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14
Impulso e quantidade
de movimento
Paulo
E m testes de impacto como o da fotografia acima é visível a
M
anzi/Arquivo da e
importância do air bag na redução dos danos que uma co-
lisão pode causar no corpo, sobretudo no rosto e na cabeça.
Esta redução se deve principalmente ao intervalo de tempo em
ditor
que ocorre a deformação sofrida pelo air bag no momento da a
colisão. Segundo a Física, há uma relação fundamental entre dois
pares de grandezas, força e tempo, que estão diretamente rela-
cionadas a outro par, massa e velocidade. O primeiro par é o núcleo
da definição de impulso; o segundo, o núcleo da definição de quantida-
de de movimento, grandezas que guardam entre si uma relação simples,
mas de implicações extraordinárias para a compreensão da natureza.
♦ Na fotografia, teste
Em uma colisão como esta, para a mesma variação de velocidade, quanto maior de impacto frontal
o tempo de interação, menor a força média exercida entre os corpos que colidem; de um carro com um
assim, a deformação do air bag, por resultar no aumento do tempo de interação obstáculo realizado em
laboratório. No detalhe,
da colisão, reduz drasticamente a força média exercida pelo painel do carro no rosto representação (sem escala
do motorista e os danos provocados sobre ele. e em cores fantasia) do
efeito do impacto no
O estudo dessas novas grandezas — impulso e quantidade de movimento — motorista.
é o assunto deste capítulo.
205
1. Introdução
Sabemos, com base em nossa experiência diária, que empurrar um corpo
não é apenas exercer força sobre ele, mas exercer força durante certo intervalo de
tempo. Quanto maior o intervalo de tempo em que determinada força é exercida
sobre um corpo, maior será o efeito que ela produzirá em relação à velocidade
desse corpo. Veja a figura 14.1.
♦ Figura 14.1. Atletas em uma competição de bobsleigh — esporte de inverno em que equipes de atletas descem uma pista
num trenó em alta velocidade. Fotografias tiradas em Winterberg, Alemanha, em março de 2015.
♦ Figura 14.2.
Atuação de
um goleiro.
Para entender o significado físico das relações entre força, intervalo de tem-
po e o efeito por elas produzido num corpo de determinada massa e velocidade,
r r
vamos retomar a segunda lei de Newton, FR 5 ma . Observe a figura 14.3.
Banco de imagens/
Arquivo da editora
r r r
I F 5 p 2 p0
R
r r r
A diferença p 2 p0 é a variação de quantidade de movimento Δp do corpo sob
r
a ação do impulso da força resultante I FR . Logo:
r r
I F 5 Δp
R
r r r r r r r r
FR 5 ma ⇒ FR 5 m ? Dv ⇒ FR ? Δt 5 m ? Δv ⇒ I F 5 Δp
Dt R
F& F& r
v0& v& o módulo de p , quantidade de movimento no ins-
tante t 5 2,0 s, pela expressão:
t0 = 0 t = 2,0 s
IF 5 p 2 p0 ⇒ 2,0 5 p 2 1,0 ⇒ p 5 3,0 kg ? m/s
R
Sabendo que essa força é exercida até o instante
d) Como p 5 mv, obtemos o módulo da velocidade
t 5 2,0 s, determine, em módulo:
r neste instante:
a) o impulso da força F no intervalo de tempo de 0 s a
2,0 s. 3,0 5 0,50v ⇒ v 5 6,0 m/s
b) a quantidade de movimento inicial do bloco (t 5 0). Observações:
c) a quantidade de movimento do bloco no instante 1a) Nesse caso, por se tratar de uma situação muito
t 5 2,0 s. simples, não foi explicitado o referencial, mas o
d) a velocidade no instante t 5 2,0 s. sentido positivo — para a direita — está implícito.
