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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª

VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE ITU/SÃO PAULO

Processo n° 1000588-73.2021.8.26.0286

ZENAIDE DOS SANTOS, por meio de seu advogado


subscritor e já devidamente qualificada nos autos da AÇÃO
INDENIZATÓRIA POR LUCROS CESSANTES que move em
desfavor de MRV Engenharia e Participações S/A e Parque Ilha do Sol
Incorporações SPE Ltda., vem tempestivamente e com fundamento legal
nos artigos 1.009 e ss. do Código de Processo Civil interpor APELAÇÃO
em face da r. Sentença de lavra deste eminente Juízo, cujas razões seguem
em anexo.

Por oportuno, requer ainda o recebimento deste recurso em


seus regulares efeitos e, após intimação da parte contrária para
Contrarrazões, sejam os autos remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça.

Termos em que,
Pede Deferimento

DATA, 00 de Junho de 2021

Claudio Augusto Vitorino Junior


OAB/SP 377.608
APELANTE: ZENAIDE DOS SANTOS
APELADOS: MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A e
Parque Ilha do Sol Incorporações SPE Ltda.
AUTOS DO PROCESSO N° 1000588-73.2021.8.26.0286
FORO DE ORIGEM: 3ª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE
ITU/SÃO PAULO

RAZÕES DE APELAÇÃO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA,


ILUSTRES DESEMBARGADORES

I - BREVE RESUMO

A Apelante é pessoa física que adquiriu, como destinatária


final, bem imóvel comercializado pelos Apelados (arts. 2° e 3° do Código
de Defesa do Consumidor) firmando contrato de promessa de compra e
venda junto para a compra de imóvel na planta com entrega futura.

Através de propaganda vinculada na imprensa escrita, a


Apelante teve conhecimento do empreendimento e se dirigiu até o plantão
de vendas da MRV, celebrando com os Apelados, em 05/05/2013, contrato
particular de promessa de compra e venda de unidade imobiliária, apto 204,
Bloco 15, no valor de R$ 117.000,00 (cento e dezessete mil reais).

Como foi fartamente demonstrado no processo em epígrafe,


o prazo de entrega não foi cumprido, causando a Apelante diversos
transtornos.

No ato da venda e assinatura do contrato, a oferta e


informação prestada foi a de que a entrega pelo empreendimento seria
efetuada em 27 meses, em 05/08/2015, conforme contrato de compra e
venda juntado aos autos. A Apelante cumpriu pontualmente todas as
obrigações previstas, entretanto, postura diversa foi tomada pelos
Apelados, que malferiu diversas cláusulas contratuais.

Ocorre que além dos prejuízos emocionais decorrentes do


inadimplemento contratual dos Apelados, cumpre salientar que a Apelante
suportou danos morais e materiais emergentes, decorrentes da cobrança da
Taxa de Evolução de Obra após a data prevista contratualmente para a
entrega do imóvel.

Resumindo, o descumprimento da obrigação contratual,


com a prorrogação injustificada da entrega do empreendimento, quebrou
todos esses fatores e trouxe angústia, desgosto e preocupação. Portanto os
Apelados violaram o direito da Apelante. Oportuno salientar, prima facie
que as arbitrariedades cometidas pelos Apelados atingiram de forma
abrupta não só a pessoa física da Apelante, bem como de seus familiares,
acabando por atingir sua estabilidade financeira, acarretando-lhes outros
prejuízos.
Frise-se, o imóvel foi comercializado sob a condição de
entrega diferida: imóvel na planta com entrega futura.

Para dirimir os abalos emocionais e prejuízos financeiros a


Apelante ingressou em juízo propondo a ação nº 1003055-
30.2018.8.26.0286 e firmou acordo judicial indenizatório em razão do dano
material sofrido, pagamento de taxa de evolução indevida por atraso na
entrega da obra, despesa que não esperava nem tinha se programado para
enfrentar.

Frisa-se, a partes firmaram acordo para extinguir a


demanda e não se discute na presente ação a validade da cobrança da
taxa de evolução de obra (juros compensatórios) pelo agente nem o
pagamento dela por prazo além do previsto, por conta da negligência
dos Apelados em não regularizarem toda a documentação
administrativamente junto aos órgãos públicos e a própria instituição
financeira, inviabilizando a liberação das prestações de amortização à
época do fato.

