcule.

a) B − A b) C − B c) (B − A) × (C − B)
d) (C − A) × B e) C × C = C²
0:55

8. Considere o Trópico de Capricórnio como o eixo das abscissas e o meridiano de 45º como
eixo das ordenadas. Nesse sistema cartesiano, as coordenadas das cidades de São Paulo, do

 3   1  3   7 
Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e de Vitória são, respectivamente: − , 0 ,2,  , , 4 e 5,  ,
 2   2   2   2 
todas medidas em centímetros.

Determine as coordenadas de uma cidade que fique equidistante das cidades de São Paulo, do
Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 75

Matematica_2020_9A_04.indd 75 16/09/2019 21:00:55

75

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 75 20/09/2019 16:30:32


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
9. Dados os intervalos A = [3, 8] e B = , , a figura geométrica obtida através de A × B possui área:
Aplicações das relações e a) 9 b) 25 c) 64 d) 100
funções no cotidiano
10. (UFV) Os pares ordenados (1, 2), (2, 6), (3, 7), (4, 8) e (1, 9) pertencem ao grupo cartesiano A × B.
Sabendo-se que A × B tem 20 elementos, é correto afirmar que a soma dos elementos de A é:
Ao lermos um jornal ou uma revis-
a) 9 b) 11 c) 10 d) 12 e) 15
ta, é comum nos depararmos com gráfi-
11. Sabendo que os conjuntos A, B e C têm 2 n, 3 e 4 elementos respectivamente, calcule n para
cos, tabelas e ilustrações. Estes são ins-
que o produto cartesiano de A × B × C tenha 48 elementos.
trumentos muito utilizados nos meios de
comunicação. m texto com ilustrações 12. Em relação a um sistema cartesiano ortogonal, com os eixos graduados em quilômetros,
uma lancha sai do ponto (−6, −4), navega 7 km para o leste, 6 km para o norte e 3 km para o
é muito mais interessante, chamativo, oeste, encontrando um porto. Depois, continua a navegação indo 3 km para o norte e 4 km para
agradável e de fácil compreensão. Não é o leste, encontrando um outro porto. A distância, em quilômetros, entre os portos é:

só nos jornais ou nas revistas que encon- 13. Um homem vai a um restaurante disposto a comer um só prato de carne e uma só sobre-
tramos gráficos. Eles estão presentes nos mesa. O cardápio oferece oito pratos distintos de carne e cinco pratos distintos de sobremesa.
De quantas formas o homem pode fazer sua refeição?
exames laboratoriais, nos rótulos de pro-
dutos alimentícios, nas informações de 14. Sejam (2m + n, m − 4) e (m + 1, 2n) dois pares ordenados iguais, calcule mn.

composição química de cosméticos, nas 15. Calcule a distância entre os dois pontos M = (4, −5) e N = (−1, 7) no plano cartesiano x × y.
bulas de remédios, enfim, em todos os lu-
gares. Ao interpretarmos os gráficos, ve-
Relação binária
rificamos a necessidade dos conceitos de
plano cartesiano. Considere as seguintes sentenças:

O Sistema ABO dos grupos sanguí- João Gabriel é amigo de João Victor.
neos é explicado pela recombinação ge- Neymar é membro da Seleção Brasileira de Futebol.
nética dos alelos (a, b, o) e esse é um bom Rafael é primo de José Luan.
exemplo de uma aplicação do conceito de
Cada uma das frases acima é comum nas nossas conversas do dia a dia e envolve uma
produto cartesiano. ma aplicação práti- situação intuitiva denominada relação binária.
ca do conceito de relação é a discussão Isto é: João Gabriel e João Victor relacionam-se? São amigos.
Então, observamos que a expressão relação binária envolve uma correspondência ou uma
sobre a interação dos neurônios. associação entre dois objetos (pessoas, números, ideias, etc.). Essa associação se faz a partir de
Ao relacionarmos espaço em função certa propriedade possuída pelos objetos relacionados.
do tempo, número do sapato em função Consideremos, agora, a sentença aberta: x é primo de y.
do tamanho dos pés, intensidade da fo- O par ordenado (Rafael, José Luan) satisfaz a sentença aberta, isto é, faz com que ela seja
verdadeira quando x é substituído por Rafael e y por José Luan. Entretanto, o par ordenado
tossíntese realizada por uma planta em (João Gabriel, João Victor) não satisfaz a sentença aberta, pois eles são amigos, e não primos.
função da intensidade de luz a que ela é Analogamente, se temos a sentença aberta x é igual a y, temos, então, os pares ordenados
(1, 1), (2, 2), (−3, −3) que satisfazem a sentença. Mas (1, −2), (−3, 2), (0, 4) não satisfazem. Por-
exposta ou pessoa em função da impres- tanto, uma relação binária é uma expressão conectiva ou um conjunto de pares ordenados que
são digital, percebemos quão importante satisfazem a sentença originada por essa expressão.
é o conceito de funções para compreen-
dermos as relações entre os fenômenos 76 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

físicos, biológicos, sociais, etc.


Observamos, então, que as aplica-
ções de plano cartesiano, produto carte- Matematica_2020_9A_04.indd 76 16/09/2019 21:00:55

siano, relações e funções estão presen- As relações binárias são comuns em mui- tesiano, ou gráfico cartesiano, por re-
tes no nosso cotidiano. tas áreas da Matemática, servindo para de- presentar um produto cartesiano.
finir conceitos como é múltiplo e maior que
Disponível em: http://pessoal.sercomtel.com.br/mate- na Aritmética e é congruente na Geometria.
matica/medio/funcoes/funcoes.htm. Acesso em: / / . As relações binárias são constituídas ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Adaptado. de pares ordenados, podendo ser repre-
sentadas em gráficos, sendo o gráfico Chame a atenção dos alunos para a
nada mais do que uma curva (o nome se correspondência nos conjuntos.
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO aplica mesmo a gráficos com apenas re- Trabalhe as informações com base em
tas) que representa visualmente a rela- uma análise crítica da realidade, observan-
Na Matemática e na Lógica, uma relação ção binária para cada par ordenado em do que todas as aplicações de plano carte-
binária é uma relação entre dois elementos, que ela se defina. O gráfico formado as- siano, produto cartesiano, relações e fun-
sendo um conjunto de pares ordenados. sim é também chamado de sistema car- ções estão presentes no nosso cotidiano.
M

76

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 76 20/09/2019 16:30:32


Agora, vamos definir matematicamente uma relação binária através de conjuntos.
Relação de um conjunto A em B é qualquer subconjunto do produto cartesiano A × B.
Se R é uma relação de A em B, então R ⊂ A × B.

Observação:
Numa relação, pode ocorrer de:
Várias setas partirem de um ponto de domínio.
Sobrarem elementos do domínio.
A B A B

1) Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma relação R de A em B é qualquer subconjunto


do produto cartesiano A x B.
2) O domínio de uma relação R de A em B, denotado por D(R), é o conjunto formado por
todos os primeiros elementos dos pares ordenados (x, y) pertencentes à relação. Isto é:
D(R) = {x ∈ A : existe y ∈ B e (x, y) ∈ R}.
3) A imagem de uma relação R de A em B, denotada por Im(R), é o conjunto formado por
todos os segundos elementos dos pares ordenados (x, y) pertencentes à relação. Isto é:
Im(R) = { y ∈ B : existe x ∈ A e (x, y) ∈ R}.
4) A relação inversa de uma relação R de A em B, denotada por R , é obtida permutando
os elementos de cada par (x, y) pertencente à relação R. Assim, D(R ) = Im(R) e Im(R ) = D(R).

Número de relações de A em B
O número de relações de A em B é o cálculo de subconjunto do produto cartesiano de A × B,
pois uma relação binária está contida (subconjunto) no produto cartesiano A × B.
Com isso:

n(R AB) = 2n(A) ⋅ n(B)


Exemplos:
a) Determine o número de relações binárias de A em B, em que A = {a, b, c} e B = {d, e}.
Solução: n(R AB) = 2n(A) ⋅ n(B) = 23 ⋅ 2 = 26 = 64
0:55

b) Determine o número de elementos do conjunto A sabendo que o número de relações


binárias de A em B é 16 e o número de elementos do conjunto B é 2.

Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
n(A) = ?
n(B) = 2 elementos
n(R AB) = 16 elementos

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 77

Matematica_2020_9A_04.indd 77 16/09/2019 21:00:56

77

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Com isso: 16 = 2n(A) ⋅ 2
24 = 22 ⋅ n(A)
Faça uma revisão do conteúdo já estu-
Como as bases são iguais, temos:
dado, para que fique bem esclarecido o 2n(A) = 4 → n(A) = 2 elementos
assunto.
Incentive os alunos a observarem a re-
solução dos problemas na seção Passo a
Passo, avaliando se eles conseguiram as- Dizemos que R é reflexiva se, e somente se, todo elemento x de A estiver na relação R consigo
similar o conteúdo. preciso motivá-los mesmo.
Dizemos que R é simétrica se, e somente se, (x, y) ∈ R ⇒ (y,y x) ∈ R.
y,
a enfrentarem possíveis dificuldades na Dizemos que R é assimétrica se, e somente se, (x, y) ∈ R ⇒ (y, y x) ∉ R.
y,
resolução. Dizemos que R é antissimétrica se, e somente se, (x, y) ∈ R e (y, y x) ∈ R.
y,
Dizemos que R é transitiva se, e somente se, (x, y) ∈ R e (y,
y z) ∈ R ⇒ (x, z) ∈ R.
y,
Reforce os exercícios resolvidos no li- Dizemos que R é intransitiva se, e somente se, (x, y) ∈ R e (y,
y z) ∈ R ⇒ (x, z) ∉ R.
y,
vro esclarecendo as dúvidas, se possível,
explicando a resolução passo a passo.

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Podemos dizer que, em Matemática, 1. Considere os conjuntos A = {2, 3, 4, 5} e 2. Sejam A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 5, 7, 8} e a relação
B = {2, 4, 6, 7}. Vamos listar os elementos R1 = {(x, y)
y ∈ A × B | y = 2x + 1}. Então, temos:
uma relação binária é uma correspon- do conjunto dado por R = {(x, y) ∈ A × B | Solução:
dência entre dois conjuntos não vazios X x divide y} e conferir as características da a) Representação na forma de conjunto:
relação de A em B.
e Y. O conjunto X é chamado de conjun- R1 = {(1, 3), (2, 5), (3, 7)}
Solução: b) Representação por flechas:
to de partida e o conjunto Y, conjunto Temos, portanto, a relação binária.
de chegada. a) R = {(2, 2), (2, 4), (2, 6), (3, 6), (4, 4)} A B
b)
X Y A B 1 3
2 5
a 1 2 2
3 7
b 3 4
4 8
2 4 6
c
5 7
d 3
Observações: Observações:
Conjunto de partida: A = {2, 3, 4, 5} Conjunto de partida: A = {1, 2, 3, 4}
A correspondência entre os dois con- Conjunto de chegada: B = {2, 4, 6, 7} Conjunto de chegada: B = {3, 5, 7, 8}
Domínio da relação: D(R) = {2, 3, 4} Domínio da relação: D(R) = {1, 2, 3}
juntos é dada por pares ordenados. O pri- Imagem da relação: Im(R) = {2, 4, 6} Imagem da relação: Im(R) = {3, 5, 7}
meiro elemento pertence ao conjunto X, Contradomínio da relação: CD(R) = {2, 4, 6, 7} Contradomínio da relação: CD(R) = {3, 5, 7, 8}
e o segundo, ao conjunto Y. Dependendo
do tipo de estrutura e do tipo de restrição 78 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

que é imposta a esses conjuntos e à pró-


pria relação, temos tipos especiais de re-
lação binária, cada um com um nome es-
pecífico.
ANOTAÇÕES
ma classe de relações especialmen-
te importante é a classe das funções.
Em Matemática, uma relação é qualquer
subconjunto de um produto cartesiano.
Definimos uma relação R como sendo
um conjunto de pares ordenados (x, y)
em que x pertence ao conjunto X e y per-
tence ao conjunto Y.
R = {( x , y ) x ∈ X e y ∈ Y }
Perceba que o próprio conjunto car-
tesiano é uma relação, visto que todo
conjunto é subconjunto de si mesmo.

78

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 78 20/09/2019 16:30:34


3. Dados os conjuntos M = {x | x é o nome de M N
uma face de uma moeda} e N = {y | y é um
número primo representado em uma face 2
de um dado}, calcule: cara
3
a) O diagrama das flechas de M × N. coroa
b) O número de elementos de M × N. 5

Solução:
a) M = {cara, coroa} e N = {2, 3, 5} b)
2 2
Cara 3 Coroa 3
5 5

Ramon Lapenta/Shutterstock.com
Reprodução

Podemos obter, então, o conjunto:

{(cara, 2), (cara, 3), (cara, 5), (coroa, 2), (coroa, 3),
(coroa, 5)}

Portanto, o número de elementos (M × N) é:


Vamos obter, agora, todos os pares ordena- n(M . N) = n(M) . n(N)
dos (x, y) tais que x ∈ M e y ∈ N. n(M . N) = 2 . 3 → n(M . N) = 6

Observe, nos exercícios acima, que o domínio e a imagem da relação são subconjuntos
do conjunto de partida e do de chegada respectivamente. E o contradomínio é o mesmo do
conjunto de chegada.
Agora, vamos mostrar, por meio de exemplos, algumas relações binárias através de um
raciocínio lógico estruturado e uma certa dose de criatividade utilizando processos de contagem
de maneira interessante.

Exemplos:
a) Imagine uma sala com 21 pessoas (P1, P2, P3, ..., P21) e que cada uma dessas pessoas cum-
primentou todas as outras uma única vez com um aperto de mão.
Calcule o número total de cumprimentos (apertos de mão).

Solução:
Passamos à seguinte árvore de possibilidades.



P1  
P1  
 P
 P PPP 
 PP 
1 3 11 3  3 4  
 P 3PP34  
P4  
 P

 P
4 4

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 P  P
P3 P3 P3 P4P3P 3P4  P4P5 P4PP45 P5 PP20  5P5  P  P
  20  20  2020

 
                     
P1 P4 P1 P4P1P2P4PP15PP 4P5P2P3P5PP26PP
P4P
12 23P5PP56P...
3  19

P
P6P3...
3 PP619 
P6... 
 P19......
PP20P{P

1919
P20 {PP2120 {PP2120
21 P20{P{21
P21

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


       

   
     
     P21

 
 P21 
  P21  P P21
21

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

P21 

 P21 
 P
 21P21
 P
  P

 P21 
21
21 P
 21P21
 P
 
  PP2121 
21 P21 
 P
 
21P21

20 apertos 19 apertos 18 apertos 2 apertos 1 aperto


de mão de mão de mão de mão de mão

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 79

79

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 79 20/09/2019 16:30:36


ANOTAÇÕES
Observamos que cada uma das 21 pessoas deu 20 apertos de mão (cada pessoa só não
aperta a mão dela mesma). Assim, teríamos: 21 × 20 apertos de mão. Mas, desse modo, cada
aperto de mão foi contado duas vezes. Por exemplo, o aperto de mão da pessoa 10 com a pessoa
é o mesmo aperto de mão da pessoa com a pessoa . Com isso, ficou contado duas vezes.

21⋅ 20
Portanto, o total correto de apertos de mão dados é: .
2
21⋅ 20
Logo, o número de apertos de mão = = 210.
2
Outra solução:
Para calcular o número total de apertos de mão, basta utilizar uma soma telescópica.
Isto é:
Número de apertos de mão

1 + 2 + 3 + .................... + 18 + 19 + 20

Somando os números dos extremos, temos:

1 + 20 = 2 + 19 = 3 + 18 = .................. 10 + 11 =
21 21 21 21

Então: o número total = 21 + 21 + 21 + ... + 21 + 21 + 21 = 10 ⋅ 21 = 210


10 vezes

b) Seja o conjunto A = {1, 2, 3, 5, 7}, quantos produtos de 2 fatores distintos escolhidos entre
os elementos de A podemos formar?

Solução:
Para calcular o número de produtos de 2 fatores distintos, basta desenhar a árvore de
possibilidades.
2


 
3
  5
3 4 produtos  3 produtos  2 produtos 1 produto
1 distintos
2
5 distintos 3
 distintos 5 {7 distinto
5  
  7

SUGESTÃO DE ATIVIDADE 
 7


7


Observamos que os produtos do número 3 com o número 5 são os mesmos produtos do
1. Construa a árvore das possibilidades número 5 com o número 3.
Então:
para resolver a seguinte situação: O número total de produtos de 2 fatores distintos = 1 + 2 + 3 + 4 = 5 + 5
2 vezes
m trem de passageiros é formado por O número total de produtos de 2 fatores distintos = 10
uma locomotiva e três vagões distintos,
c) Oito clubes de futebol disputam um campeonato de uma única fase (turno único).
sendo que um deles é um vagão-restau- Cada time joga uma única vez contra todos os demais. Calcule o número total de jogos
rante. Sabendo-se que a locomotiva deve desse campeonato.
ir à frente e que o vagão-restaurante não
pode ser colocado imediatamente após a 80 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

locomotiva, de quantos modos diferentes é


possível formar essa composição
Solução: Matematica_2020_9A_04.indd 80 16/09/2019 21:00:57

vagão 2 vagão-restaurante
vagão 1 SUGESTÃO
vagão-restaurante vagão 2
Locomotiva
Oriente os alunos a realizarem uma
vagão 1 vagão-restaurante pesquisa extraclasse sobre relações bi-
vagão 2
vagão-restaurante vagão 1 nárias e algoritmos matemáticos.
Construa com os alunos soluções e
Resposta: teremos possibilidades diferentes. aplicações práticas do assunto.

80

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 80 20/09/2019 16:30:38


Solução:
Para calcular o número total de jogos, basta desenhar a árvore de possibilidades.

T2 
 T 2T2T2 T2

 
 
 
 
T3  TTT  T
T3 T3T3T3
    T3  

3 
3 3
 T3 
T 4T T T

    
     4  4 4 4
    T  T TT  T
4 4 4    
  

T4  T T4T4
4 
 T4   T5 T5T5T5
4  4 
T5    

 
 
 
 

T T5T
5 
T T     
5 5 5      7  
 T T7T T T7
T1 T51T1TT51T5TT215TT25T2T2 T23 T36T3TT...
T6TT...
63 
T6...
T...
36
6
T 7T67{
T6T...
6 6  7 T78T{7TT{87T{8TT78{T8
                 T8

T 
 T 
 T
 T 


T6 T6T6T6T6     
T     T  T  T  T TT8 T8T
8T8
 6  6  6 6  6    7   7  7 7 7
    T  T TT  T    
T7  T T7T7  T     T8 
T 8T8T8T8
7 7 7 7 7
  7    

 
 
 
 



T87 
 T

 T
8 
T 
8 8
 T8 
 
  
 T 8T8
T8 
  8T  T8
7 jogos 6 jogos 5 jogos 2 jogos 1 jogo

Portanto:
Total de jogos = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7

Total de jogos = 8 + 8 + 8 + 4 Total de jogos = 3 ⋅ 8 + 4 = 28

d) Uma lanchonete faz vitaminas só com duas frutas distintas.


Quantas vitaminas podem ser feitas com as seguintes frutas: mamão, laranja, banana,
melão, manga, goiaba, maçã, morango, pera e melancia?

Solução:
Considere as vitaminas com os sabores:
V1 = mamão V6 = goiaba
V2 = laranja V7 = maçã
V3 = banana V8 = morango
V4 = melão V9 = pera
V5 = manga V10 = melancia

Combinamos os sabores dois a dois para calcular o número total de vitaminas. Para isso,
basta desenhar a árvore de possibilidades.

V
  V
VV V
 3
VV
3V

 

2
 
22 2 
 
 
 

33 
 V 
VV
4V
 V3VV
  V  V4VV
  V 
 

4
 
44
      
   33 3 
 
 44 4  V5VV V5

   
V4VV4V
    V VV
55V5 
 
 55
 44 
 
5
  V VV
66V6

 V

 
V


V V 
V  VV

66V6

 
6
  V
 VV
V
 5 6
0:57

V2V    9

V11V
V1V 1  222
V V   V3VV3.V ..
. ...... V8V
...... V8V V9V{V9VV
9{{VV{1010V10
55 5 99 9
  33 88 
 .  . 
. .  . .. .      V VV V10 10
9

 
 
 
 
 
 
 
 
 . 
..
 . 
 10
 1010

 .  
 
.. . 
 . 
 
.. . 
 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 . 
..
 .

  
. ... 
   
. ... 
 
 
 

V VV V10
        
   

 V  
V V
V 
 V 
 
VVV 10 1010

 

10 
101010 
 
10 
101010
9 8 7 2 1
vitaminas vitaminas vitaminas vitaminas vitamina

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 81

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81

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Portanto, o número total de vitaminas = VT.
Temos que:
Trabalhe as informações com base em
VT = 1 + 2 + 3 + .... + 8 + 9
uma análise crítica da realidade, observan-
VT = 9 + 8 + 7 + .... + 2 + 1
do que todas as aplicações de plano carte-
2VT = 10 + 10 + 10 .... + 10 + 10
siano, produto cartesiano, relações e fun-
9 vezes
ções estão presentes no nosso cotidiano.
Então:
Crie novas funções a partir de outras, 2VT = 10 ⋅ 9 = 90
em que a relação inversa R− é qual-
Mas a ordem de colocação das frutas não importa. Por exemplo, o par (V1, V2) e (V2, V1) re-
quer subconjunto de um produto carte- presentam o mesmo sabor → vitamina de mamão com laranja. Assim, o total de combinações
siano que tem um conjunto de pares or- válido é: VT = 45
Essa quantidade representa as possibilidades de fazer vitaminas com 2 sabores.
denados (x, y).
Relação inversa (R 1

SUGESTÃO DE ATIVIDADE Encontramos R−1 (inversa de R) permutando os elementos de cada par (x, y) pertencente à
relação R. Isto é, o par ordenado (x, y) pertencente à relação binária (R). Com isso, (y, x) é o par
ordenado que pertencerá à relação inversa (R−1).
Na seção Passo a Passo, peça aos alu-
Exemplos:
nos que se organizem em grupos. Exerci- a) Dada a relação binária R = {(1, 2), (3, 4), (5, 6)}, calcule a relação inversa de R.
te o hábito da leitura fazendo um estudo
Solução:
sobre o processo de resolução e o por- Para obter a relação R−1, é só inverter os pares ordenados (x, y). R−1 = {(2, 1),(4, 3),(6, 5)}
quê do resultado obtido nas questões e,
b) Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {4, 5}, calcule:
após o estudo, esclareça dúvidas e possí-
A relação binária R = {(x, y) ∈ A × B | y = x + 2}.
veis questionamentos dos alunos.
O domínio da relação R.
A imagem da relação R.
O contradomínio da relação R.
A relação inversa de R.
ANOTAÇÕES O domínio da relação R−1.
A imagem da relação R−1.
O contradomínio da relação R−1.

Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
A B A B
1 R 1 R–1 R = {(2, 4),(3, 5)} R−1 = {(4, 2),(5, 3)}
4 4
D(R) = {2, 3} D(R−1) = {4, 5}
2 2
5 5 Im(R) = {4, 5} Im(R−1) = {2, 3}
3 3
CD(R) = {4, 5} CD(R−1) = {1, 2, 3}

82 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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82

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1. (Uece) Dados os conjuntos A = {−3, −1, 0, 2} x 4 y 4 − 10 x 2 y 2 + 9 = 0
e B = {x ∈ Z | x² − x − 2 = 0}, o domínio da 2
relação R = {(x, y) ∈ A × B | x ⋅ y < 0), é: (x 2
y 2 ) − 10 ( x 2 y 2 ) + 9 = 0 → k 2 − 10k + 9 = 0
S = 10
a) D(R) = {−3, −1, 0}
k = 1
b) D(R) = {−3, −1, 2} P = 9  1
k2 = 9
c) D(R) = {−1, 0, 2} 
d) D(R) = {−3, 0, 2}
x2 y2 = 1 x2 y2 = 9
Solução:
x y = ±1 x y = ±3
A = {−3, − 1, 0, 2} x ⋅ y =1 x ⋅ y = −1
B = { x ∈ Z|x ² − x − 2 = 0} x⋅y =3 x ⋅ y = −3
x²− x −2 = 0
E = {( x , y ) ∈ N×N |x ⋅ y = 1 ou x ⋅ y = 3}
−b  x1 = 2
S= =1  x ∈N e y ∈N
a  x 2 = −1

c E = {(1, 1) ,(1, 3) ,(3, 1)}
P= = −2
a
Resposta: Alternativa a.
A = {−3, −1, 0, 2}
B = {−1, 2} 3. (Uece) Se P = {1, 2, 5, 7, 8}, então o número
R = {(x , y) ∈ A × B | x . y < 0} de elementos do conjunto W = {(x, y) ∈ P² |
x ∈ A e y ∈ B para x e y com sinais contrários. x < y} é:
R = A × B = {(−3, 2), (−1, 2), (2, −1)}
a) 8
Domínio da relação: D(R) = {−3, −1, 2} b) 9
Resposta: Alternativa b. c) 10
d) 11
2. (UFC) Sejam N o conjunto dos números intei-
ros positivos e E = {(x, y) ∈ N2 | x4y4 − 10x2y2 + 9 Solução:
= 0}, determine o número de elementos de E.
W = {( x , y ) ∈ P 2|x < y } →
a) 3
b) 2
(x , y ) ∈ P2 ⇒ x ∈ P e y ∈ P
0:58
(1, 2) ,(1, 5) ,(1, 7) ,(1, 8) ,(2, 5) ,(2, 7) ,
c) 1  
W = 
d) 4 (2, 8) ,(5, 7) ,(5, 8) ,(7, 8) 
 
e) 0
Solução: Resposta: Alternativa c.

x 4 y 4 − 10 x 2 y 2 + 9 = 0 4. (UFU) Considerando a relação R = {(a, b)∈


N × N | a + 2b = 6}, calcule o domínio e a
Artifício: x 2 y 2 = k imagem da relação R−1.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 83

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83

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N R N N R–1 N
0 0 0 0
2 1 2 1
4 2 4 2
6 3 6 3

Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
R = {(a, b) ∈ N × N ⊥ a + 2b = 6}
a ∈ N ⇔ a ≥0. Isolando o valor de a, temos: a = + − 2b ∴ 6 − 2b ≥ 0 ⇔ b ≤ 3
b ∈ N ⇔ b ≥ 0, portanto: b = {0, 1, 2, 3}

Substituindo os valores de b na equação: a + 2b = 6, encontramos: a = {0, 2, 4, 6}

Com isso:
D(R−1) = {0, 1,2, 3} e Im = {0, 2, 4, 6}

16. Sejam os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {2, 8, 9} e a relação binária R, de A em B, definida


R = {(x, y) ∈ A × B | x é divisor de y}. Nessas condições:

a) Faça o diagrama das flechas. b) Calcule o domínio da relação.


c) Calcule a imagem da relação. d) Calcule o contradomínio da relação.
e) Calcule o número de relações de A em B.

17. Observe o diagrama de flechas.


A B

1 3
Sabendo que a relação binária ao lado é definida por: R = {(x,
2 4 y) ∈ A × B | x + y = k, em que k ∈ N}, calcule o valor de R.

3 5

18. Considere os conjuntos A = {x ∈ N, em que x é um número primo e menor do que 20}


e B = {x . y | (x, y) ∈ A × A com x ≠ y}. Calcule o número de elementos do conjunto B.

19. Quantos pares ordenados pertencem à relação binária R = {(x, y) ∈ Z² | x²+ y² = 25}?

20. Leia atentamente:


Numa primeira fase de um campeonato de xadrez, cada jogador joga uma vez contra todos os
demais. Se João, Gabriel, Maria e Aimê vão participar desse campeonato, calcule as relações de
jogos possíveis que irão realizar.

84 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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84

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21. Escreva, por enumeração, as relações R seguintes definidas por diagramas de flechas.

a) R sobre A b) R sobre A

1
a d

3
b c
2

22. Seja o conjunto A = {1, 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19}, quantas são as relações de A × A tais que os
produtos de 4 fatores distintos, escolhidos entre os elementos de A, contêm o fator 5 e são pares?

23. Sejam A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}. Se R1 = {(x, y) ∈ A × B | x y − 2}, represente R1 e R1−1


pelos pares ordenados e em diagramas de flechas.

24. Em uma reunião social, cada pessoa cumprimentou todas as outras uma vez, havendo, ao
todo, 45 apertos de mão. Quantas pessoas havia na reunião?

25. Dez clubes de futebol disputaram um campeonato em dois turnos. No final, dois clubes empata-
ram na primeira colocação, havendo mais um jogo de desempate. Quantos jogos foram disputados?

26. Uma lanchonete faz vitaminas com uma ou duas frutas distintas. Os sabores são: laranja,
mamão, banana, morango e maçã. As vitaminas podem ser feitas com um só tipo de fruta ou
misturando-se dois tipos de frutas de acordo com o gosto do freguês. Calcule o número de
relações possíveis de vitaminas que a lanchonete pode oferecer.

Função
Na natureza, encontramos inúmeros exemplos de grandezas que estão interligadas. Ao
relacionarmos a distância percorrida em função do volume de combustível consumido por um
carro, a intensidade da fotossíntese realizada por uma planta em função da intensidade de luz
a que ela é exposta, a taxa de juros simples (fixa) em função do tempo aplicado, percebemos
quão importantes são os conceitos de funções para compreendermos as relações entre os
fenômenos físicos, biológicos, sociais, etc. Mas, para relacionarmos essas grandezas, temos de
estabelecer uma lei matemática que facilitará a compreensão e a existência desses fenômenos.
Dados dois conjuntos, A e B, não vazios, dizemos que a relação f de A em B é função se, e
somente se, para qualquer x pertencente ao conjunto A, existe, em correspondência, um único
y pertencente a B, tal que o par ordenado (x, y) pertença a f.

iagrama de ec as
Vejamos algumas situações através do diagrama de flechas. Em cada diagrama a seguir,
estão relacionados os elementos do conjunto A com os elementos do conjunto B.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 85

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para facilitar o entendimento dos alu-


1) A imagem de uma função f : A → B, denotada por Im( f ), é o conjunto dos elementos y ∈ B para
nos, trabalhe por meio de atividades os quais existe x ∈ A de modo que (x, y) ∈ f.
contextualizadas, tornando o processo 2) Uma relação f de A em B é uma função de A em B se, e somente se, a seguinte condição for
verificada: “Toda reta paralela ao eixo dos y, traçada por um ponto qualquer do domínio de f, in-
de aprendizagem mais significativo. Faça tercepta o gráfico em um único ponto”.
uma pesquisa com os alunos sobre a re-
lação existente entre o número do sapa- De acordo com o conceito de função, analisaremos os diagramas:
to em função do tamanho dos pés ou a Diagrama I: Diagrama II:
Note que o elemento 4 de A não está as- Veja que o elemento −1 de A está associa-
pessoa em função da impressão digital. sociado a nenhum elemento de B. Portanto, o do a dois elementos de B (elementos −2 e 3).
Resolva exercícios práticos para que diagrama I não representa uma função, e sim Portanto, o diagrama II não representa uma
uma relação. função, e sim uma relação.
os alunos assimilem a noção de função.
Analise um diagrama ou gráfico e iden- A B A B

tifique se uma relação é função. 1 2 –1 –2


Esclareça os seguintes conceitos aos 2 4 2
3
alunos, lembrando que existe uma dife- 3 6 3
4 4 4
rença entre imagem e conjunto imagem.
A imagem é um ponto em que a flecha
Diagrama III:
de relacionamento toca, e o conjunto Vemos, no diagrama abaixo, que cada ele- Então, o diagrama III representa uma função.
imagem é o conjunto de todos os ele- mento de A está associado a um único elemento Simbolicamente, f é uma função de
de B. Isto é, todos os elementos do conjunto de A em B ↔ { ∀x ∈ A ∃ y ∈ B | (x, y) ∈ f }
mentos que as flechas tocam. partida (A) têm um correspondente no conjunto
Domínio (D(f)) – Conjunto de “parti- de chegada (B).
da” das setas, ou seja, de todos os valo- A B
res possíveis para x. O domínio de uma A B
–1 0 f Im(f)
função também é chamado de campo 0 2 f(x)
x
de defini o, ou campo de existência 2 3
da função, e é representado pela letra D. 3 5
Contradomínio (CD(f)) – Conjunto de
Observações:
“chegada” das setas.
1. f é função. 2. f não é função. 3. f é função.
Imagem (Im(f)) – Conjunto dos ele-
A B A B A f B
mentos “atingidos” pelas setas, ou seja, f f

de todas as imagens do domínio. O con-


junto imagem é representado por Im.

ANOTAÇÕES
86 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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4. f não é função.

A f B
Nomenclatura:
Função de A em B
f
f : A→B A
 →B
x → y = f ( x ) ou x → y = f ( x )

Observamos que os diagramas 1 e 3 representam funções, pois cada elemento do conjunto


de partida (A) tem um elemento no conjunto de chegada (B). Mas os diagramas 2 e 4 não repre-
sentam funções, pois existe um elemento de A que não está associado a nenhum elemento de
B e existe um elemento de A que está associado a mais de um elemento de B.

Domínio, contradomínio e imagem de uma


função
O diagrama A representa o conjunto das meninas, e o diagrama B representa o conjunto
dos meninos. Vamos, agora, mostrar uma função envolvendo os elementos dos dois conjuntos.

A B
Função do namoro:
Ana João
Ana namora João.
Gabriel Paula namora Gabriel.
Paula
Luís Clara namora Luís.
Clara Lucas f :A→B

O estudo das vibrações das cordas dos instrumentos mu-


Everett Collection/Shutterstock.com

sicais levou o matemático Peter Dirichlet (1805− 9) a definir


função como uma correspondência arbitrária entre os valores
de duas variáveis, tal como hoje é definida. Já a ideia de ge-
neralização, ou modelo matemático utilizando o conceito de
1:01 função, levou à criação da análise moderna, que compreende
ramos como a lógica, a teoria dos conjuntos, a álgebra abstrata
e a topologia geral, entre outros vários campos de pesquisas.
Por isso, quando avaliamos o preço por metro de um
tecido em função de sua qualidade, mesmo que a qualidade
não possua representações de valores, números ou grandezas
de medidas numa forma geral, estamos utilizando a noção de
função.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 87

87

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Matematicamente, falamos que o conjunto A, das meninas, é chamado de domínio da
função (condição para a função existir). Isto é, todas as meninas têm um menino para namorar.
Estimule os alunos a praticarem os Note que nem todos os meninos têm uma menina para namorar. Portanto, os meninos
que estão associados com uma menina representam o conjunto imagem da função. E todos
exercícios. Caso perceba que eles estão os meninos do conjunto B são chamados de contradomínio da função.
com dificuldade na resolução das ativi- Veja o diagrama:
dades propostas, oriente-os dando as
A B
explicações necessárias. f
Motive os alunos a enfrentarem as
1 5
possíveis dificuldades na resolução dos
exercícios. 2 6
Incentive o trabalho em duplas ou em 3 7
pequenos grupos. Os alunos devem ter
4 8
em mente que diferenças de opiniões
sempre existirão e que, por isso mes-
mo, a colaboração de todos só aumen-
ta a compreensão do conteúdo estuda- Se f é uma função de A em B, dizemos que:

do. Valorize todas as situações em que A é o domínio da função f. Representamos por A = D(f ).
os alunos participam buscando uma so- B é um contradomínio da função f. Representamos por B = CD(f ).
lução comum. O conjunto Im(f ) = {y ∈ B, x ∈ A | y = f(x)} é chamado de conjunto imagem da função f.
Veja o diagrama.
Resolva os exercícios com os alunos pa-
ra encontrar o valor numérico de uma fun- Portanto:
ção sabendo que o valor que atribuímos a D(f ) = {1, 2, 3, 4}
Im(f ) = {5, 6, 7}
x (domínio da função) deve ser substituído
CD(f ) = {5, 6, 7, 8}
na variável y = f ( x ) .
Im(f ) ⊆ CD (f )

Exemplo:
f ( x ) = 2 x 2 + 5 x + 8 ao substituir o Lei de formação de uma função
valor x = , teremos f( ) = ( ) + ( ) Para encontrar o princípio da lei de formação de uma função, temos de relacionar os ele-
+ = . mentos do domínio com os elementos do conjunto imagem.

Valor numérico de uma função


ANOTAÇÕES Dados o domínio e a lei de formação de uma função, isto é, a expressão matemática que
relaciona x com y, podemos encontrar o conjunto imagem dessa função. Para isso, devemos
encontrar o valor numérico da função para cada elemento do domínio.
O valor numérico de uma função é o valor que y = f(x) assume quando se atribui determi-
nado valor à variável x (domínio da função).

88 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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88

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n(n − 3)
1. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4}, B = {−1, 3. A fórmula d = expressa o número
0, 1, 2, 3, 4} e a função f: A → B com y = x − 1, 2
calcule: de diagonais d de um polígono convexo em
função de n lados. Calcule o número de dia-
a) O conjunto imagem da função. gonais do pentágono (5 lados) e do hexágono
b) O conjunto domínio da função. (6 lados).
c) O conjunto do contradomínio da função. Solução:
d) f(2). Observamos que o número de diagonais d
e) f(3). poderia ser representado em função de n
da seguinte forma:
Solução: d = f(n).
O valor de y é uma função de x. n(n − 3)
Portanto, y = f(x). Com isso, y = x − 1 implica Portanto: f (n) =
dizer que: f(x) = x − 1 2
Com isso:
Valor numérico Pentágono → n = 5 lados, temos:
Valor Imagem da
da função
de x função 5(5 − 3)
f(x) = x f (5) = f (5) = ⇒
2
1 f(1) = 1 − 1 = 0 0 5⋅2
f (5) = ⇒ f (5) = 5 diagonais
2 f(2) = 2 − 1 = 1 1 2
3 f(3) = 3 − 1 = 2 2 Hexágono → n = 6 lados, temos:
4 f(4) = 4 − 1 = 3 3 6 (6 − 3)
f (6) = ⇒
Com isso: 2
a) Im(f ) = {0, 1, 2, 3} 6⋅3
f (6) = ⇒ f (6) = 9 diagonais
b) D(f ) = {1, 2, 3, 4} 2
c) CD(f ) = {−1, 0, 1, 2, 3, 4}
d) f(2) = 2 − 1 → f(2) = 1 4. De acordo com os diagramas abaixo, qual é
e) f(3) = 3 − 1 → f(3) = 2 a lei de formação dessas funções?
Dada a função f: A → B tal que:
2. Seja f: R → R tal que f(x) = 3x − 5. Calcule o
valor de x para que a função seja nula. A B
1:01

Solução: –1 –1
Para que a função seja nula, implica dizer
que f(x) = 0. Então: 0 1
5
f ( x ) = 0 ⇔ 3x − 5 = 0 ⇒ 3x = 5 ⇒ x = 1 3
3
5 2 5
Portanto, para x = , a função f ( x ) = 3 x − 5
se anula  f ( x ) = 0 3
 

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 89

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Solução: 5. A função que representa o valor a ser pago
Observe a tabela abaixo: após um desconto de 3% sobre o valor x de
Trabalhar o IMC visto no capítulo ante- uma mercadoria é:
Domínio Imagem Relação
rior por meio de fórmulas e aplicar valor (x) (y = f(x)) entre x e y a) f(x) = x − 3 b) f(x) = 0,97x
numérico a partir de idades, pesos, etc. y = f(−1) = −1 2 . (−1) + 1 = −1 c) f(x) = 1,3x d) f(x) = −3x
0 y = f(0) = 1 2 . (0) + 1 = 1 e) f(x) = 1,03x
1 y = f(1) = 3 2 . (0) + 1 = 1
Solução:
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 2 y = f(2) = 5 2.2+1=5 Vamos calcular um desconto de 3% sobre a
Para obter uma relação entre x e y, obser- mercadoria x. Temos:
vamos que os valores de y são o dobro dos f(x) = x − 3%x
Na seção Aplicação, forme grupos para valores de x mais 1. Portanto, a lei de forma-
resolver os exercícios e esteja sempre pron- ção é y = 2x + 1, porém y = f(x) implica dizer Então:
que: f(x) = 2x + 1 f(x) = 97%x → f(x) = 0,97x
to a esclarecer as dúvidas que forem sur-
gindo. Cada grupo deve apresentar à classe
os resultados obtidos. Essa forma de traba-
lho serve para que respeitem a fala do ou- Quando lemos y = f(x), dizemos que y é função de x, isto é: os valores que a variável y pode as-
sumir dependem dos valores assumidos pela variável x.
tro e avaliem o quanto aprenderam.
Estimule os alunos a resolverem os exer-
cícios. Ao fazer a correção, fique atento pa-
ra perceber em que tiveram maior dificul-
dade na resolução das atividades pro-
postas e oriente dando as explicações
necessárias. 27. Os diagramas de flechas dados a seguir representam relações binárias. Para cada uma:
Motive os alunos a enfrentarem as a) Diga se é ou não uma função.
possíveis dificuldades encontradas na b) Em caso afirmativo, determine seu domínio, contradomínio e conjunto imagem.
resolução dos exercícios.
importante que os alunos solucio- 1 5 1 9
nem os exercícios para que possam ava- 2 6 10
I. II. 3
liar o quanto já aprenderam. Sendo ne- 3 7 11
cessário, oriente-os na resolução dos 4 8 4 12
problemas. Persistindo as dúvidas, faça
uma revisão do conteúdo, isso os ajuda- 1 1
1 1
rá a superarem eventuais dificuldades. 4
III. 2 2 IV. 2
5 2
ANOTAÇÕES 3 3 3

90 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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90

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1 1

V. 2 0 VI. 1 2

3 3

28. (Unicamp) Para transformar graus Fahrenheit em graus centígrados, usa-se a fórmula:

5
C= (F − 32) , em que F é o número de graus 100 °C 212 °F
9
Fahrenheit e C é o número de graus centígrados.

a) Transforme 35 graus centígrados em graus 20 °C 70 °F


Fahrenheit.
0 °C 458 °F

b) Qual é a temperatura (em graus centígrados)


em que o número de graus Fahrenheit é o dobro
do número de graus centígrados? Celsius Fahrenheit
(centígrados)

29. (Ufop) Uma empresa aérea vai vender passagem para um grupo de 100 pessoas. A empresa
cobrará do grupo 2.000 dólares por passageiro embarcado mais 400 dólares por passageiro
que não embarcar. Pergunta-se:

a) Qual é a relação entre a quantidade de dinheiro arrecadado pela empresa e o número de


passageiros embarcados?
b) Quanto arrecadará a empresa se só viajarem 50 passageiros?
c) Quantos passageiros viajarão se a empresa só conseguir arrecadar 96.000 dólares?
v2 v
30. A fórmula d = + permite calcular a distância mínima d que o automóvel ainda
250 10
percorre após o motorista decidir parar quando sua velocidade é v (d dada em metros, v em
quilômetros por hora). Quantos metros, no mínimo, percorrerá um automóvel a 100 km/h após
o motorista decidir brecar?

a) 10 b) 30 c) 50 d) 70 e) 90

31. (UFGO) Um padeiro fabrica 300 pães por hora. Considerando esse dado, responda:
1:03

a) Qual é a equação que representa o número de pães fabricados (p) em função do tempo (t)?
b) Quantos pães são fabricados em 3 horas e 30 minutos?

32. (Unirio) É dada a função f(x) = a ⋅ 3 bx , onde a e b são constantes. Sabendo que f(0) = 5 e
 1
f(1) = 45, obtemos para f =   o valor:
 2 
a) 0 b) 9 c) 15 3 d) 15 e) 40

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 91

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91

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
 1
33. Se f(x) = 2x3 − 1, então f (0) + f (−1) + f   é igual a:
 2 
Explore as informações oferecidas pe-
lo gráfico, discutindo-as com os alunos. a)
−3
b)
−15
c)
−19
d)
−17
e)
−13
Trabalhe a interdisciplinaridade com a 4 4 4 4 4

Geografia, discutindo assuntos como su- 2



 , se x for racional

5
bemprego, mercado de trabalho, ascen- 34. (UFV) Considere a função f : R → R definida por: f ( x ) = 


 3
são profissional, entre outros.  , se x for irracional

4

 3 
f 2 + f  
 5  ( )
O valor da expressão é:
f (π)
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
2 20 5 69 23
a) b) c) d) e)
5 27 12 80 15
Por que estudamos função?
35. Cleyde calça sapatos tamanho 36. Será que ela tem um pé com 36 cm de comprimento? Nada
disso! Para ter o número do sapato em função do comprimento do pé, nós usamos a fórmula
O estudo de função tem uma impor- 5 x + 28
algébrica S ( x ) = , onde S(x) é o número do sapato e x é o comprimento do pé em centí-
tância que não está restrita apenas à Ma- 4
metros. De acordo com essa fórmula, indique o item que mostra o tamanho do pé de Cleyde.
temática, mas se estende a várias outras
ciências, como Física e Química. a) 23,2 cm b) 24,4 cm c) 26,8 cm d) 29,4 cm e) 31,4 cm
Estamos sempre em contato com as
funções no nosso dia a dia, embora não epresenta o gráfica de uma un o
percebamos. Quando assistimos a um te-
lejornal ou lemos uma revista, podemos Admitamos que, a partir dos cinquenta anos, a perda da massa óssea ocorra de forma
linear, conforme mostra o gráfico abaixo.
nos deparar com gráficos, que são um
Observe que, aos 60 e aos 80
tipo de relação entre duas variáveis, com- Porcentagem de massa óssea
anos, as mulheres têm, respectiva-
paração de duas grandezas ou até mesmo 100
mente, 90% e 70% da massa óssea
que tinham aos 30 anos.
uma função representada graficamente. 90 Analisando os dados, podemos
Todo gráfico define uma relação, com- 80 responder ainda:
70 Homens
paração ou função, mas, para isso, é ne- Qual é o percentual de massa
Mulheres
cessário que ela tenha sua representação óssea das mulheres com idade de 50,
60, 70 e 80 anos respectivamente?
Adaptado de Galileu, janeiro de 1999.

na forma algébrica.
Qual a lei de formação da fun-
O pré-requisito para o início do estu- ção entre as idades das mulheres a
do de função é o conhecimento de equa- partir dos 50 anos e a sua porcenta-
gem de massa óssea?
ções, pois todo o desenvolvimento algé-
Idade Qual o percentual de massa ós-
brico de uma função é feito por meio de 30 40 50 60 70 80
sea que as mulheres já perderam aos 76
equações. A taxa de perda óssea é maior entre as mulheres.
anos em relação à massa dos 30 anos?

92 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

ANOTAÇÕES
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92

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Constru o de gráficos de un es
Para construirmos gráficos de funções de R em R, devemos proceder da seguinte maneira:

a) Traçar o plano cartesiano Ox e Oy.


b) Atribuir valores à variável x da função e encontrar os valores correspondentes de y = f(x).
c) Formar pares ordenados (x, y) e, depois, marcar esses pontos no plano cartesiano.
d) Traçar a linha ou a curva que lista esses pontos.

Com isso, encontraremos o gráfico que representará a função.

Exemplos:
Construa os gráficos das funções f : R → R definidas por:
a) f(x ) = 2x

1o Passo: Atribuímos alguns valores à variável x para encontrar os valores correspondentes


de y, obtendo alguns pares ordenados (x, y).

Para x = 0, temos:
y = f(x) = 2 ⋅ x − 1 → y = 2 ⋅ 0 − 1 → y = −1
Portanto, o par ordenado é (0, −1).

Para x = 1, temos: Na construção dos gráficos, consi-


y = f(x) = 2x − 1 → y = 2 ⋅ 1 − 1 → y = 1 deramos a variável x assumindo qual-
Portanto, o par ordenado é (1, 1). quer valor real possível.

Para x = −1, temos:


y = f(x) = 2x − 1 → y = 2 ⋅ (−1) −1 → y = −3
Portanto, o par ordenado é (−1, −3).

2o Passo: Marcamos os pontos no plano cartesiano, traçamos a linha que liga esses pontos
e obtemos o gráfico da função.

1
1:07
0
–3 –2 –1 1 2 3 x
–1

–2

–3

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 93

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93

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b) f(x) = x + 2

1o Passo: Atribuímos alguns valores à variável x para encontrarmos os valores correspon-


dentes de y, obtendo alguns pares ordenados (x, y).

Para x = −2, temos: y = f(x) = x + 2 → y = −2 + 2 → y = 0


Portanto, o par ordenado é (−2, 0).

Para x = 0, temos: y = f(x) = x + 2 → y = 0 + 2 → y = 2


Portanto, o par ordenado é (0, 2).

Para x = 1, temos: y = f(x) = x + 2 → y = 1 + 2 → y = 3


Portanto, o par ordenado é (1, 3).

2o Passo: Marcamos os pontos no plano cartesiano, traçamos a linha que liga esses pontos
e obtemos o gráfico da função.

0
–3 –2 –1 1 2 3 x
–1

–2

–3

dentifica o de uma un o por meio de gráficos


Para identificar se um gráfico representa ou não uma função, vamos utilizar os seguintes
procedimentos:

a) Observar, no gráfico, se existem valores de x (conjunto domínio) que estão associados a


mais de um valor de y = f(x) (conjunto imagem). Esse gráfico não será função.
b) Analisar, no gráfico, se existem valores de x que não estão associados a nenhum valor
de y = f(x). Caso isso ocorra, não será função.
c) Se no gráfico existir, para cada valor de x, um único valor associado a y = f(x), a relação
será uma função.

Exemplo:
Observe os gráficos a seguir e identifique quais representam uma função.

94 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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y y

–4 –2
0 x 0 x
–2

–3

m método prático para saber se um gráfico representa uma função é traçar retas paralelas ao
eixo Oy. O gráfico representará uma função se cada uma dessas retas interceptar o gráfico em um
único ponto.

O gráfico da esquerda não representa uma função, pois há valores de x que estão associados
a mais de um valor de y = f(x). Note, por exemplo, que, para x = 0, estão associados y = 3 e y = −3.
Já o gráfico da direita é uma função, pois, para cada valor de x, está associado um único
valor de y = f(x).

1. ( FMG) Das figuras abaixo, a única que representa o gráfico de uma função real y = f(x), x ∈ [a, b] é:

a) y b) y c) y

a b x a b x a b x

d) y e) y f) y

a b x a b x a b x

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 95

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95

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Solução: O gráfico sugerido na alternativa d não re-
Os gráficos sugeridos nas alternativas a, b, c presenta uma função de domínio [a, b] por
e f não representam funções, porque há pelo haver uma “interrupção” no intervalo a, b],
menos uma reta vertical (por uma abscissa isto é, existe pelo menos uma reta no inter-
pertencente a [a, b ) que corta o gráfico em valo [a, b que não corta o gráfico da função
mais de um ponto: em ponto algum, o que significa dizer que
“aquela abscissa não tem imagem”.
y y
y

a b x a b x

y y

a b x

a b x a b x Resposta: Alternativa e.

ai e alor num rico no gráfico de uma un o


Raiz de uma função y = f(x) é o valor de x tal que y = 0. Na prática, para descobrir a raiz
(ou as raízes), devemos igualar a função a zero. Graficamente, as raízes de uma função são os
pontos de interseção do gráfico com o eixo das abscissas (Ox).
y
g
c

d
a h

b e f x

Observe, no gráfico, que a, e e h são os pontos que tocam o eixo x; com isso, representam
raízes, ou zeros, da função.
Então: f(a) = 0, f(e) = 0 e f(h) = 0.
Observe que d é o ponto do gráfico que corta o eixo das ordenadas (y).
Portanto: f(0) = d (que é chamado de termo independente da função).
Analisando no gráfico, os pontos b e f têm valores numéricos correspondentes nos eixos
das ordenadas (y). Isto é: f(b) = c e f(f ) = g.
Exemplo:
De acordo com o gráfico a seguir:

96 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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96

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y Calcule:
3 a) As raízes, ou zeros, da função.
b) f(−3), f(−1), f(2) e f(4).
2 c) O termo independente.
d) f(−2) + f(3)
1
–4 Solução:
–3 –2 –1 1 2 3 4 x a) As raízes, ou zeros, da função são os pontos
–1 que tocam o eixo das abscissas (0x).
Portanto, as raízes são: −3, −1, 2 e 4.
–2 b) Sabendo que −3, −1, 2 e 4 são as raízes
–3 da função, então os seus respectivos f são nulos.
Portanto: f(−3) = 0, f(−1) = 0, f(2) = 0 e f(4) = 0
c) O termo independente é o ponto do gráfico
–4
que corta o eixo das ordenadas (y).
–5 Portanto: f(0) = −3
Analisando o gráfico, temos: f(−2) = 3 e f(3) = 2
Com isso: f(−2) + f(3) = 3 + 2 = 5

omínio e imagem atra s do gráfico


Um outro problema comum é a determinação do domínio e da imagem de uma função f atra-
vés do seu gráfico. De acordo com as definições e os comentários feitos até aqui, dado o gráfico de
uma função f, temos:

D(f é o conjunto de todas as abscissas dos pontos do eixo Ox, tais que as retas verticais
por eles traçadas interceptam o gráfico de f.
Im(f é o conjunto de todas as ordenadas dos pontos do eixo Oy, tais que as retas hori-
zontais por eles traçadas interceptam o gráfico de f.

Então, graficamente, quando estudamos o domínio de uma função → D(f ), devemos ob-
servar o limite dos valores possíveis considerados em Ox.
Quando estudamos a imagem da função → Im(f ), devemos observar o intervalo de valores
assumidos por y.

ráfico cartesiano

f(b)
Veja:
f(x) D(f ) = [a, b]
Im(f ) = [ f(a), f(b)]
f(a)

0 a x b x

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 97

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97

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Exemplo:
(FCC−SP) Se f: A → B é uma função e D ⊂ A, chamamos de imagem de D pela função f o
conjunto anotado e definido por:

y
6

4 f(D) = {y ∈ B e x ∈ D | f(x) = y}
3
2

0 4 5 6 9 x

Pelo gráfico, D(f ) e Im(f ) assumem valores sem restrições.

Agora, sendo g uma função de R em R, cujo gráfico está representado acima, para encontrar,
por exemplo, a imagem dos x pertencentes ao intervalo , 9 , vamos reconstruir o gráfico utili-
zando apenas o trecho que nos interessa, de acordo com o domínio limitado ao intervalo [5, 9]:

ráfico reconstruído
y
6

3
2

0 5 6 9 x

Projetando ortogonalmente esse trecho sobre Ox e Oy, temos:

y
6

Domínio considerado: x 9
Conjunto imagem obtido: 2 ≤ y ≤ 6
3
2

0 5 6 9 x

Pela figura acima, fica fácil perceber que a imagem de g([5, 9]) corresponde ao conjunto [2, 6].

98 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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Determinação do domínio de uma função
Devemos considerar como domínio todos os valores de x (x ∈ R) que tornam possíveis as
operações indicadas na lei de formação. Isto é, o domínio de uma função é a condição de exis-
tência desta. Agora, vamos mostrar algumas condições de existência que estarão relacionadas
com o domínio da função.

a) Divisão entre A e B.
A
Isto é: Para , a condição de existência é quando B ≠ 0.
B
x 2 − 7x + 5
Exemplo: Seja a função f ( x ) =
x −8
Determine o domínio da função.

Devemos impor que o denominador não pode ser nulo, isto é, x − 8 ≠ 0, então:
D(f ) = {x ∈ R | x ≠ 8} = R − {8}

b) Radiciação de um número A.
n
Isto é: A , quando n for par, a condição de existência é A ≥ 0.

Exemplo:
Seja a função f ( x ) = 4 2 x − 6 , determine o domínio da função.

Em R, o radicando de uma raiz de índice par não pode ser negativo, isto é, 2x − 6 ≥ 0 → x
≥ 3. Portanto: D(f ) = {x ∈ R | x ≥ 3} = [3 + ∞[.

c) Radiciação de um número A.
n
Isto é: A , quando n for ímpar, a condição de existência são todos os reais (R).

Exemplo:
Seja a função f ( x ) = 3 7 x + 9 , determine o domínio da função.
O radicando de uma raiz de índice ímpar em R pode ser negativo, nulo ou positivo, ou seja,
7x + 9 pode assumir todos os valores reais, portanto: D(f ) = R.

d) Divisão envolvendo radiciação de um número.


A
Isto é: . Quando n for par, a condição de existência é B > 0.
n
B
Exemplo:
3x 2 − 4 x + 5
Seja a função f ( x ) = , determine o domínio da função.
4x + 8
Solução: 4x + 8 > 0 → x > −2, portanto: D(f ) = {x ∈ R, x > −2} = ] −2, ∞[.

e) Divisão envolvendo radiciação de um número.


A
Isto é: . Quando n for ímpar, a condição de existência é B ≠ 0.
n
B

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 99

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99

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CURIOSIDADE
2 x 2 − 5x + 3
Exemplo: Seja a função f ( x ) = , determine o domínio da função.
3
3x − 6
Existem algumas restrições ao domí- Solução: Devemos colocar a condição de existência do denominador envolvendo radiciação
com índice ímpar. Isto é: D(f ) = {x ∈ R | x ≠ 2} = R − {2}.
nio geralmente as duas mais importantes
que aparecem nos exercícios são estas: Exemplo:
9− x
Não existe raiz quadrada de número ne- Seja a função f ( x ) = , determine o domínio da função.
8 x + 16
gativo (e nenhuma outra raiz de índice par).
9− x
Não existe divisão por zero. Solução: As operações indicadas por são possíveis se, e somente se:
8 x + 16
Ao determinar o domínio de uma 

9 − x ≥ 0 ⇔ −x ≥ −9 ⇔ x ≤ 9 (I)

função, devemos determinar o maior do- 
8 x + 16 > 0 ⇔ 8 x > −16 ⇔ x > −2 (II)

mínio possível para aquela variável inde- Efetuando a interseção de (I) e (II), obtemos:
pendente, que deve ser colocado no lu-
gar de x na fórmula da função. (1)
9
(2)
–2
(1) ∩ I
–2 9
SUGESTÃO
Portanto: D(f ) = {x ∈ R | −2 < x ≤ 9} = (−2, 9)

Identifique relações de setas entre a


sala de aula, denominando domínios e
imagens.

ANOTAÇÕES 36. Calcule o valor de P para que a função polinomial do 1o grau f(x) = P(x − 1) + 4 − x seja
crescente.

37. Seja f uma função representada pelo gráfico a seguir.

y A função f é:
3x 3x
+3 a) f ( x ) = 3 − b) f ( x ) = 3 +
4 4

4x 4x
c) f ( x ) = 4 − d) y = −12 −
3 2
−4 x (−12 + 4 x )
e) y =
3

38. Sem construir o gráfico, determine as coordenadas do ponto em que as funções a seguir
interceptam o eixo dos y:
x 2x 1
a) y = x − 3 b) y = x+5 c) y = d) y = −
4 3 2

100 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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100

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x
39. A função do 1o grau f : R → R é definida por f ( x ) = 2 − 5. Calcule:
3
3
a) f(0) b) f(−6) c) f   d) f(2) − f(1) + f(9)
 5 
40. Considere f(x) = ax + b. Determine a e b para que se tenha f(2)= −5 e f(−1) = 1.

41. Defina a função do o


grau cujo gráfico passa pelos pontos ( , ) e ( , ).

42. (G1) Examine cada relação e escreva se é uma função de A em B ou não. Em caso afirmativo,
determine o domínio, a imagem e o contradomínio.
a) b)
A R1 A A B
–2 0 4 0
0 4 1 10
8 2 100
2
4 16 12 3 1000
0 1

Função
Para compreendermos o significado da função polinomial do o
grau, ou função afim, ve-
jamos a seguinte situação:

Maria e João são dois grandes amigos que tiveram a ideia de criar um serviço de pet táxi.

O número a é chamado de
coeficiente de x.
O número b é chamado de
termo constante (termo in-
dependente).

Sabe-se que, nesse serviço de pet táxi, é cobrado um valor fixo — a bandeirada, que custa
R , — e R , por quilômetro rodado.
Eduarda ligou para o pet táxi para levar o seu gatinho a uma clínica de animais que fica a
18 km de distância de sua casa.
1:12

Quanto Eduarda pagou ao taxista?


Ela pagou 18 . R$ 1,20 = R$ 21,60 pela distância percorrida e mais R$ 2,30 pela bandeirada,
ou seja, R$ 21,60 + R$ 2,30 = R ,9 . Se a casa de Eduarda ficasse a km de distância, o
preço da corrida (em reais) seria: 30 . R$ 1,20 + R$ 2,30 = R$ 38,30.
Podemos notar que cada distância x percorrida pelo táxi corresponde a um certo custo c(x)
para a corrida. O valor c(x) é uma função de x.
É fácil encontrar a fórmula que expressa c(x) em função de x:
c(x) = 1,20 . x + 2,30, que é um exemplo de função polinomial do 1o grau, ou função afim.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 101

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101

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Função polinomial do 1o grau
Chama-se função polinomial do 1o grau, ou função
A raiz, ou zero, de uma função
afim, qualquer função f de R em R dada por uma lei da
é a abscissa do ponto de inter-
forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados
seção do gráfico da função com
e a ≠ 0. o eixo das abscissas. Ou seja, é o
A raiz, ou zero, da função do 1o grau f(x) = ax + b é o ponto do gráfico de f com coor-
valor de x tal que f(x) = 0.  b 
Logo, para encontrar a raiz, ou o zero, de uma função denadas − , 0.
 a 
do primeiro grau, basta resolver a equação do 1o grau
ax + b = 0.
Vejamos alguns exemplos de funções polinomiais do 1o grau:

a) f(x) = 5x − 3, em que a = 5 e b = −3

b) f(x) = −2x − 7, em que a = −2 e b = −7


x 2 1 2
c) f ( x ) = + , em que a = e b =
3 5 3 5
d) f(x) = 11x, em que a = 11 e b = 0

O gráfico da função afim é uma reta inclinada em relação aos eixos do sistema cartesiano
ortogonal, como representamos a seguir:
a>0 y a<0 y

b b

0 x 0 x

A constante real não nula a deno- f(x) = 2x + 5


mina-se coeficiente angular da reta.
Quando a > 0, a reta é ascendente (cami-
y
nhando da esquerda para a direita, em x,
a reta sobe), e a função é dita crescente.
Ao contrário, quando a < 0, a reta é des-
cendente (caminhando da esquerda para 5 Coeficiente
a direita, em x, a reta desce), e a função linear = 5
é dita decrescente.
A constante real b denomina-se
coeficiente linear da reta e indica a
ordenada do ponto em que a reta corta
o eixo dos y.
Como o gráfico de uma função afim −3 x
é uma reta, necessitamos apenas de dois –1
pontos para traçá-la. (−3, −1)

102 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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g(x) = −3x + 0, isto é, g(x) = −3x

Considere a função f(x) = ax + b


y uma função polinomial do 1o grau. Fa-
zer o estudo do sinal da função f(x) é
encontrar valores para x de modo que
Coeficiente
se tenha f(x) igual a zero, f(x) maior do
linear = 0 que zero e f(x) menor do que zero.

