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Gabinete da 2º Vara
Av. Esperidião Paulo Curi, S/N, Edifício do Fórum, Lucilene, Santa Helena de Goias-GO
Processo nº : 0339001.55.2000.8.09.0142
DECISÃO
Trata-se de Embargos de Declaração opostos por Alcídes Inácio de Freitas e Maria José Cardoso de Freitas
alegando omissão e obscuridade na decisão do evento 5.
Alega que a decisão restou omissão quando deixou de apreciar o pedido de reconhecimento da prescrição
intercorrente durante o período em que o atual administrador atuou.
Ainda, alega estar a decisão eivada de obscuridade visto que imprecisa e de impossível compreensão.
É o relatório. DECIDO.
Como se sabe, os embargos de declaração constituem recurso de âmbito discursivo restrito à expurgação de erro
material, omissão, obscuridade ou contradição na decisão, conforme artigos 1.022 e 1.023 do CPC.
Pois bem.
Alegam os embargantes que a decisão restou omissa em relação ao pedido de reconhecimento da prescrição
intercorrente referente ao período administrado pelo Sr. Lauro Lomeu de Castro, com início em 13/01/2015 (decisão de fls.
2.984/2.993).
Razão assiste aos embargantes quando aponta a omissão na decisão, pelo que passo à análise do pedido de
reconhecimento de prescrição intercorrente referente ao período de administração do Sr. Lauro Lomeu de Castro.
A partir daí é de se ver que em 22/05/2015, às fls. 3.066/3.069 este manifestou atendendo aos ofícios expedidos por
este juízo, bem como requerendo a determinação de prestação de contas por parte dos ex-administradores; manifestou às fls.
3.101/3.104 manifestando acerca da proposta feito pelo INCRA à Fazenda Monjolo; às fls. 3.174/3.176 e fl. 3.185 manifestou
pugnando pela regularização procedimental da prestação de contas, formuladas em 2017.
Assim, em que pese a possibilidade de reconhecimento da prescrição em razão da paralisação injustificada por
inércia dos credores nomeados administradores da massa por mais de cinco anos, prazo este previsto no art. 778, do Código de
Processo Civil de 1973, tenho que a mesma merece ser afastada pelos fatos aqui e expostos, e os fundamentos delineados na
decisão do evento 5, a saber, não vislumbro paralisação do processo por inércia do credor nomeado administrador da massa
falida.
Por fim, quanto a alegação de obscuridade da decisão, tenho que razão não assiste ao embargante, visto que a
decisão fustigada se mostra clara e explícita em seus fundamentos. Ademais, ao meu sentir, os embargantes buscam atacar
matérias já discutidas e preclusas.
Intimem-se. Cumpra-se.