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Narciso

Na mitologia greco-romana, Narciso ou O Auto-Admirador (Língua grega: Νάρκισσος), era um


herói do território de Téspias, Beócia, famoso pela sua beleza e orgulho. Várias versões do seu
mito sobreviveram: a de Ovídio, das suas Metamorfoses; a de Pausânias, do seu Guia para a
Grécia (9.31.7); e uma encontrada entre os papiros encontrados nos Papiros de Oxirrinco, ou
Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus. Era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No
dia do seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que
jamais contemplasse a própria figura.

Pausânias localiza a fonte de Narciso na "cama de juncos" em Donacon, no território dos Téspios.
Pausânias acha incrível que alguém não conseguisse distinguir um reflexo de uma pessoa
verdadeira, e cita uma variante menos conhecida da história, na qual Narciso tinha uma irmã
gémea. Ambos se vestiam da mesma forma e usavam o mesmo tipo de roupas e caçavam juntos.
Narciso apaixonou-se por ela. Quando ela morreu, Narciso consumiu-se de desgosto por ela, e
fingiu que o reflexo que via na água era a sua irmã. Onde o seu corpo se encontrava, apenas
restou uma flor: o narciso.

Como Pausânias também nota, outra história conta que a flor narciso foi criada para atrair
Perséfone, filha de Deméter, para longe das suas companheiras e permitir que Hades a raptasse.

Narciso e Eco

Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada Eco e
que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era
semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso
rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro
débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a
apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza,
Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas
construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no
seu lugar: o narciso; e então dai o nome narciso a flor.

Narciso era um belo rapaz, filho do deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por acasião de seu
nascimento, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino.
A resposta foi que ele teria uma longa vida, se nunca visse a própria face. Muitas moças e ninfas
apaixonaram-se por Narciso, quando ele chegou à idade adulta. Porém, o belo jovem não se
interessava por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das mais apaixonadas, não se conformou com
a indiferença de Narciso e afastou-se amargurada para um lugar deserto, onde definhou até que
somente restaram dela os gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-las.
Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a
debruçar-se numa fonte para beber água. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu
imóvel na contemplação ininterrupta de sua face refletida e assim morreu. No próprio Hades ele
tentava ver nas águas do Estige as feições pelas quais se apaixonara.

Narcisismo

O narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos derivam da palavra Grega narke,
"entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso
simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às
solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza. Mas Narciso não simboliza apenas
mera negatividade: "o mito de Narciso representa (senão para os gregos ao menos para nós) o
drama da individualidade"; "ele mostra, isto sim, a profundidade de um indivíduo que toma
consciência de si mesmo" em si mesmo e perante a si mesmo, ou seja, no lugar onde
experimenta os seus dramas humanos (Cf.Bibliografia, Spinelli, Miguel, p.99).

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