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Resumo DE Física 11º ANO D1SD2 Aepbs 2021

Física e Química A (Ensino Médio - Portugal)

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FQA 11º ANO RESUMO TEÓRICO


COMPONENTE DE FÍSICA

DOMÍNIO 1: MECÂNICA
Subdomínio 2: Interações e seus efeitos

2.1. Interações fundamentais na Natureza


!"
Uma força é o resultado de uma interação entre dois corpos. Representa-se por F , sendo a unidade no SI o
newton, N. Como resultado dessa interação, a força exercida por um dos corpos provoca uma ação sobre o outro
que pode influenciar o estado de repouso ou de movimento do corpo. Se o corpo não se mover livremente, a
ação de uma força num corpo poderá provocar-lhe uma deformação.

As forças são grandezas vetoriais com:


- direção: a da reta segundo a qual a força atua.
- sentido: que indica a orientação da força numa dada
direção.
- intensidade: que indica o módulo da força e corresponde à
norma do
vetor, acompanhado da respetiva unidade.
- ponto de aplicação.
!"
A força resultante ( F R ) de um sistema de forças consiste numa força única, capaz de produzir um efeito
equivalente ao das várias forças aplicadas ao corpo. Como as forças se comportam como vetores, deve aplicar-
se as regras da soma vetorial para obter a força resultante sobre o corpo.

Os físicos explicam todas as interações observadas na Natureza através de quatro interações fundamentais:

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2.2. Interação gravítica e Terceira Lei de Newton


Lei da Gravitação Universal

De acordo com a Lei da Gravitação Universal, da interação entre dois corpos com massa resulta a aplicação de
uma força gravítica atrativa cuja intensidade é diretamente proporcional ao produto das suas massas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas:

m1 m2
Fg = G
d2
Terceira Lei de Newton

!"
Quando dois corpos A e B interagem entre si, o corpo A exerce sobre o corpo B uma força, F A/B , e o corpo B
!"
exerce uma força sobre o corpo A, F B/A , com a mesma intensidade e direção, mas com sentido oposto:

𝐹⃗!/# = −𝐹⃗#/!

Este enunciado traduz a Terceira Lei de Newton ou Lei do Par Ação-Reação.

As forças que constituem o par ação-reação nunca se anulam por estarem aplicadas em corpos diferentes.

A força gravítica que a Terra ou qualquer outro astro exerce sobre um corpo, devido à interação gravitacional
com esse corpo, é também designada por peso.

O par ação-reação do peso do corpo encontra-se aplicado no centro do planeta.

Embora o peso dependa do planeta em que o corpo se encontra, a massa é uma propriedade intrínseca do
corpo que está relacionada com a quantidade de matéria.
Estas grandezas relacionam-se através da expressão:

Fg = m g

O movimento vertical de um corpo, próximo da superfície da Terra, apenas sujeito à força gravítica, é designado
queda livre. O corpo que realiza esse movimento é referido como grave.

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2.3. Efeito das forças sobre a velocidade


A atuação de uma força num corpo provoca a alteração do seu estado de repouso ou de movimento, por variação
da intensidade e/ou direção da velocidade.

Se a força aplicada tiver a direção da velocidade de um corpo, apenas o módulo da velocidade varia. Nesse
caso, o movimento do corpo é retilíneo:
• acelerado, se a força tiver o sentido da velocidade;
• retardado, se a força tiver sentido contrário à velocidade.

Carrinho de brincar em movimento com íman acoplado (A) sujeito à ação de um segundo íman que o atrai (B) ou que o repele (C).

Quando a direção da força aplicada e a da velocidade não são as mesmas pode decompor-se a força segundo
duas direções perpendiculares: a direção da velocidade, tangente à trajetória e frequentemente associada ao
eixo Ox, e a direção normal associada ao eixo Oy.

• A componente de uma força que atua num corpo segundo a direção da velocidade provoca uma alteração
no módulo da velocidade, aumentando-o ou diminuindo-o. Se esta componente for nula o módulo da velocidade
permanece constante, logo o movimento será uniforme.

• A componente de uma força que atua num corpo segundo a direção perpendicular à velocidade provoca
uma alteração na direção da velocidade. Se esta componente for nula, a direção da velocidade permanece
constante e a trajetória é retilínea.

Se a força aplicada tem apenas a Se a força aplicada possui Se a força aplicada tem apenas a
componente na direção perpendicular à componente na direção da componente na direção da velocidade,
velocidade, altera-se a direção mas o velocidade e perpendicular a altera--se o módulo da velocidade mas
módulo da velocidade permanece esta, a velocidade varia em a direção permanece constante e a
constante, logo o movimento é uniforme. módulo e em direção. trajetória é retilínea.

