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AO de Latim (Narciso)

1-Introdução

Bom dia/tarde, hoje vim apresentar o mito Narciso, famoso pela sua beleza e o seu orgulho.

2.1, 2.2-Origem e história

A história do mito tem várias versões: a de Públio Ovídio (um poeta romano), a das suas
Metamorfoses, a de Pausânias, do seu Guia para a Grécia (9.31.7) e uma encontrada nos
Papiros de Oxirrinco, Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus.

Narciso, filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope, nasceu em Beócia, uma região da Grécia
Antiga. No dia do seu nascimento, a sua mãe perguntou a um adivinho se Narciso viveria por
muito tempo, já que a sua beleza era encantadora. O adivinho respondeu que sim, desde que
ele nunca conhecesse a si próprio, pois se isso acontecesse uma maldição seria lançada contra
ele e ia matá-lo. Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito da sua cidade que despertava
amor tanto em homens quanto em mulheres,. Uma das ninfas, chamada Eco, apaixonou-se
loucamente por Narciso, mas como teve o seu amor negado por ele, resolveu pedir a Némesis,
deusa da vingança, que lançasse sobre Narciso a seguinte maldição: "Que Narciso se apaixone
com muita intensidade, mas não consiga possuir a sua amada". Então ela o atraiu para uma
fonte e quando Narciso se abaixou para beber água, ele viu a sua imagem refletida nas águas. 
Nesse momento Narciso ficou encantado com o que viu. Observou os cabelos, os olhos, os
lábios e não conseguia parar de olhar. Observou tanto que desejou possuir aquela imagem,
não sabendo que se tratava dele mesmo. Mas, como não conseguiu ele acabou morrendo. E
depois da sua morte, Némesis transformou-o numa flor, Narciso.

Nas versões do poeta Parténio de Niceia (escritor dos Papiros de Oxirrinco encontrados) e de
Ovídio, Narciso termina em suicídio. No de Conão, um jovem chamado Amínias apaixonou-se
por Narciso, que já havia rejeitado seus pretendentes. Narciso também o rejeitou e deu-lhe
uma espada. Amínias suicidou-se à porta de Narciso. Ele tinha rogado aos deuses para dar a
Narciso uma lição por toda a dor que provocou. Narciso passou por uma poça de água e
decidiu beber um pouco. Ele viu seu reflexo, tornou-se fascinado por ele e se matou porque
ele não poderia ter seu objeto de desejo. Um século mais tarde, o escritor viajante Pausânias
registrou uma variante da história, em que Narciso se apaixona por sua irmã gêmea, e não por
si mesmo.

2.3-Lições ligadas ao mito

A lição que o mito nos ensina é que gostarmos de nós mesmos não tem absolutamente nada
de mal, até bem pelo contrário, mas o problema começa é quando essa paixão se torna tão
grande que interfere na nossa relação com os outros. Por exemplo, hoje em dia, das mais
distintas redes sociais, de vários "likes" a cada nova imagem que se publica, talvez seja sempre
uma ótima ideia relembrar aquela grande lição que o jovem Narciso, cujas ação aqui
resumimos, só aprendeu com a sua própria morte.

2.4-Infl uências do mito na civilização ocidental


Em termos literários, o mito tem uma influência decidida na cultura grega homoerótica inglesa
vitoriana, por via da influência de André Gide no seu estudo do mito Traité du Narcisse ("O
tratado de Narciso", 1891), e da influência de Oscar Wilde. Também, muitas personagens dos
escritos de Fiódor Dostoiévski (escritor russo do século XIX) são tipos de Narcisos solitários, tal
como Yakov Petrovich Golyadkin em O Duplo (Publicado em 1846). Ainda na literatura, Paulo
Coelho, em O Alquimista, utilizou como prefácio o mito, usando também a emenda que Wilde
escreveu sobre o que ocorreu depois da morte de Narciso.

Na música, o mito de Narciso serviu de inspiração para uma música de Caetano Veloso. Na
letra da música Sampa, o compositor usa o espírito do mito para explicar o que lhe ocorreu
quando esteve pela primeira vez diante de São Paulo. 

[...]
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio
o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
quando não somos mutantes

A banda Barão Vermelho também possui uma música chamada Narciso, escrita por Cazuza. A
música diz: "(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no espelho/ Nenhum bicho ou
planta/ Pode ousar assim (...)"

3-Conclusão

Concluindo, o Narciso foi um mito nascido em Beócia que para viver por mais tempo, não
podia ver o seu rosto. Só que um dia, a maldição foi lançada (pela Némesis, por pedido da
ninfa Eco) e Narciso se apaixonou de forma intensa, só que pela sua própria imagem. E
admirando a sua beleza através da fonte, morreu de fome e sede.

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