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CONTESTAÇÃO com Preliminar, nos termos dos artigos 335 a 342 do Código de Processo
Civil, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos.
- PRELIMINAR – IMPUGNAÇAO AO VALOR DA CAUSA
Na petição inicial foi atribuído o valor da causa de R$ 72.400,00 (Setenta e dois mil e
quatrocentos reais), o que está equivocado, e por hora vem impugnar desde já. O valor
indicado pelo Autor é resultante da somatória de R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais)
informado na petição inicial, porém sem juntada de qualquer avaliação confirmatória, e R$
12.400,00 (Doze mil e quatrocentos reais) imputado a título de pagamento de alugueis do
período do ano de 2013 a dezembro de 2018 que afirma o ex-conjuge que deve pagar a
Demandada, não sendo possível cobrar qualquer valor visto que o não houve partilha
formal do bem, que será fundamentado mais à frente. É o que instrui p artigo 293 do CPC:
Ainda, informa que o valor indicado pelo Autor, poderá somente ser utilizado como
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parâmetro, devendo ser realizada perícia in loco no imóvel para avaliação oficial do real
valor do bem, e quanto aos alugueis pedidos não cabem, motivo pelo qual vem impugnar o
valor da causa, nos termos do artigo 293 do CPC, em sede de preliminar para que seja
corrigido para o valor resultante da avaliação a se realizar.
- DA TEMPESTIVIDADE
O prazo para apresentar contestação é de 15 (quinze) dias corridos, conforme o artigo 335
do CPC. Nesse caso, contados da audiência de conciliação que se realizou em 30/01/2020,
sendo assim, o prazo final é em 20/02/2019, o que como se pode ver foi prontamente
cumprido.
Desta forma, requer desde já sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita em favor da
Demandada, diante das provas demonstradas. 3
- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Em síntese, o Autor já narrou os fatos no item 1 da exordial, desnecessário se faz repetir
aqui, uma vez que a Demandada manifestou interesse na autocomposição conforme
incluso na ata de audiência, o que restou inexitosa. Sendo assim, passemos aos
fundamentos contestatórios.
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Declaração emitida pela Secretaria de Habitação acostada.
2
Termo de audiência 01 com força de sentença acostada.
3
Termo de audiência 02.
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TJMG - Acórdão Apelação Cível 1.0702.10.062443-7/001, Relator (a): Des. Luiz Artur Hilário, data de julgamento: 17/12/2018, data de
publicação: 23/01/2019, 9ª Câmara Cível.
CONDOMÍNIO - ARBITRAMENTO DE ALUGUEL – Ex-cônjuges -
Improcedência - Pendência, ainda, da ação de reconhecimento e
dissolução de união estável – Imóvel que ainda não foi partilhado
– Partes que possuem outros bens em comum – Impossibilidade
de, enquanto não ultimada a partilha, condenar a ré ao
pagamento de alugueres pela ocupação exclusiva de um bem
imóvel (até mesmo porque não foi estabelecido o percentual dos
bens comuns que caberá a cada cônjuge) – Hipótese de
mancomunhão que difere do condomínio – Temerária, assim, a
fixação de aluguéis, por ora - Precedentes - Sentença mantida –
Recurso desprovido. 5
Ainda, existe a obrigação de pagar alimentos em favor dos filhos do Autor, que residem no
imóvel, conforme decisão acostada, sendo esse mais um motivo para a impossibilidade de
cobrança de alugueis, é o que instrui Maria Berenice Dias:
E no mais, o pedido de partilha foi interposto nessa ação e não anteriormente, conforme 5
alínea ‘c’, não tendo que se falar em cobrança de alugueis. Por fim, requer seja afastada
qualquer condenação em desfavor da Demandada para pagamento de quantia proveniente
de alugueis em favor do Autor, diante de todos os fundamentos expostos.
a) Perícia in loco para avaliar o valor de bem compatível com a cotação de mercado,
em atenção ao disposto no art. 871, IV, do CPC;
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TJSP - Acórdão Apelação 1034495-68.2015.8.26.0506, Relator (a): Des. Salles Rossi, data de julgamento: 24/06/2018, data de
publicação: 24/06/2018, 8ª Câmara de Direito Privado.
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Dias, Maria Berenice. Manual de direito das famílias / Maria Berenice Dias. – 8. Ed. ver. E atual. – São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2011.
b) E informa que há no processo de execução de nº 5210876.51.2017.8.09.0024,
decisão de penhora no rosto desses autos, do remanescente que o Autor deve aos
filhos a título de alimentos, que está em fase de apuração de quantia, conforme
acostada, motivo pelo qual requer a suspensão do feito pelo prazo de 60 (Sessenta
dias), a fim de que seja finalizado os cálculos.
c) Receber a presente peça contestatória, com fundamento nos artigos 335 a 342 do
Código de Processo Civil, tempestivamente, afastado, portanto, a pena da revelia e
confissão, por parte da Ré;
(Assinado digitalmente)
Sanmatta Raryne Souza
Advogada – OAB/GO nº 42.261
- DA DESCRIÇÃO DOS DOCUMENTOS INDIVIDUALIZADOS
Em obediência a determinação do artigo 11, IV, “c”, da Resolução 59/16, da Corte Especial
do TJGO, segue a listagem dos documentos individualizados: