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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO


REGIONAL DE JACAREPAGUÁ / RJ.

GRERJ nº 60303291085-70

ERASMO MACHADO DE VASCONCELOS, brasileiro,


separado, empresário, portador da identidade nº 05582990-7, expedida pelo
IFP/RJ, inscrito no CPF nº 659.881.917-20 (doc. 01), residente e domiciliado
na Avenida Lúcio Costa, nº 4.600, Apto. 508, Barra da Tijuca, nesta cidade,
CEP 22.630-011 (doc. 02), neste ato representado por seus procuradores
(doc. 03), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a
presente:

AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANO MATERIAL E MORAL, pelo


procedimento comum

Em face da VIDRAÇARIA SILVEIRA BARRETO LTDA,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 00.643.022/0001-
70, com endereço sito à Rua Renato Meira Lima, nº 666, Tanque/RJ, CEP:
20.735-120 (doc. 04), na pessoa do seu representante legal, Sr. LUCIANO
DE OLIVEIRA BARRETO, brasileiro, solteiro, empresário, portador da
identidade 0083747766 IFP/RJ, inscrito no CPF nº 957.188.187-20, residente
na Estrada da COVANCA, Nº 370, nº 370, Tanque, Rio de Janeiro – RJ, CEP:
22.735-020, com base na Lei nº 8.078/90, pelos fatos e fundamentos a seguir
delineados:
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I. DAS INTIMAÇÕES

Ab initio, requer o consumidor que TODAS as publicações,


intimações e/ou notificações expedidas na presente demanda sejam
realizadas, EXCLUSIVAMENTE, em nome do DR. JOSÉ MARCOS GOMES
JÚNIOR, advogado, inscrito na OAB/RJ sob o nº 77.857, com endereço
eletrônico juridico@amaralgomesadvogados.com.br, e com endereço
profissional na Av. José Silva de Azevedo Neto, nº 200, bloco I (Torre
Evolution II), sala 208, condomínio O2 Corporate & Offices, Barra da Tijuca –
RJ, CEP: 22.775-056, sob pena de nulidade, nos termos da
jurisprudência do STJ (CPC/2015, art. 272, §§ 2º e 5º).

II. DOS FATOS E FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIZAÇÃO DA RÉ

O autor é pessoa idônea e cumpridor de seus deveres, sendo


certo que em 18/01/2014 realizou contrato de compra e vendas de produtos e
serviços com a ré (doc. 05), promovendo o pagamento do valor de R$
58.000,00 (cinquenta e oito mil reais), que, contudo, vieram a ser
abalados pela grave falha nos serviços prestados pela ora ré.

Frise-se que, após a realização das compras dos produtos, o


autor iniciou as tratativas com o representante legal da ré para início da
colocação das peças e os serviços de acabamento nos imóveis em construção
do autor, localizado na Rua Professor Carlos Wenceslau, nº 1159, Realengo,
nesta cidade, consistente na instalação e acabamento de vidros,
fechaduras, corrimão das escadas e guarda-corpo das varandas.

Ocorre que houve atrasos na realização dos serviços,


salientando que, por diversas vezes, os funcionários da ré não compareciam
ao local, o que desapontou sobremaneira o demandante, fazendo com que
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este procurasse o representante legal da ré, Sr. Luciano, para cancelar o


negócio jurídico, requerendo a devolução da quantia paga.

Assim é que, em 05/06/2014, após ser procurado pelo


representante legal da ré e ouvir as suas explicações, o autor, acreditando na
boa-fé daquele, concordou em retomar os serviços, SENDO CERTO QUE
FOI ASSINADO TERMO DE COMPROMISSO, com a promessa de
retomada do serviço em 09/06/2014 e finalização em 13/06/2014. (doc. 06)

Ledo engano Exa., pois, mais uma vez, a ré deixou de


cumprir o acordado, NÃO realizando os serviços.

Porém, não obstante as inúmeras reclamações do autor, a ré


se manteve inerte, demonstrando o descaso para com os seus
clientes, sendo certo que JAMAIS se propôs a resolver efetivamente
o problema vivenciado pelo demandante.

