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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

CÍVEL DO FORO REGIONAL DO TATUAPÉ DA COMARCA DE SÃO


PAULO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

BUFFET CASÓRIUS LINDUS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n°,
endereço eletrônico, com sede no Bairro do Tatuapé, São Paulo, SP vem à presença de Vossa
Excelência, representado por seu advogado, propor:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO DE ALUGUEL COM PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
em face de LOCADOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do documento de
identidade RG n°, inscrito no CPF sob n°, endereço eletrônico, residente e domiciliado na,
Bairro do Tatuapé, São Paulo, SP, com base no art. 67, Lei n° 8.245/91, arts. 539 e ss, CPC e
art. 335, l, CC, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

I. DOS FATOS
O Locatário possui um contrato de locação para sua sede e tem sido pontual ao pagar o
aluguel de R$ 15.000,00 todos os meses, até o dia 30, em uma conta corrente indicada pelo
proprietário do imóvel.
No entanto, no último pagamento, o Locatário descobriu que a conta indicada não estava
mais em uso, o que o impediu de cumprir sua obrigação de pagamento do aluguel. No
mesmo dia, apesar do aluguel ainda não ter vencido, o Locatário tentou entrar em contato
com o proprietário do imóvel, mas não obteve sucesso.
Devido à preocupação em manter a pontualidade no pagamento do aluguel, o Locatário
precisa encontrar uma forma de se resguardar e efetuar os pagamentos de maneira legal.
Como não conseguiu localizar o credor para obter uma nova conta para o pagamento, sua
única opção é apresentar uma ação legal para resolver a situação.

II. DA TUTELA DE URGÊNCIA

Com base no art. 300 do Código de Processo Civil, é permitido buscar a concessão de
tutela de urgência antecipada, desde que preenchidos os requisitos que demonstram o
embasamento jurídico que sustenta o pedido antecipado, bem como o risco de que a
demora na decisão judicial possa acarretar a perda do direito do Autor ou causar danos.

A existência do fumus boni iuris é estabelecida pela própria admissibilidade desta ação.
O Autor não foi capaz de cumprir com a obrigação original e isso não foi causado por
ele. O Réu não pode receber o pagamento (ou se recusou a fazê-lo devido à inexistência
de uma conta regular para tal). Por isso, faz-se necessário consignar o valor devido.

Entretanto, teoricamente, até que esta ação seja devidamente processada, o Autor parece
estar em atraso e, em decorrência disso, pode sofrer consequências moratórias, como a
inclusão de seu nome em órgãos de restrição de crédito, configurando o periculum in
mora.

Essa iminente inscrição negativa no histórico de crédito não pode ser concretizada, sob
pena de contrariar a legislação vigente, que permite formas de cumprimento indireto,
como a presente ação de consignação em pagamento.

III. DO DIREITO

Conforme constatado, existe um contrato de locação válido entre as partes envolvidas.


No referido contrato, é especificado que o pagamento mensal dos aluguéis deve ser
efetuado diretamente na conta corrente do Réu, que foi claramente indicada no contrato.
Desde o primeiro pagamento, essa regra foi seguida e os aluguéis foram sempre pagos
de forma adequada, no local e prazo corretos. No entanto, no último vencimento, o
Autor foi surpreendido ao tentar efetuar o pagamento, pois descobriu que a conta
corrente do Réu, na qual regularmente realizava o pagamento, não existia mais. No
próprio dia do vencimento, o Autor tentou entrar em contato com o Réu, mas sem
sucesso.
Com o intuito de cumprir com sua obrigação de forma adequada, apresenta-se esta ação,
fundamentada no artigo 335, alínea l do Código de Processo Civil. Tal cabimento é
justificado pelo fato de que o credor não tem recebido o pagamento do aluguel como
usualmente ocorria.

No caso de um contrato de locação não residencial, a norma aplicável a esta ação de


consignação é o artigo 67 da Lei de Inquilinato. Vale ressaltar que, em seu terceiro
inciso, menciona-se que todos os aluguéis a vencer, a partir do momento em que esta
ação for proposta até a sentença de primeira instância, devem ser igualmente
consignados nos autos como forma de cumprimento.

Consequentemente, podemos observar que a responsabilidade inadimplida, conforme


estipulado no contrato, é equiparada ao pagamento de um aluguel no montante de R$
15.000,00, com vencimento em 30 de abril de 2023.

O Demandante deseja evitar o atraso no cumprimento da obrigação e busca a declaração


de extinção desta demanda.

Essa situação diz respeito ao respeito à boa-fé objetiva contratual, conforme indicado
nos artigos 421 e 422 do Código Civil

IV. DOS PEDIDOS

A concessão da tutela de urgência antecipada para impedir que o Autor tenha seu nome
inscrito em cadastros negativadores de crédito;

No que diz respeito ao mérito, o pedido para declarar a extinção da obrigação de


pagamento dos aluguéis e a condenação em custas e honorários advocatícios,
juntamente com a confirmação da tutela de urgência.

Seja concedido o prazo de 24 horas para o depósito do valor consignado


(art. 67, II, LI);

A citação do Réu, por carta, para levantar o valor consignado ou, em querendo,
apresentar sua defesa;

Que todos os alugueres desde a propositura desta ação até a sentença de primeiro grau
sejam consignados nestes autos (art. 67, II, LI).

Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos.


Indica não opor-se à audiência de conciliação prévia.

Requer-se a juntada do comprovante de pagamento das custas judiciais.

Dá-se à causa o valor de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais).


Nestes termos,

Pede deferimento,

São Paulo, 22 de maio de 2023

Advogado, OAB n. ..

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