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EXMO. SR. DR.

JUÍZ DE DIREITO DA _ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE


PORTO ALEGRE/RS

Execução Extrajudicial nº 00000000000

CARLOS ADALBERTO DA SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe da


execução fiscal que lhe move o MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado
signatário abaixo firmado, apresentar:

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Com fulcro nos arts. 803 e 518 do CPC e nos fatos que se mostrará a seguir:

I – DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

A exceção de pré-executividade é um instrumento jurídico criado pela


doutrina e aceito pela jurisprudência nos casos que tange matéria cognoscível
de ofício pelo MM. Magistrado e que não demande de instrução probatória,
conforme é disciplinado pela súmula 393 do STJ.
Deste modo, como o presente incidente irá tratar de matéria de ordem
pública, é totalmente admissível sua oposição nestes autos de ação de
Execução Fiscal.

II – DOS FATOS

A fazenda pública do município de Porto Alegre ajuizou a presente


execução fiscal em face do executado com vista ao adimplemento dos valores
referentes ao IPTU no ano de 2020, conforme se verifica pela CDA juntadas na
exordial.
Entretanto, é entendido pelo excipiente que tal CDA é nula de pleno
direito, motivo pela qual protesta.

III – DA NULIDADE DA CDA

O CTN, em seu artigo 202, coloca que o termo de inscrição da dívida ativa
indicará, obrigatoriamente, o nome do devedor e, sendo o caso, o dos
corresponsáveis, bem como, sempre que possível o domicílio ou a residência de
um e de outros; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
acrescidos, dentro outros requisitos.
Tais requisitos também são contemplados pela Lei que rege as
Execuções Fiscais em seu art. 2º, § 5º (6.830/80).
Desta forma, verificando a ausência de qualquer um destes requisitos
tornará nulo de pleno direito o título executivo tributário, visto não preencher os
requisitos essências de sua constituição.
Conforme a referida lei 6.830/80, em seu art. 2º, § 5º, inciso III, e também
no art. 202, inciso 202 do CTN, a certidão de dívida ativa deverá constar,
obrigatoriamente, o fundamento jurídico sob o qual se origina a dívida.
Analisando a CDA juntada pela parte, podemos verificar que há ausência
de tal requisito, de modo que a certidão não informa o fundamento jurídico sob
o qual se funda a dívida, gerando, assim, dúvida sobre a sua validade de
constituição.
A doutrina vem entendendo que a mera indicação da lei que institui o
tributo não é suficiente para proferir que a CDA completa esse requisito, uma vez
que deverá demonstrar especificamente sob qual dispositivo se funda a
Execução.
Como ensina Leandro Paulsen: “É imperativo que conste no Termo de
Inscrição e, posteriormente, da CDA, a indicação do dispositivo legal que
fundamenta o débito. Não basta a indicação genérica a tal ou qual lei. Exige-se
a indicação do dispositivo especifico, do artigo em que resta estabelecida a
obrigação. Ademais, como o tributo decorre de lei em sentido estrito, é irregular
a referencia tão somente ao regulamento”. (PAULSEN, pg. 1.280, 2008).
Desta forma, é possível verificar que a CDA não menciona qualquer
disposição legal sob a qual se funda a dívida.
Além disso, outro requisito indispensável para que a CDA seja válida é e
que deve ser observado é a indicação do processo administrativo que resultou a
dívida, pois, como pode ser verificado no art. 2º, § 5º, inciso VI da lei 6.830/80, a
CDA deverá obrigatoriamente demonstrar o número do processo administrativo
que se funda a ação.
É possível verificar que a CDA trazida na inicial também não contempla
este requisito. Colaborando ainda mais para a nulidade dos títulos.
É flagrante que a CDA contempla vícios, pois deveria informar a
fundamentação legal sob a qual se constitui e o processo administrativo sob o
qual se estriba o tributo. Em suma, por não cumprir tais requisitos a CDA deverá
ser considerada TOTALMENTE NULA e o processo ser extinto.

IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


a – Que a presente exceção de pre-executividade seja recebida,
concedendo o efeito suspensivo imediato à execução fiscal nº
00000000000, nos termos do artigo 297 do CPC até a decisão final;
b – seja o pedido julgado procedente para os fins de anular o processo
executivo, nos termos dos artigos485, IV do CPC;
c – a exclusão do Excipiente do polo passivo da execução fiscal;
d – a intimação da Excepta para que apresente as razões de estilo, nos
termos da lei;
e – condenação da Excepta nas custas processuais e honorários
advocatícios.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Porto Alegre, Junho de 2022

Advogado / OAB/RS XXXXX


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA FEDERAL DE
EXECUÇÃO FISCAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO RIO GRANDE DO SUL-
RS

XXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ/MF sob o nº xxxxxxxxxxxxxxxx-xx,


com sede no endereço xxxxxxxxxxxx, nº xxxxx, Bairro xxxxxx, CEP xxxxxxxxxx,
representada por sua advogada e bastante procuradora (procuração anexa), com
endereço profissional xxxxxxxxxxxxxxx, n.º xxxxxx, Bairro xxxxxxx. Onde recebe todas
intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com base no art.
16 da Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830/80) e art. 919, § 1º do CPC, opor:

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO.

em face pela União (Fazenda Nacional), pessoa jurídica de direito público interno, o
que faz com base nas razões de fato e direito a seguir expostas.

I. DOS FATOS

A União constituiu em janeiro de 2019, créditos de PIS/COFINS aos meses de


junho de 2013 a outubro de 2014, sendo o autor autuado sobre esse fato. O autor nunca
recebeu a notificação do auto de infração, não sendo recebida no endereço da empresa.
O endereço da empresa jamais foi alterado desde que começou suas atividades
de trabalho, bem como é o domicilio fiscal. Ademais, não teve defesa administrativa, e
muito menos o ajuizamento de qualquer ação anulatória.

II. DO DIREITO

II.I TEMPESTIVIDADE
Conforme os documentos anexos nota-se que esta embargante foi intimada da
penhora há 15 dias. Portanto, tempestivo os embargos nos moldes do art. 16, I da Lei
6.830/80.

II.II DA NULIDADE DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA BASEADA EM PROCESSO


ADMINISTRATIVO FISCAL
Como a empresa jamais foi notificada, deverá ter a nulidade da Certidão de dívida ativa
baseada em processo administrativo Fiscal em que não houve efetiva notificação ao
contribuinte. Conforme art. 11 da LEF.
II.III DIREITO DE LANÇAR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Ainda, tem-se decadência do direito de lançar, tendo em vista que o contribuinte
realizou o pagamento de valores a titulo de PIS e COFINS nos meses que se referem o
lançamento. Conforme art. 150, § 4º, do CTN.
Diante disso, considera-se o lançamento definitivamente extinto, devido o prazo
já ter sido vencido.

III. EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS

O dispositivo exige os requisitos da tutela provisória para concessão do efeito


suspensivo, sendo os do art. 300 do NCPC, os elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Grave dano de difícil reparação e garantia do juízo. No caso atual, não restam dúvidas
de que as condições legais estão presentes na medida, pois a inconstitucionalidade da
é flagrante (probabilidade do direito), e a execução fiscal lhe causa grandes ônus
jurídicos e econômicos (perigo de dano).
Estabelece o art. 919 § 1º do Código de Processo Civil que: Os embargos à
execução não terão efeito suspensivo; § 1º O juiz poderá, a requerimento do
embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os
requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já
esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Diante disso, o embargante tem direito à concessão do efeito suspensivo.

IV. DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, requer seja:

A) que seja atribuído efeito suspensivo aos presentes embargos, nos termos do
disposto no artigo 919, § 1º do CPC/2015;

B) o julgamento procedente dos embargos para o fim específico de extinguir a execução


fiscal epigrafada, com base na inconstitucionalidade da exação, determinando-se
também o levantamento dos bens penhorados;

C) a intimação do exequente para apresentar impugnação;


D) a condenação da exequente em custas e honorários;
E) o deferimento da juntada dos documentos que seguem em anexo.

Dá-se à causa o valor da causa R$80.000,00.


Termos em que pede deferimento.

Porto Alegre, 16 de JUNHO de 2022.


ADVOGADA OAB/RS nº XX.XXX

NOMES

1. Felipe Capela Lopes (Líder do Grupo)

16105453-1

2. Vicente Scheeren Mattos

17201232-0

3. Felipe Zyngier da Silva

17200362-6

4. Daniella Isabel Ortiz Pires

18180706-6

5. Ana Paula Melo Fernandes

19280321

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