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PERFIL PROFISSIONAL –

EDUCAÇÃO ESPECIAL
1. PERFIL
 Espera-se do(a) professor(a) que atua na  Guarda-se, entre o professor da sala
modalidade de Educação Especial comum e o professor especializado,
domínio do paradigma da Educação uma relação dialógica, devendo ser
Inclusiva, fundamentado na concepção de próprio deste último a competência
direitos humanos e que almeja uma escola para trabalhar com o estudante as
de qualidade para todos, cujo pressuposto questões relativas às especificidades
é de que todos os estudantes têm o direito geradas pelas deficiências sensoriais,
de conviver, aprender e estar juntos, tendo física, intelectual; ou Transtorno Global
respeitadas suas diferenças e do Desenvolvimento/Transtorno do
peculiaridades. Isso requer atenção às Espectro Autista ou pelas altas
dimensões de acessibilidade, tanto física, habilidades/superdotação. Devem ser
atitudinal, programática, metodológica e consideradas, também, as
comunicacional a partir do conhecimento características dos educandos e
dos recursos necessários e disponíveis, o valorizadas suas potencialidades.
que inclui, também, conhecimento de
acessibilidade curricular, adaptação de
materiais, flexibilizações de estratégias
pedagógicas, construção do Plano de
Atendimento Educacional Especializado –
PAEE a partir da Avaliação Pedagógica
Inicial – API para atender as necessidades
dos estudantes e seus diferentes modos de
aprender.
Faz-se necessário considerar a relevância da amplitude do olhar do(a) professor(a) especializado em relação a seus
colegas da sala comum, à equipe escolar e à comunidade, principalmente, à família do estudante. Isto requer tanto a
percepção das contínuas mudanças sociais que ocorrem ao longo do tempo, tendo como referência a questão da
diversidade, quanto à formação específica, com abrangência de métodos e técnicas que atendam adequadamente e
de forma contextualizada o estudante com necessidades educacionais especiais.

 Neste contexto, é importante o


conhecimento da evolução das
políticas públicas, refletidas nas
diretrizes e legislação atual,
principalmente no que se refere ao
Brasil e ao estado de São Paulo.
 2. DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ
 Conhecimentos
Importante: • Distinguir a pessoa com deficiência
auditiva e a pessoa surda.
• Dos tipos de surdez, suas características.
• Dos aspectos culturais, linguísticos e
sociais da comunidade surda.
• Dos diferentes níveis linguísticos da
LIBRAS e do Português.
• Da metodologia do ensino da Língua
Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira
língua do surdo.
• De materiais didático-pedagógicos,
recursos de acessibilidade para a
elaboração de plano de atendimento
educacional individualizado, visando
favorecer a autonomia dos estudantes
visando o atendimento dos diferentes tipos
de surdez.
Capacidades
 • Identificar os tipos de surdez e segunda língua para surdos.
suas características.
 • Identificar materiais didático-
 • Identificar aspectos culturais, pedagógicos, recursos de
linguísticos e sociais da acessibilidade e elaborar o Plano
comunidade surda. de Atendimento Educacional
Especializado – PAEE a partir da
 • Identificar os diferentes níveis
Avaliação Pedagógica Inicial – API,
linguísticos da LIBRAS e do
a fim de favorecer a autonomia
Português.
dos estudantes visando o
 • Dominar a metodologia do atendimento dos diferentes tipos
ensino da Língua Brasileira de Sinais de surdez.
– LIBRAS como primeira língua do
surdo.
 • Dominar a metodologia de
ensino da Língua Portuguesa como
3. DEFICIÊNCIA FÍSICA (DF)
Conhecimentos
 • Conhecer as diferentes formas de de Tecnologia Assistiva, como:
manifestação, graus de limitação, seguradores de lápis e engrossadores
distúrbios e transtornos associados. de lápis, pranchas de comunicação,
teclado adaptado, além de recursos
 • Conhecer as barreiras
tecnológicos com uso de
enfrentadas: arquitetônicas, de
computadores e tablets e
mobilidade urbana, comunicacionais
principalmente no que se refere à
ou de informação, tecnológicas e
comunicação suplementar alternativa.
atitudinais.
 • Conhecer estratégias
 • Conhecer o conceito de
pedagógicas e recursos de
capacitismo: conjunto de formas de
acessibilidade para a sala de aula
discriminação, estigmas e estereótipos
comum.
em relação a pessoas com
deficiência.
 • Conhecer os diferentes recursos
Capacidades  • Identificar formas adequadas de
orientação quanto ao uso de estratégias e
recursos de acessibilidade para a sala de
• Reconhecer as limitações em aula comum.
decorrência da deficiência e os
apoios a serem ofertados para a  • Elaborar planos de ação
superação das barreiras, de modo a pedagógica, tendo em vista as
propiciar o desempenho funcional e
intelectual do estudante. contribuições obtidas com os profissionais
da equipe pedagógica, familiares e da
• Aplicar os diferentes recursos de
Tecnologia Assistiva, no que se refere equipe responsável pela
a mobilidade, manuseio de objetos, habilitação/reabilitação do estudante.
comunicação suplementar
alternativa e acessibilidade ao  • Elaborar Plano de
computador ou tablet. Atendimento Educacional
• Conhecer para sugerir ou  Especializado – PAEE, a partir da
providenciar a oferta de recursos de Avaliação Pedagógica Inicial – API.
tecnologia assistiva: engrossadores
de lápis, plano inclinado, tesouras
adaptadas, entre outros.
4. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI)
Conhecimentos
 • De pressupostos teóricos do aprendizagem) e acessibilidade curricular.
desenvolvimento humano e o papel
desempenhado por processos de • As Inteligências Múltiplas e as