resolução: 2a) É possível obter o módulo da velocidade do bloco
a) Sendo F 5 1,0 N e Δt 5 t 2 t0 5 2,0 2 0 5 2,0 s, o no instante t 5 2,0 s obtendo sua aceleração por
r
módulo do impulso da força F (IF) é: meio da segunda lei de Newton e, em seguida,
IF 5 F Δt ⇒ IF 5 1,0 ? 2,0 ⇒ aplicar a função da velocidade do MRUV (verifi-
⇒ IF 5 2,0 N ? s que!) — esta alternativa se deve à equivalência
b) Sendo m 5 0,50 kg e v0 5 2,0 m/s, temos: entre a segunda lei de Newton e a relação entre
p0 5 mv0 ⇒ p0 5 0,50 ? 2,0 ⇒ o impulso e a quantidade de movimento (teorema
⇒ p0 5 1,0 kg ? m/s do impulso).
ExErcíciOs
As respostas completas dos exercícios encontram-se no Manual do Professor.
r
1. Você aplica uma força F a determinado corpo duran- que essa força deixa de ser exercida no instante
te certo intervalo de tempo Δt, mas esse corpo não t 5 1,5 s, determine, em módulo:
se desloca. Houve impulso? Explique sua resposta. a) o impulso dessa força. IF 5 18 N ? s
Sim.
2. Uma força de atrito pode exercer impulso em um b) a variação de quantidade de movimento do bloco.
Δp 5 18 kg ? m/s
corpo? Dê exemplos. Sim. c) a velocidade do bloco no instante t 5 1,5 s.
v 5 14 m/s
3. A quantidade de movimento de um corpo depende 5. O trenó das competições de bobsleigh para quatro
do referencial? Dê exemplos. Sim. competidores tem massa 230 kg (reveja a figura
4. Um bloco de massa m 5 2,0 kg está sobre um plano 14.1). Sabe-se que, em média, os atletas correm
horizontal sem atrito e tem, no instante t 5 0, velo- durante 6,0 s em trajetória horizontal e retilínea an-
cidade paralela ao plano de módulo v0 5 5,0 m/s. tes de pular dentro do trenó, quando ele tem velo-
Nesse instante, passa a ser exercida sobre o bloco cidade de cerca de 40 km/h. Em tais condições, qual
uma força resultante constante de módulo F 5 12 N é o módulo da força resultante, suposta constante,
na mesma direção e sentido da velocidade. Sabendo exercida sobre o trenó nesse trajeto? FR 5 420 N
Ilustrações técnicas:
Banco de imagens/Arquivo da editora
F
A
♦ Figura 14.4. A “área sob a
t
curva” no gráfico F 3 t resulta
no impulso.
IF 5 A
Essa expressão é válida apenas para forças de módulo variável, pois a direção deve
manter-se constante. A direção do impulso é a direção da força. O sentido depende do
r
sinal da “área sob a curva”. Veja, por exemplo, o gráfico da figura 14.5. A força F muda
de sentido, em relação a determinado referencial, no instante t0. Daí em diante o módu-
lo do impulso calculado pela “área sob a curva” resulta precedido de sinal negativo.
t0 t (s)
0
♦ Figura 14.5. A “área sob a curva”
acima do eixo do tempo resulta em
impulso de sinal positivo, enquanto
abaixo do eixo do tempo o impulso
é negativo.
ExErcíciO rEsOlvidO
r
2. O módulo da força F varia com o tempo de acordo
F (N)
com o gráfico a seguir. Sabe-se que essa força tem 20
ExErcíciOs
r
6. O gráfico abaixo representa o módulo da força resul- 7. Uma força resultante F , cujo módulo varia com o
r
tante F em função do tempo. tempo de acordo com o gráfico abaixo, é exercida
sobre um corpo de massa m 5 2,0 kg, em repouso
F (N) no instante t 5 0.
150
F (N)
8,0
100 6,0
4,0
50
2,0
t (s)
t (s) 0 5,0 10 15 20 25 30 35
0 10 20 30 –2,0
–50 –4,0
ExErcíciOs rEsOlvidOs
3. Uma bola de massa m 5 0,20 kg choca-se perpen- Sendo a massa da bola m 5 0,20 kg e os módulos da
dicularmente contra uma parede e volta na mesma velocidade da bola v0 5 5,0 m/s, ao atingir a parede,
direção em sentido contrário. Ao atingir a parede, o e v 5 4,0 m/s, ao destacar-se da parede na volta,
módulo da velocidade da bola é 5,0 m/s; ao desta- os módulos das correspondentes quantidades de
car-se da parede na volta, é de 4,0 m/s. Determine: movimento da bola são:
a) o módulo do impulso exercido pela parede sobre p0 5 mv0 ⇒ p0 5 0,20 ? 5,0 ⇒ p0 5 1,0 kg ? m/s
a bola. p 5 mv ⇒ p 5 0,20 ? 4,0 ⇒ p 5 0,80 kg ? m/s
r r
b) o módulo médio da força F que a parede exerce Sendo IF o impulso da força exercida pela parede, da
sobre a bola, supondo que o tempo de interação expressão IF 5 p 2 p0 (em módulo — todos os veto-
entre a parede e a bola seja de 0,020 s. res têm a mesma direção) e atribuindo os sinais de
acordo com o referencial indicado na figura, temos:
c) o gráfico F 3 tempo durante a interação bo-
IF 5 p 2 (2p0) ⇒ IF 5 p 1 p0 ⇒ IF 5 0,80 1 1,0 ⇒
la-parede.
⇒ IF 5 1,8 N ? s
r
resolução: b) Sendo Δt 5 0,020 s e F a força exercida pela parede,
a) Representamos (sem escala e em cores fantasia) considerando F o módulo médio dessa força, temos:
nas figuras abaixo os instantes em que a bola se r r
IF 5 F Δt ⇒ IF 5 F Δt ⇒ 1,8 5 0,020 F ⇒
choca contra a parede (a) e em que ela abandona
1,8
⇒F5 ⇒ F 5 90 N
a parede na volta (b). 0,020
a b c) Como o módulo médio da força é F 5 90 N, o grá-
fico é uma reta paralela ao eixo t, no intervalo de
+ + 0 s a 0,020 s:
Paulo Manzi/Arquivo da editora
F . (N)
v0& v&
p0& p& 90 A’
t (s)
0 0,020
Observação: Neste item é possível esboçar também Veja a figura: estão representadas seM
escala e eM cores Fantasia.
⇒ FR 5 80 N
c) Durante o intervalo de tempo em que ocorre o
Admitindo que o tempo de interação entre o pacote r
impacto da força resultante FR , são exercidas duas
e o chão seja 0,20 s: r
forças sobre o pacote: a reação normal, N , variável,
a) determine o módulo do impulso resultante exer- r
exercida pelo chão, e o peso P , de módulo P 5 20 N.
cido sobre o pacote.
Veja a figura abaixo (as forças têm a mesma linha
b) determine o módulo médio da força resultante
de ação, mas foram representadas separadamen-
exercida sobre o pacote.
te para facilitar o entendimento):
c) determine o módulo médio da força de reação
exercida pelo chão sobre o pacote. r
N
d) se o pacote caísse num monte de palha, o que 1 r
FR
aconteceria com o módulo da força resultante
média exercida sobre ele?
