Você está na página 1de 5

A IDADE DE OURO

Crono não era apenas um deus violento e ávido de poder. Ele presidia uma raça de
homens a que os deuses tinham dado uma existência amena e pacífica, semelhante à deles.
Como os deuses, os homens não envelheciam e não sabiam o que era cansaço nem dor. Para
se alimentar, não precisavam trabalhar, porque a terra, sem ser cultivada, produzia o ano
inteiro frutos em abundância. Sem esforço, portanto, os homens colhiam frutas deliciosas nos
arbustos, abaixando-se somente para catar os morangos saborosíssimos que a natureza lhes
oferecia. Não necessitavam usar roupa, porque só havia uma estação, a primavera.
Sua vida tranqüila era marcada por festas em que as relações de amizade e mútuo bem-
querer se expandiam. Esses tempos eram chamados de idade de ouro porque tinham a
pureza, a riqueza e a eternidade do ouro. Mas essa raça de homens acabou se extinguindo, e
outra a sucedeu.

POSEIDON
Poseidon, também conhecido como Netuno para os romanos, era o
grande rei dos mares, um homem muito forte, com barbas e sempre
representado com seu tridente na mão e as vezes com um golfinho. Era
filho de Cronos, deus do tempo, e da deusa da fertilidade Réia. Sua casa
era no fundo do mar e com seu tridente causava maremotos, tremores, além
de fazer brotar água do solo.
Poseidon era casado com Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se
apaixonou por ela, mas Anfitrite o recusou e Poseidon a obrigou casar-se
com ele, porém, ela para não casar, se escondeu nas profundezas do
oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o tempo Anfitrite
mudou de idéia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e ficou sendo a
rainha do oceano.
Com ela teve um filho chamado Tritão que aterrorizava os marinheiros
com um barulho espantoso que ele fazia quando soprava o búzio, um
instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos.
Poseidon era irmão de Atena, a deusa da sabedoria, que foi com
quem disputou a cidade hoje conhecida como Atenas, porém Atena ganhou
a competição e a cidade ficou conhecida com o seu nome.
Na história da Guerra de Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na
construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma
recompensa, porém tinham sidos enganados, pois o rei não os
recompensou.
Foi então que Poseidon muito enfurecido se vingou de Tróia e enviou
um monstro do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra
ele ajudou os gregos.
Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo alado gerado por
Medusa, por esse motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o
primeiro a colocar cavalos na região.