aprendizagens escolares nos avanços diferentes formas do desenvolvimento da
cognitivos do estudante com deficiência aprendizagem.
intelectual.  • Elaborar planos de atuação tendo em
 • De materiais didático-pedagógicos, vista as contribuições obtidas com os
recursos de acessibilidade, elaboração de profissionais da equipe pedagógica e da
plano de atendimento individualizado, para equipe responsável pela
favorecer a autonomia dos estudantes. habilitação/reabilitação do estudante.
 • De materiais didáticos facilitadores da • De jogos pedagógicos que estimulem,
aprendizagem como alternativas. foco, concentração, habilidades linguísticas
e raciocínio matemático. Capacidades
 • Das habilidades básicas de
autogestão e específicas, como
ferramentas imprescindíveis, inclusive para
o mercado de trabalho.
 • Estratégias pedagógicas com base no
DUA (Desenvolvimento Universal para
 • Identificar habilidades básicas de
autogestão e específicas, como
• Identificar a dificuldade de ferramentas imprescindíveis, inclusive para
aprendizagem do(a) estudante o mercado de trabalho.
com Deficiência Intelectual,
avaliar a sua necessidade  • Elaborar materiais para
educacional e reconhecer os
apoios necessários para sua acessibilidade curricular e orientar os
efetiva participação nas professores regentes para a flexibilização
atividades escolares. de estratégias pedagógicas.
• Elaborar Plano de
Atendimento Educacional  • Planejar e propor intervenções
Especializado-PAEE, a partir da direcionadas para a promoção de
Avaliação Pedagógica Inicial – avanços na aprendizagem do estudante,
API.
considerando suas capacidades e
• Identificar materiais potencialidades.
didáticos facilitadores da
aprendizagem como
alternativas.
 5. DEFICIÊNCIA VISUAL (DV)
 Conhecimentos
 • Do Sistema Braille e suas aplicações
nas várias áreas (leitura e escrita), o uso e o
• Estimular o desenvolvimento das ensino do Soroban adaptado.
capacidades dos estudantes em
estabelecer interações simbólicas com o  • Das várias especificidades da
meio que o circunda, de forma a cegueira e visão subnormal (baixa visão),
minimizar as barreiras de natureza inclusive para a avaliação da visão
cognitiva impostas pela deficiência. funcional.
 • Orientação de mobilidade e de
• Planejar intervenções que privilegiam atividades da vida autônoma.
avanços na compreensão geral do
estudante, por meio de proposições de  • Dos Recursos de Tecnologia Assistiva
variadas atividades de natureza (incluindo os programas leitores e
linguístico-cognitivas. ampliadores de tela para a informática
acessível) para uso no ambiente escolar e
• Estimular e desafiar o estudante a no cotidiano do educando.
enfrentar de forma ativa conflitos
cognitivos relacionados à construção de  • Recursos de tecnologias assistivas
conceitos, e sua generalização para mobilidade.
progressiva para diferentes contextos de  • Sobre acessibilidade dos materiais
aprendizagem. pedagógicos e audiodescrição.
 • De materiais e recursos específicos, de
acordo com as necessidades do estudante
• Do Sistema Braille e suas com baixa visão/visão subnormal ou
aplicações nas várias áreas (leitura e cegueira.
escrita), o uso e o ensino do Soroban
 •Do desenvolvimento do tato ativo, para apoiar o
adaptado. educando em explorar o manuseio de objetos
concretos e conhecimento de formas tridimensionais.
• Das várias especificidades da
cegueira e visão subnormal (baixa  • De materiais didático-pedagógicos,
visão), inclusive para a avaliação da recursos de acessibilidade, elaboração de
visão funcional. plano de atendimento individualizado, para
favorecer a autonomia dos estudantes com
• Orientação de mobilidade e de baixa visão/visão subnormal ou cegueira.
atividades da vida autônoma.  Capacidades
• Dos Recursos de Tecnologia  • Identificar aspectos característicos da
Assistiva (incluindo os programas cegueira ou deficiência visual.
leitores e ampliadores de tela para a
 •Reconhecer as reações e respostas pedagógicas e
informática acessível) para uso no formas de promoção da acessibilidade escolar.
ambiente escolar e no cotidiano do
educando.  • Desenvolver plano de atendimento
individualizado, acessibilidade curricular e
• Recursos de tecnologias assistivas avaliação adequada às características
para mobilidade. individuais.
 •Elaborar Plano de Atendimento Educacional
• Sobre acessibilidade dos materiais Especializado-PAEE a partir da Avaliação
pedagógicos e audiodescrição. Pedagógica Inicial – API.
 • Da organização desenvolvimento
6. TRANSTORNO DO e estruturação do social do estudante.
ESPECTRO AUTISTA (TEA) espaço da sala de
aula, visando ao • Das habilidades
Conhecimentos controle de ruídos de cada área do
excessivos, possível sistema cognitivo,
personalização do investindo nas
• Da condição do potencialidades para
ambiente, estilos
Transtorno do Espectro didáticos diretivos, trabalhar as
Autista, suas características e tornando a jornada necessidades
escolar o mais educacionais
a classificação dos níveis de específicas do
previsível possível.
suporte. estudante com TEA.
 • De recursos
• Dos métodos, como o complementares  • Diversificar as
de natureza estratégias
TEACCH, ABA, o Programas pedagógicas para
psicopedagógica,
de Comunicação Total, levando-se em conta promoção da
metodologias específicas e a capacidade acessibilidade
intelectual, o nível curricular e
outras formas de elaboração de
comunicativo e
comunicação específicas, linguístico, as atividades visando o
para o trabalho educacional alterações de desenvolvimento das
conduta, o grau de habilidades para vida
prático com o estudante com prática autônoma,
flexibilidade cognitiva
TEA. e habilidades
comportamental e acadêmicas e
o nível de funcionais.
Capacidades