Data maxima venia, resta evidente a grave falha na


prestação dos serviços por parte da ré, vez que NÃO promoveram a
execução, integral, do que restou contratado pelo autor, que,
inclusive, foi devidamente pago por este último, como faz prova a
nota fiscal que segue em anexo.

Tal constatação deixa claro e comprovado a falha na


prestação dos serviços por parte da ré, tanto do seu sócio quanto dos seus
funcionários, visto que não cumpriram o acordado, gerando indevido ônus ao
autor, que pagou por um serviço que não foi devidamente executado.
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Por questão de lealdade processual e boa-fé, o autor deixa


claro que parte dos serviços e produtos adquiridos foram adimplidos pela ré,
remanescendo, todavia, e que ensejou o termo de compromisso antes
mencionado, como uma espécie de complemento ao que restou ajustado
orginalmente, parte substancial e a conclusão dos serviços contratados,
conforme se vê dos fatos narrados na peça prefacial da ação monitória, cuja
peça inicial segue em anexo (doc. 07) e que geraram ao demandante um
prejuízo de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), pendentes de ressarcimento
até o momento, vez que o juízo daquele feito entendeu que o autor se utilizou
de remédio processual inadequado para fazer valer o seu direito.

A informação quanto a existência da aludida ação se faz


importante, seja porque o autor, na presente demanda, busca receber, tão
somente, os prejuízos efetivamente sofridos (R$ 30.000,00) e não o valor
integralmente despendido, seja porque a própria empresa demandada
reconhece o defeito na prestação dos serviços, ao tentar justificar, na peça de
resposta (doc. 08), que o serviço não foi concluído e que o atraso decorreu
de um problema de saúde de um de seus funcionários, esquecendo-se,
todavia, de consignar nos embargos monitórios, que o autor aguardou uma
solução por longo período, pois pagou pelos produtos e pelos serviços em
janeiro de 2014 e somente em junho de 2014, se comprometeu (e não
cumpriu, evidentemente !!!), corrigir as imperfeições e concluir o trabalho
para o qual foi contratada.

Ante o abuso de direito e falha na prestação de serviços


perpetrados pela Ré, não resta alternativa ao autor senão buscar a devida
prestação jurisdicional para que sejam reparados os direitos que lhe foram
violados, no que tange ao dano material e moral que lhe foram injustamente
imposto, o que encontra amplo suporte na legislação vigente, como passa a
expor.
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III. DOS DANOS MATERIAIS

Ora Exa., claramente o fato narrado nesta peça de abertura


causou prejuízos ao autor, notadamente porque pagou por um serviço que
não foi devidamente cumprido.

Nesta esteira, é importante destacar que o demandante


comprova na presente peça de abertura, o pagamento pelos serviços da ré na
quantia de R$ 58.000,00 (cinquenta e oito mil reais), sendo certo que, embora
tenha assinado um termo de compromisso, a ré não realizou o serviço
contratado, na forma almejada.

Claramente, o presente caso demonstra prejuízo


material sofrido pelo demandante, razão pela qual deverá ser
ressarcido pela demandada.

Ressalte-se que a condenação em danos materiais, não


significa enriquecimento ilícito, pelo contrário, o que se busca é a integral e
justa reparação pelos danos causados pela exclusiva conduta lesiva da ré, a
qual apenas recebeu o valor contratado, sem, contudo, realizar a devida
contraprestação.

