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Cap 3

resumo

 Vilaça chega a Santa Olávia (Quinta de Afonso)


 Jantar em casa de Afonso onde ocorre atrito entre ideais de educação
 Discussão sobre educação de Carlos enquanto bebem café
 Passeio pela freguesia
 Quando voltam a casa, as irmãs silveira discutem a educação demasiada rígida de
Carlos em comparação com a de Eusébiozinho
 Afonso e Vilaça dirigem-se sozinhos para a livraria
 Vilaça informa que Maria de Monforte encontra-se em Paris e supõe-se que Maria
Eduarda está morta, informação obtida através da carta de Alencar
 Afonso pede a morada de Alencar
 Afonso informa Vilaça que Carlos sabe que o pai se suícidou
 2 semanas depois, Vilaça envia carta a Afonsoe informa que morrera-lhe a filha em
Londres
 Passado algum tempo surge a notícia de morte de Vilaça o que causa grande desânimo
 Anos mais tarde, Carlos faz o exame de admissão de Universidade.

Personagens

 Afonso – Velho de barba branca, robusto e corada, com a ausência de rugas.


 Carlos – Cabelo encaracolado e com os olhos do pai, muito ativo chegando mesmo a
ser agressivo (só pensava em guerra). Bastante fluente em inglês mas não tanto a
português
 Vilaça – Amigo, procurador e administrador da família, conselheiro de Afonso da Maia
 Sr. Brown – Inglês de postura imponente dado que é o educador de Carlos
 Abade – defensor da educação à portuguesa
 Eusébiozinho – Inteligente e filho de Ana Silveira, bastante dotado no português,
conquistador com as mulheres.
 Ana Silveira – Mãe de Eusébiozinho
 Gertrudes – Criada
 Teixeira – Criado

Espaço

 Santa Olávia: espaço de pureza e tranquilidade associada ao campo. Espaço positivo,


sinónimo de vida. (Local de crescimento da Carlos)

Referencia temporal

 “Por uma manhã de Abril, nas vésperas de Páscoa...” “...era o primeiro dia bonito
dessa primavera chuvosa...”

Excerto

“Mas o Teixeira muito grave, muito sério, desiludiu o Sr. administrador. Mimos e mais
mimos, dizia s. S.ª? Coitadinho dele, que tinha sido educado com uma vara de ferro! Se
ele fosse a contar ao Sr. Vilaça! Não tinha a criança cinco anos já dormia num quarto
só, sem lamparina; e todas as manhãs, zás, para dentro duma tina de água fria, ás
vezes a gear lá fora... E outras barbaridades. Se não se soubesse a grande paixão do
avô pela criança, havia de se dizer que a queria morta. Deus lhe perdoe, ele, Teixeira,
chegara a pensa-lo... Mas não, parece que era sistema inglês! Deixava-o correr, cair,
trepar ás árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro. E depois o
rigor com as comidas! Só a certas horas e de certas coisas... E ás vezes a criancinha,
com os olhos abertos, a águar! Muita, muita dureza.”

Educação de Carlos:

 Com cinco anos já dormia sozinho no quarto e sem luz.


 Todas as manhãs tomava banho com água fria

Cap 4

 Revelação da vocação para medicina por parte de Carlos


 Discussão quanto a esta revelação (Pensara-se que Carlos iria para Direito)
 Mudança para o Paços de Celas (Casa que o avô preparara para o estudo de Carlos)
 O Paços de Celas torna-se um ambiente concorrido
 Carlos passava as férias em Santa Olávia, mas já não era o mesmo ambiente (ambiente
morto)
 João da Ega andava em Direito, mas não era bom aluno.
 Descrição das aventuras romanticas de Carlos (com Hermengarda e Encarnacion.)
 Carlos passa um ano a viajar pela Europa, de onde volta mais crescido e formoso
 Carlos decide montar um laboratório e consultório (e descrição destes)
 Amizade entre Carlos e o Sr. Vicente (mestre-de-obras)
 Ausência de clientes no consultório
 Regresso de João da Ega, e conversa entre ele e Carlos, onde Ega revela-se uma pessoa
mais madura (descreve a mudança de residência de Celorico para a Foz, conta a Carlos
sobre Craft, e revela que vai publicar o seu livro: “Memórias de um Átomo”.)