1
x

h(x) = 2x − 5

y
1 f:R→R
5 x
f(x) = − ax, com a ∈ R*
2
y

–3 (1, –3)
Coeficiente 0 x
–5 linear = –5

Observe:

O domínio da função afim é R.


O conjunto imagem da função afim é R: f(R) = R.
Um caso particular da função de 1o grau é aquele em que b = 0. Nesse caso, ela é cha-
mada de função linear.
Função linear: f : R → R tal que f(x) = ax, com a ∈ R*

O gráfico da função linear é uma reta inclinada em relação aos eixos do sistema cartesiano
ortogonal e que passa pela origem:

Sendo a uma constante real não nula, a igualdade


y y
y = ax indica que = a (constante não nula). Assim,
x
para os pares de coordenadas dos pontos da reta
x y y y
0 diferentes da origem, temos: 1 = 2 = 3 = ... = a
x1 x2 x3

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 103

:13 Matematica_2020_9A_04.indd 103 16/09/2019 21:01:14

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

1. A loja Vital anunciou na rádio as pro-


1) Uma função f: A→B é crescente num conjunto A1 ⊂ A se, para dois elementos quaisquer x1 e
moções que estavam sendo realizadas. x2 e pertencentes a A1, com x1 e x2, tivermos f(x1) < (x2).
Percebeu-se que, quanto mais se anun- 2) Uma função f: A→B é crescente num conjunto A1 ⊂ A se, para dois elementos quaisquer x1 e
x2 e pertencentes a A1, com x1 < x2, tivermos f(x1) > (x2).
ciava, mais se vendia. A venda era dada 3) Seja A um conjunto tal que −x ∈ A qualquer que seja x ∈ A e seja f: A→B uma função.
em função dos anúncios feitos na rádio. 4) Dizemos que f é uma função par se f(−x) = f(x) qualquer que seja −x ∈ A. O gráfico de uma
função par é simétrico em relação ao eixo dos y.
Verificou-se que a função era definida 5) Dizemos também que f é uma função ímpar se f(−x) = f(x) qualquer que seja −x ∈ A. O gráfico
de uma função ímpar é simétrico em relação à origem do sistema de coordenadas.
5
pela fórmula y = x + 90 , em que y
4 Ou seja, a função linear y = ax indica que as grandezas y e x são diretamente proporcionais.
representa a quantidade de produtos Um caso particular da função linear é aquele em que a = 1. Nesse caso, ela é chamada de
vendidos durante os dias em que foram função identidade.

anunciadas as promoções e x representa Função identidade: f : R tal que f(x) = x.


o número de anúncios na rádio durante O gráfico da função identidade é a bissetriz dos quadrantes ímpares dos eixos do sistema
cartesiano ortogonal.
dias.
y
Responda:
a) Quantos produtos a loja vendeu du-
rante os dias em que o anúncio foi divul- 45°
0 x
gado 6 vezes na rádio
Solução:
Vejamos, agora, alguns exemplos de funções afins:

5 5 Seja a função f: R → R, tal que f(x) = 2x + 4, temos:


y= x + 90 → y = (60) + 90 →
4 4
x y (x, y y
y = 165.
6
−2 0 (−2, 0)
b) Quantas vezes o anúncio da loja foi di- 4
vulgado na rádio durante os dias em que −1 2 (−1, 2)
a loja vendeu produtos 2
0 4 (0, 4)
Solução: x
−2 −1 1
1 6 (1, 6)
5
x + 90 = 350 → 5 x + 360 = 1400 →
4
x = 208.
Uma função é crescente quando, dados dois valores reais x1 e x 2, para x1 < x 2 tem-se f(x1) < f(x 2).
Para verificar se uma função polinomial do o grau é crescente, basta observar o sinal de a: se
a > 0, então a função f(x) = ax + b é crescente.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao representarmos uma reta no plano 104 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

cartesiano, podemos, em alguns casos,


notar que ela poderá ser paralela ao eixo
Ox (perpendicular ao eixo Oy) ou parale- Matematica_2020_9A_04.indd 104 16/09/2019 21:01:14

la ao eixo Oy (perpendicular ao eixo Ox).


ANOTAÇÕES
Para diferenciar a reta vertical da reta
horizontal, iremos tomar como referen-
cial o eixo das abscissas (eixo Ox). Por-
tanto, a reta que é perpendicular ao ei-
xo Ox será considerada a reta vertical
assim, a perpendicular ao eixo Oy será a
horizontal.
A reta vertical pode ser identificada
devido à não interceptação com o eixo
Oy e à interceptação com o eixo Ox em
um ponto qualquer (k) de coordenadas
iguais a (k, ).

104

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Note bem: O gráfico de f(f x) = 2x + 4 é uma reta ascendente, isto é, quando atribuímos
valores cada vez maiores a x, os valores de y também aumentam.
x aumenta

x −2 −1 0 1 2 Essa função é crescente, pois, da esquerda para a


direita, a reta sobe na direção dos quadrantes ímpa-
y 0 2 4 6 8
res, no sentido do 3o quadrante para o 1o quadrante.
y aumenta
Seja a função g: R → R, tal que g(x)
x = −2x + 3, temos:
x)

x y (x,
x y)
x, y y
−1 5 (−1, 5) 5

0 3 (0, 3) 3
32
1 1 (1, 1)
1
3  3 
0  , 0 x
2  2  −1 1

Note bem: O gráfico de f( x = −2x + 3 é uma reta descendente, isto é, quando atribuímos
f x)
valores cada vez maiores a x, os valores de y diminuem.

x aumenta

x −1 0 1 3/2 2 Essa função é decrescente, pois, da esquerda


para a direita, a reta desce na direção dos quadrantes
y 5 3 1 0 −1 pares, no sentido do 2o quadrante para o 4o quadrante.
y diminui

Reta vertical
Nesse caso, temos uma relação de um mesmo elemento do domínio com mais de uma
imagem. Com isso, não temos uma função.

Representação de uma reta vertical:


h : R → R, tal que x = k, onde k é uma constante real.

1:14 Exemplo: Para x = 2 (equivalente a x + 0y


0 = 2).

Uma função é decrescente quando, dados quaisquer dois valores reais x1 e x2, para x1 > x2
tem-se f(
f x1) < f(
f x2).
Para verificar se uma função polinomial do o grau é decrescente, basta observar o sinal de
a. Se a < 0, então a função f(
f x) = ax + b é decrescente.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 105

105

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
ráfico Diagrama

A reta horizontal pode ser identificada y 5


por não interceptar o eixo Ox, mas o eixo 5/2 2 2
Oy em um ponto qualquer (k) de coorde-
nadas iguais a ( ,k). 2
A atividade de leitura do texto do boxe
2 x 1
contextualizado, presente em cada capí-
−1
tulo, deve ser uma constante na prática
x=2
em sala de aula, visto se tratar de uma x = 2 não é função
atividade que exercita a leitura oralizada Note bem: x = 2 é a reta onde todos os pontos têm abscissa igual a 2.
dos alunos e a sua capacidade de reco-
eta ori ontal
nhecer, na prática, o que vem sendo ex-
posto na teoria. Nesse caso, temos os elementos do domínio com a mesma imagem. Com isso, temos uma
função constante.
Peça aos alunos que determinem o Representação de uma reta vertical:
ponto no qual o gráfico da função poli- h : R → R, tal que f(x) = k, em que k é uma constante real.

nomial do o grau corta o eixo x sem pre- Exemplo:


cisar construir o gráfico. Para h(x) = 3 (equivalente a 0x + y = 3).

SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Ao considerar c um número real, chama-se função constante toda função f : R → R definida
por f(x) = c. Assim, f : R → R x → y = f(x) = c.
1. Sendo a função f (x) = x determi- Observações:
1. O domínio da função constante é o conjunto dos números reais, D( f ) = R.
ne o ponto que corta o eixo x. 2. A imagem da função constante é o conjunto unitário formado pelo número real c, Im(f) = {c}.
Solução:
ráfico Diagrama
f ( x ) = 3 x − 15
y 1
f ( x ) = 0 → 3 x − 15 = 0 → x = 5

Sem desenhar o gráfico, sabemos 3


y=3 2
que a reta corta o eixo x no ponto ( , ). 3
3

ANOTAÇÕES x

f(x) = 3 é uma função constante. Im = (3) y = 3 é função.

Note bem: y = 3 é a reta onde todos os pontos têm ordenada igual a 3.

106 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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Shutterstock.com
A altura de uma planta bonsai (árvore ao lado), em
2
metros, é dada por h = 0, 4 − , sendo t a idade da
5+t
planta em meses. A empresa que vende esse tipo de
planta fixa o valor do produto em função de sua altura.
Uma planta com 70 meses terá altura de:

a 28 cm 32 cm c 36 cm
d 38 cm e 42 cm

Zero, ou raiz, da função polinomial


Chama-se zero, ou raiz, da função polinomial do 1o grau f(
f x)
x = ax + b, com a ≠ 0, o nú-
mero real x tal que f(
f x)
x = 0.
b
Temos: f ( x ) = 0 → a x + b = 0 → x = −
a
b
Então, a raiz da função f(
f(x
(x)
x) = ax a + b = 0, ou seja, x = − .
a + b é a solução da equação do 1o grau ax
a
 b 
Portanto, a raiz de uma função afim nos dá o ponto onde o gráfico corta o eixo x : − , 0 ,
o que é muito importante para o estudo do sinal dessas funções.  a 

epresenta o gráfica

a) b)
y y

b b
− −
a a
x x
Zero, ou raiz, da função Zero, ou raiz, da função
afim, sendo a e b com afim, sendo a e b com
sinais contrários. sinais iguais.

1:15

1) Ao considerar os números reais a e b, com a ≠ 0, chama-se de função polinomial do 1o grau


toda função f : R → R definida por f( f x) = ax + b. Assim, temos que:
f : R → R x → y = f( f x) = ax + b, a, b ∈ R e a ≠ 0
2) A raiz, ou zero, da função do 1o grau f( f x) = ax + b é o valor de x tal que f(
f x) = 0.
3) Logo, para encontrar a raiz, ou o zero, de uma função de 1o grau, basta resolver a equação
do 1o grau ax + b = 0.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 107

107

ME_Matemática_2020_9A_04.indd 107 20/09/2019 16:31:09


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Exemplo: y
Na figura ao lado, vamos: y=x−3
Peça aos alunos que analisem o gráfi-
Calcular o coeficiente angular.
co da função polinomial do o grau pa-
Calcular o coeficiente linear.
ra saber se a função é crescente ou de- α
Verificar se a função é crescente ou decrescente. x
crescente. Calcular o zero, ou a raiz, da função.
Incentive os alunos a observarem a re-
solução dos problemas da seção Passo Solução:
a Passo, avaliando se conseguiram assi- Sabemos que a reta (ou função afim) é da forma y = ax + b, onde a e b são o coeficiente
angular e o linear respectivamente.
milar o conteúdo. preciso motivá-los Portanto: a = 1 e b = −3.
a enfrentarem possíveis dificuldades na A função é crescente, pois o coeficiente angular a = 1 (maior do que zero).
resolução. Para encontrarmos o zero da função, basta igualar y a zero.

Reforce os exercícios resolvidos no livro, Com isso: y = 0 → x − 3 = 0 ∴ x = 3


solucionando as resoluções das questões.
Caso os alunos tenham dúvidas, faça uma
revisão do conteúdo.

ANOTAÇÕES 1. Calcule o valor de m para que a função po- 3. (Faap) A variação de temperatura y = f(x),
linomial do 1o grau f(x) = m (x − 1) + 3 − x num intervalo de tempo x, é dada pela função
seja crescente. f(x) = (m² − 9)x² + (m + 3)x + (m − 3).
Solução: Calcule m de modo que o gráfico da função
Sabemos que uma função polinomial do 1o seja uma reta e f(x) seja crescente.
grau f(x) = ax + b é crescente quando a > 0.
Solução:
Portanto: Sabemos que, para o gráfico da função f(x)
f(x) = m (x − 1) + 3 − x ser uma reta, a função deve ser polinomial
f(x) = mx − m + 3 − x do 1o grau.
f(x) = (m − 1)x + 3 − m
Portanto:
Com isso: f(x) = (m² − 9)x² + (m + 3)x + (m − 3) é uma
m−1>0∴m>1 função polinomial do 1o grau para m2 − 9 = 0
e m + 3 ≠ 0.
2. Calcule o zero da função polinomial do 1o
grau f(x) = 2x + 8 − 6x. Com isso:
m² − 9 = 0 ∴ m² = 9 ∴ m = ± 3
Solução:
Encontramos o zero da função polinomial
Porém:
do 1o grau fazendo f(x) = 0.
m + 3 ≠ 0 ∴ m ≠ −3
Logo, 2 x + 8 − 6 x = 0
Então, o valor de m = 3 é a solução.
−8
−4 = −8 → x = → x =2
−4 4. Seja f uma função afim tal que f(−1) = 3 e
Assim, a função é nula no ponto (2, 0). f(1) = 1:

108 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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a) Calcule a lei da função. 6. Uma caixa de 1  de leite, feita de papelão,
tem a forma de um bloco retangular de altura
Solução: 24 cm. Quando tiramos uma xícara de leite
Se a função f é afim, temos: f(x) = ax + b. da caixa, a altura do leite baixa 4 cm.
Mas, substituindo os valores de f(−1) e f(1)
na função f(x) = ax + b, temos: a) Qual é a altura y do leite que resta na caixa
f(−1) = a . (−1) + b → f(−1) = −a + b → depois que retiramos x xícaras?
−a + b = 3 Solução:
f(1) = a . (1) + b → f(1) = a + b → a + b = 1 Se retirarmos x xícaras de leite da caixa, a
sua altura vai baixar 4 . x. Portanto, a altura
Portanto: y do leite que resta na caixa será de 24 − 4x.
− a + b = 3 Isto é: y = 24 − 4x.


 a + b = 1
 b) Após retirarmos 6 xícaras de leite, qual a
Aplicando o método da adição, temos: altura do leite restante na caixa?
4
2b = 4 → b = → b = 2 Solução:
2 Desejamos saber qual o valor de y para x = 6.
Aplicando o valor de b na outra equação, temos: Então: y = 24 − 4 . 6 → y = 0
Não há mais leite na caixa.
a + b = 1

a + 2 = 1 c) Façamos uma tabela substituindo valores

a = −1 para x.

Então, a lei da função é dada por: Xícara (x) Altura do leite (y)
f(x) = −1 . x + 2 → f(x)= −x + 2
x y= x
b) Diga se a função é crescente ou decrescente.
0 24
Solução:
Observamos que o coeficiente de x é nega- 1 20
tivo, portanto a função é decrescente.
6 0

c) Calcule f(3). Portanto, o gráfico de y em função de x é:


Solução:
f(3) = −3 + 2 → f(3) = −1
24
5. Um eletricista cobra uma taxa de 20 reais
pela visita ao cliente e mais 30 reais por hora
1:17 trabalhada. Como calcular o preço final a 20
ser pago já que este depende do tempo de
y (cm)

duração do serviço?
Solução:
Se o serviço do eletricista durar x horas, vai
custar 30 . x reais mais os 20 reais da taxa
de visita. Portanto, o preço final y a ser pago
em reais ao eletricista é dado por:
1 6 x (xícaras)
y = 30x + 20.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 109

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
7. Classifique em verdadeiro (V) ou falso (F), Solução:
de acordo com o gráfico abaixo. Verdadeiro, pois f(−1) = −1, f(0) = 0 e f(1) = 1
Mostre aos alunos que os exercícios y Portanto, f(x) = x
resolvidos são exemplos de resolução
1 d) A função é constante em x
dos problemas propostos nas atividades
Solução:
do livro. Verdadeiro, pois, para x , o gráfico da
–1 4
Oriente os alunos a consultarem os 0 1 3 x
função é uma reta paralela ao eixo do x, en-
tão a função é constante.
exercícios resolvidos quando houver dú-
vidas em relação às atividades. –1 e) Para x , temos f(x)= x − 6
Na seção Aplicação, forme duplas pa- Solução:
a) Para x − 1, a função é linear. Falso, pois, de acordo com o gráfico, temos:
ra resolver os exercícios e esteja sempre
Solução: f(3) = 1 e f(4) = 0. Com isso, observamos
pronto para esclarecer as dúvidas que Falso, pois, para x − , o gráfico da função que, para x , o gráfico é uma reta (função
forem surgindo. Cada dupla deve apre- é uma reta paralela ao eixo do x, então a polinomial do 1o grau) f(x) = ax + b, sendo
função é constante. a < 0. De acordo com o gráfico, temos:
sentar à classe os resultados obtidos. Es-
sa forma de trabalho serve para que os b) A função é crescente para − x . f(3) = a ⋅ 3 + b → f(3) = 3a + b = 1
f(4) = a ⋅ 4 + b → f(4) = 4a + b = 0
alunos respeitem a fala do outro e ava- Solução:
liem o quanto aprenderam. Verdadeiro, pois, para − x , o gráfico da Resolvendo o sistema de equações:
função é uma reta inclinada indo na direção
As atividades, quando feitas em duplas dos quadrantes ímpares.
3a + b = 1



ou em pequenos grupos, podem ser de 
4 a + b = 0

grande ajuda para os alunos mais tímidos. c) Em − x , temos a função identidade Temos: a = −1 e b = 4. Então, a lei da função
f(x) = x. para x ≥ 3 é f ( x ) = −x + 4
Estimule os alunos a resolverem os
exercícios. Ao fazer a correção, fique
atento aos conteúdos sobre os quais eles
apresentaram maior dificuldade oriente-
-os dando as explicações necessárias.
Motive os alunos a enfrentarem possí- 43. Uma pessoa obesa, pesando, num certo momento, 156 kg, recolhe-se a um spa onde se
veis dificuldades que encontrarem na re- anunciam perdas de peso de até 2,5 kg por semana. Suponhamos que isso realmente ocorra.
Nessas condições:
solução dos exercícios.
a) Encontre uma fórmula que expresse o peso mínimo, P, que essa pessoa poderá atingir após
n semanas.
ANOTAÇÕES b) Calcule o número mínimo de semanas completas que a pessoa deverá permanecer no spa
para sair de lá com menos de 120 kg.

44. O valor de um carro novo é de R$ 9.000,00 e, com 4 anos de uso, é de R$ 4.000,00. Supondo
que o preço caia com o tempo, segundo uma linha reta, o valor de um carro com 1 ano de uso é:

a) R$ 8.250,00 b) R$ 8.000,00 c) R$ 7.750,00


d) R$ 7.500,00 e) R$ 7.000,00

110 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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45. Sabendo que os pontos (2, −3) e (− , 6) pertencem ao gráfico da função f : R → R definida
por f(x) = ax + b, determine o valor de b − a.

46. Seja f a função de R em R dada por f(x) = (k2 − 4)x + 3k, na qual k é uma constante real.
Se f é decrescente e seu gráfico intercepta o eixo das abcissas no ponto ( , ), então um outro
ponto do gráfico de f é:

a) (−3, 6) b) (−8, 6) c) (5, −12)


d) (2, 9) e) (3, 6)

47. Um reservatório de água comporta 2.000  e tem forma de um paralelepípedo retangular


cujos lados da base medem 1 m e 2 m. Considere h como a altura do nível da água, medida a
partir da base do reservatório. O gráfico a seguir mostra como variou o nível de água durante
um intervalo de tempo de 8h.
Com base nas informações acima e sabendo, ainda, que
80 não entrou e saiu, simultaneamente, água do reservatório,
é correto afirmar que:
70
a) O volume V de água no reservatório (em litros) e a
60 altura h do nível (em centímetros) estão relacionados
por V = 20 ⋅ h.
50
h (m)

b) Em t = 0, havia 300  de água no reservatório.


40 c) No período de 4h a 5h, foram consumidos 600  de água.
d) Das 2h às 4h, o reservatório esteve cheio.
30 e) O consumo médio de água das 6h às 8h foi maior que
o consumo médio de água das 4h às 5h.
20 f) O consumo médio de água, no intervalo de tempo da
0h às 8h, foi igual a 250 /h.
10 g) No intervalo de tempo da 0h às 2h, a altura h, medida
em centímetros, pode ser expressa em função do tempo,
1 2 3 4 5 6 7 8 9 t (h) medido em horas, por h = 20 + 30t.

48. A seguir, vê-se parte de um gráfico que mostra o valor y a ser pago (em reais) pelo uso de
um estacionamento por um período de x horas.

Suponha que o padrão observado no gráfico não


se altere quando x cresce. Nessas condições, uma
6,5 pessoa que estacionar o seu carro das 22h de certo
dia até às 8h30 do dia seguinte deverá pagar:

5 a) R$ 12,50
y (reais)

b) R$ 14,00
1:18

c) R$ 15,50
3,5
d) R$ 17,00
e) R$18,50
2

0 1 2 3 4
x (horas)

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 111

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49. Leia e responda.

Fábio comprou um celular pós-pago. Ele paga uma assinatura mensal de R$ 50,00 mais uma
taxa de R$ 0,60 por minuto de conversação.

a) Qual será o valor de sua conta mensal se o tempo de conversação acumulado for 60 minutos?
b) Sabendo que Fábio pagou R$ 110,00 de conta, qual foi o tempo de conversação acumulado no mês?

50. Observe o gráfico que mostra a variação da temperatura em determinado dia e responda:

a) Em que período do dia a temperatura perma-


25 neceu constante?
b) Em que período do dia a temperatura esteve
temperatura (°C)

20 em elevação?
c) Em que período do dia a temperatura apresen-
15 tou declínio?
d) Qual foi a temperatura registrada às 12h? E às
24h?
10

4 8 12 16 20 24 tempo (h)

51. A tabela abaixo refere-se a uma função do 1o grau. Encontre a lei de formação dessa função.

x 0 1 2 3 4
y –1 –4 –7 –10 –13

52. Responda:
Os pontos (− , ) e ( , ) pertencem ao gráfico de uma função do o
grau. Qual é a lei de for-
mação dessa função?

1. Ao chegar à frente do hotel, um hóspede

Luna Vandoorne/Shutterstock.com
observou que tinha 4 portas de entrada. En-
tão, questionou-se: de quantas maneiras uma
pessoa poderá entrar no edifício e sair por uma
outra porta diferente da que usou para entrar?

2. Ana trabalha como caixa na loja Legal, que


vende cada camiseta por R$ 15,00. Ana calcula
o valor y a ser pago pelo cliente em função do
número x de camisetas que ele compra. Qual
é a lei de formação dessa função?

112 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

Matematica_2020_9A_04.indd 112 16/09/2019 21:01:19 M

112

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3. O triângulo POR, no plano cartesiano, de 7. (CM−BH) Sejam A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {−3,
vértices P(0, 0), O(6, 0) e R(3, 5), é: −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}. Se f: A → B é uma
função tal que f(x) = x + 2, então a soma de
a) Equilátero. todos os valores do conjunto imagem dessa
função é:
b) Isósceles, mas não equilátero.
c) Escaleno. a) 15 b) 18 c) 20
d) Retângulo. d) 22 e) 25
e) Obtusângulo.
8. O gráfico da função y = 3x − 1 passa pelos
pontos C(0, y) e D(x, 2). Calcule:

a) Os pontos C e D.
Se a é o maior lado do triângulo, temos:
b) f(1)
a² < b² + c² → Triângulo acutângulo
a² = b² + c² → Triângulo retângulo c) f( )
a² > b² + c² → Triângulo obtusângulo d) O gráfico da função.

9. Um rato deve chegar ao compartimento C


4. Calcule o domínio das funções abaixo. passando antes, uma única vez, pelos compar-
timentos A e B.
1− x
3
x +2
a) f ( x ) = b) f ( x ) =
2x + 1 7 x + 21

3x 1
c) f ( x ) = 2
d) f ( x ) = A
x −4 x ⋅ 5 x + 10 B
5. Complete a tabela e escreva a lei de formação C
que relaciona x com y.
Se há 4 portas de entrada em A, 5 em B e 7
x –2 –1 0 1 2 3 4 5 em C, então o número de modos distintos de
chegar a C é:
y 1 2 3
a) 16
6. Analise e responda. b) 27
c) 33
d) 90
L
e) 140
10. (CM−Recife) Uma companhia de telefonia
a) Sendo P o perímetro do quadrado repre- celular possui os seguintes planos: Plano A: taxa
sentado acima, qual é a função que relaciona mensal de R$ 38,50 e R$ 0,84 por minuto além
P com o seu lado? da franquia. Plano B: taxa mensal de R$ 64,50
b) Representando a área desse quadrado por e R$ 0,24 por minuto além da franquia. Os dois
A, qual é a função que relaciona A e L? planos dão 100 minutos de franquia, isto é, 100
c) Complete a tabela: minutos inclusos na taxa mensal.

L (cm) P (cm) A (cm²) Com base nas informações acima, podemos


3 afirmar que:
5
9 a) O plano A é sempre mais barato que o plano B.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 113

:19 Matematica_2020_9A_04.indd 113 16/09/2019 21:01:20

113

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
b) O plano B é mais barato a partir de 145 mi- a) Identificar o tipo de função.
nutos de uso telefônico. b) Determinar a lei de associação que a repre-
Nesta seção, existem atividades com c) O plano A é mais caro depois de gastar 150 senta.
maior nível de dificuldade. Peça que os minutos. c) Identificar os zeros da função.
d) Não existe possibilidade de os custos dos d) Classificar a função quanto ao crescimento,
alunos corrijam as atividades na lousa e dois planos serem os mesmos. justificando a resposta.
compartilhem suas respostas. e) Utilizando 50 minutos de ligação pelo Plano e) Estudar o sinal da função.
As atividades de conclusão do capítu- B, o usuário gastará R$ 77,50.
15. O gráfico da função y = ax + b passa pelos
lo servirão para verificar se ainda há dú- 11. Construa o gráfico das seguintes funções. pontos A(1, 3) e B( , ). Pode-se afirmar que:
vidas. Procure corrigi-las com os alunos.
a) f(x) = −x +3 b) f(x) = 4x − 1 a) f(3) = 10

3 b) f(4) = 12
c) f(x) = −x d) f ( x ) = x −3
SUGESTÃO 2
c) 4 é raiz única da função.
12. A representação gráfica da função y = 5 é
uma reta: d) f(x) < 0 para x < 3
Resolva situações-problemas envol-
2
a) Que intercepta os dois eixos. e) f ( x ) > 0 para x >
vendo funções quadráticas. 5
b) Perpendicular ao eixo das ordenadas.
c) Paralela ao eixo das abscissas. 16. Com base no gráfico abaixo, pede-se:

13. Sabendo que os gráficos das funções li- y


ANOTAÇÕES neares estão representados abaixo, podemos
afirmar que:
y
h(x) = cx x
0
g(x) = bx

f(x) = ax a) Identificar o tipo de função.


b) Determinar a lei de associação que a representa.
x
c) Identificar os zeros da função.
d) Classificar a função quanto ao crescimento,
justificando a resposta.
a) a > b > c b) b > a > c e) Estudar o sinal da função.
c) c > b > a d) a > c > b
e) b > c > a 17. (CM−Salvador) Com base no gráfico abaixo,
pede-se:
14. Com base no gráfico a seguir, pede-se: y
y

0 x
+1 +2

0 +1 x −3

114 Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função

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a) Identificar o tipo de função. 21. Esboce o gráfico de cada função dada abaixo:
b) Determinar a lei de associação que a repre- 1
senta. a) f(x) = x + 2 b) f ( x ) = − x
2
c) Identificar os zeros da função. c) f(x) = −2x + 4
d) Classificar a função quanto ao crescimento,
justificando a resposta. 22. Determine o zero de cada função abaixo:
e) Estudar o sinal da função.
a) f(x) = −2x + 3
18. O lucro de uma empresa na produção de
x peças é dado pela função f(x) = 50x − 500, 1
b) f ( x ) = − x − 12
sendo x um número natural. Pede-se: 3

a) O gráfico do lucro em função do número de 23. (Unicap) A despesa de uma empresa


peças produzidas. com os encargos sociais é dada pela função
b) Quantas peças essa empresa precisa pro- x
duzir, no mínimo, para ter lucro? D ( x ) = 20 + , em que x é número de funcio-
10
19. Resolva. nários, e D(x) é dada em milhares de reais. Se
em determinado mês a despesa foi de 24,4 mi-
a) Para que valores de k a função polinomial lhares de reais, qual o número de funcionários?
do 1o grau f(x) = kx + 3 é crescente?
b) Para que valores de m a função polinomial 24. (Fabi−H/Fabrai) Suponha que o preço do
do 1o grau f(x) = 1 − (3 − m) x é decrescente? ingresso para assistir ao show do comediante
c) Para que valores de q a função polinomial do Nerso da Capetinga seja p e que p está rela-
1o grau f(x) = 4 − (q − 2) x é crescente? cionado com o público pagante, x, pela relação
d) Para que valores de p a função polinomial p = − 0,1 x + 60. Sabendo-se que o preço do
do 1o grau f(x) = − (2p + 1) x + 1 é decrescente? ingresso em uma apresentação foi de R$ 40,00,
o total arrecadado foi de:
20. Para encher o tanque de certo automóvel,
são necessários 52  de combustível. O preço a) R$ 800,00 b) R$ 840,00
de cada litro é R$ 2,10. c) R$ 8.000,00 d) R$ 8.400,00
a) Quanto se paga para encher o tanque es-
tando ele vazio? 25. (UEl) Se uma função f, do 1o grau, é tal que
f(1) = 190 e f(50) = 2.052, então f(20) é igual a:
b) Qual é a quantia y em reais a ser paga quando
se colocam x litros de combustível no tanque? a) 901 b) 909 c) 912
c) Faça o gráfico da função do item b. d) 937 e) 981
d) Qual é a taxa de variação dessa função?

Neste capítulo, aprendemos:


1:20

A identificar um par ordenado (x, y).


O conceito de produto cartesiano.
A relação binária representada no plano cartesiano.
Como escrever uma função a partir de uma relação binária.
A reconhecer uma função afim, bem como construir o seu gráfico.
A resolver problemas envolvendo função do 1o grau.

Capítulo 4 — Produto cartesiano, relação binária e função 115

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115

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BNCC
Objetos de conhecimento
Razão entre grandezas de espécies Função
CAPÍTULO 4
5 polinomial
diferentes.
Grandezas diretamente proporcionais
e grandezas inversamente proporcionais. do 2o grau,
Expressões algébricas: fatoração e pro-
dutos notáveis. ou função
Resolução de equações polinomiais Para começar quadrática
do o grau por meio de fatorações.
Para compreendermos o significado das funções polinomiais do o grau,
também chamadas de funções quadráticas, vamos criar uma situação-problema.
Habilidades trabalhadas no capítulo Os cabos da ponte pênsil, indicada na figura a seguir, formam arcos de pa-
rábola do o grau. As torres de suporte têm m de altura, e há um intervalo
(EF09MA07) Resolver problemas que
entre elas de m. O ponto mais baixo de cada cabo fica a m do leito da
envolvam a razão entre duas grande- estrada. Consideremos o plano horizontal do tabuleiro da ponte contendo o eixo
zas de espécies diferentes, como velo- de x e o eixo de simetria da parábola como sendo o eixo de y perpendicular a
x. Poderíamos calcular o comprimento dos fios de sustentação que ligam verti-
cidade e densidade demográfica. calmente o cabo parabólico ao tabuleiro da ponte utilizando a lei de formação:
(EF09MA08) Resolver e elaborar pro- y
1 2
y= x +4
blemas que envolvam relações de pro- 500
TORRE TORRE
porcionalidade direta e inversa entre A
m

duas ou mais grandezas, inclusive es- m


m
calas, divisão em partes proporcionais
TORRE B O TORRE x
e taxa de variação, em contextos so- TAB LEIRO

cioculturais, ambientais e de outras ESTRADA ESTRADA

áreas.
m
(EF09MA09) Compreender os proces-
sos de fatoração de expressões algé- Assim, podemos, por exemplo, determinar o comprimento do elemento
de sustentação BA, que liga verticalmente o cabo parabólico ao tabuleiro da
bricas, com base em suas relações com ponte, situado a m do eixo y.
os produtos notáveis, para resolver e
elaborar problemas que possam ser
representados por equações polino- ) Considere a, b e c números reais, com a ≠ . Chama-se de função do 2 o
grau toda função f : R → R definida por f(x) = 3x² − x + . Assim, segue-se que:
miais do o grau.
f : R → R x → y = f(x) = ax + bx + c, a, b, c ∈ R e a ≠
) Os zeros de uma função do o grau f(x) = ax² − bx + c são os valores de x
cujas imagens são iguais a zero. Esses valores são dados por:

OBJETIVOS DIDÁTICOS −b ± 
f ( x ) = 0 → a x 2 + bx + c = 0 → x 2 = , em que = b2 − 4ac
2a
−b +  −b − 
x1 = ou x 2 =
2a 2a
Representar graficamente o produto
cartesiano.
Localizar um ponto no plano cartesia- 116 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

no ao conhecer as suas coordenadas.


Determinar a bissetriz dos quadrantes,
representando-a graficamente no plano Matematica_2020_9A_05.indd 116 19/09/2019 15:10:52 Ma

cartesiano.
ANOTAÇÕES
Calcular a distância entre dois pontos
utilizando o teorema de Pitágoras.
Determinar a relação inversa da rela-
ção binária. Identificar o domínio, o con-
tradomínio e a imagem de uma função.
Calcular a imagem de um elemen-
to, dada uma função f definida por uma
equação.
Associar as raízes e o valor numérico
às abscissas dos pontos em que a pará-
bola intercepta o eixo x.

116

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 116 20/09/2019 16:30:23


CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Função polinomial do 2 grau o

1 2 Reconhecer e definir, por meio prático,


A função definida por y = x + 4 é denominada função polinomial do 2o grau, ou
500 uma função polinomial do o grau.
função quadrática. Portanto, y = f(x) é uma função quadrática, tal que a lei de formação que a
determina é do tipo f(x) = ax + b + c, para a ≠ , em que a, b e c são constantes pertencentes Localizar os gráficos no plano carte-
ao conjunto dos reais (R). siano e utilizá-los na análise de funções
1 2
Com isso, comparando a lei de formação y = x + 4 com a função quadráticas.
500
 Identificar o eixo da parábola.
a = 1


500 Relacionar a concavidade da parábola
f ( x ) = a x 2 + bx + c , para a ≠ 0 , temos: b = 0
 com o sinal do coeficiente de x .
c = 4
 Achar o ponto máximo ou mínimo de

Exemplos: uma função do o grau.
a) Vamos determinar os coeficientes a, b e c das funções quadráticas abaixo. Analisar o ponto mínimo e o ponto má-
f(x) = 3x² − x + 5 ximo de uma função quadrática.
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos:
a=3 b=− c=5
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
2
y = x − 2x 2 

a =− 2
3 


 2 Propor trabalho com livros, jornais e re-
Comparando com a função quadrática f(x) = ax + bx + c, temos: b =



3 vistas contendo gráficos ou tabelas para

c=0

 que possa ser analisada cada situação.
f(x) = x² − 16 Levar os alunos a fazerem um estudo dos
a = 1
 gráficos partindo de situações-problema.
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos: b = 0
 Estimular o interesse e a curiosidade
c = −16
para que sejam desenvolvidas diferen-
y = 6x² tes estratégias de cálculo.
a = 6
 Estimular os alunos a trabalharem em
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos: b = 0
 dupla para que possam encontrar outras
c = 0
b) Vamos identificar as funções quadráticas e determinar a, b e c.
formas de resolução, estabelecendo es-
f(x) = (x + 1)² − ( x − 3)² tratégias próprias.
Solução:
Explorar as resoluções de exercícios a
Desenvolvendo os produtos notáveis, temos: partir do cálculo mental.
Estimular os alunos a pesquisarem o
f(x) = (x² + x + 1) − ( x² − x + 9)
f(x) = x² + x + 1 − x² + x − 9 uso da Matemática no dia a dia.
f(x) = −3x² + x − (é uma função quadrática) Respeitar as diferentes interpretações
encontradas na resolução das situações-
Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 117 -problema.

0:52 Matematica_2020_9A_05.indd 117 19/09/2019 15:10:54 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

CONTEÚDOS CONCEITUAIS A partir de exemplos vivenciados no


cotidiano, identifique uma função poli-
Função polinomial do o grau. nomial do o grau.
Representação gráfica das funções polinomiais do o grau. A atividade de leitura do texto História
Concavidade da parábola (para cima ou para baixo). da Ponte Pênsil deve ser realizada em voz
eros, ou raízes, da função polinomial do o grau. alta em sala de aula, visto que dessa for-
Estudo das raízes de uma função quadrática por meio do discriminante. ma os alunos podem exercitar a leitura
Coordenadas do vértice de uma função quadrática. oralizada e a capacidade de reconhece-
Valor máximo e valor mínimo de uma função quadrática. rem, na prática, o que vem sendo expos-
Estudos dos sinais de uma função quadrática. to na teoria.
Forma canônica de uma função quadrática.
Conjunto imagem.

117

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 117 20/09/2019 16:30:23


a = −3

Com isso:  b = 14

c = −8 Produtos notáveis

Quadrado da soma: Produto da soma pela diferença:


(a + b)² = a² + ab + b² (a + b) (a − b) = a² − b²
f(x) = (3x − ) − ( x + 1)²
Quadrado da diferença:
(a − b)² = a² − ab + b²

Solução:
Desenvolvendo os produtos notáveis ou utilizando a técnica de fatoração da diferença de
quadrados, temos:

f(x) = (3x − ) − ( x + 1)²


f(x) = (3x − − x − 1) . (3x − + x + 1)
Fatoração
f(x) = (x − 3) . (5x − 1)
Diferença de dois quadrados:
f(x) = 5x² − x − 15x + 3
A² − b² = (a − b) ⋅ (a + b)
f(x) = 5x² − 16x + (é uma função quadrática)

a = 5

Com isso: b = −16

c = 3

c) Encontre a lei de formação das funções quadráticas, sabendo que os coeficientes a, b e c são:
a= ,b= ec=3

Solução:
Sabemos que a função quadrática é dada por: f(x) = ax² + bx + c

Com isso, a lei de formação será: f(x) = x² + x + 3

3
a = − , b = 0, c = 1
4

Solução:
Sabemos que a função quadrática é dada por: f(x) = ax² + bx + c

3
Com isso, a lei de formação será: f ( x ) = − x 2 + 1
4
2 3
a= , b=− ec=0
5 2.001

Solução:
Sabemos que a função quadrática é dada por: f(x) = ax² + bx + c

2 3
Assim, teremos a seguinte lei de formação: f ( x ) = x− x
5 2.001

118 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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118 M

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História da Ponte Pênsil
Inaugurada em de maio de 9 , a velha Ponte Pênsil começou a ser planejada em
9 pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, com o objetivo de promover o escoa-
mento das águas e evitar a propagação de doenças. A necessidade de conduzir os dejetos
até a ponta do Morro do Itaipu levou o sanitarista a planejar a construção de uma ponte
sobre o Mar Pequeno, em São Vicente, entre os morros dos Barbosas e Japuí. A passagem
facilitaria, inclusive, o acesso à Fortaleza de Itaipu, na área continental do município, até
então de difícil comunicação.
A sua inauguração foi prestigiada por diversas personalidades de fama internacional. A
edificação é exemplo da capacidade da engenharia brasileira. A Ponte Pênsil, quer por sua
aparência monumental, quer por sua comprovada solidez, é, sem dúvida, um dos principais
monumentos históricos da cidade.
A velha ponte ainda conserva vários

iel/Shutterstock.com
materiais originais trazidos de Dortmund,
na Alemanha, para sua construção, como os
cabos de aço que sustentam sua gigantesca
estrutura. As velhas ligações, tombadas pelo

Bas van de
Condephaat, suportam até 6 t, e, em 99 ,
quando completou anos, a ponte ganhou
um sistema de iluminação que a destaca à
noite no cenário vicentino. A iluminação é
idêntica à de outras pontes famosas, como a
Golden Gate, em São Francisco, nos Estados
nidos, e a Ercílio Luz, em Florianópolis.
A reforma em 999 garantiu, à velha senhora, “vitalidade” para a virada do século. A
Empresa Bandeirante de Energia (EBE) firmou parceria com a Prefeitura de São Vicente
com o objetivo de bancar os custos da nova iluminação da ponte. A iluminação foi uma
homenagem da empresa aos anos do Brasil. A obra é uma ponte suspensa de aço.

As parábolas de uma função quadrática podem ser observadas nas fontes ornamentais, que
regulam a umidade relativa do ar nas grandes cidades.
Vadim Petrakov/Shutterstock.com

Fonte na praça central de Braga, Portugal.

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 119

:56

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Para a representação gráfica da fun-


ção polinomial do o grau, há um tipo de
curva geométrica chamada de parábola
1. Determine os valores dos coeficientes a, b e 3. Dada a função polinomial do o
grau
com eixo de simetria vertical. O méto- c nas funções polinomiais do o grau. y = x − 5x + , determine:
do mais comum de traçar o gráfico dessa
a) y = x + − 3 x² a) os coeficientes a, b e c da função.
função é calcular alguns de seus pontos 1
b) f(x) = −3x² + x − 9 b) os valores de y para x = 2 e x = .
que pertencem à parábola, representan- 3
do-os no plano cartesiano, e, em segui- 2
c) y = x + 3 − 3x 2 4. Considerando a função f(x) = x² + 6x ,
5
da, traçar a curva característica da fun- associe os valores corretamente.
d) y = (x − ) − x + 7
ção utilizando tais pontos. a f( ) I
1 2
e) f ( x ) = 12 − x
4 1
b f (− ) II −
2. Determine a função quadrática que expressa 2
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS a área y do retângulo em função de x. c f( ) o III −8
 1
d f   IV −
Explique para os alunos que o gráfico  2 
de toda função do o grau é uma pará- e f (1) V 16
bola cuja concavidade pode estar volta-
5. O dono de uma marcenaria, que fabrica um
da para cima ou para baixo, dependen- certo tipo de armário, sabe que o número de
do do valor do coeficiente a. Se esse coe- armários n que pode fabricar por mês depen-
x de do número x de funcionários trabalhando
ficiente for positivo, a concavidade esta- na marcenaria, e essa dependência é dada
rá voltada para cima caso o coeficiente a pela função n(x) = x² + x. Qual é o número
de empregados necessários para fabricar 6
seja negativo, a concavidade estará vol- 3 x armários em um mês
tada para baixo.
Aproveite para trabalhar com os alu-
nos o estudo da concavidade por meio
epresenta o gráfica das un es polinomiais
do gráfico. do 2o grau
Para construirmos os gráficos das funções polinomiais do o grau, representaremos, no
ANOTAÇÕES plano cartesiano Ox e Oy, os pares ordenados (x, y) que formam uma curva chamada de pará-
bola. Para compreendermos melhor a representação gráfica de uma função quadrática, vamos
começar pela função polinomial do o grau f(x) = x .

Solução:
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.
Isto é:

120 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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120

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 120 20/09/2019 16:30:25


x y = x² (x, y)
y = (− ) = ( , )
y = (−1)² = 1 ( , )
y= = ( , )
1 y = 1² = 1 ( , )
y= = ( , )

A parábola é uma curva que apresenta simetria axial.


Gráfico da função f(x) = x :
y

eixo de
simetria

1 O eixo de simetria da parábola é perpendi-


cular ao eixo x.
– –1 1 x

Observamos que o gráfico da função quadrática polinomial do o grau é uma parábola


com concavidade para cima, e o eixo y é onde o gráfico da parábola se divide em duas partes
simétricas (eixo de simetria).
Vejamos outras representações gráficas de funções quadráticas.

a) f(x) = −x² + x

Solução:
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.
Isto é:
x y = −x² + x (x, y)
y = −(−1)² + (−1) = −3 ( , )
y=− + . = ( , )
1 y = −1² + . 1 = 1 ( , )
y=− + . = ( , )
3 y = −3² + . 3 = −3 ( , )
0:58 Gráfico da função f(x) = −x² + x

y
1
Observamos que o gráfico da
−1 eixo de função quadrática ao lado tem con-
simetria
1 3 x cavidade voltada para baixo, e o pon-
to ( , ) divide a parábola em duas
partes simétricas.
−3

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 121

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121

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 121 20/09/2019 16:30:25


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
b) f(
f x)
x = x² − 5x +

Peça para os alunos calcularem os Solução:


Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
valores arbitrários de x para que possam determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.
encontrar o valor de y e, depois, cons- Isto é:
truir um gráfico para representar os pa- x y = x²
x − 5x + (x,
x y)
x, y
res ordenados no plano cartesiano. y = (−1)² − 5 . (−1) + = ( , )
y= −5. + = ( , )
1 y = 1² − 5 . 1 + = ( , )
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO y= −5. + =− ( , )

2
5 5 5 9  5 9 
Em algumas situações do nosso dia a y =   − 5 x + 4 = −  ,− 
 2 4 
2  2  2 4
dia, nos deparamos com trajetórias que
descrevem parábolas. y= −5. + = ( , )
Veja que as parábolas são encontra-
Gráfico da função f(
f x)
x = x² − 5x + :
das em diversos equipamentos e siste-
mas de vital importância para nossa so-
y
ciedade. Dentre eles, podemos destacar
as antenas parabólicas e os radares.
comum observarmos, no alto de re-
Observamos que o gráfico da função
sidências e edifícios, as antenas parabó- quadrática tem concavidade para cima,
licas, que captam ondas eletromagnéti-  5 −9 
e o ponto  ,  divide a parábola em
cas enviadas por satélites em órbita ao  2 4 
duas partes simétricas.
redor da Terra. Isso somente é possível
devido à propriedade da parábola que
5
consiste em refletir o conjunto de raios 1 2
recebidos em um único ponto (o foco da x
–1
parábola). Nesse ponto, encontra-se po-

sicionado o receptor de ondas, que en- −9 eixo de
simetria
4
viará o sinal recebido para um conversor
que as decodificará e enviará para o re-
c) f(
f x)
x = −x² + 6x − 5
ceptor de televisão.
Os aparelhos de radar operam de Solução:
Primeiro, vamos construir uma tabela de valores reais arbitrários para x e, depois, vamos
forma semelhante às antenas parabó- determinar, no plano cartesiano, os pares ordenados encontrados.
licas, recebendo o eco de pulsos eletro- Isto é:
magnéticos.
122 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

ANOTAÇÕES
Ma

122

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 122 20/09/2019 16:30:26


CURIOSIDADE
x y = −x² + 6x − 5 (x, y)
y = −(−1)² + 6 . (−1) − 5 = − ( , ) Lançamento de projéteis
y = − + 6 . − 5 = −5 ( , )
1 y = −1² + 6 . 1 − 5 = ( , )
Ao ser lançado um objeto (míssil, pe-
y=− +6. −5=3 ( , )
3 y = −3² + 6 . 3 − 5 = ( , ) dra, flecha, etc.), desprezando-se a re-
y=− +6. −5=3 ( , ) sistência do ar, ele descreve uma curva
5 y= −5. + = ( , ) parabólica. Você sabia que, quando um
foguete é lançado, ele faz uma curva na
Gráfico da função f(x) = −x² + 6x − 5
forma de uma parábola
y

3
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
−1 1 5
3 x
A concavidade é a abertura da pará-
bola, que ora está voltada para cima, ora
−5 para baixo. O sentido da concavidade
Observamos que o gráfico depende do coeficiente a:
da função quadrática ao lado
tem concavidade voltada para
baixo, e, no ponto ( , ), a pará- Quando a > , a parábola tem a conca-
bola foi dividida em duas partes
eixo de simétricas. vidade voltada para cima.
simetria
− Quando a < , a parábola tem a conca-
vidade voltada para baixo.
Concavidade da parábola
De acordo com os exemplos anteriores, a parábola pode ter sua concavidade voltada para
cima ou para baixo. Isto é, uma função polinomial do o grau f(x) = ax² + bx + c obedecerá à
seguinte regra geral: ANOTAÇÕES
Se a > , a parábola tem sua concavidade Se a < , a parábola tem sua concavidade
voltada para cima. voltada para baixo.
Graficamente: Graficamente:

y y

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 123

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123

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ANOTAÇÕES

O gráfico de uma função do o grau é uma curva aberta chamada de parábola. Considere a
função do o grau definida por f(x) = ax² + bx + c. Como a ≠ , por definição, segue-se que ou a
é positivo ou a é negativo. Para o ∆ , temos três opções: ou ∆ é positivo, ou ∆ é negativo, ou ∆ é
nulo. Daí, temos as seguintes situações:

Caso I: Quando a >

1) Se ∆ > , o gráfico da fun- ) Se ∆ = , o gráfico da fun- 3) Se ∆ < , o gráfico da fun-


ção do o grau intercepta o eixo ção do o grau intercepta o eixo ção do o grau não intercepta o
das abscissas em dois pontos das abscissas num único ponto. eixo das abscissas.
distintos.

x1 x2 x x1= x2 x x

DESAFIO Caso II: Quando a <

1) Se ∆ > , o gráfico da fun- ) Se ∆ = , o gráfico da fun- 3) Se ∆ < , o gráfico da fun-


ção do o grau intercepta o eixo ção do o grau intercepta o eixo ção do o grau não intercepta o
1. “A Matemática é uma ciência da qual das abscissas em dois pontos das abscissas num único ponto. eixo das abscissas.
não sabemos do que estamos falando, distintos.

nem se o que estamos falando é verda-


x1= x2
de”, essa frase foi dita pelo britânico: x1 x2
x x x
a) Le is Carrol ( – 9 ), matemático
e professor de lógica da niversidade de
Oxford e autor do clássico Alice no País Vejamos alguns exemplos:
das Maravilhas.
a) f(x) = x² − 3x + 5
b) Isaac Ne ton ( 6 – ), filósofo, fí- Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos: a = . Logo, tem concavi-
sico e matemático, um dos inventores do dade voltada para cima, pois a > .

cálculo diferencial e integral. 4


b) f ( x ) = − x 2 + 3
5
c) Bertrand Russel ( – 9 ), ganha- 4
Comparando com a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, temos: a = − . Logo, tem con-
dor do prêmio Nobel de Literatura em cavidade voltada para baixo, pois a < . 5
9 .
c) Determine os valores de m para que a função f(x) = (m − 7) ⋅ x² − 3x − tenha concavi-
d) Andre illes ( 9 ), matemático que dade voltada para baixo.
demonstrou o ltimo Teorema de Fermat
Solução:
mais de anos após ter sido formulado. A função quadrática tem concavidade voltada para baixo, então a < .
Resposta: alternativa c Com isso: m − 7 < → m < 7

d) Determine os valores de k para que a função quadrática f(x) = ( k − 3)x² + 3x − tenha


a concavidade voltada para cima.
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
124 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Veja como fica mais fácil entender a


relação do sinal do discriminante com a
concavidade: Matematica_2020_9A_05.indd 124 19/09/2019 15:11:00

a > 0 Concavidade voltada a < 0 Concavidade voltada


Delta A parábola no plano cartesiano
para cima para baixo

A parábola corta o eixo x em dois


∆>
pontos

A parábola toca, em ponto, o


∆=
eixo x

∆< A parábola não corta o eixo x

124

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 124 20/09/2019 16:30:28


Solução:
Se a função quadrática tem concavidade voltada para cima, então a > . Com isso:
3
2k − 3 > 0 → 2k > 3 → k >
2
e) A variação da temperatura y, num intervalo de tempo x, é dada pela função f(x) = (m² − )x³ +
(m − 1)x² + 3x − . Calcule m de modo que o gráfico da função seja uma parábola com conca-
vidade voltada para cima.

Solução:
Sabemos que a curva da parábola representa o gráfico de uma função polinomial do o grau.
Para que f(x) seja uma função do o grau, devemos anular o coeficiente do termo em x .

Assim:
m² − = ∴ m = ∴ m =
Porém, a parábola tem concavidade voltada para cima.

Então: m − 1 > ∴ m > 1 m = ±2


Portanto, o valor de m = é a solução, pois satisfaz as duas condições 
m > 1

6. Com o auxílio da tabela de valores, construa o gráfico da função definida por:

a) f(x) = x² − x b) f(x) = −x² c) f(x) = x² − 6x +


d) f(x) = −x² + x − 1 e) f(x) = x² + f) f(x) = −x² + 6

7. Classifique em C (concavidade voltada para cima) ou B (concavidade voltada para baixo) as


funções quadráticas abaixo.
2 π
a) f ( x ) = − x 2 + 5 x b) f ( x ) = 2 ⋅ x 2 πx − 3 c) f ( x ) = + x 2 − 3 x + 2
3 3
d) f (x) = x − 5x e) f (x) = (−x + 1) ⋅ (−x − 5) f) f (x) = (x − 1)3 − (x − )3

8. Construa o gráfico da função polinomial do o


grau f(x) = x² − x + e calcule o par ordenado
1:00 (a, b) que pertence ao eixo de simetria.

9. Classifique em V (verdadeiro) ou F (falso). Sendo f(x) = x² + 5x − , podemos afirmar que:


 −1
a) f ( ) = b) f   = 0
 2 
c) O ponto P ( , ) pertence ao gráfico da função f (x).

d) Se x = , f (x) > e) Se x = , f (x) <

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 125

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125

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO n(n − 3)
10. Sabe-se que a fórmula f (n) = expressa o número de diagonais de um polígono
2
A quantidade de zeros, ou raízes, de convexo de n lados. Por exemplo, o pentágono regular convexo adiante possui diagonais.

uma função quadrática depende do valor


do discriminante, ou delta, definido por:

∆ =b ac.

Se ∆ > , a função possui dois zeros


diferentes.
Se ∆ = , a função terá um zero real
duplo (com maior precisão, diz-se que a Responda:

função tem dois zeros iguais). a) Qual é o número de diagonais do heptágono


Se ∆ < , não possui zeros (com maior b) A fórmula f(n) representa uma função quadrática com concavidade voltada para cima ou
precisão, diz-se que a função não tem ze- para baixo

ros reais). c) Calcule o par ordenado que pertence ao eixo de simetria da parábola.

11. Construa a tabela e trace o gráfico das seguintes funções quadráticas no plano cartesiano.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS a) f(x) = x² − 3x + 1


b) f(x) = x² + x + 1

Os zeros, ou as raízes, definem os pon- c) f(x) = x² + 5x

tos em que a parábola intercepta o eixo x.  p2 


Mostre para os alunos onde podemos 12. Calcule p para que a função f ( x ) =  − 8 x 2 + 3 x − 5 tenha a concavidade voltada para cima.
 2 
encontrar, no cotidiano, situações em
que temos a aplicação da parábola. Zeros, ou raízes, da função polinomial do 2o grau
Denominamos zeros, ou raízes, de uma função quadrática f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ ,
os valores de x que anulam essa função. Isto é, os zeros, ou raízes, de uma função quadrática
são obtidos quando resolvemos a equação do o grau ax² + bx + c = (f(x) = ).
ANOTAÇÕES Vejamos alguns exemplos:

a) Seja a função f(x) = x² − 6x + , verifique se os números e representam as raízes dessa


função.

Solução:
Para verificarmos se um número x é raiz da função, basta calcular se o f(x) é igual a zero.
Portanto:
f(1) = 1² − 6 . 1 + 5 ∴ f(1) = , então o número é raiz da função.
f(5) = 5² − 6 . 5 + 5 ∴ f(5) = , então o número é raiz da função.

126 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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126

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Os zeros de uma função do o grau f(x) = ax² + bx + c são os valores de x cujas imagens são
iguais a zero. Esses valores são dados por:

−b ± ∆
f ( x ) = 0 → a x 2 + bx + c = 0 → x = →
2a
−b + ∆ −b − ∆
x1 = ou x 2 = , onde ∆ = b2 − 4ac
2a 2a

Observações:
1) ∆ > , a função tem duas raízes reais e distintas.
) ∆ = , a função tem duas raízes reais e iguais.
3) ∆ < , a função não tem raiz real.

Podemos obter a solução de outra maneira:


Para verificarmos se os números são raízes da função, basta resolver a equação do o
grau.
Sendo x1 e x raízes da equação, temos que:
b
x1 + x 2 = − (soma das raízes)
a
c
x1 ⋅ x 2 = (produto das raízes)
a

Então:
−(−6)
x1 + x 2 = → x1 + x 2 = 6
1
5
→ x1 ⋅ x 2 = 5
x1 ⋅ x 2 =
1 
 x1 + x 2 = 6
Assim, teremos o seguinte sistema: 


 x1 ⋅ x 2 = 5

Como os valores e satisfazem o sistema, eles são raízes da função f(x) considerada.

b) Determine os zeros das funções abaixo.


x
f ( x ) = − + 3x
2
Solução:  x = 0 ou

x2  x  
1:02 Fazendo f(x) = , temos: − + 3 x = 0 → x − + 3 = 0 
  x
2 
 2 
 − +3 = 0


 2

Os zeros de uma função quadrática f(x) são os pontos onde o


gráfico intercepta o eixo das abscissas e são obtidos calculando x1 e
x para f(x) = .

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 127

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127

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ANOTAÇÕES
x
Com isso: − = −3 ⋅ (−1) → x = 6 Graficamente, temos:
2
Portanto, e 6 são os zeros, ou raízes, da
função (admite duas raízes reais e distintas). y

f(x) = x² − x + 1 5

Solução:
Fazendo f(x) = , temos:
x
x² − x + 1 =
∆ = b² − ac c) Determine os zeros das funções qua-
dráticas e esboce os resultados encontrados
∆ = (− ) − . . 1
graficamente.
∆ = 16 − 16
∆ = (admite duas raízes reais iguais) f(x) = −x² + 3x −

−b ± ∆ Solução:
x= Fazendo f(x) = , temos:
2a
 1
−x 2 + 3 x − 2 = 0 ⋅ (−1)
−(−4) ± 0  x1 = 2
x=  x 2 − 3x + 2 = 0
2⋅4  1
 x 2 = ∆ = b2 − 4ac
 2
∆ = (−3) ² − 4 ⋅ 1⋅ (2)
Graficamente, temos: ∆ = 9−8
∆ = 1 ( ∆ > 0 → admite duas raízes reais
y distintas)

−b ± 
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO a> x=
∆= 2⋅a
3 ± 1 x1 = 2
x= 
1 2  x 2 = 1
Estudo das raízes de uma 2
função quadrática por meio x Graficamente, temos:

do discriminante ∆ y
(x) = x² − x + 5

Pelo que foi visto no estudo das equa- Solução:


Fazendo f(x) = , temos:
ções do o grau, temos:
1
x² − x + 5 = x
Se ∆ > , a parábola corta o eixo das ∆ = b² − ac
∆ = (− ) − . . 5
abscissas (x) em dois pontos distintos.
∆ = 16 −
Se ∆ = , a parábola corta o eixo das ∆ = − (∆ < → não admite raízes reais)
f(x) = x² − 6x + 9
abscissas (x) em um único ponto tan- Portanto, a função não possui raízes reais. Fazendo f(x) = , temos: x² − 6x + 9 =
gencia o eixo das abscissas (x) .
Se ∆ < , a parábola não corta e nem tan- 128 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

gencia o eixo das abscissas (x). Para esboçar


o gráfico de uma função quadrática, temos:
Matematica_2020_9A_05.indd 128 19/09/2019 15:11:05 Ma

Sinal de a a (positivo) a (negativo)


(∆) discriminante
x1 x2 x1 x2
x x
∆ (admite duas raízes reais distintas) x e x são as raízes. x e x são as raízes.

x 1 = x2
x
∆= (admite duas raízes reais iguais) x e x são as raízes. x e x são as raízes.
x 1 = x2 x
x
não corta nem tangencia não corta e nem
o eixo das abscissas tangencia o eixo das
∆ (não admite raízes reais) abscissas
x

128

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 128 20/09/2019 16:30:31


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
−b
x + x2 =
Soma das raízes: 1 a
x1 + x 2 = 6 Professor, explore a capacidade de
A parábola toca o eixo y (das ordenadas) no ponto de observação, a reflexão e a imaginação
c abscissa nula (x = ). Sendo f(x) = ax² + bx + c, então
x1 ⋅ x 2 =
Produto das raízes: a f( ) = c. Portanto, ( , c) é o ponto onde a parábola corta dos alunos demonstrando a concavida-
x1 ⋅ x 2 = 9 o eixo y. de da parábola a partir destes desenhos.

Com isso, as raízes são iguais a (admite duas raízes reais iguais).

y A A

9
a>
∆=

A A
3 x

Observe nos desenhos que, quando


a > , a concavidade da parábola está vol-
As antenas parabólicas são espelhos, apesar de não refletirem a luz. tada para cima e fica, na figura, o forma-
Esses equipamentos são construídos para refletir ondas, chamadas de ra-
diofrequências, que, depois de uma reflexão das ondas eletromagnéticas to de uma carinha feliz e, quando a < , a
emitidas pelo satélite, seguem até o seu aparelho de telecomunicação (TV). parábola está voltada para baixo e fica, na
lexaarts/Shutterstock.com

Já o formato de uma parábola se dá numa curva simétrica, possuindo um


eixo de simetria que passa pelo seu vértice, como mostra a figura abaixo. figura, o formato de uma carinha triste.

Sean Pavone/Shutterstock.com
vértice

ANOTAÇÕES
eixo de simetria

Ponte Akashi- aikyo, Japão

Sua aplicação tem abrangência nos mais diversos meios de comunicação de massa, entre outros
aplicativos, como faróis de veículos, pontes pênseis, fornos solares e antenas parabólicas.
Iain Frazer/Shutterstock.com

Torre de sustentação Pendurais

Esquema de pontes pênseis Forno solar – Odeillo, Sul da França


Tabuleiro

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 129

1:05 Matematica_2020_9A_05.indd 129 19/09/2019 15:11:05

129

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SUGESTÃO DE ABORDAGEM

Ressalte a importância da compreen-


são, no gráfico, de que a abscissa do vér-
tice será a média aritmética entre as raí-
13. Determine as raízes das funções quadrá- y
zes da função, e a ordenada do vértice ticas abaixo. v
pode ser encontrada substituindo, na
a) f(x) = x² + 3x + 1
função, o valor da abscissa. b) f(x) = x² − x + 3
c) f(x) = x² − x + x

d) f(x) = x² −
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS e) f(x) = 3x² + 9x Vamos determinar o alcance do disparo.
14. Verifique, através do ∆ (discriminante), 17. Aplicando a soma e o produto das raízes,
O vértice da parábola é definido se as funções quadráticas cortam o eixo do x encontre as funções quadráticas representadas
em dois pontos distintos, um único ponto ou por cada gráfico abaixo.
como sendo o ponto V, que corresponde nenhum ponto e calcule esse(s) ponto(s), se
ao ponto mais extremo dela. definido existir(em) nos reais. a) f (x)
y
pelas seguintes coordenadas: a) f(x) = x² − 9
b) f(x) = x² − 6x + 5
 b ∆ 
 X c) f(x) = − x² − 7
 vértice = − 2a ;Yvértice = − 4a 

d) f(x) = x² − x + 8 − 5 x
e) f(x) = −x² + x − 1
f) f(x) = −6x² + x − −

15. São dados os gráficos de três funções qua-


b) f (x)
ANOTAÇÕES dráticas com f(x) = ax² + bx + c e ∆ = b² − ac. y
Em cada caso, diga se a e ∆ são positivos, ne-
gativos ou nulos.
a) y
b)
y
−1 x


x x

c) c) f (x)
y
y
x

1 7 x

16. ma bala é atirada de um canhão (como


mostra a figura) e descreve uma parábola de
equação y = −3x² + 6 x (sendo x e y medidos −7
em metros).

