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I) DOS FATOS:
e liberado nos autos digitais por Lourdes Silva Marques, em 29/05/2019 às 06:27. Para acessar os autos processuais, acesse o site
Sendo assim, tendo em vista a segurança que a empresa requerida
passou à requerente, a mesma definiu e optou por realizar tal pagamento através desta
ferramenta, pois, de acordo com o site, haveria “tranquilidade na compra”, ou seja, este
intermediador seria responsável em proteger o montante pago até o efetivo recebimento do
produto e satisfação com a compra:
nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br
Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551
O valor total da casa era de R$ 9.000,00 (nove mil reais), devendo ser
Este documento é copia do original assinado digitalmente por LUCAS MARQUES BUYTENDORP e PROTOCOLADORA TJMS 1. Protocolado em 28/05/2019 às 19:31, sob o número 08087391620198120110,
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808739-16.2019.8.12.0110 e o código 629FD71.
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Após algumas buscas, foi localizada a casa através do site Booking e,
a partir daí, localizou-se a rede social da mesma bem como seu número telefônico e, ao entrar
em contato, confirmou ser realmente a proprietária da casa, bem como não conhecia esse
corretor de nome Saldanha (prints anexos), muito menos a Sra. Cláudia, que se passava por
proprietária. Ainda, afirmou que já havia locado a propriedade no período desejado para outra
pessoa, de nome Graziele.
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Campo Grande – MS – Tel.: (067) 99615.1515/ 99224.7832/ 3305.1551
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https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808739-16.2019.8.12.0110 e o código 629FD71.
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antes, todos que locaram a casa chegariam à cidade e não teriam local para hospedagem,
infelizmente.
A empresa requerida foi alertada acerca do ocorrido no dia
30/04/2019 às 23 horas (protocolo 30645878), que instruiu a requerente a entrar em contato
com o vendedor e tentar resolver o “mal entendido”. Sendo assim, logo após a ligação, a
mesma encaminhou e-mail a este, que nunca a respondeu via “Mercado Pago”, apenas através
do “whatsapp” alegando que não conseguia realizar o estorno do valor pago:
II) DO DIREITO:
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diretamente o consumidor, fato este demonstrado na presente exordial.
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
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garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre
os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil
e imediatamente, a identifique como tal.
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INDENIZATÓRIO. IMPROCEDÊNCIA. VALOR FIXADO DENTRO DOS
PARÂMETROS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. SENTENÇA
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. NEGADO SEGUIMENTO.
(TJPR – 1ª Turma Recursal – 0000467-79.2011.8.16.0031/0 – Guarapuava –
Rel.: LEO HENRIQUE FURTADO ARAÚJO, J. 30/01/2012).
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Contudo, a empresa requerida violou os Princípios que regem as
relações de consumo, constantes do art. 4º, I, III e IV do CDC, quais sejam a Boa-fé, a Equidade,
o Equilíbrio Contratual e o da Informação.
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III) DA INDENIZAÇÃO:
“Aquele que por ato ilícito (art. 186 a187), causar dano a outrem fica
obrigado a repará-lo.
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normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
risco para o direito de outrem.”
frequência, respeitando assim o Princípio da Função Social, a qual o magistrado deve, através
de suas tutelas jurisdicionais, afastar as frequentes insatisfações sociais.
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com a Autora, causando vários transtornos, contabilizando todos os danos intrínsecos e
extrínsecos.
(...)
V) DOS PEDIDOS:
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c) Seja julgado totalmente procedente o pedido formulado
pela Requerente, condenando a requerida ao pagamento das custas e honorários advocatícios,
a ser arbitrado por este Juízo.
nb@nbadvogados.adv.br / www.nbadvogados.adv.br
Termos em que,
OAB/MS 17.068
Pede Deferimento.
(assinado digitalmente)
Lucas Marques Buytendorp
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www.cgvf.com.br
505-4602/792987/145223
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO 11º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO FORO DA
COMARCA DE CAMPO GRANDE (MS)
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Processo nº 0808739-16.2019.8.12.0110
Com efeito, o MERCADO LIVRE e o MERCADO PAGO, atentos às pessoas que direta ou
indiretamente confiam e dependem dos serviços por ele prestados, vem assumindo uma série de
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compromissos com a sociedade civil, o que inclusive o levou a receber, a certificação “empresa
amiga da Justiça” do Egrégio TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
SÍNTESE DA INICIAL
Alega a parte autora que verificou um anúncio no facebook para locação de um imóvel na
praia de pipa, pelo valor de R$ 9.000.00 (nove mil reais), onde que para realizar a locação do
imóvel teria que pagar metade do valor.
Assim a parte autora efetuou o pagamento de 4.715,10 (quatro mil setecentos e quinze
reais e dez centavos) em 3 (três) parcelas de R$ 1.571,70 (hum mil quinhentos e setenta e um reais
e setenta centavos), utilizando o gerenciador de pagamentos do Mercado Pago.