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2.4. Aceleração

!
A aceleração média ( a m ) define-se como a variação da velocidade de um corpo num determinado intervalo de
tempo. É uma grandeza física vetorial e exprime-se, no SI, em m s–2.
!
! Dv
am =
Dt
A componente escalar da aceleração média é dada pela expressão:
Dv
am =
Dt
A aceleração instantânea, ou simplesmente aceleração, é o vetor para o qual a aceleração média tende num
intervalo de tempo infinitamente pequeno, e traduz o modo como varia instantaneamente a velocidade.
Num gráfico v = f(t):

• a componente escalar da aceleração média do Um movimento diz-se uniformemente variado se


corpo com movimento retilíneo corresponde ao a velocidade varia linearmente com o tempo, ou
declive da reta secante que passa nos pontos do seja, se a aceleração é constante.
intervalo de tempo considerado; Se a aceleração é constante, num dado intervalo
• a componente escalar da aceleração num de tempo, é igual à aceleração média nesse
determinado instante, corresponde ao declive da intervalo de tempo.
reta tangente à curva nesse instante.

A aceleração gravítica é a aceleração a que estão


sujeitos os corpos em queda livre, em que apenas atua a
força gravítica.

Um corpo com movimento curvilíneo está sempre


sujeito a uma aceleração. Como a velocidade muda
constantemente de direção, além de poder variar também
em módulo, o corpo possui uma aceleração numa direção
diferente da velocidade em cada instante.

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Um corpo com movimento retilíneo pode não estar sujeito a aceleração se o módulo da velocidade não variar,
como acontece com o movimento uniforme. Se existe aceleração, a sua direção será sempre coincidente com a
direção da velocidade em cada instante.

Aceleração de um veículo, segundo uma trajetória retilínea, com movimento uniforme (A) e com velocidade variável (B).

RELAÇÃO ENTRE v E a NOS MOVIMENTOS RETILÍNEOS VARIADOS


MOVIMENTO ACELERADO MOVIMENTO RETARDADO
• no sentido positivo: v > 0 e a > 0; • no sentido positivo: v > 0 e a < 0;
• no sentido negativo: v < 0 e a < 0; • no sentido negativo: v < 0 e a > 0;
• |v| aumenta ao longo do tempo; • |v| diminui ao longo do tempo;
! !
• v e 𝑎⃗ têm a mesma direção e sentido. • v e 𝑎⃗ têm a mesma direção mas sentidos opostos.

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2.5. Segunda Lei de Newton


A Segunda Lei de Newton ou Lei Fundamental da Dinâmica diz que a força resultante aplicada sobre
um corpo é diretamente proporcional à aceleração por ele adquirida, sendo a constante de
proporcionalidade igual à massa do corpo.
!" "
FR =ma
!" !
F R e a têm a mesma direção e o mesmo sentido em cada instante, e variam de forma proporcional.

A linha do gráfico FR = f(a) é uma reta que passa na origem, o que traduz a proporcionalidade direta existente
entre estas grandezas, em que o declive corresponde à massa do corpo.

B
EXEMPLO
Considere um corpo A de massa m e um corpo B de massa 2 m:

- Como o declive da reta do gráfico FR = f(a) corresponde à


massa do corpo, a reta correspondente ao corpo B terá o dobro
do declive da reta correspondente ao corpo A.

- Aplicando forças de igual intensidade, nos dois corpos, verifica-


se que o corpo A adquire o dobro da aceleração do corpo B.

A forma dos gráficos da intensidade da força resultante em função do tempo (A) e da aceleração adquirida em
função do tempo (B) são semelhantes e proporcionais.

!" !"
Quando uma força F constante é Se a força F constante tem a
aplicada na direção e sentido da mesma direção mas sentido
velocidade inicial, o corpo fica oposto à velocidade inicial, o
sujeito a uma aceleração corpo fica sujeito a uma
constante na mesma direção e aceleração constante no sentido
sentido da velocidade, adquirindo oposto à velocidade, adquirindo
um movimento retilíneo um movimento retilíneo
uniformemente acelerado. uniformemente retardado.

Um corpo em queda livre à superfície da Terra, está sujeito a uma aceleração gravítica de módulo 10 m s-2
pois, de acordo com a Segunda Lei de Newton e com a Lei da Gravitação Universal:

FR = ma Û FR = Fg , então, m g = m a Û a = g
m mT m
FR = Fg Û m a = G 2
Û a = g = G 2T Û a = g » 10 m s-2
d d

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2.6. Primeira Lei de Newton


De acordo com a Segunda Lei de Newton, se a resultante as forças que atua no corpo é nula, a aceleração
também seria nula e a velocidade do corpo seria constante:
!" "
F R = ma
!" " " " "
F R = 0 Þ a = 0 Þ v = constante

Estas conclusões permitem enunciar a Primeira Lei de Newton ou Lei da Inércia: se a força resultante que atua
!" "
num corpo é nula, ( F R = 0), a velocidade mantém-se constante em direção, sentido e módulo. Assim, um corpo
em repouso permanece em repouso, e um corpo em movimento apresenta movimento retilíneo uniforme.

A resistência que um corpo oferece à variação da velocidade é designada de inércia e é tanto maior quanto
maior for a massa do corpo.

A lei da Inércia permite explicar situações que acontecem diariamente, como as alterações de movimentos numa
viagem.

EXEMPLO

Quando um autocarro trava, o passageiro que viaja em pé sente o seu corpo a ser projetado para a parte
da frente do veículo na tentativa de manter a velocidade que tinha instantes antes. Quando o autocarro
acelera, o passageiro é projetado para trás porque tende a manter uma velocidade de módulo inferior à
que o autocarro possui nesse instante.

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