130 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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130

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Coordenadas do vértice de uma função
quadrática
Considere o gráfico que representa a função quadrática f(x) = ax² + bx + c e o ponto do
vértice V de coordenadas (xv, yv).

y Observamos, no gráfico ao lado,


que as coordenadas do vértice são re-
presentadas pelo ponto de coordena-
das definidas pela interseção entre o
eixo de eixo de simetria e a parábola.
simetria

O eixo de simetria divide a parábola


xv– x1 x – xv
ao meio.
Isto é:
x1 xv x xm − xa xb − xm
x
xa xm xb
xm → Ponto médio.
yv
v xm − x a = x b xm

Com isso, a distância entre x1 e xv é a mesma entre xv e x .


Portanto:
x v − x1 = x 2 − x v
x v + x v = x1 + x 2
x1 + x 2
2 x v = x1 + x 2 → x v = (ponto médio)
2
b
Porém, sabemos que x1 e x são as raízes, e a sua soma é igual a a − .
a
b

x1 + x 2 a b
Então: x v = → xv = → xv = −
2 2 2a
Para determinar a ordenada y v, basta substituir x por xv na função quadrática y = ax² + bx + c:
1:06

y v = a ⋅ x v 2 + bx v + c
2
 b  b b2 b2 b2 b2 c
y v = a ⋅ −  + b ⋅ −  + c → y v = a ⋅ 2 − + c → yv = − +
 2a   2a  4a 2a 4a 2a 1
b2 − 2b2 + 4ac −b2 + 4aac  b2 − 4ac  ∆
yv = → yv = → y v = − . Portanto: y v = −
4a 4ac  4a  4a

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 131

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

O vértice da parábola de uma fun- −b


xv =
2
Dada a equação: a x + bx + c = 0 , temos que: 2a
ção do o grau (V) é um ponto muito im- −∆
yv = → ∆ = b2 − 4 a
ac
portante. Por meio dele, podemos deter- 4a
minar, com a concavidade voltada para O ponto (xv, yv), portanto, representa as coordenadas do vértice da parábola.

cima, o ponto mínimo de V ou, voltada


a) Determine as coordenadas do vértice das seguintes funções quadráticas e esboce os gráficos.
para baixo, o ponto máximo de V.
Veja como ficam, no gráfico, as duas f x)
f( x = x − 7x
7 +6

Solução:
 b
coordenadas∆  de V − b ,− ∆  Para encontrarmos as coordenadas do vértice, podemos utilizar os seguintes procedimentos:
V  ,  2a 4a 
 2a 4a  b (−7) 7 x1 + x 2 1+ 6 7
xv = − → xv = − → xv = xv = → xv = → xv =
2a 2 ⋅1 2 2 2 2

a>0 Sabemos que:

Para x = x1, f(
f x)
x = (nula) a > e ∆=0
a<0 Para x < x1 ou x > x1, f(
f x)
x < (negativa).

−∆ 25
 b ∆  yv = → ∆ = b2 − 4ac → ∆ = (−7)2 − 4 ⋅ 1⋅ 6 → ∆ = 25 → y v = −
V  , 4a 4
 2a 4a  ou
2
7 7 7 49 49 6
∆ x y v = f ( x v ) → y v = f   → y v =   − 7 ⋅ + 6 → y v = − + →
a > 0, yv =V− b , ∆a> 0  2   2  2 4 2 1
 4a
 2a 4a  V (ponto mínimo) yv =
49 − 98 + 24
→ yv = −
25
4 4
a<0
a>0 Com isso, graficamente, temos:

y
7
a<0
2
∆ V (ponto mínimo) x
a > 0 , yv = − 1 3 5 6
4a
eixo de simetria

 b ∆  x
V  ,
 2a 4a  xv

Observamos que:
−25
a>0 4
coordenadas do vértice
a > → Concavidade voltada para cima.
 7 25  ∆ > → Corta o eixo x em dois pontos
V  ,− 
 2 4  distintos.
a<0

132 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. Verifique se a parábola que corresponde ao gráfico da função y = x x toca ou não o eixo x.


Solução:
2 x ² − 2 x − 4 = 0, em que
a = 2 , b = −2 , c = −4
−b ± ∆
∆ = b² − 4ac = (−2) ² − 4 (2)(−4) = x = =
2a
(
− −2 ± 36 ) = x = 2 ± 6 → x ′ = 2 e x ′′ = −1
2 (2) 4
Como o ∆ = 6 > , a parábola corta o eixo x em dois pontos cujas coordenadas são ( , ) e (− , ).

132

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f(x) = −x + x −

Solução:
Para encontrarmos as coordenadas dos vértices, podemos utilizar os seguintes procedi-
mentos:
b −(+4) x + x2 2+2
xv = − → xv = → x v = 2 ou x v = 1 → xv = → xv = 2
2a 2 ⋅ (−1) 2 2
Sabemos que:

b x = 2

x1 + x 2 = − → x1 + x 2 = 4 

1

a 
 2 =2
x

c
x1 ⋅ x 2 =→ x1 ⋅ x 2 = 4
a

yv = − → yv = 0
4a

Observamos que as raízes são iguais, portanto o valor do ∆ = , ou seja:


y v = f (xv) → y v = f ( )
yv = ( ) + ⋅ − → yv = + 8 − → yv =

Com isso, graficamente, temos:

V( , ) coordenadas do vértice
x

Observamos que:
eixo de simetria

a < → Concavidade voltada para baixo.


− ∆ = → Corta o eixo x em um único ponto (o
próprio vértice da parábola).

f(x) = x − x + 6

Solução:
Para encontrarmos as coordenadas dos vértices, podemos utilizar os seguintes procedimentos:
b −(−4) x + x2 2
xv = − → xv = → x v = 1 ou x v = 1 → x v = → sv = 1
2a 2⋅2 2 2
Sabemos que:
b c
x1 + x 2 = − → x1 + x 2 = 2 x1 ⋅ x 2 = → x1 ⋅ x 2 = 3
a a
2
∆ = b2 − 4ac → ∆ = (−4) − 4 ⋅ 2 ⋅ 6 → ∆ = 16 − 48 → ∆ = −32

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 133

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Não existem raízes reais, pois ∆ < 0 .

As coordenadas do vértice são usadas ∆


yv = −
4a
para encontrar o valor máximo e o valor
Como o ∆ = −32 , temos:
mínimo da função, dependendo do sinal
do coeficiente a (concavidade para cima −(−32) 32
yv = → yv = → yv = 4
ou para baixo). 4 ⋅2 8
O valor mínimo da função se dá quan- ou
2
∆ y v = f ( x v ) → y v = f (1) → y v = 2 ⋅ (1) − 4 ⋅ 1+ 6 → y v = 2 − 4 + 6 → y v = 4
do a > 0, y v = − , e o valor máximo,
4a Com isso, graficamente, temos:

quando a < 0, y v = − .
4a y

SUGESTÃO DE ATIVIDADE 5

V( , ) ponto do vértice
1. Nas empresas de produção, o conhe- 3

eixo de simetria
cimento da função quadrática é muito
Observamos que:
utilizado para resolver vários problemas 1 a > → Concavidade voltada para cima.
de otimização (máximos ou mínimos). ∆ < → Não corta nem tangencia o eixo x.
Sabe-se que o custo C para produzir x 1 3 5 x

unidades de certo produto é dado por:

C= x x + 6. (em reais).
Valor máximo e valor mínimo de uma função
quadrática
a) Calcule a quantidade de unidades que
Considere os gráficos que representam a função f(x) = ax² + bx + c, o ponto do vértice V de
a empresa deveria produzir para que coordenadas (xv, yv) e os seus respectivos valores máximo e mínimo.
seu custo fosse mínimo.
Solução: Como é uma parábola de

eixo de simetria
y y
yv V(xv, y v) coordenadas do vértice
concavidade voltada para cima (a > ), V
esse valor mínimo será atingido em seu
vértice. O número de unidades ideal é x1 x x1 x
xv x xv x
dado pelo valor de xv. Vamos usar a fór-
eixo de simetria

mula que vimos anteriormente:

−b −(120) = 30 V
xv = , ou seja, x v = . V(xv , yv) coordenadas do vértice
2a 4

Resposta: unidades. 134 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

b) Calcule o valor mínimo desse custo de


produção. Matematica_2020_9A_05.indd 134 19/09/2019 15:11:11

Solução: Basta agora encontrar o va-


ANOTAÇÕES
lor da função custo (C) para x = . Te-
remos:

C = 2 x ² − 120 x + 6.000
C = 2 (30) ² − 120 (30) + 6.000
C = 1.800 − 3.600 + 6.000
C = 4.200.
Resposta: R . , .

134

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Observe que, quando a < , a ordenada do vértice da parábola representa o valor máximo.
E, quando a > , a ordenada do vértice da parábola representa o valor mínimo.
Resumindo, temos:

Se a > , a função polinomial do o grau f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ , tem um ponto


mínimo, que é representado pela coordenada do vértice.
Se a < , a função polinomial do o grau f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ , tem um ponto
máximo, que é representado pela ordenada do vértice.

Vejamos alguns exemplos:

a) Determine o valor máximo da função polinomial do o


grau f(x) = −x² + 5x − .

Solução:
O valor máximo dessa função é dado pela ordenada do vértice da parábola.
Isto é:
∆ = b2 − 4ac
∆ = 52 − 4 ⋅ (−1) ⋅ (−7) → ∆ = 25 − 28 → ∆ = −3
∆ −(−3) 3
yv = − → yv = → yv = − As coordenadas do vértice são V(xv, y v).
4a 4 ⋅ (−1) 4
O xv representa a abscissa do vértice
e y v, a ordenada do vértice.
3
Logo, o valor máximo dessa função é y v = − .
4

OBSERVAÇÕES

 b 
1 – V − ;− 
 2a 4a 

 ∆  ∆
– Se a > , então Im( f ) = 
y ∈ R : y ≥−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor
mínimo da função.


 4 a 

 4 a

 
∆ ∆
3 – Se a < , então Im( f ) = 
y ∈ R : y ≤−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor


 4a 

 4a
máximo da função.

b) Qual é o valor de x para o qual a função f(x) = 3x² − 6x + admita valor mínimo

Solução:
Devemos calcular xv, pois ele representa o valor correspondente ao ponto mínimo da função.
−(−6)
1:11

b
xv = − → xv = → xv = 1
2a 2⋅3
Logo, a função tem o seu ponto mínimo em x igual a .
Para determinar qual o valor mínimo, devemos calcular o y v .
y v = f (xv) → yv = f (1)
yv = 3 ⋅ 1 − 6 ⋅ 1 +
yv = 3 − 6 + → yv =

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 135

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Logo, o valor mínimo dessa função em y é igual a − .

Incentive os alunos a observarem a re- c) (xv, y v) = ( , ) são as coordenadas do vértice da função f(x) = x² + (3m − 5) x − . Calcule
o valor de m e os valores de f(1) e f( ).
solução dos exercícios da seção Passo a
Passo, avaliando se conseguiram assimi- Solução:
Calculando o valor de m, temos:
lar o conteúdo. preciso motivá-los a en-
b b −b
frentarem possíveis dificuldades na re- xv = − →2=− →2= → −b = −4 → b = 4
2a 2 ⋅ (−1) −2
solução dos problemas.
Reforce os exercícios resolvidos no li- a = −1

vro esclarecendo as dúvidas. Caso te- Vemos que na função f ( x ) :  b = 3m − 5

c = −3
nham dificuldades, faça uma revisão do
conteúdo isso ajudará os alunos na re- Então: m = → 3m = + 5 → 3m = 9 → m = 3

solução dos exercícios. Calculando f(1) e f( ):


f (1) = + ⋅ (1) − 3 = + −3=
f (3) = + ⋅ (3) − 3= 9 + −3=

ANOTAÇÕES Como f(1) = f(3) = , podemos afirmar que x = 1 e x = são raízes da função f(x) = x² + x − .

1. (FGV−SP) ma parede de tijolos será usada Substituindo x por em z = − x, ob-


como um dos lados de um curral retangular. temos z = .
Para os outros lados, usaremos m de tela
x 100 1
de modo a produzir a área máxima. Então, o Portanto: = = = 0, 5
quociente de um lado pelo outro é: z 200 2
Alternativa b
a) 1 parede
b) ,
2. ( FRN) Calcule dois números cuja diferença
c) , x x seja e que forneçam o mesmo produto.
d) 3
Solução:
e) , x e x + são os números procurados.
z y é o produto desses dois números.
Solução:
De acordo com o esquema acima, temos: x
+z= →z= − x Temos:
A área do curral é dada por: y = x . z → y = y = x(x + 8) → y = x² + 8x
x.( − x) → y = − x² + x
A área será máxima quando: O produto será mínimo para:

b −400 b −8
xv = − →x= → x = 100 x =− ⇒x= ⇒ x = −4
2a 2 ⋅ (−2) 2a 2

136 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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Se − é um dos números, o outro é − + . Observando a figura anterior, podemos es-
Portanto, os números procurados são − e . crever:
x+ z= → x + z = 16 → z = 16 − x
3. (Fuvest−SP) De um retângulo de perímetro
e lados cuja medida são x e z, com x < z, a) Chamando de y a área remanescente (a
retira-se um quadrado de lado medindo x. área que sobra), temos:
a) Calcule a área remanescente em função de x. y = (z − x) . x → y = x . z − x²
b) Determine x para que essa área seja a Substituindo z por 16 − x, obtemos:
maior possível. y = (16 − x) . x − x²
Solução: y = 16x − x² − x²
z–x x y = − x + 16x

b) A área será máxima para:


remanescente

y b
área

x x x =−
2a
−16
x= →x=4
2 ⋅ (−2)
z

18. Determine as coordenadas do vértice da parábola de cada função abaixo.

a) f(x) = − x² + 3x − 1 b) f(x) = x² − 3x +
c) f(x) = − x² − x − 5 d) f(x) = x² + x + 5

19. Verifique se as funções admitem valor máximo ou valor mínimo e calcule esse valor.

a) f(x) = x² + x − 3 b) f(x) = −3x² + 3x − 1


c) f(x) = x² − 5x + 3 d) f(x) = −x² + x −

20. Determine m para que a função f(x) = (m − )x² − 5x − tenha valor máximo.

21. Determine a e b para que o gráfico da função f(x) = ax² + bx − tenha vértice V( , − ).
1:14

22. Resolva:

m carrinho de montanha-russa atinge o começo de uma subida em forma de parábola com


velocidade de km/h. A altura (h) que o carrinho atinge em relação ao solo, em função do
tempo (t), é dada pela expressão h(t) = −5t + t − .

a) Em que instante t o carrinho atinge a altura máxima


b) Qual é a altura máxima atingida pelo carrinho

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 137

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
23. ( ece) A função quadrática f assume seu mínimo quando x = e é tal que seu gráfico contém
os pontos (− , ) e ( , − ). O valor de f( ) é:
Em uma função quadrática em que
a) − b) −5 c) 5 d)
y = f (x) = ax + bx + c, com ≠ , cal-
cular os valores de x, que tornam a fun- 24. ( nesp) O gráfico representa uma função f que descreve, aproximadamente, o movimento
ção y = f (x): (em função do tempo t em segundos), por um certo período, de um golfinho que salta e retorna
à água, sendo o eixo das abscissas coincidente com a superfície da água.
Positiva: f (x) > .
Negativa: f (x) < . a) Sabendo que a parte negativa do gráfico de f é constituída
por segmentos de retas, determine em que instante o golfinho

altura (m)
Nula: f (x) = . saiu da água.
b) A parte positiva do gráfico de f é formada por parte de uma
1 parábola, dada por:
tempo (s)  3
− f (t ) = −  t 2 + 6t − 9
ANOTAÇÕES  4 
− Determine quantos segundos o golfinho ficou fora da água e a
altura máxima, em metros, atingida no salto.

25. ( FRRJ) José pergunta a Valdir: “Aquela bola que o jogador do Flamengo chutou, naquela falta
contra o São Paulo na final da Copa dos Campeões, seguiu uma trajetória em forma de parábo-
la ”. “Não”, respondeu Valdir, “pois a bola foi batida com muito efeito. m exemplo de parábola
seria uma bola chutada para frente e para cima, sem efeito e desprezando-se a resistência do
ar”. Considerando o comentário de Valdir, se uma bola fosse chutada para frente e para cima,
sem efeito e desprezando-se a resistência do ar, atingindo altura máxima no ponto ( , ), como
representado no gráfico a seguir, a distância (d), em metros, a partir da origem, do ponto em
que a bola toca o chão pela primeira vez depois de ser chutada, equivale a:

y
( , )
a) 3 m
b) , m
c) m
d) 5 m
e) 6, m
x

x
26. Na figura ao lado, tem-se um quadrado inscrito em ou-
x tro quadrado. Pode-se calcular a área do quadrado interno
subtraindo-se da área do quadrado externo as áreas dos
quatro triângulos. Feito isso, verifica-se que A é uma função
da medida x. O valor mínimo de A é:

a) 16 cm²
x
8–

b) cm
c) cm
x d) cm
e) cm
x

138 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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27. ( FF) A parábola representa o lucro mensal L (em reais) obtido em função do número de
peças vendidas de certo produto.
L (reais)

Determine:

a) O número de peças que torna o lucro nulo.


b) O(s) valor(es) de x que torna(m) o lucro negativo.
c) O número de peças que deve ser vendido para
x (no de peças)
que o lucro seja de R , .

− .

28. ( EPB) ma bola chutada de um ponto B atinge o travessão no ponto T, que dista m do
solo. Se a equação da trajetória da bola em relação ao sistema de coordenadas indicado pela
figura é y = −ax² + (1 − a) x, então a altura máxima atingida pela bola é:

y a) ,
b) ,
T c)
d) 3
e) ,

B x

Estudo dos sinais de uma função quadrática


Considere a seguinte situação-problema.

m automóvel se desloca em movimento uniformemente


variado (M V) cuja função horária é: f(t) = −6 + 8t − t para
f(t), o espaço é percorrido em metros e o tempo é medido tempo (s)
em segundos.
Se a função horária (ou função polinomial do o grau) 1 3
espaço (m)

1:15 do espaço em relação ao tempo f(t) = −6 + 8t − t² é repre-


sentada pelo gráfico ao lado:

Em que momento o automóvel estará na parte posi-


tiva da trajetória
Em que momento o automóvel passará pela origem
dos espaços
Em que momento o automóvel estará na parte nega-
−6
tiva da trajetória

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 139

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Para responder a todas essas perguntas, temos que estudar os sinais de uma função po-
linomial do o grau.
Estudar o sinal de uma função quadrática da forma f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ , significa
determinar para quais valores de x (abscissa) a função:
nula.
positiva.
negativa.
Portanto, vamos mostrar alguns casos do estudo de sinais de uma função quadrática.

1o caso
Quando a função f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ , tem duas raízes reais e distintas.
Concavidade voltada para cima (a > 0 e ∆ > 0).

O eixo das abscissas x divi-


+ + + x1 x + + + de o plano cartesiano em duas
regiões:
– – – – x
Acima: positiva
Abaixo: negativa
zeros, ou raízes, da função

Portanto:

Para x = x1 ou x = x , a função é nula (f(x) = )


Para x < x1 ou x > x , a função é positiva (f(x) > )
Para x1 < x < x , a função é negativa (f(x) < )

OBSERVAÇÕES

1) ∆ > , a função tem duas raízes reais e distintas.


) ∆ = , a função tem duas raízes reais e iguais.
3) ∆ < , a função não tem raiz real.
 b 
) V − ;− 
 2a 4a 

 
∆ ∆
5) Se a > , então m( f ) = 
y ∈ R : y ≥−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor mí-


 4a 

 4a
nimo da função.

 
∆ ∆
6) Se a < , então Im( f ) = 
y ∈ R : y ≤−  . Nesse caso, y v = − é denominado valor


 4a 

 4a
máximo da função.

140 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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Concavidade voltada para baixo (a < 0 e ∆ < 0)

+ + + + + + + +
x1 x2
– – – – x

zeros, ou raízes, da função

Portanto:
Para x = x1 ou x = x , a função é nula (f(x) = ).
Para x < x1 ou x > x , a função é negativa (f(x) < ).
Para x1 < x < x , a função é positiva (f(x) > ).

Exemplos:
a) Vamos estudar o sinal da função f : R → R definida por f(x) = x² − x + 3

Solução:
Inicialmente, vamos encontrar o zero, ou a raiz, da função:
 x + x 2 = 4  x1 = 1
f ( x ) = 0 → x 2 − 4 x + 3 = 0  1 
 x1 ⋅ x 2 = 3  x 2 = 3
 
Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o sinal.

+ + + + + +
1 3
x
– – – –

zeros, ou raízes, da função

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 141

:16 Matematica_2020_9A_05.indd 141 19/09/2019 15:11:16

141

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Portanto:
Para x = ou x = , a função é nula (f(x) = ).
Os zeros de uma função quadrática, ou
Para x < ou x > , a função é positiva (f(x) > ).
função polinomial do o grau, dependem Para 1 < x < , a função é negativa (f(x) < ).
do valor do ∆ da equação ax + bx + c = .
b) Vamos estudar o sinal da função f : R → R definida por f(x) = − x² + 3x − 1
Quando ∆ > , a equação tem duas
raízes reais diferentes, e a parábola tem Solução:
Inicialmente, vamos encontrar o zero, ou a raiz, da função:
dois pontos de interseção com o eixo x.
f(x) = → − x² + 3x − 1 =
Quando ∆ = , a equação tem duas
∆ = b² − ac →
raízes reais e iguais, e a parábola tem um
∆ = (3)² − . (− ) . (−1) →
único ponto de interseção com o eixo x.
∆=9−8=1
Quando ∆ < , a equação não tem raí-
zes reais, e a parábola não tem ponto de 
 1
−3 ± 1   x1 =
Temos: x =  2
interseção com o eixo x. 2 ⋅ (−2) 

x 2 = 1

Para encontrar os zeros, ou raízes, de
Com isso, agora vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.
uma função quadrática f (x) = x + bx = c, é
preciso resolver uma equação do o grau. y
Veja o exemplo:

f (x ) = 0 1
2 + + + + + + 1 x
→ 2 x ² +x
 − 6 = 0
equação do 2° grau – – – –
∆ = 49
−1± 7 zeros, ou raízes, da função
x=
4
3
→ x ′ = e x ′′ = −2
2 Portanto:
1
Para x = ou x = , a função é nula (f(x) = ).
3 2
Os valores −2 e são os zeros da
2 Para x<
1
ou x > , a função é negativa (f(x) < ).
função f (x ) = x + x 6. 2
1
Para < x < 1, a função é positiva (f(x) > ).
2

ANOTAÇÕES
2o caso
Quando a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ , tem uma única raiz real.

142 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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142

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 142 20/09/2019 16:30:49


Concavidade voltada para cima (a > 0 e ∆ = 0)

+ + + x1 = x + + + +
zeros, ou raízes, da função x

Portanto:
Para x = x1 = x , a função é nula (f(x) = ).
Para x < x1 ou x > x , a função é positiva (f(x) > ).

Concavidade voltada para baixo (a < 0 e ∆ = 0)

x1 = x
zeros, ou x
– – – – – – –
raízes, da
função

1:17

Portanto:
Para x = x1 = x , a função é nula (f(x) = ).
Para x < x1 ou x > x , a função é negativa (f(x) < ).

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 143

Matematica_2020_9A_05.indd 143 19/09/2019 15:11:18

143

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 143 20/09/2019 16:30:50


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
3o caso
Partindo de situações presentes no dia a Quando a função quadrática f(x) = ax² + bx + c, com a ≠ , não tem raiz real.

dia dos alunos, leve-os a identificar quan- Concavidade voltada para cima (a > 0 e ∆ < 0)
do uma função é polinomial do o grau.
Construa e analise gráficos de várias y

funções.

SUGESTÃO DE ABORDAGEM

Mostre para os alunos que existe uma


relação entre o coeficiente a e a concavi- + + + + + + + + + +
dade da parábola de uma função do tipo
x
y = ax + bx + c, com a ≠ .
Portanto:
Encontre os zeros (raízes) de uma fun-
Se a > , ∆ < , a função é positiva para qualquer x real (∀ x ∈ R).
ção polinomial do o grau.
Concavidade voltada para baixo (a < 0 e ∆ < 0)

y
SUGESTÃO
– – – – – – – – – – x
Professor, proponha que os alunos
pesquisem situações do cotidiano em
que as parábolas estejam presentes.
Exemplo: ver a parábola formada pelo
esqueitista ao fazer a sua manobra.

ANOTAÇÕES
Portanto:
Se a < , ∆ < , a função é negativa para qualquer x real (∀ x ∈ R).

Exemplos:
a) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = x + x + .
Inicialmente, vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:
f(x) = → f(x) = x² + x + 1 =
∆ = b² − ac → ∆ = 1 − . 1 . 1 → ∆ = −3 (∆ < )
Com isso, agora vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.

144 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2020_9A_05.indd 144 19/09/2019 15:11:18

144

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 144 20/09/2019 16:30:51


y

+ + + + + + + + + +

Como ∆ < e a > , a função não tem raiz real, e a concavidade da parábola é para cima.
Portanto, f(x) > (a função é positiva) para qualquer x real (∀ x ∈ R).

b) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = −x² + x − 6

Solução:
Vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:
f(x) = → f(x) = −x² + x − 6 =
∆ = b² − ac → ∆ = (+ ) − ⋅ (−1) ⋅ (−6) → ∆ = −

Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.

– – – – – – – – – – x

1:18

Como ∆ < e a < , a função não tem raiz real, e a concavidade da parábola é para baixo.
Portanto, f(x) < (a função é negativa) para qualquer x real (∀ x ∈ R).

c) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = x² − x + 1


Solução:
Inicialmente, vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 145

Matematica_2020_9A_05.indd 145 19/09/2019 15:11:18

145

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 x + x 2 = 2  x1 = 1
f ( x ) = 0 → x 2 − 2 x + 1 = 0  1 
 x1 ⋅ x 2 = 1  x 2 = 1
 

Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal.

Se ∆ = , o gráfico da função do
o
grau intercepta o eixo das abscis-
sas num único ponto.

zeros, ou
raízes, da x1= x2
+ + + + função + + + +
1 x
Portanto:
Para x1 = x = , a função é nula (f(x) = ).
Para x < ou x > , a função é positiva (f(x) > ).

d) Vamos estudar o sinal da função f: R → R definida por f(x) = −x² + x −

Solução:
Inicialmente, vamos encontrar os zeros, ou as raízes, da função:

x + x = 4
 x = 2

f ( x ) = 0 → −x 2 + 4 x − 4 = 0 

1 2 

1
 
 1 2 =4
 x ⋅ x  2 =2
 x

Nesse caso, podemos afirmar que a função é positiva para qualquer x ∈ R, com x ≠ .
Com isso, agora, vamos desenhar o gráfico da função e, depois, estudaremos o seu sinal:
zeros, ou
y raízes, da
função

– – – – – – – – x

146 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2020_9A_05.indd 146 19/09/2019 15:11:18 M

146

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Nesse caso, podemos afirmar que a função é negativa para qualquer x ∈ R, com x ≠ .

Portanto:
Para x1 = x = , a função é nula (f(x) = ).
Para x1 < ou x > , a função é negativa (f(x) < ).

Veremos, agora, a relação entre o sinal da função e o valor de ∆.

Se ∆ = , o gráfico da função do o
grau intercepta o eixo das abscissas num único ponto.
x1= x2
x

Agora, vamos fazer um resumo das relações existentes entre as condições dos sinais dessas
funções polinomiais do o grau com o discriminante (∆) e o sinal do coeficiente de x (o valor de a).

Resumo das dicas


Estudar o sinal da função significa analisar para quais valores de x ocorre f(x) > , f(x) =
e f(x) < .
Para isso, precisamos fazer um esboço do gráfico f(x) e da concavidade da parábola.

1o caso: a função tem raízes reais e o


caso: a função tem raízes reais e
distintas. iguais.

x1 x2 x

a < e ∆>0 a < e ∆=0


Para x = x1 ou x = x , f(x) = (nula) Para x = x1, f(x) = (nula)
Para x1 < x < x , f(x) > (positiva) Para x < x1 ou x > x1, f(x) < (negativa)
Para x < x1 ou x > x , f(x) < (negativa)

x1 x
x

a > e ∆>0
Para x = x1 ou x = x , f(x) = (nula) a > e ∆=0
Para x1 < x < x , f(x) < (negativa) Para x = x1, f(x) = (nula)
Para x < x1 ou x > x , f(x) > (positiva) Para x < x1 ou x > x1, f(x) > (positiva)

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 147

:18 Matematica_2020_9A_05.indd 147 19/09/2019 15:11:19

147

ME_Matemática_2020_9A_05.indd 147 20/09/2019 16:30:54


3o caso: a função não tem raízes reais.

a< ← f (x) < , ∀ x ∈ R (negativa) a> ← f (x) > , ∀ x ∈ R (positiva)

29. Dadas as funções de R em R definidas pelas fórmulas a seguir, identifique as que são fun-
ções quadráticas.

a) y = x3 + 8 − x b) y = x + 1 + c) y = x − 3
d) y = x − 3x3 e) y = x − x + 1

30. Dada a função quadrática f(x) = x² + 3x − , para que valor de x tem-se f(x) =
−2 x 2
31. Dada a função f ( x ) = − 2, calcule.
3
a) f(−1) b) f( ) c) f( )

32. (P C) Os pontos A( , ) e B( , − ) pertencem ao gráfico da função f(x) = ax + b. O valor de


a + b é:

a) − 7 b) − c) + 3 d) + 5 e) + 1

33. ( nifor) A função f do 1o grau é definida por f(x) = − 3x + k. O valor de k para que o gráfico
f corte o eixo das ordenadas no ponto de ordenada é:

a) 1 b) c) 3 d) e) 5

34. Trace os gráficos das funções a seguir.


x2 2x 2
a) f ( x ) = b) f ( x ) =
2 3
35. Determine as raízes das funções quadráticas.

a) y = x − 16 b) y = −x + 9x
c) y = x − 5x − 15 d) y = x − x +1

148 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

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148

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36. Observe os gráficos a seguir, cada um deles representa uma função diferente. Indique, em
cada caso, o sinal de a e o número de raízes da função a que se referem.

a) b) c) y d)
y y y
x
x x
x

37. Transforme os trinômios abaixo na forma de (ax + b)² + c.

a) x + x + 8 b) x + x + 5

38. Faça o estudo de sinal das funções a seguir.

a) y = x − b) f (x) = (x + 1)

39. ( FPE) O gráfico da função y = ax² + bx + c é a parábola da figura a seguir. Os valores a, b


e c são, respectivamente:
y
9
a) , −6,
b) − , ,
c) − , ,
d) − , 6,
e) − , 9,
x
3 6

40. Faça a correspondência correta entre as funções e os gráficos a seguir.

I f (x) = (x )

II f (x) = x

III f (x) = (x ) −1

a b c
y y y

x x x

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 149

:20 Matematica_2020_9A_05.indd 149 19/09/2019 15:11:20

149

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Estimule os alunos a resolverem a se-


ção Matemática +. Ao fazer a correção, fi-
que atento aos assuntos sobre os quais os
1. Estude o sinal das funções. a) Obtenha a expressão da função f.
alunos tiveram maior dificuldade e orien-
b) Para que valores de x têm-se f(x) >
te-os, dando as explicações necessárias. a) f(x) = x² + x + 3
b) f(x) = −x² + x − 7. ( FMG) Observe a figura que representa o
A seção Matemática + serve para ava- gráfico de y = ax² + bx + c.
liar o quanto os alunos já aprenderam. c) f(x) = x² + x − 15
d) f(x) = x² − x + 36
muito importante estimulá-los a fazer y
e) f(x) = x² − x +
as atividades. As dúvidas dos alunos in-
f) f(x) = −x² − 3x −
dicam o conteúdo que deve ser revisado,
o que os ajuda a superar as dificuldades 2. A função quadrática f, definida por f(x) = (m − 1)x²
encontradas. + mx + 3m, assume somente valores estrita- x
mente positivos para todo x ∈ R se, e somente
se:
3 3
ANOTAÇÕES a) m < 0 e m > b) 0 < m < Assinale a única afirmativa falsa em relação
2 2 a esse gráfico.
3
c) m > d) m < 1
2 a) ac é negativo. b) b − ac é positivo.
c) b é positivo. d) c é negativo.
e) m <
8. m retângulo está inscrito em um triângulo
3. Determine os valores de k ∈ R, tais que isósceles de cm de altura e 6 cm de base,
f(x) = kx² + (k + 1) x − (k + ) seja estrita- estando a base do retângulo contida na base
mente negativa para todo valor real de x. do triângulo, como mostra a figura. Calcule a
área máxima do retângulo.
4. Dada a função quadrática f(x) = x² − x − , A
calcule a menor solução positiva quando f(x)
é negativa.

5. A área deste retângulo é maior do que


unidades. Quais são os valores reais de x que
atendem a essa afirmativa

8 cm
x
E D

x
Z
6. (FGV−SP) ma função quadrática f tem um x
gráfico cujo vértice é o ponto ( , − ). Sabe-se C
B
que é uma raiz da função. 6 cm

150 Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática

Matematica_2020_9A_05.indd 150 19/09/2019 15:11:21

150

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9. Estude o sinal de cada função do o
grau y
dada abaixo.
3
a) f(x) = −x² − x − 6
b) y = 3x² − 5x +
1
c) y = − x² + 9x −
10. (Covest) O custo C, em reais, para se pro- 1 3 x
–1
duzirem n unidades de determinado produto
é dado por: C = . − n + n . Quantas
A soma dos coeficientes dessa função é igual a:
unidades deverão ser produzidas para se obter
o custo mínimo
a) −1 b) − c) d) 3
11. ( nicap) O custo diário de um indústria
que monta computadores é dado pela fun- 17. (Fundatec) O gráfico na imagem abaixo
ção C(q) = q² − 86q + . , onde C(q) é o representa a função g(x): R → R definida por:
custo em reais e q é o número de unidades
montadas. Quantos computadores devem y
ser montados diariamente, a fim de que o g
custo seja mínimo
12. ( FRS) Se x² + bx + c = e (x + 1)² = são 3
equações equivalentes, então b + c é:

a) 1 b) c) 3 d) e) 5
1
x 2 − 3x
13. Sendo = 1, qual será o valor atri- x
buído a x 2 x − 6
−3 − −1 1 3
14. As raízes da equação f(x) = x² + ax + b, em −1
que f(x) = , são e − . Quais são os valores
atribuídos, respectivamente, a a e b −
(– . , – . )
15. Resolva a equação (m + ) x + x − (m + 1) = , −3
3
sabendo que o produto de suas raízes vale − .
4 a) g(x) = x² + x + d) g(x) = −x² + x +
16. (Idecan) O gráfico a seguir representa a b) g(x) = x + e) g(x) = −x² + x −
função quadrática y = ax² + bx + c. c) g(x) = x² + x −

Neste capítulo, aprendemos:


1:21

O conceito de função quadrática, bem como o reconhecimento de seus coeficientes.


A representação gráfica de uma função quadrática.
A determinar os zeros da função quadrática e também as coordenadas do vértice da
parábola.
A estudar os sinais da função quadrática.
A resolver problemas envolvendo função quadrática.

Capítulo 5 — Função polinomial do 2o grau, ou função quadrática 151

Matematica_2020_9A_05.indd 151 19/09/2019 15:11:21

151

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BNCC
Objetos de conhecimento
Necessidade dos números reais para Números
CAPÍTULO 4
6 racionais e
medir qualquer segmento de reta.
Números irracionais: reconhecimento
e localização de alguns na reta numérica. irracionais
Habilidades trabalhadas no capítulo
(EF09MA01) Reconhecer que, uma vez Para começar
fixada uma unidade de comprimento,
Quando temos uma junção de determinados elementos, podemos designá-
existem segmentos de reta cujo com- -los como um conjunto. Este, por sua vez, pode ser formado por qualquer repre-
primento não é expresso por número sentação em seu interior: os elementos. Quando os elementos são números,
representamos esse conjunto como numérico.
racional (como as medidas de diago-
Os conjuntos numéricos são considerados subdivisões primordiais para a
nais de um polígono e alturas de um representação aritmética matemática. São eles:
triângulo, quando se toma a medida de
cada lado como unidade). Conjunto dos números naturais
(EF09MA02) Reconhecer um número É o conjunto formado pelos números considerados inteiros positivos e o
irracional como um número real cuja número nulo (zero). um conjunto que tem início, mas não tem fim.

representação decimal é infinita e não Símbolo: N = { x / x > 0}


periódica, e estimar a localização de al- Podemos representar como: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …}
guns deles na reta numérica. Caso não apresente o elemento zero, chamamos de conjunto dos números
naturais não nulos (N*).

OBJETIVOS DIDÁTICOS Conjunto dos números inteiros


É o conjunto formado pelos números inteiros negativos, positivos e o
número nulo, também chamado de neutro (zero). É um conjunto considerado
Desenhar, no plano cartesiano, o gráfi- infinito em ambos os intervalos (negativo e positivo).
co da função polinomial do o grau.
Símbolo: Z = { x / x ≤ 0 e x ≥ 0}
Relacionar a concavidade da parábola
Podemos representar como: Z = {...,−5,−4 ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, 4 , 5, ...}
com o sinal do coeficiente a.
Determinar os pares ordenados no Subconjuntos de Z
plano cartesiano da função quadrática. Conjunto dos números inteiros não negativos: não apresenta os elemen-
Determinar os valores arbitrários de tos negativos (Z+).

x para que se possa encontrar o valor Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, …} Elementos iguais ao conjunto dos números naturais.
de y. Conjunto dos números inteiros não positivos: não apresenta os elemen-
Representar, por meio do gráfico, o tos positivos (Z−).
ponto máximo e o ponto mínimo de uma Z − = {...,−5,−4 ,−3,−2,−1, 0}
função quadrática.
152 Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais

CONTEÚDOS CONCEITUAIS Matematica_2020_9A_06.indd 152 19/09/2019 15:18:41 Ma

Conjunto dos números naturais. CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS


Conjunto dos números inteiros.
Conjunto dos números racionais. Conceituar número racional e suas aplicações em problemas do cotidiano.
Representação canônica de um núme- Calcular números decimais e transformá-los em frações.
ro racional. Determinar a diferença entre número racional e irracional.
Conjunto dos números irracionais. Verificar os números racionais e irracionais nos conjuntos numéricos.
Teorema de pitágoras. Observar na reta numérica os números Racionais (Q) e Irracionais (I).
Representação em reta numérica. Aplicar números racionais e irracionais em problemas algébricos.

152

ME_Matemática_2020_9A_06.indd 152 20/09/2019 16:30:13


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Conjunto dos números inteiros não negativos e não nulos: não apresenta os elementos
negativos nem o neutro (Z*+).
ma das maneiras mais salutares
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5,…}
de abordar conjuntos numéricos é mos-
Conjunto dos números inteiros não positivos e não nulos: não apresenta os elementos trando sua nomenclatura básica, ou seja,
positivos nem o neutro (Z*−).
falando a respeito dos elementos e suas
Z *− = {...,−5,−4 ,−3,−2,−1}
representações, bem como os infinitos
numerais existentes entre um intervalo
Conjunto dos números racionais que o representa.
É o conjunto formado pela representação fracionária dos números inteiros. É a união dos
elementos dos conjuntos naturais e inteiros e expressos em forma fracionária. Envolve também
os números decimais exatos e as dízimas periódicas.
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
a
É representado pela letra Q = , sendo b um número diferente de zero.
b

 12 8 2 0 4 4 9 16  Estimular os alunos a trabalharem em
Q =
...,− ,− ,− , , , , , , ...


 3 4 2 5 4 2 3 4  dupla para que possam encontrar outras
a formas de associação dos elementos, es-
Caso não represente um número exato, a fração pode representar resultados com:
b
20 tabelecendo estratégias próprias.
Inteiros: =5
4 Explorar as resoluções de exercícios a
30
Números decimais: = 7, 5 partir do cálculo mental, despertando nos
4
Dízima periódica:
2
= 0, 22222...
alunos o seu lado investigador, curioso.
9 Trabalhar as informações com base
Um número racional pode ser formado através de uma geratriz. Essa geratriz é a represen-
tação aritmética de um número fracionário com resultado periódico.
em uma análise crítica da realidade.
Estimular os alunos a pesquisarem o
uso da Matemática no dia a dia.
Respeitar as diferentes interpretações
encontradas na resolução das situações-
-problema.
1. Verificar se , ... é um número racional.
Solução:
21
0, 212121= através da geratriz, verificamos que é um número racional.
99

2. Represente a fração
375
em números decimais.
ANOTAÇÕES
200
Solução: 375 200
1750 1, 875
375
→ 1500
200
1000
(0 )

Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais 153

8:41 Matematica_2020_9A_06.indd 153 19/09/2019 15:18:42

153

ME_Matemática_2020_9A_06.indd 153 20/09/2019 16:30:13


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Incentive os alunos a observarem a re-


solução dos exercícios resolvidos e ava-
lie se conseguiram assimilar o conteú-
do. preciso motivá-los a enfrentarem 2
1. Identifique o conjunto a que pertence o número x . y2, sendo x = e y = 3.
3
possíveis dificuldades na resolução. Ca-
xy
so eles ainda tenham dificuldades, faça 2. Se x = 1.200.000 e y = , , então qual o valor da operação
3
?
uma revisão do conteúdo. 3. Simplifique a fração
1
e apresente seu valor na forma decimal.
Estimule a visualização de reta numéri- 2
2 2
ca incentivando o raciocínio lógico e de- − 1+
5 1
3+
dutivo do estudante. 2
2 x ² − 3x
4. Sendo x = , , calcule o valor da expressão y = .
0, 5 + 2 x
SUGESTÃO 5. Assinale V para verdadeiro ou F para falso nas afirmações abaixo:
5
a) não é um número racional. b) −1 é um número racional.
3
Construa em sala de aula o diagrama 13 −13
c) O oposto de é . d) 0,999 = 1
de Venn que demonstre a inclusão dos 5 5
conjuntos numéricos entre si. ( sando a 6. Represente as frações em números decimais:

simbologia ⊂, ⊃, ∈, ∉ ). 30 3 4 7
a) b) c) d)
11 5 3 50
7. ( nipar) Considere a e b números racionais quaisquer. Podemos afirmar que é incorreta a
alternativa:
a

R
a)  será um número racional. b) a será um número racional.
2
c) a − b será um número racional. d) a + b será um número racional.

N e) a . b será um número racional.

Z 8. Veja a temperatura média na superfície de alguns planetas:

PLANETA TEMPERATURA
Q R−Q Vênus +475 °C
Júpiter −150 °C

C
Saturno −180 °C
Urano −180 °C
Netuno −220 °C
Em qual dos planetas listados na tabela anterior se verifica a maior temperatura média

9. Calcule: + 475º − 150º − 180º − 180º − 220º

ANOTAÇÕES
154 Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
10. Calcule, expressando os resultados em números decimais:

5 7 4 1 2 1 3 7 Na seção Aplicação, forme duplas para re-


a) − b) − − + c) − −
3 3 5 5 5 6 6 6 solver os exercícios e esteja sempre pron-
3 1 7 1 3 5 to para esclarecer as possíveis dúvidas que
d) − + − e) − + −
4 4 4 9 9 9 surgirem. Cada dupla deve apresentar à
classe os resultados obtidos. Essa forma de
11. Um certo número de caixas foi colocado em uma balança. Todas as caixas têm o mesmo
peso: 1,2 quilograma. Se a balança marcou 48 quilogramas, quantas caixas foram colocadas trabalho serve para que os alunos apren-
na balança? dam a respeitar a fala do outro e avaliem o
12. Maria vai bordar uma toalha retangular de dimensões 12 cm × 8 cm. Quanto ela vai gastar quanto assimilarem do conteúdo.
de renda para bordar todo o contorno dessa toalha? Estimule os alunos a resolverem os
exercícios. Ao fazer a correção, fique
atento para perceber os assuntos que
Conjunto dos números irracionais
suscitaram mais dúvidas. Oriente os alu-
Os números que não se enquadram nos conjuntos naturais (N), inteiros relativos (Z) e ra- nos dando as explicações necessárias.
cionais (Q) são listados no conjunto dos números irracionais. Dentre tais, as raízes quadradas
inexatas e as dízimas não periódicas. Ou seja, as que não apresentam período determinado.
Representado pela letra I, é um conjunto infinito em sua origem e infinito em sua amplitude.
Nele destacamos o número não periódico π, que tem sua representatividade aritmética SUGESTÃO DE ATIVIDADE
como 3,14159265359..., bastante utilizado em cálculos geométricos como área do círculo (A = πr2)
e medida do comprimento da circunferência (C = 2πr).
Professor, organize uma pequena
competição. Divida a turma em dois gru-
pos e peça para cada um elaborar car-
tões com números aleatórios. Elabora-
dos os cartões, recolha-os e faça a troca
entre os grupos, para que cada um iden-
1. Sendo π = 3,14, calcule a área do círculo cujo raio mede 3 cm. tifique-os de modo que o outro grupo re-
Solução: conheça a relação de pertinência ou in-
A = πr 2 clusão. Determine um limite de tempo
A = 3,14 , 32 → A = 3,14 ⋅ 9 → A = 28, 26 cm2 para que possam discutir as respostas.
2. Se o diâmetro de um círculo mede 13 m, qual sua área em cm2, sendo π = 3,14? Quando acabar o tempo, faça a corre-
Solução: ção atribuindo pontos para a equipe que
Se o diâmetro mede 13 m, e o diâmetro = 2x raio, temos r = 6,5 m. Então:
acertar mais respostas, sendo vencedor
A = πr 2
o grupo que obtiver o maior número de
A = 3,14 ⋅ (6, 5)2 → A = 3,14 ⋅ 42, 25 → A = 132, 665 m2
questões corretas.
Transformando para cm2, temos: A = 1.326.650 cm2

ANOTAÇÕES
Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais 155

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
Teorema de Pitágoras
O conjunto dos números racio-
Os números irracionais do tipo a, sendo 0 (zero) um número natural, podem ser repre-
nais nasceu da necessidade de dividir sentados de maneira exata na reta numérica utilizando-se o Teorema de Pitágoras para os
demais, calcula-se sua expressão decimal e representa-se uma aproximação.
quantidades. Portanto, esse é o conjun-
Exemplo:
to dos números que podem ser escritos Verificar se cada um dos seguintes números é racional ou irracional.
na forma de fração. Representado por Q,
o conjunto dos números racionais pos- 25 5
a) = portanto, é um número racional.
9 3
sui os seguintes elementos:
b) 11 é um número irracional.
Q = {x ∈ Q: x = a/b, a ∈ Z e b ∈ N}

A definição acima é lida da seguinte ma-


neira: x pertence aos racionais, tal que x é
igual a a dividido por b, com a pertencente 1. Observe o conjunto A e responda:
aos inteiros e b pertencente aos naturais. 10
 
18 
A= ; 0, 4 ;−6; π;− 7 ;−  
Em outras palavras, se é fração ou um 
2
 10 


número que pode ser escrito na forma de Quais elementos são números irracionais?
fração, então é um número racional. Solução: π, 7 { }
Os números que podem ser escritos 81 + 64
2. O valor da expressão é um número racional?
na forma de fração são: 324 − 25
Solução:
– Todos os números inteiros
81 + 64 9+8 17
– Decimais finitos = = = 1, 3076923077...
324 − 25 18 − 5 13
– Dízimas periódicas. Portanto, o valor da expressão é um número racional.
Os decimais finitos são aqueles que
possuem um número finito de casas de- Representação em reta numérica
cimais. Observe: Podemos representar os números racionais e irracionais na reta numérica real por meio
, de valores aproximados de suas representatividades utilizando o símbolo ≅.

, −2, −1, 0, 1, 2, 3, etc.

, −
1 28
= 5, 6
−6 −5,1 −2,5 2 2 ≅ 1, 41 π = 3,14 4 5
Dízimas periódicas são decimais infi-
nitos, mas que repetem a sequência final
de suas casas decimais. Observe: (−) −6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 (+)

, ...
, ... Os valores que indicam números irracionais são expressos por aproximação.
6, 9 9 9...
156 Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais

ANOTAÇÕES
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13. Complete com os símbolos > (maior que), < (menor que) e = (igual a):
1 1 2 7  2  1 3 2
a) b) c) −  −  d)
2 3 5 5  3   5  7 8
 7  3  3 2
e) 2,07 2,7 f) −  −  g) h) 0,25 0,3
 9   4  5 7

i) 0,2 0,20 j) (−3,2) (−2,8)

14. Identifique como número racional (R) ou como número irracional (I):
1
a) 4,25 b) c) 81 d) 7,171771777...
3
e) 50 f) 8,434343... g) −76 h) − 18

i) 16 j) 1,3333333...

15. Qual é o valor numérico da expressão −4 . x2 + 5 . x − 7, para x = 2?

16. O valor da expressão numérica 60 − 36 + 52, é:


a) −20 b) 20 c) 19 d) 18

17. A alternativa correta é:


a) Todo número inteiro é um número racional.
b) Todo número racional é um número inteiro.
c) Todo número natural é um número inteiro.
d) Todo número racional é um número natural.

18. Marque V para verdadeiro e F para falso:


a) Entre dois números inteiros, existem vários números inteiros.
b) Entre dois números inteiros, existe um único inteiro.
c) Entre dois números racionais, pode existir um número inteiro.
d) Entre dois números, não pode existir nenhum número inteiro.
8:48

19. O número 7:
a) É maior que 7. b) É menor que 7. c) É igual a 7. d) É maior que 3.

20. José, com uma calculadora, determinou o valor de 50 e obteve como resultado 7,0710678...
Pode-se provar que esse número tem infinitas casas decimais e não é dízima periódica. , por-
tanto, um número:
a) Irracional b) Racional c) Natural d) Inteiro relativo

Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais 157

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
7
21. Para marcar o número , primeiro devemos escrevê-lo na forma de um numeral misto,
2
1
Para facilitar o entendimento da reta 3 . Então dividimos o segmento de extremos 3 e 4 em duas partes, contamos uma parte do 3
2
7
numérica real, utilize exemplos que este- para a direita e marcamos .
2
jam presentes no dia a dia.
O exemplo de uma linha de tempo −6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 7 4 5 6
2
ou de andares de um edifício estimula a
compreensão dos alunos. Baseando-se nesse exemplo localize, na reta numérica, as frações racionais a seguir:

Em outras situações, podemos exem- 5 7 10


a) b) c) −
2 2 4
plificar condições de valores quebrados.
Veja exemplos de mercadorias e va- 3 9 15
d) − e) f)
2 2 2
lores monetários encontrados na socie-
dade em que vivemos: 9
g) −
2
Renda: a maioria dos brasileiros tem
salários baixos, que mal podem suprir 22. Sejam os números:
as suas necessidades básicas, enquanto
uma minoria tem salários exorbitantes. 7 180 10
3
10 1+ 3 9 − π − 80
Moradia: muitos brasileiros não têm 2 4 5
condições de ter uma simples casa pró-
pria em um bairro de periferia, e poucos a) Quais são inteiros?
b) Quais são racionais?
possuem casas luxuosas em bairros e ci- c) Quais são irracionais?
dades nobres.
Saúde: a maioria dos brasileiros não 23. Calcule:

tem plano de saúde, ficando à mercê da 1


a) 0, 777... + =
2
saúde pública precária, enquanto a mino-
ria tem condições de pagar um plano de 1
b) 1, 222... + =
6
saúde que dá a assistência necessária.
1
c) 0, 777...− =
2

 1 2
ANOTAÇÕES d) 0, 222... +  : =
 3  3

24. Encontre a fração geratriz de 0,373737...

25. Um fazendeiro dividiu uma área circular de 80 m de raio em setores iguais de ângulo central
45°. Sabendo que o comprimento de uma circunferência de raio r é igual a 2πr, rr, onde π = 3,14,
quantos metros de arame o fazendeiro vai precisar para circundar a figura demarcada

158 Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para reconhecer uma dízima, primei-


ro devemos fazer o estudo dos números
para definirmos se a determinação fra-
cionária resulta em um decimal exato ou
inexato.
Tenha o máximo de cuidado ao estu-
dar cada valor. Primeiro, determine as
frações que irá trabalhar para que o re-
sultado possa estar incluso no conjunto
dos números reais.
M

158

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1. Transcreva todos os números do QUADRO 1 para o QUADRO 2, obedecendo a organização
de cada conjunto.

QUADRO 1

−33 π 21 2 −0,01

7
12% 0,333... 1 − +1
9

100 0,1 +1,23 0, 00000000001 +1000

0 12 −3,012 −78 22,232323...

1
−100 0,5 0,5555... −0,121212...
4

1
25 10¹ 56 10/100
2

1 3 −159 10000000000,0 −(− 64 )

−100
123 −789 −23 − 16
−100

−1,2 1,000000 144 −2,4444... 1,758236418...

QUADRO 2

naturais inteiros racionais irracionais

Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais 159

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
2. Calcule as expressões: 
3 x − 2 y = 7, 20
e) 


2 x − y = 4 , 40
A definição de números irracio- a) 17,352 − 15,2 + 8,3 
b) 35,25 − (4,85 − 1,23 + 17,9) 2 x − y = 3

nais depende da definição de números 8. A solução do sistema 
 é:

 x + y =3
racionais. Portanto, pertencem ao con- 3. Um número natural x que satisfaz a desi- 

junto dos números irracionais todos os gualdade 49 < x < 100 é:


a) S = {(1,1)} b) S = {(2,1)}
números que não pertencem ao conjun- a) 5 b) 6 c) 8 c) S = {(1, 2)} d) S = {(1,0)}
to dos racionais. d) 10 e) 50 e) S = {(0,1)}

Dessa forma, ou um número é racio- 4. Qual dentre os conjuntos abaixo é constituí- 9. Complete usando corretamente as palavras
nal ou ele é irracional. Não existe pos- do somente de números irracionais? ou expressões:
sibilidade de um número pertencer a
esses dois conjuntos simultaneamen-
a) { 3 , 6 , 9 , 12 } exata
infinita e infinita e não
periódica
periódica
te. Sendo assim, o conjunto dos núme- b) { 12 , 15 , 18 , 21 } A representação decimal de:
ros irracionais é complementar ao con-
junto dos números racionais dentro do c) { 12 , 14 , 16 , 18 } a) 0,666… é .

universo dos números reais. b) 2,5 é .


Outra maneira de definir o conjun-
d) { 12 , 16 , 18 , 20 } c) 3,2 é .
to dos números irracionais é a seguin- e) { 3 , 6 , 19 , 25 } d) 2,2362734 é .
te: os números irracionais são aqueles
e) 0,8 é .
que não podem ser escritos na forma de 5. Representa número irracional:
f) 1,73216874… é .
fração. São eles: a) 9 b) − 9 c) −9
g) 0,77… é .
1
– Decimais infinitos. d) 19 e) − h) 5,343434… é .
9
– Raízes não exatas. 6. O valor numérico da expressão x6 − m4 para 10. Complete usando racionais ou irracionais.
x = −1 e m = −2 é:
a) Os números de representação decimal infi-
Os decimais infinitos são números a) 14 b) −2 c) −7 nita e periódica são .
que possuem infinitas casas decimais d) −15 e) −17 b) Os números de representação decimal infi-
nita e não periódica são .
e que não são dizimas periódicas. Por 7. Lucas comprou 3 canetas e 2 lápis pagando
c) Os números naturais são .
exemplo: R$ 7,20. Danilo comprou 2 canetas e 1 lápis
pagando R$ 4,40. O sistema de equações do d) Os números inteiros são .
, 6 9 ...
1o grau que melhor representa a situação é: e) As raízes não exatas são .
π
3 x + 2 y = 7, 20 3 x + y = 7, 20 f) As raízes exatas são .
2 a)  b) 
2 x + y = 4 , 40  x − y = 4 , 40 g) Os números podem ser es-
critos em forma de fração.
 x + y = 3, 60 3 x + 2 y = 7, 20
ANOTAÇÕES c)  d)  h) Os números não podem ser
 x + y = 2, 20 2 x − y = 4 , 40 escritos em forma de fração.

160 Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais

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11. Marque V ou F: 5 50
15. Na sequência numérica 2 , , e 3
quantos são irracionais? 2 2
a) 2,5 é um número racional.
b) 2,5 é um número irracional.
a) 1 b) 2 c) 3
c) 2,5 é um número real.
d) Todos são irracionais.
d) 3 é um número racional.
e) 3 é um número irracional. 16. (UFF – Adaptada) O resultado da operação en-

12. Marque a sentença falsa: tre os irracionais π − 2 vale aproximadamente:

a) Todo número natural é real. a) 2,12


b) Todo número decimal exato é racional. b) 1,12
c) Todo número racional é real. c) 1,53
d) Todo número inteiro é irracional. d) 1,73
e) Todo número decimal não exato e não pe- e) 2,22
riódico é irracional.
17. Analise com atenção as afirmações abaixo
13. Dentre os números: a = 0,171717..., b = e marque a alternativa correta.
0,313113111311113..., c = 0,424224222422224...,
d = 0,897638976389763... e e = 3, marque a
I. O produto de qualquer número inteiro não
sentença verdadeira:
nulo por um número irracional qualquer é
a) Nenhum é racional. um número irracional.
b) Todos são racionais. II. O quadrado de qualquer número irracional
é também um número irracional.
c) Apenas e é racional.
III. Toda fração que possua no numerador um
d) Apenas a, d, e são racionais. número racional tem como quociente tam-
e) Apenas b, c são racionais. bém um número racional.

14. Calcule as seguintes raízes quadradas com a) Apenas alternativa I está correta.
valores aproximados até a 1a casa decimal.
b) Apenas alternativa II está correta.
c) Apenas alternativa III está correta.
a) 7 b) 70 c) 22
d) As alternativas I e II estão corretas.
d) 55 e) 30 e) As alternativas I e III estão corretas.

Neste capítulo, aprendemos:


8:59

O conceito de número racional e suas aplicações em problemas do cotidiano.


A calcular números decimais e transformá-los em frações.
A determinar a diferença entre número racional e irracional.
A verificar os números racionais e irracionais nos conjuntos numéricos.
A observar, na reta numérica, os números Q e I.
A aplicar números racionais e irracionais em problemas algébricos.

Capítulo 6 — Números Racionais e Irracionais 161

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BNCC
Objetos de conhecimento
Porcentagens: problemas que envol-
Matemática
CAPÍTULO 4
7
vem cálculo de percentuais sucessivos.

Habilidades trabalhadas no capítulo


Financeira
(EF09MA05) Resolver e elaborar pro-
blemas que envolvam porcentagens,
com a ideia de aplicação de percen- Para começar
tuais sucessivos e a determinação das
Matematicamente, as operações que envolvem questões monetárias, por-
taxas percentuais, preferencialmente centagens, capitais, lucros e dividendos são estudadas em um capítulo especial
denominado Matemática Financeira.
com o uso de tecnologias digitais, no
Todo e qualquer cálculo que envolva negócios financeiros é aplicado em
contexto da educação financeira. operações através de quantidades monetárias. Essas quantidades envolvem
lucros, empréstimos, aplicações, investimentos, pagamentos, ordens de ser-
viços bancários, etc.

OBJETIVOS DIDÁTICOS
Conceitos financeiros
Capital (C) capital dependendo da taxa percen-
Reconhecer uma inequação do o grau Representa o valor do dinheiro tual aplicada.
com uma variável ou duas variáveis. no momento atual. Esse valor pode
ser de um investimento, dívida ou Acréscimo
Estudar a variação dos sinais das ine- empréstimo. É o valor “acrescido” ao valor do
quações-produto. capital dependendo da taxa percen-
Juros (J) tual aplicada.
Reconhecer uma inequação do o grau Representam os valores obtidos
na variável x. pela remuneração de um capital. Os Prazo
juros representam, por exemplo, o É o período durante o qual o
custo do dinheiro tomado emprestado. capital permanece aplicado.

Taxa de Juros (i) Juros simples


CONTEÚDOS CONCEITUAIS É o percentual do custo ou re- Os juros simples são calcula-
muneração paga pelo uso do dinhei- dos levando em consideração um
ro. A taxa de juros está sempre as- determinado período, por meio da
Taxa de juros. sociada a um certo prazo, que pode fórmula J = C . i . t , em que C é o
Taxas equivalentes. ser, por exemplo, de um dia, um mês capital aplicado; i, a taxa de juros; e
ou um ano. t é o período a que correspondem
Desconto. os juros.
Porcentagem. Índice de taxa percentual
Aplicação estimada a ser acres- Montante (M)
Porcentagem de porcentagem. cida ou descontada do capital em Corresponde ao valor futuro, ou
Cálculos com tecnologias digitais. uma negociação financeira. seja, é o capital mais os juros acresci-
dos ao valor. Assim, M = C + J. Logo,
Desconto o montante dessa aplicação será: M
É o valor “retirado” do valor do = C + C . i . t, então M = C . (1 + i . t).
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

Conceituar juros aplicados por meio 162 Capítulo 7 — Matemática Financeira

de transações financeiras.
Calcular taxas percentuais e aplicá-las
ao cotidiano. Matematica_2020_9A_07.indd 162 16/09/2019 21:03:56

Compreender taxas sucessivas.


Calcular acréscimos e descontos su- Debater e analisar os temas com os alunos usando a situação econômi-
cessivos. ca atual do País.
Entender e aplicar porcentagem por Pesquisar, em revistas e jornais, o índice de inflação, o de desemprego e
meio da Matemática financeira. o custo de vida, para que os alunos analisem a porcentagem dos números
Realizar cálculos por meio das tecnolo- envolvidos e a razão existente entre esses valores.
gias digitais. Estimular os alunos a trabalharem em duplas para que possam encon-
trar outras formas de resolução, estabelecendo estratégias próprias.Des-
pertar nos alunos o seu lado investigador e curioso.
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
Trabalhar as informações com base em uma análise crítica da realidade.
Estimular os alunos a pesquisarem o uso da Matemática no dia a dia.
Explorar as resoluções de exercícios a Respeitar as diferentes interpretações encontradas na resolução das si-
partir do cálculo mental. tuações-problema.

