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Tema A: Redução dos sistemas de forças

 Estática na Engenharia Civil


 Momento de uma força respeito a um ponto no plano e no espaço.
 Equações da estática e tipos de ligaduras
 Determinação do grão de hiperasticidade

Introdução a estática na engenharia civil

A estática é uma parte da física que realiza estudos sobre as condições com que
ocorre o equilíbrio dos sólidos e das partículas.( cuerpos en reposo o movimiento
rectilíneo uniforme)

A estática é uma parte da física inserida dentro da Mecânica que realiza estudos
nos corpos que não se movem. Essa falta de movimento trata-se de um caso
especial, em que a aceleração é nula.

Mas como isso é possível? Segundo as Leis de Newton esta é uma situação de
equilíbrio de todas as forças que estão atuando sobre um corpo. Assim, ao fazer a
soma vetorial de todas elas o resultado é nulo.

O estudo da estática tem grande importância principalmente nas construções.


Podemos tomar como exemplo a construção de um prédio. Ele sofrerá a força do
peso da própria massa, dos moveis em seu interior e das pessoas que o ocupam.
Além disso, existem as forças externas como chuva e carga do vento.

O solo e as fundações do prédio devem absorver todas essas forças e exercer


reações para que ele se mantenha de pé e parado. Se for feita a soma vetorial ela
se apresenta nula.

Condições de equilíbrio

Na estática existem três pontos de equilíbrio que são: equilíbrio estável, equilíbrio
instável e equilíbrio indiferente.

Equilíbrio estável

Perturbações podem acontecer, mas as forças que o sistema possui fazem com que
o corpo volte ao seu estado de equilíbrio.

Equilíbrio instável

Este é o contrario do equilibrio estável, já que, se houver alguma perturbação, o


estado de equilíbrio chega ao fim. Isso acontece quando uma das forças que estava
em equilíbrio se sobrepõe às demais e por causa disso o sistema acaba ficando
desequilibrado.

Equilíbrio indiferente

Nesse caso, não importa o que aconteça, pois o estado de inércia que foi assumido
será mantido.

Somando as forças

O que é a força? Ela se origina da mescla da mescla entre aceleração e massa.


Para saber se o corpo realmente está estático e em qual tipo de equilíbrio ele se
encontra é preciso fazer um cálculo. Para isso basta somar todas as forças e
verificar se o resultado é igual a zero.

Se o resultado dessa soma for nulo quer dizer que o corpo encontra-se no seu
estado inicial. Isso quer dizer que se um corpo estava em movimento no início sua
velocidade é constante. Caso estivesse parado significa que ele continua parado.

Tipos de equilíbrio

A estática estuda os corpos que estão em equilíbrio. Levando em consideração isso


podemos dizer que existem dois tipos de equilíbrio: equilíbrio de ponto material e
equilíbrio de corpos rígidos.

Equilíbrio de ponto material

O equilíbrio de ponto material é definido quando o ponto material trata-se de


qualquer corpo cujas dimensões não causam qualquer tipo de interferência no
resultado final. Isto é, o corpo é tão pequeno que as dimensões que o mesmo
possui não pode alterar o resultado.

Para que o equilíbrio desse ponto material seja encontrado é preciso fazer a soma
vetorial das forças que atuam no mesmo e que o resultado seja totalmente nulo.

Equilíbrio de corpos rígidos

A dimensão que o corpo possui é muito importante e por isso não pode ser
ignorada. Por esse motivo os movimentos de rotação precisam ser analisados. Se
as forças forem geradas de um mesmo módulo sua resultante será nula.

Mas apenas isso não é o suficiente para conseguir alcançar o equilíbrio já que há
uma tendência de giro que é a força.
Momento de uma força respeito a um ponto no plano e no espaço

Momento de uma força, também conhecido como torque, é a medida de


quanto uma força que age em um objeto faz com que ele gire.