 •Compreender que a educação dos estudantes •Planejar intervenções individualizadas,


com Transtorno do Espectro Autista deve ser recorrendo a recursos complementares de
caracterizada por um estilo mais pragmático e natureza psicopedagógica, levando-se em conta
natural, integrador e centrado na comunicação a capacidade intelectual, as habilidades de
como núcleo essencial do desenvolvimento do interação social, o nível comunicativo e
estudante, respeitando os recursos e as linguístico, as alterações de conduta, o grau de
capacidades dos mesmos. flexibilidade cognitiva e comportamental e o
nível de desenvolvimento social do estudante.
 •Criar dentro do espaço escolar novas condições
para harmonizar a convivência com as • Elaborar Plano de Atendimento Educacional
diferenças, reduzir riscos de acidentes e bullying.
 Especializado (PAEE), a partir da Avaliação
 •Aplicar métodos, como o TEACCH, ABA, Pedagógica Inicial – API.
Programas de Comunicação Total, metodologias
específicas e outras formas de comunicação •Propiciar situações de aprendizagem a partir de
específicas, para o objetos concretos e passar gradativamente para
modelos representacionais e simbólicos, de
 trabalho educacional prático com o estudante com TEA. acordo com as possibilidades do estudante.
 •Orientar o professor do ensino comum na •Ressaltar as habilidades de cada área do
organização e estruturação do espaço da sala sistema cognitivo, investindo nas potencialidades
de aula, visando ao controle de ruídos para trabalhar as necessidades educacionais
excessivos, possível personalização do ambiente, específicas do estudante com Transtorno do
estilos didáticos diretivos, tornando a jornada Espectro Autista.
escolar o mais previsível possível.
BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA – RESUMOS – EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Atendimento Educacional Especializado na Escola comum como ação pedagógica
favorecedora da Educação
Inclusiva.
 O livro "Atendimento educacional especializado na contraturno e ressalta a importância de
escola comum como ação pedagógica concebermos o atendimento educacional
favorecedora da educação inclusiva" aborda a especializado como ação pedagógica inclusiva do
importância do atendimento educacional docente de Educação Especial, que perpassa os
especializado como uma ação pedagógica inclusiva momentos de planejamento educativo com
realizada pelos professores de Educação Especial. O docentes e demais profissionais da educação, a
livro destaca que essa ação vai além do momento orientação aos familiares dos estudantes e crianças
de planejamento educativo com os outros com deficiência, transtornos globais do
professores e profissionais da educação, envolvendo desenvolvimento e altas habilidades, a atuação do
também a orientação aos familiares de estudantes e docente de educação especial em sala de aula, no
crianças com deficiência, transtornos globais do intuito de promover, junto ao professor regente,
desenvolvimento e altas habilidades. ações inclusivas e a articulação intersetorial dos
profissionais que trabalham com os estudantes
 Além disso, enfatiza a atuação do professor de público-alvo da educação especial. Entre os temas
educação especial em sala de aula, buscando abordados no livro estão a sala de aula comum e o
promover ações inclusivas em colaboração com o atendimento educacional especializado: ação
professor regente, assim como a articulação pedagógica, colaboração e acesso ao currículo,
intersetorial dos profissionais que trabalham com contribuição da teorização de Lev Vigotski para os
estudantes público-alvo da educação especial. processos de conhecimento na escola comum,
Atendimento educacional especializado na escola trabalho colaborativo no contexto escolar e a
comum como ação pedagógica favorecedora da complementaridade do atendimento educacional
educação inclusiva, aborda a complementaridade especializado de dois estudantes público-alvo da
do atendimento educacional especializado no educação especial
Para elucidar o conhecimento complementar do atendimento educacional
especializado, a autora primeiramente evidencia as ações pedagógicas inclusivas em
sala aula, no turno dos estudantes, para buscar elementos curriculares que necessitam
ser trabalhados no contraturno. A autora defende o trabalho colaborativo na escola
comum como fundamental para as práticas educacionais inclusivas que visam ao
acesso ao currículo a todos os estudantes e crianças em sala de aula. Dentre os temas
abordados no livro, estão a relação entre a sala de aula comum e o atendimento
educacional especializado como ação pedagógica, a colaboração e o acesso ao
currículo, a contribuição da teoria de Lev Vigotski para os processos de conhecimento
na escola comum, o trabalho colaborativo no contexto escolar e
a complementaridade do atendimento educacional especializado para dois
estudantes público-alvo da educação especial. O livro explora a relação entre a sala
de aula comum e
o atendimento educacional especializado como uma ação pedagógica
complementar. Ele destaca a importância de combinar os esforços e recursos da sala
de aula regular com as práticas do atendimento educacional especializado, visando
garantir a inclusão de todos os alunos no processo educacional.
 Especial, professores como os conceitos
regentes, de zona de
profissionais de desenvolvimento
apoio, famílias e proximal e
demais membros mediação podem
da equipe escolar. ser aplicados no
O atendimento educacional Essa colaboração contexto
especializado é visto como uma permite o educacional para
maneira de apoiar e compartilhamento promover a
de conhecimentos, aprendizagem e o
complementar o trabalho realizado experiências e desenvolvimento
em sala de aula, oferecendo recursos, garantindo dos alunos. A teoria
estratégias e recursos específicos que todos os alunos de Vigotski enfatiza
tenham acesso ao a importância do
para atender às necessidades currículo e se ambiente social e
individuais dos estudantes com beneficiem de das interações
deficiência, transtornos globais do práticas sociais na
pedagógicas construção do
desenvolvimento e altas inclusivas. A teoria conhecimento,
habilidades. . A colaboração entre de Lev Vigotski é fornecendo
os profissionais envolvidos na mencionada como subsídios para a
uma contribuição compreensão e
educação inclusiva é destacada importante para os implementação de
como fundamental para o sucesso processos de práticas inclusivas
do processo. O trabalho conhecimento na na sala de aula.
escola comum. A
colaborativo envolve professores autora destaca
de Educação
No livro, também é abordada a complementaridade do atendimento
educacional especializado para dois estudantes público-alvo da educação
especial. Essa complementaridade refere-se à oferta de recursos, estratégias
e apoios adicionais que são necessários para atender às necessidades
específicas desses alunos. O atendimento educacional especializado no
contraturno é destacado como uma forma de proporcionar um suporte mais
individualizado e intensivo, complementando as atividades realizadas em
sala de aula regular. Isso contribui para a promoção da educação inclusiva,
garantindo que todos os alunos tenham oportunidades iguais de aprendizado
e desenvolvimento.
Educação inclusiva: com os pingos nos “is”

 A educação inclusiva é um independentemente de suas


conceito que visa garantir a diferenças, promovendo a
participação e o acesso igualitário igualdade de oportunidades e o
de todos os alunos, incluindo respeito à diversidade
aqueles com deficiência ou
necessidades especiais, em um
ambiente educacional comum.
 A inclusão educacional envolve a
adaptação de práticas
pedagógicas, recursos e ambientes
físicos para atender às
necessidades variadas de
aprendizagem dos alunos. A ideia é
que todos os alunos possam
aprender juntos,
1. A inclusão envolve a reestruturação das  6. A inclusão não se trata
culturas, políticas e práticas das escolas, que apenas de incluir os alunos, mas
historicamente foram elitistas e excludentes. também de integrá-los na sala de
aula, para que a aprendizagem
2. A inclusão não ocorre por decreto ou possa ocorrer.
modismo, mas é um processo contínuo e
complexo.  7. A rotulação de alunos como
deficientes ou não deficientes não
3. A inclusão requer a criação de mecanismos é adequada em uma abordagem
que permitam que os alunos com características inclusiva, pois todas as diferenças
diferenciadas se integrem social, educacional e devem ser respeitadas e
emocionalmente com seus colegas, professores e valorizadas.
objetos do conhecimento e da cultura.
 8. A educação inclusiva requer
4. A inclusão não se limita à presença física dos uma mudança de mentalidade por
alunos, mas envolve uma revisão de concepções, parte dos professores, bem como
paradigmas e a criação de espaços inclusivos uma análise crítica das práticas
educacionais e da sociedade
como um todo.
9. É necessário remover
barreiras para a aprendizagem e
participação, investir em
formação de professores,
garantir recursos adequados e  Essas são apenas algumas das principais
promover uma educação de ideias apresentadas pela autora em seu
qualidade para todos. livro. Se você estiver interessado em
10. A sociedade como um todo explorar mais a fundo o tema da
tem a responsabilidade de educação inclusiva, sugiro procurar o
prevenir preconceitos e livro "Educação Inclusiva: com os pingos
exclusões, e a inclusão requer o nos 'is'" de Rosita Edler Carvalho,
envolvimento de todos os publicado pela Editora Mediação em
setores. 2004. Ele pode oferecer uma análise mais
completa e detalhada sobre o assunto.
O que eu farei segunda-feira pela manhã? Inclusão: um
guia para educadores.