162

ME_Matemática_2020_9A_07.indd 162 20/09/2019 16:37:22


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Professor, faça uma revisão dos con-


ceitos envolvendo razão e proporção de
mesma grandeza para que possa traba-
1. Aplicando-se R$ 300.000,00 à taxa de 5% 2. Uma mercadoria que custa R$ 250,00 foi
ao mês, determine o montante no final de vendida na Black Friday com 28% de descon-
lhar o conteúdo porcentagem com maior
2 anos. to. Qual o valor da mercadoria arrematada entendimento por parte dos alunos.
pelo cliente?
Solução: Organize um trabalho de juros simples
R$ 300.000,00 x 5% = R$ 15.000,00 x 24 me- Solução:
ses em 2 anos = R$ 360.000,00 em que os alunos desempenhem o racio-
28
250 ⋅ = 70 cínio lógico dedutivo. Depois, peça que
Então, o montante é: R . , + 100
R$ 360.000,00 = R$ 660.000,00 Então: 250 − 70 = R$ 180, 00 eles façam comparações, relacionando
o que foi verificado e aplicado na prática.

ANOTAÇÕES

1. À taxa de 2% ao mês, certo capital, em 10 meses, produziu um juro simples de R$ 500,00.


Qual foi o capital aplicado?

2. Considere uma TV no valor de R$ 1.200,00. Determine o valor da TV com o desconto utilizado


à taxa de .

3. Um produto sofreu um aumento de acordo com a taxa de 5%. Determine o valor do produto
considerando que, antes do aumento, seu preço era de R , .

Para calcular o preço de um determinado pro- Se quisermos calcular o preço após um acrésci-
duto após um desconto dado, basta multiplicar o i
mo, basta multiplicar o preço inicial por 1+ .
d 100
preço inicial pela diferença 100 − .
100
Exemplo: Exemplo:
Em uma promoção, uma cafeteira que normal- Na compra de um produto com o cartão de crédito,
mente custa R$ 450,00 estava sendo vendida com devo pagar de acréscimo no valor inicial da
32% de desconto. Sendo assim, o valor pago pela compra a título de juros. Se o produto custa
cafeteira durante a promoção foi: R$ 600,00 à vista, na compra com o cartão de
R$ 450,00 x 0,68 = R$ 306,00. crédito, custará R 6 , x , R 69 , .

4. (BNB) Para ugo, qualquer pessoa com menos de anos é jovem e qualquer pessoa com
anos ou mais é velha. ugo diz que, na empresa em que trabalha, das pessoas são velhas. Ele
verificou também que, entre todas as pessoas da empresa, das mulheres são velhas e dos
homens são velhos. Entre as pessoas que trabalham nessa empresa, a porcentagem de homens é de:
a) 35% b) 40% c) 45% d) 55% e) 65%

Capítulo 7 — Matemática Financeira 163

3:56

163

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
5. Calculando o desconto de , dado em uma parcela de um crediário que inicialmente era
R 9, 6, entende-se que o valor pago foi de aproximadamente:
Peça aos alunos que observem a sala
a) R 9, 6 b) R 9, 9 c) R$ 286,16
de aula e o seu material didático e identi- d) R 6, 9 e) R 9 ,
fiquem taxas percentuais no dia a dia. A
6. Uma duplicata foi descontada em R , pelos dias de antecipação. Se foi usada uma
intenção é que eles identifiquem as dife- operação de desconto comercial simples, com a utilização de 0% à taxa anual de desconto de
rentes taxas que estão presentes no seu 20%, o valor atual do título era de:
cotidiano.
a) R$ 10.500,00 b) R$ 10.200,00 c) R 9. ,
Converse com os alunos sobre os des- d) R$ 8.200,00 e) R .6 ,
contos oferecidos em lojas sob valores
7. Richard investiu R . , com taxa percentual de , ao mês em um banco de sua
de compra à vista e acréscimos em valo- cidade. Após 5 meses, precisou tirar o rendimento. Qual o valor retirado?
res de compra a prazo.
Peça aos alunos que façam uma pes- Porcentagem
quisa sobre taxas cobradas em cartões
Todo cálculo representativo que resulte em um acréscimo, um desconto, uma taxa ou uma
de crédito. informação estatística é considerado matematicamente como porcentagem.
Debata sobre os índices encontrados Pode-se representar a porcentagem como uma fração centesimal
x
, e simbolicamente
100
nas pesquisas. dizemos que é x%.

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

A Matemática Financeira apresen-


1. Comprando um objeto à vista, obtenho um 3. Uma fatura recebeu um abatimento de 35%,
ta um conteúdo que deve ser estudado desconto de R$ 30,00 correspondente a 15% resultando um valor líquido de R . , .
ao longo de todo o Ensino Médio e é im- do preço. Qual o preço real do objeto? Qual era seu valor inicial?

portante que seja bem compreendido Solução: Solução:


30 → 15%
no Ensino Fundamental, pois se trata de 8.750 → 65%
x → 100% x → 100%
um conjunto de conhecimentos de gran-
15 x = R$ 3.000, 00 → x = R$ 200, 00 65 x = R$ 875.000, 00 → x ≅ R$ 13.461, 54
de utilidade na vida por constituir a base
2. m tênis que custava R 9 , estava em

rainbow rays/Shutterstock.com
das operações financeiras. Ela nos possi- promoção por R 9 , . Qual foi o porcen-
bilita, por exemplo, aplicar o dinheiro de tual do desconto?
forma mais racional, economizar, obter Solução:
lucros e realizar investimentos. 490 → 100%
Além disso, existem projetos de lei 392 → x
que propõem a introdução da educação 490 x = 39.200 → x = 80%
financeira no currículo escolar, como O desconto foi de 20%.
uma disciplina, em decorrência do cres-
cimento da nossa economia. 164 Capítulo 7 — Matemática Financeira

Matematica_2020_9A_07.indd 164 16/09/2019 21:03:58

ANOTAÇÕES

164

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8. Foi realizada uma pesquisa para saber qual 13. Na minha comunidade, criou-se um clube
o meio de transporte utilizado pelos alunos de futebol só para garotas. 120 meninas estão
para chegar à escola. Responderam a essa participando. Porém, , admitiram que não
pergunta, 5.000 alunos: 42% disseram que gostam desse esporte. Quantas garotas não
vão de carro; 25%, de moto; e o restante, gostam de futebol?
de ônibus. Calcule todas as porcentagens
possíveis. 14. Para a Olimpíada de Matemática da minha
escola, 25 alunos dos 150 que irão participar
9. m produto que custava R , sofreu usam camisa tamanho G. Que porcentagem essa
um acréscimo de . Qual o valor do produto quantidade representa do total de participantes?
após o acréscimo obtido
15. m produto tem preço de R , à vis-
10. Tropeçando, bati em uma mesa onde ta. A prazo, em 5 parcelas mensais iguais, seu
estavam 20 garrafas de refrigerante. Sobra- preço sofre acréscimo de . Qual é o valor
ram apenas 30% das garrafas sem quebrar. de cada parcela?
Quantas garrafas sobraram e quantas eu
quebrei? 16. Um jogador de futebol, ao longo de um
campeonato, cobrou 40 faltas, transformando
11. Dos 56 bombons que estavam na minha em gols 20% das cobranças. Quantos gols de
gaveta, já comi 25%. Quantos bombons ainda falta esse jogador fez?
me restam?
17. Uma loja lança uma promoção de 10% de
12. Dos pares de sapatos que comprei para desconto no preço dos seus produtos. Se uma
revender, consegui vender 40%. Quantos pares mercadoria custa R$ 250,00, quanto a merca-
ainda me restam para vender? doria passará a custar?

Porcentagem de porcentagem
Algumas situações podem exigir que seja calculada uma sucessão de porcentagens sobre um
determinado valor, como no caso de descontos ou acréscimos sucessivos. Quando isso ocorre,
podemos determinar uma porcentagem equivalente ao multiplicar todas essas porcentagens.

3:58

1. Qual era a dívida de Ana sabendo que R$ 120,00 correspondem a 40% do restante a ser pago
e que ela já tinha pago 30% da dívida?
Solução: x → 70%
Como Ana já havia pago 30% da dívida, então 120 → 30%
ainda restam a serem pagos. 30 x = 8.400 → x = 280, 00

Capítulo 7 — Matemática Financeira 165

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
2. Pedro pagou 60% de uma dívida. Sabendo que R$ 2.000,00 correspondem a 40% do restante
a ser pago, qual era a dívida inicial de Pedro?
Após algumas experiências em sala Solução:
de aula, a partir de atividades, perce- Seja x a dívida.
Pedro pagou 60% . x, restando 40% . x.
be-se que os alunos encontram dificul- Logo:
dades em estabelecer conexão entre o
40 40 1.600 200.000
conteúdo e o cotidiano. Conhecendo a ⋅ ⋅ x = 2.000 → x = 2.000 → 16 x = 200.000 → x =
100 100 10.000 16
importância dessa relação entre o co- x = R$12.500, 00
nhecimento adquirido na escola e o dia a
dia do aluno, o ensino deve ser significa-
tivo para os alunos, a fim de que possam
compreendê-lo melhor. Pode ser pro-
posta para uma das aulas práticas a apli-
18. André tinha certa quantia. Gastou na compra de um livro e do que sobrou na com-
cação de um jogo que trabalha alguns pra de um almanaque, ficando ainda com R ,6 . Qual foi o preço do livro
conceitos de Matemática Financeira.
19. Meu salário é de R . , . é reservado para o pagamento do aluguel da casa e
do que resta, para alimentação. Descontado o dinheiro do aluguel e o da alimentação, quanto
resta para despesas diversas?

20. Sérgio gasta de seu salário com alimentação e do que sobra com moradia. Que
SUGESTÃO DE ATIVIDADE porcentual resta do seu salário?

21. Dentre os inscritos em um concurso público, 60% são homens e 40% são mulheres. Já estão
Jogo “Vida Financeira”, criado pelo 2 3
empregados dos homens e das mulheres. Qual é a porcentagem dos candidatos que já
Banco Santander, para ser jogado por 3 5
possuem emprego?
seus funcionários. Este jogo foi adap-
tado por bolsistas de Iniciação à Do- a) 60% b) 48% c) 64% d) 62%
cência (ID) para ser utilizado em salas
3
de aula. 22. Certa empresa fez uma pesquisa e descobriu que dos clientes pagam rigorosamente em
4
1
O jogo consiste em separar a turma dia,
5
acertam suas dívidas com um certo atraso e os demais estão inadimplentes. A porcen-
em grupos, que formam “famílias”. No tagem de inadimplência dessa empresa é de:
início do jogo, cada família recebe uma
a) 2,5% b) 35,5% c) 5% d) 25%
carta, na qual estão descritos os níveis
de necessidades básicas que cada fa- 23. Um salário sofreu aumento de 30% e passou a ser R$ 2.600,00. Qual o valor do salário antes
do aumento?
mília precisa alcançar com o dinheiro,
sendo elas lazer, conforto, tempo e sa- 24. Em um certo ano, uma empresa produziu um total de . peças. Nos dois anos seguintes,
a produção aumentou 15% e 20% respectivamente.
tisfação. Cada uma dessas cartas tem
níveis diferentes de necessidades vi- a) Qual a produção anual após esses dois aumentos?
b) Qual a porcentagem total de aumento nesses dois anos?
sando-se à diversidade entre as famí-
lias. Em seguida, durante algumas ro- 166 Capítulo 7 — Matemática Financeira

dadas, os grupos participam de leilões,


nos quais são oferecidas cartas que as
famílias precisam comprar, pois cada Matematica_2020_9A_07.indd 166 16/09/2019 21:03:59 Ma

carta fornece duas das necessidades um salário de seis unidades monetá- dados o jogo original trazia uma taxa
que precisam ser satisfeitas por exem- rias. Cada família necessita se controlar de juros simples e desconsiderava a in-
plo, bicicleta fornece tempo e lazer. Du- para fazer seus lances e não entrar em flação, modificações então foram feitas
rante as rodadas, também são ofere- dívidas exorbitantes, sendo que todas de forma a estimular e exigir mais ra-
cidas cartas de investimento, as quais têm o direito de contrair empréstimos ciocínio dos alunos. A cada rodada, é
podem ser aplicadas a qualquer uma quando quiserem, basta que se dirijam estipulado um tipo diferente de juros
das necessidades. No decorrer do ao banqueiro, e, quando isso acontece, cobrados sobre o empréstimo, ora ju-
jogo, cada família terá de passar por a família pode pagar esse empréstimo ros simples, ora juros compostos, com
um imprevisto em algumas cartas, que no final da rodada, eximindo-se de ju- taxas também variando, ou seja, a cada
a obrigará a saldar uma dívida naque- ros. á também a possibilidade de le- rodada, os alunos têm de fazer cálcu-
le momento. var a dívida adiante, pagando juros a los, aplicando os conceitos de juros e
Também é disponibilizado para partir da próxima rodada. neste mo- utilizando a porcentagem e a exponen-
cada família, no início de cada rodada, mento que entram os conceitos estu- cial para calcular corretamente a dívi-

166

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lhas financeiras e, até mesmo, ajudando
os pais, que, em algumas situações, en-
25. Acréscimos sucessivos de e são equivalentes a um único acréscimo de quantos tram em dívidas exorbitantes por não te-
por cento?
rem o domínio de tais conhecimentos.
26. Uma mercadoria sofreu dois aumentos sucessivos: 12% e 15%. Qual foi a porcentagem de
acréscimo sofrida pela mercadoria
Disponível em: https://proceedings.sbmac.org.br/sbmac
27. Nos três primeiros trimestres do ano, a inflação foi respectivamente , e 6 . Nessas /article/vie / 9 / . Acesso em: / 6/ 9. Adaptado.
condições, a inflação acumulada nesse período foi de:

a) 15% b) , c) 12% d) ,
ANOTAÇÕES

Cálculos com tecnologias digitais


Cálculos com características peculiares, A Etnomatemática busca uma melhoria no
cujos detalhes contemplam cálculos algébricos processo de ensino e aprendizagem em Mate-
e diversas formas geométricas, podem ser mática com a incorporação do conhecimento
realizados através da Etnomatemática, Etno- local e de valores humanos, como, por exemplo,
modelagem e tecnologias digitais. a cooperação, a solidariedade e a ética, no cur-
Esse conhecimento passa a ser observado rículo matemático. O objetivo dessa abordagem
de maneira externa, que se estabelece quan- é a promoção da valorização e do respeito às
do os traços matemáticos são projetados em maneiras diferentes que a humanidade utili-
softwares, como o GeoGebra. za diariamente para explicar, entender, com-
Exemplo: etnomodelo êmico em fotografia preender e lidar com as situações-problemas
e etnomodelo ético projetado no GeoGebra. enfrentadas no cotidiano.
Em benefício ao cálculo matemático, tem-
Dmytro Zinkevych/Shutterstock.com

-se a tecnologia digital, que vem se aperfei-


çoando com o passar dos anos. O desenvol-
vimento tecnológico em Matemática pode ser
através de:

Computadores
Calculadoras
Laptops e Internet, ou seja, Tecnologias
da Informação e Comunicação
Tablets

1. Uma mercadoria que custava R$ 180,00 teve, em 2. Um terreno foi vendido por 2 vezes, sendo o
dois meses consecutivos, aumentos de 20% e, no porcentual do lucro inicial de 12% e o último de
terceiro mês, uma redução de preço de 50%. Ao 20%. Determine o percentual que representa o
final do trimestre, a mercadoria estava custando: lucro total, com base no preço inicial do terreno.

a) R$ 152,10 b) R 69,6 3. Um medicamento que custava R$ 40,00


c) R 9,6 d) R$ 126,00 aumentou 30% no primeiro mês e 20% no se-

Capítulo 7 — Matemática Financeira 167

3:59 Matematica_2020_9A_07.indd 167 16/09/2019 21:03:59

da com o banco, ou seja, se é interes- que estiverem em menor desequilíbrio.


sante pagá-la ao final da rodada ou em Durante a aplicação:
rodadas seguintes, levando em conta a Pode-se observar um grande interes-
inflação. Tendo que calcular os juros a se e envolvimento por parte dos alu-
cada rodada, os alunos estão aplicando nos, o que nem sempre ocorre nas au-
os conceitos de Matemática Financeira las tradicionais.
estudados em aulas anteriores além de Observa-se também se os alunos ain-
desenvolverem o seu raciocínio lógico, da apresentavam alguma dificuldade
uma vez que precisavam agir com cau- ao calcularem os juros, principalmente
tela e rapidez. Serão consideradas em os juros compostos e inflação.
equilíbrio financeiro, ou vencedoras, as Constatar se os alunos conseguiram
famílias que tiverem conseguido suprir aplicar os conhecimentos no dia a dia,
todas as necessidades básicas ou as economizando, fazendo melhores esco-

167

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
guinte. Determine o preço desse medicamento 9. Qual o montante da aplicação de um capital
após esses aumentos. de R$ 10.000,00 por 15 meses a uma taxa de
Professor, explore um pouco de história, 5% ao mês?
sugerindo aos alunos uma pesquisa sobre 4. ma indústria, numa época de recessão,
demitiu, em um mês, 10% de seus emprega- 10. (OBMEP) m trabalho de Matemática
a evolução financeira no País e no mundo. dos, que totalizavam 20.000. No mês seguinte, tem questões de Aritmética e de Geo-
Comente com eles sobre conhecimen- há nova demissão correspondente a 5% dos metria. Júlia acertou das questões de
empregados restantes. Aritmética e do total de questões. Qual
tos matemáticos, como a necessidade de o percentual das questões de Geometria
resolver situações econômicas no País, e a) Qual o número de empregados dessa indús- que ela acertou?
tria após esses 2 meses?
promova debates sobre o assunto. b) Qual a porcentagem total de demissão nes- 11. Aplicando R$ 1.200,00 durante 1 ano com
Peça que os alunos resolvam a seção ses dois meses? taxa de 0,6% ao mês quanto terei?
Matemática + em casa. Ao fazer a corre- a) R 9 ,
5. Sobre a compra de um smartphone de R$ 2.300,00,
ção, fique atento para perceber em que recebi um desconto de 15% e, em seguida, outro, b) R 9,
parte apareceu maior dificuldade na reso- que reduziu o valor para R$ 1.564,00. Qual foi a c) R$ 86,40
porcentagem do segundo desconto?
lução das atividades propostas. Oriente os d) R$ 144,00
e) R$ 132,50
alunos dando as explicações necessárias. 6. Dois descontos sucessivos de 30% correspon-
dem a um único desconto de quantos por cento?
tilize a tecnologia digital para aperfei- 12. Felipe pagou 40% de uma dívida. Sabendo
çoar o desenvolvimento tecnológico em que R$ 240,00 correspondem a 40% do restante
7. Sobre uma fatura de R$ 2.000,00, obtive um
a ser pago, qual era a dívida inicial de Felipe?
Matemática. Você pode usar computa- desconto de 10% e, em seguida, outro, que re-
duziu minha fatura a R$ 1.530,00. Qual foi a a) R$ 1.000,00
dores, calculadoras, laptops, tablets, In- porcentagem do segundo desconto?
b) R$ 500,00
ternet e outras tecnologias da informa- c) R$ 1.500,00
8. Aumentar um produto em 40% e, em seguida,
ção e comunicação. conceder um desconto de 20% equivale a au- d) R$ 480,00
mentar o preço original em quantos por cento? e) R$ 1.200,00

Neste capítulo, aprendemos:


ANOTAÇÕES
O conceito de juros aplicados através de transações financeiras.
A calcular taxas percentuais e aplicá-las ao cotidiano.
A compreender taxas sucessivas.
A calcular acréscimos e descontos sucessivos.
A aplicar porcentagem através da Matemática Financeira.
A realizar cálculos através das tecnologias digitais.

168 Capítulo 7 — Matemática Financeira

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entre os ângulos formados por retas pa-
ralelas cortadas por uma transversal.
(EF09MA12) Reconhecer as condições
Segmentos
CAPÍTULO 4
8
necessárias e suficientes para que dois

proporcionais triângulos sejam semelhantes.

OBJETIVOS DIDÁTICOS
Para começar
Identificar que a razão de dois seg-
Na elaboração dos mapas geográficos, na criação de plantas baixas de am-
bientes arquitetônicos, etc., necessitamos de conceitos matemáticos que ajudem mentos é a razão dos números que ex-
na redução e na ampliação dos ambientes a serem representados. Esses procedi-
pressam suas medidas tomadas na mes-
mentos podem ser auxiliados pelo conhecimento e pela aplicação dos conceitos
de segmentos proporcionais. Vamos acompanhar o exemplo prático a seguir: ma unidade.
Identificar e conceituar linhas homólo-
João e Gabriel são dois grandes amigos que planejam viajar de férias para
Fernando de Noronha. Porém, foram antes a uma agência de turismo e rece- gas nos triângulos semelhantes.
beram um mapa com as seguintes informações: Reconhecer as consequências do teo-
Se João e Gabriel es- rema de Tales.
Distância de Natal
colherem viajar de barco,
Aplicar o teorema da bissetriz interna
Fernando

qual é a velocidade média


360 km de Noronha

Tempo
na travessia: em um triângulo.
Ceará

Reconhecer polígonos semelhantes e


de barco 36h
de avião 1h10min Natal do Recife para Fer-
Paraíba
nando de Noronha não semelhantes.
de Natal para Fernan-
Piauí
Reconhecer figuras semelhantes e não
Pernambuco
do de Noronha
semelhantes presentes no cotidiano: ma-
Recife

Alagoas
Distância do Recife
Para calcular a veloci-
pas, fotos, etc.
Sergipe 545 km dade média do barco nessa
Bahia
Tempo travessia, basta calcularmos Desenvolver a noção de semelhança de
de barco 50h a razão entre a distância figuras a partir de ampliações e reduções.
de avião 1h35min percorrida e o tempo gas-
to entre as cidades. Isto é:
Distância do Recife
CONTEÚDOS CONCEITUAIS
para Fernando de Noronha

545
= 10, 9 km/h
50
Tempo gasto do Recife para Razão.
Fernando de Noronha
Razão de segmentos.
Distância de Natal
para Fernando de Noronha
Segmentos proporcionais.
360 Proporção.
= 10 km/h
36 Escala numérica.
Tempo gasto de Natal para
Fernando de Noronha Escala gráfica.
Segmentos comensuráveis.
Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 169 Segmentos incomensuráveis.
Feixe de retas paralelas e retas trans-
versais.
Matematica_2020_9A_08.indd 169 19/09/2019 15:20:57 Teorema de Tales.
BNCC Consequências do teorema de Tales.
Objetos de conhecimento volvam a razão entre duas grandezas de 1o caso: teorema de Tales nos triângulos.
Razão entre grandezas de espécies di-
espécies diferentes, como velocidade e 2o caso: teorema da bissetriz interna.
ferentes. densidade demográfica. 3o caso: teorema da bissetriz externa.
(EF09MA08) Resolver e elaborar pro-
Grandezas diretamente proporcionais e Semelhança de figuras.
grandezas inversamente proporcionais. blemas que envolvam relações de pro- Polígonos semelhantes.
Demonstrações de relações entre os porcionalidade direta e inversa entre Semelhança de triângulos.
ângulos formados por retas paralelas in-
duas ou mais grandezas, inclusive es- Linhas homólogas.
tersectadas por uma transversal. calas, divisão em partes proporcio- Relação da câmara escura.
Semelhança de triângulos. nais e taxa de variação, em contextos Teorema fundamental da semelhança
socioculturais, ambientais e de outras de triângulos.
Habilidades trabalhadas no capítulo áreas. Casos de semelhança (ou critérios de
(EF09MA07) Resolver problemas que en- (EF09MA10) Demonstrar relações simples semelhança) de triângulo.

169

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1o caso: ngulo – ngulo (AA).
2o caso: Lado – ngulo – Lado (LAL).
3o caso: Lado – Lado – Lado (LLL).
Consequências da semelhança de
1) As expressões tais como “ está para ” e “ para ”, que permitem comparações entre nú-
triângulos. meros ou grandezas, são chamadas de razões.
Base média de um triângulo. ) Na razão, “a está para b”
"a "
b”, “a para b”,
b” b”, o elemento a chama-se antecedente,
, ou, ainda, “a : b”
e o elemento b chama-se consequente. b
) A razão entre dois números pode ser considerada como quociente entre eles e, portanto,
como um número racional.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS 4) A sentença matemática que exprime uma igualdade entre duas razões denomina-se proporção.

Recordar igualdade entre duas razões. Razão


Comparar medidas de dois segmentos.
O conceito de razão não se aplica exclusivamente às grandezas ou aos números. Podemos,
Verificar se dois segmentos são co- também, determinar a razão entre segmentos de reta.
mensuráveis ou incomensuráveis.
Sejam os segmentos PQ e RS abaixo:
Identificar segmentos proporcionais.
Ampliar ou reduzir figuras utilizando cm
malha quadriculada. P Q
Distinguir os significados usuais e ma-
1m
temáticos de semelhança entre figuras. R S
Reconhecer se dois polígonos são se-
melhantes, estabelecendo relações en-
tre eles.
Razão entre duas grandezas é uma comparação das medidas dessas grandezas por meio
Relacionar perímetros de polígonos de uma divisão.
semelhantes. Razão entre dois segmentos é a razão dos números que medem esses segmentos na
mesma unidade.
Compreender e utilizar o conceito de
semelhança de triângulos para resolver
PQ 40 cm 40 cm 2
uma situação-problema. A razão entre os segmentos PQ e RS é igual a: = = =
RS 1m 100 cm 5
Enunciar os critérios de semelhança
RS 1m 100 cm 5
dos triângulos. A razão entre os segmentos RS e PQ é igual a: = = =
PQ 40 cm 40 cm 2
Reconhecer um feixe de paralelas e de
retas transversais. A origem da palavra razão vem do latim ratio, que significa divisão, ou o quociente,
Enunciar o teorema de Tales na resolu- a
entre dois números A e B, denotada por: .
ção de problemas. b

Reconhecer um triângulo retângulo. Concluímos que a razão entre dois segmentos é igual à divisão das medidas desses seg-
Mostrar que a altura determina, sobre mentos consideradas numa mesma unidade. Dados dois segmentos, AB e CD , a razão entre
a hipotenusa, dois segmentos que são as AB
eles é indicada por .
projeções dos catetos sobre a hipotenusa. CD
Aplicar às relações métricas do triângu- 170 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

lo retângulo o cálculo de medida de seg-


mentos para a resolução de problemas.

tras formas de resolução, estabelecendo


CONTEÚDOS ATITUDINAIS ANOTAÇÕES
estratégias próprias.
Explorar as resoluções de exercícios a
Debater e analisar os temas com os partir do cálculo mental.
alunos usando a representação geo- Despertar nos alunos o seu lado inves-
métrica. tigador e curioso.
Pesquisar, em revistas e jornais, índi- Trabalhar as informações com base
ce de inflação, de desemprego e de cus- em uma análise crítica da realidade.
to de vida para que os alunos analisem Estimular os alunos a pesquisarem o
a porcentagem dos números envolvidos uso da Matemática no dia a dia.
e a razão existente entre esses valores. Respeitar as diferentes interpretações
Estimular os alunos a trabalharem em encontradas na resolução das situações-
duplas para que possam encontrar ou- -problema.

170

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Segmentos proporcionais
Pelas definições de proporção e razão de segmentos, podemos dizer que quatro segmen-
tos, AB , CD, EF e GH , nessa ordem, são proporcionais quando a razão entre os dois primeiros
for igual à razão entre os dois últimos.

AB EF
=
CD GH

Consideremos os segmentos abaixo:

cm cm
A B M N

cm cm
C D P Q

AB MN
Vamos obter as razões e . Depois, faremos uma comparação entre os seus resultados:
CD PQ

AB 8 cm AB 2 MN 10 cm MN 2
= ⇒ = e = ⇒ =
CD 20 cm CD 5 PQ 25 cm PQ 5

AB MN
Observamos que as razões e são iguais entre si. Temos, então, a igualdade de
duas razões: CD PQ

AB MN 2
= = , que é uma proporção.
CD PQ 5

Concluímos que os segmentos AB , CD, MN e PQ formam, nessa ordem, uma proporção se, e
AB MN
somente se, = . Nesse caso, dizemos que AB , CD, MN e PQ, nessa ordem, são segmentos
CD PQ
proporcionais.

Seja a reta abaixo:

r
C reta r.
(Lê-se r) D
Os pontos C e D, e todos os demais entre eles, formam um segmento de reta. m seg-
mento de reta cujos extremos são C e D é indicado por CD . A medida de um segmento
CD é indicada por CD ou m (CD) .

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 171

171

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Revise os conceitos envolvendo razão


e proporção de mesma grandeza pa- a c
1) ma proporção pode ser representada por a : b :: c : d ou = .
b d
ra que possa trabalhar o conteúdo seg- a c
) Na proporção a : b :: c : d, b e c chamam-se meios; e a e d, extremos. = , a e c são os
mentos proporcionais com maior enten- antecedentes e b e d, os consequentes. b d
dimento por parte dos alunos. ) Para toda proporção, o produto dos meios é igual ao dos extremos.
4) As telas de todos os televisores do mundo são retângulos semelhantes entre si, que são se-
Organize um trabalho de Desenho melhantes a um retângulo de lados e . Para esse cálculo, devemos usar a relação de semelhança
Geométrico em que os alunos desenhem b 4
= .
a mesma figura em vários tamanhos. De- h 3
pois, peça que eles façam comparações,
relacionando cada objeto com outros de
estruturas semelhantes, proporcionais.
Essas explicações são feitas com compa- Proporção

rações demonstrando a igualdade a par- Dizemos que os números reais a, b, c e d, com b ≠ 0 e d ≠ , formam, nessa ordem, uma propor-
a c
tir de ângulos congruentes, lados pro- ção se = .
b d
porcionais e figuras semelhantes. Propriedades fundamentais das proporções:
Incentive os alunos a observarem a reso-
a c a c a −b c −d
lução dos exercícios na seção Passo a Passo, 1a propriedade: = → a ⋅d = b⋅c a
propriedade: = → =
b d b d b d
avaliando o quanto conseguiram assimilar
a c a+b c +d a c ab  a 
2
do conteúdo. preciso motivá-los a enfren- a
propriedade: = → = 6a propriedade: = → = 
b d a c b d cd  b 
tarem possíveis dificuldades que surjam
a c a+b c +d a c ab  c 
2
durante a resolução dos problemas. a
propriedade: = → = 7a propriedade: = → = 
b d b d b d cd  d 
a c a −b c −d
4 a propriedade: = → =
b d a c
ANOTAÇÕES

1. Verifique se os segmentos abaixo formam, na ordem apresentada, uma proporção.

cm cm
A B E F

cm cm
C D G H

172 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

172

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Solução: Logo, a razão:
Vejamos se é verdadeira a proporção:
DM x DM x
AB EF 5 20 = → =
= , ou seja, = DE x + y DE 5x
CD GH 10 40 x+
3
Aplicando a propriedade fundamental das DM x DM 3 x DM 3
proporções ⋅ 40 = 10 ⋅ , temos = = → = → =
DE 3x + 5x DE 8x DE 8
, o que é uma sentença verdadeira. Logo:
3
AB , CD, EF e GH são segmentos proporcionais. Logo, a razão:
5
2. No segmento da figura, M está localizado de x
ME y ME
DM 3 = → = 3
tal modo que = . DE x+y DE 5
ME 5 x+ x
3
5x
D M E ME ME 5 x 3
= 3 → = ⋅
DE 5x DE 3 8x
x+
3
DM ME
Qual é o valor das razões e ME 5 x ME 5
DE DE = → =
DE 8x DE 8
Solução:
De acordo com as propriedades fundamen-
tais das proporções, temos: 3. Dada a figura:

DM 3 DM + ME 3 + 5 B C
= → =
ME 5 DM 3
h
Porém: DM + ME = DE
A b D
Com isso, temos:
DE 8 DM 3 Sabe-se que o perímetro desse retângulo é
= → =
DM 3 DE 8 m, e a razão entre o comprimento (b) e a
2
DM 3 DM + ME 3 + 5 altura (h) é . Calcule a área desse retângulo.
= → = 5
ME 5 ME 5

Mas sabemos que: DM + ME = DE


DE 8 ME 5 O perímetro do retângulo é a soma das me-
Com isso: = → = didas de todos os seus lados, e a área é igual
ME 5 DE 8
à base multiplicada pela altura.
Outra solução:

D M E Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
Se DM = x e ME = y , temos: b 5
2b + 2h = 70 e =
DM 3 x 3 5 h 2
= → = → y= x Com isso, temos o sistema:
ME 5 y 5 3

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 173

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

2b + 2h = 70 : (2) b + h = 35


 
b 5 → 
b 5
  =
A escala é a distância representada 

=
h 2



h 2
no papel em relação à distância na rea- sando as propriedades fundamentais das proporções, temos:
lidade. Para calculá-la, devemos dividir a
b 5 b+h 5+2 35 7
distância (numerador), que será sempre = → = → = → 7h = 70 → h = 10
h 2 h 2 h 2
o valor unitário ( ), pelo denominador,
que é o número de vezes que a realida- b 5 b+h 5+2 35 7
= → = → = → 7 b = 35 ⋅ 5 → b = 5 ⋅ 5 → b = 25
de foi reduzida. Definimos a razão ou re- h 2 b 5 b 5

lação de semelhança da seguinte forma: Portanto, a área do retângulo é:


rea do retângulo = base ⋅ altura
d 1 rea do retângulo = ⋅ 10 = m
Escala = = constante
DN 4. Dada a figura ao lado:
D m C
Sabendo que ABCD é um quadrado de lado m, expli-
D é um comprimento tomado no terre-
que quando a razão entre dois segmentos pode ser um
no, denominado distância real natural. número irracional e quando pode ser um racional.
d é um comprimento corresponden-
Solução:
te no desenho, denominado distância De acordo com a figura, vamos calcular o valor de x

m
através do Teorema de Pitágoras.

m
prática.

x
N é fator de redução entre a grandeza → x 2 = 22 + 22 → x 2 = 4 + 4 → x 2 = 8 → x = 2 2 m
gráfica e sua correspondência no terreno.
A razão entre dois segmentos pode ser um número ir-
Obseve que, quanto maior for o de- racional quando uma das medidas do segmento for um
número irracional. Isto é: A m B
1
nominador da relação , menores serão
N AB 2 AB 1 2 AB 2
= → = ⋅ → =
a escala e o desenho. AC 2 2 AC 2 2 AC 2

A razão entre dois segmentos pode ser um número racional quando a medida desses seg-
mentos for racional.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
AB 2 AB
= → =1
BC 2 BC
Caso os alunos tenham dúvidas, faça
uma revisão do conteúdo, isso os ajuda-
Grandezas e escalas
rá a superarem as dificuldades encontra-
das na resolução dos exercícios. As escalas permitem representar, de forma gráfica, um espaço geográfico conservando a propor-
ção real dos elementos representados. Os mapas podem utilizar duas escalas: numérica ou gráfica.
Faça um debate sobre as questões re-
Escala numérica: representada em forma de fração, ou razão, em que o valor do nu-
solvidas no livro, favorecendo a com- merador é o do mapa, e o denominador é o valor referente ao espaço real.
preensão, passo a passo, do que foi feito. Por exemplo: em : . , cada cm no papel (mapa) corresponde a . cm no espaço real.

174 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

ANOTAÇÕES
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Escala gráfica: Representa, de forma gráfica, a escala numérica.

0 100 km

Cada unidade da escala, ou seja, cm, representa km no espaço real.


Assim, num mapa, a escala tem a função de mostrar a relação entre a medida no mapa e
as dimensões reais.

) Existem variáveis relativas a escalas de medidas que podem ser divididas em: escalas nomi-
nais, ordinais, intervalares e proporcionais — razão e proporção.
) As escalas nominais são registros essencialmente qualitativos e se referem ao tipo de sujeito,
de objeto ou de acontecimento. E, para que se faça o princípio da exaustividade, será preciso que
todos os dados possíveis tenham uma classificação muitas vezes denominada de outros.
) As escalas nominais devem ser usadas apenas nas relações de igualdade e diferença. Os
números dados a essas variáveis nominais servem apenas como identificação ou para associar a
uma categoria a que pertença. Exemplos: código postal, sexo, cor dos olhos e código de barras.
) As escalas ordinais podem ser crescentes ou decrescentes, variando entre os patamares
mínimos e máximos e geralmente se diferem em rótulos, sendo estes apenas para diferenciar o
mesmo produto. Exemplos: o ranking dos jogadores, os rótulos do mesmo vinagre.
) As escalas ordinais são variáveis utilizadas para aferir (medir) determinadas características,
além de identificá-las em uma determinada classe e um determinado critério. Exemplos: nível
social, escala de medidas de opiniões e nível salarial.

1. (Mackenzie) Considere que a distância real, a) : . .


em linha reta, entre Conchas e Pereiras, no b) : .
interior de São Paulo, seja de , km. Isso
c) :
equivale a cm no mapa. Em que escala o
mapa foi desenhado d) : .
e) : .
Solução:
Se cm no mapa corresponde a , km na
1:08
realidade e sabemos que , km correspon-
dem a . cm, já está definida a escala
Conchas : . (que deve ser lida como 1 por
750 mil), ou cm no mapa corresponde a
. cm no terreno (real).

2. ( FPE) tilizando o mapa a seguir, calcule a


Pereiras distância real, em linha reta, entre as cida-
des de Florianópolis e Lages sabendo que a
distância gráfica é de , cm:

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 175

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175

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CURIOSIDADE

Paraná Solução:
De acordo com o mapa, temos que a escala
ma das mais importantes descober- é : . . .
tas da Escola Pitagórica foi a de que dois Santa Catarina Portanto:
segmentos nem sempre são comensu- 1 1, 7
→ x = 17.000.000 cm
Lages

=
ráveis, ou seja, nem sempre a razão en-
Rio Grande do Sul
10.000.000 x
tre os comprimentos de dois segmentos : . .
sando as transformações de centímetros
é uma fração de números inteiros (nú- (cm) para metros (m) e quilômetros (km),
Assinale V para as alternativas verdadeiras
mero racional). Essa descoberta foi uma e F para as falsas. temos: x = . m, ou x = km. Com
isso, as alternativas verdadeiras são as letras
consequência direta do teorema de Pitá- b e d, e as alternativas falsas são as letras
a) . km b) . m
goras: se um triângulo retângulo tem ca- c) . . m d) km
a, c e e.
tetos de comprimento , sua hipotenu- e) . m
sa terá um comprimento x, satisfazendo
x2 = , e, portanto, a razão entre a hipo- LEMBRETE 1
tenusa e um cateto não será uma fra-
ção de dois inteiros, já que a raiz quadra- Para fazer a transformação de centímetro (cm) para quilômetro (km), devemos utilizar uma tabela
com os submúltiplos e múltiplos do metro:
da de é um número irracional. Parece
Unidade
que isso desgostou profundamente os Múltiplos do metro Submúltiplos do metro
fundamental
pitagóricos, pois era uma descoberta in-
km hm dam m dm cm mm
conciliável com a teoria pitagórica dos quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
números. Somente no século IV a.C., Eu-
doxo, com sua teoria das proporções, re-
definiu um conceito mais geral de razão
LEMBRETE 2
entre dois segmentos, permitindo defi-
nir a razão entre dois segmentos como Denominamos segmentos comensuráveis Denominamos segmentos incomensuráveis
comensuráveis ou não. aqueles cuja razão é um número racional. aqueles cuja razão é um número irracional.
Por exemplo: dados os segmentos Por exemplo: dados os segmentos:

Disponível em: http:// .matematica-na-veia.blogspot. PO = 6 cm e RS = 8 cm AB = 6 3 e CD = 4

com/ / 9/pitgoras-pitgorasrepresentado-por. Calcule a razão PO Calcule a razão AB


RS CD
html. Acesso em: / / .
Solução: Solução:

PO 6 cm 3 AB 6 3 3 3
= = = =
ANOTAÇÕES RS 8 cm 4 CD 4 2

Logo, PO e RS são segmentos comensuráveis. CD são segmentos incomensu-


Logo, AB e C
ráveis.

176 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

176

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As escalas intervalares são usadas numa forma quantitativa para registrar um fenômeno aferindo
(medindo) a partir da denominação arbitrária de um ponto zero (esse zero como uma intensidade
específica), sempre com um valor quantitativamente constante envolvendo classificação, grandeza
e unidades de tamanhos idênticos. Exemplo: temperaturas.
As escalas proporcionais ou de razão são adicionais às escalas intervalares, pois possuem um
zero absoluto que é fixo a partir de sua identificação, representando, assim, um fato, um ponto
mínimo. m fator importante na escala de razão é que um valor indica efetivamente uma quan-
tidade duas vezes maior que o , o que não é visto nas outras escalas.
A escala de razão é a mais completa e sofisticada das escalas. importante saber que, nesse
tipo de escala, ficam garantidas certas propriedades matemáticas, bem como a quantificação das
diferenças entre as medições.
Outra importância dessa escala é permitir determinar o quociente de duas medições, inde-
pendentemente da unidade de medida, podendo fazer conversões entre unidades de medidas
diferentes. Exemplos: transformações de medidas com polegadas, centímetros, metros, etc.
A escala nominal é a mais simples e limitada das escalas, permitindo apenas identificar categorias.

1. Na forma abaixo, n é a unidade de medida que cabe 9 vezes em AB .

n n n n n n n n n
A P B

Calcule a razão entre os segmentos.

a) AP e BP b) AP e AB c) BP e AB

AB 2
2. Determine a medida x do segmento AB , sabendo que = e BC = 10 cm (como mostra
a figura). BC 5

A x B cm C

3. Dada a figura:
D C
Determine a razão entre os segmentos:

a) AB e AC
x
b) BC e AB
c) BC e BD
A x B

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 177

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
4. Pedro pediu a seu primo Paulo que calculasse a área de um terreno retangular de m de
5
Pedir aos alunos que observem a sala perímetro cuja razão entre o comprimento e a largura é de . Qual a área, em m , do terreno
7
de aula e o seu material didático e iden- 5. Faça a relação proporcional:
tifiquem algumas das retas desenhadas.
a) A razão entre o perímetro e o lado de um quadrado.
A intenção é que os alunos identifiquem b) A razão entre o lado de um triângulo equilátero e o seu perímetro.
as diferentes retas que estão presentes
6. Dada a figura:
no seu cotidiano.
x

A B C
ANOTAÇÕES y

AB 3
Determine os valores de x e y, sabendo que = e BC = 16 cm
AC 7
7. Resolva:

Paula viajou para Conceição do Tocantins e utilizou um mapa rodoviário. Ao entrar no último
trecho da rodovia, quis avaliar a distância que faltava até a cidade. Como o trecho no mapa era
representado por um segmento de reta, ela pegou uma régua e mediu cm.

Como a escala do mapa era de : . . ,


quantos quilômetros faltavam para Paula chegar
Conceição do a Conceição do Tocantins
Tocantins

8. Os segmentos AB , CD, MN e PO formam, nessa ordem, uma proporção. Se MN = 2 cm,


AB + CD = 28 cm e PO = 5 cm, determine AB e CD .

9. Renato e alguns colegas da turma irão confec- 11. Em um determinado site chamado Loucos
cionar uma maquete de um campo de futebol
por Geometria, um aluno lançou a seguinte si-
para a mostra de Matemática de sua escola. Para
determinar as dimensões do campo, fizeram tuação-problema: Considere que os segmentos
uma pesquisa e descobriram que as medidas AB , CD, EF e GH, nessa ordem, são proporcio-
do Estádio Adelmar da Costa Carvalho, (Ilha do
nais. Determine os segmentos AB e CD, sabendo
Retiro, Recife, PE) são m de largura e m de
comprimento. A maquete terá , cm de largura. que EF = mm, GH = mm e que a soma
Qual deverá ser o comprimento dessa maquete das medidas dos segmentos AB e CD é mm.
para que a proporção do campo seja mantida
12. Qual é a razão entre:
10. Victor chegou em casa com a seguinte ta-
refa: A soma de dois números é 96, e a razão a) o raio e o diâmetro da mesma circunferência
5 b) o comprimento e o raio de uma mesma cir-
entre eles é . Determine esses números.
7 cunferência

178 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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Feixe de retas paralelas e reta transversal
m conjunto de três ou mais retas paralelas num plano é chamado de feixe de retas pa-
ralelas. A reta que intercepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As retas a, b, c
e d, que aparecem no desenho abaixo, formam um feixe de retas paralelas, enquanto as retas
s e t são retas transversais.

s t
a
b
c
d

Teorema de Tales
m feixe de retas paralelas cortado por duas transversais quaisquer determina segmentos
proporcionais.
a b

r s t u r

α t

A figura abaixo representa uma situação em que aparece um feixe de retas paralelas
cortado por retas transversais.

m n

A A' r

u u'
r / / s / / t
B u u' B' ipótese: 
1:15 m e n são transversais.
u u' s
AB A'B '
Tese: =
u u' BC B 'C '

C u u' C'
t

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 179

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179

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O número de ouro é visto por

Roman Pyshchyk/Shutterstock.com
Converse com os alunos sobre as es- muitos estudiosos e pesquisadores
culturas que apresentam o número de como um símbolo da harmonia de-
vido a sua preciosa aplicabilidade no
ouro, que resulta em uma razão ,6 . campo da música. Grandes compo-
á estudos que comprovam a tendência sitores, como Beethoven, em sua
Quinta Sinfonia e Mozart, em suas
da maioria das pessoas preferirem obje- sonatas, se consagraram usando o
tos que estejam na proporção áurea, e número de ouro. Alguns instrumen-
tos musicais tiveram seu formato
as indústrias se beneficiam produzindo traçado com a ajuda do número de
inúmeros produtos de consumo que a ouro, como o violino, por exemplo.
Veja a figura ao lado:
utilizam.
Peça aos alunos que façam uma pes-
quisa sobre os produtos industrializados Suponha que AB e BC sejam segmentos Esse é o Teorema de Tales. Ele pode
comensuráveis e u, uma unidade de medida. ser enunciado da seguinte maneira: se um
que utilizam a proporção áurea. feixe de retas paralelas é interceptado pelas
Demonstração: transversais m e n (como mostra a figura
AB abaixo), os segmentos determinados pelas
Estabelecendo a razão , temos: retas paralelas em m são proporcionais aos
SUGESTÃO DE ATIVIDADE BC
segmentos correspondentes que são determi-
AB 2u 2 nados na reta n. Os segmentos que se cruzam
= = 1 formando um ângulo reto são considerados
BC 3u 3
1. Tales de Mileto, em 6 a.C., já utili- perpendiculares.
zava os conceitos de proporção quando A'B ' m n
Estabelecendo a razão , temos:
B 'C ' A A'
fincou uma estaca perpendicular ao solo r
para ver a sua projeção e medir a altu- A'B ' 2u' 2
= = 2 B B'
ra. Descubra a altura do prédio, repre- B 'C ' 3 u ' 3 s

sentada por y, na figura abaixo. Deixe a Comparando 1 e 2, temos: C C'


medida na mesma unidade. Dado: dm t
AB A ' B '
equivale a , m. = → AB , BC , A ' B , B 'C '
BC B ' C '
são proporcionais.

1. Quanto vale x Solução:


4 5 15
1m 4 Pelo Teorema de Tales: = → x =
5 dm 22 m 3 x 4
x 15
Resposta: x =
4
Solução:
1 y 180 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais
= → y = 44 m
0,5 22
A altura do prédio é de m.
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ANOTAÇÕES

180

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2. Três terrenos têm frente para a Rua A e para De acordo com o gráfico, é correto afirmar
a Rua B, como na figura. As divisas laterais que, em 99 , a produção de café nesse mu-
são perpendiculares à Rua A. Qual é a medida nicípio foi, em milhões de toneladas:
de frente para a Rua B de cada lote, sabendo a) 9,
que a frente total para essa rua é m
b) 9
Rua B c) ,
d) 11
x y z e) ,

Solução:
Observamos que o gráfico dado é linear. Com
isso, poderemos utilizar o Teorema de Tales
40 m m m na figura abaixo:
Rua A
14
Solução:
x
Chamaremos de x, y e z as três medidas de
frente para a Rua B. sando o Teorema de
Tales, temos:

 x y z
 = =
 40 30 20 anos
 99 99 996
 x + y + z = 180

De acordo com as propriedades das propor- Temos:


ções, temos:
x −5 14 − x
x y z x+ y+z 180 = →
= = → = =2 1994 − 1990 1996 − 1994
40 30 20 40 + 30 + 20 90
x − 5 14 − x
Logo, os lotes terão as seguintes medidas: = →
4 2
m, 6 m, m. 2 x − 10 = 56 − 4 x →
6 x = 66 ⇒ x = 11
3. ( EL−PR) O gráfico a seguir mostra a ativi-
dade de café, em milhões de toneladas, em Alternativa d.
certo município do Estado do Paraná.
I/Shutterstock.com

14
ANTONIO TR

1:17

anos
99 996

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 181

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181

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Professor, para enriquecer mais os


seus conhecimentos, leia o Capítulo : Se-
melhança e áreas, do livro Medida e for-
13. Sendo a // b // c, calcule x e y.
ma em Geometria, de Elon Lages Lima, Co- s
a) r s b) r
leção do Professor de Matemática, SBM. A D A D
a a
Trabalhe, no laboratório de informáti-
x 4 x 10 E
ca, o software Cabri-géom tre II. Esse re- 14
B E B
curso permite a criação de figuras, como b b
C y C y 4 F
retas paralelas e transversais e valores. c c
F
Além da construção de gráficos, ele tem
outras aplicações, como multiplicação a a b c d
c) b d)
e divisão de segmentos, verificação das y r
c Sendo: =3
propriedades da multiplicação (elemen- x
x
to neutro, o inverso e o zero), determina-
6 s
ção das áreas do triângulo e do retângu- x 4
y 8 y
lo e a área máxima do retângulo inscrito r 4

em um triângulo.
Na seção Aplicação, incentive os alunos s
a resolverem os exercícios e esteja sem-
pre pronto a esclarecer as dúvidas que 14. ( nicamp) A figura a seguir mostra um segmento AD dividido em três partes:
 
forem surgindo. AB = 2 cm, BC = 3 cm e CD = 5 cm. O segmento AD' mede cm, e as retas BB ' e CC ' são pa-

ralelas a DD' . Determine o comprimento dos segmentos AB ', B 'C ' e C ' D ' .

OBJETIVOS DIDÁTICOS B C D
A

Fazer os alunos compreenderem a neces- B'


C'
sidade de resolver as atividades propostas.
Explorar, analisar, interpretar e resol-
ver corretamente situações-problema. D'

15. m feixe de paralelas determina, sobre uma transversal, segmentos consecutivos que
SUGESTÃO DE ATIVIDADE medem cm, 9 cm e 6 cm. Calcule o comprimento dos segmentos determinados pelo feixe
noutra transversal, sabendo que o segmento desta, compreendido entre a primeira e a quarta
paralela, é 9 cm.
1. Considerando a figura a seguir e usando
o teorema de Tales, determine AD, saben- 182 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

do que DE = cm, BC = cm e AB = cm.


A
Matematica_2020_9A_08.indd 182 19/09/2019 15:21:19

B
D
ANOTAÇÕES
C

Solução:
3 x
= → 5 x = 3 ⋅ 15
5 15
45
x= → x = 9.
5
Resposta: AD terá 9 cm.

182

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 182 20/09/2019 16:33:33


16. ( nirio)

Rua A

II I

Rua B

No desenho anteriormente apresentado, as frentes para a Rua A dos quarteirões I e II medem,


respectivamente, me m, e a frente do quarteirão I para a Rua B mede m a mais do
que a frente do quarteirão II para a mesma rua. Sendo assim, pode-se afirmar que a medida,
em metros, da frente do menor dos dois quarteirões para a Rua B é:

a) 160 b) 180 c) d) e)

17. ( FSM) A crise energética tem levado as médias e grandes empresas a buscar alternativas
na geração de energia elétrica para a manutenção do maquinário. ma alternativa encontrada
por uma fábrica foi a de construir uma pequena hidrelétrica aproveitando a correnteza de um
rio que passa próximo às suas instalações. Observando a figura e admitindo que as linhas retas
r, s e t sejam paralelas, pode-se afirmar que a barreira mede:

r
m m
a) m
s b) m
a

6m c) m
Barreir

d) 48 m
e) m
m

Rio t

18. ( erj) A promoção de uma mercadoria em um supermercado está representada, no gráfico


a seguir, por 6 pontos de uma mesma reta.

Valor total da compra (R$)

Quem comprar unidades dessa mercadoria,


1:19
na promoção, pagará por unidade, em reais, o
equivalente a:

a) ,
b) ,
c) ,
d) 6,

Quantidade de unidades compradas

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 183

Matematica_2020_9A_08.indd 183 19/09/2019 15:21:19

183

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 183 20/09/2019 16:33:33


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
19. Este mapa mostra estradas
y
paralelas que são cortadas por
Estimule os alunos a desenvolverem vias transversais. Algumas das
distâncias entre os cruzamentos
estratégias pessoais para calcular a me- dessas vias e estradas estão indi- x
z
dida do segmento que é paralelo ao ter- cadas no mapa (em quilômetros),
mas as outras precisam ser calcu- 18
ceiro lado. ladas. Complete o mapa com as
Faça uma revisão dos conceitos de ra- distâncias que faltam.
zão e proporção, lembrando que a ideia
de proporção e sua aplicação são bas- 20. (CPS) Para melhorar a qualidade do solo, aumentando a produtividade do milho e da soja
em uma fazenda, é feito o rodízio entre essas culturas e a área destinada ao pasto. Com essa
tante antigas. As retas paralelas são bas- finalidade, a área produtiva da fazenda foi dividida em três partes, conforme a figura.
tante utilizadas no desenho técnico, co- H A
mo, no desenho da planta de uma casa. Considere que:
− os pontos A, B, C e D estão alinhados
milho
− os pontos H, G, F e E estão alinhados
G B − os segmentos AH , BG, CF e DE são, dois a dois, paralelos entre si
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
− AB = m, BC = 6 m, CD = 700 m e HE = .9 m.
soja
Nessas condições, a medida do segmento GF é, em metros:
Tales de Mileto foi o criador da Geo-
F C
metria demonstrativa, sendo reconheci- a) 66
b) 660
do como o primeiro matemático a orga-
pasto c) 6
nizar a Geometria. Na arquitetura e nas d) 6
medições das terras, os gregos se utili- E e) 6
D
zavam da proporcionalidade para tra-
balhar. Fala-se que a primeira sistema- Consequências do Teorema de Tales
tização da Geometria pode ter sido em O Teorema de Tales pode ser aplicado nas funções polinomiais do o grau e em diversas
situações-problema no estudo de triângulos. Agora, vamos mostrar alguns casos do Teorema
torno da questão da proporcionalida- de Tales no estudo de figuras triangulares.
de de segmentos determinados por um
1o caso: Teorema de Tales nos triângulos
feixe de retas paralelas e outro de retas
Quando uma reta paralela a um lado de um triângulo intercepta os outros dois lados em
transversais. Essa questão durou muitos dois pontos distintos, ela determina, sobre esses lados, segmentos proporcionais.
séculos, sendo denominada de teorema A
r ipótese: MN / /BC
dos segmentos proporcionais. Já no fi-
AM AN
nal do século I , na França, definiram Tese: =
MB NC
como teorema de Tales. M N Demonstração:
s
As retas r, s e t formam um feixe de paralelas.
Então, pelo Teorema de Tales, temos:
ANOTAÇÕES AM
=
AN
t
B C MB NC

184 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 184 19/09/2019 15:21:20

CURIOSIDADE

No século VI a.C., Tales foi um dos


responsáveis por grandes descobertas
na Matemática. Ele observou que, em
um mesmo instante, a razão entre a al-
tura de um objeto e o comprimento da
sombra que esse objeto projetava no
chão era sempre a mesma para quais-
quer objetos.

184

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 184 20/09/2019 16:33:34


Exemplo:
No triângulo abaixo, determine as medidas de x e y.

A Tales usou os seus conhecimentos de Geo-


metria e proporcionalidade para calcular a altura
x de uma pirâmide.

48 60
D E AD = 12
DB = 48 − 12 = 36
y
AE = x
EC = 60 − x = y
B C
Pelo Teorema de Tales, temos:

AD AE 12 1 x
= ⇒ = → 3 x = 60 − x → 4 x = 60 → x = 15
BD EC 363 60 − x
y = 60 − x ⇒ y = 60 − 15 ⇒ y = 45

Logo, as medidas são me m.

2o caso: Teorema da bissetriz interna


A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo divide o lado oposto a esse ângulo em
dois segmentos proporcionais aos lados que formam esse ângulo.
M

ipótese: AN é bissetriz 
θ
A.

A BN NC
Tese: =
BA AC
Demonstração:
α
β
Traçamos CM / / AN até encontrar BA no ponto M.
γ
De acordo com o Teorema de Tales, temos:
BN BA BN NC 1
= ou =
NC AM BA AM
B N C

Como:
1:20

α = β bissetriz 

θ = α correspondentes → θ = γ, pela propriedade transitiva.

β = γ alternos internos

Sendo θ = , o ∆ACM é isósceles e, portanto, AC ≅ AM → AC = AM


BN NC
Substituindo em 1 AM por AC , temos : =
BA AC

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 185

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185

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 185 20/09/2019 16:33:34


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Exemplo:
Os lados de um triângulo medem, respectivamente, m, m e m. Calcule a medida dos
Explore um pouco de história, suge- segmentos que a bissetriz interna determina sobre o maior lado.
Solução:
rindo aos alunos uma pesquisa sobre a
evolução da Matemática e as contribui- A

ções de Tales de Mileto.


Bissetriz interna de um triângulo
Comente com eles que conhecimentos 7 8
um segmento com extremidades num
matemáticos, como a proporcionalida- vértice do triângulo e no lado oposto a esse
de, em virtude da necessidade de resol- vértice e que divide o ângulo desse vértice em
B N C dois ângulos congruentes. Todo triângulo tem
ver situações do dia a dia, fizeram os es- 12 três bissetrizes internas.
tudiosos descobrirem como determinar A

a altura de uma pirâmide — uma medi- BN NC


= →
da inacessível com os recursos da época. BA AC
BN NC
Promova debates sobre esse assunto. 7
=
8

BN 7
= B D C
NC 8
ANOTAÇÕES
Aplicando uma propriedade das proporções, temos:

BN + NC 7 + 8 12 15 12 ⋅ 7
= → = → BN = → BN = 5, 6
BN 7 BN 7 15
BN + NC = 12 → NC = 12 − 5, 6 →  NC = 6, 4

Logo, as medidas dos segmentos determinados pela bissetriz interna são ,6 m e 6, m.

3o caso: Teorema da bissetriz externa


A bissetriz do ângulo externo de um triângulo determina, sobre o lado oposto, dois seg-
mentos subtrativos, proporcionais aos outros dois lados.
Considere o triângulo:

A α
AB = c , BC = a, CA = b, CD = n e BD = m

ipótese:
c
b AD é bissetriz externa de 
A.

 m n
=
Tese:  c b

m − n=a
B a C n D

186 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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186

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Observações

1) As bissetrizes internas de um triângulo encontram-se em um ponto denominado incentro


do triângulo.
) O incentro de um triângulo é um ponto equidistante dos lados do triângulo. Ele é o centro
da circunferência inscrita ao triângulo.
) Em qualquer triângulo, a bissetriz de um ângulo interno divide o lado oposto a esse ângulo
em segmentos proporcionais aos lados adjacentes. Isto é:

BS CS
=
AB AC

Demonstração:
Por C, traçamos uma paralela à bissetriz AD, determinando um ponto E sobre AB .
A

c b
E
B a C n D

m
Como:

α = θ ângulos correspondentes 


β = γ ângulos alternos internos
 → θ = γ, pela propriedade transitiva.


