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Poder Judiciário

Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Gabinete do Desembargador Diác. Delintro Belo de Almeida Filho

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5462299.29.2020.8.09.0067


Comarca de Goiatuba
4ª Câmara Cível
Apelante: SEBASTIÃO MARTINS DUARTE
Apelado: WANDEILSON FERREIRA SEABRA
Relator: Desembargador Diác. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO

VOTO

1. Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por SEBASTIÃO MARTINS


DUARTE, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA que lhe move
WANDEILSON FERREIRA SEABRA, contra a sentença contida na mov. 149
e integrada na mov. 205, da lavra da excelentíssima Juíza de Direito da 1ª
Vara Cível da comarca de Goiatuba/GO, Drª Mônica Miranda Gomes de
Oliveira Estrela.

1.1. Consoante se extrai da petição inicial, o requerente objetiva a edição de


decisum que reconheça o direito ao abatimento proporcional ao preço
ajustado com o requerido na compra e venda do imóvel rural indicado na
proemial, em razão da diferença das dimensões dadas à área (mov. 01).

1.2. Após regular processamento do feito, a magistrada singular prolatou


sentença, julgando parcialmente procedente o pleito inaugural (mov. 149), nos
seguintes termos:

“(…) Ao teor do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os

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pedidos iniciais, com resolução do mérito, nos temos do art. 487, inciso I do
CPC, tão somente para RECONHECER o direito do autor ao abatimento
proporcional ao preço, no importe de R$ 105.714.28 (cento e cinco mil,
setecentos e quatorze reais e vinte e oito centavos), e por via de
consequência, CONFIRMAR a tutela de consignação em juízo realizada
(evento 11).

Por outra via, JULGO IMPROCEDENTE o pleito indenizatório, eis que não
comprovados os alegados prejuízos materiais suportados pelo autor.

Por sua vez, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos reconvencionais


formulados pelo requerido.

Ademais, com relação ao pagamento do imóvel rural, tendo em vista que o


requerido já efetuou o levantamento do valor incontroverso no importe de R$
R$ 94.285, 72 (noventa e quatro mil duzentos e oitenta e cinco reais e
setenta e dois centavos), já descontado o abatimento proporcional (evento
68), DETERMINO que fique também à disposição da parte autora para
levantamento, o valor remanescente que depositou em juízo (evento 30),
ficando desde logo já AUTORIZADA a expedição de alvará.

Dada a sucumbência, CONDENO o requerido ao pagamento das custas e


despesas processuais e, ainda, nos honorários advocatícios da parte
adversa, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa
à luz do disposto no art. 85, § 2º, do CPC.

Lado outro, CONDENO o requerido ao pagamento da multa de 10% sobre o


valor da causa, por prática de ato atentatório à dignidade da justiça, que
será revertida aos cofres públicos (art. 77, § 2º, do CPC), já que criou
embaraços ao regular prosseguimento do feito, retardando a apresentação
da contestação injustificadamente. (…)”

1.2.1. Ao argumento de que o decreto judicial padece de omissão, os


demandantes opuseram embargos de declaração (mov. 171 e 172), que
foram assim analisados pelo juízo a quo (mov. 205):

“(…) Ante o exposto, REJEITO os embargos de declaração opostos no

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evento nº 171. (…)

Ante o exposto, ACOLHO os embargos de declaração opostos no evento nº


172 para CONDENAR a parte reconvinte/réu ao pagamento dos honorários
advocatícios, fixados estes em 10% sobre o valor atualizado da causa (CPC,
art. 85, §§1º e 2º), passando esta decisão a fazer parte da sentença
objurgada. (…)”

1.3. Descontente, o requerido interpõe o presente recurso (mov. 214),


arguindo, em preliminar, a nulidade da declaração de suspeição da
magistrada de origem, pois não declinou o motivo pelo qual se afastou da
condução do processo.

1.3.1. No mérito, assevera que a compra e venda foi realizada na modalidade


ad corpus e que restaram, em sede reconvencional, comprovados os danos
morais e os lucros cessantes experimentados.

1.3.2. Demais disso, após verberar a multa arbitrada por ato atentatório à
dignidade da justiça, postula, ao final, o provimento da insurgência,
reformando-se o édito sentencial.