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Recebeu o contrato de locação, estava tudo correto. Porem passados alguns dias começou
a desconfiar e verificou que aquela casa não pertencia a pessoa que estava com nome no contrato,
e muito mesmo o endereço correto.
No entanto, em que pese o inconformismo da parte autora, não há como a presente ação
prosperar consoante restará demonstrado.
Isso porque, conforme será esclarecido, a compra foi realizada fora do site do Mercado
Livre, sendo que apenas o pagamento foi através do Mercado Pago, não havendo possibilidade
do Mercado Pago ser responsabilizado pelo suposto prejuízo que o corretor causou a parte
autora, conforme se denota de toda o relato na inicial.
PRELIMINARMENTE
Não paira dúvida quanto à precariedade da petição inicial no que diz respeito às provas
documentais produzidas pela parte autora. Não bastasse isso, há de ser analisada a Carência da
Ação, eis que no presente processo, está configurado a previsão do artigo 485, inciso IV do Código
de Processo Civil, pois é evidente que estão ausentes os pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo.
É sabido que a possibilidade jurídica do pedido deve guardar estreito relacionamento com
a causa de pedir, sob pena do pedido ser considerado impossível.
No caso em tela, a parte autora pretende receber danos materiais e danos morais alegando
supostamente ter adquirido um produto, sem, contudo, apresentar qualquer documento que
comprove a participação da empresa requerida na fatídica transação.
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Este documento é copia do original assinado digitalmente por EDUARDO CHALFIN e PROTOCOLADORA TJMS 2. Protocolado em 28/06/2019 às 17:23, sob o número WJEC19080643009
Alega a parte autora que pagou uma locação de um imóvel utilizando o Mercado Pago,
no entanto não junta aos autos nenhuma fatura, e nem o cartão utilizado, para confirmar o
suposto prejuízo.
A apresentação genérica dos fatos sem comprovar minimamente suas alegações, além de
prejudicar o correto e completo exercício do direito de defesa, ofende os artigos 319, III e 330, III,
ambos do CPC.
Assim, de rigor seja a presente ação extinta sem apreciação do mérito em razão da patente
configuração do quanto previsto no artigo 485, inciso IV do CPC.
liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 28/06/2019 às 18:05. Para acessar os autos processuais, acesse o site
QUANTO À RELAÇÃO DE CONSUMO HAVIDA ENTRE A PARTE AUTORA E O
Ora, a parte autora negociou a compra através de conversas particulares com o corretor
por meio de “Aplicativo de Mensagens” funcionalidade está que não possui qualquer vínculo
com o Mercado Pago.
Para que não haja dúvidas, cabe uma breve explicação. Dentre as principais atividades do
MERCADO PAGO, está a plataforma de pagamentos online, com o intuito de realizar transações
de pagamento, sendo utilizado tanto no site MERCADO LIVRE, como em outros sites de
comércio eletrônico.
Ora, se a própria parte autora requer o ressarcimento do que efetivamente foi pago, tem-
se que a indenização pelos danos supostamente sofridos deveria ter sido ajuizada em face, tão
somente, do corretor e da suposta proprietária do imóvel, únicas pessoas que podem
efetivamente devolver a quantia por ela recebida!
Desta forma, é notório que a Ré é parte ilegítima para figurar no polo passivo desta
demanda, na medida em que o contrato de locação e toda a negociação ocorreu diretamente entre
a parte autora e o corretor.
Por tudo isso, inclusive, é que nosso Poder Judiciário tem decidido pela ilegitimidade dos
provedores em demandas como essa e tem constantemente proferido decisões nesse sentido:
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o que acarreta a extinção do feito sem resolução do mérito em relação a ela. Outrossim,
o mérito da demanda não será analisado em relação à 2ª ré. Diante dos fatos narrados
pela inicial, é flagrante à ilegitimidade da parte ré, uma vez que em momento
algum a parte autora reporta qualquer conduta danosa praticada pela 2ª ré, o
tempo todo somente manifestando inconformismo perante o inadimplemento da
1ª ré. assim, é forçoso concluir pela ausência de causa de pedir em relação à 2ª ré. Ante
o exposto, JULGO EXTINTO O FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, na forma
do art. 267,VIII,CPC em relação à 1ª ré e na forma do art. 267,VI,CPC em relação à 2ª
ré.” (TJ/RJ, processo nº 0380883-33.2012.8.19.0001, decisão proferida em 24 de
janeiro de 2013).
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verbis” - grifamos:
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de mérito” (REsp 1639028, Rel. Ministro Moura Ribeiro, em 11.04.201'7, publicação
de 19/04/2017)”.
Sendo assim, é inafastável a conclusão de que o réu é parte manifestamente ilegítima para
figurar no polo passivo da presente ação, uma vez que não possui qualquer relação com os
eventos que causaram o suposto dano alegado pela parte autora, devendo ser excluídos do feito,
com a extinção desta demanda sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VI do
Código de Processo Civil.
DEFESA DE MÉRITO
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O MERCADO PAGO, pessoa jurídica de direito privado, é uma Instituição de Pagamento
Emissora de Moeda Eletrônica, devidamente autorizada pelo Banco Central do Brasil, que oferece
diversas funcionalidades a seus usuários.