(Adote g 5 10 m/s2 e despreze a resistência do ar.) r
P
resolução:
a) Lembrando o movimento de queda livre e aplicando
Considerando os módulos médios da força resul-
a equação v2 5 v20 2 2g (y 2 y0), conhecida como
tante e da força normal e o módulo do peso, de
“equação” de Torricelli, obtemos o módulo da velo-
acordo com o referencial adotado, podemos
cidade com que o pacote atinge o chão (y 5 0):
escrever:
v2 5 02 2 2 ? 10(0 2 3,2) ⇒ v2 5 64 ⇒ v 5 8,0 m/s
r
Chamando essa velocidade de v0 , velocidade do FR 5 N 2 P ⇒ 80 5 N 2 20 ⇒ N 5 100 N
pacote no início de sua interação com o chão, a d) Um monte de palha, ou qualquer coisa que amor-
quantidade de movimento inicial do pacote ao teça a queda do pacote, reduz o módulo médio da
r r
atingir o chão é p0 5 mv0. Como o pacote para ao força resultante exercida para freá-lo. Isso acon-
término da interação, sua velocidade final é nula tece porque o intervalo de tempo Δt em que ocor-
e, consequentemente, o módulo de sua quanti- re a interação aumenta. Para exemplificar, vamos
dade de movimento no final da interação é p 5 0. supor que o pacote caia no monte de palha da
Reprodução/<http://www/nating.com.br>
R R
⇒ FR 5 20 N
a
1 v0&
4. Conservação da
p0&
quantidade de movimento
3 2 Vamos supor que um asteroide de massa m percor-
r
ra uma região distante do espaço com velocidade v 0 em
v1& relação a determinado referencial e que nenhuma força
externa seja exercida sobre ele (figura 14.7.a). O asteroide
p1&
1 é, portanto, um sistema isolado cuja quantidade de
movimento é:
r r
p0 5 mv
0
SiStema iSolado
A rigor não existem sistemas isolados, mesmo nas regiões mais remotas do espaço. Todo corpo ou sistema de cor-
pos, por exemplo, na superfície da Terra, está sujeito, no mínimo, à ação gravitacional terrestre e, portanto, a forças exter-
nas. Ainda que incluíssemos a Terra no sistema, haveria a força externa da Lua. Se incluíssemos a Lua no sistema, haveria
forças externas do Sol e dos planetas, e assim por diante.
No entanto, como será visto a seguir, muitas vezes as forças externas se equilibram ou têm efeitos desprezíveis, por
isso a existência de sistemas isolados, na prática, é bastante frequente.
r r
p 5 p0
Se a resultante das forças externas exercidas em um sistema for nula, a Gwengoat/Getty Images
ExErcíciOs rEsOlvidOs
5. A mola da figura abaixo está comprimida por dois Observação: Pela indicação da figura fica claro que a
blocos, A e B, de massas mA 5 2,0 kg e mB 5 3,0 kg, mola não se desloca e se mantém em repouso depois
sobre um plano horizontal sem atrito, presa por um que os blocos se soltam. No entanto, ela faz parte do
fio. Quando o fio se rompe, o sistema é solto. Verifi- sistema e, se fosse lançada em algum sentido ou ficas-
ca-se que o bloco B adquire velocidade de módulo se presa a um dos blocos, também deveria ser incluída
vB 5 4,0 m/s. Determine o módulo da velocidade na soma das quantidades de movimento final.
adquirida pelo bloco A. 6. A figura a seguir representa esquematicamente um
+ pêndulo balístico, dispositivo experimental usado
Ilustrações técnicas: Banco de imagens/Arquivo da editora
resolução: α
junto para ao atingir o ponto B, e E p 5 (mp 1 mb)gh, bloco-projétil é de 10 J. Há, portanto, uma perda de
gB
ExErcíciOs As respostas completas dos exercícios conceituais contidos nesta sequência encontram-se no
Manual do Professor.
8. Dois copos de vidro idênticos caem da mesma altura, 11. Um astronauta no espaço está separado de sua nave.
batem no piso de uma sala do mesmo jeito e param Como ele pode se aproximar dela? Justifique sua res-
logo em seguida, mas só um deles se quebra; o outro posta. Livrando-se de algum objeto ou equipamento e
atirando-o no sentido contrário ao que pretende se mover.
não. Que hipóteses você pode levantar em relação
Reprodução/NASA
ao piso da sala e ao tempo de interação desses cho-
ques para explicar essa diferença? Justifique sua
resposta.
10. Na situação do carrinho e do tijolo, descrita na pá- ♦ Astronauta em atividade extraveicular durante a missão
gina 215, se, em vez de retirar o tijolo, ele fosse co- espacial STS-41-B em fevereiro de 1984.
locado, seria possível aplicar o princípio da conser- 12. Um barco a vela pode se mover com o vento produ-
vação da quantidade de movimento? Justifique sua zido por um ventilador colocado no próprio barco?
resposta. Sim. E se o barco não for a vela? Justifique sua resposta.