 Destaca a importância da disposição mas de criar um ambiente que os


em visualizar, trabalhar e estabelecer acolha e os apoie plenamente. É
uma rede de apoio que seja adaptável fundamental que as escolas e a
e inclusiva para todos os alunos. Ele comunidade educacional estejam
ressalta que todos os alunos, incluindo dispostas a se adaptar e fornecer os
aqueles rotulados como alunos com recursos e suportes necessários para
deficiência, desejam fazer parte de atender às diversas necessidades dos
uma rede regular que atenda às suas alunos. A inclusão efetiva implica em
necessidades e onde se sintam bem- promover um senso de pertencimento
vindos e seguros. Isso significa que a e valorização para todos os alunos,
inclusão bem-sucedida não se trata independentemente de suas
apenas de colocar os alunos com habilidades ou características
deficiência em salas de aula regulares, individuais
Ao construir uma rede de
apoio inclusiva, os alunos
com deficiência têm a
oportunidade de participar
plenamente da vida escolar,
aprender e se desenvolver
ao lado de seus colegas, e
experimentar um ambiente
acolhedor e seguro
 O Capítulo Dois do livro aborda os motivos pelos
quais a inclusão escolar deve ser efetivada. A
Ao longo do livro, a autora destaca a autora, Maria Teresa Eglér Mantoan, utiliza três
importância de estar atento às questões temáticas para embasar sua
mudanças sociais e educacionais, argumentação: a questão da identidade versus
rejeitando padrões antigos e diferença, a questão legal e a questão das
propondo um currículo que valorize mudanças. Mantoan argumenta que o fracasso
as diferenças e promova o dos alunos e sua exclusão estão enraizados na
pensamento plural. Ela também própria estrutura da escola, que se recusa a
menciona que a inclusão ainda admitir seus erros e reluta em adotar práticas que
enfrenta resistência de alguns setores, avaliem o modo como o ensino é conduzido. Isso
como associações de pais e leva os alunos a se afastarem cada vez mais e a
professores da Educação Especial, sofrerem as consequências, pois não encontram
mas ressalta que a distinção entre apoio nem mesmo na própria instituição escolar.
integração e inclusão é fundamental No que diz respeito à questão da identidade
para impulsionar a transformação das versus diferença, a autora destaca que
escolas. Em suma, o livro aborda a sentimentos como tolerância e respeito podem
importância da inclusão escolar estar carregados de preconceitos velados,
como um direito dos alunos indicando uma suposta superioridade por parte
deficientes e propõe reflexões sobre daqueles que toleram e respeitam os alunos
as mudanças necessárias na escola e deficientes. Mantoan defende que a diferença
na sociedade para garantir uma
nas escolas desafia o padrão elitista que tem
prevalecido no sistema educacional brasileiro e
educação inclusiva e plural. estabelece uma ruptura com ele, valorizando a
identidade do aluno e promovendo lutas por
igualdade na sociedade.
 O capítulo termina deixando espaço para  Ela também propõe uma
que o leitor reflita sobre como a inclusão pedagogia da diferença. Mantoan
pode ser efetivada nas escolas, argumenta que é urgente superar o
reconhecendo-a como um caminho de sistema tradicional de ensino, tanto
modernização das práticas educacionais em relação ao que é ensinado aos
existentes. alunos quanto à forma como é
ensinado.
 No terceiro capítulo, Mantoan aborda os
desafios para a efetivação da inclusão  O modelo educativo atual se tornou
escolar. O principal desafio é mudar as obsoleto diante dos novos contextos
condições excludentes que deram origem sociais e das demandas
à própria escola pública. Para isso, é contemporâneas. O ensino baseado
necessário considerar o princípio em memorização e racionalismo frio
democrático da educação para todos e não atende mais às concepções
estar ciente de que a luta será árdua. A sociais atuais. A qualidade real do
autora destaca pontos relevantes para a ensino reside na capacidade de
concretização da inclusão escolar: a preparar os alunos para atuar de
recriação do modelo educativo, a forma autônoma e cidadã na
reorganização dos aspectos pedagógicos sociedade, visando sua plena
e administrativos da escola e a inclusão.
preparação do professor inclusivo para
atuar em benefício de toda a turma.
Os aspectos pedagógicos e
administrativos da escola devem ser  O professor deixa de ser alguém que detém todo
revisados, promovendo um ambiente o conhecimento e passa a interagir e aprender
com as novas experiências proporcionadas pela
escolar criativo, acolhedor e que valorize turma. Essa nova função exige determinação,
a diversidade, bem como o trabalho de formação consistente e coragem para romper
cada indivíduo. com o ensino tradicional em favor da inclusão.
Formar o professor na perspectiva da educação
É necessário abandonar uma gestão inclusiva implica ressignificar seu papel, o da
escola, o da educação e as práticas
tecnicista e burocrática em favor de pedagógicas usuais.
uma gestão democrática e dialógica, na
 O desafio do professor é ensinar a toda a turma,
qual todas as ideias possam ser ouvidas. sem diferenciar aulas e conteúdos para alunos
O papel do professor também precisa específicos. Todos estão incluídos e abraçados
ser transformado no novo modelo pelo novo modelo escolar. A pedagogia da
diferença é destacada como a nova maneira de
pedagógico. incluir a diversidade no ambiente escolar,
abrangendo diferentes etnias, gêneros, minorias e
O professor inclusivo não busca eliminar marginalizados socialmente. A inclusão, nesse
a diferença em prol de uma suposta sentido, está relacionada à ação educativa de
igualdade na sala de aula. Ele está repensar todo o processo de ensino para cada
aluno, em vez de buscar fórmulas e modelos-
atento às diferentes vozes presentes na padrão que guiam todo o trabalho pedagógico
turma, promovendo harmonia, diálogo e ao longo do ano letivo. O processo de inclusão
complementaridade deve considerar cada aluno individualmente,
com suas particularidades e habilidades.
 Aborda o tema da educação inclusiva, políticas  Ela ressalta a importância de eliminar as
públicas e formação de professores no contexto diferenças sociais e propõe mudanças
educacional brasileiro. Organizado por Valéria profundas nas concepções, práticas
Amorim Arantes, o livro traz a contribuição de duas educativas e organização do ensino
educadoras renomadas na área da educação regular para garantir a inclusão escolar
especial: Maria Teresa Eglér Mantoan, professora da efetiva.
Unicamp, e Rosângela Gavioli Prieto, professora da
USP-SP.  Rosângela Gavioli Prieto aborda o
atendimento escolar de alunos com
 Maria Teresa Eglér Mantoan discute conceitos como necessidades especiais e suas
igualdade, diferenças e o direito à educação de implicações, considerando as políticas
qualidade para todos. Ela alerta para situações públicas de educação no Brasil e sua
discriminatórias presentes em programas de inclusão relação com a formação do professor.
escolar, que deveriam se basear na justiça para Ela discute questões polêmicas
todos. A autora argumenta que a homogeneização relacionadas à inclusão escolar e
imposta pelo sistema escolar não leva em conta as integração, condições de atendimento
diferenças individuais, contribuindo para a dos alunos deficientes e a formação
desigualdade social. docente para o atendimento regular.
 Prieto reflete sobre os documentos legais  Ela destaca discordâncias na
nacionais, como a Constituição da implantação de políticas de
República, a Lei de Diretrizes e Bases da educação inclusiva e examina o
Educação Nacional e a Resolução do papel do atendimento especial,
Conselho Nacional de Educação, enfatizando a necessidade de
analisando suas implicações no superar a distorção conceitual em
atendimento escolar de alunos com torno da inclusão escolar. Defende
necessidades educacionais especiais. A mudanças nas práticas
autora defende uma escola de qualidade, educacionais em todos os níveis de
que garanta o acesso, a permanência e a ensino para superar os obstáculos à
aprendizagem de todos os alunos. inclusão e integração escolar.
 Ela descreve a evolução do
movimento inclusivo no Brasil e
 A autora analisa a legislação vigente destaca os descompassos entre o
relacionada à educação inclusiva e aponta ensino regular e as instituições
contradições e ambiguidades especializadas. As autoras também
interpretativas, bem como outros problemas discutem as possíveis articulações
legais que dificultam a implementação de entre o ensino regular e o especial,
propostas efetivas. ressaltando a importância da
formação dos profissionais da
educação nesse contexto.
Escola que queremos para
todos.
No final do texto, as autoras  O livro aborda a temática da educação
incentivam o leitor a engajar-se na inclusiva e propõe reflexões sobre a
luta por uma escola mais justa e construção de uma escola que seja
acolhedora, capaz de garantir a verdadeiramente inclusiva, que acolha e
permanência e construção de atenda às necessidades de todos os alunos.
Os autores apresentam ideias e
conhecimentos para todos os alunos perspectivas sobre a educação inclusiva,
brasileiros. Elas afirmam que a discutindo conceitos-chave, como
reformulação do ensino e de suas igualdade, diversidade e inclusão. Eles
práticas, considerando a exploram também os desafios enfrentados
diversidade dos alunos, é no contexto educacional atual e
apresentam propostas para a
fundamental para a inclusão plena. transformação das práticas e políticas
O texto lança o desafio de superar educacionais, visando a garantia de uma
os obstáculos existentes e buscar educação de qualidade para todos. Eles
respostas educacionais que analisam conceitos fundamentais, como
atendam às necessidades dos igualdade, diversidade e inclusão, e
alunos exploram a importância desses conceitos
no contexto educacional.
Os autores destacam os desafios enfrentados na educação inclusiva
atualmente.
 Isso inclui barreiras estruturais,  Isso requer uma abordagem
atitudinais e pedagógicas que inclusiva que reconheça e valorize
dificultam a participação plena e a diversidade presente na sala de
igualitária de todos os alunos. Eles aula. Os autores argumentam que
discutem as desigualdades e a educação inclusiva não se trata
exclusões que ainda persistem no apenas de garantir a presença de
sistema educacional e destacam a todos os alunos na escola, mas
necessidade de transformações também de oferecer condições
significativas para superá-las. Além adequadas para que eles
disso, Mantoan e Lamuti participem ativamente, se
apresentam propostas concretas desenvolvam plenamente e
para a transformação das práticas alcancem seu potencial máximo.
e políticas educacionais. Eles Isso envolve adaptações
defendem a curriculares, apoio pedagógico
individualizado, formação de
 importância de garantir uma professores, colaboração entre
educação de qualidade para profissionais da educação e uma
todos os alunos, cultura inclusiva em toda a
independentemente de suas comunidade escolar.
características e necessidades
individuais
Educação especial no Brasil: história e políticas
públicas.

