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Faculdade Dom Alberto

Grupo Educacional Faveni


Polo Educacional Plácido de Castro
Curso de graduação em licenciatura em Letras/Inglês

André Lucas dos Santos Ricardo

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


A LITERATURA INGLESA DO SÉCULO XIX E XX
E AS DIFICULDADES EM ENSINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS

Porto Acre – Ac
2023
Faculdade Dom Alberto
Grupo Educacional Faveni
Polo Educacional Plácido de Castro
Curso de graduação em licenciatura em Letras/Inglês

André Lucas dos Santos Ricardo

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


A LITERATURA INGLESA DO SÉCULO XIX E XX
E AS DIFICULDADES EM ENSINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao curso de graduação em letras/inglês, da
Faculdade Dom Alberto, como requisito
obrigatório para obtenção de nota para à
aprovação, e título de graduado em
Letras/Inglês.

Tutores: João Rodrigues Santa


Keila Regiane

Porto Acre – Ac
2023
Ficha catalográfica da obra elaborada pelo autor, em conformidade com manual de
elaboração de TCC da Faculdade Dom Alberto

Ricardo, André Lucas dos Santos, 1994


A literatura Inglesa do Sec. XIX e XX: os povos que contribuíram para
a formação dessa literatura / Ricardo, André Lucas dos Santos,
2023.
40 p.
Tutor João Rodrigues Santa e Tutora Keila Regiane

TCC de graduação em Letras/Inglês, Faculdade Dom Alberto,


instituição integrante do Grupo Educacional Faveni
André Lucas dos Santos Ricardo

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


A LITERATURA INGLESA DO SÉCULO XIX E XX
E AS DIFICULDADES EM ENSINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao curso de graduação em letras/inglês, da
Faculdade Dom Alberto, como requisito
obrigatório para obtenção de nota para à
aprovação, e título de graduado em
Letras/Inglês.

Data de Aprovação: _____/____/_____

Banca Examinadora

_______________________________________________
Nome: João Rodrigues Santana
Título: Professor (Gestor)
Instituição Pertencente: Polo Educacional JR

_______________________________________________
Nome: Keila Regiane
Título: Professora (Tutora)
Instituição Pertencente: Unifaveni

_______________________________________________
Nome: Antonio Jose
Título: Professor
Professor Convidado
DEDICATÓRIA

Dedico este à minha esposa que esteve e tem


estado ao meu lado, mesmo que nos momentos
difíceis incentivando e carinhosamente me
auxiliando, pois nos momentos em que pensei em
desistir foi ela quem me consolou e me fez seguir
em frente, obrigado minha querida esposa Francilina
Conceição de Souza.
AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, o ser


supremo e soberano que esteve ao meu lado, ao
longo destes quatro anos, me abençoando e cuidando
para que hoje eu pudesse estar aqui, como símbolo
acredito ser pouco apenas esta dedicatória, mas creio
que ele sempre estará cuidando de mim.
Agradeço aos meus colegas, professores e ao
grupo Dom Alberto por me proporcionar a
oportunidade de estudar e concluir este curso com
tantas facilidades o meu muito obrigado.
EPIGRAFE

Tenha metas. Uma vida sem objetivos é uma


existência triste, pois o homem é um ser,
historicamente, movido a desafios.
RESUMO

Faculdade Dom Alberto


Grupo Educacional Faveni
Polo Educacional Plácido de Castro
Curso de graduação em licenciatura em Letras/Inglês

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)


A LITERATURA INGLESA DO SÉCULO XIX E XX
E AS DIFICULDADES EM ENSINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS
Autor: André Lucas dos Santos Ricardo

Tutor: (a) Keila Regiane

Literatura em Língua Inglesa é toda a literatura escrita ou composta


em língua inglesa, mesmo que por autores que não são necessariamente
da Inglaterra ou outros países cuja língua principal é o inglês
(exemplos: Joseph Conrad era polaco, Robert Burns era escocês, James Heller
era irlandês, Edgar Allan Poe era estadunidense, Salman Rushdie e William
Makepeace Thackeray são indianos). Nas academias ou universidades, o
termo refere-se frequentemente a departamentos e programas práticos
de Estudos Ingleses, designação que procura dar conta do facto de as
antigas colónias britânicas terem desenvolvido a sua literatura própria e de
falarem variantes do inglês. Por outras palavras, a literatura inglesa é tão
diversa como as diversas variantes de inglês faladas no mundo.

Palavras chave: Língua Inglesa – Literatura - autores


Abstract In English

Dom Alberto Faculty


Faveni Educational Group
Polo Educacional Plácido de Castro
Undergraduate Degree in English Language Teaching

Course Conclusion Paper (TCC)


NINETEENTH AND TWENTIETH CENTURY ENGLISH LITERATURE
AND THE DIFFICULTIES IN TEACHING IT IN BRAZILIAN SCHOOLS
Author: André Lucas dos Santos Ricardo

Tutor (a): Keila Regiane

English Language Literature is all literature written or composed in the


English language, even if by authors who are not necessarily from England or
other countries whose primary language is English (examples: Joseph Conrad
was Polish, Robert Burns was Scottish, James Heller was Irish, Edgar Allan
Poe was American, Salman Rushdie and William Makepeace Thackeray are
Indian). In academies or universities, the term often refers to departments and
practical programs of English Studies, a designation that seeks to account for
the fact that the former British colonies developed their own literature and speak
variants of English. In other words, English literature is as diverse as the many
variants of English spoken around the world.