α = β biissetriz 

Sendo θ = y , o  ACE é isosceles e AE = AC = b


AD AB AD CD
Então temos: = ou =
CD AC AB AC
Exemplo:
Num triângulo ABC , as medidas dos lados são AB = 6 cm, BC = 4 m e AC = 5 m. Calcule em
quanto é preciso prolongar o lado BC para que ele encontre a bissetriz externa do ângulo 
A.
Solução:
1:24 A
BD = m
m n
CD = n = e m−n = a
c b
cm

m n m 6
6

cm AB = c = → =
6 5 n 5
AC = b → BC = a

B cm C D
n
m
Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 187

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187

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

O estudo dos conceitos e da terminolo- A

gia, além de enriquecer o vocabulário do Se a bissetriz externa de


aluno, é uma oportunidade de fazê-lo en- um triângulo intercepta a c b  m
 = n
reta suporte do lado oposto, Assim,  c b
trar em contato com o método dedutivo. ela divide este em segmentos m − n = a

Ao relacionar a condição de paralelis- proporcionais. B a C n D

mo entre duas retas, r e s, com a con- m

gruência de alguns pares de ângulos for-


mados por elas e uma reta transversal t, Aplicando uma das propriedades das proporções, temos:
pode-se concluir a soma dos ângulos in-
m− n 6 −5 4 1
ternos de um triângulo. = → = → m = 24 cm
m 6 m 6
desejável que os alunos estejam fa- m − n = 4 → n = m − 4 → n = 24 − 4 = 20 cm
miliarizados com os conceitos de para- Logo, devemos prolongar em cm o lado BC .
lelismo, perpendicularidade, ângulos e
as diferentes maneiras de compará-los
e medi-los.
Aborde os conceitos e a nomenclatura ngulos formados por duas pa- Ângulos Nomenclatura Propriedades
ralelas e uma transversal.
usuais, tais como reta transversal, retas 
c e
e 
c ≅  ≅ f
e; d
 e f Alternos internos
perpendiculares, retas paralelas, ângulos d Congruentes
opostos pelo vértice, ângulos alternos in- 
a e g 
Alternos externos a ≅ g ; 
b≅
h
ternos, alternos externos, colaterais inter- g

be h Congruentes
nos e externos. Explicite a utilização des- f 
a e
e
h
sa nomenclatura na descrição de situa- e
d h 
e Correspondentes a ≅ c ≅ g ; d
e;  ≅
h; 
b ≅ f

c e g
ções do mundo físico ou de objetos. Congruentes

b e f
importante o aluno reconhecer as
relações existentes entre os ângulos c  e
d e  +
Colaterais internos d e =c + f = 180°
b
formados por retas paralelas cortadas d

c e f Suplementares
por uma transversal: igualdade (ou con- a 
b e g
b + g = 
 a +
h = 180°
Colaterais externos
gruência) entre os ângulos alternos in- 
a eh Suplementares
ternos e alternos externos e a verificação 
a e
c
de que a soma dos ângulos colaterais in- 
bed

Opostos pelo vértice c ; g ≅ 
a ≅ e;  ; f ≅ 
b≅d h
ternos, ou externos, é . g e
e
Congruentes
f e 
h

Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br. Acesso


em: / / . Adaptado.
188 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

ANOTAÇÕES

188

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1. Determine a medida do lado BC de um triângulo ABC sabendo que P está em BC e que AC
é a bissetriz interna de P 
AQ, QC = 12 cm e CP = 6 cm.
Solução:
A
9 °–

AB é bissetriz externa do ângulo 


A.
Teorema da bissetriz interna:
9 °–
AQ AP AQ
= ∴ = 2
12 6 AP

Q C P B

6 x

18 + x
Teorema da bissetriz externa: Assim, = 2 ∴ 2 x = 18 + x
x
AQ AP AQ 18 + x x= , e, portanto, BC = 24 cm.
= → =
18 + x x AP x

2. Na figura a seguir, o triângulo ABD é reto em B, e AC é a bissetriz de B 


AD. Se
AB = 2 ⋅ BC , BC = b e CD = d , escreva d em função de b.
A

Solução:
Pelo teorema da bissetriz interna:
d b
= ∴ AD = 2d
AD 2b
Aplicando o Teorema de Pitágoras:
2 2
AD2 = (2b) + (b + d ) →
2 2 2
(2d ) = (2b) + (b + d )
4d 2 = 4 b2 + b2 + 2db + d 2 →
3d 2 − 2bd − 5b2 = 0
5b
d' = → d " = −b (não satisfaz)
B C D 3
b d

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 189

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189

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21. No ∆ da figura a seguir, DE / /BC . Nessas condições, determine:
A

9 6

D E a) A medida x.
b) O perímetro do ABC , com BC = 12.

x+1 x−1

B C
22. m professor de Matemática, ao iniciar a aula na turma do 9o ano do colégio em que lecio-
na, colocou no quadro o seguinte desafio: uma reta paralela ao lado BC de um triângulo ABC
determina, sobre o lado AB, segmentos de cm e cm. Calcule as medidas dos segmentos
que essa reta determina sobre o lado AC , de medida cm. Qual a resposta encontrada por ele

23. ( nirio) Numa cidade do interior, à noite,


surgiu um objeto voador não identificado, em
forma de disco, que estacionou a m do solo,
aproximadamente. m helicóptero do Exército,
situado a aproximadamente m acima do m
objeto, iluminou-o com um holofote, conforme
mostra a figura ao lado. Sendo assim, pode-se
afirmar que o raio do disco voador mede, em
metros, aproximadamente: m

a) , b) , c) , sombra
d) , e) ,
16 m

24. Calcule x e y nos triângulos sabendo que AD é bissetriz do ângulo 


A.

a) A b) A

x y x+y=

C
B x D y
B D 18 C

190 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 190 19/09/2019 15:21:34 M

190

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 190 20/09/2019 16:33:41


c) A
Sendo: BC = 24

C
B
6 D y

25. Na figura a seguir, BA / / CD. Então x e y valem, respectivamente:


F

a) cm e cm
cm cm 4 16
b) cm e cm
3 3
x A c) cm e cm
B
cm y d) cm e cm

C cm
D

26. A bissetriz interna AD de um triângulo ABC divide o lado oposto em dois segmentos: BD e
CD, de medidas cm e cm, respectivamente. Sendo AB e AC respectivamente iguais a x + 6
e x, determine o valor de x e as medidas AB e AC.

27. Observe e determine.

Na figura, o lado DE é paralelo ao lado BC . Determine a medida x.


B C

x 6

10 8

D E

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 191

:34 Matematica_2020_9A_08.indd 191 19/09/2019 15:21:37

191

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
28. Considerando as medidas indicadas na figura e, sabendo que o círculo está inscrito no
triângulo, determine x.
Polígonos semelhantes têm o mesmo A
número de lados, os ângulos geometri- x
camente iguais e os comprimentos dos 6 De acordo com o teorema dos pontos de
lados correspondentes proporcionais, tangência, temos:
B S C A
7
isto é, têm a mesma forma ou são uma
ampliação (ou redução) do outro. Obs.: O segmento AS é uma bissetriz interna.
P Q
A razão de semelhança de dois polí-
gonos semelhantes é a razão entre dois 29. (P C-RJ) Considere um triângulo ABC re-
lados correspondentes: tângulo em A, em que AB = 21 e AC = 20. BD é B R C

 . Quanto mede AD
a bissetriz do ângulo ABC Sabendo que P,
P Q e R são pontos de tangên-
Quando a razão é maior que , então, 42 21 cia, então PA = AQ, BP = BR e CR = CQ.
a) b) c) 9 d) 8
estamos fazendo uma ampliação. 5 20
Quando a razão é menor que , então,
estamos fazendo uma redução. emel an a de figuras
Quando a razão é igual a , então, as fi-
Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma e suas medidas correspondentes
guras são geometricamente iguais.
proporcionais, ou seja, quando uma é ampliada ou reduzida em relação a outra.
Isso significa que existe uma proporção constante entre elas, sem ocorrência de deforma-
ção. A figura final e a figura original são chamadas figuras semel antes.
Observemos as seguintes figuras semelhantes:
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Figura A

Estimule a percepção de figuras seme-


lhantes por meio de desenho na malha h
quadriculada.
h
Ressalte o reconhecimento de figuras
que apresentam semelhanças, diferen-
ciando-as das que não apresentam.
Questione os alunos sobre o que vêm
a ser na Matemática. Figura B
Matematicamente, podemos dizer que
duas figuras são semelhantes quando,
depois de ampliadas ou reduzidas, conti-
nuam guardando entre elas uma propor-
ção constante, sem modificar a sua forma.

192 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

No cotidiano, podemos encontrar


muitos exemplos de semelhanças entre Quando ouvimos a expressão
ANOTAÇÕES
os objetos. Por exemplo, ao observar- semelhantes, logo pensamos em figuras
mos uma fotografia, a imagem que ve- que se assemelham, figuras parecidas,
mos na foto é a representação reduzida de mesma aparência. Podemos associar
e proporcional do objeto em tamanho a ideia de figuras semelhantes às amplia-
real e, ao mesmo tempo, é uma amplia- ções ou reduções de uma figura em ou-
ção da figura que aparece no negativo tras, guardando semelhança na forma.
— quando feita no modo analógico.
O desenho da planta de uma casa, Disponível em: http:// .mat.ufrgs.br/edumatec/
projetada pelo arquiteto, também é um atividades diversas/ativ /semelh/sistems .htm.
exemplo de semelhança entre a casa em Acesso em: / 6/ 9. Adaptado.
tamanho real e o seu desenho no papel
em miniatura.
M

192

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 192 20/09/2019 16:33:42


As figuras geométricas são semelhantes quando existe uma igualdade entre as razões dos
segmentos que ocupam as correspondentes posições relativas nas figuras.

unidades
6 unidades

unidades

unidades

Base menor do barco azul/Base menor do barco vermelho = / = /


Base maior do barco azul/Base maior do barco vermelho = / = /
Altura do barco azul/Altura do barco vermelho = /6 = /

O barco vermelho é uma ampliação do barco azul, pois as dimensões do barco vermelho
são vezes maiores do que as dimensões do barco azul, ou seja, os lados correspondentes
foram reduzidos à metade na mesma proporção.

Polígonos semelhantes
Considere os polígonos ABCD e A’B’C’D nas figuras:

B
cm
C

, cm B´
, cm 6 cm

D cm A
, cm
,6 cm

D´ cm A´
Observe que:
Os ângulos correspondentes são congruentes: 
A≅
A ', B ≅ B ', C ≅ C ', D ≅ D '

Os lados correspondentes (ou homólogos) são proporcionais:

AB BC CD DA 3, 8 4 2, 4 2
= = = ou = = =
A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' A ' 5, 7 6 3, 6 3

Podemos concluir que os polígonos ABCD e A’B’C’D são semelhantes e indicamos: ABCD ~
A’B’D’C (lê-se: polígono ABCD é semelhante ao polígono A’B’D’C ). Ou seja:
Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes são congruentes e
os lados correspondentes são proporcionais.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 193

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193

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na seção Aplicação, incentive os alunos


Inicialmente, temos a simetria, que possui caracte-

Pavel L Photo and Video/Shutterstock.com


a resolverem os exercícios e esteja sem- rística a ser observada em algumas formas geométricas,
pre pronto a esclarecer as dúvidas que equações matemáticas, dentre outros elementos. Esse
conceito está relacionado com o da isometria, bem como
forem surgindo. às operações geométricas correlacionadas: reflexão,
Sendo necessário, oriente-os na reso- reflexão deslizante, rotação e translação.
Já a homotetia, por sua vez, conserva a forma da
lução. Persistindo as dúvidas, faça uma figura original, embora não aconteça o mesmo com seu
revisão do conteúdo, isso ajudará os alu- tamanho. As figuras omot ticas, como são chamadas,
podem ser vistas no dia a dia, até mesmo na escola,
nos a superarem eventuais dificuldades. quando apresentamos imagens pelo projetor multimídia.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhantes denomina-se razão


CURIOSIDADE de semelhança, ou seja:

AB BC CD DA
Na Antiguidade, quando das cheias = = = = k (razão de semelhança)
A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' A '
do Rio Nilo, os egípcios se fixavam nas 2
A razão de semelhança dos polígonos considerados é: k = .
margens dele com o intuito de aprovei- 3
tar os benefícios da natureza. Com as
enchentes anuais, os rios desfaziam as Propriedade
marcações dos terrenos. Daí nasceu a Se dois polígonos são semelhantes, então a razão entre seus perímetros é igual à razão
entre as medidas de dois lados homólogos quaisquer dos polígonos.
necessidade de refazer as marcações.
Mas como Desenvolvendo técnicas de Demonstração:
cálculo de perímetros e áreas e técni- Sendo ABCD ~ A’B’C’D , temos que:
cas de construção de figuras geometri- AB BC CD DE EA
= = = =
camente iguais. A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' E ' E ' A ' D'
Sabe-se que tudo isso foi o começo da
Geometria. O estudo das figuras semelhan- D
E' C'
tes tem ajudado a sociedade na resolução
E C
de inúmeros problemas do cotidiano.

A B A' B'

ANOTAÇÕES Os perímetros desses polígonos podem ser assim representados:

Perímetro de ABCDE(P) = AB + BC + CD + DE + EA

Perímetro de A ' B 'C ' D ' E '(P ') = A ' B ' + B 'C ' + C ' D ' + D ' E ' + E ' A '

194 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 194 19/09/2019 15:21:40

194

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Por uma propriedade das proporções, podemos afirmar que:

AB + BC + CD + DE + EA AB BC CD DE EA
= = = = =
A ' B ' + B 'C ' + C ' D ' + D ' E ' + E ' A ' A'B ' B 'C ' C 'D ' D 'E ' E ' A'

2p AB BC CD DE EA
ou = = = = =
2 p ' A ' B ' B 'C ' C ' D ' D ' E ' E ' A '

Exemplo:
Os lados de um triângulo medem ,6 cm, 6, cm e cm. Esse triângulo é semelhante a um
outro cujo perímetro mede cm. Calcule os lados do segundo triângulo.

Solução:
Razão de semelhança:

2p AB BC CD 3, 6 + 6, 4 + 8 18 2
= = = = = =
2 p ' A ' B ' B 'C ' C ' D ' 45 45 5
2 3, 6 5 ⋅ 3, 6
= → A'B ' = = 9 cm
5 A'B ' 2
2 6, 4 5 ⋅ 6, 4
= → B 'C ' = = 16 cm
5 B 'C ' 2
2 8 5⋅8
= → C 'D ' = = 20 cm
5 C 'D ' 2

Logo, os lados do segundo triângulo são 9 cm, 6 cm e cm.

A definição de polígonos semelhantes só é válida quando ambas as condições são satisfeitas:


ângulos correspondentes congruentes e lados correspondentes proporcionais. Apenas uma das
condições não é suficiente para indicar a semelhança entre polígonos.

1:40

30. Verifique se as figuras são semelhantes e justifique.

a) b)
C

4 T
,
A B R , S 10

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 195

Matematica_2020_9A_08.indd 195 19/09/2019 15:21:41

195

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c) d) C

B C cm 6 cm
B C
°
10 A
cm B

60° ° C
A D A D cm cm

ABCD é um ABCD é um 17°


A B
paralelogramo paralelogramo cm

31. Determine a medida x sabendo que os polígonos são semelhantes.

a) b)

x x 4
8 ,
,

9,6

32. Os lados de um triângulo ABC têm medidas: a = cm, b = 9 cm e c = cm. Determine


a medida dos lados de um triângulo semelhante ao triângulo ABC, com cm de perímetro.

33. A sombra de um prédio num terreno plano, 34. Calcule os perímetros dos polígonos se-
numa determinada hora do dia, mede m. melhantes A e B.
Nesse mesmo instante, próximo ao prédio, a
sombra de um poste de altura m mede m.
Qual é a altura do prédio 6

prédio z A

poste
y

196 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 196 19/09/2019 15:21:41 M

196

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35. (Enem) m marceneiro deseja construir 36. Considere as fotografias A e B a seguir.
uma escada trapezoidal com degraus, de
forma que o mais baixo e o mais alto tenham
larguras respectivamente iguais a 6 cm e
cm. Os degraus serão obtidos cortando-se uma
peça linear de madeira cujo comprimento mí- x ,6 cm
nimo, em centímetros, deve ser:

Dani Toth
cm

, cm
a) 144 cm
b) 180
c) O valor de x para que as medidas da base e da
d) altura das duas fotos sejam proporcionais é:
e)
a) ,
b) ,
c) ,
d) ,
60 cm e) 6,

37. Arquitetos costumam utilizar maquetes para demonstrar seus projetos. A maquete de um
prédio com cm de altura é semelhante ao edifício que terá 6 m de altura.

a) Qual será a altura de um andar se, na maquete, ele tiver cm


b) Qual será a altura de uma porta na maquete se a porta do prédio medir , m
c) Qual é a razão de semelhança entre a maquete e o prédio

38. Num triângulo ABC, os lados medem AB = 9 cm, AC = 11 cm e BC = 15 cm. m triângulo


MNP, semelhante ao triângulo ABC, tem cm de perímetro. Determine as medidas dos lados
do triângulo MNP.
M

A y
x
11
9

B C
N z P

39. Coloque V para verdadeiro e F para falso nos itens a seguir.


a) Todos os triângulos são semelhantes.
b) Todos os triângulos retângulos são semelhantes.
c) Todos os triângulos isósceles são semelhantes.
d) Todos os triângulos equiláteros são semelhantes.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 197

:41 Matematica_2020_9A_08.indd 197 19/09/2019 15:21:42

197

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 197 20/09/2019 16:33:45


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
40. Certa noite, Maria Eduarda, de , m de 41. ( nesp) m observador situado num pon-
altura, estava a m de distância de um poste to O, localizado na margem de um rio, precisa
Os triângulos constituem um caso es- de luz de m de altura (como mostra a figura determinar sua distância até um ponto PP, loca-
abaixo). Qual é o comprimento da sombra da lizado na outra margem, sem atravessar o rio.
pecial de semelhança. Para que dois moça no chão Para isso, marca, com estacas, outros pontos
triângulos sejam semelhantes, basta que do lado da margem em que se encontra, de
tal forma que P,
P O e B estão alinhados entre si
se verifique uma das duas condições de
e P,
P A e C também. Além disso, OA é paralelo a
semelhança se essa condição for satis-
BC , OA = 25 m, BC = 40 m e OB = 30 m, confor-
confor
feita, a outra, automaticamente, será vá- me figura.
lida. Portanto, dois triângulos são seme- P
lhantes quando têm:
rio
Os ângulos respectivamente con- O A
gruentes.
Os lados correspondentes propor- B C
cionais. A distância, em metros, do observador em O
até o ponto P é:

a) b) c) 40 d) e)
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Lados homólogos ocorrem quando Semelhança de triângulos


dois triângulos semelhantes possuem la- Considere o seguinte problema:
dos proporcionais e ângulos congruentes.
Beatriz é colocada em frente à câmara escura de orifício, como mostra a figura abaixo.
Se um lado do primeiro triângulo é propor-
cional a um lado do outro triângulo, então
esses dois lados são ditos homólogos.

ANOTAÇÕES H h

a b
Observamos que as figuras são semelhantes. Qual é a relação entre H (altura do objeto), h
(altura da imagem), a (a distância do objeto à câmara) e b (comprimento da câmara)
Para responder a essa pergunta, temos de estudar as relações de semelhança de triângulos.
Os triângulos ABC e DEF da página seguinte são semelhantes, pois os ângulos correspon-
dentes são congruentes, e os lados correspondentes são proporcionais. A razão entre os lados
correspondentes é chamada de razão de semelhança.

198 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

198

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 198 20/09/2019 16:33:46


A

 A≅D


D  
 ABC ≅ DEF 
B ≅ E → Ângulos congruentes


≅
C F



AB BC AC
= = → Lados proporcionais
C E F DE EF DF
B

A definição de um triângulo é dada por: um polígono de três lados. A

b
Notação: o triângulo ABC é denotado por ABC. c
Os elementos de um triângulo têm a seguinte definição:
B C
Vértices: Os pontos A, B e C são os vértices do ABC. a

Lados: Os segmentos AB (de medida c), BC (de medida a) e AC (de medida b) são os lados ABC.
ngulos: Os ângulos B 
AC (ou   (ou B
A ), ABC  (ou C
) e BCA ) são os ângulos (ou ângulos internos)
do ABC .
Perímetro: Perímetro, denotado por P, é a soma das medidas dos lados do ABC . Assim, em
qualquer triângulo, tem-se que: P = a + b + c.

) Ao maior lado, opõe-se o maior ângulo.


) Cada lado do triângulo é menor que a soma dos outros dois lados.
) Cada lado do triângulo é maior que a diferença, em valor absoluto, dos outros dois lados.
) A soma dos ângulos internos do triângulo é igual a .
) Qualquer ângulo externo do triângulo é igual à soma dos dois ângulos internos não adjacentes.

Linhas homólogas
Observe os triângulos semelhantes ABC e A’B’C :

C'

A H M B A' H' M' B'

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 199

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199

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Incentive os alunos a observarem a re-


solução das questões na seção Passo a A semelhança entre dois triângulos pode ser indicada pelo símbolo ∼. No caso dos triângulos
ABC e DEF
DEF, podemos fazer a seguinte representação: ABC ∼ DEF.
DEF
Passo e avalie se conseguiram assimilar o
conteúdo. preciso motivá-los a enfren- Diz-se homólogas as coisas ou pessoas que são semelhantes que têm afinidades que se
correspondem que têm a mesma função.
tarem possíveis dificuldades na resolu-
Denominamos:
ção das atividades.
Faça um debate sobre as questões re- ngulos homólogos: os ângulos congruentes de dois triângulos semelhantes:

Ae eB
A ', B  ', C
eC
 '.
solvidas no livro proporcionando a com-
Vértices homólogos: os vértices dos ângulos homólogos: A e A , B e B , C e C .
preensão, passo a passo, do que foi feito.
Lados homólogos: os lados determinados por vértices homólogos: AB e A ' B ', AC e
A 'C ', BC e B 'C '.
Alturas homólogas: CH e C ' H '.
ANOTAÇÕES Medianas homólogas: CM e C ' M '.

A razão de semelhança entre dois triângulos semelhantes pode ser dada pela razão entre
dois lados homólogos, entre duas medianas homólogas, entre duas alturas homólogas enfim,
entre duas linhas homólogas quaisquer.

1) A classificação dos triângulos quanto aos seus ân- Os lados correspondentes de


gulos é: dois triângulos semelhantes são
Acutângulo: o triângulo que tem os três ângulos agudos. chamados homólogos.
Retângulo: o triângulo que tem um ângulo reto. Quando a razão de semelhan-
Obtusângulo: o triângulo que tem um ângulo obtuso. ça de dois triângulos é igual a ,
os triângulos são congruentes.
2) Quanto aos seus lados, temos: A razão entre os perímetros de
Escaleno: o triângulo em que dois lados quaisquer dois triângulos semelhantes é igual
não são congruentes. à sua razão de semelhança (k).
Isósceles: o triângulo que tem dois lados congruentes.
Equilátero: o triângulo que tem os três lados con- P AB + BC + CA
= =k
gruentes. P ' A ' B ' + B 'C ' + C ' A '

3) Observações importantes:

Jiri Vaclavek/Shutterstock.com
I: O lado não congruente do triângulo isósceles é chama-
do de base, e os ângulos adjacentes à base são chamados
de ângulos da base.
II: Em qualquer triângulo isósceles, o ângulo formado
pelos lados congruentes é chamado de ângulo do vértice.
III: Cada ângulo interno de um triângulo equilátero mede 6 .
O triângulo equilátero também é chamado de equiângulo.

200 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

200

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 200 20/09/2019 16:33:47


Propriedades da semelhança
A semelhança entre triângulos possui as seguintes propriedades:

e e i a: ABC ∼ ABC
Todo triângulo é semelhante a si mesmo.

Simétrica: ABC ∼ DEF → DEF ∼ ABC


Se um triângulo é semelhante a um segundo triângulo, este último é semelhante ao primeiro.

 ABC ∼DEF 



Transitiva : e  →  ABC ∼GHI

DEF ∼GHI 

Se um triângulo é semelhante a um segundo, e este segundo é semelhante a um terceiro,


então o primeiro é semelhante ao terceiro.

1. Verifique e responda. 2. A figura abaixo representa uma câmara es-


C cura de orifício.

A B'
4 O n
m
B A'

A B
a b
T
Sabe-se que os triângulos OAB e OA’B’ são se-
, melhantes. Qual é a relação entre m (altura do
objeto), n (altura da imagem), a (distância do
objeto à câmara) e b (profundidade da câmara)
R , S
Solução:
Se os triângulos são semelhantes, identifi- Sabendo que os triângulos são semelhantes,
que os lados correspondentes e escreva a então os seus lados serão proporcionais,
proporção. pois os seus ângulos correspondentes são
congruentes. Isto é:
Solução:
Os triângulos acima são semelhantes, pois os A
ângulos correspondentes são congruentes B'
Relação
e os lados, proporcionais. Porém, os lados O
da câmara
proporcionais são: n
m escura:
b m a
AB AC BC 5 3 4 A' =
= = = = = =2 a n b
RS RT ST 2, 5 1, 5 2 B

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 201

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201

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Teorema fundamental da semelhança de
Dizemos que dois triângulos são se-
melhantes se um pode ser obtido pela
triângulos
expansão uniforme do outro e somente Se uma reta é paralela a um dos lados de um triângulo e intercepta os outros dois lados em
pontos distintos, então o triângulo determinado pela reta é semelhante ao primeiro.
se possuem seus três ângulos ordenada-
mente congruentes e os lados homólo- C

gos (homo = mesmo, logos = lugar) pro- ipótese: a reta r é paralela ao lado AB , ou
porcionais. E D r seja, r / / AB , ou, ainda, ED / / AB.

A demonstração do teorema funda- Tese: ABC ∼ DEC


mental é feita a partir do teorema de Ta- B A

les, utilizando critérios de semelhança.


Se um feixe de retas paralelas tem
CD CE
duas transversais, então a razão en- Demonstração: Pela hipótese, ED / / AB. Então: = (I)
CA CB
tre dois segmentos quaisquer de uma é  ≅C ângulo comum aos dois triângulos
C ( )
igual à razão entre os segmentos corres-
 
pondentes da outra. (
A ≅D ângulos corrrespondentes em retas paralelas ) (II)
≅
B E (ângulos correspondentes em retas paralelas)

Traçando por E uma reta s paralela ao lado AC , determinamos o ponto F sobre o lado
CE AF
ANOTAÇÕES AB de tal forma que, como EF / / AC , temos: =  (III)
CB AB

s C

Toda paralela a um lado de


um triângulo que intercepta
E D r os outros dois lados em dois
pontos distintos determina,
com esses lados, um segun-
do triângulo, semelhante ao
B A primeiro.
F

Como o quadrilátero AFED é um paralelogramo, temos: AF ≅ DE (IV )


CE DE
Substituindo (IV) em (III), temos: = (V)
CB AB
CD CE DE
De (I) e (V), temos: = = ( VI)
CA CB AB

Logo, de (II) e (VI), podemos concluir que: ∆ABC ∼ ∆DEC

202 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 202 19/09/2019 15:21:50

202

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Duas retas paralelas cortadas pela mesma ngulos opostos pelo mesmo vértice.
transversal.

r
r // s
s

Alternos internos: α = β. São iguais: α = β.

=
1. Na figura a seguir, C E , BC = cm, AB = cm, 2. Na figura, sabe-se que α e β são congruentes:
DE = 6 cm, AE = 9 cm.Calcule AC = x e AD = y. AR = 7 cm, AS = 5 cm, SR = 4 cm
e  AB = 10 cm.
C
x Determine  AD = x e BD = y .
y D

B 4 A A

6
9

E
x
7
Solução:
Observamos que os triângulos ABC e ADE são
10 α S
semelhantes. Com isso, temos:

AB BC AC 4 2 x 4
= = → = =
1:50 AD DE AE y 6 9 R

Portanto: β

4 2 B y D
= → y = 12
y 6
2 x Solução:
e = → x = 3 / x = 3 cm
6 9 Observamos que os triângulos ABD e ASR
e y = 12 cm são semelhantes.

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 203

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203

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 203 20/09/2019 16:33:49


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Com isso, temos: Solução:
De acordo com o enunciado, temos:
AD BD x AB
y 10
O que você entende sobre triângulos = = → = =
AR RS AS 7 4 5 A
semelhantes São triângulos que pos-
suem a mesma forma, mas dimensões Portanto:
x 10 y 10 8 E e D
= → x = 14 e = → x =8
diferentes. 7 5 4 5
Existe diferença entre triângulos seme- x = 14 cm e y = 8 cm e
e
lhantes e triângulos congruentes Sim. Os θ θ
3. ( FMG) Observe a figura: B C
semelhantes são parecidos quanto à for- e F –e
A
ma, e os congruentes são iguais, ou seja,
têm as mesmas dimensões, ou medidas.
E D Observamos que os triângulos ABC e DFC
Professor, a assimilação do conceito são semelhantes.
de semelhança é importante para a com- Portanto:
preensão dos alunos. Mostre a eles co-
AB BC 8 12
mo reconhecer a semelhança de dois B C = → = →
F DF FC e 12 − e
triângulos pelas propriedades da seme- 12e = 96 − 8e → 20e = 96
Nela, AB = 8, BC = 12 , e BFDE é um losango
lhança ou igualdades que têm os lados e inscrito no triângulo ABC. A medida do lado Com isso:
ângulos correspondentes. do losango é:
96
a) 4 b) , c) d) , e= ↔ e = 4,8
Professor, aprofunde um pouco mais 20
os seus conhecimentos sobre semelhan-
Agora, vamos estudar três casos de semelhança (ou critérios de semelhança) de triângulos
ça lendo o artigo Semelhança, pizzas e cho- em que, conhecendo-se alguns elementos, é possível afirmar se os triângulos são semelhantes
pes, de Eduardo agner, RPM n. , p. . ou não.

1o caso: Ângulo − Ângulo (AA)


ANOTAÇÕES Observe dois triângulos, ABC e A’B’C’, com dois ângulos respectivamente congruentes:

 A≅
A'
Hipótese:
B≅B'

B C Tese: ABC ∼ A’B’C’

A'

B' C'

204 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

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204

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Demonstração:
Sobre AB, marcamos um ponto D, tal que AD ≅ A ' B '. A seguir, por D, traçamos DE / /BC .
A

A'
D E

B C B' C'

Assim:

1 ADE ≅ A’B’C’→ Caso AA de congruência de triângulos. Então:


ADE ≅ A’B’C’.
2 ADE ∼ ABC → Teorema fundamental da semelhança.
3 ABC ∼ A’B’C’→ Propriedade transitiva, comparando 1 e 2 .

Então, os triângulos A’B’C’ e ABC também são semelhantes. Isto é, se dois triângulos possuem
dois ângulos respectivamente congruentes, os triângulos são semelhantes.

2o caso: Lado − Ângulo − Lado (LAL)


Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos
congruentes, são semelhantes. Observe a demonstração considerando os dois triângulos abaixo.
A

A'
c c b
b =  
c ' b '
 →  ABC ∼ A ' B 'C '
 
c' b' A≡ A' 


B a C B' a' C'

Note que:
A
1:54
Pelo caso de congruência LAL: ADE ≡ A’B’C’
c' Pelo teorema fundamental: ADE ∼ ABC
b'
c
D E b Então, A’B’C’ ∼ ABC. Isto é, pela propriedade transitiva, os
a' triângulos A’B’C’ e ABC também são semelhantes.
Assim: A’B’C’ ∼ ABC

B a C

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 205

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205

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 205 20/09/2019 16:33:51


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
3o caso: Lado − Lado − Lado (LLL)
Em triângulos semelhantes, a razão Observe que dois triângulos, ABC ∼ A’B’C’ , possuem os três pares de lados correspon-
dentes proporcionais então, esses triângulos são semelhantes. Observe a demonstração con-
entre quaisquer segmentos correspon- siderando os dois triângulos abaixo.
dentes é igual à razão de semelhança
A b C
que transforma um triângulo no outro.
Se dois triângulos têm os lados respec-
tivamente paralelos, são semelhantes.
c a A' b' C'
O segmento de reta que une os pontos a b c
= = →  ABC ∼ A ' B 'C '
médios de dois lados de um triângulo é c' a' a ' b' c '
paralelo ao outro lado. B B'

Note que:
b
ANOTAÇÕES A b' E C Pelo caso de congruência LLL: ADE ≡ A’B’C’
c' a' Pelo teorema fundamental: ADE ∼ ABC
D
a Então, A’B’C’ ∼ ABC. Isto é, pela propriedade tran-
c sitiva, os triângulos A’B’C’ e ABC também são semelhan-
tes. Assim: A’B’C’ ∼ ABC.

Consequências da semelhança de triângulos


Observe os triângulos semelhantes.
A' A'

B' H' M' C'

B' H' M' C'

A partir da semelhança de dois triângulos, é possível verificar que, se a razão de semelhança


é um número real k, então:

A razão entre duas alturas correspondentes é k.


A razão entre duas medianas correspondentes é k.
A razão entre duas bissetrizes internas correspondentes é k.
A razão entre os perímetros é k.

206 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 206 19/09/2019 15:21:55

206

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 206 20/09/2019 16:33:51


Base média de um triângulo

Observe um triângulo ABC em que M e N são os pontos médios de AB e AC.


A

M N

B C
AM AN 1
Observe os triângulos AMN e ABC. Eles têm  em comum e = = .
AB AC 2
 e MN = 1
 ≡B
De acordo com o o caso de semelhança, temos:  AMN ∼ ABC e, portanto, M
BC 2
BC
Assim, podemos concluir que MN / /BC e MN =
2
Se um segmento une os pontos médios de dois lados de um triângulo, ele é paralelo ao
terceiro lado e tem comprimento igual à metade dele.

42 Na figura a seguir, o valor de x é: 44. Se AS é bissetriz de 


A , calcule x nos casos:
A a) A

cm

M cm N 6 8

cm

B x C
B S x C
43. (G1) No da figura a seguir, DE //BC . Nessas
condições, determine: B
b)
1:55
A a) a medida x.
b) o perímetro do 6
9 6 ABC. x
8
D E B

x+1 x−1

B 11 C C A

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 207

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207

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 207 20/09/2019 16:33:52


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
45. O valor de x na figura é:

Peça para que os alunos resolvam a se-


C
ção Matemática + em casa. Ao fazer a cor-
a) 7
reção, fique atento para perceber em que 4x b) 8
N −
parte apareceu maior dificuldade na reso- c) 9
d) 10
lução das atividades propostas. Oriente os e) 11
alunos dando as explicações necessárias. 10

ANOTAÇÕES B x M 8 A

1
46. A razão de semelhança entre dois triângulos equiláteros é . Calcule a medida do lado
menor sabendo que o perímetro do triângulo maior é 6 . 4

a)
b) 8
c) 6
d)
e)

47. Na figura a seguir, temos PQ / /BC . As medidas a, b e c indicadas na figura são:


A

a) a = °; b = °; e c = 60°
b) a = °; b = 6 °; e c = 60°
b c c) a = 60°; b = 6 °; e c = °
P Q
d) a = °; b = 60°; e c = 6 °
e) a = 6 °; b = 60°; e c = °

60° 6 °
B C

48. As bases de um trapézio medem cm e cm, e a altura mede cm. Calcule a altura
do menor triângulo que se obtém prolongando-se os lados não paralelos até se encontrarem.

a) cm
b) cm
c) cm
d) cm
e) cm

208 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 208 19/09/2019 15:21:58

208

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 208 20/09/2019 16:33:53


1. Calcule o valor de x em cada figura, sendo 2. Determine o valor de cada incógnita nas
a // b // c. figuras abaixo.
a) a a) x + y =
x 9
b A
6
c

4 x

D E
b) a y
8 6 6
b
x
c B C

b) A

7 x+6

E F
c) a
x 4 x–
b
c B C

A
c) 8
D

d) a 6
6
b
8 x
c
C
B x+1 E x

3. Determine x e y nas figuras a seguir.


e)
1:58 a) AD = bissetriz interna de 
A.
A

cm
4 cm
x

B x D y C

cm

Capítulo 8 — Segmentos proporcionais 209

Matematica_2020_9A_08.indd 209 19/09/2019 15:21:58

209

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. 4. A razão entre as áreas de um círculo de raio
b) BD = bissetriz externa de B 2 3 e um quadrado de lado igual a 3 é:
A

a) 4π b) 3π c)
2
x π 4π
cm cm d) e)
2 3
y
B 5. Determine as medidas desconhecidas saben-
do que os polígonos são semelhantes.
cm C

a)
c) AD = bissetriz externa de 
A. +x
4
A
6 18
cm
cm
4
b) x
C 6 cm B x D
y 6
y+1

d) AB = bissetriz externa de 
A.
8

c)
cm
y
cm
2
+8
B cm C y D y
10
x

Neste capítulo, aprendemos:

A estabelecer a razão entre dois segmentos.


Reconhecer um número escrito na forma de escala.
A calcular situações-problemas envolvendo grandezas grandes e pequenas.
A construir uma proporção a partir de um feixe de paralelas.
A relacionar ângulos formados por retas paralelas cortadas por retas transversais.
As consequências do Teorema de Tales.
A identificar figuras semelhantes, bem como calcular a razão de semelhança entre
duas figuras.

210 Capítulo 8 — Segmentos proporcionais

Matematica_2020_9A_08.indd 210 19/09/2019 15:22:01

210

ME_Matemática_2020_9A_08.indd 210 20/09/2019 16:33:54


OBJETIVOS DIDÁTICOS

Relações
CAPÍTULO 9
Identificar um triângulo retângulo co-

métricas mo aquele que tem o ângulo reto.


Reconhecer em um triângulo retângu-
lo a hipotenusa e os catetos.
Aplicar o teorema de Pitágoras no cálcu-
Para começar lo da medida da diagonal de um quadra-
do e da altura de um triângulo equilátero.
As relações métricas são uma poderosa ferramenta para calcularmos
altitude, grandes distâncias entre objetos, etc., sem que seja preciso fazer a
medição no local. Para isso, vamos aprender a utilizar essas relações aplicadas
às formas geométricas.
CONTEÚDOS CONCEITUAIS

Relações métricas no triângulo


Elementos de um triângulo retângulo.
retângulo Semelhança nos triângulos retângulos.
João gosta muito de Matemática e, quando está de férias, vai sempre para
istória da Matemática e da Geometria.
o seu sítio em Iguape. Trigonometria.
Certo dia observou atentamente que a frente da casa formava triângulos
Catetos e hipotenusa.
retângulos (como mostra a figura abaixo).
A Razões trigonométricas no triângulo
retângulo.
Os triângulos retângulos do esquema
Relações entre as medidas da hipote-
D E ao lado são semelhantes?
nusa e dos catetos.
DE / /BC
Seno de um ângulo agudo.
B C
Cosseno de um ângulo agudo.
Tangente de um ângulo agudo.
) O segmento que une os pontos ) Considere o triângulo retângulo da
Aplicação importante: ângulos notáveis.
médios de dois lados é paralelo ao ter- figura ao lado em que: a é a hipotenusa; b e ngulos complementares.
ceiro lado e igual à sua metade. Os pon- c, os catetos; h, a altura relativa à hipotenu-
tos D e E são pontos médios dos lados sa; m a projeção de c sobre a hipotenusa;
Relação fundamental da Trigonometria.
AB e AC, respectivamente. O segmento e n, a projeção de b sobre a hipotenusa. Tabela trigonométrica dos ângulos agudos.
DE é paralelo a BC. Usando o fato de que os triângulos ABC,
A ABH e AHC são semelhantes, tem-se que:
Fórmula trigonométrica da área.
b c Lei dos senos, ou teorema de Lamy.
a) a ⋅ h = b ⋅ c
a
E b) b2 = a ⋅ n Lei dos cossenos.
D
c) a2 = b2 + c2
n m d) h2 = m ⋅ n
e) c2 = a ⋅ m
B
h
C ANOTAÇÕES

Capítulo 9 — Relações métricas 211

Matematica_2020_9A_09.indd 211 16/09/2019 21:07:43

BNCC
Objetos de conhecimento
Relações métricas no triângulo retângulo.
Teorema de Pitágoras: verificações experimentais e demonstração.
Retas paralelas cortadas por transversais: teoremas de proporcionalidade e veri-
ficações experimentais.

Habilidades trabalhadas no capítulo


(EF09MA13) Demonstrar relações métricas do triângulo retângulo, entre elas o teo-
rema de Pitágoras, utilizando, inclusive, a semelhança de triângulos.
(EF09MA14) Resolver e elaborar problemas de aplicação do teorema de Pitágo-
ras ou das relações de proporcionalidade envolvendo retas paralelas cortadas por
secantes.

211

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 211 20/09/2019 16:33:13


CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Elementos de um triângulo retângulo
Identificar a hipotenusa e os catetos Os elementos de um triângulo retângulo recebem denominações especiais; assim, para um
triângulo ABC retângulo em A, temos que:
em um triângulo retângulo. A
Representar triângulos retângulos pa-
ra obter a tangente, o seno e o cosseno b
c
dos seus ângulos agudos. h
Associar seno, cosseno e tangente de ân-
gulos agudos como razão de semelhança. m n
Aplicar as razões trigonométricas (tan- B H C
gente, seno, cosseno) para determinar a

elementos desconhecidos de um triân- BC é a hipotenusa de medida a.


gulo retângulo. AB é um cateto de medida c.
Aplicar a lei dos senos e a lei dos cos- AC é um cateto de medida b.
senos de um triângulo qualquer para de- AH é a altura relativa à hipotenusa; sua medida é indicada por h.
terminar elementos desconhecidos. BH é a projeção ortogonal do cateto AB sobre a hipotenusa; sua medida é indicada por m.
Identificar e calcular a altura de um HC é a projeção ortogonal do cateto AC sobre a hipotenusa; sua medida é indicada por n.
triângulo equilátero aplicando as razões
trigonométricas no triângulo retângulo. Semelhança nos triângulos retângulos
Por meio da semelhança de triângulos retângulos, podemos estabelecer relações entre as
medidas da hipotenusa, dos catetos, da altura e das projeções.

CONTEÚDOS ATITUDINAIS 1a relação métrica


Observemos os triângulos semelhantes ABC e HBA.

A
Icentivar os alunos a observarem nos A

objetos à sua volta o ângulo reto, os ca-


b
c c
tetos e a hipotenusa. h
Estimular os alunos a trabalharem em
m H
dupla para que possam encontrar outras B C B
a
formas de resolução, estabelecendo es-
tratégias próprias. AB BC AC c a b
Escrevemos a proporção entre seus lados homólogos: = = → = =
HB BA HA m ch
Explorar as resoluções de exercícios a 1

partir do cálculo mental.


Trabalhar as informações com base
Num triângulo retângulo qualquer, o produto das medidas dos catetos é igual ao produto da
em uma análise crítica da realidade. medida da hipotenusa pela medida da altura relativa à hipotenusa.
Estimular os alunos a pesquisarem o
uso da Matemática no dia a dia.
Respeitar as diferentes interpretações 212 Capítulo 9 — Relações métricas

encontradas na resolução das situações-


-problema.
Matematica_2020_9A_09.indd 212 16/09/2019 21:07:45

ANOTAÇÕES

212

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a b
Da igualdade 1 , temos: = ↔ b⋅c = a ⋅h
c h
Então, temos a relação métrica:

b ⋅ c = a⋅ h

2a relação métrica
Analisando ainda a proporção entre os lados homólogos dos triângulos semelhantes ABC
e HBA, temos:

A A

b AB BC AC c a b
c c = = → = =
h
HB BA HA m
c h
2

B a C B m H

Da igualdade 2 , temos:
c a
= ↔ c2 = a ⋅ m
m c
Agora, observemos os triângulos semelhantes ABC e HAC.

b
c Num triângulo retângulo qualquer, o
quadrado da medida de um cateto é igual
ao produto da medida da hipotenusa pela
B a C medida da projeção ortogonal desse cateto
sobre a hipotenusa.
A

b
h

C
7:45 H n

AB BC AC c a b
Escrevemos a proporção entre seus lados homólogos: = = → = = .
HA AC HC h bn
3
Da igualdade 3 , temos:
a b
= ↔ b2 = a ⋅ n
b n

Capítulo 9 — Relações métricas 213

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213

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SUGESTÃO
3a relação métrica
Consideremos os triângulos semelhantes HBA e HAC.
Trabalhe a semelhança de triângulos
para estabelecer as relações métricas A A

nos triângulos retângulos.


b HB HA BA
c h m h c
h = = = =
HA HC AC hn b
4

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO B m H H n

Da igualdade 4 , temos:
Pitágoras de Samos (Grécia, século VI
m h
a.C.), discípulo de Tales de Mileto, ficou = ↔ h2 = m ⋅ n
h n
conhecido pelo teorema de Pitágoras Então, temos a relação métrica: h2 = m . n
(a2 = b2 + c2), que leva seu nome. Para
representá-lo, construa quadrados com
cada um dos lados do triângulo. A soma
Num triângulo retângulo qualquer, o quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual
da área dos quadrados pequenos será ao produto das medidas das projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa.
igual à área do grande.
4a relação métrica − Teorema de Pitágoras
A1 = a 2 Observe.
A
A2 = b2
A3 = c 2
A1 = A2 + A3 c b
h
a 2 = b2 + c 2
 
Teorema de Pitágoras

B m H n C
a a
a Na segunda relação métrica, vimos que: b2 = a ⋅ n e c2 = a ⋅ m
Somando, membro a membro, essas duas igualdades:
A
c b2 + c2 = (a ⋅ n) + (a ⋅ m) 1
a
c A3 c a b2 + c2 = a ⋅ (n + m) 2
b
c No triângulo na página anterior, temos que a = n + m.
Substituindo (n + m) por a em 2 : Num triângulo retângulo qual-
b A2 b 2 2
b + c = a ⋅ a
quer, a soma dos quadrados das
medidas dos catetos é igual ao qua-
b2 + c 2 = a 2 ou a 2 = b2 + c 2 drado da medida da hipotenusa,
esse é o Teorema de Pitágoras.
b
Então, temos a relação métrica: a2 = b2 + c2

214 Capítulo 9 — Relações métricas


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Para enriquecer os seus conhecimen- Matematica_2020_9A_09.indd 214 16/09/2019 21:07:47

tos, leia os artigos da RPM: Números pi-


tagóricos: uma fórmula de fácil dedução SUGESTÃO DE ATIVIDADE
e algumas aplicações geométricas, de An-
dré Rothbart e Bruce Paulsell, RPM n. , Solicite uma pesquisa para os alunos sobre Pitágoras e seus seguidores, os cha-
p. 9 e As ternas pitagóricas, de Cláudio mados pitagóricos.
Arconcher, RPM n. , p. .
Sugerimos que a atividade de leitura
ANOTAÇÕES
do texto do boxe seja uma constante na
prática em sala de aula, visto que se tra-
ta de uma atividade que exercita a leitu-
ra oralizada dos alunos e a capacidade
de reconhecerem na prática o que vem
sendo exposto na teoria.
M

214

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 214 20/09/2019 16:33:16


Hipotenusa era o nome dado às cordas do instrumen-

Shutterstock.com
to musical chamado lira. Essas cordas formavam triângulos
retângulos com os lados do instrumento. A lira, assim como
a harpa, é um dos mais antigos instrumentos de corda. Na
Grécia, a invenção da lira era atribuída a Apolo, deus da
mitologia grega.
A Geometria é uma ciência muito antiga. O triângulo
de lados 3, 4 e 5 é utilizado há muitos séculos pelos cons-
trutores. Talvez você já tenha ouvido falar das famosas
pirâmides egípcias: são enormes monumentos de pedra
construídos há muitos séculos.
A maior dessas pirâmides, conhecida como Grande
Pirâmide, ou Pirâmide de Quéops, foi construída há
cerca de . anos. Sua base é um enorme quadrado, cujo lado mede aproximada-
mente 230 m, dentro do qual caberiam quatro quarteirões. Sua altura, que é de 146 m,
equivale à altura de um prédio de 50 andares.
Os pesquisadores impressionaram-se com o alto grau de precisão dessas construções.
A base da Grande Pirâmide é quase um quadrado perfeito: as diferenças entre as medidas
de seus lados são muito pequenas, e seus ângulos são todos praticamente iguais a 90°.
Tais fatos nos levam a crer que os egípcios desenvolveram grandes conhecimentos de
Geometria. Os diversos documentos escritos naquela época revelam, por exemplo, que,
o triângulo de lados 3, 4 e 5 já era conhecido dos arquitetos e construtores egípcios. Diz
a História que os construtores usavam uma corda, na qual davam nós em intervalos de
igual distância, formando com ela esse tipo de triângulo.
Os arquitetos do Egito Antigo construíam ângulos retos usando uma simples corda com nós.
Texto extraído do jornal Telecurso 1º Grau. Fundação Roberto Marinho, Ministério da Educação e Cultura, Fundação da
Universidade de Brasília, 1980.

1. No esquema, a reta AB representa a C Solução:

trajetória de um navio, e, no ponto D, Sendo AC = a e CD = x , temos:


7:47 localiza-se uma ilha. Quando o navio
a 2 = 602 + x 2
 (DAC ) 1

se encontra no ponto A, AD = 60 km, e, 

B 48a = 60 x
 2
quando o navio está em B, BD = 48 km .
A partir da equação 1 , temos:
Se BD é a menor das distâncias do navio
A
60 x 5x
à ilha, quando o navio estiver em C, qual D a= ∴a=
48 4
será a sua distância à ilha?

Capítulo 9 — Relações métricas 215

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215

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
3. Encontre o valor de x em função de a.

Trabalhe a aplicação do teorema de a


Pitágoras no cálculo da hipotenusa, dos a a
a
catetos e da altura. Veja um exemplo: x
B

1. Num triângulo retângulo ABC, a dife- 48


a x
rença entre os catetos é cm, e o produ-
to, cm . Determine: D 60 A
a
a) ipotenusa a. Substituindo 2 em 1 :
Solução:
25 x 2
Resolução: = 3.600 + x 2 Aplicando o teorema de Pitágoras nos quatro
16 triângulos, temos:
b − c = 1 cm 25 x 2
− x 2 = 3.600 →
9x 2
= 3.600 a
b ⋅ c = 12 cm² 16 16
3x a a
b − c = 1→ b = 1+ c → = 60
4
(1+ c) ⋅ c = 12 → c ² + c − 12 = 0 Logo, x = 80 km. 3
2 4
−1≠ 1² − 4 ⋅ 1− 12 2. Na figura a seguir, O é o centro da semicircun-
c= → ferência de diâmetro AB , e AO é o diâmetro
2 ⋅1 a x
da semicircunferência menor. 1
−2 ± 49 −1± 7
c= →c= Mostre que a2 = 2b2.
2 2
c=3 a
F
c = −4 (não satisfaz) 1 b2 = a 2 + a 2
c = 3 cm → b = 1+ 3 = 4 cm E 2 2 2
a 2 c = b +a
a² = b² + c² → a² = 4² + 3² b 2 2 2
3 d = c + a
a² = 16 + 9 → a² = 25 → a = 5 cm.
m
2 2 2
4 x = d + a
b) A altura h relativa à hipotenusa. A O B
2 2 2
Resolução: Solução: 5 x = 5a ∴ x = 5a
x =a 5
Seja AB = 2r e AO = r.
b⋅c = a ⋅h → 4 ⋅3 = 5⋅h

romakoma/Shutterstock.com
5h = 12 → h = 2, 4 cm. Traçando-se os segmentos FB e EO , os triân-
gulos AFB e AEO são retângulos, pois estão
inscritos em semicircunferências.
c) As projeções m e n dos catetos.
Resolução: Do AFB, a2 = 2r ⋅ m
Do AEO, b2 = r ⋅ m
b ² = a ⋅ m → 4² = 5 ⋅ m →
Trocando rm por b2, temos que: a2 = 2b2.
m = 3, 2 cm.
c ² = a ⋅ n → 3² = 5 ⋅ n →
216 Capítulo 9 — Relações métricas
n = 1, 8 cm.

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
ANOTAÇÕES

Na seção Aplicação, incentive os alunos a resolverem os exer-


cícios e esteja sempre pronto a esclarecer as dúvidas que forem
surgindo.
Ao fazer a correção dos exercícios, fique atento para perceber
o conteúdo em que os alunos apresentaram maior dificuldade na
resolução das atividades propostas. Oriente-os dando as explica-
ções necessárias.
importante que os alunos pratiquem os exercícios para que
possam avaliar o quanto já aprenderam. Caso seja necessário,
auxilie-os na resolução. Persistindo as dúvidas, faça uma revisão
do conteúdo isso os ajudará a superarem eventuais dificuldades.
M

216

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 216 20/09/2019 16:33:19


1. Determine o valor de x nos casos.
a) Quadrado b) Triângulo equilátero

8 x
x 6

2. Um triângulo retângulo possui projeções dos catetos sobre a hipotenusa medindo 6,4 dm e
,6 dm. Nesse caso, os catetos medem:

a) 15 e 20 b) 10 e 12 c) 3 e 4 d) 8 e 6

3. ( erj) Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu um texto, do qual
extraímos o fragmento a seguir:

“ s folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se, um dia, doida-


mente, por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base: uma figura ímpar olhos rom-
boides, boca trapezoide, corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.
— Quem és tu? — indagou ele em ânsia radical.
— Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(Millôr Fernandes. Trinta anos de mim mesmo.)

A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao teorema de Pitágoras, deveria dar
a seguinte resposta:

a) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”


b) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
c) “Sou o quadrado da soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado
da Hipotenusa.”
d) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa. ”

7:51

G A
4. Na figura ao lado, determine o perímetro
do triângulo ABC. x

F C 6
x+2
x

E 9 B

Capítulo 9 — Relações métricas 217

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217

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5. Na figura abaixo, NP // MQ, PQ ⊥ MQ, MNQ = 90 , tenusa, o segmento RH = 2 cm e o segmento
MN = 12 cm e MQ = 20 cm. A medida do seg- HT = 4 cm . Se o segmento RS = x1 cm e o seg-
mento NQ , em centímetros, é:
mento ST = x 2 cm, então x1 ⋅ x 2 é igual a:
N P S

M Q
R H T
a) 8 b) 9 c) 16 d) 11 e) 12
a) 6 2 b) 12 2
6. ( VA) Na figura abaixo, o valor de x é: c) 14 2 d) 16 2

x 9. (IFCE) Na figura abaixo, o valor da área do


a) 6 quadrado de lado a, em função dos segmentos
b) 8 b e c, é:
c) 9
d) 10 B A
12 d c

C a
18
f g
7. Na figura abaixo, MNP é um triângulo retân-
gulo em N, NQ é a altura relativa à hipotenusa,
MN = 3 3 cm e NP = 3 2 cm.
K1 5 K 5
Se MQ = cm e QP = 2 cm, então a E b
5 5
K1 ⋅ K 2 − (K 1 + K 2 ) é igual a:
N
a) b2 + c2 b) b2 − c2 c) b2c2
b2
d) c2 − b2 e) 2
c

10. ( FSJ) Sejam as retas r, s e t paralelas entre si.

M P
Q r
A
a) 36 b) 37 c) 38 d) 39
s B
D
8. ( ece) Na figura a seguir, RST é um triângulo C
t
E
retângulo em S, SH é a altura relativa à hipo-

218 Capítulo 9 — Relações métricas

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218

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Com relação aos segmentos determinados 12. No triângulo abaixo, indique o valor de Z:
pelos pontos de interseção dessas retas, é in-
correto afirmar que:
2 2 2 2
A
(
a) AB + BC ) ( ) ( ) ( )
= AD + DE + EC

AD + DE AB + BC
b) = Z
AD AB
2 2 2
c) AB( ) = ( AD) + (DB) B C
16 25
d) AB ⋅ EC = AC ⋅ DB

11. Um triângulo tem lados medindo 3 cm, 4 cm e 5 cm. Seja h a medida da altura relativa ao
maior lado, o valor de h2 expresso em cm é, aproximadamente, igual a:

a) 5,54 b) 5,56 c) 5,58 d) 5,60 e) 5,76

As primeiras ideias sobre Trigonometria surgiram quase mil anos antes de Cristo entre
os egípcios e os babilônios. Esses povos utilizavam razões entre os lados de um triângulo
na resolução de seus problemas práticos.
Na antiga Grécia, a Trigonometria nasceu da necessidade de relacionar distância e
ângulos na solução de problemas, sobretudo nos de Astronomia. Naquela época, utilizava-
-se a Trigonometria apenas como uma ferramenta da Astronomia.
Presume-se que tenha sido Hiparco quem, de fato, estabeleceu, por volta do século
II a.C., as bases da Trigonometria. Mas os hindus e os árabes também contribuíram
para o seu desenvolvimento.
Contudo, foi na Europa do século XV que a Trigonometria começou a ganhar impor-
tância, graças à influência de vários matemáticos, sobretudo o alemão Johann M ller, mais
conhecido pelo nome latino de Regiomontanus. Regiomontanus trabalhou pela organiza-
ção da Trigonometria como uma disciplina independente da Astronomia, além de escrever
vários livros sobre o tema, como o de triângulos, em 1464.
A palavra trigonometria é de origem grega e foi usada pela primeira vez em 1613.
Seu significado está associado às medidas de um triângulo.
Passados quase 4 mil anos, a Trigonometria é, hoje, uma disciplina bem estruturada
e se destaca por suas inúmeras contribuições no desenvolvimento de outras ciências.
Teoremas sobre razões matemáticas entre as medidas dos lados de um triângulo
foram usados pelos antigos egípcios e babilônios. Nesse período, dada a falta do conceito
da medida de ângulo, foi chamado de trilaterometria (medida dos lados de um polígono
de três lados — triláteros) e trigonometria (medida de partes de um triângulo), ou seja:

Trigonometria
TRI = três
GONOS = ângulos
METRIA = medir ou medição

Capítulo 9 — Relações métricas 219

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219

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
Trigonometria
Os primeiros geômetras sabiam que
o ângulo reto era um dos conceitos bá- Razões trigonométricas no triângulo retângulo
sicos da Geometria. Euclides definiu-o Vamos considerar um triângulo retângulo ABC reto em 
A.
na sua obra Elementos: “Quando uma li-
B
nha reta traçada sobre outra linha reta
determina ângulos adjacentes iguais
entre si, cada um dos ângulos diz-se Catetos e hipotenusa
reto, e a linha reta diz-se perpendicular Num triângulo, chamamos o lado oposto
ao ângulo reto de hipotenusa; e os lados
àquela que interceptar”. adjacentes, de catetos.
C A
B
Nesse triângulo:
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
hi
AB e AC são catetos. po
te
nu
BC é a hipotenusa. sa

cateto
Mostre aos alunos o seno, o cosseno e .
AC é o cateto oposto a B
a tangente e como encontrar o resultado .
AB é o cateto adjacente a B α
das razões trigonométricas. .
AB é o cateto oposto a C A cateto C
Comente a existência de ângulos que .
AC é o cateto adjacente a C
são mais usados do que outros, e que
têm valores para o seno, o cosseno e a Ao prolongar os lados CB e CA do triângulo ABC e traçar segmentos paralelos a AB, obtemos
tangente que devem ser memorizados. os triângulos: A1B1C , A2 B2C , A3B3C ...
As razões trigonométricas estão resu-
Observe que:
midas a seguir:
 ABC ∼  A1B1C ∼  A2B2C ∼ ...
cateto aposto co Logo, os lados homólogos desses triângulos são proporcionais, assim, podemos escrever
sen± = = . as seguintes igualdades de razões:
hipotenusa h
cateto adjacente ca B3
cos± = = . AB A1B1 A2 B2 A3B3 B2
hipotenusa h = = = = ...= K 1 (constante) B1
BC B1C B2C B3C B
cateto oposto co A1C A2C A3C
tg± = = . AC
= = = = ... = K 2 (constante)
cateto adjacente ca BC B1C B2C B3C
AB A1B1 A2 B2 A3B3
= = = = ...= K 3 (constante)
ANOTAÇÕES AC A1C A2C A3C C
A A1 A2 A3

Por meio da semelhança de triângulos retângulos, podemos estabelecer relações entre as


medidas da hipotenusa e dos catetos.

220 Capítulo 9 — Relações métricas

Matematica_2020_9A_09.indd 220 16/09/2019 21:07:58

220

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Seno de um ângulo agudo
AB A1B1 A2 B2 A3B3
= = = = ... = K 1
BC B1C B2C B3C
B3
B2 A constante k1 recebe o nome de seno do
B1
B . Como AB é a medida do cateto
ângulo agudo C
, e BC é a medida da hipotenusa, temos:
oposto a C

medida do cateto oposto ao ângulo C
sen 
C=
C medida da hipotenusa
A A1 A2 A3

Logo, num triângulo retângulo qualquer, o seno de um ângulo agudo é a razão entre a
medida do cateto oposto a ele e a medida da hipotenusa.

Cosseno de um ângulo agudo


AC A1C A2C A3C
= = = = ... = K 2
BC B1C B2C B3C
B3 A constante k2 recebe o nome de cosseno
B2
B1 . Como AC é a medida do
do ângulo agudo C
B
cateto adjacente a C, e BC é a medida da hipo-
tenusa, temos:

medida do cateto adjacente ao ângulo C
=
cos C
C medida da hipotenusa
A A1 A2 A3

Então, num triângulo retângulo qualquer, o cosseno de um ângulo agudo é a razão entre
a medida do cateto adjacente a ele e a medida da hipotenusa.

Tangente de um ângulo agudo


AB A1B1 A2 B2 A3B3
= = = = ... = K 3
B3 AC A1C A2C A3C
B2
B1 A constante k3 recebe o nome de tangente
B
7:58

. Como AB é a medida do
do ângulo agudo C
,e AC é a medida do cateto
cateto oposto a C
, podemos escrever:
adjacente a C
C 
medida do cateto oposto ao ângulo C
A A1 A2 A3 =
tg C
medida do cateto adjacente ao ângulo 
C

Capítulo 9 — Relações métricas 221

Matematica_2020_9A_09.indd 221 16/09/2019 21:08:01

221

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Assim, num triângulo retângulo qualquer, a tangente de um ângulo agudo é a razão
entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a ele.
Embora exista uma tabela com os va-
lores decimais para o seno, cosseno e  pelo cosseno do ângulo agudo C
 , temos:
Ao dividirmos o seno do ângulo agudo C
para a tangente dos ângulos de a9 , 
senC AB AC AB BC AB
os ângulos de , e 6 possuem = : = ⋅ =
 BC BC
cos C BC AC AC
também seus valores representados na 
Como
AB  = senC
 , temos que tg C
= tg C
forma de fração. Esses ângulos são mui- AC 
cos C
to importantes e bastante utilizados no Exemplo:
estudo da Trigonometria. No triângulo abaixo, vamos calcular sen α, cos α e tg α.
Temos que:
Mostre aos alunos que aprender esses
conceitos da Trigonometria será mui- C

to importante para o seu Ensino Médio, = BC =3


senα → senα
AC 5
pois esse será o assunto estudado du- 5
3 = AB =4
rante o o ano. cos α → cos α
AC 5
Incentive os alunos a observarem a re- = sen 
α  = ⋅ 5 → tgα
3 =3
tg α → tg α
solução dos exercícios na seção Passo a B A 
cos α 5 4 4
Passo, avaliando o quanto conseguiram 4

assimilar do conteúdo. preciso motivá-


-los a enfrentarem as eventuais dificul-
Ângulos notáveis
dades. Ao estudarmos os ângulos notáveis, podemos construir uma tabela de valores, que deno-
minamos tabela de ângulos notáveis.
Os ângulos notáveis são os ângulos agudos que medem 30°, 45° e 60°, e a tabela cons-
truída a partir desses ângulos é muito útil para a resolução de problemas envolvendo razões
SUGESTÃO trigonométricas.
Assim temos:

Seno Cosseno Tangente


Professor, para enriquecer os seus
conhecimentos, leia os artigos da RPM:
1 3 3
Ensinando trigonometria através da ima- 30°
2 2 3
gem, de Abdala Gannam, RPM n.9, p.
e Curiosidades, de Paulino Lin, RPM n. 6,
2 2
p. . 45° 1
2 2

3 1
60° 3
2 2
ANOTAÇÕES

222 Capítulo 9 — Relações métricas

222

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 222 20/09/2019 16:33:28


1. ( FRGS) Na figura abaixo, o retângulo ABCD a) 24 cm b) 28 cm c) 32 cm
tem lados que medem 6 e 9. Se a área do pa- d) 36 cm e) 40 cm
ralelogramo sombreado é 6, o cosseno de α é:
Solução:
3 2 3 4 8 Pelo enunciado, temos: b = c + 4 e b = a − 4;
a) b) c) d) e)
5 3 4 5 9 dando os valores de a e c em função de b e
A B c, em função de b, temos:
α
c=b−4ea=b+4
2 2
a 2 = b 2 − c 2 → (b + 4 ) = b 2 + (b − 4 )
6
b2 + 8b + 16 = b2 + b2 − 8b + 16
b2 − 16b = 0 → b = 0
α
D C b = (não serve) e b = 16; logo, a = 20 e c = 12
9
b⋅h 16 ⋅ 12
rea do triângulo: → = 96
Solução: 2 2
A B 96
A terça parte: = 32
α 3

3. O triângulo ABC é retângulo em A. Se o seno


do angulo B é 0, 8, qual o valor da tangente
6

do ângulo C ?
Solução:
α
D E x C B
9

B
Na figura acima, temos:
a
A = 6 → x ⋅ 6 = 6 → x = 1 → DE = 8 c

Aplicando o Teorema de Pitágoras no triân- 


C
gulo ADE, temos: A b C
2
AE = 62 + 82 → AE = 10  = 0, 8 →8 = 4
Sen B → Sen B
8 4 10 5
Logo,cosα = →
10 5 Cateto oposto = 4
ipotenusa (a) = 5
2. ( nicap) A medida de um cateto de um triân-
gulo retângulo excede em unidades a me- a 2 = b2 + c 2 → 52 = 4 2 + c 2
dida do outro cateto e é 4 unidades inferior à
c 2 = 25 − 16 → c = 9 → c = 3
medida da hipotenusa. Considere as medidas
dos lados em metro. Encontre a terça parte = cateto oposto 3  = 0, 75
tg C → → tg C
da medida da área do triângulo. cateto adjacente 4

Capítulo 9 — Relações métricas 223

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223

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13. Utilize as medidas dos lados dos triângulos b) C
e calcule sen A e cos   e cos B
A; e sen B .
5
2
a) A
B A
5 2
2 2
17. Calcule a soma dos catetos do triângulo retân-
C 5 B 3
gulo da figura sabendo que AB = 10 e cos α = .
5
B
C
b)
5 5
10
2 2

C A
A B
18. A figura abaixo é formada por três triân-
gulos retângulos. As medidas dos catetos do
14. Construa um triângulo retângulo isósceles primeiro triângulo são iguais a 1. Nos demais
de lados congruentes medindo 2 e calcule o triângulos, a medida de um dos catetos é igual
seno e o cosseno dos ângulos agudos. à da hipotenusa do triângulo anterior, e o outro
cateto tem medida igual a 1. Considerando os
15. Em um triângulo retângulo isósceles qual- ângulos α, β e na figura, atenda às solicitações
quer, de hipotenusa 2x e catetos x, calcule o seguintes.
seno e o cosseno dos ângulos agudos.
a) Calcule tg α, tg β e tg .
A
16. Calcule tgtg e B
A tg
tg B  em cada triângulo.
b) Calcule o valor de a.

a)
A a

1
1
C 4 B

224 Capítulo 9 — Relações métricas

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224

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19. ( nesp) A figura representa a vista superior do tampo plano e horizontal de uma mesa de bilhar
retangular ABCD, com caçapas em A, B, C e D. O ponto P, localizado em AB, representa a posição
de uma bola de bilhar, sendo PB = 1, 5 m e PA = 1, 2 m. Após uma tacada na bola, ela se desloca
em linha reta colidindo com BC no ponto T, sendo a medida do ângulo PTB  igual 60º. Após essa

colisão, a bola segue, em trajetória reta, diretamente até a caçapa D.

