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Resumo de Físico-Química 11º Ano

Maria Antunes nº12 11ºA

2. INTERAÇÕES E SEUS EFEITOS


A variação da velocidade de um corpo durante o movimento resulta da aplicação
de forças. Pode, então, concluir-se que as 3 grandezas vetoriais (F, v e a), estão
intrinsecamente interligadas.
- Segunda Lei de Newton
A aplicação de uma força a uma caixa de
massa m, inicialmente em repouso, sobre uma
superfície horizontal, altera-lhe o estado de
repouso. Desprezando o atrito de contacto
entre a caixa e a superfície adquire movimento
acelerado com um determinado módulo de
aceleração.
Aplicando a mesma força a uma caixa com o dobro da massa, 2m, esta mover-se-
ia com uma aceleração de menor módulo. Se a uma caixa, com igual massa, fosse
aplicada uma força com metade de intensidade, esta apresentaria uma aceleração de
menor módulo.
Ao analisar um gráfico:
- um corpo com dobro da massa de outro sujeito à mesma intensidade de
resultante das forças adquire metade do módulo de aceleração, o que se traduz
graficamente numa reta com o dobro do declive;
- para que corpos com massas diferentes adquiram o mesmo módulo de
aceleração, sendo a massa de um deles o dobro do outro, a intensidade da resultante
de forças também deverá ser dobro.
A intensidade da resultante das forças aplicadas sobre um corpo é diretamente
proporcional ao módulo da aceleração por ele adquirida, sendo constante de
proporcionalidade igual à massa do corpo.

- Se Fr tiver a mesma direção e sentido do movimento, a aceleração também terá


o mesmo sentido e direção que o movimento, logo, o módulo da velocidade vai
aumentar linearmente: MRUA
- Se Fr tiver a mesma direção mas sentido oposto, a aceleração também terá as
mesmas características, logo, o módulo da velocidade vai diminuir linearmente: MRUR
Nota:
+ Lei de Gravitação Universal

- Primeira Lei de Newton


Se a resultante das forças que atuam sobre um corpo é
nula, o corpo mantém o seu estado de repouso ou de
movimento retilíneo uniforme (MRU).
Um corpo em repouso ou em movimento tende a manter o
seu estado de repouso ou de velocidade, a menos que uma
resultante das forças externa atue sobre ele.
A capacidade de um corpo para resistir às alterações do seu estado de
movimento ou de repouso é uma propriedade de toda a matéria, designada de Inércia:
quanto maior a massa, maior será a inércia desse corpo – LEI DA INÉRCIA.

3. FORÇAS E MOVIMENTOS
+ Movimentos Retilíneos
- Movimento uniformemente variado na queda livre
O movimento vertical de um corpo que se move nas
proximidades da superfície da Terra sob a influência única
da força gravítica é designado de queda livre.
- Os corpos em queda livre têm todos a mesma
aceleração independentemente das suas massas.
Sendo o gráfico velocidade-tempo um segmento de reta, a
dependência de v com a variável independente t pode ser traduzida por uma equação de
primeiro grau do tipo y=mx+b, em que a ordenada de origem b corresponde à componente
escalar da velocidade inicial, v0, e o declive m coincide com a componente escalar da
aceleração, a, pelo que:
+ é válida para todos os movimentos retilíneos uniformemente variados (tem aceleração
constante) porque a resultante das forças sobre ele aplicadas é também constante;

+ permite determinar a componente escalar da velocidade, v, de um corpo em qualquer


instante, t, desde que sejam conhecidos os valores de v0 e a;

+ tem, na queda livre, uma componente escalar da aceleração positiva se o sentido


positivo do referencial é descendente ou negativa se o sentido do referencial é ascendente,
uma vez que a aceleração gravítica aponta sempre para o centro da terra;

+ é equivalente à expressão a=^v/^t pois, tratando-se de um movimento


uniformemente variado, a aceleração é constante e igual à aceleração média.

Como era de prever, durante a subida, como a força gravítica e a aceleração gravítica têm
sentido contrário ao da velocidade, o módulo da velocidade diminui linearmente com o tempo,
até se anular no instante em que o corpo atinge a altura máxima (movimento retilíneo
uniformemente retardado no sentido positivo).

Como a força gravítica e a aceleração gravítica são sempre constantes, em módulo,


direção e sentido, uma vez atingida a altura máxima a esfera inverte sentido e retoma o
movimento, mas no sentido da força aplicada.