Keywords: English language - Literature - authors


Résumé En Français

Faculté Dom Alberto


Groupe éducatif Faveni
Polo Educacional Plácido de Castro
Diplôme de premier cycle en enseignement de l'anglais

Document de conclusion de cours (TCC)


LITTÉRATURE ANGLAISE DU DIX-NEUVIÈME ET DU VINGTIÈME SIÈCLE
ET LES DIFFICULTÉS DE SON ENSEIGNEMENT DANS LES ÉCOLES
BRÉSILIENNES
Auteur : André Lucas dos Santos Ricardo

Tuteur (a) : Keila Regiane

La littérature de langue anglaise est toute la littérature écrite ou


composée en langue anglaise, même si elle est écrite par des auteurs qui ne
sont pas nécessairement originaires d'Angleterre ou d'autres pays dont la
langue principale est l'anglais (exemples : Joseph Conrad était polonais, Robert
Burns était écossais, James Heller était irlandais, Edgar Allan Poe était
américain, Salman Rushdie et William Makepeace Thackeray sont indiens).
Dans les académies ou les universités, le terme désigne souvent les
départements et les programmes pratiques d'études anglaises, une désignation
qui vise à rendre compte du fait que les anciennes colonies britanniques ont
développé leur propre littérature et parlent des variantes de l'anglais. En
d'autres termes, la littérature anglaise est aussi diverse que les nombreuses
variantes de l'anglais parlé dans le monde.

Mots clés : Langue anglaise - Littérature - auteurs


SUMARIO

1. Introdução........................................................................................Pg 12

2. A literatura Inglesa dos Século XIX e XX e as dificuldades em ensinar

nas escolas brasileiras.....................................................................Pg 15

1.0. Os celtas e sua influência na literatura.............................Pg 16

1.1. Os Romanos e a contribuição para a formação da linguagem

como a conhecemos hoje...................................................Pg 17

1.2. Os germânicos como fonte de inspiração para o começo

literário..................................................................................Pg 18

2.0. O início da idade moderna (renascença) .........................................Pg 18

3.0. A reestruturação no século XXI.........................................................Pg 21

Considerações Finais...............................................................................Pg 27

Referencias Bibliograficas........................................................................Pg 28
I. INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo principal expor


pontos positivos e negativos acerca da literatura inglesa do século XIX e do
século XX, pretendemos com este artigo lançar luz ao as mudanças da
literatura ao longo deste tempo e como foco de problema demostrar a
dificuldade da literatura de modo geral no mundo moderno ao que diz respeito
a literatura antiga, buscaremos sanar algumas lacunas deixadas pelos
escritores da história iremos através do objeto deste documento perscrutar o
que levou à criação da literatura inglesa e todas as fases ás quais ele veio a
passar como processo de evolução.
Para tanto ao longo do processo de pesquisa o aluno investigou escritores
que deram origem ao objeto tema deste projeto, buscando evidenciar de forma
pratica possíveis problemas literários, um deles será alvo norteador – “ ao lingo
dos séculos vemos uma revolução na forma como lemos hoje, e um ponto
passivo é o avanço da tecnologia” coisas estas que no século XIX não havia e
portanto o processo de criação de um artigo literário e principalmente fazer com
que chegasse até o leitor era um percurso muito mais demorado, estes e
outros tópicos serão abordados ao longo deste TCC.
Começaremos explicando um pouco sobre a literatura de modo geral, pois
só entendendo o conceito, conseguiremos compreender como era o movimento
literário a dois sec. atrás, assim sendo podemos dizer que Literatura em
Língua Inglesa é toda a literatura escrita ou composta em língua inglesa,
mesmo que por autores que não são necessariamente da Inglaterra ou outros
países cuja língua principal é o inglês (exemplos: Joseph Conrad era
polaco, Robert Burns era escocês, James Heller era irlandês, Edgar Allan
Poe era estadunidense, Salman Rushdie e William Makepeace Thackeray são
indianos). Nas academias ou universidades, o termo refere-se frequentemente
a departamentos e programas práticos de Estudos Ingleses, designação que
procura dar conta do facto de as antigas colónias britânicas terem desenvolvido
a sua literatura própria e de falarem variantes do inglês. Por outras palavras, a
literatura inglesa é tão diversa como as diversas variantes de inglês faladas no
mundo.
Embarcar nesta viagem, sobre os grandes poetas, falar acerca dos
romances europeus será uma experiência fantástica para o leitor deste trabalho
de conclusão de curso, embora o objetivo seja elucida-los sobre o discorrer do
assunto, achamos apropriado nos aprofundar nas mais diversas fases da
literatura como um todo, exemplo disso é que falaremos da literatura britânica
também conhecida como literatura do Reino Unido, é a linha de frente da
própria escrita em inglês, como o texto a seguir sugere:

A literatura britânica refere-se à literatura associada com Reino Unido, Ilha


de Man e Ilhas do Canal. A maior parte da literatura britânica está escrita
em inglês. Em 2005, cerca de 206 mil livros foram publicados no país e em
2006 a nação foi a maior editora de livros do mundo.

O dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare é amplamente


considerado como o maior dramaturgo de todos os tempos, e seus
contemporâneos Christopher Marlowe e Ben Jonson também foram tidos em
alta estima contínua. Mais recentemente, os dramaturgos Alan
Ayckbourn, Harold Pinter, Michael Frayn, Tom Stoppard e David
Edgar combinaram elementos do surrealismo, realismo e radicalismo. Notáveis
escritores ingleses pré-modernos e modernos incluem Geoffrey
Chaucer (século XIV), Thomas Malory (século XV), Sir Thomas More (século
XVI), John Bunyan (século XVII) e John Milton (século XVII). No século
XVIII, Daniel Defoe (autor de Robinson Crusoé) e Samuel Richardson foram os
pioneiros do romance moderno. No século XIX, seguiu-se outra inovação
por Jane Austen, a escritora gótica Mary Shelley, o escritor infantil Lewis
Carroll, as irmãs Brontë, o ativista social Charles Dickens, o naturalista Thomas
Hardy, o realista George Eliot, o poeta visionário William Blake e o poeta
romântico William Wordsworth. Escritores ingleses do século XX incluem o
romancista de ficção científica H. G. Wells; os escritores clássicos
infantis Rudyard Kipling, A. A. Milne (o criador de Ursinho Pooh), Roald
Dahl e Enid Blyton; o controverso D. H. Lawrence, a modernista Virginia
Woolf;o satirista Evelyn Waugh; o romancista profético George Orwell; os
romancistas populares W. Somerset Maugham e Graham Greene; a escritora
de policiais Agatha Christie (a romancista best-seller de todos os tempos);[5] Ian
Fleming (o criador de James Bond); os poetas T. S. Eliot, Philip Larkin e Ted
Hughes; os escritos de fantasia de J. R. R. Tolkien, C. S. Lewis e J. K. Rowling;
o romancista gráfico Alan Moore, cujo romance Watchmen é frequentemente
citado pelos críticos como a melhor e mais bem vendida romance gráfico já
publicada.

A texto acima é um breve resumo a história pré-moderna, poderíamos até


questionar o uso da literatura britânica aqui quando há o intuito de falar sobre a
literatura inglesa, mas as bandeiras sugerem que sejam praticamente a mesma
coisa, embora haja discrepâncias a grosso modo nos dialetos e língua matriz,
contudo vale ressaltar que ambos estão na mesma linhagem de produção e
cada escritor britânico esteve à frente do modernismo da literatura inglesa
como a vemos nos dias de hoje, acreditamos que com este breve resumo
apontamos o leitor como um tiro de arco ao alvo, procuramos através desta
leitura não só apresentar os fatos sobre o objeto como também despertar um
gosto para a leitura.
A LITERATURA INGLESA DO SÉCULO XIX E XX
E AS DIFICULDADES EM ENSINAR NAS ESCOLAS BRASILEIRAS

Como já vimos na introdução desta pesquisa, abordaremos aqui a


história da literatura e como ela se aplica nos dias atuais. Este artigo mostra
uma visão panorâmica da Literatura Inglesa desde o período inicial até o século
XIV e XX, entrelaçada nas heranças culturais deixadas pelos povos que
dominaram aquela região, e lá deixaram suas marcas ideológicas, simbologias
e identidades. Ajuda também a entender essa Literatura como subsídios de
outras e como elemento importante na construção da linguagem literária.
Ao vasto campo da Literatura Inglesa é importante elucidar seu aspecto
inicial, que apesar de ter seu ápice de desenvolvimento na Bretanha, não exclui
de seu corpo quaisquer escritos que por ventura venham representar aqueles
povos ou que utilizem a sua língua materna como código literário. Burgess
afirma que
A Literatura Inglesa é a literatura escrita em inglês.
Não é apenas a literatura da Inglaterra ou das Ilhas
Britânicas, mas um corpo vasto e crescente de escritos
constituído pela obra de autores que usam a língua inglesa
como um veículo natural de comunicação. (2005, p.17).
Nesse ambiente é intrínseca uma literatura, que durante muitos anos
esteve livre de influências externas, por se tratar de uma ilha e ter como
vantagem o isolamento de outras civilizações, porém foi influenciada pelos
povos que dominaram aquela região durante vários séculos, deixando suas
marcas sociais, sua religiosidade, cultura e pensamento. Entre os povos que
contribuíram para a formação dessa literatura destacam-se os Romanos, os
Celtas e os Germânicos.
A contribuição romana para a cultura britânica se
evidencia tanto por terem sido eles a levar o latim para a
Bretanha quanto por terem estimulado o seu aprendizado
entre os celtas [...] sendo a sua maior contribuição o
cristianismo, representado pela igreja católica. (SILVA,
2005, p.22).
Assim se pode dizer que a literatura inglesa está imbuída de aspectos que
foram introduzidos pelos romanos e que a enriqueceram, proporcionando uma
literatura híbrida e multilobada.
Como já foi dito acima a literatura inglesa sofreu constante alterações ao
longo dos anos dando origem a diversas fases literárias, a influência dos povos
invasores fizeram com que os dialetos e a linguagem como conhecemos fosse
modificada constantemente e como problemática o resultado foi uma variação
linguística.
I.0. Os Celtas e sua influência na literatura
A sociedade celta tinha como principal característica a veneração pela
natureza, pois acreditavam que ela detinha o equilíbrio do mundo. Sua
religiosidade era voltada para o misticismo, o sobrenatural, elegendo a Deusa –
mãe natureza como o seu “Deus supremo”, em relevância, a sociedade celta
tinha muitos traços distintos da romana entre eles o entendimento da figura
feminina como ser de igual valor na sociedade. Nessa perspectiva é
“importante ressaltar que as mulheres eram tratadas como iguais perante aos
homens e podiam inclusive se tornar líderes de sua tribo”. (SILVA, 2005, p.19).
Pouco se sabe sobre a Literatura Celta, devido ao quase extermínio de suas
heranças culturais pelo domínio dos romanos e anglo-saxões, como vislumbrar
BOSI, ao afirmar que:
A conquista colonial causa desenraizamento e morte
com a supressão brutal das tradições” [...] A denominação
econômica de uma região sobre outra no interior de um país
causa a mesma doença. Age como conquista colonial e
militar ao mesmo tempo, destruindo raízes, tornando os
nativos estrangeiros em sua própria terra. ( 2000, p.17)
O texto abaixo é um trecho retirado do site
https://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa, com o intuito de ser mais
instrutivo para o leitor:
Existia um idioma que lembrava o norueguês e, mais ainda,
o islandês atuais, embora muito do verso anglo-saxão nos manuscritos
existentes seja provavelmente uma adaptação "suave" dos primeiros poemas
de guerra escandinavos e germânicos. Quando tais poemas foram trazidos
para Inglaterra, eles começaram a ser transmitidos oralmente de uma geração
para outra, e a constante presença de versos aliterativos, com ritmo constante
(atualmente manchetes de jornal e propagandas usam abundantemente estas
técnicas, tais como em Maior é Melhor), ajudava o povo anglo-saxão a lembrá-
los melhor. Tal ritmo é uma característica do idioma alemão e é oposto aos
poemas em línguas românicas, vocálicos e sem ritmo. Os primeiros versos
escritos datam da época de fundação dos primeiros monastérios cristãos, por
Santo Agostinho de Cantuária e seus discípulos, e é razoável acreditar que
esses poemas tenham sido, de alguma forma, adaptados com base em leituras
cristãs. Mesmo sem suas linhas grosseiras, os poemas de
guerra viquingues ainda têm o cheiro de sangue feudal, e suas rimas
consonantes soam como encontros de espadas sob o triste céu do Norte: há
ainda um senso de perigo iminente em suas narrativas. Em pouco tempo,
todas as coisas devem chegar a um fim, assim como Beovulfo acaba morrendo
nas mãos de um gigantesco monstro que ele passara a vida combatendo. Os
sentimentos de Beovulfo, de que nada continua e que a juventude e alegria
irão se tornar morte e dor, penetraram no Cristianismo que irá dominar a futura
paisagem da ficção inglesa. O tema dos idos tempos dourados (ubi sunt) é, por
exemplo, recorrente em Hamlet ("Alas, poor Yorick..." traduzindo: "Ai de mim,
pobre Yorick... "), para não mencionar a poesia da era jacobina (1567–1625).
Com exceção da levemente amorosa e otimista literatura da Restauração e da
chamada era augusta, a melancolia e a angústia permanecem como tema
favorito dos escritores de língua inglesa, embora o romance gótico e o pré-
romantismo já marcassem o nascimento da sensibilidade romântica moderna.
I.1. Os Romanos e a contribuição para a formação da linguagem
como a conhecemos hoje
A Inglaterra foi dominada por quase 4 séculos pelos povos romanos, que
ali depositaram sua organização política, sua cultura e sua religiosidade, dentre
as suas maiores contribuições para a Bretanha, estão o Cristianismo, a
organização política e social, a oficialização do Latim e a introdução dos
diversos gêneros literários (épico, lírico, tragédia, comédia, sátira, história,
biografia e prosa narrativa) que contribuíram para o desenvolvimento da
literatura e da constituição posterior da Língua Inglesa, como afirma Silva,
A contribuição romana para a cultura britânica se
evidencia tanto por terem sido eles a levar o latim para a
Bretanha quanto por terem estimulado o seu aprendizado
entre os celtas [...] sendo a sua maior contribuição o
cristianismo, representado pela igreja católica. (2005, p.22).
Assim se pode dizer que a literatura inglesa está imbuída de
aspectos que foram introduzidos pelos romanos e que a
enriqueceram, proporcionando uma literatura híbrida e
multilobada.

I.2. Os Germânicos como fonte de inspiração para o começo


literário
Mesmo diante do pré-julgamento romano de que eram bárbaros, pois
detinham cultura diferente, os Germânicos governaram a Bretanha por mais de
6 séculos e contribuíram tanto para a formação da língua inglesa como para
sua literatura e cultura, pois segundo White, “[...] cultura é um processo
acumulativo de todas as experiências históricas das gerações anteriores” (apud
LARAIA, 2002, p. ). Entende-se que os séculos que antecederam o ano de
1066 d.C. eram compostos por um desenvolvimento considerável na área de
conhecimento, comunicação, comércio e das artes.
É bastante comum na literatura inglesa a mistura aspectos dos diversos
povos que contribuíram para a criação da identidade cultural da Inglaterra.
Observa-se que as tais contribuições foram tão fortemente sugadas que
mesmo face às interferências e censura da cultura e religiosidade vigente nas
diversas épocas, era quase impossível exterminar por completo aspectos
culturais populares.
2.0. Início da Idade Moderna (Renascença)
Após a introdução das prensas móveis na Inglaterra por William
Caxton em 1476, uma literatura vernácula, como outras literaturas nacionais,
floresceu. A Reforma inspirou a produção de uma liturgia vernácula que levou à
criação do Book of Common Prayer, que muito influenciou a linguagem da
literatura inglesa da época. A poesia, a prosa e a dramaturgia produzidas no
período da rainha Isabel I e o rei Jaime I é o que hoje chamamos de literatura
moderna ou renascentista inglesa.

“Sem forma” é a expressão utilizada por muitos


estudiosos quando se referem à literatura inglesa. Mas se
não existe um formato idealizado, como se pode entender
essa literatura? De fato não existe até o século XVII
qualquer semelhança no desenvolver literário com outras
escolas acadêmicas, só a partir do período elisabetano, em
que há a abertura para as grandes navegações, que o fluxo
de informações cresce incessantemente e a Inglaterra se
contamina com as idéias e pensamentos renascentistas.
Porém há alguns séculos atrás, o que compunha as
características da literatura inglesa era o modo como o texto
oral ou escrito era desenvolvido, sem se deter a influências.
O tecido textual de cada momento representativo da
literatura inglesa, apresentava-se recheado de cultura,
religiosidade e pensamento dos autores contemporâneos de
cada época, logo destacam-se os períodos da Literatura
Anglo-saxônica e da Literatura Medieval.
A literatura no período da Restauração inclui o Paraíso
Perdido e Sodom de Earl of Rochester, a comédia sexual altamente impetuosa
de The Country Wife e visão moral de moral de Pilgrim's Progress. É visto
a Treatises on Government de Locke, a fundação da Royal Society, o
experimento de Robert Boyle e o pensamento completo de Boyle, os ataques
histéricos aos teatros de Jeremy Collier, o pioneirismo da literatura crítica de
Dryden, e os primeiros jornais. A mudança na cultura literária fora causada pela
censura e pelos padrões moralistas radicais aplicados pelo regime puritano dos
Cromwell, criando uma descontinuidade na tradição literária. Após a
Restauração, há uma retomada gradual de todas as formas de literatura.
Durante o Interregnum, as forças reais atacaram a corte , que seguiu para o
exílio com Carlos II, que tinha então 20 anos. Os nobres que viajaram com
Carlos II ficaram então alojados, por mais de uma década, no centro da cena
literária do continente. Os nobres que viviam na Holanda começaram a
aprender sobre trocas mercantis mas também sobre tolerância e racionalismo,
ideias que circulavam livremente no país.
A maior e mais importante forma poética dessa época foi a sátira. No
geral, publicações satíricas eram anônimas. Era um grande perigo ser
associado a uma sátira. Por um lado, segundo as leis de difamação, era difícil
para um sátiro evitar um processo, se fosse provado que ele escrevera um
panfleto que parecesse criticar um nobre. Por outro lado, indivíduos ricos
poderiam responder violentamente a uma sátira, e o poeta suspeito podia ser
atacado fisicamente. John Dryden foi agredido devido à mera suspeita de ter
escrito Satire on Mankind. Uma consequência desse anonimato é que a grande
maioria dos poemas, alguns deles de mérito, não foram publicados e
permaneciam desconhecidos.

Uma literatura de caráter anônimo tendo como sua principal obra


“Beowulf”, um poema épico recheado de acontecimentos sobrenaturais e
misticismo, originalmente pertencente ao repertório das estórias orais do povo.
Do ponto de vista simbólico, percebe-se a presença do Cristianismo, mesmo
religiosamente considerados pagãos, a Literatura dos anglo-saxões foi
registrada pelos monges da igreja católica e aos seus registros adicionados
termos e idéias do cristianismo. Ainda nesse período é desenvolvido o gênero
textual lírico, com a intenção de refletir na literatura o estado da alma do
homem, um momento frio, melancólico e solitário, que figurava na fala dos
scopas e no registro dos monges, endossa Silva,

Se os scopas transmitiram esses poemas, foram os


monges que os preservaram. Nesse processo devemos
considerar que o fato de que alguns elementos cristãos
foram incorporados, ao passo de que alguns elementos pré
cristãos eliminados. Os poemas líricos anglo-saxônicos,
portanto, mesclam a tradição dos scopas e dos monges.
(2005, p.48)

É nessa época que se consegue perceber uma estruturação do fazer


literário inglês, que dando sequência ao que inicialmente “Beowulf”
representou, utiliza-se de recursos da literalidade como referências para a
produção dos textos, entre eles as kennings (espécie de metáfora), a
aliteração, a metonímia, a sinédoque, o tom elegíaco e a lamentação como
podemos perceber no poema lírico a seguir:

“Onde estão o cavalo e o cavaleiro? Onde está a trombeta que estava tocando?
Passaram como chuva na montanha, Como vento nos prados. Os dias sumiram no Oeste,
Atrás das colinas, Para as sombras ( in Silva, 2005, p.50”.

