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I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição
Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes.
Atendendo o disposto no artigo 319, VII do Código de Processo Civil, vem a parte autora
informar que NÃO tem interesse na audiência de conciliação ou mediação.
IV - DOS FATOS
Ressalta-se que o locador trata-se de pessoa idosa,e que, além de sua aposentadoria, no
montante de um salário mínimo, os alugueis são a única fonte de subsistência dele e de sua esposa.
Trata-se de pessoa analfabeta e que em sua inocência e confiança acreditou na boa fé do locatário.
A esposa do locador não é aposentada, atualmente eles vêm recebendo o aluguel de apenas
uma das lojas, estando uma desocupada e a outra locada pelo requerido em atraso a mais de 17
meses. A renda do núcleo familiar do locador atualmente é de …. (), sendo …. referentes a
aposentadoria e …. referente ao aluguel de uma das lojas.
Mesmo conhecendo todos os fatos citado o locador, doravante requerido, liquidou tão
somente o aluguel e as referidas taxas até o mês de janeiro de 2021, sobrevindo, logo, ao débito por
mais de um ano (fevereiro de 2021 a junho de 2022).
planilha de débito
Em fevereiro de 2021 após não pagar o aluguel e as taxas em sua totalidade, advindo de
vários meses recebendo o aluguel em valor menor do que acordado, o locador e sua esposa deram o
primeiro aviso ao locatário de que deveria se retirar do imóvel. No entanto, locatário falou que
quitaria o aluguel, mas se manteve inerte nos meses que se seguiram. Todos os meses o locador e
sua esposa requeriam que ele saísse do imóvel, restando inviável o prosseguimento do contrato, mas
o locatário se recusava a abandonar o ponto alegando que estava de mudança para outra loja e que
precisaria de mais tempo.
No mês de maio de 2022 a situação chegou a seu ápice, considerando que o locatário não
abriu mais o imóvel comercial e nem devolveu as chaves para o locador. Ao procurar ajuda o
locador descobriu que o locatário havia agido de má-fé nas últimas locações, e que era uma prática
corriqueira ele abandonar o imóvel fechado no intuito de que o locador abra e seja incriminado pela
retomada do próprio imóvel. É o que se observa no processo paradigma, referente locação anterior
realizada pelo locário, além dos diversos processos envolvendo o mesmo (QUAL O NUMERO DO
PROCESSO).
Inclusive ao tentar notificar extrajudicialmente o locatário, este fugiu alegando que abriria o
local no dia seguinte, o que não ocorreu. O mesmo anda se esquivando do locador e a loja
permanece fechada a mais de um mês, o que também pode-se observar através do AR juntado aos
autos.
Esta situação além de prejuízo econômico vem desgastando a saúde física e mental do
locador e de sua esposa, lembrando que tratam-se de pessoas idosas e naturalmente mais frágeis.
Ressalta-se ainda, que o requerido não forneceu seu endereço residencial e não atende ao telefone,
se esquivando inclusive de clientes de sua empresa que alegam terem sido lesados pelo mesmo.
Defronte a essa inarredável ilação, não restou outra alternativa ao requerente senão ajuizar a
presente demanda para dirimir o caso em apreço.
V – DOS FUNDAMENTOS
Assim sendo, em obediência a regra emoldurada, a locação poderá ser desfeita no seguinte
azo:
“Nas ações de despejo por falta de pagamento, o pedido de rescisão da locação poderá ser
cumulado com o de cobrança dos alugueis e seus acessórios” (GONÇALVES, 2013).
Enfim, a exordial não carece de legitimidade, vez o conjunto probatório apontado aos fatos e
o enquadramento íntegro a legislação supra, portanto, indubitável é a possibilidade do requerente
em reaver o imóvel, afora condenação do requerido ao pagamento dos alugueis e encargos
vencidos.
VI – DA MEDIDA LIMINAR
No que se refere a liminar, cumpre ressaltar seu objetivo, isto é, assegurar o direito de uma
das partes de um litígio, a ser concedido no início do processo.
b) A Citação do requerido, para tomar conhecimento do feito e, caso o queira, oferecer contestação
e/ou pugnar a mora nos termos do inciso II do art. 62, da lei 8.245/91;
c) Com respaldo no inciso I, do art. 62, da lei 8.245/91, requer a rescisão da locação;
e) Com fulcro no art. 62, V da lei 8.245/91, a condenação do requerido ao pagamento de todas as
despesas até a data da efetiva desocupação;
Dá-se à causa o valor de R$XXX, consoante art. 291 do CPC e inciso III, do art. 58 e inciso I, do
Art. 62, ambos da Lei nº 8.245/91.
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OAB/MG xxxxxxxx