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1-Introdução
Bom dia/tarde, hoje vim apresentar o mito Narciso, famoso pela sua beleza e o seu orgulho.
A história do mito tem várias versões: a de Públio Ovídio (um poeta romano), a das suas
Metamorfoses, a de Pausânias, do seu Guia para a Grécia (9.31.7) e uma encontrada nos
Papiros de Oxirrinco, Chenoboskion, também chamada Oxyrhynchus.
Narciso, filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope, nasceu em Beócia, uma região da Grécia
Antiga. No dia do seu nascimento, a sua mãe perguntou a um adivinho se Narciso viveria por
muito tempo, já que a sua beleza era encantadora. O adivinho respondeu que sim, desde que
ele nunca conhecesse a si próprio, pois se isso acontecesse uma maldição seria lançada contra
ele e ia matá-lo. Narciso cresceu, e se transformou um jovem bonito da sua cidade que despertava
amor tanto em homens quanto em mulheres,. Uma das ninfas, chamada Eco, apaixonou-se
loucamente por Narciso, mas como teve o seu amor negado por ele, resolveu pedir a Némesis,
deusa da vingança, que lançasse sobre Narciso a seguinte maldição: "Que Narciso se apaixone
com muita intensidade, mas não consiga possuir a sua amada". Então ela o atraiu para uma
fonte e quando Narciso se abaixou para beber água, ele viu a sua imagem refletida nas águas.
Nesse momento Narciso ficou encantado com o que viu. Observou os cabelos, os olhos, os
lábios e não conseguia parar de olhar. Observou tanto que desejou possuir aquela imagem,
não sabendo que se tratava dele mesmo. Mas, como não conseguiu ele acabou morrendo. E
depois da sua morte, Némesis transformou-o numa flor, Narciso.
Nas versões do poeta Parténio de Niceia (escritor dos Papiros de Oxirrinco encontrados) e de
Ovídio, Narciso termina em suicídio. No de Conão, um jovem chamado Amínias apaixonou-se
por Narciso, que já havia rejeitado seus pretendentes. Narciso também o rejeitou e deu-lhe
uma espada. Amínias suicidou-se à porta de Narciso. Ele tinha rogado aos deuses para dar a
Narciso uma lição por toda a dor que provocou. Narciso passou por uma poça de água e
decidiu beber um pouco. Ele viu seu reflexo, tornou-se fascinado por ele e se matou porque
ele não poderia ter seu objeto de desejo. Um século mais tarde, o escritor viajante Pausânias
registrou uma variante da história, em que Narciso se apaixona por sua irmã gêmea, e não por
si mesmo.
A lição que o mito nos ensina é que gostarmos de nós mesmos não tem absolutamente nada
de mal, até bem pelo contrário, mas o problema começa é quando essa paixão se torna tão
grande que interfere na nossa relação com os outros. Por exemplo, hoje em dia, das mais
distintas redes sociais, de vários "likes" a cada nova imagem que se publica, talvez seja sempre
uma ótima ideia relembrar aquela grande lição que o jovem Narciso, cujas ação aqui
resumimos, só aprendeu com a sua própria morte.
Na música, o mito de Narciso serviu de inspiração para uma música de Caetano Veloso. Na
letra da música Sampa, o compositor usa o espírito do mito para explicar o que lhe ocorreu
quando esteve pela primeira vez diante de São Paulo.
[...]
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio
o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
quando não somos mutantes
A banda Barão Vermelho também possui uma música chamada Narciso, escrita por Cazuza. A
música diz: "(...) Agora me enfrente/ Como uma imagem no espelho/ Nenhum bicho ou
planta/ Pode ousar assim (...)"
3-Conclusão
Concluindo, o Narciso foi um mito nascido em Beócia que para viver por mais tempo, não
podia ver o seu rosto. Só que um dia, a maldição foi lançada (pela Némesis, por pedido da
ninfa Eco) e Narciso se apaixonou de forma intensa, só que pela sua própria imagem. E
admirando a sua beleza através da fonte, morreu de fome e sede.