Estudar a Literatura Inglesa é ampliar o olhar sobre o tecido literário


universal, é ainda utilizar a semiótica como instrumento na projeção de
diversas impressões e leituras, é viajar pela antropologia, cultura, história,
ideologias, simbologias e identidades que permearam e permeiam o fazer
literário da Inglaterra, entendendo a importância do conhecimento de outras
literaturas num nível mais profundo para compreender a nossa própria, e a
partir dessa ciência consolidar de uma maneira sistêmica literatura e linguagem
como representantes da expressão do pensamento e sentimento humanos. É
compreender que a ela faz parte do contexto histórico e principalmente faz com
que nós possamos obter um direcional facilitador da compreensão da história
pré-moderna, nas artes, na literatura de modo geral, na música, na dança, no
teatro e por fim na própria história da humanidade.

Concentrando-se no período médio, é notável a herança céltica


traduzida pelas estórias do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda,
envoltas na prosa inglesa, compondo o ciclo das lendas arturianas, escritas por
Thomas Mallory que tinham como característica a mistura da nostalgia
cavaleiresca com sentimentos trágicos. Posteriormente essas estórias
receberiam um tom da religiosidade cristã, considerando temas ligados à
cultura céltica como heresia e bruxaria. “Assim, no conceito comum, os velhos
deuses foram interpretados como demônios” (BORGES, 2005, p. 4).

3.0. A REESTRUTURAÇÃO NO SÉCULO XXI

Como o estudo da literatura auxilia no aprendizado da língua inglesa?


Primeiramente, devemos lembrar que não podemos pensar em uma
língua, sem pensar na cultura e tudo que envolve esta nova língua. Assim
como as comidas típicas, músicas, filmes e arte, a literatura é extremamente
importante durante o processo de ensino e aprendizagem da segunda língua.
Através da literatura estrangeira, alunos e professores têm a oportunidade de
mergulhar diretamente na sociedade e na história do país falante da língua
alvo.
A literatura também permite ao professor proporcionar ao seu aluno
discussões sobre temas que ainda são discutidos nos dias atuais, tais como
diferenças sociais, preconceitos, casamento, educação, religião, política, entre
outros. O uso do texto literário nas aulas de língua inglesa ainda é visto como
algo “impossível”, ou “muito trabalhoso”, por alguns professores de língua
estrangeira. Este é um assunto que sempre gera discussões entre professores,
coordenadores e alunos. Não podemos deixar de mencionar que esse tema já
foi, e ainda é, motivo de muitas pesquisas de campo que se tornaram
dissertações e teses no meio acadêmico. A partir desta discussão, sempre vem
a pergunta: “Qual a importância da literatura nas aulas de inglês? Ou “o uso da
literatura ajuda no aprendizado de uma segunda língua” Aprender uma língua
estrangeira pressupõe uma vontade de abrir-se para o mundo, de começar um
diálogo de uma vida com culturas de outros países, outros modos de viver,
outras histórias, crenças e concepções; enfim, um diálogo com o outro. Ensinar
uma língua estrangeira, portanto, implica um mergulho duplo rumo a essa
alteridade, já que o professor, depois de ter vivenciado sua própria
aprendizagem inicial, é agora confrontado com a tarefa, ao mesmo tempo
mágica e árdua, de conduzir, organizar e de alguma maneira promover o
aprendizado de outros, imbuídos todos nesse espírito de comunicar- -se com a
diferença.
A literatura é um rico produto cultural que, nos dias atuais, perdeu, de
certa forma, seu caráter elitizado, tornando-se mais democrático e fácil o seu
acesso. Hoje, podemos interagir com obras literárias em diferentes formatos e
plataformas para além do meio tradicional, o livro impresso, que, infelizmente,
ainda representa um produto caro para o bolso do brasileiro, especialmente o
aluno da rede pública de ensino.
Quando observamos as discussões sobre o ensino de literatura por
parte de professores do ensino básico, percebemos que esse assunto
geralmente se limita às aulas de língua materna. Há uma grande dificuldade de
professores brasileiros de Língua Inglesa explorarem textos literários em suas
aulas em virtude da realidade do ensino dessa língua na escola pública. Além
do mais, quando são utilizados, por vezes se tornam pretexto para o ensino da