Posteriormente, sobrevieram outros abalos financeiros em


decorrência da inexecução do contrato pelos Apelados, carreando em mais
prejuízos de ordem emocional e principalmente financeiro, portanto,
consequente e óbvio ter a Apelante sofrido lucros cessantes a título de
alugueres que poderia ter deixado de pagar para morar em outro lugar e/ou
não necessitariam morar na casa de parentes, sendo que estavam adquirindo
um patrimônio com muito trabalho e economias - esta seria a situação
econômica em que se encontrariam se a prestação dos Apelados tivesse
sido tempestivamente cumprida.
Latente a obrigação de indenizar por danos materiais a título
de lucros cessantes sofridos, denegada pelo Juízo singular.

II - DAS RAZÕES PARA A REFORMA

Em colenda e respeitável sentença o eminente magistrado


singular assim entendera. Vejamos:

"Processo Digital nº: 1000588-73.2021.8.26.0286 Classe –


Assunto Procedimento Comum Cível – Cláusulas Abusiva
Requerente: Zenaide dos Santos Requerido: MRV
ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A. e outro Juiz de
Direito: Dr. Fernando França Viana Vistos. ZENAIDE DOS
SANTOS moveu a presente ação de indenização contra MRV
ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A e PARQUE ILHA
DO SOL INCORPORAÇÕES SPE LTDA. Afirma que adquiriu
junto as rés um imóvel localizado nessa Comarca. Alega que o
apartamento deveria ser entregue até 30de junho de 2015, data
que acrescida do prazo de tolerância de 180 dias se prorrogaria
para 30 de dezembro de 2015. Todavia, as chaves do imóvel
foram disponibilizadas meses de atraso. Pretende o recebimento
de lucros cessantes. Esgotados os meios amigáveis, ajuizou a
presente demanda. Ao final, pugnou pela procedência do pedido.
Devidamente citadas, as requeridas apresentaram contestação
alegando, em síntese, falta de interesse de agir em virtude de
acordo judicial realizado entre as partes e devidamente
homologado. No mérito, afirmam que não houve atraso e que o
prazo contratual foi respeitado. Impugnaram os lucros cessantes
e o valor pretendido. Ao final, requereram a improcedência do
pedido. Réplica às págs. 92/100. Instadas a especificar provas,
as partes pleitearam o julgamento antecipado do feito (págs.
104/105). É o relatório. Decido. A preliminar de falta de
interesse de agir deve ser acolhida. Conforme se verifica dos
documentos acostados à contestação, a autora moveu ação
contra as requeridas junto ao Juizado Especial Cível da Comarca
objetivando a reparação dos danos causados em virtude do
atraso na entrega do imóvel indicado na inicial (págs. 57/73). As
partes celebraram acordo naquele feito, devidamente
homologado (págs. 74/78). A alegação da autora de que a
demanda anterior não teria envolvido o pedido de lucros
cessantes não pode prevalecer. Há pedido expresso sob a
denominação de “danos materiais” no valor de R$ 10.000,00,
com fundamentação na Súmula 162 do TJSP, que trata
exatamente dos lucros cessantes (págs. 67/68). Frise-se que
as duas ações foram patrocinadas pelo mesmo advogado.
Evidente, portanto, o descabimento da presente demanda.
Verifica-se a ocorrência de coisa julgada a respeito do tema,
o que afasta o interesse de agir da requerente no feito.
Diante do exposto julgo EXTINTO O PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fulcro no artigo 485,
incisos V e VI, do Código de Processo Civil. Outrossim,
condeno a autora ao pagamento das custas, despesas
processuais e honorários advocatícios, que com fundamento
no artigo85, §2º, do CPC, fixo em 10% sobre o valor
atualizado dado à causa, com a ressalva de que é beneficiária
da justiça gratuita. P.R.I.C. Itu, 23 de maio de 2021." (grifo
nosso).

Apesar das sempre eruditas sentenças emanadas deste Juízo,


tal entendimento não merece prevalecer. Isso por que esse pleito trata de
indenização por lucros cessantes, que representa os valores que a Apelante
teve de dispor a título de alugueres que poderia ter deixado de pagar para
morar em outro lugar e/ou não necessitariam morar na casa de parentes,
sendo que estavam adquirindo um patrimônio com muito trabalho e
economias enquanto estavam sendo privados de usufruir de seu bem
imóvel, patrimônio comprado com muito trabalho e sacrifício, enquanto
aquele tratou dos reflexos morais e materiais decorrentes do pagamento de
taxa de evolução de obra após a data prevista contratualmente para a
entrega do imóvel que não se confunde com lucro cessante.