Sim; sim.
Ilustrações técnicas:
Banco de imagens/ Arquivo da editora
vA = 10 m/s vB = 2,0 m/s
franceses desde o fim da Era das Grandes Navegações
vA& vB&
até as Guerras Napoleônicas. Segundo algumas fon- A B
vp&
* BOUDrIOt, Jean; BErtI, Hubert. L’Artillerie de mer: marine française
1650-1850. paris: Éditions Ancre, 1992.
5. Colisões
Ali Ender Birer/Shutterstock
v ⬘B ⫺ vA⬘
e5
vA ⫺ vB
*O coeficiente de restituição é um número puro, pois é razão de unidades iguais e é sempre positivo.
ExErcíciOs rEsOlvidOs
7. Na figura abaixo está representada uma colisão fron- Neste caso, a esfera A para e a esfera B continua
tal de duas esferas, A e B, sobre um plano horizontal. o movimento no mesmo sentido com velocidade
vA& vB& maior do que a de antes do choque.
A B
Observação: Sempre vamos supor que, depois
da colisão, os corpos se movimentam no sentido
A esfera A tem massa mA 5 2,0 kg e velocidade
positivo do referencial. Dessa forma, os sinais
vA 5 4,0 m/s; esfera B tem massa mB 5 4,0 kg e ve-
obtidos para as velocidades indicam o sentido do
locidade vB 5 1,0 m/s. Determine a velocidade de
movimento de acordo com o referencial adotado.
cada esfera após o choque, supondo que a colisão seja:
8. Na situação representada na figura abaixo, o bloco 1
a) inelástica, de coeficiente de restituição e 5 0,50.
percorre uma pista horizontal com velocidade
b) elástica.
v1 5 10 m/s e se choca frontalmente com o bloco 2, em
resolução: repouso no ponto A. Depois do choque, o bloco 2 sobe
1 pela rampa até atingir o ponto B, onde para e volta.
vA& vB&
A B
Ilustrações: técnicas:
Banco de imagens/
Arquivo da editora
2
B
1 v1& 2
a) De acordo com o referencial indicado na figura aci-
ma e admitindo o sistema isolado, do princípio da A
De acordo com o referencial adotado, como as De acordo com o referencial indicado na figura acima
velocidades resultaram positivas, conclui-se que e admitindo o sistema isolado, do princípio da conser-
ambas as esferas continuam se movendo no vação da quantidade de movimento, p0 5 p, temos:
mesmo sentido. m1v1 1 m2v2 5 m1v’1 1 m2v’2
b) Neste caso, a equação (I) continua válida, pois re- Como os blocos são idênticos, as massas são iguais.
sulta das condições iniciais da colisão, que não se Sendo v1 5 10 m/s e v2 5 0, podemos escrever:
alteram. Contudo, como a colisão agora é elástica, mv1 5 mv’1 1 mv’2 ⇒ 10 5 v’1 1v’2 (I)
o coeficiente de restituição passa a ser e 5 1. Logo, Sendo a colisão elástica, o coeficiente de restituição
v⬘ ⫺ vA⬘ v⬘ ⫺ vA⬘
da expressão e 5 B , temos: é e 5 1. Da expressão e 5 B , temos:
vA ⫺ vB vA ⫺ vB
vB⬘ ⫺ vA⬘ v2⬘ ⫺v1⬘ v⬘ ⫺ v1⬘
15 ⇒ v’B 2v’A 5 3,0 m/s (III) e5 ⇒15 2 ⇒ v’22v’1 5 10 m/s (II)
vA ⫺ vB v2 ⫺ v1 10 ⫺ 0
De (I) e (III), obtemos: De (I) e (II), obtemos:
v’A 5 0 m/s e v’B 5 30,0 m/s v’1 5 0 m/s e v’2 5 10 m/s
2
com o bloco 1 que permaneceu parado em A em 2
2
ExErcíciOs
Veja as respostas dos exercícios 18, 19 e 20 no Manual do Professor.