gramática da língua, e seu real propósito — a exploração de sentido e leitura
dos alunos — acaba se perdendo, visto que o ensino de inglês, em muitas
escolas públicas, está ainda pautado na abordagem de regras gramaticais
isoladas (cf. BRASIL, 2006, p. 107). A dificuldade de um ensino-aprendizagem
efetivo dessa língua, na esfera pública, vem de toda uma estrutura precária que
inclui a falta de preparação adequada do professor de língua, a carência de
material didático e a carga-horária reduzida da disciplina, fatores que
contribuem para a baixa qualidade do ensino e aprendizado da Língua Inglesa
(cf. BRASIL, 1998, p. 21).
(…) expandir os repertórios linguísticos,
multissemióticos e culturais dos estudantes, possibilitando o
desenvolvimento de maior consciência e reflexão críticas
das funções e usos do inglês na sociedade contemporânea
— permitindo, por exemplo, problematizar com maior
criticidade os motivos pelos quais ela se tornou uma língua
de uso global. Nas situações de aprendizagem do inglês, os
estudantes podem reconhecer o caráter fluido, dinâmico e
particular dessa língua, como também as marcas
indenitárias e de singularidade de seus usuários, de modo a
ampliar suas vivências com outras formas de organizar,
dizer e valorizar o mundo e de construir identidades.
(BRASIL, 2018, p. 485).
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo professor da escola pública ao
trabalhar com textos mais extensos em aulas de Língua Inglesa, a literatura
pode representar uma rica ferramenta nas aulas de língua estrangeira, pois
trata- -se de um produto cultural proveniente de diferentes sociedades. Assim,
o professor expande o olhar para além da sala de aula, pois ensinar inglês no
Brasil significa, também, ver a língua como mediadora de relações entre
pessoas de diferentes línguas maternas, não nativas, produtoras e
consumidoras de cultura (cf. GIMENEZ, 2011, p. 49). Dessa forma, o ensino
com textos literários pode proporcionar aos alunos um contato cultural, além de
um consequente aprendizado mais contextualizado da língua.
As reflexões sobre o ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira
Moderna (LEM) na educação básica abrangem questões sobre sua função e
importância na formação da identidade e do conhecimento de mundo do
indivíduo. Desse modo, para que a aprendizagem de uma língua estrangeira
seja significativa, o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita,
compreensão e comunicação oral é essencial (BRASIL, 2000; BRASIL, 2006).
No entanto, o ensino de LEM, em especial o da Língua Inglesa,
sempre encontrou dificuldades no Brasil. A falta de professores capacitados, de
formação pedagógica adequada e também o número reduzido de horas ao
estudo de outro idioma prejudicam o trabalho das quatro habilidades em sala
de aula (CARVALHO; BRIGLIA, 2013; CORCHS, 2006).
Verifica-se também que, na maioria das instituições de ensino
brasileiras, principalmente as públicas, as aulas são monótonas e repetitivas,
com foco nas estruturas gramaticais da língua. As competências de leitura e
escrita são trabalhadas com o objetivo do ensino da gramática, dissociadas da
construção de sentido do texto (CORCHS, 2006; MOTA, 2010).
Frente a esses obstáculos que abarcam o processo de aquisição da língua, que vantagens
o uso de textos literários pode ter para o ensino de Língua Inglesa na educação básica
brasileira?
É no Ensino Médio que o educando tem real contato com a literatura nas
aulas de Língua Portuguesa, portanto o uso de textos literários de Língua Inglesa
aproxima-o de grandes autores da literatura estrangeira e, consequentemente, do
conhecimento histórico e social referente às obras estudadas.
Os processos de leitura, escrita, comunicação e compreensão oral são
essenciais para o desenvolvimento dos estudantes, pois contribuem para uma
formação crítico-reflexiva e estimulam a expressão de opiniões e emoções.
Educadores reconheceram a necessidade de
desenvolvimento da fala no lugar do desenvolvimento
da compreensão textual, da gramática ou da
apreciação literária como objetivo dos programas de
língua estrangeira; houve um interesse em como as
crianças aprendem as línguas, o que levou a tentativas
de desenvolver princípios de ensino a partir da
observação da (ou mais tipicamente, das reflexões
sobre) aprendizagem da língua pela criança1
(RICHARDS; RODGERS, 1986, p. 6, tradução nossa).