Ora Julgadores, fato é que a presente demanda não foi


proposta para discutir as cláusulas do contrato de promessa de compra e
venda firmado entre as partes, mas para dirimir as consequências e
resultados de contrato de promessa de compra e venda eivado de cláusulas
abusivas que experimenta a Apelante e pelo calvário que enfrenta desde a
compra do tão sonhado imóvel até a presente data.
É óbvio que o consumidor, hipossuficiente, não tem a
obrigação de adivinhar a forma como está realizado o contrato entre as
partes existente dificultando a sua devida compreensão, havendo
disposições diversas entre aquilo que está presente nas cláusulas, porque,
ao tratarem da data de entrega do imóvel, o fazem de modo equívoco, na
medida em que estabelecem prazos que ensejam entendimentos diversos
para a mesma finalidade, senão vejamos: (i) em uma parte da cláusula
estabelece prazo certo para a referida entrega, mas, na sequência,
informa se que tal prazo é meramente estimativo; (ii) para entrega de
chaves prevaleceria sempre o prazo de 27 meses após a assinatura do
contrato de financiamento; e, ainda, (iii) mais adiante, afirma que
concluirá as obras do imóvel até o 02/2016, ressalvando, entretanto,
que outra data seria esta quando no contrato de financiamento fosse
previsto diverso marco para o mesmo fim.

Não há de presumir tal situação, levando por terra os


argumentos dos Apelados em que NÃO HOUVE ATRASO NA OBRA e
que o PRAZO CONTRATUAL FOI RESPEITADO, pugnando pela falta
de interesse de agir. O que se nota é um sem-número de magistrados
desconfortáveis com o aumento do número de demandas; e pior, imputando
a parte Apelante tal conta. Ora, inexiste óbice a que o jurisdicionado traga
em Juízo mais de uma questão atinente ao mesmo fato jurídico.

Isso posto fica o questionamento: (i) Qual conduta


processual há de ser adotada quando já existe pleito julgado contra
determinada Requerida e detecta-se situação extemporânea? (ii) Há de
inaugurar novo instituto: preclusão consumativa processual?
II.I - DA INEXISTÊNCIA DE LIDE TEMERÁRIA

A Apelante buscara em Juízo indenização por lucros


cessantes decorrentes da privação de usufruir de seu bem imóvel,
patrimônio comprado com muito trabalho e sacrifício, que teve que
suportar por prazo além do estipulado em contrato de promessa de compra
e venda com entrega futura; precisou recorrer ao poder judiciário para ter
seus direitos resguardados, não uma vez, mas duas vezes.

Isso posto fica o questionamento: Qual conduta processual


há de ser adotada nesse caso? Furtar-se a buscar reparação material pelo
fato de já haver satisfeito o reflexo material emergente?

Pergunta a qual o digníssimo magistrado singular se furtou a


analisar.

A sentença do processo em epígrafe sentenciara querendo


fazer crer que danos materiais emergentes/lucros cessantes se equivalem:

“...Conforme se verifica dos documentos acostados à


contestação, a autora moveu ação contra as requeridas junto ao
Juizado Especial Cível da Comarca objetivando a reparação dos
danos causados em virtude do atraso na entrega do imóvel
indicado na inicial (págs. 57/73). As partes celebraram acordo
naquele feito, devidamente homologado (págs. 74/78). A
alegação da autora de que a demanda anterior não teria
envolvido o pedido de lucros cessantes não pode prevalecer. Há
pedido expresso sob a denominação de “danos materiais” no
valor de R$ 10.000,00, com fundamentação na Súmula 162 do
TJSP, que trata exatamente dos lucros cessantes (págs. 67/68).
Frise-se que as duas ações foram patrocinadas pelo mesmo
advogado. Evidente, portanto, o descabimento da presente
demanda...”
O magistrado de piso: “a autora moveu ação contra as
requeridas junto ao Juizado Especial Cível da Comarca objetivando a
reparação dos danos causados em virtude do atraso na entrega do imóvel”
(grifo nosso).

Ora Excelências, não se julgam fatos, mas sim pedidos.


A Apelante objetivou a reparação material do VALOR PAGO a título
de taxa de evolução de obra EM DECORRÊNCIA DO ATRASO NA
ENTREGA DO IMÓVEL E FALTA DE REGULARIZAÇÃO DO
IMÓVEL.

É nítido o equívoco que cerca a natureza da indenização


pleiteada.

A indenização buscada no pleito em epígrafe detém a


natureza de DANOS MATERIAIS na modalidade de lucros cessantes; e
não DANOS MATERIAIS EMERGENTES. O pedido nesse pleito fora
expresso:

Pleito em epígrafe

Pleito pretérito: 1003055-30.2018.8.26.0286


Tal diferencial é nevrálgico ao apontar a total inexistência
de má-fé da Apelante. Isso por que ela figura como Promitente-
Compradora e, portanto, fora atingido moralmente E materialmente, tanto
emergente quanto lucros cessantes pelo ilícito perpetrado pela Vendedora
na venda futura de imóvel.

