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Resumo - Clássicos em Rede

Em Atenas, Dédalo era um artesão e engenheiro famoso. Até os mais poderosos reis
queriam adquirir as suas esculturas ou viver nos palácios e edifícios que ele construía.
Com tantas encomendas, Dédalo não conseguia atender todos os pedidos, então,
decidiu ter um aprendiz na sua oficina, seu sobrinho Talo.

Ensinou ao jovem todos os segredos das artes da cerâmica, da arquitetura e da


escultura. Aos poucos, Talo mostrou-se um excelente aprendiz e um genial artista, e
com sua criatividade inventou o torno de oleiro. Dédalo sentiu uma profunda inveja
por não ter sido ele o criador. A cada dia, Talo inventava algo. Certa vez, ao ver os
dentes pontiagudos de uma serpente, ele teve a inspiração para inventar o serrote.
Talo inventou o compasso e outros inventos para a produção das armas, tijolos e
vestimentas dos atenienses.

Quanto mais Talo mostrava a sua criatividade, mais Dédalo o invejava, pois Talo
começou a adquirir tanta fama em Atenas que conquistou antigos admiradores e
clientes de Dédalo. Aos poucos Dédalo foi perdendo a criatividade pois a sua inveja
tirava sua inspiração. Os trabalhos de Talo passaram a ser os preferidos, fazendo
Dédalo sentir inveja.

Dissimulando suas intenções, convidou Talo para um passeio ao templo de Atena.


Caminhando com o tio ao passar pelas muralhas, Dédalo empurrou Talo ao precipício.
Ao encontrar a morte, o rosto de Talo apresentava um sorriso nos lábios.

Depois de matar o sobrinho, Dédalo recolheu o corpo de Talo, enfiou em um saco e


tentou apagar os vestígios de seu crime. Quando retornava para sua oficina, Dédalo foi
surpreendido carregando um saco sujo de sangue. Nervoso, o arquiteto disse ser de
uma serpente que matara mas o seu nervosismo fez com que as pessoas
desconfiassem dele. Dédalo continuou o seu caminho, sem perceber que seguiam os
seus passos. Em um terreno vazio, Dédalo depositou o cadáver do sobrinho. Atena,
assistia-o e transformou a alma de Talo numa perdiz.

Dédalo foi conduzido ao cárcere enquanto a perdiz sobrevoava ao tribunal assistindo a


justiça feita. Após a condenação, Dédalo conseguiu fugir para Creta onde já tinha
chegado a sua fama. Quando Minos, rei de Creta, soube da presença do artista,
recebeu-o com honras e colocou-o sob sua proteção mas exigiu que trabalhasse
apenas para ele.

Dédalo passou a criar muitas obras e estátuas para Minos, mas perdeu sua liberdade
criadora. Suas criações ficaram restritas aos desejos do monarca e sua arte tornou-se
prisioneira do Rei Minos. Sempre à deriva dos caprichos reais, a bela rainha Pasífae, a
esposa do rei, tendo se apaixonado por um touro, pediu a Dédalo que criasse uma
armadura no formato de uma novilha que lhe permitisse atrair o touro. Dédalo
esculpiu uma novilha em madeira.

Desse amor incomum entre a rainha e o touro nasceu Minotauro, criatura com corpo
de homem e cabeça de touro. Para esconder a vergonha da traição da mulher, Minos
ordenou que Dédalo construísse uma prisão para o monstro, um lugar de onde ele
jamais pudesse sair. Dédalo construiu um labirinto com becos e caminhos.

O Labirinto tornou-se a maior obra arquitetónica de todo o Mediterrâneo gerando a


admiração e a curiosidade dos povos. Aprisionado, o Minotauro revelou uma violenta
fera e exigia ser alimentado de carne humana. Minos que havia conquistado o reino de
Atenas, exigia do rei sete rapazes e sete moças para serem sacrificados. Teseu, filho do
rei de Atenas, misturou-se com os jovens que seriam enviados para Creta.

Em Creta, Teseu seduziu a bela princesa Ariadne, filha de Minos. Com sua ajuda,
penetrou no Labirinto levando um novelo de lã que foi desenrolado desde a porta de
entrada. Teseu venceu o Minotauro e conseguiu sair do labirinto seguindo as linhas do
novelo. A bela Ariadne esperava-o na saída e apaixonada fugiu com Teseu, levando seu
irmão como refém.

Perseguidos pelo rei Minos, esquartejaram o filho, e enquanto Minos recolhia os


pedaços do filho no mar, Teseu e Ariadne fugiram. O rei Minos culpou Dédalo por toda
tragédia e como castigo, encerrou Dédalo e seu filho Ícaro dentro do Labirinto,
fazendo-os prisioneiros perpétuos.