Neste sentido, destacamos o ensinamento de Caio Mário da


Silva Pereira1, através do qual se compreende que a caracterização do dano
reparável quando implica na perda de patrimônio pela vítima, senão vejamos:

“No dano é ressarcível o prejuízo sofrido pela vítima, e tanto é


reparável quando implica na diminuição ou não incremento do

1
Pereira, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil; Rio de Janeiro; Forense; 1998; Pág.235-243.
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patrimônio (dano patrimonial), quanto na hipótese em que este


não é afetado, direta ou indiretamente (dano moral).” (grifamos)

Destacamos ainda, o entendimento da eminente professora


Maria Helena Diniz2, ao discorrer sobre o tema:

“O dano é um dos pressupostos da responsabilidade civil, contratual


ou extracontratual, visto que não poderá haver ação de indenização
sem a existência de um prejuízo. Só haverá responsabilidade civil se
houver um dano a reparar, sendo imprescindível a prova real e
concreta dessa lesão.
Para que haja pagamento da indenização pleiteada é necessário
comprovar a ocorrência de um dano patrimonial ou moral, fundados
não na índole dos direitos subjetivos afetados, mas nos efeitos da
lesão jurídica.”

Desta feita, levando em consideração todo o exposto, tendo em


vista que o dano material deve ser certo e comprovado de forma inequívoca a
fim de que não reste dúvida quanto ao mesmo, sendo certo que o prejuízo
suportado pelo demandante supera os pressupostos acima, caracterizando
indenização a ser fixada a título de danos materiais no valor R$
30.000,00 (trinta mil reais).

IV. A RESPONSABILIDADE CIVIL DA RÉ, DO CÓDIGO DE DEFESA DO


CONSUMIDOR E DOS DANOS MORAIS

Dúvidas não existem, no caso em tela, quanto à incidência da


legislação consumerista na relação que existe entre o demandante e
demandada, nos termos da teoria finalista, estando claramente configurada a
presença do fornecedor de produto e serviços e o seu destinatário final, nos
termos do artigo 2º e 3º da Lei 8.078/90.

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Diniz, Maria Helena; Curso de Direito Civil Brasileiro – . São Paulo: Saraiva,1999 – p 55 – vol.7.
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Com efeito, estabelece o Código de Defesa do Consumidor, em


seu art. 14, que o fornecedor de serviços responde, independentemente de
culpa, pela reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos
relativos à prestação dos serviços, consagrando a sua responsabilidade
objetiva em relação aos consumidores.

Portanto, o que se exige, apenas, é a demonstração do dano e


a relação de causalidade entre este e a falha na prestação do serviço para que
a pretensão indenizatória da parte autora seja acolhida.

O nexo causal, no presente caso, encontra-se fartamente


demonstrado, seja pelas alegações alhures, seja pela prova documental que
instrui a presente demanda, bem com os danos a serem reparados, de ordem
material e moral, sendo que estes últimos estão agasalhados pela nossa Carta
Magna, em seus incisos V e X, do art. 5º, bem como pela legislação comum,
em leitura aos artigos 186 c/c 927, ambos do Código Civil.

Portanto, resta inequívoca que a falha na prestação de serviços


da ré ocorreu por sua única e exclusiva culpa e forma manifestamente ilegal,
razão pela qual reta claro o cabimento da condenação da ré no dever de
promover os atos de reparação ao autor pelos transtornos imateriais
suportados, além dos patrimoniais mencionados no tópico anterior.

É de inferir-se que a reparação satisfatória por dano moral é


abrangente a toda e qualquer agressão às emanações personalíssimas do ser
humano, tais como a honra, dignidade, reputação, liberdade individual, vida
privada, recato, abuso de direito, enfim, o patrimônio moral resguarda
aspectos da personalidade no mais lato sentido.
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Não se pode deixar de favorecer compensações psicológicas ao


ofendido moral que, obtendo a legítima reparação satisfatória, poderá,
porventura, ter os meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alívios,
ainda que incompletos, para o sofrimento.

Tanto é assim, que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de


Janeiro, em 2018, revisando entendimentos completamente ultrapassados,
revogou sua súmula de nº 75, deixando clara a mudança de paradigma,
saltando aos olhos a existência de danos morais em função de
descumprimentos de relações contratuais, potencializados ante o descaso
demonstrado pela ré para com o demandante.

É certo no caso em tela, à toda evidência, que os


transtornos a que fora submetido o consumidor pelas reiteradas
falhas da ré transbordam, em muito, o mero aborrecimento,
ensejando, por si, indenização a título por danos morais, ilícito reiterado e
amplamente debatido pelo poder judiciário em demandas análogas, face a
insistência das empresas em não promover de forma adequada a prestação
dos serviços aos seus clientes/consumidores.