18. A figura abaixo representa a colisão frontal de duas a) inelástica, cujo coeficiente de restituição é
esferas, A e B, de massas mA 5 0,20 kg e mB 5 0,10 kg, e 5 0,50;
com velocidades de módulos vA 5 12 m/s e b) elástica.
vB 5 8,0 m/s, sobre um plano horizontal.
20. Na situação representada na figura abaixo, o bloco 1
r
vA& vB&
percorre uma pista horizontal com velocidade v 1 e se
A B choca frontalmente com o bloco 2, em repouso no
ponto A. Depois do choque, o bloco 2 sobe pela ram-
pa até atingir o ponto B, a 0,20 m de altura em relação
Determine a velocidade de cada esfera depois de
à horizontal, onde para e volta.
uma colisão:
a) inelástica, cujo coeficiente de restituição é
2
h 5 0,20 m
e 5 0,50;
B
b) elástica.
v1&
19. A figura a seguir representa a colisão frontal de duas 1 2
Etapa I Etapa II
Energia
Turbina e Gases de
elétrica Vapor
gerador exaustão
secundária
Energia
elétrica Gerador
primária a diesel
Atleta atinge certa altura. Atleta cai em um colchão.
c) liberada na queima de um palito de fósforo. Adaptado de: Inovação tecnológica. Disponível em:
<www.inovacaotecnologica.com.br>. Acesso em: 22 jul. 2010.
d) gerada nos reatores das usinas nucleares.
A explicação para a necessidade do uso da engrena-
X e) acumulada em uma mola comprimida.
gem com trava é:
5. (Fuvest-SP) Um gavião avista, abaixo dele, um melro
a) O travamento do motor, para que ele não se solte
e, para apanhá-lo, passa a voar verticalmente, con-
aleatoriamente.
seguindo agarrá-lo. Imediatamente antes do instan-
b) A seleção da velocidade, controlada pela pressão
te em que o gavião, de massa MG 5 300 g, agarra o
nos dentes da engrenagem.
melro, de massa MM 5 100 g, as velocidades do gavião
c) O controle do sentido da velocidade tangencial,
e do melro são, respectivamente, VG 5 80 km/h na
permitindo, inclusive, uma fácil leitura do seu valor.
direção vertical, para baixo, e VM 5 24 km/h na direção
X d) A determinação do movimento, devido ao caráter
horizontal, para a direita, como ilustra a figura a seguir.
vG
aleatório, cuja tendência é o equilíbrio.
Ilustrações técnicas: Banco de imagens/Arquivo da editora
perfil está representado na figura abaixo. O trecho Considerando que o rendimento mecânico do corpo
horizontal AB está a uma altura h 5 2,4 m em relação humano seja da ordem de 25%, ou seja, que um quar-
ao trecho, também horizontal, CD. O esqueitista per- to da energia química ingerida na forma de alimentos
corre a pista no sentido de A para D. No trecho AB, ele seja utilizada para realizar um trabalho mecânico
está com velocidade constante, de módulo v 5 4 m/s; externo por meio da contração e expansão de mús-
em seguida, desce a rampa BC, percorre o trecho CD, culos, para repor exatamente a quantidade de ener-
o mais baixo da pista, e sobe a outra rampa até atingir gia gasta por essa pessoa em sua atividade física,
uma altura máxima H, em relação a CD. A velocidade ela deverá ingerir 4 porções de:
do esqueitista no trecho CD e a altura máxima H são, X a) castanha-de-caju d) pizza de muçarela
respectivamente, iguais a: b) batata frita e) espaguete
(Adote g 5 10 m/s²; desconsidere os efeitos dissi- c) chocolate
pativos e os movimentos do esqueitista em relação 12. (Ufam) Uma mesa de 10 kg é arrastada em linha reta
ao esqueite.) numa superfície horizontal sob a influência de uma
força, cuja intensidade varia com a posição da forma
A B indicada na figura a seguir. O trabalho (em joules)
H
exercido pela força quando a mesa se desloca da ori-
h
gem até o ponto x 5 10 m vale:
F (N)
C D
15
de converter em energia elétrica a energia potencial 15. (Ufam) Uma rã com 50 g de massa está parada sobre
gravitacional da água), constitui-se numa alternativa um pedaço de tábua com 1,00 m de comprimento e
de produção de energia de baixo impacto ambiental. 1,00 kg de massa, flutuando em repouso na superfí-
Um sistema desse tipo encontra-se em funciona- cie de um lago de águas paradas. Em dado instante,
mento na localidade de La Rance, França, desde a rã salta com o vetor velocidade de seu centro de
1966, com capacidade instalada de 240 megawatts. massa formando um ângulo de 60o com a tábua, que
As figuras abaixo mostram, esquematicamente, um recua com velocidade de 10 cm/s.