 A Educação Especial no Brasil, conforme  Primeiro período:


apontado por Mazzotta (1996, p. 189),
 No início, a Educação Especial
apresenta duas fases distintas que podem
no Brasil estava focada
ser caracterizadas pela natureza e
principalmente em atender
abrangência das iniciativas tanto oficiais
crianças cegas. O Decreto nº
quanto particulares.
1428, promulgado por D. Pedro II,
 Embora a citação fornecida não forneça resultou na criação do Imperial
detalhes específicos sobre esses períodos, Instituto dos Meninos Cegos,
podemos explorar algumas informações conhecido hoje como Instituto
gerais sobre a evolução da Educação Benjamin Constant, no Rio de
Especial no país. Janeiro.
Essa instituição pioneira visava
proporcionar educação e atendimento  Houve uma conscientização crescente
especializado para crianças com sobre a importância da inclusão e do
deficiência visual. Além disso, outras direito à educação de todas as pessoas,
instituições foram criadas no país para independentemente de suas
atender crianças com deficiência, muitas
características ou condições Nesse
delas sendo iniciativas privadas, como as
APAEs. As APAEs surgiram como período, houve uma maior atenção às
Associações de Pais e Amigos dos políticas públicas relacionadas à
Excepcionais, com o objetivo de oferecer Educação Especial. Foram promulgadas
apoio e educação para pessoas com leis e diretrizes que buscavam garantir o
diferentes tipos de deficiência. Nesse acesso, a permanência e o aprendizado
primeiro período, a Educação Especial no de estudantes com deficiência no
Brasil estava voltada principalmente para o sistema educacional regular. Essas
atendimento de crianças com deficiência
medidas foram fundamentais para
visual e intelectual, sendo restrita em
termos de abrangência e acesso. promover a inclusão escolar e a
igualdade de oportunidades para todos.
Segundo período: Ao longo dos anos, Além disso, ocorreram avanços nas
a Educação Especial no Brasil práticas pedagógicas e na formação de
ampliou-se para abranger um número professores, visando a uma melhor
maior de deficiências e necessidades qualificação para o atendimento às
educacionais especiais. necessidades educacionais especiais.
 Foram desenvolvidas estratégias de impulsionadas pelas demandas da
adaptação curricular, recursos didáticos e sociedade e pelas lutas por inclusão e
tecnologias assistivas, buscando garantir a igualdade de direitos. A partir do segundo
participação plena dos estudantes com período mencionado, que se concentrou
deficiência no ambiente escolar. na ampliação da Educação Especial
para abranger diferentes deficiências e
 É importante ressaltar que esses períodos necessidades educacionais especiais, o
representam uma simplificação da Brasil experimentou avanços significativos.
complexa história da Educação Especial Foram estabelecidas leis e diretrizes que
no Brasil. Ao longo do tempo, as políticas buscavam garantir o acesso universal à
e práticas têm evoluído em resposta às educação, estipulando a inclusão de
demandas e às lutas por inclusão e estudantes com deficiência no sistema
igualdade, buscando superar desafios e educacional regular. Nesse contexto, a
promover uma educação mais inclusiva e implementação da Política Nacional de
equitativa para todas as pessoas. É Educação Especial na Perspectiva da
fundamental compreender que a história Educação Inclusiva, em 2008, foi um
da Educação Especial no Brasil é muito marco importante. Essa política trouxe
mais complexa e abrangente do que a diretrizes e estratégias para promover a
divisão em apenas dois períodos inclusão educacional de todos os
mencionada anteriormente. Ao longo do estudantes, independentemente de suas
tempo, várias transformações ocorreram características individuais.
nas políticas e práticas educacionais,
 Além disso, houve um crescente desafios significativos. Ainda há
reconhecimento da importância da barreiras a serem superadas em
formação de professores para a relação à infraestrutura das escolas,
Educação Especial. A capacitação dos formação continuada de professores,
docentes tornou-se um aspecto central garantia de recursos adequados e a
das políticas educacionais, visando necessidade de uma conscientização
promover práticas pedagógicas mais ampla sobre a importância da
inclusivas e a adaptação curricular inclusão. Nesse sentido, é fundamental
para atender às necessidades continuar aprimorando as políticas
específicas dos alunos. Outro avanço públicas e as práticas educacionais,
relevante foi a expansão do acesso a promovendo um diálogo constante
recursos e tecnologias assistivas, que entre professores, especialistas, famílias
apoiam o processo de aprendizagem e e a comunidade em geral. Somente
promovem a autonomia e a assim será possível construir uma
participação dos estudantes com sociedade mais inclusiva e garantir
deficiência. Esses recursos incluem uma educação de qualidade para
desde materiais pedagógicos todos os estudantes,
adaptados até o uso de dispositivos independentemente de suas diferenças
eletrônicos e softwares especializados. e necessidades específicas.
 Apesar dos avanços, a Educação
Especial no Brasil ainda enfrenta
Radicalização do debate  Concluo discutindo a tese de que temos
sobre inclusão escolar no de enfrentar o desafio de lidar com a
Brasil contradição de uma ideologia
importada que representa um
O debate sobre a inclusão escolar no Brasil alinhamento ao modismo, mas que ao
tem se transformado cada vez mais num mesmo tempo é um imperativo moral
verdadeiro embate, provocando polêmica, que pode ser uma das estratégias para
estridência e polarização. Um de seus maiores superar problemas crônicos da
impactos tem incidido na arena da educação educação especial no país.
especial, sendo um dos argumentos
recorrentes a proposição de que a se trata de  A história da educação especial teve
um novo paradigma que deverá alterar início no século XVI, com médicos e
radicalmente a educação de crianças e pedagogos que acreditavam nas
jovens com necessidades educacionais possibilidades de educação para
especiais na realidade brasileira. A fim de pessoas consideradas ineducáveis na
"iluminar" mais do que "esquentar" este época. No entanto, a resposta social
debate, proponho-me a contextualizar as predominante foi a institucionalização
raízes históricas desse movimento. Num em asilos e manicômios, justificada pela
segundo momento, examino os possíveis crença de que indivíduos diferentes
impactos da perspectiva da inclusão escolar seriam melhor cuidados em ambientes
e da inclusão total na realidade brasileira separados.
 No século XIX, surgiram as classes alunos com deficiências, que teriam
especiais nas escolas regulares para ambientes de aprendizagem mais
alunos difíceis. O acesso à educação desafiadores e oportunidades de
para pessoas com deficiências foi aprender com colegas mais
conquistado lentamente à medida que competentes. Também havia benefícios
as oportunidades educacionais para a para os colegas sem deficiências,