1.4. Preparo comprovado (mov. 214, doc. 04).

1.5. O apelado não apresentou contrarrazões (mov. 225).

1.6. Passo a apreciar as questões agitadas pelo litigante, de forma articulada.

2. Da admissibilidade recursal

2.1. Presentes os pressupostos de admissibilidade da apelação cível, dela


conheço.

3. Da declaração de suspeição

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3.1. Do perlustro dos autos, observa-se que a magistrada de primeiro grau
declarou sua suspeição, por motivo de foro íntimo.

3.1.1. Ora, as razões da declaração de suspeição por motivo de foro íntimo


não podem ser aferidas objetivamente, estando o magistrado, ao contrário do
que alega o apelante, desobrigado de expor a sua motivação.

3.1.2. Confira-se:

“(…) SUSPEIÇÃO. MAGISTRADO. FORO ÍNTIMO. DESNECESSIDADE DE


MOTIVAÇÃO. (…) Não fica ele obrigado, entretanto, a declinar quais os
motivos que o levaram a afirmar a suspeição, sob pena de desaparecer a
situação de intimidade, visto que eles estão no seu âmago. 2- Por força da
evidência, é lógico que, por ser íntimo o motivo, não está o magistrado
obrigado a motivar o despacho, sob pena de desaparecer a situação de
intimidade. (…)” (TJGO, 1ª Seção Cível, Ação Rescisória nº
0006712.97.2011.8.09.0000, Rel. Des. Floriano Gomes, DJe de 16/03/2011)

3.2. Em relação a mácula lançada pelo recorrente quanto a ordem da juíza


para levantamento de valores, tal conduta há de ser perquirida em
procedimento próprio, se do interesse do requerido.

3.3. Refuto, pois, a preliminar de nulidade da declaração de suspeição da


magistrada de origem.

4. Da compra e venda

4.1. Alega o requerente/apelado que, em 14/07/2020, lavrou-se a escritura


pública referente a aquisição de duas glebas de terras, a primeira de cerradão
e a segunda de cultura, com área total de três alqueires e meio (3,50), na
denominada Fazenda Nascentes Águas Lindas, no município de
Goiatuba/GO.

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4.1.1. Contudo, em setembro de 2021, foi noticiado por vizinhos que as terras
por ele adquiridas não tinham a extensão informada na escritura.

4.1.2. Diante da informação, diz o demandante ter contrato agrimensor, o qual


apurou que a área do imóvel corresponde a apenas a 2,76 alqueires, uma
diferença de 0,74 alqueires em relação à medição informada pelo
demandado.

4.1.3. Em vista da diferença apurada, pretende o requerente seja o requerido


condenado a ressarcir-lhe o valor da diferença de área encontrada, bem como
lhe indenizar por perdas e danos.

4.2. O requerido, por sua vez, assevera que a compra e venda do imóvel rural
foi realizada na modalidade ad corpus.

4.2.1. Baseado nesse argumento, propôs reconvenção, onde almeja a


condenação do requerente ao pagamento dos danos morais e dos lucros
cessantes experimentados.

4.3. Eis o cenário fático. Enfrento o mérito.

4.4. A solução do recurso cinge-se em definir se o negócio jurídico objeto da


lide deve ser qualificado como venda ad mensuram – tese inaugural – ou
venda ad corpus – argumento defensivo.

4.4.1. A matéria é tratada nos artigos 500 e 501 do Código Civil, que
transcrevo:

“Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de


extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em
qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de
exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a
resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.

§ 1º Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente


enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da
área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em

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tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.

§ 2º Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha


motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador,
à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o
excesso.

§ 3º Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o


imóvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas
enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de modo
expresso, ter sido a venda ad corpus.

Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente


o vendedor ou o comprador que não o fizer no prazo de um ano, a contar do
registro do título.

Parágrafo único. Se houver atraso na imissão de posse no imóvel, atribuível


ao alienante, a partir dela fluirá o prazo de decadência.”

4.4.2. Esclarece o legislador em tal base normativa que a venda ad mensuram


(por metragem) é aquela cuja medida do imóvel é determinante para a
realização do negócio jurídico. Se, ocorrida esta modalidade de venda, se
detectar que a medida não é precisa, cabe ao comprador exigir a
complementação da área, a resolução do pacto ou, por fim, o abatimento do
preço.