ÁRTEMIS
Deusa da natureza selvagem, Ártemis era irmã gêmea de Apolo.
Filha de Zeus com a mortal Leto , sua atividade favorita era
caçar de manhã até a noite, ela percorria os vales e as florestas num
carro puxado por dois cervos.
Gostava de viver nos lugares selvagens, longe das cidades e
dos homens, tendo como única companhia, caçadoras que haviam feito
voto de castidade.
Um dia, voltando de uma caçada proveitosa, Artemis se
preparava para banhar o corpo cansado nas águas claras de uma
fonte. As companheiras tinham acabado de lhe tirar as armas, as
sandálias e a túnica, quando de repente apareceu um jovem caçador
chamado Actéon. Ele se espantou tanto quanto a deusa e se deteve,
fascinado com o espetáculo.
Sem suas armas, Artemis não podia reagir. Com um gesto rápido,
tapou a nudez e jogou água na cabeça do caçador, enfeitiçando-o.
Imediatamente, surgiram chifres na testa do infeliz; seus pés se
transformaram em cascos, e o corpo se cobriu da pelagem de um
cervo.
Actéon quis gritar, mas sua voz já não era humana. Então fugiu.
Seus próprios cães, não reconhecendo o dono, correram atrás dele,
fincaram-lhe os dentes e o dilaceraram.
A deusa se mostrou cruel porque não suportou a idéia de ser vista
nua por um homem. Mas também sabia ser uma deusa prestativa e
oferecer sua proteção, em particular às grávidas.
Ártemis é a padroeira dos caçadores, quando nasceu saiu da
barriga de sua mãe e ajudou no parto de Apolo, seu irmão gêmeo.
HERMES
Quando Apolo ainda era pastor, seu irmãozinho Hermes lhe pregou uma peça e tanto.
Aproveitando-se do descuido de Apolo, que sonhava em vez de vigiar o rebanho, roubou-lhe as
ovelhas.
Apolo estava longe de desconfiar que aquele menino, o qual imaginava ainda ser de colo,
fosse capaz de enganá-lo. Mas era ele mesmo que conduzia agora o rebanho pelas planícies e
vales até o denso bosque de Pilo. Ali deixou as ovelhas descansando, escondidas numa gruta.
Depois voltou para junto da sua mãe Maia, com um sorriso malicioso nos lábios.
Apolo acabou encontrando a pista do rebanho. O vôo dos pássaros, que ele sabia
interpretar, o ajudou a descobrir o esconderijo. Seus dons de adivinho lhe revelaram o autor do
roubo:
"Menino feio", ralhou com o irmão, "você tem sorte de ainda usar fraldas. Senão,
eu teria lhe dado uma boa sova!"
Mas a raiva de Apolo se aplacou quando ele ouviu os sons melodiosos que o menino tirava
de um instrumento desconhecido. Todo contente, Hermes lhe deu o instrumento:
"É para você. É uma lira que acabei de inventar. Beliscando as cordas presas a cada
extremidade desta carapaça de tartaruga, você vai obter os sons cristalinos que acompanharão
seus cantos." Esquecendo os motivos do seu mau humor, Apolo até propôs a Hermes trocar o
rebanho pelo instrumento. O negócio selou a reconciliação entre os dois irmãos.
Por sua malícia e engenhosidade, Hermes demonstrava uma precocidade excepcional.
Sempre curioso, o jovem deus não se limitou a esse achado. Teve a idéia de prender um ao
outro, caniços de comprimentos diferentes para confeccionar um instrumento. Levou-o aos
lábios e soprou delicadamente em cada orifício. Foi assim que inventou a flauta.
Apolo ficou encantado com essa nova invenção e quis logo adquiri-la. Em troca, ofereceu
ao irmãozinho o cajado de ouro que usava para pastorear. Esse cajado virou o caduceu,
símbolo de Hermes.
Feliz com a habilidade que ele manifestava em todas as ocasiões, seu pai, o poderoso
Zeus, fez dele seu mensageiro. Hermes passava a maior parte do tempo correndo o mundo;
para isso, usava sandálias aladas, que lhe permitiam mover-se mais rapidamente. Suas
viagens às vezes o levavam muito longe, até o reino subterrâneo, aonde acompanhava os
defuntos.

CRONOS
Vencedor de seu pai Urano, Crono se tornou o senhor todo-poderoso do universo. Em vez
de beneficiar seus parentes, libertando os irmãos, preferiu reinar sozinho e os deixou
encerrados nas profundezas da terra. Sua mãe, furiosa, predisse seu fim:
"Você também, filho meu, será deposto do trono por um dos seus filhos!"
Temendo a realização dessa profecia, Crono fez como o pai: arranjou um jeito de eliminar
os filhos que lhe dava sua esposa Réia. Cada vez que nascia um, ele o devorava. Isso ocorreu
com cinco recém-nascidos.
A mãe deles, desesperada, foi ver Gaia:
"Querida avó, preciso da sua ajuda. Seu filho faz desaparecer todos os filhos que concebo.
Um sexto acaba de nascer. E um menino. Ajude-me a salvá-lo!"
"Você precisa ser mais astuciosa do que ele, minha filha", respondeu-lhe maliciosamente
Gaia. "Enrole uma pedra numa coberta e entregue a Crono, no lugar do bebê. Ele nem vai
desconfiar e vai engolir a pedra, como engoliu os outros filhos!"
A profecia de Gaia não tardaria a se realizar: o bebê que elas acabavam de salvar era
Zeus. O jovem deus logo tomou do pai o poder absoluto sobre o mundo...

