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CONTESTAÇÃO por negativa geral, nos termos do parágrafo 4º, do artigo 56, do Decreto-Lei nº
10.931/2004, pelos fatos e fundamentos de direito admitidos.
- RESUMO DOS FATOS
O autor concedeu ao réu um financiamento no valor de R$ 18.400,00 (valor liberado), para ser
restituído por meio de 24 prestações mensais, no valor de R$ 1.035,88, cada uma, vencendo-se a
primeira em 25/08/2016, com vencimento final em 25/07/2018, com vencimento final em
25/07/2018, mediante “Cédula de Crédito Bancário – Financiamento para Aquisição de Bens
e/ou Serviços – CDC – PF”, garantido por Alienação Fiduciária, celebrado em 22/07/2016, nº XXX-
XXXXXXX.
Em garantia das obrigações assumidas o réu transferiu em Alienação Fiduciária, o bem descrito
no supramencionado contrato, a saber: “VEICULO; Marca: VOLKSWAGEN; Modelo: SAVEIRO
(CS) 1.6 8V (G5) (TREND); Cor: VERMELHA; Ano/Fab.: 2011; Ano/Mod.: Chassi; Placa; UF: GO;
RENAVAM”.
Ocorre, porém, que o réu se tornou inadimplente, deixando de efetuar o pagamento das
prestações a partir de 25/10/2016, incorrendo em mora desde então, nos termos do artigo 2º e §
2º, do Decreto-Lei 911/69, com as alterações da Lei 13.043/2014.
Assim, o débito vencido do réu, devidamente atualizado até 17/04/2017 pelos encargos
contratados, importa em R$ 7.379,85, sendo que o valor total para fins de purgação da mora
importa em R$ 20.995,46 (PLANILHAS anexas). (Obs.: acrescer honorários advocatícios de 10 % =
R$ 2.099,54).
Desta feita, cabe ao banco credor o direito de fazer aprender o bem que lhe foi fiduciariamente
alienado e em seguida promover a sua venda aplicando o respectivo resultado ao pagamento do
débito de R$ 20.995,46, correspondente aos principais e acessórios das dívidas (parcelas)
vencidas e vincendas do réu, devidamente discriminadas no demonstrativo anexo.
A consolidação da propriedade deverá ocorrer livre de ônus, o que inclui a não cobrança de
quaisquer tributos, multas, diárias de pátio e outros encargos de responsabilidade do devedor,
réu neste processo, nos termos do artigo 1368-B do Código Civil, com nova redação conferida
pela Lei 13.043/2014.
- TEMPESTIVIDADE
O Demandado contratou a procuradora que a esta subscreve recentemente, para representá-lo
nos autos indicados acima, portanto, a própria obteve acesso aos autos na data de 26/08/2017,
sendo que, o mesmo apenas contratou a procuradora anterior, para representá-lo no ato da
audiência previamente agendada, justificado pelo substabelecimento jungido.
Sendo assim, o prazo para apresentar CONTESTAÇÃO é de 15 (quinze) dias úteis, nos termos dos
artigos 219 c/c 350 do Código de Processo Civil. Então, a contagem do prazo inicial é da audiência
de conciliação ou de mediação, não houver auto composição, conforme o artigo 335, inciso I do
CPC, portanto o prazo inicial é 26/09/2017, o prazo final se dará em 19/09/2017, o que foi
prontamente atendido.
O valor pelo qual o Réu tomara emprestado junto ao BANCO BRADESCO S.A., ora Autor, a título
de financiamento são de R$ 18.400,00 (dezoito mil e quatrocentos reais), que foi trasladado no
final do presente no importe de R$ 20.995.46 (vinte mil novecentos e noventa e cinco reais e
quarenta e seis centavos). Porém, as parcelas que se encontravam vencidas até a efetivação da
liminar foi apenas 12 parcelas, ou seja, 50 % (cinquenta por cento) do valor do contrato, que
resulta no valor de R$ 13.492.79 (treze mil quatrocentos e noventa e dois reais e setenta e nove
centavos), conforme planilha atualizada do débito acostado.
A cobrança dessas taxas é prática ilegal, pois não significa, de fato, nenhum serviço
prestado ao cliente. 1
Na data de 05/07/2017 quando foi solicitado um acordo aos procuradores do Autor, esse por sua
vez, respondera um e-mail cujo acordo poderia ser realizado no valor de R$ 24.090,50 (vinte e
quatro mil e noventa reais e cinquenta centavos), conforme espelho acostado. Esse fato
demonstra o quanto no Brasil é difícil negociar com uma financiadora bancária, que não mede
esforços para receber o que não se tem.
1
https://fredyokota.jusbrasil.com.br/artigos/111576252/financiamento-de-veiculos-e-clausulas-abusivas.
Ocorre que esses contratos de financiamento, que acabam por serem classificados como “de
adesão” não permitem margem de negociações, se caso, ocorrer algum impedimento à parte de
realizar os pagamentos, como ocorreu no presente caso, isto porque, o Réu passara por
problemas de saúde no ínterim do descumprimento das obrigações, vez que, faz juntada do
laudo médico, para fazer prova de que o mesmo passou por uma cirurgia de angioplastia e
implante de stent.
Esse quadro em sua saúde afetou diretamente nos rendimentos de salários e trabalho do Réu,
vez que o mesmo, não pode mais assumir grandes trabalhos na função de motorista, estando
agora impossibilitado de receber rendimentos perceptivos.
a) Deferir os benefícios da justiça gratuita em favor do Demandado, nos termos da Lei 1.060/50;
Protesta pela produção de todos os meios de provas admitidos em direito, em especial: prova
pericial, a fim de apurar-se o valor real do débito do requerido com base nas taxas fixadas pelo
governo para incidência de juros e atualizações monetárias, juntada de documentos que se
fizerem necessários no curso da ação, ouvida de testemunhas e depoimento pessoal do
representante legal da autora.
Nestes termos,
Pede deferimento.