4.4.3. Já se a medida do imóvel não é precisa, mas só enunciativa, posterior


pretensão de complementação ou abatimento do preço não logra êxito,
porque apenas o corpo do bem foi determinante para a venda. Inobstante tais
aspectos, ainda se extrai da norma em comento que, se a diferença
encontrada for ínfima (inferior a um vigésimo da área total do bem), a
aparente venda ad mensuram transmuda-se para venda ad corpus, o que
vem a impossibilitar, ao adquirente, a formulação de eventual e posterior
reclamação.

4.4.4. Sobre mencionados institutos eis os ensinamentos de Maria Helena


Diniz:

“(…) A venda ad mensuram é aquela em que se determina a área do imóvel


vendido, estipulando-se preço por medida de extensão. O adquirente poderá

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exigir o complemento da área e, se isso for impossível, reclamar a resolução
do negócio ou o abatimento do preço, se faltar correspondência entre a área
efetivamente encontrada e as dimensões dadas. (…)

Na venda ad corpus o vendedor aliena o imóvel como corpo certo e


determinado (p.ex., Rancho Santa Maria); logo, o comprador não poderá
exigir o implemento da área nem devolução do excesso, pois o adquiriu pelo
conjunto e não em atenção à área declarada, que assume caráter
meramente enunciativo, mesmo que não haja menção expressa de que
houve venda ad corpus. (…)” (Código Civil Anotado. São Paulo: Saraiva,
2005, p. 459/460).

4.4.5. A respeito, ensina Washington de Barros Monteiro:

“(…) Na venda ad corpus o vendedor aliena o imóvel como um corpo certo e


determinado, perfeitamente individuado pelas confrontações, claramente
caracterizado pelas suas divisas, discriminadas e conhecidas: a fazenda
Petrópolis, a chácara Marengo, a vila Kirial. Na venda ad corpus,
compreensiva de corpo certo e individuado, presume-se que o comprador
examinou as divisas do imóvel, tendo intenção de adquirir precisamente o
que dentro delas se continha. A referência à metragem ou à extensão
superficial é meramente acidental e o preço é global, pago pelo todo,
abrangendo a totalidade da coisa. (…)

Entende-se que o comprador percorreu o imóvel, conheceu sua extensão,


verificou as divisas. Comprou-o afinal, não em atenção à área declarada,
mas pelo conjunto que lhe foi mostrado, conhecido e determinado. Estando
murado ou cercado quase todo o imóvel comprado reputa-se acidental a
declaração das medidas, ou quando há especificação ou nomeação dos
confinantes. (…)” (Curso de Direito Civil, ed. Saraiva, 8ª ed., p. 109).

4.5. Na espécie, as provas constantes nos autos digitais evidenciam que,


inobstante conste na escritura pública de compra e venda as medidas do
imóvel – quantidade de alqueires –, o negócio jurídico caracteriza-se como
venda ad corpus.

4.5.1. Com efeito, o imóvel rural é de pequena extensão, perfeitamente


individualizado pelas confrontações e claramente caracterizado por suas
divisas.

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4.5.2 Ademais, ao prestar depoimento pessoal em juízo (mov. 137/138), o
adquirente admite que visitou a gleba de terras que estava adquirindo,
exsurgindo a ilação de conheceu seus limites e verificou as divisas.

4.5.3. Além disso, consta, expressamente, na escritura pública de compra e


venda, por três vezes, a observação “mais ou menos” quando se refere aos
alqueires das glebas de terras negociadas, senão veja-se (mov. 01, doc. 07,
p. 01):

“(…) Duas partes de terras, a primeira com dois alqueires, mais ou menos,
de cerradão e a segunda com hum e meio alqueires, mais ou menos de
cultura de primeira classe, perfazendo uma área total de mais ou menos três
e meio alqueires de terras de culturas e cerradão, contendo casa para
colonos, paiol e demais benfeitorias anexas, inclusive arames esticados em
cercas, situados neste município, na Fazenda Laginha, onde passa
denominar hoje em diante de ‘Fazenda Nascentes Águas Lindas’ para
integrante da Fazenda Lagoa, com as dividas dos títulos de procedentes e
confrontando com a Rodovia BR-153, Córrego Grotãozinho, Brandino
Marques Ferreira e João Alves Fenandes. (…)”

4.5.4. Percebe-se, com certa facilidade, que a medida do imóvel não é


precisa, mas só enunciativa, evidenciando a compra e venda ad corpus, aliás,
o próprio oficial responsável pela lavratura da escritura pública, ao ser ouvido
em juízo (mov. 137/138), afiançou que, pela sua experiência, foi venda ad
corpus.