C D

Largura do tampo da mesa


T 60O

B P A
1,5 m 1,2 m
Nas condições descritas e adotando 3 ≅ 1, 73 , a largura do tampo da mesa, em metros, é
próxima de:

a) 2,42 b) 2,08 c) 2,28 d) 2,00 e) 2,56


20. ( FG) m navio, que possui m de altura sobre a água, passa por um canal e, em certo mo-
mento, o capitão da embarcação avista uma ponte plana sobre o canal, da qual ele desconhece
as dimensões e tem de decidir se o navio pode passar sob a ponte. Para isso, ele inicia uma série
de cálculos e medições. A primeira constatação que ele faz é a de que, a uma certa distância d da
projeção da base da ponte, a inclinação do segmento que une a parte retilínea inferior da ponte e
o ponto mais avançado do navio, que está a 4 m de altura sobre a água, é de 7°. Percorridos 102 m em
linha reta em direção à ponte, ele volta a medir a inclinação, obtendo um ângulo de , e verifica
que a distância entre a parte retilínea inferior da ponte e o ponto mais avançado do navio é de
m, como ilustra a figura a seguir.

ponte

20 100 h
7o 100o
4 102
d

Diante do exposto, admitindo que a superfície do rio é plana, determine a altura da ponte e
conclua se esta é suficiente para que o navio passe sob ela.
Dados: tg(7°) ≅ 0,12 e cos(10°) ≅ 0, 98
21. ( neb) A tirolesa é uma técnica utilizada para o transporte de carga de um ponto a outro. Nessa
técnica, a carga é presa a uma roldana que desliza por um cabo, cujas extremidades geralmente
estão em alturas diferentes. A tirolesa também é utilizada como prática esportiva, sendo conside-
rada um esporte radical. Em certo ecoparque, aproveitando a geografia do local, a estrutura para a

Capítulo 9 — Relações métricas 225

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225

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
prática da tirolesa foi montada de maneira que a) 50 3 b) 150 c) 200
a altura das extremidades do cabo por onde os
A relação fundamental da Trigonome- participantes deslizam está a cerca de 52 m e 8 d) 200 3 e) 100 3
m, cada uma, em relação ao nível do solo, e o
tria é feita a partir de funções observa- ângulo de descida formado com a vertical é de 25. A seguir, está representado um esquema
das de um mesmo arco, que ligam as 80°. Nessas condições, considerando-se o cabo de uma sala de cinema com o piso horizontal.
esticado e que tg 10° = , 6, pode-se afirmar que De quanto deve ser a medida de AT para que
funções seno e cosseno e utilizam a fór- a distância horizontal percorrida, em metros, ao um espectador sentado a 15 m da tela, com os
mula: cos² x + sen² x = 1. final do percurso, é, aproximadamente, igual a: olhos 1,2 m acima do piso, veja o ponto mais
alto da tela, que é TT, a 30°da horizontal?
Muito se tem dito a respeito dessa re- a) 250 b) 252 c) 254
lação fundamental, pois as funções seno d) 256 e) 258
ângulo sen cos tg
e cosseno são as funções primitivas, e to-
22. Uma escada de 2 m de comprimento está
das as demais decorrem de seu prévio apoiada no chão e em uma parede vertical. 30° 0,5 0,866 0,577
conhecimento. Se a escada faz 30° com a horizontal, calcule
a distância do topo da escada ao chão. 60° 0,866 0,5 3
Podemos determinar o seno ou o cos-
seno por meio de um raciocínio rápido,
T
sendo desnecessário fazer cálculos. Se o
a) 15 m
ângulo pertence ao primeiro quadrante
x b) 8,66 m
(seno positivo e cosseno positivo) e o seu 2m c) 12,36 m
30
seno vale / , podemos dizer que o cos- 1,2 m d) 9,86 m
30 A e) 4,58 m
seno é positivo e é uma fração de deno- 15 m
minador e numerador igual à raiz qua- 23. Considere os triângulos retângulos PQR e PQS
da figura a seguir. Se RS = 100, quanto vale PQ? 26. Trafegando num trecho plano e reto de
drada da diferença entre os quadrados
P uma estrada, um ciclista observa uma torre.
dos números da fração do seno. No instante em que o ângulo entre a estrada e
a linha de visão do ciclista é 60°, o marcador de
Assim, o cosseno será igual a
quilometragem da bicicleta acusa 103,50 km.
Quando o ângulo descrito passa a ser 90°, o
2² − 1² 3 marcador de quilometragem acusa 104,03 km.
= . 60 30
2 2 Q S
R
60
24. O ângulo de elevação da base de uma árvo-
re ao topo de uma encosta é de 60°. Sabendo-se
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO que a árvore está distante 100 m da base da
encosta, que medida deve ter um cabo de aço
para ligar a base da árvore ao topo da encosta? torre

A tabela trigonométrica dos ângu-


Qual é, aproximadamente, em metros, a dis-
los agudos foi criada com a ideia de fa- tância da torre à estrada? (Se necessitar, use
x
cilitar os cálculos na resolução dos exer- 2 = 1, 41; 3 = 1, 73; 6 = 2, 45).
cícios: basta buscar na tabela o ângulo a) 463,4 b) 535,8 c) 755,4
agudo procurado e descobre-se o valor 60 d) 916,9 e) 1.071,6
100 m
do seno, do cosseno e da tangente desse
ângulo. Isso permite que os alunos con- 226 Capítulo 9 — Relações métricas

firam o resultado encontrado por eles na


resolução das questões com o da tabela.
Na tabela, há os valores para os ân-
gulos de a 9 , variando de grau em
ANOTAÇÕES
grau e com aproximação até centésimos
de milésimos. Observe que a cada ângu-
lo agudo de um triângulo retângulo está
associado um único valor para o seno, o
cosseno e a tangente.

226

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 226 20/09/2019 16:33:32


Tabela trigonométrica dos ângulos agudos
A tabela trigonométrica apresenta os valores para as razões trigonométricas com aproxi-
mação de três casas decimais.

Tabela trigonométrica dos ângulos agudos


ângulo sen cos tg ângulo sen cos tg ângulo sen cos tg
1 0,017 1,000 0,017 31 0,515 0,857 0,601 61 0,875 0,485 1,804

2 0,035 0,999 0,035 32 0,530 0,848 0,625 62 0,883 0,469 1,881

3 0,052 0,999 0,052 33 0,545 0,839 0,649 63 0,891 0,454 1,963

4 0,070 0,998 0,070 34 0,559 0,829 0,675 64 0,899 0,438 2,050

5 0,087 0,996 0,087 35 0,574 0,819 0,700 65 0,906 0,423 2,145

6 0,105 0,995 0,105 36 0,588 0,809 0,727 66 0,914 0,407 2,246

7 0,122 0,993 0,123 37 0,602 0,799 0,754 67 0,921 0,391 2,356

8 0,139 0,990 0,141 38 0,616 0,788 0,781 68 0,927 0,375 2,475

9 0,156 0,988 0,158 39 0,629 0,777 0,810 69 0,934 0,358 2,605

10 0,174 0,985 0,176 40 0,643 0,766 0,839 70 0,940 0,342 2,747

11 0,191 0,982 0,194 41 0,656 0,755 0,869 71 0,946 0,326 2,904

12 0,208 0,978 0,213 42 0,669 0,743 0,900 72 0,951 0,309 3,078

13 0,225 0,974 0,231 43 0,682 0,731 0,933 73 0,956 0,292 3,271

14 0,242 0,970 0,249 44 0,695 0,719 0,966 74 0,961 0,276 3,487

15 0,259 0,966 0,268 45 0,707 0,707 1,000 75 0,966 0,259 3,732

16 0,276 0,961 0,287 46 0,719 0,695 1,036 76 0,970 0,242 4,011

17 0,292 0,956 0,306 47 0,731 0,682 1,072 77 0,974 0,225 4,332

18 0,309 0,951 0,325 48 0,743 0,669 1,111 78 0,978 0,208 4,705

19 0,326 0,946 0,344 49 0,755 0,656 1,150 79 0,982 0,191 5,145

20 0,342 0,940 0,364 50 0,766 0,643 1,192 80 0,985 0,174 5,671

21 0,358 0,934 0,384 51 0,777 0,629 1,235 81 0,988 0,156 6,314

22 0,375 0,927 0,404 52 0,788 0,616 1,280 82 0,990 0,139 7,115

23 0,391 0,921 0,424 53 0,799 0,602 1,327 83 0,993 0,122 8,144

24 0,407 0,914 0,445 54 0,809 0,588 1,376 84 0,995 0,105 9,514

25 0,423 0,906 0,466 55 0,819 0,574 1,428 85 0,996 0,087 11,430

26 0,438 0,899 0,488 56 0,829 0,559 1,483 86 0,998 0,070 14,301

27 0,454 0,891 0,510 57 0,839 0,545 1,540 87 0,999 0,052 19,081

28 0,469 0,883 0,532 58 0,848 0,530 1,600 88 0,999 0,035 28,636

29 0,485 0,875 0,554 59 0,857 0,515 1,664 89 1,000 0,017 57,290

30 0,500 0,866 0,577 60 0,866 0,500 1,732 - - - -

Capítulo 9 — Relações métricas 227

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227

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TEXTO DE APOIO DIDÁTICO

Os elementos fundamentais de um
triângulo são os seus lados, os seus ân-
gulos e a sua área. Resolver um triângu-
1. Utilizando a tabela trigonométrica, determine Solução:
lo significa conhecer as medidas desses o cosseno de 33°. Supondo que a superfície abaixo do avião
elementos. Conhecendo três desses ele- Solução:
seja horizontal, a linha percorrida por ele e
a altura atingida formam um triângulo retân-
mentos, podemos usar as relações mé- Localizamos o ângulo de 33° e, na coluna
gulo com essa superfície. A altura atingida
cos, encontramos 0,839.
tricas ou as relações trigonométricas. pelo avião é equivalente ao cateto oposto ao
Sabemos que o cálculo da área de ângulo sen cos tg ângulo de 35°, e a linha percorrida pelo avião
é equivalente à hipotenusa. Para calcular a
31° 0,515 0,857 0,601
um triângulo é o produto da base pela medida h dessa altura, podemos fazer:
32° 0,530 0,848 0,625
altura dividida por dois. Mas, quando o
33° 0,545 0,839 0,649
triângulo não fornece a base ou a altura,
34° 0,559 0,829 0,675
é preciso utilizar alguns artifícios como km
35° 0,574 0,819 0,700 10 altura
os que a Trigonometria oferece.
Logo, o cosseno de 33° é 0,839. 35
Caso o triângulo ofereça o valor de
2. Determine o ângulo cuja tangente é igual a 1,6. h
um de seus ângulos e os valores de dois sen 35° = → h = sen 35° ⋅ 10
Solução: 10
lados, podemos aplicar o cálculo do seno Localizamos, na coluna tg, o valor 1,6 e determi-
para encontrar o valor de sua área. namos o ângulo correspondente a esse valor. De acordo com a tabela trigonométrica dos
ângulo sen cos tg ângulos agudos, temos: sen = 0,574.
Substituindo esse valor na equação:
Disponível em: http:// .uel.br/projetos/matessencial 56° 0,829 0,559 1,483
h = 0, 574 ⋅ 10 → h = 5, 74
/trigonom/trigo .htm. Acesso em: / 6/ 9. Adaptado. 57° 0,839 0,545 1,540
58° 0,848 0,530 1,600 Portanto, a altura h atingida pelo avião é
5,74 km.
59° 0,857 0,515 1,664
ANOTAÇÕES 60° 0,860 0,500 1,732 4. De acordo com a figura abaixo, calcule:
Logo, o ângulo que apresenta o valor 1,6
como tangente é o ângulo 58°. 50 m
40 m
3. Um avião levanta voo formando um ângulo
de 35° com a pista. Mantendo esse ângulo,
que altura ele alcançará após percorrer 10 km? 30 m
(Suponha que a superfície abaixo do avião a) cos α
seja horizontal.) b) o valor de α

Solução:
30 3
a) cos α = → cos α = = 0, 6.
50 5
b) Pela tabela trigonométrica, temos:
35 3
cos α = = 0, 6 → α ≅ 53°.
5

228 Capítulo 9 — Relações métricas

Matematica_2020_9A_09.indd 228 16/09/2019 21:08:10 Ma

228

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 228 20/09/2019 16:33:34


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na seção Aplicação, incentive os alu-


nos a resolverem os exercícios e esteja
sempre pronto a esclarecer as dúvidas
27. Usando a tabela trigonométrica, encontre 30. Usando a tabela trigonométrica, associe a
os valores. coluna da esquerda com a coluna da direita. que forem surgindo. Persistindo as dúvi-
das, faça uma revisão do conteúdo isso
a) sen 33°e cos 57° → e a tg 77° I sen 15°
ajudará os alunos a superarem even-
b) sen 20° e cos 70° → e b 0,259 II tg 29°
tuais dificuldades.
c) sen 34° e cos 56° → e c 0,554 III 0,326
d) sen 23° e cos 67° → e d cos 71° IV 4,332
Agora, analise os resultados obtidos e descubra e 0,731
qual é o ângulo cujo cosseno é igual ao sen 18°.
V cos 43° ANOTAÇÕES

28. Um observador de 1,70 m, colocado a 31. O piloto de um avião observa um ponto de


80 m do mastro de uma bandeira, vê o seu um terreno por um ângulo de 35° em relação
ponto mais alto sob o ângulo de 38°. Qual é à horizontal. Após segundos, ele enxerga o
a altura desse mastro? mesmo ponto por um ângulo de 55°. Se ele voa
horizontalmente com uma velocidade média de
km/h, qual é a altitude aproximada do avião

35o 55o
38
1,70 m

80 m
32. Calcule a altura relativa à hipotenusa de um
triângulo retângulo em que os lados medem
29. Gabriel é um garoto que gosta de brincar 12 cm, 9 cm e 15 cm.
de skate. Uma das rampas de um campeonato
de skate profissional tem , m de altura, e o
comprimento de sua base é de 7 m. Qual é a 33. Calcule a altura x do poste, sabendo que a
medida do ângulo de inclinação dessa rampa sombra mede m. Veja a figura.
com relação ao solo?

50o
15 m
7m

Capítulo 9 — Relações métricas 229

8:10 Matematica_2020_9A_09.indd 229 16/09/2019 21:08:10

229

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

cowardlion/Shutterstock.com
34. Sabendo que F é o ponto médio de EB,
determine:
Faça a dedução e aplicação da lei dos
a) A medida x indicada na figura.
senos em um triângulo qualquer. b) A área BCDE.
Verifique o entendimento dos alunos, E D
trabalhe problemas interdisciplinares que
são abordados em Ciências, como a queda
livre e a lei da gravidade. F

A lei dos senos estabelece a relação 6 2


x
entre a medida de um lado e o seno do O edifício ASPAM (sigla em inglês que significa Mansão dos
ângulo oposto a esse lado. Diz-nos tam- A x B C Produtos Turísticos da Prefeitura) tem arquitetura inspirada
no formato de um A, numa referência à letra inicial da cidade
de Aomori, no Japão, na qual está situado.
bém que, em um triângulo, os seus lados
são proporcionais aos senos dos ângu- Lei dos senos
los opostos e que a constante dessa pro-
O Teorema de Lamy afirma que, em todo triângulo, os seus lados são proporcionais aos
porcionalidade é igual ao diâmetro de senos dos ângulos opostos a eles. Esse teorema também é conhecido como lei dos senos.
uma circunferência que circunscreva es- Vamos demonstrar a lei dos senos:
se triângulo. Seja o triângulo ABC acutângulo e CH a altura relativa ao lado AB .
C

ANOTAÇÕES
b a

A H B
c

CH 

CAH: sen 
A= A
→ CH = b sen  
 a b
b   
 → b sen A = a sen B → =
 CH  
 sen 
A senC
CBH: sen B = → CH = a sen B
a 

b c
Procedendo de modo análogo: = .
senB senC
Outra maneira:
Seja um triângulo ABC de lados a, b e c e altura h do vértice C sobre o lado AB .
a b c
Podemos escrever, então: = = .
sen 
A senB senC

230 Capítulo 9 — Relações métricas

Matematica_2020_9A_09.indd 230 16/09/2019 21:08:12

230

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C

b a
h

A
H B
c
Sabemos que a área desse triângulo em função dos ângulos é dada por:
1 1  = 1 ⋅ a ⋅ b ⋅ senC
S= ⋅ b ⋅ c ⋅ sen 
A = ⋅ a ⋅ c ⋅ sen B 
2 2 2
Com isso:
b ⋅ c ⋅ sen   = a ⋅ b ⋅ senC
A = a ⋅ c ⋅ sen B  b ⋅ c ⋅ sen  . 1 
 = a ⋅ b ⋅ sen C
A = a ⋅ c ⋅ sen B 
 a ⋅ b ⋅ c 
Temos:
b ⋅ c ⋅ sen   a ⋅ b ⋅ sen C
A a ⋅ c ⋅ sen B  sen 
A senB sen C

= = = =
a ⋅b⋅c a ⋅b⋅c a ⋅b⋅c a b c
Portanto:
Em todo triângulo, a razão entre a medida de um lado e o seno do ângulo oposto a ele é
constante. Isto é:
a b c
= =
sen 
A 
sen B 
senC

1. Um observador situado no ponto A, distan- Solução:


te 30 m do ponto B, vê um edifício sob um
  +C
A+B  = 180° → C
 = 45°
ângulo de , conforme a figura abaixo.
Baseado nos dados da figura, determine a
altura do edifício, em metros. Pela lei dos senos e sendo AC = x no ABC ,
temos:
Dados:
D x 30
AB = 30 m =
8:12
sen60° sen 45°
C
AB = 75° h
 = 90° x 30
DCA = → 2 ⋅ x = 30 3
3 2
C
AD = 30° C B
60 2 2
 = 60°
ABC
75 30 3 2 30 6
30 m x= ⋅ =
30 2 2 2
A x = 15 6 m

Capítulo 9 — Relações métricas 231

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231

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
 ∴ tg 30° = h
O ADC é retângulo em C 3. (IFMG) m grupo de escoteiros pretende
x escalar uma montanha até o topo, repre-
Procure utilizar problemas comuns às 3 h sentado na figura abaixo pelo ponto D,
= → 3h = 15 18 → visto sob ângulos de 40° do acampamento
disciplinas como motivação e globaliza- 3 15 6
B e de 60° do acampamento A. (Considere:
ção de conceitos. 5⋅3 2 sen 20° = , .)
h= =5 2 m D
3
Desenvolva a perseverança na obten-
ção de soluções de problemas, criticando 2. Um barco de pescadores A emite um sinal de A 60o
socorro que é recebido por dois radioamado-
e discutindo os resultados com os alunos. res, B e C, distantes entre si 70 km. Sabendo
m
Busque estimular a curiosidade, o inte- que os ângulos ABC  e ACB
 medem, respecti- 160
vamente, 64° e 50°, determine a que distância 30o 40o
resse e a criatividade do aluno para que B C
se encontra o radioamador mais próximo do
ele explore novas ideias e descubra no- barco. (Use sen 66° = 0,91; sen 64° = 0,90 e
sen 50° = , ) Considerando que o percurso de 160 m entre A
vos caminhos na aplicação dos conceitos e B é realizado segundo um ângulo de 30° em
Solução:
aprendidos e na resolução de problemas. relação à base da montanha, então a distância
Representando o triângulo ABC, temos:
entre B e D, em m, é de, aproximadamente:
Desenvolva os níveis culturais do edu-
A
cando, contribuindo para um melhor a) 190 b) 234
aprendizado em outras disciplinas. c) 260 d) 320

Possibilite o desenvolvimento de sen- Solução: D


20o
so crítico e participativo, o reconheci-
150o
mento da inter-relação entre os vários x 60o

campos da Matemática e desta com as 10 60


o o

m
160
outras áreas. 64o 50o
30o 40o
B C
B C
Aplicando o teorema dos senos no triângulo
assinalado, temos:
ANOTAÇÕES ()
med 
A + med B ()
 + med C
 = 180°
() x 160
= → 0, 342 ⋅ x = 160 ⋅ sen 150°
()
med 
A + 64° + 50º = 180° sen 150° 0, 342
 234 m
0, 342 x = 80 → x = 233, 9=
med (
A) = 66°

meunierd/Shutterstock.com
sando a lei dos senos, vamos obter:
70 b c
= =
Sen 66° Sen 64° Sen 50°
70 b c
= =
0, 91 0, 90 0, 77
70 b
= → b = 69, 2 km
0, 91 0, 90
70 c
= → c = 59, 2 km
0, 91 0, 77

232 Capítulo 9 — Relações métricas

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232

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35. Um navio, navegando em linha reta, passa 37. Brincando com uma lanterna, Victor viu um
sucessivamente pelos pontos A, B e C. O co- feixe de luz da janela de seu quarto para a rua,
mandante, quando o navio está em A, observa como mostra a figura. Calcule o comprimento
 = 30°. Após
um farol L e calcula o ângulo LAC d da luz projetada no chão.
navegar 4 milhas até B, verifica que o ângu- Utilize a tabela trigonométrica.
 = 75° (como na figura abaixo). Então,
lo LBC
quantas milhas separam o farol do ponto B?

L 26
10 m
20
d

38. João atira uma pedra na água. A pedra per-


corre m em linha reta, como mostra a figura.
Calcule a distância d do morro ao ponto em
que a pedra atingiu a água.
30 75
A B
C 72
m
10
2m
36. Barra do Corda, Bacabal e São Luís são
cidades do triângulo maranhense localizadas
conforme a figura. A partir dos dados forneci-
dos, pode-se dizer que a distância aproximada
de Barra do Corda a Bacabal é igual a: d
(Dados: sen 6 = 0,59; cos 36° = 0,81;
sen 132° = 0,74; cos 132° = − ,6 ) 39. ( EPB) A diagonal menor de um paralelo-
gramo divide um de seus ângulos internos em
Bacabal
dois outros. Um β e o outro 2β. A razão entre
132o o maior e o menor lado do paralelogramo é:
8:16
Barra do a) 2 senβ
Corda 36o
São Luís 1
140 km b)
2cos β
a) 130 km c) 2 cos β
b) 111,6 km
1
c) 98,6 km d)
d) 110,6 km 2senβ
e) 115,5 km e) tgβ

Capítulo 9 — Relações métricas 233

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233

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
40. ( nesp) ma pessoa se encontra no ponto A de uma planície, às margens de um rio, e vê, do
outro lado do rio, o topo do mastro de uma bandeira, ponto B. Com o objetivo de determinar a
A lei dos cossenos estabelece uma re- altura h do mastro, ela anda, em linha reta, 50 m para a direita do ponto em que se encontrava e
marca o ponto C. Sendo D o pé do mastro, avalia que os ângulos B   valem 30°, e o ACB
AC e BCD 
lação entre um lado do triângulo, seu ân- vale , como mostra a figura. Nessas condições, é correto afirmar que a altura h do mastro é:
gulo oposto e os lados que definem esse
B
ângulo a partir da Trigonometria.
A lei dos cossenos nos diz que, em um
h a) 12,5
triângulo, o quadrado de um lado é igual b) 12, 5 2
à soma dos quadrados dos outros lados D c) 25
30o d) 25, 0 2
menos duas vezes o produto desses dois 30o e) 35
lados pelo cosseno do ângulo por eles A 105o
formado. 50 m
Para esses triângulos, podemos es- C
crever: a2 = b2 + c2 − − bc . cos A. Lei dos cossenos
Agora, estudaremos dois casos na determinação das leis dos cossenos.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 1o caso: lado oposto a um ângulo agudo


Observe o triângulo ABC:

Caso os alunos tenham dúvidas, faça A

uma revisão do conteúdo, isso os ajuda-


rá a superar as dificuldades encontradas
na resolução dos exercícios. c b
Faça um debate sobre as questões re- h

solvidas no livro, favorecendo a com-


preensão dos problemas. x y
B C
H
a
a, b, c são medidas dos lados do triângulo ABC.
h é a medida da altura relativa a BC.
ANOTAÇÕES
x é a medida da projeção ortogonal de AB sobre BC.
y é a medida da projeção ortogonal de AC sobre BC.

Aplicando o Teorema de Pitágoras nos triângulos ABH e AHC, temos:

c2 = h 2 + x 2 → h 2 = c2 x2 1
b 2 = h2 + y 2 → h2 = b 2 y2 2

Igualando 1 e 2 : c2 x 2 = b 2 y 2 → b 2 = c2 x 2 + y 2 3

234 Capítulo 9 — Relações métricas

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234

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Substituindo y = a − x em 3
b2 = c2 − x2 + a2 − 2ax + x2
b2 = c − x2 + (a − x)2
b2 = c2 + a2 − 2ax
= x .
No triângulo ABH, temos: cos B ⇔ x = c ⋅ cos B
c
Substituindo x = c ⋅ cos B  em 4

b2 = c 2 + a 2 − 2ac ⋅cos B

2o caso: lado oposto a um ângulo obtuso

Seja o triângulo ABC obtusângulo em 


A, e CH = h a altura relativa ao lado AB (como mostra
a figura abaixo).

a
h
b

(180 – Â)
Â
H m A c B

sando o Teorema de Pitágoras, temos:


BCH : a 2 = h2 + (c + m)2 .
 ACH : h2 = b2 − m2 .

Logo, a 2 = b2 − m2 + c 2 + 2 cm + m2 → a 2 = b2 + c 2 + 2 cm 1 , mas, usando o cosseno do



ângulo (180 − A) no AHC , temos:
m
cos (180 − 
A) = → m = b ⋅ cos(180 − 
A)
b
Porém, no 1o ano do Ensino Médio, estudaremos redução de quadrantes no ciclo trigono-
métrico, que mostra a relação: cos(180− 
A) = −cos 
A
 
Assim, m = b ⋅ (−cos A) → m = −b ⋅ cos A.

Então, substituindo na equação 1 : a2 = b2 + c2 + 2c ⋅ m


8:19

Temos: a 2 = b2 + c 2 + 2c ⋅ (−b ⋅ cos 


A)

Portanto: a 2 = b2 + c 2 − 2bc ⋅cos 


A
Analogamente, temos:

b2 = a 2 + c 2 − 2ac ⋅ cos B
 Essas igualdades são chamadas de lei dos cossenos.
c 2 = a 2 + b2 − 2ab ⋅ cos C

Capítulo 9 — Relações métricas 235

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235

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Comente e discuta com os alunos o


modo de resolução das questões resol-
vidas no livro.
Mostre aos alunos que a Trigonome- 1. Vamos encontrar a medida a do lado BC Usando a lei dos cossenos, com relação ao
tria também está envolvida na resolução do triângulo ABC a seguir aplicando a lei dos ângulo α, temos:
cossenos.
de questões de Geometria como uma a 2 = b2 + c 2 − 2 ⋅ b ⋅ c ⋅ cos α
ferramenta a mais. C
49c 2 64c 2 c 2 8c 2
= + −2⋅ ⋅ cos α
Estimule os alunos a resolverem a se- 9 9 1 3
2 2 2 2
a 49c = 64c + 9c − 48c ⋅ cos α
ção Aplicação. Ao fazer a correção, fique b 2
24c 2
atento para perceber em que eles mos- 48c 2 ⋅ cos α = 73c 2 − 49c 2 → cos α =
60 48c 2
traram mais dificuldade e oriente-os 1
B c 3 A Portanto, o ângulo cujo cosseno é igual a .
dando as explicações necessárias. 2
Solução: 1
cos α = → α = 60°
2
a = b + c − 2bc ⋅ cos 
2 2
A 2

ANOTAÇÕES a 2 = 22 + 32 − 2 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ cos 60° 3. Um balão parte do ponto B (ver figura), e, após


1 alguns minutos, um observador no ponto A
a2 = 4 + 9 − 2 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ acompanha a trajetória do balão, que chega
2
ao ponto C. Sendo a = 80 m e c = m, calcule:
a 2 = 13 − 6
a) A distância AC = b entre o ponto A, onde
a2 = 7 ⇒ a = 7
está o observador, e o balão, no ponto C.
2. Os lados de um triângulo medem a, b e c b) A altura h do balão nesse momento.
centímetros. Qual é o valor do ângulo inter-
no oposto ao lado que mede a centímetros
C (balão)
se forem satisfeitas as relações: a = 7c e
3b = 8c? a
A h
b
60
c b H 30 A c B

Solução:
B a C a) Para encontrarmos o valor de b, aplicamos
a lei dos cossenos (2o caso).
Solução:
Vamos isolar as incógnitas a e b em função de c: 
b2 = a 2 + c 2 − 2ac ⋅ cos B
70 b2 = 502 + 802 − 2 ⋅ 50 ⋅ 80 ⋅ cos 60°
3a = 7c → a =
3
b2 = 2.500 + 6.400 − 100 ⋅ 80 ⋅ cos 60°
8c
3b = 8c → b = 1
3 b2 = 8.900 − 8.000 ⋅
2
b2 = 8.900 − 4.000
236 Capítulo 9 — Relações métricas b = 4.900
b = 70 m

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236

ME_Matemática_2020_9A_09.indd 236 20/09/2019 16:33:43



b2 = a 2 + c 2 − 2ac ⋅ cos B
b2 = 502 + 802 − 2 ⋅ 50 ⋅ 80 ⋅ cos 60°
b2 = 2.500 + 6.400 − 100 ⋅ 80 ⋅ cos 60°
1
b2 = 8.900 − 8.000 ⋅
2
b2 = 8.900 − 4.000
b = 4.900
b = 70 m
Logo, a distância do observador para o balão é de 70 m.

b) Para calcularmos a altura do balão, podemos aplicar o Teorema de Pitágoras.


Note que AH = 30 m, então:

b2 = 302 + h2 → 702 = 302 + h2 → h2 = 4.900 − 900


h = 4.000 → h = 4 ⋅ 1.000 = 22 ⋅ 102 ⋅ 10 → h = 20 10 m

41. A água utilizada na casa de um sítio é cap- 43. Numa pequena cidade, a igreja fica dis-
tada e bombeada do rio para uma caixa-d água tante da escola m, e a escola fica distante
a 50 m de distância. A casa está a 80 m de da praça 150 m, como está representado na
distância da caixa-d água, e o ângulo formado figura abaixo. Qual é a distância aproximada
pelas direções caixa-d água-bomba e caixa- que separa a igreja da praça? Utilize 7 = 2, 64.
-d água-casa é de 60°. Se se pretende bombear
água do mesmo ponto de captação até a casa,
então quantos metros de encanamento serão
necessários (Como mostra a figura.)

10
0
80 m

m
caixa-d água
60 60
casa
150 m
50 m 44. (IFRJ - Adaptada) Considerando que ABC é
um triângulo tal que AC = 3 cm, BC = 11 cm e  A = 120°
AC = 3 cm, BC = 11 cm e 
A = 120°, calcule os possíveis valores para a
medida do lado AB.

42. ( nicamp) Na figura abaixo, ABC e BDE são triângulos isósceles semelhantes de base 2a e a,
respectivamente, e ângulo CÂB = 30°. Portanto, o comprimento do segmento CE é:

8:24 5 8
a) a b) a
3 3
C
7
c) a d) a 2
E 3

A D
2a B a

Capítulo 9 — Relações métricas 237

Matematica_2020_9A_09.indd 237 16/09/2019 21:08:26

237

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A seção Matemática + serve para ava-


liar o quanto os alunos já aprenderam.
muito importante estimulá-los nes- 1. Usando a lei dos senos ou a lei dos cossenos, 3. Observe o esquema:
se processo as dúvidas deles indicam o determine a medida do ângulo α.
conteúdo que deve ser revisado, ajudan-
a) 8
do-os a superar eventuais dificuldades. 2 7
D
ˆ

ANOTAÇÕES 6 3
h B
61
93

m
120 ˆ 56

25
3 4 6 C
b) sen 120° =
2 A
12
a) Qual é a distância do balão até o ponto A?
b) A quantos metros de altura o balão está
6 do solo?

c) 4. Milena, diante da configuração representada


45o
3 2 abaixo, pediu ajuda aos colegas para calcular o
ˆ comprimento da sombra x do poste, mas, para
isso, ela informou que o sen α = 0,6. Calcule o
comprimento da sombra x.

d) 2 6

45 10 m
ˆ
ˆ
x
2. Para construir uma ponte sobre o rio, con-
5. Determine o valor dos cos α nos triângulos
forme a figura, um engenheiro fez as seguin-
a seguir.
tes medidas: segmento AB = 30 m, ângulo
B  = 30°. O engenheiro
AC = 105° e ângulo BCA
instalou o teodolito no ponto B. Com base nas a)
6 2
medidas tiradas pelo engenheiro, determine o 5
comprimento AC da ponte. ˆ

A C b) 3
2

ˆ
2

238 Capítulo 9 — Relações métricas

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238

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c) 8. Um barco A e outro B saem de um porto
2,5 com rumos que diferem de um ângulo de 35°.
2 As velocidades dos barcos são constantes e
ˆ iguais a VA = 40 km/h e VB = 30 km/h. Qual é
a distância entre eles após 2h de movimento?
3 ( se: cos = , .)

A
d)
4 2
3
ˆ
2 2

6. Consulte a tabela trigonométrica e, com o B


auxílio de uma calculadora, responda: 35
a) Em um triângulo ABC, o lado AB mede 5 cm,
o lado BC mede 4 cm, e o ângulo interno for-
9. As medidas dos lados AB e BC de um triân-
mado entre os lados AB e BC mede 65°. Qual gulo ABC são, respectivamente, 6 cm e 12 cm,
e o ângulo entre eles é 120°. Calcule, em cen-
é a medida aproximada do lado AC ?
tímetros, a medida do lado AC.

b) Em um triângulo PQR, o lado PQ mede 3 cm,  3 



Use: sen 120° = 2 .
o lado QR mede 6 cm, e o ângulo interno for-  

mado entre os lados PQ e QR mede 35°. Qual 10. Sabe-se que, em todo triângulo, a medida
de cada lado é diretamente proporcional ao
é a medida aproximada do lado PR ?
seno do ângulo oposto ao lado. Usando essa
7. Calcule a distância entre os pontos A e B, informação, calcule a medida do lado AB do
entre os quais há uma montanha, sabendo triângulo representado abaixo.
que suas distâncias a um ponto fixo M são de 
300 m e 380 m, respectivamente.  3 
Use: sen 120° = 2 .
 
A
A

8:28 120

M
B
45
 é igual a
A medida do ângulo AMB . (Dado:
C 12 m B
cos 47° = ,6 .)

Capítulo 9 — Relações métricas 239

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239

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11. Determine: Figura 1

a) A medida da diagonal menor do paralelo-


gramo ABCD.
B 10 cm

80
A d
C
1
5 10
Uma pessoa, utilizando o aparelho a 1,5 m do
D
solo, toma duas medidas, com distância entre
elas de 10 m, conforme esquema da Figura 2.
b) A medida da diagonal menor do paralelo-
Sendo ∅1 = 30° (o ângulo de visada da pessoa
gramo PQRS.
na posição mais próxima da árvore) e ∅2= 20°
(o ângulo de visada dessa mesma pessoa na po-
P Q sição mais distante), calcule a altura da árvore.
60
Figura 2
13

S 12 R
1,5 m 12 11
10 m
12. Na figura abaixo, tem-se um quadrilátero
ABCD inscrito numa circunferência de centro O. 14. Um avião levanta voo com um ângulo de
A 30°. Depois de percorrer 8 km, o avião se en-
contra a uma altura de:
B
O
D
a) 2 km
b) 5 km
8 km c) 3 km
C
x
d) 6 km
Sabe-se que AB mede 5 cm, BC mede 8 cm e
 mede 120°. A medida do raio e) 4 km
que o ângulo ADC
30
da circunferência, em centímetros, é igual a:

5 3 8 3 15. Calcule a mediana relativa à hipotenusa


a) b) c) 5 3
2 3 de um triângulo cujos catetos medem 12 m e
9 m, respectivamente.
13 2
d) 7 2 e) 16. Num triângulo, a bissetriz do ângulo reto
2
determina sobre o lado oposto segmentos pro-
13. Um aparelho é construído para medir altu- porcionais a 6 e 8. Sabendo que a hipotenusa
ras e consiste de um esquadro com uma régua mede 14 m, calcule a medida dos catetos.
de 10 cm e outra régua deslizante que permite
medir tangentes do ângulo de visada, conforme 17. Determine a altura de um triângulo equi-
o esquema da figura a seguir. látero de 2 3 m de lado.

240 Capítulo 9 — Relações métricas

Matematica_2020_9A_09.indd 240 16/09/2019 21:08:33 M

240

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18. ( FSM) A caminhada é uma das atividades
físicas que, quando realizada com frequência,
torna-se eficaz na prevenção de doenças crôni- A
B
cas e na melhora da qualidade de vida. Para a
105o
prática de uma caminhada, uma pessoa sai do
ponto A, passa pelos pontos B e C e retorna ao rio
ponto A, conforme trajeto indicado na figura.

200 m
Dado: 3 = 1, 7
C

30o
0,8 km 150o

B C
A 1 km
Com base nessas informações, é correto afir-
mar que a distância, em metros, do ponto A ao
Quantos quilômetros ela terá caminhado se ponto B é de:
percorrer todo o trajeto?
a) 200 2 b) 180 2 c) 150 2
a) 2,29
b) 2,33 d) 100 2 e) 50 2
c) 3,16
20. (FGV) Na figura, ABCDEF é um hexágono
d) 3,50 regular de lado 1 dm, e Q é o centro da circun-
e) 4,80 ferência inscrita a ele.
B C
19. ( FPB) A prefeitura de certa cidade vai cons-
truir, sobre um rio que corta essa cidade, uma
ponte que deve ser reta e ligar dois pontos, A e
B, localizados nas margens opostas do rio. Para A Q D
medir a distância entre esses pontos, um topógra-
fo localizou um terceiro ponto, C, distante 200 m
do ponto A e na mesma margem do rio onde se
encontra o ponto A. Usando um teodolito (instru- F E
mento de precisão para medir ângulos horizontais O perímetro do polígono AQCEF, em dm, é igual a:
e ângulos verticais, muito empregado em traba-
lhos topográficos), o topógrafo observou que os
 e C a) 4 + 2 b) 4 + 3 c) 6
ângulos BCA AB mediam, respectivamente,
ºe º, conforme ilustrado na figura a seguir. d) 4 + 5 (
e) 2 2 + 2 )

Neste capítulo, aprendemos:

As relações métricas no triângulo retângulo e suas aplicações.


O cálculo das razões trigonométricas no triângulo retângulo.
A resolver problemas utilizando a tabela de trigonometria.
A aplicar as fórmulas das relações métricas num triângulo qualquer.
A resolver problemas envolvendo os conhecimentos adquiridos.

Capítulo 9 — Relações métricas 241

:33 Matematica_2020_9A_09.indd 241 16/09/2019 21:08:35

241

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BNCC
Objetos de conhecimento
Relações entre arcos e ângulos na Circunferência,
circunferência de um círculo.
CAPÍTULO 10 arcos e
Habilidades trabalhadas no capítulo relações
(EF09MA11) Resolver problemas por
meio do estabelecimento de relações
métricas
entre arcos, ângulos centrais e ângu- Para começar
los inscritos na circunferência, fazendo
Neste capítulo, estudaremos circunferências, arcos e suas relações métricas,
uso, inclusive, de softwares de geome- que são utilizadas como ferramentas de fundamental importância nos cálculos
tria dinâmica. de áreas de figuras planas.
Observamos também que as circunferências são bastante comuns no
nosso dia a dia, como em parques de diversões, circos, automóveis, placas de
trânsito, etc.
OBJETIVOS DIDÁTICOS

RusGri/Shutterstock.com

pryzmat/Shutterstock.com
Identificar os ângulos central e inscrito
na circunferência.
Construir circunferências utilizando o
compasso.
Observar a posição relativa entre o
ponto e circunferência, a reta e circunfe-

ESB Professional/Shutterstock.com
rência e entre duas circunferências.
Calcular o comprimento de circunfe-
rências e de arcos de circunferência.

CONTEÚDOS CONCEITUAIS
O número π: uma razão geométrica
O número π: uma razão geométrica. Um problema que interessou matemáticos de todas as civilizações foi o cál-
culo da razão entre o comprimento (C) e o diâmetro (2r) de uma circunferência.
Comprimento da circunferência em Teremos, agora, três circunferências de raios distintos, como mostram as
função do raio. situações adiante:
Transformação de unidades. a) Maria Eduarda comprou uma pizza no final de semana e fez o seguinte
Medida de um arco de circunferência. procedimento:
Mediu o comprimento da circunferência da caixa, que é 111 cm, dividiu pelo
Radiano. diâmetro da caixa, que mede , cm, e o resultado foi, aproximadamente, , .
ngulo formado pelos ponteiros das
horas e dos minutos.
ngulo formado pelo deslocamento 242 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

do ponteiro dos minutos em relação ao


das horas.
Cálculo do perímetro de figuras com- Matematica_2020_9A_10.indd 242 16/09/2019 21:10:26 Ma

postas de arcos de circunferência. métricas na circunferência e no seu uso que pertencem a uma secante e a uma
Relações métricas na circunferência. cotidiano. tangente à circunferência.
Reta tangente comum. Associar e relacionar os elementos de Calcular o comprimento de uma circun-
relação: entre duas cordas. uma circunferência. ferência em função da medida do raio.
relação: entre duas secantes. Reconhecer as medidas dos segmen- Calcular o comprimento de um arco de
relação: entre tangente e secante. tos que pertencem a duas cordas que se circunferência em função da medida do
Potência de um ponto em relação à cir- interceptam em um ponto interno à cir- ângulo central correspondente e a medi-
cunferência. cunferência. da do raio da circunferência.
Relacionar as medidas dos segmentos Calcular a medida do ângulo central e do
que pertencem a duas secantes que se ângulo interno de um polígono regular.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS interceptam em um ponto externo à cir- Calcular a medida do lado e a medida
cunferência. do apótema de um polígono regular ins-
Associar a importância das relações Relacionar as medidas dos segmentos crito em uma circunferência.

242

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 242 20/09/2019 16:33:08


ANOTAÇÕES
b) Simone comprou uma lata de leite e fez
o seguinte procedimento:
Dividiu o comprimento da circunferência
da lata de leite pelo seu diâmetro, e o resultado
foi, aproximadamente, , . 1) Para que exista uma circunferência, faz-
-se necessário um centro no mesmo plano
c) Márcia comprou um CD e fez as seguin- de onde todos os pontos distem igualmente
tes medições com uma fita métrica: numa curva fechada formada por uma linha
Dividiu o comprimento da circunferência a partir do centro.
do CD pelo seu diâmetro, e o resultado foi, 2) O círculo é a porção do plano limitada
aproximadamente, , . pela circunferência.

) Para alguns autores, a circunferência é


um círculo e o círculo, um disco.

O cálculo do diâmetro de uma circunferência 4) Para qualquer círculo, a mediatriz de


é duas vezes o seu raio. uma corda passa pelo seu centro.
d = 2r 5) E qualquer raio que passa por sua ex-
Para calcular a área de um círculo, utiliza- tremidade é perpendicular à tangente.
mos: Ao = π ⋅ r2

C
Com isso, você já deve saber que, qualquer que seja a circunferência, a razão é cons-
2r
tante, dando o número irracional representado por π; disso resulta a conhecida expressão do
comprimento da circunferência em função do raio:
C
= π → C = 2πr
2r
Outra maneira de calcular os valores aproximados de π é utilizando áreas ou perímetros de polí-
gonos regulares inscritos ou circunscritos à circunferência. Matemáticos egípcios (cerca de a.C.),
babilônios e gregos chegaram a valores com aproximação apreciável do que hoje representamos por π.

1. A roda de uma bicicleta tem raio de cm. Porém, para encontrarmos a distância per-
Qual é a distância que essa bicicleta percorre corrida, basta usarmos uma regra de três.
quando a roda dá . voltas ( se: π = 3,14)
1 volta → 276,32 cm
a) Mais de 4 km b) Entre 3 e 4 km . voltas → x
c) Entre 2 e 3 km d) Entre 1 e 2 km
e) Menos de 1 km Com isso:
x= . . 6, →x= 6. cm
Solução:
Sabemos que 1 volta equivale ao compri- Então:
mento da circunferência. x = 6. : . →x= , 6 km
Isto é:
C = 2π ⋅ R → C = 2 ⋅ 3, 14 ⋅ 44→ C = 276, 32 cm

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 243

0:26 Matematica_2020_9A_10.indd 243 16/09/2019 21:10:26

Resolver problemas que estabeleçam ou tenham relações entre o raio da circunfe-


rência e elementos de um polígono nela circunscrito.

CONTEÚDOS ATITUDINAIS

Estimular os alunos a trabalharem em duplas para que possam encontrar outras


formas de resolução, estabelecendo estratégias próprias.
Explorar as resoluções de exercícios por meio do cálculo mental.
Trabalhar as informações com base em uma análise crítica da realidade.
Estimular os alunos a pesquisarem o uso da Matemática no dia a dia.
Respeitar as diferentes interpretações encontradas na resolução das situações-
-problema.

243

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A medida de um arco de circunferên-


cia que tem dois pontos, C e D, é dividida Para transformação de unidades
÷1 ÷1 ÷1 ÷1 ÷1 ÷1
em dois arcos C e D são as extremidades
de cada um desses arcos, que denomi- km hm dam m dm cm mm
namos de CD e DC
.
×1 ×1 ×1 ×1 ×1 ×1

C C
Medida de um arco de circunferência
Observe um relógio de parede (forma de pêndulo).
D D

Se C e D se coincidem, formam um ar-



co de uma volta e um arco nulo.
32 cm 32 cm

C=D
A B

Quanto percorre o pêndulo de um relógio do ponto A até o B


C=D Para responder a essa pergunta, temos de estudar uma proporcionalidade entre as medidas
arco de uma volta do ângulo e do arco da circunferência.
 determina o arco 
Com isso, observe a circunferência de raio R. O ângulo AOB AB, como
mostra a figura.

C=D B
R

arco AB
O α
C=D
arco nulo R
A
m arco de meia-volta é formado pe-
Com auxílio do compasso, é possível duplicar, triplicar, etc. a medida desse arco. Observa-
las extremidades de C e D de um mesmo mos que:
diâmetro.
 = 2 vezes a medida do ângulo AOB
A medida do ângulo AOC  . Portanto, a medida do arco
 
AC é o dobro da medida do arco AB.

A medida do ângulo COD = 3 vezes a medida do ângulo AOB


 . Portanto, a medida do arco
D C
O  
CD é o triplo da medida do arco AB.

244 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas


O centro da circunferência
arco de meia-volta

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ANOTAÇÕES

244

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SUGESTÃO DE ATIVIDADES
C

R B 1. Responda:
R
Com isso, concluímos que a medida do ângulo e o com- y
O primento do arco que esse ângulo determina são diretamente
proporcionais.
R 12
R 10
A
8 o
D 6
4 r
2
Quando dividimos uma circunferência em 6 partes congruentes, cada uma dessas partes
2 4 6 7 10 12 14 r
é um arco de grau ( ). −2
Então: −2
B

a) Quais as coordenadas do centro des-


O A B A sa circunferência
O
Resposta: ( ,6).

b) Quantas unidades de comprimento


tem o raio dessa circunferência
Arco 
AB de 9 (um quarto de volta) Arco 
AB de (meia-volta)
Resposta: 6.
m quarto de volta corresponde a 9 , ou ma meia-volta corresponde a , ou a
πr
a em unidades de comprimento. πrr em unidades de comprimento.
2 c) Quantas unidades de comprimento
tem o diâmetro dessa circunferência
Resposta: .

O A
d) Qual o eixo tangente à circunferência
A=B O
Resposta: Eixo x.

B ANOTAÇÕES

Arco 
AB de (três quartos de volta) Arco 
AB de 6 (uma volta, ou nulo)

Três quartos de volta correspondem a


ma volta completa corresponde a 6 ,
3πr
, ou a em unidades de comprimento. ou a 2πr em unidades de comprimento.
2

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 245

0:29

245

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 245 20/09/2019 16:33:10


SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Observemos as seguintes relações:
πr 1 2
1. Descubra a medida do maior ângulo 90º → → ⋅ (2πr ) 180º → πr → ⋅ (2πr )
2 4 4
formado pelos ponteiros quando são 3πr 3 4
270º → → ⋅ (2πr ) 360º → 2πr → ⋅ (2πr )
horas. 2 4 4
30
Com isso, encontraremos uma relação entre o comprimento do arco (l) em função do ân-
gulo (α). Veja a figura abaixo:

B
io
ra

O α comprimento
2. Calcule o ângulo formado por duas do arco
ra
io
horas consecutivas.
A

TEXTO DE APOIO DIDÁTICO


De acordo com as relações entre o ângulo em graus e o comprimento do arco, temos:
ngulo em graus → comprimento do arco
Radiano é a medida de um arco cujo 6 → 2πr
comprimento é igual ao raio da circunfe- α→L
rência que contém o referido arco. Como Mas sabemos que essas medidas dos arcos de uma circunferência em graus são diretamente
ao arco está associado um ângulo cen- proporcionais às medidas em unidades de comprimento. Com isso:
tral, também podemos dizer que radia- Onde:
no é a medida do ângulo central que de- 360 2πr 2πr ⋅ α
r medida do raio
= L= α medida do ângulo em graus
termina na circunferência um arco cujo α L 360º
L comprimento do arco
comprimento é igual ao do raio.
O radiano é útil para distinguir quan- Radiano
tidades de diferentes naturezas, mas
Para facilitar nossos cálculos, aprenderemos uma nova unidade de medida de ângulos: o
com a mesma dimensão. Por exemplo, a
radiano. Observe a figura:
velocidade angular pode ser medida em
radianos por segundo (rad/s). Fixando a
palavra radiano, enfatiza-se o fato de a r L=r

velocidade angular ser igual a π vezes O r


a frequência rotacional.

ANOTAÇÕES
246 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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246

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Observe que a medida do comprimento do arco é igual à medida do comprimento do raio,
ou seja: = r.
r
Surge, assim, o radiano (rad), que corresponde à medida do ângulo central quando L = r.
r

r
r
1 radiano = 1 rad
O r

Como C = 2πrr e r = 1 rad, podemos escrever: C = 2π. rad = 2π rad.

Dessa forma, a medida de uma circunferência pode ser expressa por: 6 , na unidade
grau πr,
rr, em unidades de comprimento; 2π, na unidade radiano.

Agora, podemos responder à situação-problema que envolve o relógio de parede.


Observamos que o ângulo α mede 9 , e o raio mede cm.
Verifique que:
360° → 2πrad
180° → πrad 120π 2π 150π 5π
120° = = rad 150° = = rad
π 180 2 180 6
90° → rad
2

2πr ⋅ α
Com isso, comprimento do arco  AB =
360
 2π ⋅ 32 ⋅ 9
Comprimento do arco AB = (Considere: π = 3,14)
360
Portanto:
O comprimento do arco 
AB percorrido pelo ponteiro de um relógio de parede é igual a
, cm aproximadamente.

1. Calcule, em radianos, a medida de um arco de 6 .


0:31 Solução:
Podemos resolver através de uma regra de três. Observe:

360° − 2πrad
60° − x
360° 2πrad
= → 6 x = 2πrad
60°1 x
2 1πrad π π rad.
x= → x = rad Logo, a medida do arco é
63 3 3

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 247

247

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 247 20/09/2019 16:33:12


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

2. Calcule, em graus, a medida de um arco de rad.
6
Solução:
Incentive os alunos a observarem a re-
360° − 2π
solução dos exercícios da seção Passo a 5π
x−
Passo e avalie se os alunos conseguiram 6
assimilar o conteúdo. preciso motiva- 360° 2πrad 360° 12
= → = → 12 x = 360° ⋅ 5 → 12 x = 1.800° → x = 150°
x 5πrad x 5
-los a enfrentarem possíveis dificuldades
6
na resolução de questões.
Ângulo formado pelos ponteiros das horas e dos
Caso os alunos tenham dúvidas, faça
uma revisão do conteúdo. Isso os ajuda- minutos
rá a superarem as dificuldades.
Agora, vamos mostrar uma relação entre o ponteiro das horas e dos minutos em função
Faça um debate sobre as questões re- de um ângulo.
solvidas no livro, favorecendo a com- Sabemos que o mostrador de um relógio é dividido em partes iguais (cada uma mede
360° 360°
preensão, passo a passo, do que foi feito. = 30° ) pelas marcas que indicam as horas e em 6 partes iguais (cada uma mede = 6°)
12 60
Na seção Aplicação, incentive os alunos pelas marcas que indicam os minutos. Isto é: quando o ponteiro dos minutos der uma volta
a resolverem os exercícios e esteja sem- completa no relógio, percorrerá 6 minutos, que equivalem a 6 . Com isso, um minuto equi-
pre pronto para solucionar as dúvidas vale a
360°
= 6°.
que forem surgindo. 60
Com relação ao ponteiro das horas, quando der uma volta completa no relógio, percorrerá
Estimule os alunos a praticarem os 360°
horas, que equivalem a 6 . Com isso, uma hora equivale a = 30°.
exercícios. Ao fazer a correção, fique aten- 12
to para perceber o conteúdo em que eles Logo, em uma hora, o ponteiro das horas descreve um ângulo de e, em um minuto, o
ponteiro dos minutos descreve um ângulo de 6 .
apresentaram maior dificuldade. Oriente-
-os dando as explicações necessárias. Ângulo formado pelo

/Shutterstock.com
deslocamento do ponteiro dos

Borisb
ANOTAÇÕES minutos em relação ao das
horas
Observamos que, quando o ponteiro dos minutos se des-
loca, o ponteiro das horas também se desloca. Sabemos que
uma hora no ponteiro das horas equivale a e a 6 minutos
então, um minuto no ponteiro dos minutos com relação ao
30
ponteiro das horas equivale a = 0 , 5° .
60
Isto é, quando o ponteiro dos minutos andar um minuto, A Igreja de São Pedro, em urique, na Suíça,
o ponteiro das horas se deslocará meio grau ( , ). abriga o maior relógio da Europa.

248 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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248

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1. Determine a medida do menor ângulo forma- Daí, obtemos:
do pelos ponteiros de um relógio às h min.
60 30° 30°
Solução: = → 3= → x = 10°
20 x x
Vamos considerar: α = x + 120° → α = 10° + 120° → α = 130°
α → medida do ângulo pedido.
x → medida do ângulo descrito pelo ponteiro 2. Determine a medida do menor ângulo
das horas em min, a partir das h. formado pelos ponteiros de um relógio às
h min.
°
Solução: β
11 12 11 12
1 1
2 2
α
x
9 3 9 3
°
4 x 4 x=α−β
7 5 7 5
6 6
α é o ângulo descrito pelo ponteiro dos mi-
O mostrador do relógio é dividido em nutos no tempo de min.
partes iguais. Por isso, o arco compreendido 
 1 min ↔ 6°
 → α = 24 ⋅ 6° = 144°
entre dois números consecutivos mede 

24 min ↔ α

360° β é o ângulo descrito pelo ponteiro das horas
= 30°
12 no tempo de min.
Assim, α = x + . Como, a cada 6 min, 
 1h ↔ 30° 
60 min ↔ 30°
 → 
o ponteiro das horas percorre , temos: 




24 min ↔ ² 24 min ↔ ²

Tempo Ângulo descrito Portanto,


6 min
24 ⋅ 30°
min x ² = = 12° x = 144° 12° = 132°
60

0:34

1. Dados os ângulos abaixo em radianos, indique seus valores em graus.


π 3π 12π 3π
a) rad b) rad c) rad d) rad
10 4 5 2

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 249

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249

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2. Converta em radianos. perpendicular ao ponteiro das horas. Qual é o
comprimento do ponteiro das horas
a) b) (Dados: sen = , .)
c) d)
8. O comprimento da trajetória de A até B é
3. Calcule o maior ângulo entre os ponteiros igual a:
do relógio nos instantes: A

a) 16h b) 6h

4. O ponteiro dos minutos de um relógio tem

6
comprimento de cm. Qual é a distância que
a ponta do ponteiro percorre num intervalo de
tempo de min

12
Shutterstock.com °

12
a) 53π
5. s h min, o ângulo α (figura abaixo), for- b) 6 π
° c) π
mado pelos ponteiros de um relógio, mede:
d) 43π
11 12 1 e) 96π

2 B
α
9 3 9. Na figura, têm-se circunferências de centros
A, B e C, tangentes duas a duas. As retas QC e PT
4 são perpendiculares. Sendo m o raio da cir-
7 5 cunferência maior, quantos metros devemos
6 percorrer para ir de P a Q seguindo as flechas
a) 9 b) c)
d) e)
a) 2π
6. m relógio foi acertado exatamente às 6h.
T A C B P b) 3π
Que horas o relógio estará marcando após o
c) 4π
ponteiro menor (das horas) ter percorrido um
d) 6π
ângulo de
e) 12π
7. ( nicamp) Em um relógio, o ponteiro dos mi-
nutos tem cm de comprimento. s h min, Q
a reta que une os extremos dos ponteiros é

250 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

Matematica_2020_9A_10.indd 250 16/09/2019 21:10:37 M

250

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10. (Unesp) O papelão utilizado na fabricação de caixas reforçadas é composto de três folhas de
papel, coladas umas nas outras, sendo as duas folhas das faces lisas e a folha que se intercala
entre elas é sanfonada, conforme mostrado na figura.

RExt

O fabricante desse papelão compra o papel em bobinas, de comprimento variável. Supondo


que a folha sanfonada descreva uma curva composta por uma sequência de semicircunferên-
cias, com concavidades alternadas e de raio externo (R Ext) de 1,5 mm, determine qual deve ser
a quantidade de papel da bobina que gerará a folha sanfonada, com precisão de centímetros,
para que, no processo de fabricação do papelão, esta se esgote no mesmo instante das outras
duas bobinas de m de comprimento de papel, que produzirão as faces “lisas”. Dado: π , .

a) 6 m e cm b) 6 m e cm c) 6 m e cm
d) 6 m e cm e) 6 m e cm

Cálculo do perímetro de figuras compostas de


arcos de circunferência
Para calcular o perímetro de uma figura composta, devemos decompô-la em outras curvas
cujo perímetro sabemos calcular.
Exemplo:

3 3 3 3
A O" C O' B

 tem metade do comprimento da circunferência de raio .


O arco AC
 = 2 ⋅ π ⋅ 3 = 6 ⋅ 3,14 = 9, 42.
( )
m AC
2 2

O arco CB tem metade do comprimento da circunferência de raio .

( )
 = 9, 42.
m CB

O arco 
AB tem metade do comprimento da circunferência de raio 6.
2 ⋅ π ⋅ 6 12 ⋅ 3,14
m ( )
AB =
2
=
2
= 18, 84.

O perímetro da figura é: 9, + 9,42 + , = ,6 .

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 251

:37 Matematica_2020_9A_10.indd 251 16/09/2019 21:10:38

251

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Trabalhe nos exercícios o reconhecimen-


to e a representação das retas secantes,
tangentes e externas a uma circunferência.
11. Uma franquia de fast-food vende fatias de
Realize construções envolvendo tan- 3m
pizza, e uma de suas opções tem o formato
gência entre reta e circunferência usan- representado abaixo. Sabendo que essa fatia é
do régua e compasso. uma das oito fatias recortadas da pizza inteira
m
(todas com o mesmo tamanho e formato), qual
Deduza e aplique a relação entre um é o diâmetro da fôrma da pizza
segmento de secante e um segmento de
3m
tangente em uma mesma circunferência. m

Aplique a fórmula para o cálculo da


área do círculo na resolução de situa- cm a) R . ,
ções-problema. b) R 6 . ,
c) R . ,
Mostre a utilidade das relações métri- d) R 66 . ,
cas como meio de interpretar rápida e
14. Percorrendo a estrada da figura abaixo,
precisamente os fenômenos científicos
12. Na figura a seguir, têm-se arcos de circun- um veículo inicia um retorno em um ponto A
presentes no dia a dia. ferências concêntricas e igualmente espaçadas utilizando a trajetória circular da figura, cujo
Explique que o ângulo inscrito é for- entre si. Sabendo-se que a soma dos compri-
raio é m. Se nessa rotatória a velocidade
mentos desses arcos é igual ao comprimento da
mado quando duas retas secantes de circunferência maior, qual a medida do ângulo máxima permitida é de km/h, o menor tem-
uma circunferência se interceptam em central comum a todas as circunferências po necessário para que esse veículo percorra
um ponto comum dessa circunferência. o arco 
AB , em segundos, é:
(Considere π = , .)

ANOTAÇÕES

A B
13. Em torno de um campo de futebol, confor-
me a figura a seguir, construiu-se uma pista de
atletismo com m de largura, cujo preço, por
metro quadrado, é de R , . Sabendo-se
m
que os arcos situados atrás das traves dos gols a) 12
são semicírculos de mesma dimensão, o custo b)
total dessa construção, que equivale à área c) 15
hachurada, é: d) 25
(Considere π = , .) e) 22

252 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

Matematica_2020_9A_10.indd 252 16/09/2019 21:10:38

252

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15. ( FRGS) m disco de raio gira ao longo de uma reta coordenada na direção positiva, como
representado na figura abaixo.
P

1 2 3 4 5 6 7

Considerando-se que o ponto P está inicialmente na origem, a coordenada de P


P, após voltas
completas, estará entre:

a) 6 e 6 b) 62 e 64 c) 64 e 66 d) 66 e 6 e) 6 e

Relações métricas na circunferência


Propriedades das secantes e tangentes
Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em
dois pontos distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM
é perpendicular à reta secante s.

s A
M
A reta é secante quando intercepta a circun
circun-
B ferência em dois pontos, formando a corda AB.
A reta secante
O
B

s A

0:38
M
Se uma reta s, secante a uma circunferên- B
cia de centro O, intercepta a circunferência em
dois pontos distintos A e B, a perpendicular à
reta s, que passa pelo centro O da circunfe- O
rência, passa também pelo ponto médio da
corda AB.

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 253

253

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 253 20/09/2019 16:33:17


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Seja OP o raio de uma circunferência, onde
1. (IFMG) Maria caminha pela Praça Raul O é o centro e P é um ponto da circunferência.
Soares sobre o arco ABC e, depois, segue A reta é tangente quando intercepta a cir-
Toda reta perpendicular ao raio OP é tangente
cunferência em um único ponto, chamado
em linha reta até o ponto D. m esquema à circunferência no ponto de tangência P. ponto de tangência, ou ponto de contato.
simplificado da praça está desenhado a E
seguir, no qual se apresentam duas cir- P P
cunferências de centro O, de raios m e reta tangente

m. Sabe-se que os pontos A, R, S e T são F


vértices de um quadrado. Considere π = .
O

S T

Reta tangente comum: uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo
é denominada uma tangente comum. á duas possíveis retas tangentes comuns: a interna
e a externa.
O
D

R A
B
C Tangente comum interna Tangente comum externa

O percurso realizado por Maria, em me- Ângulo inscrito: relativo a uma circunferência, é um ângulo com o vértice na circunferência e
tros, encontra-se no intervalo:  é inscrito, e 
os lados secantes a ela. Na figura abaixo, o ângulo AOB AB é o arco correspondente.
A medida do ângulo inscrito na circunferência é igual à metade da medida do arco definido
por seus lados.
a) ,6 .
b) 6 , 6 . ( )
m 
AB

c) 6 , .
( )
 =
m AOB
2

d) , . B

Solução:
O comprimento do percurso realizado
por Maria é dado por: O
A
1 1
⋅ 2π ⋅ OC + OC − OD ≅ ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 42 + 42 − 5
8 8
≅ 31,5 + 37
≅ 68, 5m 254 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

Portanto, entre 6 , .
Resposta: alternativa c. Matematica_2020_9A_10.indd 254 16/09/2019 21:10:40 Ma

Nestas condições e considerando-se


2. ( FG) Gerard Stenley a kins, matemá- uma circunferência maior que passe pe-
tico e físico, nos anos 9 , se envolveu los centros dos três círculos congruen-
com o estudo dos misteriosos círculos que tes, calcule a razão entre o raio da cir-
apareceram em plantações na Inglaterra. cunferência maior e o raio dos círculos
Ele verificou que certos círculos seguiam menores.
o padrão indicado na figura ao lado, isto Solução:
é, três círculos congruentes, com centros Na figura a seguir, H1, H2 e H3 são os
nos vértices de um triângulo equilátero, ti- pontos em que os círculos de centros A,
nham uma reta tangente comum. B e C tangenciam a reta.

254

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 254 20/09/2019 16:33:19


ANOTAÇÕES
1a relação entre duas cordas
Na figura abaixo, as cordas AB e CD de uma circunferência se interceptam num ponto P
diferente do centro dessa circunferência.
Então: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD

D A
P

O diâmetro é a corda de maior medida.

C
B

Demonstração:

ipótese: AB e CD são cordas da circunferência.


Tese: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD

Os triângulos APC e DPB são semelhantes pelo caso AA:


 ≅ APC
DPB  e são opostos pelo vértice (A) 
 APC ∼DPB
  
CDB ≅ C AB e determinam o messmo arco BC (A)

PA PC
Então: = , ou seja, os segmentos PA, PD, PC e PB são, nessa ordem, proporcionais.
PD PB

Logo: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD

1. Na figura, calcule a medida da corda CD. Solução:


Usando o teorema entre duas cordas, temos:
A
3 x ⋅ ( x + 1) = (4 x − 1) ⋅ x → 3 x 2 + 3 x = 4 x 2 − x
3x 4 x 2 − 3x 2 − 3x − x = 0 → x 2 − 4 x = 0
x ( x − 4) = 0 → x = 0 ou x = 4
P x D
4x – 1 CD = (4 x − 1) + x
C CD = 5 x − 1
x+1
CD = 5 ⋅ 4 − 1 → CD = 19
B

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 255

0:40 Matematica_2020_9A_10.indd 255 16/09/2019 21:10:42

3
fácil ver que BH1 + AH 2 = 2 ⋅ BH1 = AM , com M sendo o ponto médio do lado BC.
1 2

O 2 4
Logo, pela propriedade da mediana, obtemos: OA = ⋅ AM = ⋅ BH1 , ou seja, o raio do
3 3
4
B C círculo maior é igual a do raio dos círculos menores.
M 3

Seja O o centro do círculo circunscrito


ao triângulo ABC.

255

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 255 20/09/2019 16:33:20


 na figura abaixo.
2. Calcule a medida do arco AC
B
Solução:
A = 
AC AB + BC
C
θ ( ) e m θ = m(BC

m AB 
)
()
 =
Mas m α
2
() 2
α
 = 2⋅m α
Então: AC ()
 +2⋅m 
()
 = 2 ⋅ 30° + 2 ⋅ 20° = 100°
θ → AC

Sendo: α = eθ=

16. Determine o valor de x.

A
a) b)
2 2x
5 x
C P
x 9
4
D
O
9

c) C d)

9 1 x
B
A
P
x
x x + 12
O
11

256 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

Matematica_2020_9A_10.indd 256 16/09/2019 21:10:42 M

256

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 256 20/09/2019 16:33:23


17. Duas cordas de uma circunferência, 21. Calcule x nas questões abaixo.
AB e CD, interceptam-se em P. Sabendo que
PA = x, PB = 4x − 1, PC = 3x e PD = x + 1, calcule: a)
B
a) A medida x.
b) O comprimento de cada uma das cordas.

18. ( ece) A circunferência da figura abaixo tem


centro no ponto O, e M é o ponto de interseção
das cordas P1 P2 e Q1 Q2.
A 15°
Se PM =4 cm, MP2 = (k + 1), Q1M =3 cm e MQ2 = x+
1

(3k − 7), então a corda Q1 Q2, em centímetros,


mede:
P2 B
b)

Q2 °+x
M a) 5
b)
c) 11
Q1 O x + 5°
d) 13
C

P1
22. DEB é uma corda de um círculo tal que
DE = 3 e EB = 5. Seja O o centro do círculo, liga-
19. Numa circunferência, duas cordas, AB e CD, -se OE e estende-se OE até cortar o círculo em
interceptam-se num ponto E de forma que C (veja a figura). Dados: EC = 1, determine o
a razão entre CD e EC é igual a . Sendo raio do círculo.
AE = 6 cm e AB = 16 cm, o comprimento de CD C
é, em centímetros:
1
a) 75 b) 2 15 c) 15 2
5 3
d) 2 30 e) 2 75 B D
E
20. (ITA) Por um ponto A de uma circunferência,
traça-se o segmento AA , perpendicular a um
diâmetro dessa circunferência. Sabendo-se que O
o ponto A determina, no diâmetro, segmentos
de cm e 9 cm, podemos afirmar que a medida
do segmento AA é:

a) 4 cm b) 12 cm c) 13 cm
d) 6 cm e) 13 cm

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 257

:42 Matematica_2020_9A_10.indd 257 16/09/2019 21:10:47

257

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 257 20/09/2019 16:33:24


2a relação entre duas secantes
Se o ponto P estiver no exterior da circunferência, a relação PA ⋅ PB = PC ⋅ PD também é válida.

A
B

O P
D
C

Demonstração:

ipótese: P é exterior à circunferência e está no prolongamento das cordas AB e CD.


Tese: PA ⋅ PB = PC ⋅ PD

Os triângulos PAD e PCB são semelhantes pelo caso AA:

A 
B P é um ângulo comum a PAD e PCB (A).

A≡C , pois são ângulos inscritos num mesmo arco (A).
O P
PA PC
D Assim: = ↔ PA ⋅ PB = PC ⋅ PD
C PD PB

1. Na figura, tem-se: Solução:


Usando o teorema entre duas secantes, temos:
PA = 2 AB , PO = 17 cm e OC = 5 cm

Determine o valor de AB. A

A x B x
B AB = x

P
5 O 5 C 12
P
O C

2 x ⋅ x = 22 ⋅ 12 → x 2 = 11⋅ 12
x 2 = 22 ⋅ 3 ⋅ 11 → x = 2 33

258 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

Matematica_2020_9A_10.indd 258 16/09/2019 21:10:49 M

258

ME_Matemática_2020_9A_10.indd 258 20/09/2019 16:33:25


23. Determine o valor de x.

a) b)
B
5 B
11

x A 9
A
O P
P C C O
x
2
x D
D

24. Por um ponto Q externo a uma circunferência, passam duas secantes: uma intercepta
a circunferência nos pontos M e N; e a outra, nos pontos O e P. Se conhecemos as medidas
NQ = 4, MQ = , PQ = 3, OQ = x, calcule a medida OQ.

25. Calcule o valor de x.

a) b) B

4
4
x
P
O
C x 2
3
D 5

c)
B
A
15
x
O
P
5
x
C
D

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 259

:49 Matematica_2020_9A_10.indd 259 16/09/2019 21:10:49

259

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
26. Na figura, ABC representa o trecho de uma
28. Na figura a seguir, AB = cm, BC = cm,
estrada que cruza o pátio circular de centro O
Estimule o raciocínio, a criação e a li- AD = 4 cm, e o ponto O é o centro da circun-
e raio r. Se AC = 2r = AO, determine BC.
ferência. O perímetro do triângulo AOC mede,
berdade de pensamento dos alunos. C em centímetros:
Solicite uma pesquisa em livros de Ma- B
temática sobre conceitos de circunfe- a) 36
C
rência, corda, raio, diâmetro, segmentos O A b) 72
c) 6
tangentes à circunferência, segmentos
O d) 116
secantes à circunferência, ponto externo e)
e interno à circunferência. 27. Determine o raio do círculo abaixo.

B
11 5 a) D
ANOTAÇÕES b) 11
4 c) 12
d) 13
O
e) 14
12
2
A

3a relação entre tangente e secante


O quadrado da medida do segmento tangente é igual ao produto da medida do segmento
secante inteiro pela medida de sua parte externa.

P B C

2
( AP) = PB ⋅ PC

R
A

Demonstração

P B C
AP PC
 ABP ∼ APC → = → AP ⋅ AP = PB ⋅ PC →
PB AP
2
( AP) = PB ⋅ PC

260 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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260

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1. Na figura, AC = CD e AB é tangente à circun- Solução:
sando o teorema entre tangente e secante,
ferência. Calcule AC :
temos:
B B

3 2 3 2

A
O A
O
x
C
C x
D
D
(3 2 )
2
= 2x ⋅ x → 2x 2 = 9 ⋅ 2 → x 2 = 9 → x = 3

29. Determinando o valor de x na figura, ob- o comprimento da tangente a essa circunferên-


temos: cia traçada do ponto T, sabendo que AB passa
pelo centro da circunferência.

a) 4 15 b) 6 15 c) 8 15
x

2 d) 10 15 e) 12 15
O
31. (Epcar) De um ponto P exterior a uma circun-
ferência, traçam-se uma secante PB de 32 cm,
x
que passa pelo seu centro, e uma tangente PT,
cujo comprimento é de cm. Calcule o com-
0:50
primento dessa circunferência em centímetros.

a) 2 + 2 2 b) 2 + 5 c) 1 32. De um ponto situado a 13 cm do centro de


um círculo, traça-se uma tangente à circunfe-
d) 1+ 5 e) 3 + 5 rência desse círculo de cm de comprimento.
Pode-se afirmar que o raio da circunferência,
30. Por um ponto T distante 12 cm de uma cir- em cm, mede:
cunferência, traça-se uma secante que determina,
na circunferência, uma corda AB de cm. Calcule a) 13 b) c) 9 d) 5 e) 3

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 261

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261

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
33. Na figura a seguir, M e N são pontos médios 34. Calcule x nas figuras abaixo.
dos lados do quadrado ABCD, e T é o ponto
Trabalhe os cálculos da potência de de tangência. Calcule a área do quadrado em 4
função de k sabendo que CT mede k. x
um ponto em relação a uma circunferên- a)
cia (o comprimento) conhecendo a me- A N B 6
dida do raio, aplique a fórmula para o T
cálculo da área do círculo na resolução
de situações-problema. x
O
b)
7
9
ANOTAÇÕES M

c)
6
x
D C

Relações métricas adicionais


Duas outras importantes relações métricas na circunferência são oriundas de relações
métricas no triângulo retângulo já conhecidas e demonstradas. São elas:

a) A medida da corda que passa pela extre- b) A medida do segmento da perpendicular


midade de um diâmetro de uma circunferência baixada de um ponto qualquer da circunferên-
é igual à média proporcional entre as medidas cia sobre o diâmetro é igual à média propor-
do diâmetro e da projeção dessa corda sobre cional entre as medidas dos dois segmentos
o diâmetro. determinados por ela sobre o diâmetro.
Assim: Assim:
A
A

C B C
B O H
O H

AB 2 = BC ⋅ BH AH 2 = BH ⋅ HC

262 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

262

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1. Calcule o valor de x nas figuras. 2. Calcule o valor de x nas figuras.
A A
a) a)
x
x

B C O
B C
O H 7 H 4
9 16

Solução: Solução:
AB 2 = BC ⋅ BH → x 2 = 16 ⋅ 9 AH 2 = BH ⋅ HC → x 2 = 16 ⋅ 4
x 2 = 144 → x = 144 → x = 12 x 2 = 64 → x = 64 → x = 8
b) A b) A

x
x O
B C B 4 C
H O H
4 5
4,5

Solução: Solução:
2 2
AB = BC ⋅ BH → x = 9 ⋅ 4 AH 2 = BH ⋅ HC → x 2 = 4 ⋅ 5
2
x = 36 → x = 36 → x = 6 x 2 = 20 → x = 20 → x = 2 5

Potência de um ponto em relação à


circunferência
B
A
B1
Por um ponto P exterior a uma cir- A1
cunferência, traçamos vários segmen-
tos de secantes, conforme a figura. A2
B2 A3

B3

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 263

Matematica_2020_9A_10.indd 263 16/09/2019 21:10:55

263

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Pela relação entre as secantes, temos:
PA ⋅ PB = PA1 ⋅ PB1 = PA2 ⋅ PB2 = PA3 ⋅ PB3 = ... = constante.
Essa constante é chamada potência do ponto P em relação à circunferência.
Pot (P) = PA ⋅ PB

No caso específico da secante que passa pelo centro da circunferência, temos:


PA = d − r
PB = d + r

Logo:
Pot (P) = PA ⋅ PB
Pot (P) = (d r) ⋅ (d + r)
Pot (P) = d2 − r2

B A
r O r
P

1. Qual é a potência de um ponto que dista 2. A potência de um ponto P em relação a uma


25 m do centro de uma circunferência cujo circunferência é 6 cm2. Sabendo que P dis-
diâmetro mede m ta 35 cm do centro da circunferência, calcule
o seu raio.

25 Solução:
15 15
P Pot (P ) = d 2 − r 2
O
600 = 352 − r 2
600 = 1.225 − r 2
600 − 1.225 = r 2
r →= 625
Solução:
r = 625 → r = 25 cm
Pot (P) = d2 − r2 → Pot (P) = 252 2

Pot (P) = 625 − 225 → Pot (P) = m2

264 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

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264

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35. Um ponto P dista cm do centro de uma circunferência com cm de raio. Qual é a potência
do ponto P

2
36. A potência de um ponto P em relação a uma circunferência é 21a2. Sabendo que o ponto
P está distante 5a do centro da circunferência, calcule a medida do seu raio em função de a.

37. Encontre os valores de x em cada circunferência de raio cm.

a) b) 3

P 2
, 1,5 6

x 2,3 O
3
P x
2

c) d)
3,6
3,7

O , O

x 2,3
x

x P

e)

P
O x

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 265

:55 Matematica_2020_9A_10.indd 265 16/09/2019 21:10:56

265

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
38. ( nifor) Na figura abaixo, tem-se uma circunferência e duas de suas cordas, AB e CD, con-
correntes no ponto M.
Solicite que os alunos resolvam a se- C
ção Matemática + em casa. Ao fazer a
Se as medidas dos segmentos CM , MD, AM e MB
correção, fique atento para perceber os

2x
B
x+1 indicadas na figura são dadas em centímetros, a
conteúdos que geraram mais dúvidas. 3
2x + corda AB mede, em centímetros:
Oriente os alunos dando as explicações

x+
A a) 36

3
necessárias. O b)
A seção Matemática + serve para ava- D c) 15
d) 14
liar o quanto os alunos já aprenderam. e) 13
muito importante que eles tentem resol-
ver as atividades as dúvidas indicam os
conteúdos que devem ser revisados.

ANOTAÇÕES 1. Na figura, O é o centro da circunferência; 3. Na figura, AB = 7 cm, AD = 6 cm e DE = 4 cm.


AB = a; AC = b; e OA = x . O valor de x, em fun- Nessas condições, o segmento BC :
A
ção de a e b, é:

D B

B E C
A
C
a+b 24
a) b) a − b c) 2 a 2 − b2 a) b) 5 c) 12
2 7
a2 b ab 11
d) − e) d) 11 e)
2b 2 2 7

2. Numa circunferência, duas cordas, AB e CD, 4. (Epcar) Uma corda de 12 cm de comprimento


interceptam-se num ponto E de forma que forma, com o diâmetro, um ângulo inscrito.
a razão entre ED e EC é igual a . Sendo Sabendo-se que a projeção da corda sobre esse
AE = 6 cm e EB = 16 cm, o comprimento de diâmetro mede cm, o raio da circunferência
CD é: é, em centímetros, igual a:

a) 7 b) 12 3 c) a) b) 9
d) 7 6 e) 9 c) d) 11

266 Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas

Matematica_2020_9A_10.indd 266 16/09/2019 21:11:00

266

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5. As irmãs Bruna e Gabriela brincavam na 9. ( FG) Considere que a figura abaixo repre-
pracinha quando a mãe as chamou para o al- senta um relógio analógico cujos ponteiros das
moço. Elas estavam na posição descrita abaixo horas (menor) e dos minutos (maior) indicam
quando foram chamadas. h e min.
60
55 5
50 11 12 1 10
Bruna x
10 2
x 6
4 45 9 3 15
Gabriela 8 4
A que distância, em metros, Bruna estava de 40 7 6 5 20
sua casa
35 25
6. A menor distância de um ponto P até uma 30
circunferência é m, e o segmento da tangente
Nestas condições, a medida do menor ângu-
à circunferência partindo de P é m. O raio da
circunferência, em metros, mede r. Calcule r. lo, em graus, formado pelos ponteiros deste
relógio, é:
7. (Covest) Quanto mede, em centímetros, a al-
tura com relação à hipotenusa de um triângulo a)
retângulo cujos catetos medem cm e cm b) 126
c)
8. ( FTM) O maior relógio de torre de toda
a Europa é o da Igreja St. Peter, na cidade de d) 132
urique, Suíça, que foi construído durante uma
reforma do local, em 9 . 10. ( FRGS) Se o ponteiro menor de um relógio
(O Estado de S.Paulo. Adaptado.) π
percorre um arco de radianos, que arco o
12
O mostrador desse relógio tem formato circular, ponteiro maior percorre
e o seu ponteiro dos minutos mede , m.
Considerando π , , a distância que a extre- π π
a) rad b) rad
midade desse ponteiro percorre durante 6 4
minutos é, aproximadamente:
π π
c) rad d) rad
3 2
a) m b) 9 m c) m
d) 7 m e) 6 m e) π rad

1:00

Neste capítulo, aprendemos:

Que uma circunferência tem seu comprimento em função do raio.


A calcular o comprimento de uma circunferência.
As unidades de medida de uma circunferência.
As relações métricas numa circunferência.
A resolução de problemas envolvendo circunferências e arcos de circunferências.

Capítulo 10 — Circunferência, arcos e relações métricas 267

Matematica_2020_9A_10.indd 267 16/09/2019 21:11:01

267

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BNCC
Objetos de conhecimento
Polígonos regulares.
Geometria
CAPÍTULO 11
Distância entre pontos no plano car-
tesiano.
Vistas ortogonais de figuras espaciais.
Espacial
Volume de prismas e cilindros.

Habilidades trabalhadas no capítulo Para começar


(EF09MA15) Descrever, por escrito e
A Geometria Espacial destina seu estudo aos sólidos que estão ao nosso
por meio de um fluxograma, um algo- redor e fazem parte de nosso cotidiano. Os sólidos estão presentes em todos
ritmo para a construção de um polígo- os lugares: na arquitetura, nos móveis, nas embalagens, no vestuário, na ali-
mentação, etc.
no regular cuja medida do lado é co- Quando é possível a visualização de mais de uma face em determinado
nhecida, utilizando régua e compasso, sólido, estamos diante de um sólido geométrico ou uma figura geométrica es-
pacial. É uma das poucas coisas que está presente em quase todos os lugares,
como também softwares. e muitas vezes ela passa completamente despercebida por nós. O seu estudo
(EF09MA16) Determinar o ponto médio é essencial para o nosso desenvolvimento como civilização.
Se observarmos ao nosso redor, veremos inúmeros exemplos de sólidos
de um segmento de reta e a distância en- geométricos que comprovam a aplicação da Geometria Espacial. A capital na-
tre dois pontos quaisquer, dadas as coor- cional, Brasília, é um exemplo da utilização concreta de sólidos geométricos e
figuras geométricas planas.
denadas desses pontos no plano cartesia-

Diego Grandi/Shutterstock.com
no, sem o uso de fórmulas, e utilizar esse
conhecimento para calcular, por exem-
plo, medidas de perímetros e áreas de fi-
guras planas construídas no plano.
(EF09MA17) Reconhecer vistas ortogo-
nais de figuras espaciais e aplicar esse
conhecimento para desenhar objetos
em perspectiva.
(EF09MA19) Resolver e elaborar pro-
blemas que envolvam medidas de vo-
lumes de prismas e de cilindros retos,
inclusive com uso de expressões de
cálculo, em situações cotidianas.

OBJETIVOS DIDÁTICOS Na imagem, temos o Congresso Nacional, que foi minunciosamente arqui-
tetado com apoio dos sólidos geométricos. Ou seja, a geometria faz parte do
nosso dia a dia.
Estabelecer diferença entre polígonos
convexos e não-convexos. 268 Capítulo 11 — Geometria Espacial

Calcular a somas dos ângulos internos


e externos de polígonos convexos.
Reconhecer um polígono regular. Matematica_2020_9A_11.indd 268 20/07/2019 10:21:15 Ma

tilizar a semelhança de triângulos pa- Sólidos platônicos. Cilindro.


ra estabelecer as relações métricas no Vista e perspectiva de figuras geo- Troncos.
triangulo retângulo. métricas. Cone.
sar as relações métricas no triangu- Prismas. Esfera.
lo retângulo para calcular as medidas de
seus principais elementos.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

CONTEÚDOS CONCEITUAIS Associar a um sólido geométrico um número real positivo que expressa a medida
da sua superfície, chamada área.
Conceitos primitivos. Conhecer as unidades para medir superfícies.
Postulados de existência. Reconhecer sólidos equivalentes como aqueles que têm áreas iguais, na mesma
Figuras espaciais. unidade.

268

ME_Matemática_2020_9A_11.indd 268 20/09/2019 16:33:01


duplas para que possam encontrar ou-
tras formas de resolução, estabelecendo
Conceitos primitivos estratégias próprias.
Ponto Reta Plano Estimular os alunos a pesquisarem o
r uso da Matemática no dia a dia.
A
Respeitar as diferentes interpretações
B α encontradas na resolução das situações-
-problema.

Postulados de existência
Existem infinitos pontos, infinitas retas, infinitos planos e um único espaço.
ANOTAÇÕES
Por dois pontos distintos passa uma única reta.
Dois pontos distintos determinam uma reta.

Figuras espaciais
São sólidos formados pela planificação de figuras geométricas planas, que, por sua vez,
foram determinadas pela junção de retas e pela união de infinitos pontos.

Cubo
Também chamado de hexaedro regular, é composto de 6 faces quadrangulares, 12 arestas
e 8 vértices.
Suas fórmulas são determinadas através de:

Área lateral: 4a2


Área total: 6a2
Volume: a . a . a = a3

Pirâmide
Sólido geométrico poliédrico formado de base poligonal, podendo ser triangular, pentagonal,
quadrado, retangular, etc. Possui um vértice que une todas as faces laterais, denominado de ápice.
Suas fórmulas para aplicação são:

Área total : Al + Ab
1 A área da base de uma pirâ-
Volume : Ab ⋅ h
3 mide depende do polígono apre-
 Al: Área lateral sentado, surgindo daí também

Onde: Ab: Área da base o nome da pirâmide. Se a base
 for um pentágono, a pirâmide é
h: altura
 denominada pentagonal.

Capítulo 11 — Geometria Espacial 269

1:15 Matematica_2020_9A_11.indd 269 20/07/2019 10:21:15

Determinar, por meio de fórmulas pró- conceito da figura geométrica espacial.


prias, a área de uma região determinada Reconhecer medidas de capacidade
por um polígono, formando figuras es- como volume de um sólido e suas aplica-
paciais planificadas e pela superfície de ções no dia a dia.
um sólido geométrico.
Realizar construções, reconhecendo e
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
analisando propriedades de figuras geo-
métricas e suas relações, estabelecendo
paralelos no mundo real. Apreciar figuras geométricas em diver-
Efetuar medições e estimativas e utili- sas situações no mundo real.
zar conceitos geométricos na resolução Trabalhar as informações com base
de problemas reais. em uma análise crítica da realidade.
Resolver problemas que envolvam o Estimular os alunos a trabalharem em

269

ME_Matemática_2020_9A_11.indd 269 20/09/2019 16:33:01


TEXTO DE APOIO DIDÁTICO
Bloco retangular
O cálculo das áreas vem de antiga- Também conhecido como paralelepípedo, é considerado um dos sólidos geométricos mais
comuns em nosso dia a dia, pois apresenta estabilidade fixa através das faces que o formam.
mente, desde quando, no Egito, às mar- Suas fórmulas são:
gens do Rio Nilo, marcavam-se terras
Área total: 2ab + 2ac + 2bc
para plantações e pagavam-se impos-
Volume: a ⋅ b ⋅ c
tos pelas terras ocupadas, proporcio-
nais à superfície da terra utilizada. oje,
continuamos pagando o Imposto Predial
e Territorial rbano (IPT ) referente à
área do terreno esse valor pago depen-
de também do valor venal do terreno.

Sendo a, b e c as medidas respectivas a comprimento, largura e altura do paralelepípedo.


ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Esclareça que a junção das figuras


geométricas planas é sempre um sólido
geométrico. Por isso, a planificação dos
1. Sendo 6 cm a aresta de um hexaedro regular, determine sua área total e seu volume.
sólidos auxilia o cálculo da superfície.
Solução:
A = 6 ⋅ 62 → 6 ⋅ 36 = 216 cm2
ANOTAÇÕES V = 6 ⋅ 6 ⋅ 6 → 216 cm3
Obs.: Cubo de aresta 6, possui mesmo valor numérico de área e volume.

2. Um bloco retangular tem medidas formando uma sequência numérica de números pares,
cuja soma é 12 m. Calcule área total e volume.
Solução:
2, 4, 6.
AT = 2 ⋅ 2 ⋅ 4 + 2 ⋅ 2 ⋅ 6 + 2 ⋅ 4 ⋅ 6 = 16 + 24 + 48 = 88 m2
V = 2 ⋅ 4 ⋅ 6 = 48 m3
3. Calcule a área total (AT) e o volume (V) de uma pirâmide quadrangular que tem aresta de
base 3 cm, área lateral 16 cm2 e altura 9 cm.
Solução:

Abase = 3 ⋅ 3 = 9 cm2 / Alateral = 16 cm2


25 ⋅ 9
Então: AT = 9 + 16 = 25 cm2 e V = = 75 cm3
3

270 Capítulo 11 — Geometria Espacial

Matematica_2020_9A_11.indd 270 20/07/2019 10:21:16 Ma

270

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Sólidos platônicos
Mostre que o volume de um sólido
Segundo Platão, os poliedros estão relacionados ao universo através da sua composição e
de seus elementos. Ele associou os poliedros conhecidos como platônicos da seguinte forma: geométrico é sempre calculado pelo pro-
duto da área de sua base pela sua altura.
Tetraedro: Fogo
Cubo, ou hexaedro regular: Terra Os sólidos que possui ápice (pirâmide e
Octaedro: Ar cone) tem esse volume dividido por três.
Dodecaedro: Universo Na seção Aplicação, incentive os alunos
Icosaedro: Água
a resolverem os exercícios e esteja sem-
pre pronto a esclarecer as dúvidas que
forem surgindo.
importante que os alunos pratiquem
os exercícios para que possam avaliar o
Tetraedro Hexaedro Octaedro Dodecaedro Icosaedro quanto já aprenderam. Sendo necessá-
rio, oriente-os na resolução. Persistindo
as dúvidas, faça uma revisão do conteú-
Relação de Euler
do isso ajudará os alunos a superarem
A relação de Euler estabelece uma correlação entre o número de faces, arestas e vértices eventuais dificuldades.
de um poliedro.

aresta
ANOTAÇÕES
face
V+F−A=2

vértice

1. Quantas faces um poliedro convexo com 6 vértices e 12 arestas tem? Desenhe um poliedro
que satisfaça essas condições.

2. (PUC-Campinas) Se um poliedro convexo possui 16 faces triangulares, o seu número de vér-


tices é:

a) 24 b) 20 c) 16 d) 12 e) 10

Capítulo 11 — Geometria Espacial 271

1:16 Matematica_2020_9A_11.indd 271 20/07/2019 10:21:16

271

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
3. (PUC − RS) Um poliedro convexo possui duas faces pentagonais e cinco quadrangulares. O
número de vértices deste poliedro é:
Caso aconteça triângulos quaisquer,
a) 4 b) 6 c) 8 d) 9 e) 10
mostre outra maneira de calcular a área
do triângulo: por meio do teorema de 4. Um paralelepípedo tem 142 cm² de área total, e a soma do comprimento de suas arestas vale
60 cm. Sabendo que os seus lados estão em sequência aritmética, quanto eles valem?
eron — o nome faz referência ao ma-
temático grego eron de Alexandria 5. A aresta de um cubo mede x + 2 cm. Sabendo que a área desse cubo é igual a 294 cm2, qual
é a medida de sua aresta em centímetros?
( d.C. – d.C) —, que dá a área do
triângulo em função da medida dos três a) 2 cm b) 4 cm c) 5 cm d) 9 cm e) 81 cm
lados do triângulo. Também é conhecido
6. Sabendo que o volume de um cubo é igual a 729 cm3, qual é a área da base desse cubo?
como fórmula do semiperímetro.
a) 16 cm2 b) 36 cm2 c) 64 cm2 d) 81 cm2 e) 256 cm2

7. Um bloco retangular tem medidas x, x + 2 e x + 4. Determine:

ANOTAÇÕES a) Área total b) Volume

8. Um bloco retangular possui diagonal que mede 40 cm. Sabendo que sua largura mede 12 cm
e seu comprimento é de 8 cm, calcule a altura desse bloco.

9. (Sisprem) m enfeite em formato de pirâmide regular e de base quadrada tem o lado da base
medindo 10 cm e a altura de 30 cm. Qual é o volume em cm³ dessa pirâmide?

a) 300 b) 690 c) 830 d) 950 e) 1.000


 
10. (IBGE) ma pirâmide regular de 9 cm de altura é construída com um quadrado de 6 m de lado
e quatro triângulos iguais ao da figura abaixo.

10 m 10 m

6m
O volume dessa pirâmide em m³ é aproximadamente:
a) 84 b) 90 c) 96 d) 108 e) 144
 
11. (Prefeitura de Cajamar) Qual o volume de uma pirâmide regular hexagonal com 50 cm de
altura e 20 cm de aresta da base?
a) 10.000 3 cm³
) 3.000 3 cm³
) 1.000 3 cm³
) 2.400 3 cm³

272 Capítulo 11 — Geometria Espacial

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272

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12. Leia os quadrinhos:

Figura 1
70 cm

40 cm
60 cm

100 cm

Suponha que o volume de terra acumulada no carrinho de mão do personagem seja igual ao
do sólido esquematizado na Figura 1, formado por uma pirâmide reta sobreposta a um para-
lelepípedo retângulo. Assim, o volume médio de terra que Hagar acumulou em cada ano de
trabalho é, em dm3, igual a:

a) 14 b) 15 c) 16 d) 18

ista e perspecti a de figuras geom tricas


Quando os sólidos geométricos são expostos em regiões planas, eles podem apresentar pers-
pectivas e vistas. É o que chamamos de projeções ortogonais. Elas podem ser das seguintes formas:
Vista plana Vista bidimensional Vista tridimensional

Já as projeções podem ser representadas Também podemos representar as proje-


em perspectivas de acordo com a posição e ções da figura geométrica através de malhas
vista do observador. O mesmo sólido pode (pontilhadas, quadriculadas ou triangulares).
ser apresentado de perspectivas diferentes:

1:17

Capítulo 11 — Geometria Espacial 273

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273

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao fazer a correção dos exercícios, fi-


que atento para perceber o conteúdo
em que eles apresentaram maior dificul- 13. Desenhe as vistas de cima, frente e lateral, 14. Represente a vista inferior do sólido abaixo:
dade na resolução das atividades pro- partindo das perspectivas isométricas simpli-
ficadas (desenho isométrico), a seguir:
postas. Oriente-os dando as explicações
necessárias.
Mostre que dois sólidos são semelhan- a)
tes se têm, simultaneamente, os ângulos
respectivamente iguais e os comprimen-
tos dos lados correspondentes propor-
cionais, isto é, se têm a mesma forma ou b)
se um deles é uma ampliação (ou redu- 15. Em uma malha quadriculada, desenhe um
ção) do outro. cubo de 5 unidades de aresta e calcule a área
total do sólido projetada.
Explique que a razão entre as áreas de
dois sólidos semelhantes é igual ao quadra- Prismas
do da constante de proporcionalidade k. É todo e qualquer sólido geométrico com faces planas, bases poligonais iguais e paralelas
e faces laterais quadrangulares idênticas.
área
= k2
área

Volume do prisma: V = Abase . altura


Mostre que um sólido é considera-
do regular se tiver todos os seus lados e
ângulos iguais e que todos os polígonos
que o formam podem ser decompostos
em tantos triângulos congruentes quan-
tos sejam seus lados.

1. Calcule o volume de um prisma triangular, 2. (PUC-SP) Uma caixa-d’água em forma de


cuja base é um triângulo equilátero de aresta prisma reto tem aresta lateral igual a 6 m e por
SUGESTÃO 2 cm e altura de 5 cm. base um losango cujas diagonais medem 7 m
Solução: e 10 m. O volume dessa caixa, em litros, é:
Solução:
Mostre que o sólido pode apresentar
l2 3 22 3
várias vistas e que, dependendo do re- Ab = → = 3 D ⋅d 7 ⋅ 10
4 4 Ab = → = 35
2 2
ferencial, as figuras planas podem apre- V = 5 3 cm 3
V = 35 ⋅ 6 = 210 m 3

sentar formas diferentes.


274 Capítulo 11 — Geometria Espacial

ANOTAÇÕES
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274

ME_Matemática_2020_9A_11.indd 274 20/09/2019 16:33:04


Cilindro
É o sólido geométrico de bases circulares paralelas e congruentes. Formado pela rotação
de 360º de um retângulo.

O’ O’

h h

O O

Cilindro de revolução Cilindro circular reto

A área total de um cilindro é representada por:


AT = 2πr ² + 2πrh ou AT = 2πr (r + h)
O volume é representado por: V = πr ²h

1. Um reservatório em formato cilíndrico possui 6 metros de altura e


raio da base igual a 2 metros. Determine o volume e a capacidade
desse reservatório em litros.
Solução: 6m

V = πr ²h → V = 3,14 ⋅ 2² ⋅ 6 → V = 75, 36 m³
Temos que 1 m3 corresponde a 1.000 litros, então V = 75.360 litros.
2m

1:18
16. O volume de um prisma quadrangular regular cuja base é um quadrado de lado igual
a 4 cm e altura 6 cm é, em cm3:

a) 16 b) 24 c) 96 d) 128 e) 126

17. Considere P um prisma reto de base quadrada, cuja altura mede 6 m e que tem volume de
64 m3. O lado dessa base quadrada mede:
8 80 8 3 4 6
a) 4 m b) m c) m d) m e) m
3 3 3 3

Capítulo 11 — Geometria Espacial 275

Matematica_2020_9A_11.indd 275 20/07/2019 10:21:19

275

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
18. Sejam dois prismas regulares de mesma altura: o primeiro, de base triangular; e o segundo,
de base hexagonal. A aresta da base de ambos mede 3 cm. A razão entre seus volumes é:
Estimule os alunos a resolverem a se- 1 2 1 3 1
a) b) c) d) e)
ção Matemática +. Ao fazer a correção, 6 3 2 2 4
fique atento ao que eles tiveram maior
19. Calcule a área lateral, a área total e o volume de cada um dos sólidos cujas medidas estão
dificuldade na resolução das atividades indicadas nas figuras.
propostas. Oriente os alunos dando as a) Prisma reto (triangular) b) Prisma quadrangular c) Cilindro (Adote π = 3,14)
explicações necessárias.
A seção Matemática + serve para ava-
2.5 cm
liar o quanto os alunos já aprenderam. 3,5 cm
20 cm
muito importante estimulá-los nes-
se processo as dúvidas deles indicam o 2 cm
4 cm 3 cm 2 cm
conteúdo que deve ser revisado, ajudan- 6 cm
do a superar eventuais dificuldades.
20. Uma peça de madeira tem as dimensões e 21. As figuras abaixo representam duas caixas-
a forma da figura abaixo. Qual é o volume de -d’água de mesma altura: 4 m.
madeira empregado para fabricar esta peça?
SUGESTÃO DE ATIVIDADE a) Qual das duas caixas tem volume maior?
10 cm b) Qual a razão entre o volume da caixa da
esquerda e o da direita?
grande a dificuldade dos alunos
em visualizar as figuras espaciais a par-
6m
tir de figuras planas. Pensando nisso,
sugerimos uma atividade sobre formas 8m

geométricas espaciais (reconhecendo 20 cm


8m
8m
formas). Pretende-se com isso que o
estudante chegue à conclusão de que
grande parte dos objetos que manipula-
mos no dia a dia são figuras geométricas
planas e espaciais, estudadas pela Ma-
1. (Cefet − SP) A figura indica o tambor cilín- 2. (Vunesp) Um tanque sub-
temática. A ideia é “aprender fazendo”, drico de um aquecedor solar com capacidade terrâneo que tem o forma-
pois os estudantes poderão comparar, de 1.570 litros. to de um cilindro circular

petróleo
reto na posição vertical está
recortar, colar e montar os sólidos geo- completamente cheio com
Sabendo que 1.000 litros de

12 m
métricos, tornando-se os autores de sua água ocupam um volume de 30 m³ de água e 42 m³ de
1 m³ e adotado π = 3,14, de- petróleo. Considerando que
própria aprendizagem. 2m
a altura do tanque é de 12 m,
termine a medida do raio r do

água
Eles poderão constatar que a gran- r cilindro. calcule a altura da camada
de petróleo.
de maioria dos objetos que manusea-
mos nos lembra os sólidos geométricos
como: a lixeira (cilindro), a CP e a pró- 276 Capítulo 11 — Geometria Espacial

pria sala (paralelepípedo), o dado uti-


lizado em jogos (cubo), a bola (esfera),
as pirâmides do Egito citado em muitos Matematica_2020_9A_11.indd 276 20/07/2019 10:21:20

contos matemáticos (pirâmide) e a cas-


ANOTAÇÕES
quinha de sorvete (cone).
Pode-se dividir a turma em gru-
pos e lhes entregar os sólidos e obje-
tos utilizados no cotidiano (caixas, la-
tas, chapéu de aniversário, bolas, cubo
mágico, embalagens) para que manu-
seiem e percebam as características
de cada um. Em seguida, serão orien-
tados a abrir os sólidos, se possível,
obtendo assim a planificação deles,
quando irão concluir que a esfera não
possui planificação.
M

276

ME_Matemática_2020_9A_11.indd 276 20/09/2019 16:33:06


3. (UFG) Um produtor de suco armazena seu 11. Um artesão pretende derreter duas peças
produto em caixas, em forma de paralelepí- metálicas cúbicas e, com o material obtido, fa-
pedo, com altura de 20 cm, tendo capacidade bricar outra peça, em forma de paralelepípedo.
de 1 litro. Ele deseja trocar a caixa por uma A primeira tem arestas medindo cm, e a se-
embalagem em forma de cilindro, de mesma gunda tem arestas medindo cm.
altura e mesma capacidade. Para que isso
ocorra, qual deve ser o raio da base dessa a) Calcule o volume de cada peça que será
embalagem cilíndrica? derretida.
b) Qual será o volume da nova peça fabricada
4. O raio de um cilindro circular mede 3 cm; e a
altura, 3 cm. Determine o volume desse cilindro. 12. Calcule o volume dos cubos cujas arestas
medem:
5. Qual a altura de um reservatório cilíndrico, sen- a) 5 m b) 1,2 cm
do 50 m o raio da base e 5.000 π m3 de volume? c) 3 km d) 1,5 m
 
6. Determine o volume do bloco retangular de 13. Calcule o volume dos paralelepípedos cujas
medidas 4 × 6 × 8 cm. dimensões são:
a) 2 m; 4 m; e 5 m
7. Uma piscina possui a forma de um paralelepí-
pedo com 8 m de comprimento, 4 m de largura b) 1,5 m; 2 m; e 6 m
e 1,8 m de profundidade. Calcule a capacidade, c) 0,5 m; 2 m; e 3,5 m
em litros, dessa piscina.

Kagai19927/Shutterstock.com
8. Dado um cubo de 10 cm de aresta, deter-
mine quantas bolinhas de diâmetro igual a
1 cm ele comporta.

9. Um reservatório em forma de paralelepípedo


tem 5 m de comprimento, 4 m de largura e 2,5
m de altura. Determine a capacidade, em m³,
desse reservatório.

10. Um aquário que tem a forma de um cubo


possui 28 cm de aresta. Qual é o seu volume
em cm³?

Neste capítulo, aprendemos:


1:20

A importância da Geometria Espacial e seus elementos para o nosso cotidiano.


A reconhecer figuras geométricas espaciais.
A calcular área e volume dos principais sólidos geométricos.
A visualizar perspectivas de objetos poliédricos.
A calcular e aplicar volume de cilindros e prismas.
A resolução de problemas envolvendo sólidos geométricos.

Capítulo 11 — Geometria Espacial 277

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277

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BNCC
Objetos de conhecimento
Análise de probabilidade de eventos
aleatórios: eventos dependentes e in-
dependentes.
CAPÍTULO 12 Estatística
Análise de gráficos divulgados pela
mídia: elementos que podem induzir
a erros de leitura ou de interpretação.
Leitura, interpretação e representação Para começar
de dados de pesquisa expressos em ta-
Nos dias atuais, é comum observarmos em vários meios de comunicação
belas de dupla entrada, gráficos de co- informações ligadas à Estatística, principalmente pela observação de gráficos e
lunas simples e agrupadas, gráficos de tabelas bem organizados e bem construídos. Apresentados dessa forma, esses
dados fazem parte de um processo estatístico que nos permite, de maneira
barras e de setores e gráficos pictóricos. simples e direta, a observação e retirada de informações necessárias para
Planejamento e execução de pesqui- determinado estudo.
Nesta unidade, iremos estudar as principais etapas do processo estatístico
sa amostral e apresentação de relatório. com suas mais importantes peculiaridades.

Habilidades trabalhadas no capítulo História da Estatística


(EF09MA20) Reconhecer, em experi-
A Estatística não é uma ciência nova, há mais de 2.000 anos já era
mentos aleatórios, eventos independen- aplicada pelos governos na contagem da população. O termo estatística
tes e dependentes e calcular a probabili- surge da expressão em latim statisticum collegium, palestra sobre os
assuntos do Estado, de onde surgiu a palavra em língua italiana statista,
dade de sua ocorrência, nos dois casos.
que significa homem de estado, ou político, e a palavra alemã Statistik,
(EF09MA21) Analisar e identificar, em designando a análise de dados sobre o Estado. As primeiras aplicações do
pensamento estatístico estavam voltadas para as necessidades de Estado,
gráficos divulgados pela mídia, os ele-
na formulação de políticas públicas, fornecendo dados demográficos e
mentos que podem induzir, às vezes econômicos. A abrangência da Estatística aumentou no começo do século
propositadamente, erros de leitura, XIX para incluir a acumulação e análise de dados de maneira geral. Hoje, a
Estatística é largamente aplicada nas ciências naturais e sociais, inclusive na
como escalas inapropriadas, legendas administração pública e privada. O uso de computadores modernos tem
não explicitadas corretamente, omis- permitido a computação de dados estatísticos em larga escala e também
tornou possíveis novos métodos, antes impraticáveis.
são de informações importantes (fon-
tes e datas), entre outros.
(EF09MA22) Escolher e construir o grá- A Estatística na pesquisa
fico mais adequado (colunas, setores,
Ao iniciarmos qualquer estudo estatístico, é necessário definir com bastante
linhas), com ou sem uso de planilhas clareza o que vai ser analisado. Por exemplo:
eletrônicas, para apresentar um deter-
A idade média dos alunos do 9o ano.
minado conjunto de dados, destacan-
O número de gols marcados em cada rodada do Campeonato Brasileiro
do aspectos como as medidas de ten- da Série A.
dência central. A situação de contas bancárias em um determinado mês.
(EF09MA23) Planejar e executar pes-
quisa amostral envolvendo tema da 278 Capítulo 12 — Estatística

realidade social e comunicar os resul-


tados por meio de relatório conten-
do avaliação de medidas de tendência Matematica_2020_9A_12.indd 278 20/07/2019 10:22:12

central e da amplitude, tabelas e grá- lo de perímetro e compreender a importância de área e perímetro no cotidiano.
ficos adequados, construídos com o Fazer com que os alunos percebam que figuras diferentes podem ter a mesma área,
apoio de planilhas eletrônicas. do mesmo modo que figuras do mesmo tipo podem ter áreas diferentes.
Desenvolver a compreensão do conceito de área.
Encontrar a área de uma figura plana utilizando a malha quadriculada como recurso.
OBJETIVOS DIDÁTICOS Explorar diferentes figuras planas comparando as medidas de superfície.
Calcular a área utilizando medidas padronizadas.
Apresentar o conceito entre perímetro
e área de uma figura plana, chamando
a atenção para a independência dessas CONTEÚDOS CONCEITUAIS
grandezas.
Desenvolver habilidades dos alunos pa- Estatística. Seleção das variáveis que serão analisadas.
ra calcular a área de figuras planas, cálcu- Objetivo da pesquisa. Coleta de dados.

278

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ANOTAÇÕES

Escolha das variáveis


Ao realizarmos a pesquisa estatística, devemos expor, de forma clara, qual a variável a ser
estudada em determinada situação e quais são seus possíveis valores. Por exemplo:

Saldos de contas bancárias nos 15 primeiros dias de maio de 2008.

Devido à relação interdisciplinar da Matemática presente em nosso livro, faremos


agora outra relação passível de contextualização com a Estatística aplicada ao cotidiano,
visto que este capítulo trabalha a ciência que estuda as relações entre dados numéricos
e prováveis acontecimentos futuros, sistematizando, organizando e descrevendo fatos,
fenômenos e eventos para que decisões possam ser tomadas. Ela funciona como uma
ferramenta na tomada de decisões.
Numa determinada aula, o professor de Matemática solicitou aos seus estudantes
Massa (kg)
que calculassem o Índice de Massa Corpórea − IMC = (a massa representa o
que muitos chamam de “peso”). Altura2 (m)
O que o professor fez?
Primeiramente, dimensionou uma amostra da sala de aula dividindo em equipes e
fez a coleta de dados por meio do IMC. Isso seria a amostra (amostragem). Num segundo
momento, o professor solicitou que, usando os dados obtidos com o IMC, organizassem
em tabelas os dados brutos coletados e construiu gráficos para apresentar os resultados
obtidos (Estatística Descritiva). Por fim, fez a análise confirmatória dos dados, isto é, ve-
rificou a margem de erro e, com o que os resultados da amostra refletiram, de fato, os
riscos da bioestatística de toda a turma — população de estudantes (inferência estatística).

Coleta de dados

hidesy/Shutterstock.com
Nesta parte do processo, devemos realizar
uma pesquisa ou efetuar medidas que nos
possibilitem o recolhimento dos dados (valores)
relativos ao estudo estatístico a ser realizado.
A avaliação amostral procura fornecer o
resultado coletado de uma problemática, e a
censitária procura abranger toda ou a maior
parte das opiniões realizando um levantamen-
to quantitativo em relação ao que se destina.

Conceito elementar de
probabilidade
Quando formamos subconjuntos através
de um espaço amostral usando um determi-
nado evento ou situação, criamos uma proba-
bilidade possível ou não.

Capítulo 12 — Estatística 279

2:12

Organização dos dados. Determinação de parâmetros.


Elaboração de tabelas e gráficos.

CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS

Aplicar os dados estatísticos no mundo em que vivemos.


Ressaltar a importância da Estatística.
Analisar os dados estatísticos apresentados por meio de tabelas.
Trabalhar tabelas a partir do levantamento de dados.
Calcular e ler dados estatísticos apresentados por meio de gráficos.
Identificar e analisar os dados estatísticos usando gráficos de segmentos, gráficos
de barras e gráficos circulares.

279

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CONTEÚDOS ATITUDINAIS

Incentivar o interesse dos alunos pelo ti-


po de trabalho que se pode utilizar: carta-
zes, transparências, exposições orais, etc.
Empregar os conceitos na resolução 1. Considere o lançamento de um dado. Calcule U é constituído pelos pares ordenados for-
a probabilidade de: mados por cada número possível nos dois
de problemas reais. dados. Ou seja, (1, 1), (1, 2), (1, 3)... Daí 6 pos-
a) Sair o número 2. sibilidades de um dado com 6 possibilidades
Associar os dados estatísticos em di-
Solução: de outro dado, formando 36 pares ordenados
versas situações no mundo real. Como meu universo de numeração no possíveis. Porém, queremos que a soma seja
Estimular nos alunos o trabalho em dado é de 1 a 6, temos um espaço amostral: 10. Então podemos concluir que esses pares
U = {1, 2, 3, 4 , 5, 6}. Como desejo que saia o podem ser:
dupla para que possam encontrar ou- número 2, minha amostra será exatamente (4, 6), (5, 5) e (6, 4).
tras formas de resolução, estabelecendo o número 2, que se repete apenas 1 vez no Então, n(A) = 3.
dado. Daí: n( A) = 1. Portanto, a probabilidade Logo, a probabilidade procurada será igual a:
estratégias próprias. 1
procurada será p ( A) = . p ( A) =
3 1
Trabalhar as informações com base 6 =
36 12
em uma análise crítica da realidade. b) Sair um número ímpar. 3. Uma urna possui 4 bolas azuis, 6 bolas ver-
Estimular os alunos a pesquisarem o Solução: melhas e 8 bolas amarelas. Tirando-se uma
uso da Matemática no dia a dia. Da mesma maneira, um dado possui 6 núme- bola com reposição, calcule as probabilidades
ros, e 3 deles são ímpares. Agora, o evento seguintes:
Respeitar as diferentes interpretações é A = {1, 3, 5} , com 3 elementos.
a) Sair bola azul.
encontradas na resolução das situações- Logo, a probabilidade procurada será:
Solução:
-problema. p ( A) =
3 1
= .
6 2 4 2
p ( A) = = = 0, 22 ≅ 22%
18 9
c) Sair um múltiplo de 2.
TEXTO DE APOIO DIDÁTICO Solução: b) Sair bola vermelha.
O evento agora só possui 3 elementos Solução:
A = {2, 4 , 6} . Logo, a probabilidade procu-
6 1
Quem pensa que a Matemática não é 3 1 p ( A) = = = 0, 33 ≅ 33%
rada será p ( A) = = . 18 3
6 2
importante se engana. Ela está ocupan-
c) Sair bola amarela.
do um papel cada vez mais significativo d) Sair um número maior que 2.
Solução:
no nosso dia a dia. Se não houvesse Ma- Solução:
Pode ser que saiam 4 elementos. 8 4
temática, não existiriam edifícios, pon- p ( A) = = ≅ 0, 44 = 44%
A = {3, 4 , 5, 6} . 18 9
tes, linhas elétricas, cabos de telefone, 4 2

Milanazavr/Shutterstock.com
Portanto, p ( A) = = .
aviões, computadores, micro-ondas, au- 6 3
tomóveis, etc. 2. Considere o lançamento de dois dados. Cal-
Com a Matemática, é possível expli- cule a probabilidade de sair a soma total 10.
car diversos fenômenos do cotidiano. Solução:
Observe que, nesse caso, o espaço amostral

Disponível em: http:// .fernandosilva.pro.br/portal


/index.php/en/para-pensar/curiosidades/item/ - 280 Capítulo 12 — Estatística

aplica C A C A o-da-matem C A tica-no-


cotidiano. Acesso em: / 6/ 9. Adaptado.
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ANOTAÇÕES

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Eventos independentes
Dois eventos são considerados independentes quando a ocorrência de um não afeta a
ocorrência do outro. Por exemplo: se lançarmos dois dados simultaneamente, o resultado do
primeiro não afeta o resultado do segundo, portanto dizemos que os lançamentos simultâneos
de dados são eventos independentes.

1. Ricardo e Amanda lançaram, cada um, uma moeda. Qual é a probabilidade de obtermos 2 caras?

Solução:
Cara
Moeda A
Coroa
Lançamento
Cara
Moeda B
Coroa

Como os lançamentos das moedas são eventos independentes, a probabilidade de obtermos


o resultado desejado em um não influenciará no resultado do outro. Assim:
1 1 1
P ( A ∩ B ) = P ( A) ⋅ P (B ) P ( A ∩ B) = ⋅ =
2 2 4
Portanto, a probabilidade de que tanto a moeda de Ricardo como a de Amanda deem cara
1
é de .
4

Amplitude
É a diferença apresentada entre o maior e o menor valor apresentados em subconjuntos
de uma probabilidade aplicada de acordo com um espaço amostral determinado.

2:16

1. Em um saco, o professor colocou os números de 1 a 28, que representam cada aluno da sua
turma. Sorteou 6 números: 14, 17, 19, 20, 25 e 28. Com esse sorteio ele pode determinar a
probabilidade de sorteados em relação ao número de alunos da turma, mas preferiu deter-
minar a amplitude entre os números sorteados.
Solução:
Maior: 28; menor: 14
Amplitude: 28 − 14 = 14

Capítulo 12 — Estatística 281

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281

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Na seção Aplicação, incentive os alunos


a resolverem os exercícios e esteja sem-
pre pronto a esclarecer as dúvidas que
1. Numa fábrica de beneficiamento de cas- 270 funcionários residiam em outro muni-
forem surgindo. tanha-de-caju, o número total de castanhas cípio.
importante que os alunos pratiquem encaminhadas diariamente para controle de 490 funcionários residiam em bairros nobres
qualidade e seleção é 50.000. Entretanto, para da capital.
os exercícios para que possam avaliar o cada 20 castanhas, 4 vão para a seleção de
530 funcionários residiam em bairros me-
quanto já aprenderam. Sendo necessá- qualidade para serem classificadas em tipos
dianos da capital.
A, B e C. Considerando o número total de cas-
rio, oriente-os na resolução. Persistindo 1.040 funcionários residiam em favelas da
tanhas vistas diariamente, qual seria o total da
as dúvidas, faça uma revisão do conteú- amostra a ser classificado capital.

do isso os ajudará a superar eventuais Organize, em seu caderno, uma tabela com
2. Número de gols marcados por rodada num
dificuldades. campeonato regional em 2015. os dados coletados no levantamento e sua
frequência.

8
4. Saldo de uma conta bancária na primeira
7
SUGESTÃO quinzena do mês de maio de 2008.
6
Rodadas 5
Faça uma pesquisa em sala de aula 4 Crédito
1.000,00
3
usando a amostragem sobre o esporte 2 900,00 Débito

Valores em R$
preferido das meninas e dos meninos. 1
800,00
Depois, organize com os alunos a tabu- 0 10 20 30 40 50 60 N de gols
o 700,00
lação dos dados levantados e a constru- Saldo nulo
600,00
ção das tabelas e dos gráficos. O gráfico é representado no plano cartesiano
através de retângulos cuja base é situada no
eixo das ordenadas e a altura indica a quanti- 1a5 6 a 10 11 a 15
dade de gols para cada rodada.
OBJETIVOS DIDÁTICOS Com base no gráfico, responda:
Dias do mês de maio de 2008

Crédito Débito
a) Qual a rodada com menor quantidade de
Conscientizar os alunos da importân- gols? Qual foi essa quantidade?
b) Qual a rodada com maior quantidade de
cia de praticarem os exercícios. gols? Que quantidade foi essa?
Esse tipo de gráfico, conhecido como gráfico
de segmentos, apresenta a variação de um
Explorar, analisar e interpretar situa- c) Quantos gols já haviam sido marcados ao
determinado fato ao longo do tempo. Cada
término da 4 a rodada?
ções-problema, a fim de esclarecer even- d) Qual a quantidade de gols marcados em
segmento representa os valores de crédito e
débito a cada 5 dias do mês, gerando um saldo
tuais dúvidas. todo o campeonato?
credor, devedor ou nulo. Responda.
Explorar os conhecimentos dos alu-
3. Em uma universidade, foi feito um levanta- a) Qual o saldo no 5o dia do mês? É saldo credor
nos estimulando-os a investigarem e a ou devedor?
mento de dados sobre o local de moradia dos
questionarem. seus funcionários. Observe os resultados: b) E no 10o dia do mês?

282 Capítulo 12 — Estatística

ANOTAÇÕES
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Ela ora o de ta elas e gráficos
Nesta etapa de elaboração de gráficos, tornamos as informações já classificadas e organi-
zadas mais facilmente visualizáveis.

ráfico de arras erticais


Idade média dos alunos do 9o ano. Ângulo correspondente ao canal Visão
do Mundo.
500 500 ⋅ 100
7 ⋅ 360 = 180° → = 50%
1000 1000
6
5 Ângulo correspondente ao canal Vendo
No de alunos

4 e Vivendo.
3 100 100 ⋅ 100
⋅ 360 = 36° → = 10%
2 1000 1000
1
Idade dos alunos
144° = 40%
12 13 14 15 36° =10%
O gráfico acima é representado no plano
cartesiano, por meio de retângulos, com a base
no eixo das abscissas e com a altura represen- 180° = 50%
tando o número de alunos que se encontram
em uma determinada idade.
A simples leitura dos dados brutos de uma
ráfico de setores tabela não nos fornece as condições necessárias
Uma pesquisa feita com 1.000 pessoas à determinação do perfil do investigado, uma
perguntava a preferência delas sobre os canais vez que as informações não estão devidamen-
de TV aberta. te organizadas. Para cada variável estudada,
Os resultados obtidos foram os seguintes: contamos o número de vezes que ocorre cada
um de seus valores (ou realizações). O número
400 pessoas preferiam o canal Q-tudo Vê. obtido é chamado de frequência absoluta e
é indicado por ni (cada valor assumido pela va-
500 pessoas preferiam o canal Visão
riável que aparece um determinado número de
do Mundo.
vezes, o que justifica o uso do índice i).
100 pessoas preferiam o canal Vendo
e Vivendo. ráfico de lin as
O gráfico de linhas é um tipo de gráfico que
2:16
Para construir um gráfico de setores, divi-
dimos um círculo em setores, que são propor- exibe informações com uma série de pontos de
cionais aos valores encontrados na pesquisa. dados, chamados de marcadores, que são li-
Vejamos: gados por segmentos de linha reta. Muitas ve-
zes, é usado para visualizar uma tendência nos
Ângulo correspondente ao canal Q-tudo Vê. dados em intervalos de tempo. O gráfico de
400 400 ⋅ 100 linha é composto por dois eixos, um vertical e
⋅ 360 = 144° → = 40% outro horizontal, e por uma linha que mostra a
1000 1000
evolução de um fenômeno ou processo.

