Você está na página 1de 12

Aviso legal: Este é um modelo inicial que deve ser adaptado ao caso concreto por profissional habilitado.

Verifique sempre a vigência das leis indicadas, a jurisprudência local e os riscos de improcedência. Limitações
de uso: Você NÃO PODE revender, divulgar, distribuir ou publicar o conteúdo abaixo, mesmo que
gratuitamente, exceto para fins diretamente ligados ao processo do seu cliente final.
REMOVA ESTE AVISO ANTES DO USO | Perguntas frequentes | Termos de uso.

AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA ________ DA COMARCA DE


________

________ , ________ , ________ , inscrito no CPF


sob nº ________ , ________ , residente e domiciliado
na ________ , ________ , ________ , ________ ,
________ , vem à presença de Vossa Excelência, por
meio do seu Advogado, infra assinado, ajuizar

AÇÃO DE EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO E


ALIENAÇÃO JUDICIAL
C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS

em face de ________ , ________ , ________ ,


inscrito no CPF sob nº ________ , ________ ,
residente e domiciliado na ________ , ________ ,
________ , ________ , ________ , pelos motivos e
fatos que passa a expor.
DOS FATOS

O requerente e o requerido possuem um imóvel em comum em


decorrência da ________ .

Trata-se de ________ .

As partes constituíram um relacionamento por mais de


________ anos, rompida em ________ , momento em que o Autor deixou a
residência onde morava junto com a Requerida. Nesse rompimento, foi
acordado entre as partes a manutenção do condomínio do imóvel ________ ,
no qual a Requerida permaneceu residindo.

Ocorre que o referido imóvel foi inventariado partilha entre todos


os herdeiros, portanto, até que se promova a extinção do condomínio com a
venda do imóvel, é devido o pagamento de aluguéis daquele que utiliza
exclusivamente o bem em seu proveito.

Ocorre que apesar da divisão homologada por meio da ________


, o Réu permanece no imóvel, sem que, no entanto, realize qualquer pagamento
pelo seu uso.

Mesmo após notificação, conforme prova em anexo, para


desocupar o imóvel e viabilizar a sua alienação, nenhuma medida foi tomada,
obrigando o ingresso da presente ação.
DA EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO E ALIENAÇÃO
JUDICIAL

Preceitua o Código Civil, em seu Art. 1.322 o direito à extinção do


condomínio, nos seguintes termos:

Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os


consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando
os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-
se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino
ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na
coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de
quinhão maior.

Trata-se de direito dos proprietários, uma vez que a lei permite que "a
qualquer tempo os condôminos podem pretender a extinção do condomínio,
com a consequente alienação do bem havido em copropriedade, caso o bem
seja indivisível e os consortes não concordarem em adjudicá-la a um só,
indenizando os outros." (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de
Andrade. Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art.
1.322)

Nesse sentido, deve ser garantido ao condômino que não quer


continuar no estado de indivisão, o direito à alienação judicial da coisa comum.

Assim, caso o Réu não se manifeste sobre a adjudicação imediata


da quota parte pertencente ao Autor, requer seja alienado judicialmente o
imóvel, nos termos do Art. 730 do CPC/15, observados o direito de preferência
disposto no Art. 504 do Código Civil.
DO ARBITRAMENTO E DIREITO AOS ALUGUÉIS

Considerando o uso exclusivo do imóvel pela parte Ré, sem


qualquer pagamento ao Autor da parte que lhe cabe, devido o arbitramento e
condenação ao pagamento dos aluguéis.

Afinal, o Autor notificou o réu reiteradas vezes sem que qualquer


medida fosse tomada, sendo devido o pagamento, conforme precedentes sobre o
tema:

Extinção de condomínio. O arbitramento de aluguel


pedido pelo autor é devido porque integra o
direito de receber os frutos do imóvel utilizado
pelos demais condôminos. Recurso provido para
julgar totalmente procedente a ação e arbitrar o aluguel
em 0,5% do valor da avaliação. (TJSP; Apelação Cível
1000646-85.2015.8.26.0157; Relator (a): Maia da Cunha;
Órgão Julgador: 4ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Cubatão - 1ª Vara; Data do Julgamento: 31/01/2019; Data
de Registro: 06/02/2019)

AÇÃO DE EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO DE BEM


IMÓVEL. Autor que ajuizou a presente demanda visando a
extinção do condomínio sobre bem imóvel que possui com
a ré, com a consequente alienação judicial do bem e
fixação de alugueis pelo uso exclusivo. Sentença de
procedência. Apelo da ré. Acordo entabulado na ação de
divórcio que estabeleceu a partilha dobem.Tratando-se de
bem indivisível, cabe pleito de partilha a qualquer tempo,
nos termos dos art. 1.320 e 1.322 do Código Civil. O autor
não pode ter limitado seu direito de propriedade. É direito
do condômino requerer a divisão de coisa comum, com a
consequente alienação judicial do bem, quando não for
possível o uso e gozo em conjunto do imóvel indivisível,
resguardando-se o direito de preferência. Precedentes. O
outro condômino que não detém a posse exclusiva
de bem comum faz jus ao recebimento de
remuneração pela não fruição de sua parte ideal,
(...). Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJSP;
Apelação 1026616-30.2016.8.26.0100; Relator (a): Mary
Grün; Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro
Regional VII - Itaquera - 4ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 21/02/2018; Data de Registro: 21/02/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIVÓRCIO. PEDIDO DE