4.6. Não passa despercebida a assertiva do requerente de que adquiriu a


área para comercialização de chácaras, todavia, sequer apresentou o projeto
do empreendimento ou testemunha capaz de corroborar o argumento.

4.7. Outrossim, a simples referência contratual à área superficial do imóvel


negociado não autoriza deduzir que o negócio foi feito ad mensuram, já que
sequer foi convencionado o preço individualizado pelo valor do hectare,
evidenciando que se acordou um valor pela área e não pela metragem.

4.7.1. Logo, vislumbra-se que a referência à área do imóvel deu-se em caráter

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meramente enunciativo, não havendo que se falar em abatimento
proporcional ao preço.

4.7.2. A propósito:

“(…) II - In casu, o Instrumento Particular de Compra e Venda de imóvel


rural caracteriza-se como venda ad corpus, vez que se deu sobre área certa
e determinada, sendo a medida expressamente indicada no contrato é
meramente enunciativa, com fixação do valor global pelo imóvel. III - No
caso, ainda que vislumbradas as divergências entre a metragem
especificada no contrato de compra e venda e aquela efetivamente
adquirida pelo apelante, a simples referência contratual à área superficial do
imóvel negociado não autoriza deduzir que o negócio foi feito ad mensuram,
uma vez que sequer foi convencionado o preço individualizado pelo valor do
hectare. IV - Evidenciada a natureza ad corpus do negócio jurídico
examinado, não há se falar em dever de indenizar a diferença da área
adquirida. (…)” (TJGO, 1ª Câmara Cível, Apelação Cível nº 5598693-
73.2018.8.09.0112, Rel. Des. Luiz Eduardo de Sousa, DJe de 11/12/2022)

“(…) III - Evidenciada a natureza ad corpus do negócio jurídico examinado,


não há se falar em dever de indenizar a diferença da área adquirida. (…)”
(TJGO, 4ª Câmara Cível, Apelação Cível nº 5731708-82.2019.8.09.0087,
Relª Desª Beatriz Figueiredo Franco, DJe de 13/06/2022)

“(…) Evidencia ser "ad corpus" a aquisição de propriedade rural em que


apenas se menciona a medida da área total em questão como mera
caracterização, sendo considerada como área adquirida aquela constante
das confrontações devidamente descritas no documento respectivo,
mormente se não se menciona o seu preço por medida de extensão. Assim,
tendo em vista que a venda do imóvel em comento é ad corpus, não há se
falar em dever de indenizar a diferença da área adquirida. (…)” (TJGO, 6ª
Câmara Cível, Apelação Cível nº 0162278-89.2012.8.09.0166, Rel. Des.
Átila Naves Amaral, DJe de 06/04/2022)

4.8. E por estar evidenciada a compra e venda ad corpus, tenho que as


razões recursais do requerido/apelante, neste tópico, merecem guarida.

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5. Da reconvenção e da multa

5.1. Sabe-se que o dano moral tem por fundamento a ofensa à dignidade
humana, vale dizer, é a lesão que atinge os bens mais fundamentais inerentes
à personalidade.

5.1.1. Nesse sentido:

“(…) a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na


vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade
individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e os demais
sagrados afetos (...) Na realidade, multifacetário o ser anímico, tudo aquilo
que molesta gravemente a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores
fundamentais inerentes à sua personalidade ou reconhecidos pela
sociedade em que está integrado, qualifica-se, em linha de princípio, como
dano moral. (…)” (CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2ª ed. rev. atual. ampl.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998, p. 20)

5.1.2. No mesmo diapasão:

“(…) Portanto, em sede de necessária simplificação, o que se convencionou


chamar de dano moral é a violação da personalidade da pessoa, como
direito fundamental protegido, em seus vários aspectos ou categorias, como
a dignidade, a intimidade e privacidade, a honra, a imagem, o nome e
outros, causando dor, tristeza, aflição, angústia, sofrimento, humilhação e
outros sentimentos internos ou anímicos. (...) Significa, portanto, que o dano
que se deve vislumbrar é aquele que atinge a pessoa nos sues bens mais
importantes, integrantes de seu patrimônio subjetivo. (…)” (STOCO, Rui.
Tratado de Responsabilidade Civil. 8ª ed. rev. atual. ampl. São Paulo: 2011,
p. 1.874)

5.1.3. Pode-se afirmar, portanto, que deve o ilícito ser capaz de atingir a
personalidade do sujeito de direitos, para que o dano moral fique configurado.