população em geral se ampliaram. A como aprender a aceitar diferenças e
segregação era baseada na crença de promover atitudes de aceitação. A
que eles seriam mais bem atendidos pesquisa educacional também
em ambientes separados. No entanto, desempenhou um papel importante,
movimentos pelos direitos humanos mostrando que as pessoas
surgiram na década de 1960, consideradas ineducáveis poderiam
questionando a segregação e aprender e investigando como, para
promovendo a ideia de integração quê e onde elas poderiam aprender. A
escolar. busca pela independência e
autonomia também impulsionou a
 Além dos argumentos morais, havia
preocupação com a qualidade de vida
fundamentos racionais para a
e a inclusão social.
integração, como benefícios para os
 A pressão de grupos organizados de pessoas  O princípio da normalização
com deficiências, pais e profissionais também defende o direito das pessoas
contribuiu para o movimento em direção à com deficiência de vivenciar um
integração. Além disso, a crise mundial do estilo de vida comum e participar
petróleo nas décadas de 1960 e 1970 levou à de atividades compartilhadas. O
consideração dos altos custos dos programas texto também aborda a crítica
segregados, levando à adoção da ideologia de que a normalização não se
da integração também por motivos trata de tentar "normalizar" as
econômicos. pessoas, mas de fornecer critérios
para o planejamento e
 Durante a década de 1960, houve avanços
avaliação de serviços. A
científicos e críticas aos serviços educacionais
integração escolar passou a ser
existentes, levando à demanda por ensino
adotada, com diferentes
especial. A partir da década de 1970, foram
modelos que consideravam o
estabelecidas bases legais em diversos países,
nível mais adequado de acordo
tornando obrigatória a oferta de
com as necessidades individuais
oportunidades educacionais para pessoas
dos alunos. A valorização do
com deficiência e promovendo a colocação
papel social das pessoas com
em ambientes educacionais menos
deficiência também foi
segregados.
enfatizada.
Este texto sustenta que as raízes  O movimento seria mais legítimo e teria
históricas da emergência do caloroso maior possibilidade de sucesso se tivesse
debate acerca da inclusão escolar em
nosso país é fruto de mais uma adoção como lastro uma história própria de
ao modismo importado, e, conquistas e lutas pelo direito à
especificamente, mais uma influência educação das crianças e jovens com
da cultura norte-americana, que tem necessidades educacionais especiais.
demarcado até mesmo a forma que o Infelizmente, essa não é a nossa
movimento vem assumindo no Brasil, o
que se evidencia em três semelhanças: realidade
a) na dicotomização do debate entre  Mas, ao mesmo tempo, não há como
educação negar que a grande maioria das nossas
inclusiva x inclusão total; crianças e jovens com necessidades
educacionais especiais permanece à
b) na interpretação equivocada e margem de qualquer tipo de escola, e
reducionista de que educação inclusiva que nesse contexto a posição de ir
é algo que diz respeito exclusivamente
à população tradicional da educação radicalmente contra a inclusão escolar é
especial, e não ao conjunto dos muito perigosa, pois pode implicar a
excluídos; e, finalmente, impossibilidade de universalizar o acesso
c) na influência de juristas na à educação para essa parcela da
definição da política de educação população que vem sendo
para crianças e jovens com historicamente excluída de nossas
necessidades educacionais especiais. escolas.
 . Se de fato a facilidade de acesso à escola regular e à classe comum, mesmo que
restrita ao âmbito legal, se configura como um momento ímpar na história, ela não
pode ser descartada como estratégia de democratização do acesso. Além disso, não
há como melhorar nossas escolas se as diferenças continuarem a ser sistematicamente
delas excluídas.
 O paradoxo torna-se então lidar com uma ideologia que é importada, sendo que sua
adoção, ao mesmo tempo em que representa um alinhamento ao modismo, é também
uma questão de valor e portanto de um imperativo moral para as sociedades
democráticas. Além disso, não se pode negar a conotação política do movimento pela
inclusão escolar como estratégia potencial para ampliar o acesso à escola pública
para crianças e jovens com necessidades educacionais especiais, e talvez de promover
o avanço necessário na educação especial e da educação em geral no país.
Considerando, entretanto, que o conceito de inclusão escolar é ambíguo, porque ele
assume o significado dentro de contextos históricos determinados que lhe dão
definição, conclui-se também que cada comunidade deve buscar a melhor forma de
definir e fazer a sua própria política de inclusão escolar respeitando as bases históricas,
legais, filosóficas, políticas e também econômicas do contexto no qual ela irá efetivar-
se. Se o termo surgiu no início da década de 1990 e veio associado a uma prática de
colocação de alunos com dificuldades prioritariamente nas classes comuns, hoje o seu
significado aparece ampliado, englobando também a noção de inserção de apoios,
serviços e suportes nas escolas regulares, indicando que a inclusão bem-sucedida
implica financiamento.
De modo geral, pode-se concluir que o  Assim, a ciência será essencial para que
debate sobre o princípio da inclusão a sociedade brasileira busque contribuir,
escolar no Brasil é hoje um fenômeno da de maneira intencional e planejada,
retórica, como foi a integração escolar nos para a superação de uma educação
últimos trinta anos. Ainda estamos na luta que tem atuado contra os ideais de
pelo acesso, e este deve ser direcionado inclusão social e plena cidadania. É
necessariamente para aumentar as necessário que se faça uma pesquisa
matrículas nas classes comuns das escolas mais engajada nos problemas da
públicas do ensino regular. Entretanto, só o realidade e que tenham implicações
acesso não é suficiente, e traduzir a práticas e políticas mais claras. Em
filosofia de inclusão das leis, dos planos e contrapartida, é necessário também que
das intenções para a realidade dos
o processo de tomada de decisão
sistemas e das escolas requer
política privilegie mais as bases empíricas
conhecimento e prática.
fornecidas pela pesquisa científica sobre
É preciso, portanto, questionar: Qual a inclusão escolar na nossa realidade. A
prática necessária? E o conhecimento mudança requer ainda um potencial
necessário para fundamentar a prática? E instalado, em termos de recursos
este é, sem dúvida nenhuma, um exercício humanos, em condições de trabalho,
para a pesquisa científica. para que ela possa ser posta em prática;
e este é um desafio considerável para o
sistema brasileiro de ensino superior.
ENFIM, O FUTURO DA INCLUSÃO ESCOLAR EM NOSSO PAÍS DEPENDERÁ DE UM ESFORÇO
COLETIVO, QUE OBRIGARÁ A UMA REVISÃO NA POSTURA DE PESQUISADORES, POLÍTICOS,
PRESTADORES DE SERVIÇOS, FAMILIARES E INDIVÍDUOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS, PARA TRABALHAR NUMA META COMUM, QUE SERIA A DE GARANTIR UMA EDUCAÇÃO
DE MELHOR QUALIDADE PARA TODOS.

