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EGRÉGIO COLEGIADO DA 17ª CAMARA CÍVEL DE DIREITO PRIVADO


DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Processo nº 0030953-10.2021.8.19.0000
Processo originário nº 0021443-72.2018.8.19.0001

SEGURADORA LÍDER DO CONSÓRCIO DO SEGURO DPVAT S/A,


já qualificada nestes autos, vem respeitosa e tempestivamente perante Vossa
Excelência, apresentar

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

em face de ALEX SANDRO LOPES DOS SANTOS, também já


qualificado nestes autos, que faz nos seguintes termos:

I. SÍNTESE DA DEMANDA

Trata-se de agravo de instrumento interposto em face de decisão que


rejeitou a preliminar de prescrição trienal, neste recurso foi especificado as
razões de fato e de direito para a aplicação da prescrição existente.
Foi demonstrado que a ação, está prescrita porque passaram mais de 3
anos entre o acidente e o ajuizamento da ação, pois a parte agravada informa
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que o sinistro ocorreu em 23/05/2014 e a ação judicial foi distribuída em
30/01/2018, ou seja, passados mais de 3 anos.
Aduziu-se também que não há do que se falar sobre a SUSPENSÃO do
prazo de prescrição, tendo em vista que não houve sequer um processo
administrativo não havendo de ser considerado a suspensão para o prazo de
prescrição.

II. RAZÕES PARA ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS


DECLARATÓRIOS -
DA OMISSÃO DO ACÓRDÃO

Diante do exposto, o acórdão afirma que a parte agravante não logrou


êxito em comprovar a ciência do agravado acerca da decisão negativa no
pedido administrativo e com base na Súmula 229 do STJ o prazo de suspensão
da prescrição continua até que o segurado tenha ciência da decisão, o que não
ocorreu comprovado no processo originário.

Ademais, no acórdão ainda é disposto que o termo inicial da prescrição na


ação de indenização do seguro obrigatório DPVAT é a data em que o segurado
tem ciência inequívoca do caráter permanente da invalidez e essa ciência
depende de laudo médico.

Ocorre que, conforme plenamente esclarecido em sede de contestação, a


ação está prescrita, visto que se passaram mais de 3 anos entre o sinistro e o
ajuizamento da ação, uma vez que aquele ocorreu em 23/05/2014 e a ação
judicial foi distribuída em 30/01/2018, ou seja, passados mais de 3 anos,
conforme é preceituado na Súmula nº 405 do Superior Tribunal de Justiça, de
seguinte enunciado:

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"A ação de cobrança do seguro obrigatório
(DPVAT) prescreve em três anos.". (...)

Assim, no processo originário (fls.141-142), a parte agravada apresentou


documentação que demonstra a ausência de solicitação do requerimento
administrativo, por pendência documental, demonstrando que não deve ser
considerada nenhuma suspensão do seu pré-cadastro da seguradora
referente ao processo administrativo.

Dessa Forma, considerando o prazo prescricional, o prazo para ingressar


em juízo findou-se em 23/05/2017.

Ademais, o acórdão ora embargado não aborda os fatos apresentados


em agravo de instrumento, eis que apenas menciona que não houve ciência da
parte agravada da negativa no pedido administrativo, contudo, não enfrenta
todos os argumentos deduzidos no processo, em especial, a ausência de
qualquer processo administrativo pelas pendências documentais das quais a
parte agravante era responsável para se dar início ao processo administrativo.

O artigo 1022, II, § único, I do CPC é bastante claro no sentido


de que é omissão a decisão que deixa de se manifestar sobre tese
firmada em julgamento de casos repetitivos, conforme se vê abaixo:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
(…)
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
(…)
Parágrafo único.  Considera-se omissa a decisão que:
I. deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;
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Sendo assim, mister que este Douto Colegiado se manifeste a respeito


da omissão apontada, a fim de supri-la no tocante à prescrição e seus efeitos.

Desse modo, os presentes embargos merecem ser acolhidos para suprir


a omissão, na medida em que é necessário a V. Exa. à análise da preliminar de
prescrição.

III. REQUERIMENTOS

Em face do exposto requer a Embargante, confiando na reflexão,


ponderação e sensibilidade de Vossa Excelência, sejam acolhidos os presentes
embargos declaratórios para suprir a omissão apontada, analisando o pedido
pleiteado no agravo interposto.

REQUER, outrossim, que as futuras intimações sejam feitas,


OBRIGATORIAMENTE, em nome do advogado HENRIQUE A. F. MOTTA,
inscrito na OAB/RJ sob o nº 113.815, sob pena de nulidade das mesmas.

Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 30 de junho de 2021.

HENRIQUE A. F. MOTTA ELIANE SILVA AMBRÓSIO


OAB/RJ 113.815 OAB/RJ 153.862

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