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5.2. Não se pode supor, todavia, que o mero aborrecimento ou
descontentamento, a que todos estão sujeitos, seja apto a ensejar alguma
reparação dessa natureza, notadamente quando resultar de um ilícito
contratual, vale dizer, o inadimplemento de uma obrigação principal ou
acessória.

5.2.1. Nessa mesma diretriz técnica:

“(…) Se dano moral é agressão à dignidade humana, não basta para


configurá-lo qualquer contrariedade. Nessa linha de princípio, só deve ser
reputado dano moral a dor, vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo
à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do
indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar.
Mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada
estão fora da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da
normalidade do nosso dia a dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e
até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e duradouras, a
ponto de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. Se assim não se
entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais
em busca de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos. (…) Outra
conclusão que se tira desse novo enfoque constitucional é a de que mero
inadimplemento contratual, mora ou prejuízo econômico não configuram, por
si sós, dano moral, porque não agridem a dignidade humana. (…)”
(CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de Responsabilidade Civil. 9ª ed. rev.
ampl. São Paulo: Atlas, 2010, p. 87)

5.2.2 A respeito da matéria:

“(…) 1. Nos termos da jurisprudência desta Corte, quando a situação


experimentada enseja mero aborrecimento ou dissabor, como no caso dos
autos, não há falar em dano moral. (…)” (STJ, 4ª Turma, AgRg no Ag nº
1381690/RS, Rel. Min. Raul Araújo, DJe de 26/11/2015)

“(…) 1. A jurisprudência desta Corte entende que, quando a situação

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experimentada enseja mero aborrecimento ou dissabor, como no caso dos
autos, não há falar em dano moral. (…)” (STJ, 4ª Turma, AgRg no AREsp nº
726.096/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, DJe de 13/10/2015)

“(…) LAMENTÁVEL DISSABOR. DANO MORAL. NÃO CARACTERIZADO.


(…) I. As recentes orientações desta Corte Superior, a qual alinha-se esta
Relatoria, caminham no sentido de se afastar indenizações por danos
morais nas hipóteses em que há, na realidade, aborrecimento, a que todos
estão sujeitos. II. Na verdade, a vida em sociedade traduz, infelizmente, em
certas ocasiões, dissabores que, embora lamentáveis, não podem justificar
a reparação civil, por dano moral. Assim, não é possível se considerar
meros incômodos como ensejadores de danos morais, sendo certo que só
se deve reputar como dano moral a dor, o vexame, o sofrimento ou mesmo
a humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no
comportamento psicológico do indivíduo, chegando a causar-lhe aflição,
angústia e desequilíbrio em seu bem estar. (…)” (STJ, 3ª Turma, REsp nº
1234549/SP, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe de 10/02/2012)

5.3. No caso em apreço, não há se falar em lesão a esses bens tão


significativos na ordem jurídica, pois o requerido/recorrente não sofreu danos
morais, porquanto não restou demonstrado nenhuma repercussão ou abalo
nos direitos de sua personalidade e, por isso, os fatos que alicerçaram a
reconvenção não são suficientes para caracterizar o dano moral, como
acertadamente decidiu a magistrada.

5.3.1. Ademais, no caso sub examine, o inadimplemento é decorrente de


interpretação do negócio jurídico entabulado, evidenciando que o
aborrecimento da parte não extrapolou a normalidade, reforçando a
inexistência de danos morais indenizáveis.

5.4. Com efeito, a vida em sociedade acarreta, infelizmente, em algumas


ocasiões, dissabores, desconfortos e contrariedades, os quais, embora
lamentáveis, não são capazes de ensejar a responsabilidade civil por dano
moral, como na espécie.