 Politicamente, o movimento pela


inclusão escolar requer certos cuidados
e definições mais precisas, caso
contrário terá o mesmo destino da
"integração escolar", ou seja, corremos o
sério risco de perseverar na retórica, na
eterna ponderação de que estamos
apenas começando um processo, até
que venha, no futuro, um novo
"paradigma" redentor, do exterior
provavelmente, que irá "revolucionar"
nosso discurso e quiçá um dia
transformar nossas escolas.
Ensino colaborativo como apoio à inclusão escolar: unindo esforços
entre educação comum e especial.

 O estudo em questão tem como envolve a investigação prática


objetivo analisar as experiências de realizada pelos próprios professores
ensino colaborativo dos professores de envolvidos no processo. Essa
educação especial que participaram de abordagem permite que os professores
uma formação na temática em 2011, no reflitam sobre suas práticas, identifiquem
município de São Carlos-SP. O modelo desafios e desenvolvam estratégias
de ensino colaborativo envolve a para melhorar o ensino colaborativo. Os
colaboração entre o professor da sala dados analisados no estudo incluem
comum e o professor de educação exemplos de coensino em diferentes
especial, com o intuito de atender às estágios, ou seja, situações em que os
demandas de todos os alunos e buscar professores da sala comum e os
o sucesso na aprendizagem. A professores de educação especial
abordagem utilizada nesse estudo é a trabalharam juntos para atender às
pesquisa-ação colaborativa, que necessidades dos alunos.
 O sucesso do trabalho com o coensino é
influenciado por três fatores cruciais: a
 Além disso, são apresentadas reflexões sobre os fatores participação voluntária dos profissionais, o
que podem contribuir para a efetivação do ensino oferecimento de tempo suficiente para o
colaborativo nas escolas. Essa análise das experiências planejamento do coensino e a oferta de
práticas de ensino colaborativo dos professores de formação específica para os profissionais. É
educação especial pode fornecer insights importantes destacado também que a colaboração entre
sobre os desafios e as possibilidades desse modelo de os professores pode ocorrer em diferentes
ensino. Com base nesses resultados, podem ser estágios, desde uma comunicação superficial
identificadas estratégias eficazes para a até uma colaboração aberta e
implementação do ensino colaborativo em outras complementar.
escolas, visando uma educação mais inclusiva e que
atenda às necessidades de todos os alunos.
 O estudo conclui que, apesar de haver
promessa na literatura científica relacionada
ao coensino, são necessários mais estudos
sobre a colaboração entre os professores
regulares e os de educação especial, bem
como uma preparação mais efetiva dos
profissionais. O trabalho em formato de ensino
colaborativo foi aprovado para compor o
 O estudo analisa as experiências de ensino colaborativo Plano Municipal de Educação em São Carlos
dos professores de educação especial que participaram de e espera-se que isso leve a uma formação
uma formação em São Carlos-SP. Os relatos dos professores mais próxima da realidade da escola e dos
demonstram que o trabalho nesse modelo é um processo alunos com deficiência na rede regular de
que começa com a definição dos papéis de cada ensino, além de ferramentas e materiais
profissional em sala de aula. Esses papéis podem ser didáticos específicos para o modelo de ensino
diferenciados e confusos em alguns momentos, colaborativo.
principalmente devido à falta de experiência com o
modelo de ensino colaborativo
O que é Desenho universal para
aprendizagem?
 O Desenho Universal é um conceito desenvolvido  O DUA se baseia em pesquisas sobre
por arquitetos nos anos 1970, com o objetivo de o cérebro humano e reconhece que
tornar a vida das pessoas mais simples. Ele propõe a ideia de um "estudante regular" é
que o design de ambientes e produtos seja fantasiosa. Categorizações
pensado de forma a permitir o uso por parte do simplificadas não refletem a
maior número possível de pessoas, sem a diversidade de particularidades
necessidade de adaptações posteriores. Isso evita observadas em cada aluno. O
custos adicionais e torna os espaços mais processo de aprendizagem é
esteticamente agradáveis. No contexto complexo e envolve três redes
educacional, o Desenho Universal para cerebrais: uma rede de
Aprendizagem (DUA) surgiu como uma resposta reconhecimento, que recebe e
ao desafio de ensinar turmas cada vez mais analisa informações; uma rede
heterogêneas, com diferentes habilidades estratégica, responsável pelo
motoras, intelectuais e sensoriais. Um grupo de planejamento e execução de ações;
professores da Universidade de Harvard liderado e uma rede afetiva, que avalia
por David Rose desenvolveu esse modelo prático, padrões, atribui significância
que busca ampliar as oportunidades de emocional e estabelece prioridades.
desenvolvimento de cada estudante.
 Ao utilizar o Desenho Universal para conteúdos curriculares e a vida dos
Aprendizagem, os professores buscam alunos. O texto sugere que os educadores
criar um planejamento pedagógico adotem o Desenho Universal para
contínuo que atenda às necessidades Aprendizagem (DUA), que propõe a
individuais de cada aluno, usando diversificação dos métodos de
também mídias digitais como ferramentas apresentação de conteúdos, mediação
de apoio. Dessa forma, o modelo visa da aprendizagem e envolvimento dos
garantir o acesso aos conteúdos alunos.
curriculares de forma mais inclusiva e
eficaz.  As mídias digitais desempenham um
papel importante nesse processo,
 Aborda a influência de Lev Vygotsky na permitindo diferentes abordagens de
educação contemporânea e destaca a aprendizagem. O texto destaca também
importância de eliminar barreiras para os esforços do UNICEF e de outras
uma aprendizagem inclusiva. Ele organizações para criar um protocolo
menciona os três pré-requisitos para a internacional sobre a produção de livros
aprendizagem descritos por Vygotsky: didáticos acessíveis, visando aumentar a
reconhecimento da informação, inclusão na indústria editorial.
aplicação de estratégias de
processamento e engajamento com a O DUA é apresentado como um modelo
tarefa de aprendizagem. As barreiras educacional mais inclusivo, que
podem estar presentes em várias ressignifica o papel do professor como
atividades relacionadas ao ensino, como mediador da aprendizagem.
a escolha do material didático, estratégias
pedagógicas e falta de conexão entre
Embora seja um modelo imperfeito, é Educação Especial e Inclusiva: Diversidade e Cultura
uma ferramenta interessante para Inclusiva.
planejar aulas de forma criteriosa,
visando o acesso ao conhecimento
 O texto aborda a importância da
para todos os alunos e atendendo à
educação para a diversidade. Inicia
diversidade presente nas escolas. questionando o motivo de se falar tanto
O texto acredita que esse modelo sobre diversidade e inclusão na
pode contribuir para uma educação educação atualmente, e se isso se limita
mais plural, atraente e que cumpra o apenas à educação de alunos com
necessidades especiais. Explica que a
compromisso de não deixar ninguém humanidade sempre foi diversa, mas a
para trás. percepção dessa diversidade não era
tão evidente antigamente. Antes da
globalização dos meios de
comunicação, havia uma representação
homogênea da humanidade, e tudo o
que fugia desse padrão era considerado
estranho e reprovável, o que deu origem
a preconceitos.
 No entanto, com a globalização e a dos educadores. O desafio da
exposição a diferentes culturas, convivência na diversidade é diferente
religiões, costumes e formas de do ensinado na educação tradicional,
relacionamento através da televisão e em que se aceitava o diferente desde
da internet, tornou-se evidente a que ele se adaptasse aos padrões
diversidade humana. Nesse contexto, a estabelecidos.
educação centrada apenas no respeito
 A educação atual busca aceitar e
e na convivência com aqueles
valorizar a diversidade sem impor a
semelhantes a nós se torna insuficiente.
condição de que as pessoas diferentes
O mundo globalizado exige que
sejam segregadas, como no exemplo
estejamos preparados para conviver
do patinho feio que era aceito como
com a diversidade, dialogar com
um cisne, mas precisava viver longe dos
pessoas que pensam e agem de
outros cisnes. A educação para a
maneira diferente.
diversidade busca promover o diálogo
e a convivência harmoniosa entre
diferentes grupos, culturas e
 A educação para a diversidade é
identidades.
complexa e requer conhecimento e
posicionamento consciente por parte
Inclusão: construindo uma sociedade para todos.