Capítulo 12 — Estatística 283

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283

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Água e Sal Doce Espaguete Lasanha Pizza Recheado
600.000,00

500.000,00

Quantidade 400.000,00

300.000,00

200.000,00

100.000,00

0,00
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mês

ráfico de colunas Áreas (Km2 da regi es fisiol gicas – rasil


O gráfico de colunas é composto por dois
eixos, um vertical e outro horizontal. No eixo ho- 4.000.000

rizontal, são construídas as colunas que repre- 3.500.000

sentam a variação de um fenômeno ou de um 3.000.000

processo de acordo com sua intensidade. Essa 2.500.000

intensidade é indicada pelo eixo vertical. As colu-


Km2
2.000.000

nas devem sempre possuir a mesma largura, e a 1.500.000

distância entre elas deve ser constante. Os gráficos 1.000.000

de coluna são úteis para mostrar alterações de 5.000

dados em um período de tempo ou para ilustrar 0


Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

comparações entre itens.

ráficos pict ricos


São gráficos que usam imagens para chamar a atenção dos leitores.
A riqueza do Estado cresce e a renda das pessoas cai

Gastos do Gastos do Gastos do


Governo Governo Governo
Federal Federal Federal

208 294 364


bilhões de reais bilhões de reais bilhões de reais

A gastança do Estado
cresce...

... e a renda das


pessoas cai Rendimento médio
dos trabalhadores Rendimento médio
Cai 7,5% Rendimento médio

923
dos trabalhadores
Cai 5,7% dos trabalhadores
reais
854 reais 805 reais
1995 2001 2005
Veja. São Paulo: Abril, ano 39, nº 41, 18 out. 2006. p. 54-5.

284 Capítulo 12 — Estatística

284

ME_Matemática_2020_9A_12.indd 284 20/09/2019 16:33:01


5. A tabela abaixo representa a quantidade de 7. O país mais visitado no mundo é a França,
sorvete vendida na praia nas quatro semanas com sua bela capital, Paris, e seus monumen-
do mês de férias, na cidade de Fortaleza. tos maravilhosos, como a Torre Ei el, o Arco
do Triunfo, o Museu do Louvre e a Catedral de
Semana (julho) Sorvetes vendidos Notre-Dame. O gráfico abaixo mostra o número
1 a
300 de turistas, em milhões, que visitaram o país
entre 2001 e 2005.
2 a
350
3a 200 Turistas que visitaram a França (em milhões)
4 a
150
77,5
a) Construa um gráfico setorial que represente 77
a distribuição dos dados da tabela.
76,5
b) Qual é a representação do gráfico na forma
de colunas? 76
c) Represente-o, também, na forma de seg- 75,5
mentos. 75
6. O gráfico abaixo representa a velocidade de 74,5
um automóvel depois de 2 horas de viagem. 74
Analise-o e responda: 2001 2002 2003 2004 2005

Assinale verdadeiro (V) ou falso (F):


100
80 a) ( ) Entre os anos 2001 e 2002, houve um
v (km/h)

aumento de turistas na ordem de 20%.


60
b) ( ) Desde 2002, o número de turistas vem
40 crescendo a cada ano.
20 c) ( ) O aumento do número de turistas, em
0 valores absolutos, entre os anos 2001 e 2002,
1 2 3 4 5 t(h) corresponde aproximadamente à metade do
crescimento do número de turistas entre 2004
e 2005.
a) Em qual intervalo de tempo a velocidade do
automóvel aumenta? d) ( ) O maior crescimento de turistas se deu
b) Qual é a maior velocidade atingida pelo veículo? entre 2003 e 2004.
c) Em qual intervalo de tempo a velocidade do e) ( ) Percentualmente, o crescimento do nú-
automóvel diminui? mero de turistas entre os anos de 2001 e 2002
d) Quais são as variáveis envolvidas na função foi maior que o registrado entre 2004 e 2005.
que representa esse gráfico
f) ( ) No período 2002−2003, ocorreu a maior
e) Que tipo de função representa esse gráfico
queda no número de turistas.
(função constante, função linear)? Por quê?
f) O gráfico é crescente ou decrescente Ex- g) ( ) No ano de 2004, houve uma diminuição
plique. acentuada no número de turistas.

Capítulo 12 — Estatística 285

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Medidas de tendência Concluímos, utilizando os dados da tabela
acima, que a média de idade dos alunos do 9o ano
Os problemas de média, moda ou é de 13,5 anos.
mediana são simples e podem ser con-
central (centralidade e
c) Média aritmética ponderada (MP):
duzidos rapidamente, sendo enrique- variabilidade) para encontrarmos essa média, multiplica-
cidos com as atividades propostas. Os mos os valores pelo número de vezes que eles
Observando todos os dados obtidos em aparecem (pesos). Em seguida, somamos os
conceitos são muitos, porém simples e uma coleta de dados estatísticos, pode-se produtos encontrados e, por último, dividimos
acessíveis e não exigem certos cálculos expressá-los através da medida de tendência esse resultado pela soma dos pesos.
central, que nada mais é que o cálculo de uma
algébricos e artifícios. X1P1 + X 2 P 2 + ... + XnPn
amplitude, de uma média, de uma mediana ou MP =
de uma moda. P1 + P2 + ... + Pn
Idade média dos alunos do 9o ano: Xn = valores
Pn = pesos
Idade dos alunos Número de alunos
ANOTAÇÕES 12 05 Na tabela vista anteriormente, os pesos cor-
13 07 respondem ao número de alunos por idade. Então:
14 06
15 02 12 ⋅ 5 + 13 ⋅ 7 + 14 ⋅ 6 + 15 ⋅ 2
MP = =
5+7+6+2
Rawpixel.com/Shutterstock.com 60 + 91+ 84 + 30
20
265
MP = → MP = 13,2 25
20

d) Mediana: é o valor que ocupa a posição


central de um conjunto de valores dispostos em
ordem crescente ou decrescente de grandezas.
Exemplo:
Média, mediana e moda são consideradas 3,3,6,8,9
medidas de tendência central. No exemplo visto, 6 é a mediana.
a) Rol: são os dados de uma amostra co- Quando temos um número par de obser-
locados em ordem crescente. vações, não há um único valor central. Nesse
b) Média aritmética (MA): é a soma das
caso, a mediana é dada pela média dos dois
diferentes possibilidades dividida pela quan-
valores centrais.
tidade de possibilidades.
Exemplo:
X 1 + X 2 + ... X r 5,6,6,7,9,10,11,12
MA =
n
7+9
Xn = valores Mediana = =8
Pn = pesos 2
e) Moda: é o valor que aparece com maior
Então, frequência num determinado conjunto de valores.
Ao analisarmos a tabela da página ante-
12 + 13 + 14 + 15
MA = rior, observamos que o valor que aparece em
4
maior número de vezes é a idade 13; portanto,
54
MA = → MA = 13, 5 a moda é 13.
4

286 Capítulo 12 — Estatística

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eitura de gráficos – Par metros
Os parâmetros que iremos estudar neste tópico têm como objetivo sintetizar todas as
informações contidas nos gráficos e nas tabelas, além de tornar mais rápida à apreciação de
suas principais características visualizadas.

1. (Fuvest) Examine o gráfico.

Porcentagem de registros de nascimentos do ano por grupo de idade da mãe


rasil –
35
30,8

30,7

30
1999
28,3

2004
25,2

25
23,7

2009
23,3
20,8

19,9

20
18,2

16,8
14,8
14,4

15

10
8,0
7,3
6,7

5
2,3
2,1
1,9

1,4
0,7

0,7

0,8

0,8

0,4

0,0
menos de 15 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 anos ou idade ignorada
anos mais

IBGE. Diretoria de Pesquisa, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estatísticas do Registro Civil, 1999/2004/2009. Adaptado.
2:19

Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar corretamente que a idade:

a) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi maior que 27 anos.
b) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi menor que 23 anos.
c) mediana das mães das crianças nascidas em 1999 foi maior que 25 anos.
d) média das mães das crianças nascidas em 2004 foi maior que 22 anos.
e) média das mães das crianças nascidas em 1999 foi menor que 21 anos.

Capítulo 12 — Estatística 287

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE
Solução:
Alternativa d.
Aplique uma pesquisa estatística, di- Para as crianças nascidas em 2004, considere a tabela a seguir.
vidindo os estudantes em grupos. Idades xi xi .
[15, 19] 17 0,199 3,38
Estratégias [20, 24] 22 0,307 6,75
Forme grupos de quatro alunos e peça [25, 29] 27 0,237 6,40
para que usem qualquer moeda com o ob- [30, 34] 32 0,148 4,74
jetivo de jogar cara ou coroa. Anote na lousa [35, 39] 37 0,073 2,70
os resultados obtidos por cada grupo.
5
Discuta a frequência dos resultados e ∑ xifi = 23, 97
i =1
retome o conceito de porcentagem como
ferramenta para indicar essa frequência. Desse modo, podemos concluir que a idade média das mães das crianças nascidas em 2004
foi maior do que 22 anos (23,97).
Substitua as moedas por dados com
seis faces. Peça para os alunos jogá-los
várias vezes, anotando a frequência de
cada face com um traço simples. Para is-
so, construa uma tabela com uma colu-
na para a frequência e outra indicando a 8. Numa pesquisa realizada com 300 famílias, Local de Número de
levantaram-se as seguintes informações:
pontuação das faces. almoço empregados
Número de Proporção de Restaurantes 300
P pontuação famílias
Lanchonetes 150
F frequência 0 0,17
Self-services 250
1 0,20
2 0,24 a) Construa um gráfico setorial para essa pes-
P 4 5 6 quisa.
3 0,15 b) Qual é a porcentagem representada por
opção dada na tabela?
4 0,10
F

Ipek Morel/Shutterstock.com
5 0,10
6 0,04
Peça para que cada grupo calcule os va-
Com base nessas informações, as médias aritmé-
lores da média, da moda e da mediana, a tica e ponderada, a mediana e a moda do número
de filhos são representadas por quais valores
partir dos dados anotados na tabela.
9. Uma pesquisa realizada entre trabalhadores
de uma loja de calçados quanto ao local onde
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/planos-
faziam as refeições de almoço obteve o resul-
de-aula/medio/matematica-algumas-ideias-de- tado da tabela a seguir:
estatistica.htm. Acesso em: / 6/ 9. Adaptado.
288 Capítulo 12 — Estatística

ANOTAÇÕES
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10. Uma pesquisa eleitoral foi realizada com uma amostra de 560 eleitores objetivando estudar a in-
fluência da idade na preferência entre dois candidatos presidenciais. O resultado obtido foi o seguinte:

Candidato

Preferência em Idade (anos) A B Indecisos Total

De 20 a 30 anos 68 117 15 200


De 31 a 50 anos 102 70 17 189
De 51 a 80 anos 80 3 27 110
Total 250 190 59 499
a) Qual é a moda e a mediana dessa pesquisa?
b) Qual é a média ponderada da preferência de cada candidato?

11. (UEM) Joaquim coleciona artrópodes, e, Considere as seguintes afirmações:


em sua coleção, encontra-se um animal com
20 patas, um animal com 18 patas, quatro ani- ( ) A idade média da turma é de aproximada-
mais com 8 patas e oito animais com 6 patas, mente 18 anos.
todos em perfeito estado. Considerando essas ( ) O percentual de alunos cuja idade é maior
informações, assinale o que for correto. ou igual a 18 anos é 56.
( ) A média de idade aproximada (em anos) de
a) A média do número de patas por animal é uma equipe formada por alunos cuja idade é
inferior a 8. menor ou igual a 18 anos é 17.
b) Os animais com 20 e 18 patas podem ser
miriápodes. A sequência correta, de cima para baixo, é:
c) Dentre os animais com 6 patas, podem ser
encontrados percevejos, baratas e escorpiões. a) V - V - V
d) A mediana do número de patas em cada b) V - V - F
indivíduo é 6. c) V - F - F
e) Os animais de 8 patas podem possuir glân- d) F - F - V
dulas coxais em seu sistema excretor.

12. (Acafe − Adaptado) Para a realização de uma 13. (Enem) O gráfico apresenta as taxas de de-
olimpíada escolar, os professores de Educação semprego durante o ano de 2011 e o primeiro
Física montam as turmas por meio da distribuição semestre de 2012 na Região Metropolitana
das idades dos alunos. O gráfico abaixo repre- de São Paulo. A taxa de desemprego total é a
senta a quantidade de alunos por idade. soma das taxas de desemprego aberto e oculto.
70
11,3

11,0
11,2

11,1
11,2
10,7
10,6

10,6
10,5

60
Número de alunos

9,9

2,0 2,1 2,1 2,2


9,5
Em %

2:19
9,0

50 2,0
2,0
40
30 Aberto / 2012
20
Oculto / 2012
7,6 8,4 9,1 9,1 8,8 9,0
10
Total / 211
0
16 17 18 19 20 21
Idade dos alunos (em anos)
Jan.
Fev.

Mar.
Abr.

Maio
Jun.
Jul.

Ago.
Set.

Out.
Nov.
Dez.

Capítulo 12 — Estatística 289

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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Suponha que a taxa de desemprego oculto do mês de dezembro de 2012 tenha sido a metade
da mesma taxa em junho de 2012 e que a taxa de desemprego total em dezembro de 2012 seja
Estimule os alunos a resolverem a se- igual a essa taxa em dezembro de 2011.
Disponível em: www.dieese.org.br. Acessado em: 1o /08/2012 (fragmento).
ção Matemática +. Ao fazer a correção,
fique atento para perceber os assuntos Nesse caso, a taxa de desemprego aberto de dezembro de 2012 teria sido, em termos percen-
tuais, de:
nos quais surgiram maior dificuldade du-
rante a resolução das atividades propos- a) 1,1 b) 3,5 c) 4,5 d) 6,8 e) 7,9
tas. Oriente os alunos dando as explica-
ções necessárias.
A seção Matemática + serve para ava-
liar o quanto os alunos já aprenderam.
muito importante estimulá-los a fazer as
1. O gráfico abaixo representa as notas de um e) Esse aluno estaria aprovado pelo método
questões as dúvidas indicam o conteú- aluno ao longo de um ano letivo, dividido por da média aritmética se tivesse feito um ponto
do que deve ser revisado, ajudando-os a bimestres. Para que o aluno seja aprovado a mais em qualquer um dos bimestres.
sem recuperação, terá de ter aproveitamento f) Sua média nos três primeiros bimestres, pelo
superar eventuais dificuldades. mínimo de 50%. método da média aritmética, é 5.
g) Utilizando o critério de médias ponderadas,
4 sua média nos três primeiros bimestres é 5,5.

ANOTAÇÕES 2. A média aritmética dos números 2,05; 7,5;


Bimestre

3
7,9 e 8,3 é inferior a 6.

2 Verdadeiro Falso

1
3. O Colégio Novo Caminho, que possui mais
0 1 2 3 4 5 6 7 de 1.000 alunos no Ensino Médio, passou a
Notas entregar aos pais dos alunos o desempenho
escolar de seus filhos, também chamado de
Com base nessas informações, podemos afir- boletim, na forma de gráficos de linhas. Es-
mar que: ses gráficos são atualizados bimestralmente,
e acredita-se que, dessa maneira, fica mais
a) Se o critério utilizado para a obtenção da
fácil o acompanhamento e a visualização das
média final for uma média aritmética, o aluno
notas dos estudantes. Para que o aluno seja
será aprovado.
aprovado, seu aproveitamento deve ser igual
b) A soma das notas em todos os bimestres é 21. ou superior a 60%. Se um aluno tem, nas 3 pri-
c) Se for utilizado o método da média ponde- meiras unidades, 17 pontos, quanto precisará
rada e a cada bimestre for atribuído um peso para ser aprovado ao final do ano letivo
para cada boa nota (peso 1 para o primeiro
bimestre, 2 para o segundo, e assim por diante), 4. Se a média aritmética dos números 6, 8, x
esse aluno estará aprovado. e y é igual a 12, então a média aritmética dos
d) Se esse aluno tivesse repetido a nota do números (x + 8) e (y − 4) será:
primeiro bimestre no segundo bimestre, teria
sido aprovado por ambos os métodos, média a) 9,5 b) 13 c) 19
aritmética e média ponderada. d) 20 e) 38

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5. (Enem) O gráfico abaixo modela a distância e) Sabor de mel: China é a gigante na produção
percorrida, em km, por uma pessoa em certo de mel no mundo, e o Brasil está em 15o lugar
período de tempo. A escala de tempo a ser no ranking.
adotada para o eixo das abscissas depende da 7. (Enem) O Índice de Massa Corpórea (IMC) é
maneira como essa pessoa se desloca. Qual é uma medida que permite aos médicos fazer
a opção que apresenta a melhor associação uma avaliação preliminar das condições físicas
entre meio ou forma de locomoção e unidade e do risco de uma pessoa desenvolver certas
de tempo quando são percorridos 10 km? doenças, conforme mostra a tabela abaixo.

10 km Risco de
IMC Classifica o
doença
menos de
magreza elevado
18,5
entre 18,5 e
normalidade baixo
24,9
0 1 2 tempo
entre 25 e
sobrepeso elevado
29,9
a) carroça − semana
entre 30 e muito
b) carro − dia obesidade
39,9 elevado
c) caminhada − hora
obesidade muitíssimo
d) bicicleta − minuto 40 ou mais
grave elevado
e) avião − segundo
Considere as seguintes informações a respeito
6. (Enem) É título adequado para a matéria de João, Maria, Cristina, Antônio e Sérgio.
jornalística em que o gráfico abaixo seja apre-
sentado: Nome Peso (kg) Altura (m) IMC
a João 113,4 1,80 35
276
(em milhões de toneladas)

Maria 45 1,50 20
Produção de mel

Cristina 48,6 1,80 15


2a 3a a

5a Antônio 63 1,50 28
82 75 a
55 Sérgio 115,2 1,60 45
33
China EUA Argentina Turquia México Argentina
Marque a alternativa correta.
Posição dos países de acordo com a produção em 2005
a) Cristina está dentro dos padrões de nor-
a) Apicultura: Brasil ocupa a 33 a posição no malidade.
ranking mundial de produção de mel — as abe- b) Maria está magra, mas não corre risco de
lhas estão desaparecendo no País. desenvolver doenças.
2:19 b) O milagre do mel: a apicultura se expande e c) João está obeso, e o risco de desenvolver
coloca o País entre os seis primeiros no ranking doenças é muito elevado.
mundial de produção.
d) Antônio está com sobrepeso, e o risco de
c) Pescadores do mel: Brasil explora regiões de desenvolver doenças é muito elevado.
mangue para produção do mel e ultrapassa a
e) Sérgio está com sobrepeso, mas não corre
Argentina no ranking mundial.
risco de desenvolver doenças.
d) Sabor bem brasileiro: Brasil inunda o merca-
do mundial com a produção de 15 mil toneladas 8. (Enem) Uma pesquisa da ONU estima que,
de mel em 2005. já em 2008, pela primeira vez na história das

Capítulo 12 — Estatística 291

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civilizações, a maioria das pessoas viverá b) Calcule, agora, a média aritmética da quan-
na zona urbana. O gráfico a seguir mostra tidade de turistas brasileiros nos períodos
o crescimento da população urbana desde considerados no item anterior. Compare os
1950, quando essa população era de 700 mi- valores obtidos. Sua resposta antes de fazer
lhões de pessoas, e apresenta uma previsão os cálculos (item a) foi correta?
para 2030, baseada em crescimento linear c) Qual a média aritmética da quantidade de
no período de 2008 a 2030. turistas brasileiros em todo o período consi-
Cresce a população urbana no mundo derado no gráfico
em bilhões de pessoas d) Qual é o ano cujo valor de turistas está mais
Previsão 5,0 próximo do valor da média aritmética obtida
5,0
no item anterior?
4,0
e) Nos três anos de maior visitação, qual foi o
3,5 número médio de brasileiros?
2,9
3,0 10. Responda o que é uma parte da população
2,3 retirada para análise?
2,0 1,7
1,3 a) Universo b) Parte
1,0
1,0 c) Pedaço d) Dados Brutos
0,7 e) Amostra
0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 11. A parte da Estatística que se preocupa com
a interpretação dos dados obtidos em uma
De acordo com o gráfico, a população urbana
pesquisa associando uma margem de incerteza
mundial em 2020 corresponderá, aproximada-
denomina-se:
mente, a quantos bilhões de pessoas?
a) Estatística de População
a) 4,00 b) 4,10 c) 4,15 b) Estatística de Amostra
d) 4,25 e) 4,50 c) Estatística Inferencial
d) Estatística Descritiva
9. Todos os anos, a Disney World, em Orlando,
e) Estatística Grupal
na Flórida, recebe muitos turistas brasileiros.
O gráfico abaixo representa a evolução do nú- 12. A massa (em quilogramas) de 20 trabalha-
mero de turistas brasileiros, em milhares de dores de uma empresa com 100 funcionários
visitantes. está registrada a seguir:
295
271 65 52 73 80 65
233 50 70 65 70 77
221
236
224 206 190 82 91 75 52 68
150 86 70 80 75 80
162
Com base nos dados obtidos, responda:
1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

a) Qual a população e a unidade estatística


dessa pesquisa?
Responda: b) Qual é a sua amostra?
a) Observe o gráfico, compare os períodos de c) Qual é a variável nessa pesquisa? Ela é dis-
1992 a 1997 e de 1998 a 2001 e, sem fazer os creta ou contínua?
cálculos, diga qual dos períodos você acha que d) Que frequência absoluta respectivamente
tem a maior média aritmética. têm os valores 65 kg, 75 kg, 80 kg e 90 kg?

292 Capítulo 12 — Estatística

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13. (Enem) O Ministério da Saúde e as unidades federadas promovem frequentemente cam-
panhas nacionais e locais de incentivo à doação de sangue em regiões com menor número
de doadores por habitante. O intuito é de manter a regularidade dos estoques nos serviços
hemoterápicos. Em 2010, foram recolhidos dados sobre o número de doadores e o número de
habitantes de cada região conforme o quadro seguinte.

a a de doa o de sangue por regi o em

Número de
Região Doadores oadores a itantes
habitantes

Nordeste 820.959 53.081.950 1,5%


Norte 232.079 15.864.454 1,5%
Sudeste 1.521.766 80.364.410 1,9%
Centro-Oeste 362.334 14.058.094 2,6%
Sul 690.391 27.386.891 2,5%
Total 3.627.529 190.755.799 1,9%

Os resultados obtidos permitiram que estados, municípios e o Governo Federal estabelecessem


as regiões prioritárias do País para a intensificação das campanhas de doação de sangue. A
campanha deveria ser intensificada nas regiões em que o percentual de doadores por habitantes
fosse menor ou igual ao do País.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br. Acessado em: 02/08/ 2013. Adaptado.

As regiões brasileiras onde foram intensificadas as campanhas na época são:

a) Norte, Centro-Oeste e Sul. b) Norte, Nordeste e Sudeste.


c) Nordeste, Norte e Sul. d) Nordeste, Sudeste e Sul.
e) Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

14. (UFSM) O uso de biodiesel gera uma série de efeitos ambientais, tais como a redução da
emissão de gases do efeito estufa e a diminuição da poluição atmosférica. O gráfico mostra
a produção de biodiesel (em milhões de litros) em uma usina, durante o período de um ano.
Produção (milhões de litros)

12 12
10 10 10 10

8 8

6 6
5 5

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. (mês)

Capítulo 12 — Estatística 293

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293

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De acordo com os dados, a média, a mediana e a moda (em milhões de litros) são, respectiva-
mente, iguais a:

a) 8,5; 10; e 9 b) 8; 9; e 10 c) 8; 9,5; e 8


d) 8,5; 9; e 10 e) 8,5; 9,5; e 10

15. (Enem) O quadro ao lado mostra o de- Quantidade de


sempenho de um time de futebol no último Gols marcados partidas
campeonato. A coluna da esquerda mostra o
número de gols marcados, e a coluna da direi- 0 5
ta informa em quantos jogos o time marcou 1 3
aquele número de gols.
2 4
Se x, y e z são, respectivamente, a média, a
mediana e a moda dessa distribuição, então: 3 3
4 2
a) x = y < z b) z < x = y
5 2
c) y < z < x d) z < x < y
e) z < y < x 7 1

(Enem) m dos principais indicadores de inflação é o ndice Nacional de Preços ao Consu-


midor Amplo (IPCA). O gráfico apresenta os valores do IPCA nos anos de 99 a .

n a o anual – PC O valor mais próximo da mediana de to-


dos os valores da inflação indicados no
25
gráfico é:

20
a) 5,97
Inflação

15
b) 6,24
c) 6,50
10 d) 8,07
7,67
e) 10,10
5 5,22

0 Ano
94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11

Neste capítulo, aprendemos:

O conceito de estatística.
Como escolher, coletar e organizar dados para um rol estatístico.
A fazer uma leitura correta de gráficos estatísticos, bem como elaborá-los.
O cálculo e a determinação de parâmetros de erros estatísticos.
A resolver problemas envolvendo gráficos, tabelas e dados estatísticos.
A entender eventos dependentes e independentes.
A determinar conceitos de pesquisa amostral.
A calcular tendência central e aplicá-la no cotidiano.

294 Capítulo 12 — Estatística

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294

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CADERNO DE RESPOSTAS

Capítulo 1
Aplicação
1. 5 ⋅ 106 = 5.000.000 14.
a) F b) F c) F
2. d) V e) F f) F
a) x = 4 b) x = 6 c) x = 2
d) x = 0 e) x = 5 f) x = 2 15. 15.625 = 56
g) x = 2 h) x = 5
16.
3. a) 8 b) 2, 4, 8, 6
a) III b) IV c) I
17.
a) 125 b) 3
d) V e) II
18. 10
11
4. M =
3 19.
5. 1⋅ 1015

6. 216 a)

7.
1 1
a) b) −16 c)
4 9 b) 512 círculos
1
d) 1 e)
9 20.
5
8. a) 2 b) 343 c)
40 16 7
a) b) −
41 17 d) 1 e) 16
1
9. − 21. Alternativa d
32
10.  1
2
22.
a) (−3)1

b)   a) F b) V c) F
2
d) V e) F
11.
a) 2− x +6 b) 3−2 x −1 23.
a) 3, 22 ⋅ 106 b) 3, 71 ⋅ 10−7
12. −2 c) 1, 256 ⋅ 1010 d) 7 ⋅ 10−7
e) 4 , 56987 ⋅ 102
13.
a) < b) > c) < 24.
d) < e) < f) < a) 9 ⋅ 106 b) 0, 48 ⋅ 10−1

Caderno de respostas 295

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295

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c) 3, 6 ⋅ 107 d) 1 ⋅ 102
Espaço para cálculos
25.
a) 8 bactérias b) 1.024 bactérias c) 224

26. 0

27. 1023 planetas

28. Alternativa d

29. Alternativa a

30. Alternativa b

Matemática +
1.
1
a) 16 b) c) 2,008
9

4
d) −64 e) f) 1
81
2.
a) 1,81 . 10−5 b) 8,3 . 109 c) 3,8 . 10−2
d) 4,2 . 10−8

3.
a) 3−2 b) (2)−5 c) 10−3
d) 10−5 e) 3−1 f) 9−1
17
4. 5. n = −30
8
6. Alternativa a
1
7. −
3
8. Alternativa a

9. Alternativa e

10. Alternativa b

11. Alternativa b

12. Alternativa e

13. Alternativa a

14. Alternativa b

15. Alternativa b

296 Caderno de respostas

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296

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Capítulo 2 16. k = +4 e −4

Aplicação 17. Alternativa b

1. 18. Alternativa e
a) 3x2 − 2x − 8 = 0 (a = 3; b = −2; c = −8)
b) x2 + 11x − 1 = 0 (a = 1; b = 11; c = −1) 19. Alternativa b
c) x2 − 9x = 0 (a = 1; b = −9)
d) 2x2 − 2x + 5 = 0 (a = 2; b = −2; c = 5) 20.
a) k < 9 b) k = 9 c) k > 9
2.
a) x ’ = 8 e x ’’= 2 21.
a) P < 25 b) P = 25 c) P > 25
13 1
b) x ’ = e x ’’ =
2 2 22. Alternativa d
5 1
c) x ’ = e x ’’ =
4 4 23. Alternativa a
1
d) x = − e x = −1
’ ’’
3 24. Alternativa e
3. x ’ = 3 e x ’’ = 2
25. Alternativa a
5
4. a ≠ 0 e a ≠
2 26. Alternativa d
5.
a) x ’ = 0 e x ’’ = −3 b) t’ = 0 e t’’ = −5 27. Alternativa d
5
c) x ’ = e x ’’ = 1 d) x ’ = 0 e x ’’ = 2 28.
3 a) F
6. Alternativa c b) V
c) V
7. Os números são 15 e 8. d) V
e) V
8.
a) 2o grau b) 5o grau 29.
c) 4o grau d) 4o grau a) x 2 − 5 x − 14 = 0 b) x 2 − 2 3 x + 2 = 0
7 1
9. x = 2 m c) x 2 + x + =0 d) x 2 − 3 x + 2 = 0
6 6
10. t = 5 segundos
1 3
e) x 2 − x− =0
11. S = {n, 3n} 4 4
30.  1
12. Cada lado deve aumentar em 3 cm. a) ( x − 3)( x − 2) = 0 b) ( x − 1)  x −  = 0
 2 
13.  1  5
a) 6 trabalhadores b) R$ 1.800,00 c) ( x − 3)  x −  = 0 d) ( x + 1)  x +  = 0
 3   2 
14. 31.
6 2
a) x ' = + 3 ; x '' = − 3 b) x ' = − ; x '' = 0 x−
6 x −1 3
a) b)
c) x ' = 2; x '' = −2 x +4 1
x−
2
15. Alternativa b 32.  1
a) ( x + 7)( x − 5) = 0 b) ( x − 1)  x −  = 0
 4 

Caderno de respostas 297

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297

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c) ( x − a)( x − b) = 0 c) Reais d) Reais
 e) Imaginárias
4
d) ( x − 5)  x −  = 0
 3 
 x 1 = 2
33. 7.  2
 x = 3
a) x 2 + 2 x − 15 = 0 b) x 2 − 17 x + 70 = 0 
c) x − 6 x = 0
2
d) x 2 + 2a x + a 2 = 0
e) Qualquer equação com ∆ < 0 8. x 2 − 20 = 0

34. x 2 − 18 = 0 9. 

a = −2 + 3


35. t = 2 b = −2 − 3


x 2 + 2x − 2 = 0
36.
2 5
a) S = −8; P = −9 b) S = − ; P = −
3 3 10.
3
c) S = ;P = 0 d) S = 5; P = 4 a) ∆ = −16 (Não existe raiz real)
2 b) ∆ = 52 (Duas raízes distintas)
1 4
e) S = − ; P = − f) S = 5; P = −6 c) ∆ = −11 (Não existe raiz real)
3 3 d) ∆ = 25 (Duas raízes distintas)
37. x 2 − 3 x − 10 = 0 e) ∆ = 36 (Duas raízes distintas)
1 1
S= ;P = − 11.
3 10
a) y 2 + 30 y − 175 = 0
38.
a) x 2 − 19 x + 84 = 0 b) x 2 + 13 x + 30 = 0  y 1 = 5
c) x 2 − x − 12 = 0 d) x 2 − 3 x − 54 = 0 b)  2
 y = −35
e) x 2 − 64 = 0 f) x 2 − 8 x = 0 
como −35 é um valor negativo não é válido para
9
39. x 2 − x +5= 0 solução.
2
7 3
40. x 2 − x + = 0 c) Largura = 5; comprimento = 35
2 2
12. Alternativa c
Matemática +
13. Alternativa c

x = − 1

1. 
 4 14. Alternativa d



 x = 1
15. Alternativa e
29
2. 16. Alternativa a
4
x 0 = 5
 17. Alternativa a
3. 
 0
1

 2 = −6
 x

4. x = ±11

5. y = ± 7

6.
a) Reais b) Reais

298 Caderno de respostas

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298

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 298 20/09/2019 16:32:51


5. V = {−10; +10}
Capítulo 3
6.
Aplicação a) x = 5; S = {5} b) x = −4; S = ∅

1. 7.
1
a) x1 = 1; x 2 = − b) x 1 = 0; x 2 = −3 a) S = {−1; +1} b) S = {10}
2
8.  3

7 + 17 7 − 17 
c) x1 = 3 ; x2 = 3 a) S = {6} b) S = 
− 

2 2  
 2
 
9. Alternativa d
d) x = ± 4 4
10.
2. Não possui raízes reais. a) S = {−3a + 3a} b) S = { 5
16 , 5 9 }
{
3. S = −3; − 3 ; + 3 ; +3 } {
c) S = − 7 , + 7 } d) S = {−2, −1, +1, +2}

4. Alternativa a 11. Alternativa c


3 1 a2 + 4
5. x = ± e± 12. x = ±
2 2 2
6. 13. Alternativa c
a) x 1 = x 2 = 2 b) x’ = 4 e x’’=−1
14. x1 = 7 (inválida); x2 = 1
7. Alternativa d
15. Alternativa c
8.
a) x = 5 b) x = 9 16.
5
c) x1 = 3; x 2 = −1 a) S =
2
1 29
9. Alternativa b b) S = − c) S =
2 4
10. 17.
a) x = 25 b) x1 = −1; x 2 = 8 a) p = −1 b) p = −882
c) x = 3 d) x1 = −4 ; x 2 = 3
18.
Matemática + a) x1 = x 2 = 2 b) x1 = 3; x 2 = −19
c) x1 = 4 ; x 2 = −1 (inviável)
1.  1 d) x = 21
 
a) S =   b) S = {1}

2
 
 19. Alternativa d
2. 
 2 2 
a) V = ∅ − , + 
b) V =   20. Alternativa d


 3 3 


c) V = {−2, +2} 21. A equação possui duas raízes reais.

3. 22. x 4 − 13 x 2 + 36 = 0
{
a) S = − 5 3 , + 5 3 } 23. Alternativa b
{
b) S = − a , + a , −2 a , +2 a }
24. x = 5
4. V = {−3; +3}

Caderno de respostas 299

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299

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Espaço para cálculos

300 Caderno de respostas

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300

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 300 20/09/2019 16:32:53


e) {(1, 1)(1, 3)(1, 4)(3, 1)(3, 3)(3, 4), (4, 1), (4, 3), (4, 4)}
Capítulo 4
8.
Aplicação a) P = (0,2)

1. 14 cm2 9. Alternativa b

2. Alternativa a 10. Alternativa c

3. 11. n = 2
a) A × B = {(1, 4 )(1, 5)(2, 4 )(2, 5)(3, 4 )(3, 5)}
b) B × A = {( 4 ,1)( 4 , 2)( 4 , 3)(5,1)(5, 2)(5, 3)} 12. 5 quilômetros
c)
A2 = A × A = {(1,1)(1, 2)(1, 3)(2,1)(2, 2)(2, 3)(3,1)(3, 2)(3, 3)} 13. 40 formas
d) B 2 = B × B = {( 4 , 4 )( 4 , 5)(5, 4 )(5, 5)}
1
14. mn =
4. 2
0
0 15. d = 13
2
a) 1 16.
4 a) 0
–2
5 1 2
2 8
3 9
5 4

4 b) D = {1, 2, 3, 4} c) Im = {2, 8, 9}
d) CD = {2, 8, 9} e) 7 relações

17. R = {(1, 5)(2, 4)(3, 3)}


2
18. 28 elementos

b) x 19. 12 pares
–2 0 1
20. ( JV; JG)( JV; ME)( JV; A)( JG; ME)( JG; A)(ME; A)
5. (B1C1) (B1C2) (B1C3) (B2C1) (B2C2) (B2C3)
21.
6. a) (D, E)(D, C)(D, F)(D, B)(D, G), (D, A)(D, H) a) (1,3)(3,1)(2,2)
b) (a, d)(d, a)(a, b)(b, c)(c, c)
AB BC CD DE EF FG GH
22. 6 relações
AC BD CE DF EG FH GF
AD BE CF FE DG EH GE 23. 0 ≥ 2 − 2 (Sim) 1≥ 2 − 2 (Sim)
b) AE BF ED FD
CG DH ED 0 ≥ 3 − 2 (Não) 1≥ 3 − 2 (Sim)
AF BG DA EC FC
CH GC 0 ≥ 4 − 2 (Não) 1≥ 4 − 2 (Não)
0 ≥ 5 − 2 (Não) 1≥ 5 − 2 (Não)
AG BH CA DB EB FB GB
AH BA CB DC EA FA GA 2 ≥ 2 − 2 (Sim) 3 ≥ 2 − 2 (Sim)
2 ≥ 3 − 2 (Sim) 3 ≥ 3 − 2 (Sim)
7. 2 ≥ 4 − 2 (Sim) 3 ≥ 4 − 2 (Sim)
a) {−1} b) {3, 4} c) {(−1, 3)(−1, 4)} 2 ≥ 5 − 2 (Não) 3 ≥ 5 − 2 (Sim)
d) {(3, −1)(3, 0)(3, 1)(4, −1)(4, 0)(4,1)}

Caderno de respostas 301

:18 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 301 20/09/2019 15:54:20

301

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 301 20/09/2019 16:32:54


R1
0 2 37. Alternativa b

1 3 38.
2 4 a) (0,−3) b) (0,5) c) (0,0)

3 5  1
d) 0,− 
 2 

R1–1 39.
a) f(0) = −5 b) f(−6) = −9
2 0
3 1 3 23
c) f   = −
4 2  5  5
5 3 5
d) soma =
3
24. 10 pessoas 40. b = −1; a = −2
x
25. 91 jogos 41. f ( x ) =
4
26. 15 relações 42.
a) É função. D = {−2, 0, 2, 4} / Im = {0, 4, 16} /
27. CD = {0, 4, 8, 12, 16}
I. Não b) Não é função.
II. Não
III. Sim → Im = 1, 2, 3 / CD = 1, 2, 3, 4, 5 / D = 1, 2, 3 43.
IV. Sim → IM = CD = 1, 2 / D = 1, 2, 3 a) n semanas: P = 156 − 2,5n
V. Sim → IM = CD = 0 / D = 1, 2, 3 b) A pessoa deve recolher-se ao SPA por, no mínimo,
VI. Não 15 semanas.

28. 44. Alternativa c


a) F = 95 b) x = 160
45. b − a = 6
29.
a) y = 2.000 x + 400(100 − x ) 46. Alternativa c
b) y = 120.000
c) x = 35 47. Alternativas c e g

30. Alternativa c 48. Alternativa d

31. 49.
a) P = 300t b) P = 1.050 a) 86 reais b) 100 minutos

32. Alternativa d 50.


a) Entre 12 e 16 horas b) Entre 0 e 12 horas
33. Alternativa c c) Após as 16 horas
d) Às 12 horas, foi de 20 C; às 24 horas, foi de 10 C
34. Alternativa e
51. y = f(x) = −3x − 1
35. Alternativa a
52. f(x) = 0
36. Neste caso, temos a > 0, a função é crescente
para p > 1.

302 Caderno de respostas

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302

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 302 20/09/2019 16:32:55


Matemática + b) y

1. 12 maneiras 2. y = 15x; f(x) = 15x

3. Alternativa b x
1
4. 4

 1 

a) D( f ( x )) = 
 x ∈ R / − < x ≤ 1



 2 


b) D( f ( x )) = { x ∈ R / x ≠ 3}
c) y
c) D( f ( x )) = { x ∈ R / x ≠ ±2}

d) D( f ( x )) = { x ∈ R / x ≠ 2 e x ≠ 0}

5. X −2 −1 0 1 2 3 4 5 0 x
Y 1 2 3 4 5 6 7 8
y=x+3

6.
a) P = 4l b) A = l2 y
c) 3 → P = 12 → A = 9 d)
5 → P = 20 → A = 25
9 → P = 36 → A = 81
2 x
7. Alternativa e

8.
a) C(0, −1); D(1; 2) b) y = 2
c) y = −4 12. Alternativa c

d) y 13. Alternativa c
2 D 14.
1 a) Função afim
b) y = −x + 1
0 c) f(0) = 1
1 2 x d) decrescente, pois a < 0
−1 e) P(x) = 1 → nula
−2 P(x) > 1 → negativa
P(x) < 1 → positiva
9. Alternativa e 10. Alterntiva d
15. Alternativa e
11.
a) y 16.
a) Função linear
b) f ( x ) = a x
c) f (0) = 0; f ( x ) = a x
d) Crescente a > 0
x e) P(x) > 0;
3
y > 0 → positiva
P(x) = 0; y = 0 → nulo
P(x) < 0; y < 0 → negativa

Caderno de respostas 303

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303

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17. 21.
3
a) Função afim b) f ( x ) = x − 3 y
c) x = 2 2 a) f (x ) x + 2 4
d) Função crescente por a positivo x y 3

 x = 2; y = 0 → nula
 0 2 2


e) Para  x > 2; y > 0 → positivo 2 4 1


 x < 0; y < 0 → negativo

 0 2
x

18.
1 y 1
a) b) f (x ) − x f (x ) − y
2 2
x y
10
0 0
Peças produzidas 0 x
4 −2 −1
−2

500 c) f (x ) −2x + 4
y
x y
1 2 2
b) 11 peças ou mais.
2 0 1
19.
0 1 x
a) f ( x ) = k x + 3 é crescente, e só se, k > 0
b) f ( x ) = 1− (3 − m) x é decrescente se, e só se,
−(3 − m) < 0 → m − 3 < 0m < 3 22.
c) f ( x ) = 4 − (q − 2) x é crescente se, e só se, 3
−q + 2 > 0 → q < 2 a)  
 2 
d) f ( x ) = −(2 p + 1) x + 1é decrescente se, e só se,
b) (−36)
1
−2 p − 1 < 0 → 2 p > − 1 → p > −
2 23. 224
20.
a) R$ 109,20 24. Alternativa c
b) y = 2,10 x
25. Alternativa c
c) y
6,3

4,2

2,1

x
1 2 3

d) a = 2,1

304 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 304 20/09/2019 15:54:28 M

304

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 304 20/09/2019 16:32:57


Espaço para cálculos Capítulo 5
Aplicação
1.
a) a = −3; b = 2; c = 2
b) a = −3; b = 4; c = −9
2
c) a = − 3 ; b = ;c = 3
5
d) a = (x − 2); b = −4;c = 7
1
e) a = − ; b = 0; c = 12
4
2. ( x + 3)( x + 2) = x 2 + 5 x + 6

3.
a = 2
  x = 2 / y = −1


 


a) 
b = −5 b)  1 4
  x = / y =−
  3 9
c = 1
 


4. e − d − b − a − c

5. 12

6.
y
a) y b)
x

y y
c) d)
x

x
e) f)

Caderno de respostas 305

:28 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 305 20/09/2019 15:54:29

305

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 305 20/09/2019 16:32:58


7. 13.
1
a) B → Concavidade voltada para baixo a) x ' = −1; x '' = −
b) C → Concavidade voltada para cima 2
c) C → Concavidade voltada para cima b) x’ = 3; x’’ = 1 c) x’ = 1; x’’ = 1
d) B → Concavidade voltada para baixo d) x’ = 5; x’’ = −5 e) x’ = 0; x’’ = − 3
e) C → Concavidade voltada para cima
f) C → Concavidade voltada para cima 14.
a) Dois pontos, ± 3 b) Dois pontos, 1 e 5
8. y c) Nenhum d) Nenhum
e) Um ponto, − 1 f) Nenhum
3
15.
2
a) a < 0(−); ∆ > 0(+)
–1 3 x
b) a > 0(+); ∆ = 0

9. c) a < 0; ∆ < 0(−)


a) Verdadeiro
b) Falso 16. x’ = 0; x’’ = +20
c) Verdadeiro
d) Verdadeiro 17.
e) Verdadeiro a) f ( x ) = x 2 − x − 20
b) f ( x ) = x 2 − 3 x − 4
10. c) f ( x ) = −x 2 + 8 x − 7
a) 14
b) Para cima 18.
3 1
a) x v = ; y v =
3 9 4 8
c) x = ;y =−
2 8 3 1
b) x v = ; y v = −
11. 2 4
1 39
c) x v = − ; y v = −
a) y 4 8
d) x v = −2; y v = 1

19.
1 1 x a) Valor mínimo (a > 0) − 7
x' =x'1;=x''1;=
x'' =
2 2 1
b) Valor máximo (a < 0) −
4
1
b) y c) Valor mínimo (a > 0) −
8
7
d) Valor máximo (a < 0) −
4
x x = −1 20. Valor máximo m < 4
–1
21. b = 4; a = −1
c) y
22.
a) t = 7 b) h = 45
x' = 0; x'' = 5
5 x 23. Alternativa b

12. P > 4 24.


a) f(x) = 2x − 4 b) 2 segundos; 3 metros

306 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 306 20/09/2019 15:54:34 M

306

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 306 20/09/2019 16:33:00


25. Alternativa c 38.
a) Para (− 2 < x < + 2 ) → negativo; Para ( x > 2 )
26. Alternativa d ou ( x < − 2 ) → Positivo; Para x = − 2 ou x = 2
→ Nulo
27. b) Para (x = −1) → Nula; Para (x > −1) ou (x < −1)
a) O lucro é nulo para 100 peças ou 500 peças. → Positiva
b) O lucro é negativo para x < 100 e x > 500 (pela
simetria) 39. Alternativa d
c) 150 ou 450 peças
40.
28. Alternativa b a) Gráfico III b) Gráfico II c) Gráfico I

29. Matemática +
a) Não é função quadrática.
b) Não é função quadrática. 1.
c) É função quadrática.
d) Não é função quadrática. a) x = −3 e x = −1; f(x) = 0; x < −3 e x > −1; f(x)
e) É função quadrática.
> 0; −3 < x < −1; f(x) <0
−3 + 65 '' −3 − 65
30. x ' = ;x =
4 4 b) x = 2; y = 0; x ≠ 2; y < 0
31.
c) x = −15 e x = −1; y = 0; x < −15 e x > −1; y > 0;
8 14
a) − b) −2 c) −
3 3 −15 < x < −1; y < 0
32. Alternativa c 33. Alternativa e
d) x = 6; y = 0; x ≠ 6; y > 0
34.
e) ∀ x ∈ R y > 0
a) y
f) x = −2 e x = −1; y = 0; x < −2 e x > −1; y < 0;
2
−2 < x < −1; y > 0
–2 2 x
1
2. Alternativa b 3. k ' = −1; k '' = −
2
b) y 4. S = −5 5. x > 6
6
6.
a) f ( x ) = x 2 − 6 x + 8 b) +2 < x < +4

7. Alternativa c 8. A = 12 cm2
–3 3 x
35. 9.
a) x ' = 4 ; x '' = −4 b) x ' = 0; x '' = 9 a) f(x) > 0, −2 < x < 3
f(x) = 0, x = −2 ou x = 3
3 ''
c) x ' = ; x = −1 d) x’ = x’’ = 1 f(x) < 0, x < −2 ou x > 3
2
2
36. b) f (x ) = 0 se x = ou x = 1
a) Nenhuma raiz b) Duas raízes distintas 3
c) Duas raízes iguais d) Duas raízes iguais 2
f (x ) > 0 se x < ou x > 1
3
37. 2
f (x ) < 0 se < x < 1
a) ( x + 2)2 + 4 b) (2 x + 1)2 + 4 3

Caderno de respostas 307

:34 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 307 20/09/2019 15:54:38

307

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 307 20/09/2019 16:33:01


1
c) f (x ) = 0 se x = ou x = 2
4 13. 2
1
f (x ) > 0 se < x <2
4 14. a = 4; b = −5
1
f (x ) < 0 se x < ou x > 2
4 15. m = 2

10. 10 unidades 16. Alternativa c

11. 651 computadores 17. Alternativa c

12. Alternativa c

Espaço para cálculos

308 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 308 20/09/2019 15:54:39 M

308

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 308 20/09/2019 16:33:02


Capítulo 6 12. 40 cm
13.
Aplicação a) > b) < c) < d) > e) < f) <
g) > h) < i) = j) <
1. 6 pertence ao conjunto dos números naturais.
14.
2. 8 a) R b) R c) R d) I e) I f) R
g) R h) I i) R j) R
1
3. − ou 0,0142857
70 15. −15 + 5 2
29
4. − ou −0, 241667 16. Alternativa b
120
5. 17. Alternativas a e c
a) Falso
b) Verdadeiro 18.
c) Verdadeiro a) V b) F
d) Verdadeiro c) V d) F

6. 19. Alternativa b

a) 2, 72 20. Alternativa a

b) 0,6 21.

0 1 2 3 4 5 6 7 8
c) 1, 3 −5 −4 −3 −2 −1

d) 0,14
G C D A B E F
7. Alternativa b
22.
8. Maior = Vênus 180 10
a) 9; ;−
4 5
9. −255
7 180 10
10. b) 9; − ; ;−
2 4 5
a) −0, 6
3
c) π; 10 ; 1+ 3 ; 80

b) −0,6 23.
23 25
a) b)
c) −1,5 18 18

5 5
c) d)
d) −2,25 18 6

37
24.
e) −0, 3 99

25. 222,8 m
11. 40 caixas

Caderno de respostas 309

:39 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 309 20/09/2019 15:54:41

309

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 309 20/09/2019 16:33:03


Matemática +
1.

 −100




Naturais = 0;100; 25 ;1;123;12;1, 000000; 21 ; 1;101 ; 144 ; 56;1000000000, 0; +1; +1000; − − 64 ;( ) −100



Inteiros = Todos os naturais listados, mais − 33; − 110 ; − 159 ; − 23; − 78 ; − 16 ; − 789


 1
Racionais = Todos os naturais e inteiros listados, mais 12%; −1, 2; 0, 33...; 0,1; 0, 5; + 1, 23; −3, 012; 0, 55...;

 2


 7 1 10

− ; 0, 00000000001; ; − 2, 4444...;−0, 01; 22, 232323...; −0,121212;

 9 4 100

Irracionais = π; 3 ; 2 ;1, 758236418...


2. 10.
a) 10,452 a) Racionais b) Irracionais c) Racionais
b) 13,73 d) Racionais e) Irracionais f) Racionais
g) Racionais h) Irracionais
3. Alternativa c
11.
4. Alternativa b a) V b) F c) V
d) F e) V
5. Alternativa d
12. Alternativa d
6. Alternativa d
13. Alternativa d
7. Alternativa a
14.
8. Alternativa b a) 2,6 b) 8,3
c) 4,6 d) 7,4
9. e) 5,4
a) Infinita e periódica b) Exata
c) Exata d) Exata 15. Alternativa d
e) Exata 16. Alternativa d
f) Infinita e não periódica g) Infinita periódica 17. Alternativa d
h) Infinita periódica

Espaço para cálculos

310 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 310 20/09/2019 15:54:42 M

310

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 310 20/09/2019 16:33:04


Capítulo 7 25. 75%

Aplicação 26. 28,8%

1. R$ 2.500,00 27. Alternativa b

2. R$ 1.032,00 Matemática +
3. R$ 113,40 1. Alternativa c

4. Alternativa a 2. 34,4%

5. Alternativa d 3. R$ 62,40

6. Alternativa c 4.
a) 17.100
7. R$ 3.320,00 b) 14,5%

 42% = 2.100 5. 20%


8. 
25% = 1.250

 6. 51%
33% = 1.650


9. R$ 345,00 7. 15%

10. Sobraram = 6; quebrou = 14 8. 12%

11. 42 bombons 9. R$ 17.500,00

12. Restam 43 10. 86%

13. 15 garotas 11. Alternativa c

14. 16%, aproximadamente 12. Aternativa a

15. R$ 87,32 Espaço para cálculos


16. 8 gols

17. R$ 225,00

18. R$ 100,00

19. Restam R$ 1.260,00

20. Restam 46,4%

21. Alternativa c

22. Alternativa c

23. R$ 2.000,00

24. a) 20.700 b) 38%

Caderno de respostas 311

:42 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 311 20/09/2019 15:54:42

311

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 311 20/09/2019 16:33:05


Capítulo 8 b) y = 6; x = 15

Aplicação c) y = 6 2 ; x = 2 2
15 8
1. d) y = ;x =
2 3
3 1
a) =
6 2 13 39 13
14. x = ;y = ;z =
5 10 2
3 1
b) = 15. x = 15; y = 45; z = 30
9 3
16. Alternativa a
6 2
c) =
9 3 17. Alternativa b
2. x = 4
18. Alternativa a
3.
19. x = 10; y = 30; z = 22,5
2 5
a)
5 20. Alternativa b
1
b)
2 21.
a) x = 5
5
c) b) Perímetro do ABC = 37
5
4. A = 35 m2 22. x = 2; y = 8

5. 23. Alternativa a
a) 4
24.
1
b) a) x = 27; y = 18
3 b) x = 5; y = 8
6. y = 12; x = 28 c) x = 7; y = 18

7. 20 quilômetros 25. Alternativa d

8. AB = 8; CD = 20 26. x = 15; AB = 36; e AC = 45


24
9. x = 50 cm 27. x =
5
10. y = 56; x = 40 28. x = 15

11. AB = 12; CD = 20 29. Alternativa a

12. 30.
a) Sim. Lados proporcionais
R 1
a) = b) Não
d 2 c) Não
d) Não
C
b) = 2π
R 31.
13. a) x = 15,84
a) y = 6; x = 8 b) x = 5,12

312 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 312 20/09/2019 15:54:46 M

312

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 312 20/09/2019 16:33:07


32. x = 57; y = 36; z = 30 2.
a) x = 8; y = 12
33. x = 25 b) x = 11
c) x = 3
34. P = {A = 30 cm; B = 20 cm}
3.
35. Alternativa d a) x = 4; y = 8
b) x = 6; y = 8
36. Alternativa a c) x = 80; y = 96
d) x = 20; y = 16
37.
a) x = 450 cm ou 4,5 m 4. Alternativa a
b) x = 1, 6 cm
5.
1
c) x = a) x = 7
150
32
38. x = 27; y = 33; z = 45 b) x = ; y = 15
3
39. 8 ± 2 21
a) F c) y =
b) F 5
c) F
d) V Espaço para cálculos
40. x = 1,2 m

41. Alternativa e

42. x = 24

43.
a) 5
b) 36

44.
a) 4
b) 15

45. Alternativa b

46. Alternativa d

47. Alternativa d

48. Alternativa a

Matemática +
1.
15
a) x = 10,8 b) x =
4
20
c) x = d) x = 4 e) x = 3,75
3

Caderno de respostas 313

:46 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 313 20/09/2019 15:54:47

313

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 313 20/09/2019 16:33:08


Capítulo 9 15. senα =
x
2x
; cos α =
x
2x
ou senα = cos α =
1
2
Aplicação 16.
4 = 3
a) tg 
A = ; tgB
1. 3 4
a) x = 4 2  
b) tg A = 1; tgB = 1
b) x = 6 2
17. 14
2. Alternativa d
18.
2 3
3. Alternativa d a) tgα = 1; tg β = ; tg γ =
2 2
4. 14,4 b) a = 2

5. Alternativa c 19. Alternativa a

6. Alternativa b 20. h = m. Sim, é suficiente.

7. Alternativa d 21. Alternativa a

8. Alternativa b 22. 1

9. Alternativa a 23. x = 50

10. Alternativa a 24. Alternativa c

11. Alternativa e 25. Alternativa d

12. h = 20 26. Alternativa d

13. 27.
a) 0,545 e 0,545
 = 5 29 ;cos 
senA A=
2 29
b) 0,342 e 0,342
a) 29 29 c) 0,559 e 0,559
 2 29  5 29 d) 0,391 e 0,391
senB = ;cos B =
29 29 O ângulo é 72°.

28. 64,18 m
 = 2 ;cos 
senA A=
2
b) 2 2 29. α ≅ 22°
 = 2 ;cos B
senB = 2
2 2 30.
a) IV
b) I
14. c) II
C d) III
senB = 2 = 2 = senC
 e) V
2 2 2
31. Aproximadamente 1.526 m
2

2  = 2 = cos C
cos B 
2

2
32. 7,2

A 2 B 33. x = 17,88 m

314 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 314 20/09/2019 15:54:50 M

314

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 314 20/09/2019 16:33:10


34.
a) x = 6 9. AC = 6 7
b) área = 72
10. x = 4 6
35. x = 2 2
11.
36. Alternativa b a) d = 10,37
b) d = 12,52
37. d = 12,6
12. Alternativa b
38. d ≅ 9,6
13. Altura H = 11,5
39. Alternativa c
14. Alternativa e
40. Alternativa b
15. 7,2
41. x = 70
16. 4 7 ; 2 21
42. Alternativa c
17. 3
43. x = 132
18. Alternativa d
−3 + 17 '' −3 − 17
44. x ' = ;x =
2 2 19. Alternativa d

Matemática + 20. Alternativa b

1.
a) α = 30°
Espaço para cálculos
b) α = 45°
c) α = 60°
d) senα = 35°

2. x = 15 2 ou ≅ 21 m

3.
a) x = 50,52
b) h = 42 m

4. x = 13,3

5.
47 11
a) α = b) cosα =
6 2 12

11, 25 31
c) cos α = d) cosα =
15 32
6.
a) x = 4,91
b) x = 3,98

7. x ≅ 282

8. x ≅ 46,13

Caderno de respostas 315

:50 Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 315 20/09/2019 15:54:53

315

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 315 20/09/2019 16:33:11


c) x = 9,7
Capítulo 10 d) x = 4

Aplicação 17.
a) x = +4
1.
a) 18° b) PA = 4
b) 135°
PB = 15
c) 432°
d) 270° PC = 12
PD = 5
2.

a) x = 18. Alternativa c
12
19. Alternativa b

b) x =
5 20. Alternativa d
0, 5π
c) x = 21.
4 a) x = 75°
b) x = 30°
π
d) x =
180 22. x = 8
3.
a) 120° 23.
b) 180° a) x = 3
b) x = 3 10
4. x = 28,88 cm
24. x = −16
5. Alternativa b
25.
6. 8 h e 24 minutos a) x = 2
b) x = 22
7. x ≅ 6,5 c) x = 5

8. Alternativa a 26. BC = 0, 5R

9. Alternativa d 27. Alternativa d

10. Alternativa b 28. Alternativa c

11. R = 20; D = 40 29. Alternativa d

12. 72° 30. Alternativa a

13. Alternativa c 31. C = 43,96 cm

14. Alternativa b 32. Alternativa d

15. Alternativa b 33. A = k2

16. 34.
a) x = 11,25 a) x = 5
b) x = 3 b) x = 12

316 Caderno de respostas

Matematica_2020_9A_13_CdR.indd 316 20/09/2019 15:54:54 M

316

ME_Matemática_2020_9A_13.indd 316 20/09/2019 16:33:13


c) x1 = 3; x2 = 0
Capítulo 11
35. P(pot) = 375
Aplicação
36. r = 2a
1. 8 faces
37.
a) x = 2,76
b) x = 2
c) x = 2,9
d) x = 3,7
e) P = x − 2

38. Alternativa e

Matemática +
2. Alternativa a
1. Alternativa d
3. Alternativa e
2. Alternativa b
4. 3, 5 e 7
3. Alternativa e
5. Alternativa c
4. Alternativa b
6. Alternativa d
5. R = 8 m
7.
6. r = 16 a) At = 6 x 2 + 24 x + 8

7. h = 12 b) V = x 3 + 6 x 2 + 8 x

8. Alternativa b 8. h = 4 87

9. Alternativa c 9. Alternativa e

10. Alternativa e 10. Alternativa d

Espaço para cálculos 11. Alternativa a

12. Alternativa b

13. Lateral
a) Cima Frente

b) Cima Frente Lateral

14.

Caderno de respostas 317

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15.
Capítulo 12
Aplicação
5 cm 1. x = 10.000

2.
a) A 7ª rodada, com 10 gols
b) A última rodada, com 60 gols
5 cm c) 105 gols
d) 225 gols
5 cm
3. Tabela representativa de moradia de funcionários
Número de funcionários Local de moradia
AT = 6 . l2 → 6 . (5)2 → 6 . 25 = 150 cm2
270 Outro município
AT = (Área total) 490 Bairros nobres da capital
530 Bairros medianos da capital
16. Alternativa c 17. Alternativa e
1.040 Favelas da capital

18. Alternativa a
4.
19. a) R$ 300,00 de saldo credor
a) Al = 42 cm2 ; At = 54 cm2 ;V = 21 cm3 b) − R$ 100,00
4ª semana 350 de saldo devedor
3ª semana

b) Al = 20 cm2 ; At = 28 cm2 ;V = 10 cm3 300

c) Al = 753,6 cm2; At = 979,68 cm2; V = 2260,8 cm2 5.


a)
2ª semana 200
4ª semana1ª semana 350
150 3ª semana
20. V = 1.413 cm 3
300

21.
Self-services
0

200
a) O prisma de base quadrangular 2ª semana
1ª semana

b) ≅ 1, 2738 150

b) 350
Matemática + Self-services
300 0

250
1. r = 50 cm ou r = 0,5 m
200

2. Altura = 7 m 3. r = 3,99 cm 150

100
4. V = 84,78 cm3 5. Altura = 2 m 350
50

6. 192 cm3 7. 57.760 litros 0


300

8. 1.000 bolinhas 9. V = 50 m34ª semana c) 250


3ª semana
350

200
10. V = 21.952 cm3 300

150
11. a) V1 = 8 cm3; V2 = 64 cm3 b) 2ªVsemana
= 72 cm3 200
1ª semana
150 100
12. a) 125 m3 b) 1,728 cm3 c) 27 km3
d) 3,375 m3 50
Self-services
13. a) 40 m3 b) 18 m3 c) 3,5 m3 0 0

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350

300
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318 250

200

150

100
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6. 2. Falso
a) Entre a segunda e terceira hora
b) 80 km/h 3. O aluno precisa de 7 pontos para ser aprovado.
c) Entre a terceira e quinta hora
d) Velocidade e tempo 4. Alternativa c
e) Linear, pois é representada por uma linha.
f) Crescente entre a segunda e a terceira hora e 5. Alternativa c
descrecente entre a terceira e a quinta hora.
6. Alternativa e
7.
4ª semana 350
a) F b) F c) F d) F 3ª semana 7. Alternativa c
e) F f) V 300
g) F 8. Alternativa d

8. MA = 3 9.
200 a) 1992 a 1997
MP = 2, 27
2ª semana
1ª semana
b) 2465 e 177
ME = 3 150
c) 218,8
MO = 2 d) 92
e) 267,3
9.
a) Self-services 10. Alternativa e
0
11. Alternativa c

12.
a) 100 trabalhadores e cada trabalhador
b) 20 trabalhadores
b) Restaurantes = 42,85%; lanchonetes = 21,44% c) Massa corporal em quilograma/contínua
e self-service = 35,71% d) 3, 2, 3, 0

10. 350 13. Alternativa b


a) Moda: Candidato A: 30 a 50 anos. Candidato B:
20 a 30 anos. Indecisos;
300 50 a 80 anos 14. Alternativa d
Mediana: Candidato A: 30 a 50 anos. Candidato
B: 20 a 30 anos. Indecisos; 30 a 50 anos 15. Alternativa e
b) A = 84; B = 45,5 250
16. Alternativa b
11. Alternativas b, d e200
e

12. Alternativa a
Espaço para cálculos
150
13. Alternativa e

Matemática 100
+
1. 50
a) Não
b) Não
c) Não 0
d) Não
e) Sim
f) Sim
g) Não

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Espaço para cálculos

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