5.5. Outrossim, a simples alegação de perda de lucro não configura lucros


cessantes, senão veja-se:

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“(…) A jurisprudência do STJ orienta que a configuração dos lucros
cessantes exige mais do que a simples possibilidade de realização do lucro,
requer probabilidade objetiva e circunstâncias concretas de que estes teriam
se verificado sem a interferência do evento danoso, não podendo subsistir a
condenação ao pagamento de lucros cessantes baseada em meras
conjecturas e sem fundamentação concreta (STJ, REsp 1.658.754/PE, DJe
de 23/08/2018). (…)” (TJGO, 1ª Câmara Cível, Apelação Cível nº
5459569.25.2022.8.09.0051, Rel. Des. Átila Naves Amaral, DJe de
14/11/2023)

5.6. Avançando, entendo que a multa arbitrada em desfavor do


requerido/apelante por ato atentatório à dignidade da justiça (mov. 37) se
revela indevida, pois o intento da parte foi simplesmente se opor ao
aditamento da petição inicial, sem causar nenhum tipo de embaraço à
prestação jurisdicional.

5.7. Dessarte, em relação a reconvenção, apenas a exclusão da multa


merece provimento.

6. Dos honorários advocatícios

6.1. Consectário do que restou decidido nesta instância recursal, é imperioso


reconhecer que os pedidos exordiais foram julgados improcedentes, tendo o
requerente ficado integralmente vencido na demanda por ele proposta.

6.1.1. Assim, a apelada deverá arcar com a integralidade da verba


sucumbencial, nos termos do artigo 85, §§ 2º e 6º, do Estatuto Processual
Civil:

“Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado


do vencedor. (...)

§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte


por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou,
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa,
atendidos:

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I - o grau de zelo do profissional;

II - o lugar de prestação do serviço;

III - a natureza e a importância da causa;

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu


serviço. (...)

§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se


independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos
de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito. (...)”

6.1.2. Dessa forma, nos casos em que o decreto judicial julgar improcedente a
pretensão inicial ou extinguir o processo, sem resolução de mérito, os
honorários devem ser fixados, respeitados os critérios elencados nas alíneas
do § 2º do artigo 85 do Código Processual Civil, quais sejam: a) o grau de
zelo do profissional; b) o lugar de prestação do serviço; c) a natureza e a
importância da causa; e d) o trabalho realizado pelo advogado e o tempo
exigido para o seu serviço.

6.2. Desta feita, em atenção aos já mencionados requisitos de arbitramento,


entendo que o quantum dos honorários advocatícios deve ser fixado em 10%
(quinze por cento) sobre o valor atualizado da causa, importância que se
mostra razoável e proporcional ao trabalho desenvolvido pelo advogado da
parte requerida.

7. Dos honorários recursais

7.1. Por fim, a majoração dos honorários sucumbenciais na instância recursal,


prevista no artigo 85, § 11, do Estatuto Processual Civil, revela-se indevida no
caso concreto, pois somente cabível nas hipóteses em que o recurso não é
conhecido ou, se conhecido, seja desprovido.

7.1.1. A propósito, o seguinte julgado do colendo Superior Tribunal de Justiça:

“(…) 4. É devida a majoração da verba honorária sucumbencial, na forma do


art. 85, § 11, do CPC/2015, quando estiverem presentes, simultaneamente,
os seguintes requisitos: a) decisão recorrida publicada a partir de 18.3.2016,

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quando entrou em vigor o Código de Processo Civil de 2015; b) recurso não
conhecido integralmente ou não provido, monocraticamente ou pelo órgão
colegiado competente, e c) condenação em honorários advocatícios desde a
origem no feito em que interposto. (…)” (STJ, 3ª Turma, AgInt no AREsp nº
1259419/GO, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, DJe de 06/12/2018)

8. Do dispositivo

8.1. Ao teor do exposto, CONHEÇO DA APELAÇÃO CÍVEL E DOU-LHE


PARCIAL PROVIMENTO, para reformar a sentença proferida pelo juízo de
primeiro grau, a fim de:

8.1.1 julgar improcedente o pedido inicial;

8.1.2 condenar o requerente ao pagamento das despesas processuais e dos


honorários advocatícios ora fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor
atualizado da causa, com arrimo no artigo 85, §§ 2º e 6º, do Estatuto
Processual Civil.

8.1.3 excluir a condenação do requerido ao pagamento de multa por ato


atentatório à dignidade da justiça; e

8.1.4 manter os demais termos da sentença, inclusive a verba sucumbencial


devida pelo requerido em razão da derrota na lide reconvencional.

9. É como voto.

Goiânia,

Desembargador Diác. Delintro Belo de Almeida Filho


Relator
(documento datado e assinado eletronicamente)

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(8)
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5462299.29.2020.8.09.0067
Comarca de Goiatuba
4ª Câmara Cível
Apelante: SEBASTIÃO MARTINS DUARTE
Apelado: WANDEILSON FERREIRA SEABRA
Relator: Desembargador Diác. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA.