O crescente interesse pela oralidade e, consequentemente, pelo estudo da


fonética no ensino de LE contribuiu para a propagação da Abordagem Direta – AD
(The Direct Method). Leffa (1988) ressalta o grande destaque dessa abordagem em
diversos países, sendo o método oficial em escolas públicas da Alemanha, da França e
da Bélgica no início do século XIX.
O foco principal da AD, como já mencionado anteriormente, é o desenvolvimento
da habilidade oral. Os principais fatores dessa abordagem, portanto, envolvem: o
aprendizado somente por meio da L2, ou seja, a língua materna nunca deve ser
utilizada; a utilização de sentenças e vocabulários cotidianos; a fala e a compreensão
oral antes do contato com exercícios de leitura e escrita; o vocabulário ensinado por
meio de demonstrações, figuras, objetos ou associação de ideias; a ênfase à pronúncia
correta (LEFFA, 1988; RICHARDS; RODGERS, 1986).
Diversas críticas surgiram a essa abordagem a partir dos anos 60. Richards e
Rodgers (1986) ressaltam que as habilidades adquiridas no curso não eram utilizadas na
comunicação real. Além disso, os alunos estavam insatisfeitos com o modo behaviorista
de aprendizagem, considerando-o cansativo. A língua não poderia ser considerada como
um comportamento imitado, de formação de hábito, mas sim com foco consciente e
significativo do uso e da aprendizagem da língua.
Seguiu-se, então, um período de transição em que as mudanças no ensino-
aprendizagem de língua estrangeira começam a manifestar-se a partir de 1960, tanto nos
Estados Unidos, com o declínio da Abordagem Audiolingual, quanto com as críticas ao
método britânico de Ensino de Línguas Situacional. Segundo Richards e Rodgers
(1986), as duas abordagens apresentavam semelhanças, principalmente no que se refere
à natureza da linguagem e ao modo de aprendizagem.
No entanto, uma das críticas que Leffa (1988) ressalta sobre a Abordagem
Comunicativa é a dispersão da aprendizagem, pois há uma separação dos conteúdos
geralmente expressa em funções (por exemplo, os materiais são divididos em unidades
funcionais: perguntar e identificar informações; concordar ou negar; pedir desculpas;
expressar prazer, surpresa, gratidão; cumprimentar e despedir-se; etc.). Ainda segundo
Leffa (1988), o ciclo das abordagens termina em aberto com a AC, sendo que ela é
empregada em muitos cursos de LE atualmente.
Ensinar literatura nunca foi uma missão fácil para um mestre, porque é
algo que foge ao controle absoluto daquele que maneja a escrita e deixa livre
para interpretar, a seu gosto, aquele que executa a leitura do material
produzido pelo autor. Isto sugere, já de antemão que, sem um profundo
conhecimento sociológico, nenhum professor de literatura que se preze, pode
dar-se ao luxo de considerar-se um pensador da literatura e tal assertiva
provoca um grande mal-estar nos procedimentos didáticos. Então, afinal, do
que se fala de fato, em uma aula sobre literatura? Fala-se da obra, que é
produto do autor, ou fala-se do tempo histórico e de acontecimentos únicos que
atravessaram de uma forma espetacular determinado autor. Portanto, o
resultado é algo que não pode ser compreendido em seu tempo,
estranhamente, então a literatura continuará a desafiar os expectadores de
eras inimagináveis por aquelas criaturas?
Assim, eis que temos um paradoxo: O que, de fato, nos atrai, em um
estudo acerca da literatura? A criatura ou o criador? Este é um produto de seu
tempo, um ser que já nasceu como o sábio da velha lenda chinesa, um velho-
criança, alguém que teve que arcar com o peso ad absurdum de toda a cultura
que o antecedeu. No entanto, aquilo que nasceu de suas entranhas mentais,
ousou sonhar o esplendor da juventude, como diria Nietzsche, sonhou o futuro
que não podia estar muito longe de si mesma, porque desconhecia qualquer
coisa diferente de seu mundo e de seu tempo. Logo, tem-se outro embaraço,
porque tudo aquilo que se enxerga, por meio dos olhos do artista visionário,
pode não ser nada mais que uma interpretação do desejo pessoal de que
assim o fosse, uma ilusão, da mesma maneira que uma criança vê animais
formados por nuvens no céu.
Perguntamos o porquê de, na atualidade o livro, os romances, os contos,
as crônicas, as novelas não despertarem mais tanto a atenção dos
adolescentes e nem mesmo das crianças. A literatura encontrou depois de
milênios um adversário tão poderoso quanto ela o foi para a contação de
histórias na Antiguidade: o celular, a internet, o computador pessoal. Estes
instrumentos mágicos e encantadores atraem de tal forma a atenção dos
adultos que, desde muito cedo, as crianças querem fazer parte deste mundo. O
bielorusso L. S. Vygotsky foi um dos primeiros a entender que o homem é um
animal que segue padrões, cópia formas de ação e de reação. S. Freud, de
igual forma, já havia alertado para isto. Portanto, tem-se que a formação de
alunos leitores é uma reprodução de um comportamento admirado.

Considerações finais
Começamos nossas considerações finais reafirmando que a literatura em
língua inglesa inserida no processo educacional do aluno na disciplina de
línguas contribui não somente como um material com conteúdo linguístico, mas
que a partir dele, o aluno pode se desenvolver intelectualmente através de uma
visão crítica do mundo e da sociedade em que vive. Ainda ressaltamos que
embora os pais da literatura antiga não estejam mais entre nós, eles foram sim
os responsáveis por termos hoje uma base solida acerca da literatura em si.
Durante a pesquisa descobrimos um problema, no método de ensino da
literatura, contudo vale lembrar que não se trata da literatura, mas sim dos
professores que não consegue assimilar os conteúdos ou não possuem
estratégias para tal fim.
Sendo assim, esse material pode ser visto como uma ferramenta muito
poderosa e que se bem utilizada, com um conteúdo de textos autênticos,
significativos e relevantes ao aluno, além do conhecimento cultural adquirido,
levará o aluno à reflexão e o ajudará a melhorar as habilidades de leitura,
escrita e oral da língua inglesa. Sugerimos aos professores de língua inglesa, a
leitura dos trabalhos de Oscar Wilde, assim como outros escritores, para que
sejam motivados a criar atividades para serem trabalhadas em sala de aula.
Acreditamos que a literatura ainda é a chave para a evolução humana, e
buscamos através deste documento induzi-los a refletir sobre o processo de
leitura e lê mais pois o conhecimento é a única coisa que não se pode roubar
de você.
“Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas
ponderado. ” William Shakespeare

Referências bibliográficas
WILDE, Oscar. The Selfish Giant. The Happy Prince and Other Stories. 1998.
Disponível em Acessado em 20 Agosto 2006

COLASANTE, Renata. O Lugar da Literatura Inglesa na Sala de Aula In:


Semana de Letras - UNIMEP. Piracicaba, SP: Universidade Metodista de
Piracicaba, 2005.

IZARRA, Laura P. Zuntini de. Historicizing the English Text. The Teacher´s
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OEIRAS, Janne Yukiko Yoshikawa. ACEL – Ambiente Computacional Auxiliar


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