MEDUSA
Segundo a lenda, Medusa tinha corpo e rosto de uma bela mulher, asas de ouro e presas de
bronze.
Medusa (“a ladina”), e suas irmãs Esteno (“a forte”) e Euríale (“a que corre o mundo”), eram
conhecidas como as irmãs Górgonas. Seus pais, Fórcis e Ceto, eram divindades marinhas.Em
um dos templos de Atena (deusa grega da sabedoria), Medusa teria traído Atena com
Poseidon (deus do mar), o que levou a deusa, furiosa, a transformar Medusa e suas irmãs em
seres repugnantes, com pele escamosa e serpentes enormes na cabeça.
Dentre as três, Medusa foi a mais castigada. Além da terrível aparência, Atena a tornou
mortal, e lhe deu um poder terrível… Seu olhar transformava quem a olhasse em estátua de
pedra.
Medusa e suas irmãs passaram a viver em uma caverna, no extremo ocidente da Grécia,
junto a um país chamado Hespérides. Conta à lenda que nos arredores dessa caverna,
existiam inúmeras estátuas de homens e animais petrificados. As irmãs Górgonas eram
temidas por toda a Grécia.
Em uma ilha chamada Cíclades, um rei tirano chamado Polidectes, ordenou a um jovem
chamado Perseu, que decepasse e lhe trouxesse a cabeça de Medusa, caso contrário
violentaria sua mãe, Dânae.
Sensibilizada, a deusa Atena ajudou Perseu, cedendo a ele um elmo que lhe tornava
invisível, sandálias aladas, um alforje chamado quíbisis (para transportar a cabeça da Medusa),
e um escudo de bronze brilhante para que ele pudesse enfrentar Medusa e suas irmãs.
Perseu entrou então na caverna das irmãs Górgonas enquanto elas dormiam e se
aproximou de costas, guiado pelo reflexo do seu escudo, e utilizando o elmo que o tornava
invisível. Pairou por cima das irmãs Esteno e Euríale graças às sandálias aladas e chegou até
Medusa. Como não podia olhar diretamente para ela, mirou sua cabeça através do reflexo de
seu escudo e decapitou-a. Guardando a cabeça no quísibis, partiu sem que Esteno e Euríale o
pudessem seguir, já que ainda usava o elmo da invisibilidade.
Atena foi presenteada por Perseu com a cabeça de Medusa, a qual foi colocada no escudo
da deusa para sua proteção.

HÉRCULES
Hércules foi um grande herói da Mitologia Grega. Filho de Zeus (deus dos deuses) e da
mortal Alcmena, que era esposa de Anfitrião.
Segundo o mito, aproveitando o fato de Anfitrião estar ausente, em batalha, Zeus se
caracterizou como ele, e se fez passar pelo mesmo. Ao retornar da batalha, Anfitrião descobriu
a traição, e, irado construiu uma grande fogueira para queimar Alcmena viva. Zeus então,
mandou nuvens de chuva para apagar o fogo, o que acabou fazendo com que Anfitrião
aceitasse a situação. Hércules, portanto, nasceu do encontro de Zeus e Alcmena.
A deusa Hera, esposa de Zeus, enciumada pela traição, enviou duas serpentes para matar
Hércules ainda no berço. Não teve êxito, pois ainda bebê, Hércules estrangulou as serpentes
com as próprias mãos.
Quando adulto, Hera provocou em Hércules um ataque de fúria, que o levou a matar sua
esposa Mégara e seus três filhos. Como punição pelo crime, o oráculo de Delfos o incumbiu de
doze tarefas de extremo risco. Essas tarefas são chamadas de “Os doze trabalhos de
Hércules”.
Ao realizar as doze tarefas, além de se redimir pela morte de sua esposa e de seus filhos,
Hércules conquistou a imortalidade.
Casou-se com Dejanira, que sem querer lhe causou a morte. Na condição de imortal,
Hércules foi transportado para o Olimpo, onde se casou com a deusa da juventude, Hebe.

