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CONTRARRAZÕES DE AGRAVO
art. 18 do CPC, no sentido de que "ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio
(...)".
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 9/10/2013, ao julgar o Resp
1.347.627/SP, afetado à época, nos termos do art. 543‐C, do CPC/1973 como
representativo de controvérsia relativa ao Tema 649, de recursos repetitivos, firmou a seguinte
tese vinculativa: "A pessoa jurídica não tem legitimidade para interpor recurso no interesse do
sócio."
(...) Em decorrência, observada a jurisprudência harmoniosa do STJ, a agravante,
ainda que empresa individual de responsabilidade limitada, carece de legitimidade para
pretender evitar que a sócia responda, como pessoa natural, ao executivo fiscal, razão porque
o recurso não merece ser conhecido.
Como se percebe, não há qualquer polêmica em relação ao assunto que possa
embasar os argumentos da recorrente que devem ser, de pronto, rejeitados e a decisão
monocrática mantida incólume.
Diante disso, sem maiores digressões, estando a matéria compreendida no tema
649 dos recursos repetitivos e não havendo que se falar em distinguishing, uma vez que o tema
trata da mesma realidade fática à dos autos, o recurso interposto deve ser inadmitido ou, se
conhecido, improvido.
SOBRE O REDIRECIONAMENTO
Considerando os elementos que hoje instruem a execução fiscal, o agravo não pode
ser provido, revogando‐se a tutela antecipada concedida, visto estarem presentes todos os
requisitos para o redirecionamento, nos exatos termos em que requerido e deferido.
A certidão constante dos autos n.º 0901280‐21.2017.8.24.0008/SC e anexada junto
ao evento 90 da execução fiscal de origem, prova que a executada encerrou suas atividades no
endereço de seus registros oficiais.
Ademais, o agravado provou a inexistência de patrimônio, posto que os bens que
sobejaram do patrimônio da agravante são inábeis à garantia do débito, estando em mau
estado de conservação e sem uso há muito tempo, conforme certidão constante do evento 27
dos autos de origem, tanto que as tentativas de venda judicial restaram infrutíferas (evento 79
III. PEDIDO
Ante o exposto, requer o Estado de Santa Catarina:
a) o não conhecimento do agravo de instrumento interposto, dada a manifesta
ilegitimidade da agravante para discussão da matéria relativa ao redirecionamento do feito.
b) a reconsideração da decisão que atribuiu efeito suspensivo ao agravo;
c) o desprovimento do presente agravo de instrumento, para que a decisão
agravada seja integralmente mantida.