Quando temos um corpo sujeito à ação de forças de resultante não nula, o corpo pode
adquirir tanto movimento de rotação quanto movimento de translação, isso ocorrendo
ao mesmo tempo. Sendo assim, podemos definir o momento de uma força como
sendo uma grandeza associada ao fato de uma força fazer com que um corpo (ou
objeto) gire.

Vamos considerar a figura acima, onde o objeto está sujeito à ação de duas forças.
O ponto P na figura é chamado de polo e foi determinado aleatoriamente. Definimos
momento de uma força em relação a um polo como sendo o produto da força (em
módulo, isto é, considerando o valor positivo independentemente se o objeto gira no
sentido horário ou anti-horário) pela distância entre o polo e o ponto de aplicação da
força (ou linha de ação da força aplicada).

O sinal adotado associa-se ao momento de cada força a fim de identificar se a força


provoca no corpo um giro (rotação) no sentido horário ou no sentido anti-horário.
Sendo assim, tomando como base a figura acima, vemos que a linha de ação de F 1
está a uma distância d1 do polo e a linha de ação de F2 está a uma distância d2 do
polo. Definimos o momento das forças F1 e F2 da seguinte maneira:

M1=+F1.d1 sen θ e M2=-F2.d2 sen θ

Na situação descrita usamos o sinal positivo para a tendência que o objeto tem de
girar no sentido anti-horário e o sinal negativo é usado para representar que o objeto
tende a girar no sentido horário. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade
de medida que caracteriza o momento de uma força é newton x metro (N.m).
F – newton (N)
d – metro (m)
M – newton x metro – N.m

Momento de Uma Força em relação a um Ponto no plano

O momento de uma força em relação a um ponto pode ser determinado através da


aplicação das regras de produto vetorial. A regra do produto vetorial para o cálculo de
momentos geralmente é aplicada para sistemas em três dimensões.

Teorema de Varignon ( Princípio dos Momentos ) •O teorema estabelece que o


momento de uma força em relação a um ponto é igual a soma dos momentos dos
componentes das forças em relação ao mesmo ponto.
Momento de Uma Força em relação a um Ponto no Espaço

Imagine um paralelogramo com uma força aplicada em um dos seus lados, assim:

Momento vetorial

Pra calcular o momento, basta a gente aplicar o produto vetorial que o representa:

Antes de tudo, você precisa descobrir duas coisas: quem é o vetor r e quem é o
vetor F

Vamos pegar aquele exemplo inicial de novo:


O vetor r é o vetor posição que começa no ponto onde você quer calcular o momento
(no nosso caso o ponto P) e termina em qualquer ponto da linha de atuação da força,
assim:

A linha de atuação da força é uma linha ao longo da direção da força F, como


podemos ver no desenho acima. Então, é muito mais fácil colocar o vetor r na face
do cubo do que chegando em outro ponto da linha de atuação, pois assim ele terá
somente duas componentes: no eixo x e z, assim:

Se colocássemos o vetor r terminando onde a força F começa, a sua componente no


eixo não seria mais zero o que daria mais trabalho nos cálculos!

A força F está na direção do eixo y , então vamos supor que seu módulo seja igual a
20N , então:
Agora é só fazer este produto vetorial:

Momento resultante

O momento resultante em relação a um determinado polo é igual à soma algébrica


dos momentos de todas as forças aplicadas no objeto, em relação ao mesmo polo.

MR = MF1+ MF2+⋯+ MFN

Equações da estática e Tipos de Ligaduras


São essas equações que nos garantem se um corpo, no plano ou no espaço, sujeito
a um sistema arbitrário de cargas, está ou não em equilíbrio. Para definir com rigor
as equações de referência, é necessário definirmos previamente o conceito de Grau
de Liberdade.