MINOTAURO

O Minotauro é um dos personagens mais conhecidos da mitologia grega. Segundo o mito, o


Minotauro era um ser com cabeça e cauda de touro e corpo de homem que habitou um
labirinto na ilha de Creta.
O Minotauro teria nascido quando seu pai, futuro rei de Creta, fez um pedido ao deus dos
mares, Poseidon. O pedido foi que ele, Minos, queria ser rei de Creta. Poseidon disse então
que enviaria a Minos um touro dos mares e que esse animal deveria ser sacrificado como
oferenda.
Quando o touro surgiu dos mares, Minos não teve coragem de sacrificar o animal, pois o
achou muito lindo. Substituiu-o por um de seus touros esperando que Poseidon não notasse a
diferença. Porém, Poseidon percebeu que fora enganado e decidiu castigar Minos. Decidiu não
lhe tirar o trono. Poseidon fez com que a mulher de Minos, Pasífae se apaixonasse pelo touro,
sendo que dessa união nasceu o minotauro.
Com medo e desprezo pelo “filho” de sua esposa, porém sem coragem para matá-lo, Minos
mandou construir um labirinto abaixo de seu castelo para prender o Minotauro.

Anos depois, Minos derrotou Atena em uma guerra que lhe custou um dos filhos. Atena
como vingança, ordenou que todo ano fossem enviados 7 moças e 7 rapazes atenienses para
o labirinto.

Após 3 anos de sacrifícios, um jovem de nome Teseu decidiu enfrentar o Minotauro


voluntariamente. Ao chegar ao palácio se apaixonou por uma das filhas do rei, Ariadne.

Ariadne, correspondendo a paixão de Teseu, entregou a ele uma espada mágica para matar o
Minotauro e também um novelo de lã para ele encontrar o caminho de volta. Teceu ficou algum
tempo a procura do Minotauro, pois teve de ser cauteloso para não ser pego de surpresa.
Quando ele avistou o Minotauro atacando um dos atenienses, apunhalou-o por trás matando-o.
Após isso Teceu resgatou os atenienses e voltou pelo caminho do novelo de lã para encontrar
sua amada.

O Minotauro é uma das figuras mitológicas mais conhecidas e foi contada de geração por
geração pra as crianças gregas aprenderem a sempre respeitar os deuses

APOLO
Apolo, também conhecido com Febo (brilhante), na mitologia grega é considerado o
deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar, uma das
divindades mais ecléticas da mitologia greco-romana. Filho de Zeus e da titã Latona (Leto).
Tinha uma irmã gêmea Ártemis que era conhecida pelos romanos como Diana, a deusa da
caça. Segundo a lenda, Apolo e sua irmã nasceram na ilha de Delos onde sua mãe Leto se
refugiou para se esconder da Hera, a esposa de Zeus.
Esse deus também tinha sua parte negra, era considerado um arqueiro de grande
habilidade. Com um ano de idade seguiu a serpente Píton que era também inimiga da sua mãe
e a matou com flechadas. A partir deste momento foi considerado um grande arqueiro. O seu
arco disparava dardos letais que matavam os homens com doenças ou então mortes súbitas.
O poder de Apolo se exercia em todos os lugares da natureza e do homem.
Apolo deus justo e puro que ajudava doentes e também curava várias doenças através do
sono.
PÉGASO
Segundo a mitologia grega, o Pégaso é um cavalo alado que nasceu da mistura do sangue
da Medusa, uma das Górgones (ou Górgonas) quando esta teve a cabeça cortada por Perseu,
com a espuma do mar. A Medusa, ao contrário das outras duas Górgones, não era imortal; isto
porque era apenas uma mortal transformada em Górgone pela deusa Atena. A mesma
apresentou o Pégaso às Musas, passando ele a ser o cavalo delas, e a estar a serviço dos
poetas.
O Pégaso aparece também na história de Belerofonte; o herói, com ajuda de Atena (mais
uma vez presente) e da rédea de ouro, domou o Pégaso e matou Quimera, um poderoso
mosntro com corpo de cabra, cabeça de leão e cauda de serpente, que assolava os reinos da
Cária e da Lícia com o fogo que lançava pela boca (compare com a figura dos dragões
orientais).
Por fim, mais tarde, o Pégaso voou para o Olimpo e foi transformado por Zeus numa
constelação (a constelação de Pégaso). Sendo assim, ele seria símbolo da imaginação e da
imortalidade.

Você também pode gostar