corte transversal da barragem de um sistema maré- Podemos afirmar que o módulo do vetor velocidade
-motriz, em quatro situações distintas, evidencian- da rã ao saltar vale:
do os níveis da água, nos dois lados da represa a) 0,1 m/s v&
X d) 4,0 m/s
oceano rio
e) 40 m/s
prOblEmas
16. (PUC-RJ) Um objeto, de massa m 5 2,0 kg, é acelerado
até atingir a velocidade v 5 6,0 m/s sobre um plano
I 2 Maré baixa horizontal sem atrito. Ele se prepara para fazer a ma-
nobra de passar pelo aro (loop) de raio R 5 2,0 m. A
oceano rio região após o aro possui um coeficiente de atrito
cinético igual a 0,30. Considere g 5 10 m/s² e
despreze a resistência do ar.
g
Banco de imagens/
Arquivo da editora
II 2 Maré enchente v
oceano rio
a) O objeto acima conseguirá realizar o loop? Justi-
fique sua resposta. a) Não. Veja a resposta no
Manual do Professor.
b) Calcule a velocidade inicial mínima que o objeto deve
possuir de modo que faça o loop com segurança.
v 5 10,0 m/s
c) Dado um objeto que tenha a velocidade mínima
calculada no item b, qual seria a distância que ele
III 2 Maré alta percorreria após passar pelo aro? d 5 17 m
ração da gravidade o valor g . Calcule o módulo da a) Colisão inelástica, porque os corpos se mantêm
juntos após a colisão.
velocidade horizontal mínima com que a rolha de A figura acima ilustra as situações descritas no texto.
massa m deve sair do tubo aquecido para que ele Considere que a massa do patinador é igual a 60 kg
atinja a altura de seu ponto de suspensão. M 2gL e a da patinadora é igual a 40 kg e que, para executar
m
Ilustrações: Paulo Manzi/Arquivo da editora
k
oc
st
tin
La
is/
rb
Co
nn/
articular/Bettma
Observe a imagem acima. Você sabe do que se trata? É a fotografia de uma lo-
comotiva a vapor do século XIX. Esta foi uma das maiores inovações nos meios de
transporte da História. Por esse motivo ela é símbolo de uma importante inovação
♦ Retrato de James Watt, de
Carl Frederik von Breda, tecnológica que desencadeou uma série de mudanças econômicas e sociais na Eu-
(1759-1818). Gravura. ropa dos séculos XVIII e XIX, alterando os rumos da História mundial a partir de então.
Coleção particular. National
Portrait Gallery, Londres, Estamos falando da máquina a vapor, invenção que deu impulso à Revolução Industrial.
Inglaterra. As primeiras máquinas térmicas surgiram no fim do século XVII, mas elas só
se tornaram economicamente viáveis pouco mais de sessenta anos depois, graças,
as iMagens desta página não estão
representadas eM proporção. sobretudo, a alguns dispositivos criados pelo engenheiro e mecânico escocês James
Watt (1736-1819). Foi por seu notável trabalho que a unidade de potência do SI,
razão entre energia (ou trabalho) e tempo, recebeu seu nome, como vimos no
♦ Uma das máquinas a vapor
construída por Watt. Capítulo 11.
Nascido em Greenock, na Escócia, filho de um
Jean-Loup Chamet/SPL/Latinstock