Já nos referimos ao facto de os elementos de uma estrutura (considerando-


os como elementos não deformáveis) estarem ligados uns aos outros e ao
solo (apoios) por meio de elos ou ligaduras que podem ser de formas
diferentes consoante o tipo de movimento que pretende limitar. Desta forma,
existem:
Ligadura linear, também é conhecida como suporte simples. Limita um grau
de Liberdade, ou seja, o deslocamento do elemento na direção determinada
pela linearidade do empate. Na fig a lig. Linear que limita o deslocamento na
direção do eixo "t".
Articulação Limita dois graus de liberdade no plano (direção dos eixos X e Y) e três
no espaço (direção dos eixos X, Y e Z) ver fig

Engaste Limita três graus de liberdade: deslocamentos nos eixos X


e Y, e a rotação em torno do eixo Z. (Ver fig.) Se for um corpo no
plano. Para um corpo no espaço, ele limita seis graus de liberdade

Um corpo no plano pode ter três graus de liberdade: dois movimentos translacionais
e um movimento rotacional. De acordo com o exposto, para que esse corpo esteja
em equilíbrio, três equações de equilíbrio estático devem ser estabelecidas.

Que a soma das forças ativas e reativas atuantes no sistema é zero ao longo de
dois eixos perpendiculares entre si, e que a soma dos momentos em relação a
qualquer ponto do corpo de todas as forças (ativas e reativas) que atuam sobre ele
são null, Estas três equações da estática são as seguintes:

𝑭 𝑿 = 0: 𝑭 𝒀 = 0: 𝑴𝑨 = 0 A é um ponto qualquer no corpo.

Estrutura é um Grupo de corpos unidos de tal forma que constituem um conjunto


cinematicamente invariável, ou seja, comportam-se como um só corpo.
Desta forma, as estruturas podem ser classificadas como:
a) Isostáticas: são aquelas estruturas cujos elementos estão ligados entre si e ao
solo, pelo número de elos necessários para garantir sua invariância cinemática.
Verificaremos neste curso que este tipo de estrutura é perfeitamente determinado
pelas equações fornecidas pela Estática.
Hiperstáticas: são aquelas estruturas cujos elementos estão ligados entre si e ao
solo por um número de elos superior ao estritamente necessário para garantir a sua
invariância cinemática. Para este tipo de estrutura, as equações da Estática não são
suficientes para serem determinadas e é necessário para a sua solução, como
veremos em cursos futuros, a utilização de métodos como Forças, Deslocamentos e
outros.
Mecanismos: Este conjunto de elementos não constitui uma Estrutura porque estão
ligados entre si e ao solo por um número de elos inferior ao estritamente necessário
para garantir a sua invariância cinemática. Também pode acontecer que tendo o
número exato de links, eles estejam colocados incorretamente, e então um
mecanismo ou também um sistema Crítico possa ser produzido.
C = parâmetros de conexão entre os elementos
n = número de elementos da estrutura
N = número total de solicitações de movimento de todos os elementos “n” de uma
estrutura (N = 3n)

Exemplos:
Mecanismos: A estrutura não é estática, carece de parâmetros de conexão
suficientes para garantir a estabilidade

Estructura Isostática: A estrutura é estável, “não há excesso ou falta de


parâmetros de conexão”.

Estrutura hiperestática: a estrutura tem mais parâmetros de conexão do que o


necessário para atingir a estaticidade. Tem uma (hiper) estática muito grande. O
grau de hiperestaticidade é definido como o número de parâmetros de conexão em
excesso

Algumas consequências do acima referido


• Estruturas isostáticas também são chamadas de determinadas
estaticamente ou porque as equações de equilíbrio estático são suficientes
para encontrar as forças em cada um de seus elementos.
• Constituem o mínimo necessário e suficiente para garantir a estaticidade.
• Não sofrem variações em suas forças internas devido a deslocamentos
de apoios ou mudanças de temperatura.
• Estruturas hiperestáticas requerem equações adicionais: equações
constitutivas, equações de compatibilidade de deslocamento
• São mais rígidos, por isso estão associados a menos deformações
• Possuem maior reserva contra colapsos.

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