Não obstante, e ápice da conduta desidiosa e faltosa da


demandada, esta não promoveu a realização dos serviços
contratados, como já alhures informado, sendo certo que tal ato, por si, é
considerado dano presumido ao consumidor e passível de indenização, ínsito
na própria ofensa – dano in re ipsa.

Pacífico é o entendimento jurisprudencial acerca da


reparabilidade dos danos morais ocasionados, por vício ou por fato do serviço,
como ocorrido no presente caso, consoante se obriga na seguinte decisão, in
verbis:
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DIREITO DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO


INDENIZATÓRIA. ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL. FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. FORTUITO INTERNO QUE NÃO EXCLUI
O DEVER DE INDENIZAR. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 94 DO TJRJ.
PRECEDENTE DO TJRJ. DANO MORAL CONFIGURADO IN RE
IPSA. ATRASO POR QUASE DOIS
ANOS. OBRAS EXTERNAS INACABADAS. MANUTENÇÃO DO VALOR
DE R$ 15.000,00 (QUINZE MIL REAIS), FIXADO A TÍTULO DE
DANO MORAL. VALOR EM CONSONÂNCIA COM A EXTENSÃO DO
DANO EXPERIMENTADO PELA AUTORA. NEGADO SEGUIMENTO AO
RECURSO, NA FORMA DO DISPOSTO NO ARTIGO 557, CAPUT, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. (0090996-51.2014.8.19.0001 –
APELAÇÃO, Des(a). ANTÔNIO CARLOS ARRABIDA PAES -
Julgamento: 29/01/2016 - VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL)

Requer, portanto, seja a ré condenada também ao pagamento


de indenização por danos morais causados ao autor, observado os princípios
da proporcionalidade, razoabilidade e do caráter punitivo e pedagógico ínsito
ao instituto da reparação extrapatrimonial, consoante abalizada doutrina e
jurisprudência pátria.

V. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Diante da hipossuficiência do consumidor (Lei n.8.078/1990),


ao elaborar o texto do código consumerista, o legislador antecipou, no art. 6º,
inciso VIII, a facilitação ao acesso da justiça, garantido, dentre outros direitos,
a inversão do ônus da prova.

Segundo voto do Des. Ronaldo Moritz da Silva, “entendesse


que a hipossuficiência de que cuida o mencionado dispositivo não é
de ordem econômica, referindo-se às condições ou aos meios
disponíveis para a obtenção de determinada prova” (TJSC, Apelação
Cível n. 2013.0123858, da Capital, rel. Des. Ronaldo Moritz Martins da Silva, j.
16052013).
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Assim, é aplicável, na espécie, a disposição do Código de


Defesa do Consumidor à inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII), sendo
certo que tal inversão, no caso em análise, ocorre ope legis, haja vista o
disposto no artigo 14, §3º da referida legislação, como já pacificado também
pelo colendo Superior Tribunal de Justiça:

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INVERSÃO


DO ÔNUS DA PROVA OPE LEGIS. FORMA OBJETIVA. FATO DO
PRODUTO OU DO SERVIÇO. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ.
QUANTUM INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE. 1.- A Segunda
Seção deste Tribunal, no julgamento do Resp 802.832/MG,
Rel. Paulo de Tarso Sanseverino, DJ de 21/09.2011, pacificou
a jurisprudência desta Corte no sentido de que em demanda
que trata da responsabilidade pelo fato do produto ou do
serviço (arts. 12 e 14 do CDC), a inversão do ônus da prova
decorre da lei. 2.- "Diferentemente do comando contido no
art. 6º, inciso VIII, que prevê a inversão do ônus da prova "a
critério do juiz", quando for verossímil a alegação ou
hipossuficiente a parte, o § 3º, do art. 12, preestabelece - de
forma objetiva e independentemente da manifestação do
magistrado -, a distribuição da carga probatória em desfavor
do fornecedor, que "só não será responsabilizado se provar: I
- que não colocou o produto no mercado; II - que, embora
haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; III-
a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro". É a
diferenciação já clássica na doutrina e na jurisprudência
entre a inversão ope judicis (art. 6º, inciso VIII, do CDC) e
inversão ope legis (arts. 12, § 3º, e art. 14, § 3º, do CDC).
Precedente da Segunda Seção." (REsp 1095271/RS, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 07/02/2013,
DJe 05/03/2013). (..) (STJ - AgRg no AREsp: 402107 RJ
2013/0329201-9, Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de
Julgamento: 26/11/2013, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 09/12/2013)
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Portanto, com todas as vênias, pugna ao douto magistrado pela


decretação da inversão do ônus da prova em favor do autor initio litis, nos
termos do artigo 6º, VIII e 14, §3º do diploma consumerista.

VI. DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO

Em cumprimento ao artigo 319, VII do NCPC, a autora


manifesta, desde logo, O SEU DESINTERESSE NA REALIZAÇÃO DE
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO prevista no artigo 334, do
mesmo diploma legal.

VII. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, considerando que a responsabilidade da


empresa demandada em reparar os danos sofridos pela parte autora é
evidente, em função da sua responsabilidade civil objetiva, na forma do artigo
14, do CDC, a parte demandante requer:

a) A consequente citação/intimação da ré, no endereço


constante à primeira folha, para querendo, comparecer ao
ato processual e apresentar sua defesa, sob as penas da
lei (decretação da sua revelia) ressaltando-se que o autor
manifesta o seu DESINTERESSE na audiência de
conciliação ou de mediação, prevista no artigo 334 do
CPC;

b) A inversão do ônus da prova, ope legis, nos moldes


do inciso VIII do artigo 6º do CDC;
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c) Que a ré seja condenada a pagar o valor de R$


30.000,00 (trinta mil reais), acrescida dos consectários
legais e atualização monetária até a data do seu efetivo
pagamento, referente ao valor da nota fiscal anexa, tendo
em vista a não realização do contrato realizado entre o
autor e a ré, configurando a falha na prestação dos seus
serviços;

d) Que a ré seja condenada ao pagamento ao autor por


danos morais em valor não inferior a R$ 15.000,00
(quinze mil reais), em virtude das angústias e aflições
geradas pela grave falha dos serviços por ela prestados,
mormente ante o claro abuso de direito e comportamento
contrário à boa-fé e à transparência nas relações de
consumo, nos termos dos arts. 6º e 14 do CDC, e,
ainda, pelo que preceitua a Carta Magna, art. 5º, V
e X, e 186 c/c 927 e 944 do Código Civil, sendo os
juros instituídos na forma do art. 398, CC, que
prevê a constituição em mora do causador de ato
ilícito desde o momento em que o praticou, e com a
incidência do art. 406, CC, pertinente aos critérios
de cálculo ali estabelecidos.

e) Pagar todas as despesas processuais e os honorários


advocatícios, em percentual máximo (20%), na forma do
artigo 85 do CPC/2015, a incidir sobre o valor da
condenação, a ser arbitrado por este nobre julgador;

VIII. DAS PROVAS

Protesta por provar o alegado através de todos os meios legais,


bem como provas oral, consistente no depoimento pessoal do representante
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legal da ré, testemunhal, documental superveniente e, ainda, os moralmente


legítimos, ainda que não especificados em códigos, sem prejuízo à inversão do
ônus da prova, que no caso se dá ope legis, nos termos dos artigos 6º, VIII e
14, §3º do CDC.

Dá-se à causa, para todos os fins, o valor de R$ 45.000,00


(quarenta e cinco mil reais).

P. Deferimento.

Rio de Janeiro, 03 de junho de 2019.

JOSÉ MARCOS GOMES JÚNIOR CAROLINE ROTONDO VINCULA


OAB/RJ nº 77.857 OAB/RJ nº 129.404

MAYARA MARCHANDT PASOLINI


OAB/RJ nº 186.437

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