ARBITRAMENTO DE ALUGUEIS. Ainda que a
sentença de partilha não tenha transitado em
julgado, mostra-se viável o atendimento do pedido
da recorrente para que seja arbitrado aluguel pelo
uso exclusivo de bem comum. POR MAIORIA,
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR. (TJRS,
Agravo de Instrumento 70076139666, Relator(a): Luiz
Felipe Brasil Santos, Oitava Câmara Cível, Julgado em:
19/07/2018, Publicado em: 26/07/2018)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. (...)ALIENAÇÃO


JUDICIAL. BEM COMUM. EXTINÇÃO DE
CONDOMÍNIO. ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA.
SUSPENSÃO DO PROCESSO. NÃO CABIMENTO.
ALUGUÉIS DEVIDOS. TERMO INICIAL. CITAÇÃO.(...) 5.
No condomínio, deve o coproprietário que usufrui
exclusivamente do bem indenizar o outro,
mediante o pagamento de aluguéis proporcionais
à sua quota-parte. 6. O termo inicial dos aluguéis deve
ser fixado na citação, momento no qual o autor se
manifestou no sentido de não mais anuir com o usufruto
exclusivo do coproprietário ocupante.7. Apelação
parcialmente provida. (TJDFT, Acórdão n.1103555,
20160510090506APC, Relator(a): HECTOR VALVERDE,
1ª TURMA CÍVEL, Julgado em: 13/06/2018, Publicado
em: 20/06/2018)

Para o presente caso, o valor mensal deve corresponder a R$


________ , com base no aluguel de imóveis semelhantes no mesmo edifício.

Razões pelas quais requer a imediata procedência da demanda,


com a determinação ao pagamento dos aluguéis devidos desde a data da
notificação para desocupação.

DA TUTELA DE URGÊNCIA

Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será


concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."

No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados,


vejamos:

A PROBABILIDADE DO DIREITO resta caracterizada diante


da demonstração inequívoca de que ________ .

Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para


aguardar o desfecho do processo, quando diante de direito inequívoco:
"Se o fato constitutivo é incontroverso não há
racionalidade em obrigar o autor a esperar o tempo
necessário à produção da provas dos fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos, uma vez que o autor já se
desincumbiu do ônus da prova e a demora inerente à
prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu certamente o
beneficia." (MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela de
Urgência e Tutela da Evidência. Editora RT, 2017. p.284)

Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pela ________ ,


ou seja, tal circunstância confere grave risco de perecimento do resultado útil do
processo, conforme leciona Humberto Theodoro Júnior:

"um risco que corre o processo principal de não


ser útil ao interesse demonstrado pela parte", em
razão do "periculum in mora", risco esse que deve ser
objetivamente apurável, sendo que e a plausibilidade do
direito substancial consubstancia-se no direito "invocado
por quem pretenda segurança, ou seja, o "fumus boni
iuris" (in Curso de Direito Processual Civil, 2016. I. p.
366).

Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza


conduta irreversível, não conferindo nenhum dano ao réu .

Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado


receio de dano irreparável, sendo imprescindível a ________ , nos termos do
Art. 300 do CPC.
DA JUSTIÇA GRATUITA

O Requerente atualmente é ________ , tendo sob sua


responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia
arcar com as despesas processuais.

Para tal benefício o autor junta declaração de hipossuficiência e


comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das
custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do
Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na


instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver


nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz
jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE


SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência
Judiciária indeferida - Inexistência de elementos nos
autos a indicar que o impetrante tem condições de
suportar o pagamento das custas e despesas
processuais sem comprometer o sustento próprio
e familiar, presumindo-se como verdadeira a
afirmação de hipossuficiência formulada nos
autos principais - Decisão reformada - Recurso provido.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2083920-
71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura Tavares;
Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro
Central - Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda
Pública; Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de
Registro: 23/05/2019)

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do


requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas,
despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme
destaca a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de


necessidade, nem tampouco se fala em renda familiar ou
faturamento máximos. É possível que uma pessoa
natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora
do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é
proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez.
A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de
viabilização do acesso à justiça; não se pode
exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito
tenha que comprometer significativamente sua
renda, ou tenha que se desfazer de seus bens,
liquidando-os para angariar recursos e custear o
processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael
Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed.
Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição


Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao
requerente.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, REQUER:

1. A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do art. 98 do


Código de Processo Civil;

2. O deferimento da tutela de urgência para fins de ________

3. A citação do Réu para responder, querendo, manifestando o seu interesse


na adjudicação da quota parte pertencente ao Autor;

4. A total procedência da ação para determinar a extinção do condomínio,


com a alienação do bem comum, caso o Réu não manifeste o interesse na
adjudicação do imóvel, cumulada com o arbitramento e pagamento de
aluguéis pelo Réu no valor de R$ ________ desde ________ ;

5. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a


________ ;

6. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos


parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;

Manifesta o interesse na audiência conciliatória nos termos do Art. 319 do


CPC/15.

Dá-se à causa o valor de R$ ________

Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________ .

________ ,
________

ANEXOS

1. Comprovante de renda

2. Declaração de hipossuficiência

3. RG, CP e prova de residência do Autor

4. Procuração

5. Provas da partilha
6. Provas da tentativa de solução direto com o réu - notificação

7. Provas da ocupação exclusiva do imóvel pelo Réu

8. Planilha atualizada dos aluguéis devidos.

Você também pode gostar