Dédalo se tornou prisioneiro de sua própria criação e passou a viver com seu sonho de
liberdade, até que construiu asas que lhe permitiria fugir voando. Juntando penas de
aves, Dédalo construiu seu sonho amarrando as penas e colocando uma camada de
cera sobre elas.

Terminado seu projeto, Dédalo recomendou a seu filho os cuidados para o voo e os
dois saltaram para o infinito. Dédalo preveniu ao filho que mantivesse uma
determinada altura; não tão baixa para não cair no mar e nem tão alta para que não se
aproximasse do sol que poderia derreter a cera.

Dédalo e Ícaro alcançam os céus da Grécia, mas Ícaro se deixou deslumbrar pela
sensação de liberdade e pela beleza do céu. Voando alto, os raios quentes do sol
derreteram a cera das asas e em meio ao seu delírio sonhador, Ícaro se precipitou no
mar. Dédalo desceu para apanhar o cadáver do filho e quando caminhava entre os
arbustos para sepultá-lo, uma perdiz pairou sobre sua cabeça. Era o espírito de Talo,
acentuando a tragédia numa anunciada vingança.

Partindo em um barco pelo mar Dédalo aportou na Sicília.


Mesmo sendo recebido com honras pelo rei daquele local, a alma de Dédalo vestia um
luto perene e nada estimulava sua alma criadora. Já não sentia nenhuma inveja como
no passado e viu perdida sua genialidade.

Apesar disso, criava o que lhe pediam mas ele já não se importava com os aplausos.
Tornou-se um protegido no reino mas Minos aportou na Trinácria à procura de Dédalo.
A fim de proteger Dédalo, o rei Cócalo fingiu receber com honras o rei Minos,
convidando-o para um banho quente e um banquete.

Minos atendeu ao convite. Entrando na banheira, sentiu a água morna e fechou os


olhos para repousar mas Cócalo havia premeditado matar Minos. A água começou a
ferver e, apesar dos gritos de Minos, ninguém veio a socorrê-lo.

O soberano de Creta morreu sufocado pelos vapores e pelo calor. Dédalo estava livre
do seu maior perseguidor, porém já não tinha mais sentido a sua liberdade. Dédalo
seguiu solitário ensinando sua arte a muitos discípulos. E já muito velho, quando viu a
morte chegar, Dédalo realizou seu maior sonho, vendo sua alma sem asas voar...

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Cassandra designada como aquela capaz de envolver os homens, juntamente com


Heleno, seu irmão gêmeo, eram filhos da rainha Hécuba de Troia e do rei Priamo, dois
dos 20, e estavam sempre a brincar no Templo de Apolo. Num certo dia, a noite caiu e
ambos acabaram por adormecer no templo. Enquanto dormiam as crianças, duas
serpentes passaram a língua por suas orelhas e, desta forma, passaram a ter uma
maior sensibilidade auditiva, sendo até mesmo capazes de ouvir a conversa dos
deuses.

Cassandra tornou-se uma mulher de uma beleza magnífica, servidora fiel de Apolo. A
dedicação dela era tanta, que acabou conquistando a Apolo, que passou a lhe ensinar
os mistérios da profecia. Desta forma, Cassandra se tornou profetisa. Entretanto,
quando rejeitou o amor de Apolo ele salivou em sua boca e dela removeu a dádiva da
persuasão. Cassandra passou a não ter mais a credibilidade alheia, mesmo sendo
verdadeiras suas profecias.

Em razão disso, passou a ser tida como louca, assim que comunicou ao povo de Troia
suas previsões de desgraças e catástrofes. Era ridicularizada constantemente, ainda
que tivesse feito muitas profecias e ainda vários de seus irmãos.

Com o nascimento de Páris, Cassandra profetizou que ele seria causa do aniquilamento
de Troia. A falta de confiabilidade em suas profecias a carregou ao fundo do poço, e
ainda à consequente eliminação de Tróia, quando viu fracassadas suas tentativas
sucessivas de pedir a Príamo que ele eliminasse o animal de madeira, o famoso Cavalo
enviado por Ulisses a Tróia, com a finalidade de conquistá-la.

Com tomada da cidade pelos gregos, na partilha Cassandra foi dada a Agamenon que
com ela partiu em seu navio, retornando à Micenas. Ao chegar, entretanto, Agamenon
foi morto por Egisto, amante de Clitemnestra, sua mulher.

Então, Cassandra partiu à Cólquida, e lá fundou, com Zakíntio, uma nova cidade, já que
ele tinha recebido dos deuses uma mensagem para que fundasse um local unindo-se a
uma sacerdotisa.

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- https://www.braingle.com/trivia/quiz.php?id=3259

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