SUSPEIÇÃO DE MAGISTRADO. DESNECESSIDADE DE
EXPOSIÇÃO DA MOTIVAÇÃO. COMPRA E VENDA DE
IMÓVEL RURAL. AD CORPUS. ABATIMENTO DO PREÇO.
IMPOSSIBILIDADE. DANO MORAL. MERO
ABORRECIMENTO. LUCROS CESSANTES NÃO
COMPROVADOS. MULTA POR ATO ATENTATÓRIO À
DIGNIDADE DA JUSTIÇA. EXCLUSÃO. INVERSÃO DOS
ÔNUS SUCUMBENCIAIS NA LIDE PRINCIPAL.
SUCUMBÊNCIA RECURSAL. INCOMPORTABILIDADE.
1. As razões da declaração de suspeição por motivo de foro
íntimo não podem ser aferidas objetivamente, estando o
magistrado desobrigado de expor a sua motivação.
2. Na venda ad mensuram o comprador adquire o imóvel
com área especificada, estipulando-se o preço por sua
medida. Já a venda ad corpus é realizada sobre imóvel certo
e determinado, partindo-se da premissa de que a metragem
é dada de forma meramente enunciativa, pois o bem lhe foi
vendido com área certa e precisamente individualizada por
marcos geográficos e confrontações.
3. No caso concreto, a referência à área do imóvel deu-se
em caráter meramente enunciativo, evidenciado a venda ad
corpus, razão pela qual não há que se falar em abatimento
proporcional ao preço.
4. O aborrecimento, sem consequências graves, por ser
inerente à vida em sociedade, é insuficiente à caracterização
do dano moral, tendo em vista que este depende da
constatação, por meio de exame objetivo, da real lesão à
personalidade daquele que se diz ofendido. Precedentes do
colendo Superior Tribunal de Justiça.
5. Na espécie, não há se falar em lesão a esses bens tão
significativos na ordem jurídica, pois a parte não sofreu
danos morais, porquanto não restou demonstrado nenhuma
repercussão ou abalo nos direitos de sua personalidade e,
por isso, os fatos que alicerçaram a reconvenção não são

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suficientes para caracterizar o dano moral, como
acertadamente decidiu a magistrada.
6. A jurisprudência do STJ orienta que a configuração dos
lucros cessantes exige mais do que a simples possibilidade
de realização do lucro, requer probabilidade objetiva e
circunstâncias concretas de que estes teriam se verificado
sem a interferência do evento danoso, não podendo subsistir
a condenação ao pagamento de lucros cessantes baseada
em meras conjecturas e sem fundamentação concreta, com
quer o reconvinte.
7. A multa arbitrada em desfavor do requerido por ato
atentatório à dignidade da justiça se revela indevida, pois o
intento da parte foi simplesmente se opor ao aditamento da
petição inicial, sem causar nenhum tipo de embaraço à
prestação jurisdicional.
8. Em caso de provimento do recurso, indevida é a
majoração dos honorários sucumbenciais.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA.
SENTENÇA REFORMADA.

ACÓRDÃO

1. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos da APELAÇÃO CÍVEL Nº


5462299.29.2020.8.09.0067 da Comarca de Goiatuba, em que figura como
apelante SEBASTIÃO MARTINS DUARTE e como apelado WANDEILSON
FERREIRA SEABRA.

2. Acorda o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela Quinta Turma


Julgadora de sua Quarta Câmara Cível, à unanimidade de votos, em
CONHECER DA APELAÇÃO CÍVEL E PARCIALMENTE PROVÊ-LA, nos
termos do voto do Relator.

3. Presidiu a sessão de julgamento, a Excelentíssima Senhora


Desembargadora Elizabeth Maria da Silva.

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4. Presente a ilustre representante da Procuradoria-Geral de Justiça, Dra
Eliete Sousa Fonseca Suavinha.

5. Fizeram sustentações orais, a Drª Lhara de Oliveira Neves e o Dr. Ivam


Mendes dos Santos, em favor do Apelante e Apelado, respectivamente.

Goiânia,

Desembargador Diác. Delintro Belo de Almeida Filho


Relator
(documento datado e assinado eletronicamente)

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