 O longo processo do reconhecimento pela  O autor explora o surgimento das


sociedade dos direitos das pessoas deficientes ideias-força de "integração" e
tem sido uma jornada marcada por desafios e "normalização", que
avanços significativos. aparentemente deveriam levar à
inclusão social, mas que ficavam
 Durante essa trajetória, surgiram indivíduos
aquém dela, pois não havíamos
que se destacaram como paladinos nessa
compreendido o essencial. Há
luta, e entre eles, sem dúvida, encontra-se
pouco mais de uma década,
Romeu Sasaki. Situando-me entre aqueles a
uma constatação começou a se
quem o autor dedica o livro, sinto-me jubiloso
difundir: todas as tentativas de
por poder escrever estas palavras de
"normalização" das vidas das
apresentação.
pessoas deficientes se baseavam
 A obra em questão descreve a luta contra a na modificação da própria
exclusão a que as pessoas deficientes pessoa deficiente, como
estavam e, em muitos casos, ainda estão condição para seu ingresso na
sujeitas. sociedade.
Posteriormente, a compreensão se  No caso da deficiência mental, por
generalizou, afirmando que a exemplo, essa abordagem se estende
deficiência, qualquer que seja, tem até mesmo à classificação médica dessa
como referência a "norma", ou seja, deficiência, assim como aos chamados
o ambiente psicossocial e físico em "apoios" ou "suportes" necessários para
que vive a pessoa deficiente. garantir a qualidade de vida e a inclusão
Percebeu-se que era necessário das pessoas deficientes. Não devemos
modificar esse ambiente, a atitude ter dúvidas de que a luta pela inclusão
psicossocial e/ou o espaço físico, está apenas começando. Nesse
para que a pessoa deficiente contexto, acolho com entusiasmo a obra
pudesse desenvolver ao máximo "Inclusão: Construindo uma Sociedade
suas capacidades. para Todos", de Romeu Kazumi Sassaki,
como uma valiosa contribuição para o
O autor aborda de forma muito conhecimento e a discussão desse tema.
competente essa transição do A obra enriquece a escassa bibliografia
enfoque "médico" da deficiência disponível sobre o assunto em língua
para o enfoque "social". portuguesa e, certamente, contribuirá
significativamente para tornar a inclusão
uma realidade em nossa sociedade.
 A ONU FOI UMA DAS PRIMEIRAS ENTIDADES A
O CONCEITO DE "SOCIEDADE
EXPRESSAR EXPLICITAMENTE A IDEIA DE
INCLUSIVA" É RELATIVAMENTE RECENTE "SOCIEDADE PARA TODOS" NA RESOLUÇÃO
NO CAMPO DA DEFICIÊNCIA. SUA 45/91 DA ASSEMBLEIA GERAL, EM 1990. DESDE
MENÇÃO COMEÇOU A GANHAR ENTÃO, OS DOCUMENTOS DA ONU TÊM
DESTAQUE A PARTIR DE 1995, EM REITERADO CONSTANTEMENTE A META DE
TRADUÇÕES E TEXTOS ORIGINAIS EM ALCANÇAR UMA SOCIEDADE INCLUSIVA EM
PORTUGUÊS, ASSIM COMO EM TORNO DE 2010. UMA SOCIEDADE INCLUSIVA
PALESTRAS E REUNIÕES VAI ALÉM DE GARANTIR ESPAÇOS ADEQUADOS
PARA TODOS, POIS FORTALECE AS ATITUDES DE
RELACIONADAS À IMPLEMENTAÇÃO
ACEITAÇÃO DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E
DAS NORMAS DE EQUIPARAÇÃO DE VALORIZA A DIVERSIDADE HUMANA. TAMBÉM
OPORTUNIDADES PARA PESSOAS COM ENFATIZA A IMPORTÂNCIA DO SENSO DE
DEFICIÊNCIA ESTABELECIDAS PELAS PERTENCIMENTO, CONVIVÊNCIA,
NAÇÕES UNIDAS EM 1996. COOPERAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DE TODAS AS
PESSOAS NA CONSTRUÇÃO DE COMUNIDADES
MAIS JUSTAS, SAUDÁVEIS E SATISFATÓRIAS.

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE SOCIEDADE INCLUSIVA TEVE INÍCIO EM 1981,
QUANDO A ONU PROMOVEU O ANO INTERNACIONAL DAS PESSOAS
DEFICIENTES, ENFATIZANDO O RECONHECIMENTO DOS DIREITOS DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA COMO MEMBROS INTEGRANTES DA SOCIEDADE

 Durante a Década das Nações Unidas para Pessoas Portadoras de


Deficiência (1983-1992), a sociedade foi convocada a criar
oportunidades iguais para as pessoas com deficiência, o que implicava
em transformar a própria sociedade para que elas pudessem exercer
seus direitos. Ao longo dos anos, o termo "sociedade inclusiva" ganhou
relevância em diversos contextos e não se restringe apenas às pessoas
com deficiência, abrangendo também outros grupos com condições
atípicas. A UNESCO, em 1994, registrou o termo na Declaração de
Salamanca, e especialistas em inclusão destacam que comunidades
diversificadas são mais ricas, melhores e lugares mais produtivos para
viver e aprender. O conceito de sociedade inclusiva está sendo
gradualmente implementado em diferentes partes do mundo como
resultado do processo de inclusão nos campos da educação, mercado
de trabalho, lazer, cultura, religião, entre outros.
mensagem

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