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Olá a todos!

Hoje viemos apresentar o capítulo III de “Os Maias”, escrito por Eça
de Queirós.
O texto descreve um encontro entre várias personagens, com destaque para Vilaça, Afonso
e Carlos. Com a leitura deste capítulo é possível dizer que a infância de Carlos é passada em
Santa Olávia e é descrito um episódio onde se dá uma visita de Vilaça, o procurador dos
Maias à quinta o qual foi recebido pelo mordomo Teixeira e Gertrudes. A Ação decorre na
quinta de Santa Otávia, nas margens do Douro, em Abril, nas Vésperas da Páscoa.
Imediatamente ao chegar, Vilaça depara-se com Carlos e fica surpreso ao ver que cresceu
bastante desde a última vez que se viram e fica encantado com as semelhanças entre ele e a
família dos Maias.
De seguida ocorre um jantar entre eles, no qual Afonso descreve a Vilaça acerca da
educação liberal de Carlos e das novas regras para alimentação e rotina diária dele, que está
a ser educado por um tutor inglês, Brown, ou seja, este dá primazia sobretudo ao exercício
físico e às regras duras que Afonso impõe ao Neto. Carlos tinha uma doutrina muito
rigorosa, até porque tinha que se deitar cedo e acordar a umas horas específicas mesmo em
dias de festa.
Durante o jantar, Vilaça pergunta também como iam os estudos de Carlos e, Brown, o tutor
inglês, argumenta que é importante desenvolver a força e a saúde antes de aprender a
recitar e que a instrução deve ser prática e útil. Brown entendia que era necessário
desenvolver primeiro os músculos, posição que Afonso aprovava, alegando que era
importante apostar-se primeiro na saúde e na força e Afonso completa que seria também
importante aprender coisas úteis e práticas.

No final do jantar os personagens foram para o terraço tomar café e nesse momento
verifica-se uma oposição de ideias entre Brown e Afonso, que defendem a educação de
Carlos, e Vilaça e abade custódio, onde abade, admite que a educação inglesa dada a Carlos,
poderia fazer atletas, mas não fazia bons cristãos, insistindo que Carlos, como único
herdeiro de uma casa tão grande e com futuras responsabilidades na sociedade, deveria
aprender outra doutrina.

Neste capítulo também ficamos a conhecer os Silveiras, que eram senhoras ricas de uma
quinta próxima: Teresinha, a primeira namorada de Carlos, a sua mãe, a sua Tia e o seu
irmão Eusebiozinho, o oposto de Carlos, um menino com aspeto muito frágil, sombrio e
melancólico. Era tímido, medroso e estudioso que usufruía de educação tradicional.
Este é sobretudo um capítulo de contraste entre as educações tradicional de Eusebiozinho e
à inglesa de Carlos. Enquanto na primeira dá se a valorização à memorização, aprendida
essencialmente em casa e dá-se a conhecer o latim, uma língua morta. O Outro privilegia a
atividade física e o contato com a natureza, com um elevado rigor onde é aprendida
essencialmente a língua inglesa. Assim vimos um contraste entre os dois, enquanto um é
fraco e frágil, o outro é forte e saudável

Após o jantar Vilaça dá notícias de Maria Monforte e de sua filha a Afonso, e segundo ele a
neta de Afonso morrera em Londres e Afonso acaba por aceitar esta ideia e ficou decidido
que não se abordaria mais o nome da Maria.

Uns dias depois Vilaça regressa a Lisboa e dá se uma tragédia, morre e deixa ao filho,
Manuel Vilaça, a procuradoria da casa dos Maias.
Alguns anos depois Carlos faz exame triunfal de candidatura à universidade

Burguesia provinciana de santa olávia


Neste capítulo é apresentado uma sociedade fútil, sem cultura, que se preocupava demasiado com
as crianças, com a vida alheia, fazendo sempre do mesmo tema de conversa.

sobretudo valorizavam a educação tradicional portuguesa:

Tia e mãe de Eusebiozinho: representavam as senhoras da época, que não trabalhavam, só


cuidavam das crianças e eram senhoras sem cultura e interesses sociais

Eusebiozinho: representa a educação retrograda Portuguesa e sua influência no carácter das pessoas

Foi utilizada uma linguagem específica

Familiar;

Rica em diminutivos “perninhas flácidas” “dissestes os versinhos” “mãozinhas pendentes”;

Ironia (mas é muito esperto, minha senhora!- acudiu Vilaça- é possível- respondeu secamente a
inteligente silveira

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