Já na descida, a força gravítica e a aceleração gravítica têm o mesmo sentido da


velocidade pelo que o módulo da velocidade passa a aumentar linearmente com o tempo à
medida que o corpo desce (movimento retilíneo uniformemente acelerado no sentido
negativo), adquirindo o mesmo módulo da velocidade com que foi lançado quando atinge o
ponto de partida.
v
Fg
g
O movimento de queda livre também pode ser analisado do ponto de vista energético
chegando-se à mesma conclusão. Estando o corpo sujeito apenas à ação da força gravítica, há
conservação de energia mecânica.

Sempre que o grave ocupa uma dada posição, na subida e na descida, sendo a altura
coincidente, tem a mesma energia potencial gravítica. Sendo a soma da energia cinética com a
energia potencial gravítica constante, a energia cinética também será a mesma na subida e na
descida.
Assim, a velocidade com que o grave atinge o ponto de partida é igual em módulo, mas
com sentido oposto, à velocidade com que foi lançado para cima.

A equação da curva de ajuste do gráfico posição-tempo para este tipo de movimento,


uniformemente retardado na subida e uniformemente acelerado na descida, é, por isso, uma
função de segundo grau, simétrica em relação ao instante em que ocorre a inversão:

Desprezando a resistência do ar, o tempo de queda de corpos, com as mesmas


condições iniciais, é independente da massa e da forma dos corpos.

- Movimento uniformemente variado no plano horizontal e no plano inclinado


Estas equações permitem concluir que o gráfico posição-tempo será uma parábola e o
gráfico velocidade-tempo será uma reta. Os valores para x0, v0, e a aceleração, a, podem ser
positivos ou negativos consoante a origem e o sentido convencionado como positivo para o
referencial:

- Movimento uniforme

Como a=0 8nula, então: x=x0+vt


+ Queda livre com efeito de resistência do ar não desprezável
A resistência do ar é uma força que atua no sentido contrário ao movimento e que tem
uma intensidade significativa quando um corpo cai com velocidade de módulo elevado,
quando apresenta uma grande superfície ou quando não tem uma forma compacta.

+ A - No momento em que o paraquedista salta do avião, fica sujeito à força gravítica e


dá-se o início do seu movimento de queda. Nesse instante a aceleração coincide com a
aceleração gravítica. De seguida, está sujeito à ação da resistência do ar, além da força
gravítica, pelo que o módulo da aceleração é menor do que o módulo da aceleração gravítica.
Como a intensidade da força gravítica é superior à intensidade da resistência do ar, a resultante
das forças tem o sentido do movimento e a velocidade vai aumentando em módulo.

Contudo, à medida que o módulo da velocidade aumenta, o módulo da resistência do ar


também aumenta, o que diminui a intensidade da resultante das forças e, consequentemente,
o módulo da aceleração. Embora a intensidade da resultante das forças seja cada vez menor,
continua a ser aplicada no sentido do movimento pelo que o módulo da velocidade continua a
aumentar, mas cada vez mais lentamente - movimento retilíneo acelerado.

+ B - A intensidade da resistência do ar torna-se igual à intensidade da força gravítica. As


duas forças têm a mesma direção, a mesma intensidade, mas sentidos opostos. Nesse
momento, em que a resultante das forças é nula, de acordo com a Primeira Lei de Newton, o
paraquedista mantém a velocidade constante, passando a deslocar-se com movimento
retilíneo uniforme - diz-se que o paraquedista atingiu a primeira velocidade terminal.

+ C - Ao abrir o paraquedas, há um aumento abrupto da intensidade da resistência do ar.


A resultante das forças passa a ter sentido oposto ao do movimento e, por conseguinte, a
componente escalar da velocidade diminui rapidamente. Com a diminuição do módulo da
velocidade, a resistência do ar também diminui. Dessa forma há uma diminuição da
intensidade da resultante das forças e do módulo da aceleração e a componente escalar da
velocidade diminui cada vez mais lentamente - movimento retilíneo retardado.

+ D - A intensidade da resistência do ar diminuiu ao ponto de se igualar novamente à


intensidade da força gravítica. A partir desse momento, o paraquedista alcança uma velocidade
constante relativamente pequena, movimento retilíneo uniforme, o que lhe permite aterrar em
segurança - atingiu a segunda velocidade terminal.

10ºANO

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