Cabe repisar que em nenhum momento a Apelante buscara


repetição do pleito por danos emergentes. Seu pedido é expresso: lucros
cessantes!!

Seu patrimônio material fora atingido; essa a única razão do


pleito.

II.II – DAS PREMISSAS QUE RESULTARAM NA


CONCLUSÃO EQUIVOCADA DO MAGISTRADO SINGULAR

A sentença se arvora em premissas data vênia, equivocadas.

A indenização buscada no pleito em epígrafe detém a


natureza de dano material na modalidade lucro cessante; e não DANO
MATERIAL EMERGENTE. O pedido fora expresso:
Nesse sentido a Constituição Federal de 1988 resguarda a
honra e a intimidade das pessoas como um direito fundamental:

Artigo 5º - (...)
Inciso X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.

O magistrado singular quer tratar de forma conjunta um


dano que, constitucionalmente, detém natureza individual.

Não é correto o Autor além de ser privado de seu imóvel,


ante a um DESCUPRIMENTO CONTRATUAL, por parte dos Apelados,
não poder receber os lucros cessantes que lhe é de direito. Neste sentindo o
presente é caso de privação da disponibilidade de bem imóvel pelo seu
proprietário.

Conforme o princípio da reparação integral, componente do


direito do consumidor, todo e qualquer prejuízo causado pelo fornecer ao
consumidor deverá ser integralmente reparado.

O Colendo STJ já teve oportunidade de decidir que:


“Demonstrada à ilegalidade da privação da posse de imóvel, presume-se a
ocorrência de lucros cessantes em favor do seu proprietário,
correspondentes aos aluguéis que deixou de auferir no período” (REsp nº
4.668-SP, Relator Ministro Castro Filho, 3ª Turma).

Por fim, importante salientar que a jurisprudência do


Superior Tribunal de Justiça entende que é desnecessária prova de
comprovação de prejuízos do comprador de imóvel na planta quando a
vendedora atrasar a entrega do bem.

A presunção de prejuízo, neste caso, é relativa e cabe ao


vendedor comprovar de que não deu causa ao inadimplemento contratual
(atraso na entrega do imóvel), para eximir-se do ressarcimento de prejuízos
do comprador, bem como, lucros cessantes.

Portanto, o posicionamento mais recente do próprio


Superior Tribunal de Justiça possui entendimento firme em situação
idêntica, condenando em danos emergentes E lucros cessantes e indo além,
NÃO NECESSITA DE PROVA:

CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL


E COMPENSAÇÃO POR DANO MORAL. CONSTRUTORA.
ATRASO NA ENTREGA DE UNIDADE IMOBILIÁRIA.
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282/STF.
REEXAME DOS FATOS E PROVAS.INADMISSIBILIDADE.
LUCROS CESSANTES. PRESUNÇÃO. CABIMENTO. 1. (...)
A inexecução do contrato pelo promitente-vendedor, que não
entrega o imóvel na data estipulada, causa, além do dano
emergente, figurado nos valores das parcelas pagas pelo
promitente-comprador, lucros cessantes a título de alugueres
que poderia o imóvel ter rendido se tivesse sido entregue na
data contratada. Trata-se de situação que, vinda da
experiência comum, não necessita de prova (art. 335 do
CPC/73). Precedentes. 6. Recurso especial parcialmente
conhecido, e nessa parte, provido. (REsp 1633274/SP, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 08/11/2016, DJe 14/11/2016). (grifo nosso)
Por razões óbvias não há identidade de ações: os
pedidos divergem.

Isto posto, resta claro que os acontecimentos extrapolam os


limites aceitáveis em uma relação consumerista e contratual a situação
vivida pela Apelante foi grave, em atenção à jurisprudência exposta e
entendimentos colacionados, a busca para ver reparado o calvário da
Apelante pelos fatos e fundamentos expostos, REQUER:

a) Que seja o presente recurso conhecido e provido, modo


que sejam acatadas suas razões, sendo proferida decisão por esse Egrégio
Tribunal a fim de acolher os pedidos Iniciais; afastando a condenação da
Apelante ao pagamento das custas, despesas processuais e, ainda,
honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor atualizado dado à
causa, ressalvando que a Apelante é beneficiária da justiça gratuita, bem
como pela procedência do processo condenando os Apelados em indenizar
por lucros cessantes como medida de justiça.

Termos em que
Pede deferimento

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