AO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE GAMA/DF

Processo nº: 0701177-08.2022.8.07.0004

OMNI S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO, já devidamente

qualificada nos autos por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, nos
autos em epígrafe, vem REQUERER, na forma do artigo 824 e seguintes, todo do Código
de Processo Civil, de CONVERSÃO da presente Ação de Busca e Apreensão originária
em

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL,

Em desfavor de ISMAEL MONTEIRO IVO, brasileiro, inscrito no CPF sob o nº

711.895.211-72, com endereço à QUADRA 28, 82 SETOR LESTE (GAMA) – CIDADE:
BRASÍLIA/DF – CEP: 72460-280, como de fato o faz, pelas razões seguintes:

O requerente propôs neste Juízo ação de Busca e Apreensão do veículo

FIAT/GRAND SIENA ESSEN.SUBLIME DUAL. 1.6 FLEX G, ANO 2016/2016, PLACA: PAT4898,
RENAVAM 01099764677, gravado com alienação fiduciária em favor deste, conforme
instrumento particular de contrato e mora caracterizada através notificação via
cartório de títulos e documento, ambos inclusos nos autos.

Deferida a busca e apreensão do mencionado veículo, a requerente

não logrou êxito no cumprimento da liminar concedida em razão do veículo objeto da
lide não ser encontrado, o que torna inviável o prosseguimento deste feito, pelo menos
nos termos apresentados na inicial.

Dessa forma, em razão da recente redação dada ao decreto lei 911/69

pela lei 13.043/14, nos contratos de Alienação fiduciária “se o bem não for encontrar ou
não se achar na posse do devedor, fica a critério do credor, requerer a conversão da
Ação de busca e apreensão em Ação de Execução”, in verbis.

(...)

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 Art. 4o Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado
ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor
requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e
apreensão em ação executiva, na forma prevista no Capítulo II
do Livro II da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de
Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)”

Ante ao exposto, vem a parte autora requerer a Vossa Exa., a conversão

da presente Ação de Busca e Apreensão originária em Ação de Execução, motivo pelo
qual requer seja determinada à citação da executada, nos termos do art. 212, § 2º do
Código de Processo Civil, para que no prazo de 3 (três dias) paguem o montante do
débito no valor de R$ 18.815,84 (dezoito mil oitocentos e quinze reais e oitenta e quatro
centavos), conforme alteração trazida pela Lei 11.382/06, acrescido dos juros moratórios
e correção monetária até a data do efetivo pagamento conforme planilha anexa, bem
como honorários de advogado, custas processuais e demais cominações de direito, ou,
para querendo, oponham embargos no prazo de 15 (quinze dias), sob pena de, não o
fazendo, ser efetuada a penhora em tantos bens quanto bastem à garantia do juízo.

Com fulcro no art. 829, §2º c/c 835, ambos do CPC, vem o exequente
indicar à penhora os ativos mantidos pela executada perante as instituições financeiras,
quer seja em conta de movimentação corrente, de investimentos, ou outra modalidade
de contratação, os quais deverão ser investigados e, casos localizados, bloqueados e
constritos em conta judicial própria neste mesmo ato, mediante o procedimento online
inerente ao convênio Bacen-Jud, determinando-se sua indisponibilidade até o limite do
crédito perseguido, devidamente atualizado, ainda, indicando à penhora eventuais
bens da executada os quais deverão ser bloqueados e constritos mediante o
procedimento online inerente ao convênio Renajud.

Não sendo encontrado(s) bem (ns) em valor suficiente a garantir o juízo,

requer-se sejam intimados a executada para fazerem tal indicação de bens passíveis
de penhora, sob pena de incorrerem na hipótese do art. 774, V/CPC.

Caso não seja efetuado o pagamento no prazo legal nem nomeado

bem à penhora, ou, ainda, sequer sejam encontrados os devedores, requer-se seja
determinado o arresto de tantos bens quantos bastem para a satisfação integral do
crédito, nos termos do art. 830 do CPC, constando nos Mandados de Citação e Penhora
autorização para que assim se proceda.

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 Recaindo a penhora sobre bem imóvel, requer-se a expedição de
certidão de inteiro teor do auto ou termo de penhora para que o exequente possa
providenciar, para presunção absoluta de conhecimento de terceiros, o respectivo
registro no ofício imobiliário pertinente, averbando-se a penhora no registro do bem, nos
termos do art. 167, I, 05, da Lei nº 6.015/73 c/c art. 844, § 4º do CPC, além da intimação
do cônjuge da executada.

De igual forma, se a constrição recair sobre automóveis seja oficiado o

órgão responsável (Detran) a proceder aos respectivos registros e bloqueios em seus
controles e cadastros administrativos.

Constatada a prática, pelo devedor, de qualquer dos atos elencados

nos incisos do art. 774, do CPC, inclusive não indicando elas bens sujeitos à penhora,
que lhes sejam impostas às penalidades materiais e/ou processuais cabíveis, além da
cominação de multa à ordem de 20% (vinte por cento).

Requer provar o alegado por todos os meios em direito permitidos,

especialmente pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, oitiva de
testemunhas, juntada de documentos, etc.

Atribui-se à presente o valor de R$ 18.815,84 (dezoito mil oitocentos e

quinze reais e oitenta e quatro centavos).

Por fim, requer o cadastramento do Dr. GIULIO ALVARENGA REALE, inscrito

na OAB/DF 32.029 para que todas as publicações/intimações em nome do AUTOR sejam
expedidas EXCLUSIVAMENTE em seu nome, sob pena de nulidade. Nesta oportunidade,
cumprindo o que determina o art. 77, inciso V, do CPC, informamos que, o novo e
exclusivo endereço profissional para fins de recebimento de intimações dos
procuradores do escritório GIULIO ALVARENGA SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA,
foi alterado desde 25/02/2019 para a Rua Tamoios, nº 666 – 7º andar, CEP: 30.120-050,
Belo Horizonte / MG.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Belo Horizonte, 06 de maio de 2019.

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GIULIO ALVARENGA REALE
OAB/DF 32.029

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