Personages

 Carlos – Com vocação para Medicina, entra na universidade de Coimbra onde acaba o
curso, e viaja para europa. Depois desta, revela-se um homem formoso, alto, de
ombros largos, barba e com os irresistiveís olhos do pai, como um “belo cavaleiro da
Renascença.”
 Afonso – Entusiasmado com a atitude de Carlos, e disposto a ajudá-lo finaceiramente
 João da Ega – Inicialmente, revela-se como mau estudante, ateu, rebelde e contra a
Ordem Social. Mais tarde, mostrará-se mais maduro, vistoso e bem vestido, mais culto
e dedicado ao seu livro, mas sempre com um olho em mulheres.
 Craft – Amigo de Ega, rico e a “viver à grande”
 Sr. Vicente – O mestre-de-obras de meia-idade, risonho e barbeado. Oposicionista à
monarquia e um repúblicano ferrenho.
 Vilaça Júnior – Aspirante a Vereador da Câmara de Lisboa, ajuda Carlos a instalar as
suas operações.

Espaço

 Santa Olávia: O mesmo lugar familiar, mas mais morto, devido à ausência ou
falecimento de alguns antigos hóspedes
 Paços de Celas: Cottage Ingles que o avô dá a Carlos para estudar. Lugar cheio de vida,
onde se reunem fidalgotes e democratas.
 Consultório: Local denúnciador da sua incapacidade de realizar o seu projeto
profissional, sendo um local que demonstra certos traços de Carlos como o seu
requinte.

Excerto:

“Uma noite mesmo rompera pela sala em triunfo, a mostrar ás Silveiras, ao Euzébio, a
pavorosa litografia de um feto de seis meses no útero materno. D. Ana recuou, com
um grito, colando o leque à face: e o Dr. delegado, escarlate também, arrebatou
prudentemente Euzebiosinho para entre os joelhos, tapou-lhe a face com a mão. Mas
o que escandalizou mais as senhoras foi a indulgência de Afonso. - Então que tem,
então que tem? dizia ele sorrindo. - Que tem, Sr. Afonso da Maia!? exclamou D. Ana.
São indecências! - Não há nada indecente na natureza, minha rica senhora. Indecente
é a ignorância... Deixar lá o rapaz. Tem curiosidade de saber como é esta pobre
máquina por dentro, não há nada mais louvável... D. Ana abanava-se, sufocada.
Consentir tais horrores nas mãos da criança!... Carlos começou a aparecer-lhe como
um libertino «que já sabia coisas»; e não consentiu mais que a Terezinha brincasse só
com ele pelos corredores de Santa Olavia.”

Tempo:

 Pós curso: “...Um ano passou. Chegara esse Outono de 1875...”

Educação de Carlos
 Educação à inglesa
 Estimulante do corpo e do intelecto o que leva a maior resistência a
adversidades
 Valorização da vitalidade e da força
 Privilegia a vida ao ar livre e contacto com a natureza
 Aprendizagem de línguas vivas
 Desprezo pela cartilha e por conhecimento teórico
 Rigoroso e exigente com vários “métodos”

Educação tradicional VS educação à inglesa


Educação tradicional Educação à inglesa (Carlos)
(Eusebiozinho)
 Educado por Abade Custodio  Educado por Brown
 Desvalorização do contacto  Valorização do contacto da
com a natureza natureza
 Educação muito religiosa  Aprendizagem de línguas
com a aprendizagem de vivas (inglês) e desprezo da
línguas mortas (latim) e da cartilha e do conhecimento
cartilha teórico
 Submissão da vontade por  Aprendizagem obtida
chantagem afetiva através de realidades
 Superproteção praticas
 Valorização da memorização  Submissão da vontade e do
 Torna-se frágil física e dever
psicologicamente  Rigor, método e ordem
 Valorização da vitalidade e
da força

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