Dentre uma de suas principais atividades, o MERCADO PAGO atua como plataforma de
pagamentos online, com o intuito de realizar transações de pagamento, sendo utilizado tanto no
site MERCADO LIVRE, como em outros sites de comércio eletrônico.
Frise-se que os serviços prestados pelo MERCADO PAGO visam facilitar a execução da
atividade de vendedores, prestadores de serviço autônomos, pessoas físicas e jurídicas de
1 https://www.mercadopago.com.br
2 https://www.mercadopago.com.br/ajuda/termos-e-politicas_194
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pequeno porte, no sentido de permitir que estes efetuem transações de pagamento através da
internet. Isto significa dizer que sua atividade se destina, mas não se limita, ao gerenciamento de
contas de pagamento e realização de transações de pagamentos online, não possuindo qualquer
responsabilidade sobre a comercialização de produtos, por não fazer parte da cadeia de consumo.
liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 28/06/2019 às 18:05. Para acessar os autos processuais, acesse o site
O programa de Compra Garantida foi criado com o objetivo de proporcionar cobertura a
Importante elencar as situações que não estão cobertas pelo Programa Compra
Garantida:
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No entanto, como a compra não foi efetuada através do site do Mercado Livre, mas sim
através de um anuncio junto a site do facebook e a negociação da locação ocorreu entre a parte
autora e o suposto corretor, a negociação não tem a cobertura do programa compra garantida,
devendo a parte autora direcionar a presente demanda somente em face do suposto corretor e da
suposta dona do imóvel, posto que foi ele quem auferiu os valores da negociação.
Destarte, não se pode perder de vista que a parte autora estava ciente das condições do
programa, tendo em vista que as regras são expostas nos Termos e Condições3 aceitos por todo
usuário ao realizar o cadastro na plataforma, razão pela qual, não pode pretender responsabilizar
a empresa requerida pelos fatos noticiados.
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Através do MERCADOPAGO, o usuário comprador pode pagar a compra realizadas fora
da plataforma do Mercado Livre, em sites de anúncios e por conversas particulares, com cartão
de crédito, boleto bancário, dentre outras facilidades, a sua escolha.
A contestante exerce suas atividades por meio de exercício de mandado outorgado pelo
usuário ao celebrar o Contrato de Gerenciamento de Pagamentos. O MERCADOPAGO exerce a
condição de mandatário a dar cumprimento às Solicitações de Gerenciamento de Pagamento nos
exatos termos definidos pelo usuário, agindo por sua conta e ordem.
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Ora, negociação de locação sequer foi realizada na plataforma do Mercado Livre! Deve-
se destacar que quando a compra é realizada dentro da plataforma, o valor fica retido até que
a entrega seja realizada ou, passado o prazo, não tenha nenhuma reclamação.
No caso em apreço, essa negociação não e coberta pelo compra garantida, uma vez que
a locação de imóvel foi realizada fora da plataforma, assim o pagamento através do Mercado
Pago, foi realizado como uma transferência, ou seja, o valor é encaminhado diretamente ao
vendedor, sem qualquer intermediação da empresa. Logo a prestação do serviço foi realizada
de forma plena, não havendo qualquer dano a ser indenizado
E como todas as empresas, está também possui Termos e Condições de Uso, que devem
ser atentadas pelos usuários e que são de conhecimento destes quando se cadastram na
plataforma.
liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 28/06/2019 às 18:05. Para acessar os autos processuais, acesse o site
https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808739-16.2019.8.12.0110 e o código 64379B9.
Cumpre esclarecer, ainda, que este serviço visa facilitar a execução da atividade de
vendedores, prestadores de serviço autônomos, pessoas físicas e jurídicas de pequeno porte, para
efetuarem as vendas através da internet, com cartão de crédito, por exemplo, não tendo qualquer
responsabilidade sobre a transação da comercialização de qualquer produto, por não fazer parte
da cadeia de consumo.
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Recorrrente ¿ Mercado Pago atuou como mero meio de pagamento, não tendo
qualquer responsabilidade quanto à entrega do produto. Note-se que a compra
foi realizada diretamente no site do segundo réu, em face de quem a parte
autora desistiu do feito e que a oferta de Compra Garantida se restringe às
negociações feitas na plataforma Mercado Livre. Todas as questões aduzidas no
recurso debatidas oralmente pelos integrantes do colegiado, com a percuciência
necessária, não sendo transcritas as conclusões em homenagem aos princípios
informativos previstos no art. 2º da Lei 9.099/95, frisando-se, outrossim, que a
motivação concisa atende à exigência do art. 93 da Carta Política (STF, Ag.Rg no AI
310.272- RJ). Sem ônus sucumbenciais por se tratar de recurso com êxito, conforme
artigo 55 caput da Lei 9099/95. (grifo nosso)
liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 28/06/2019 às 18:05. Para acessar os autos processuais, acesse o site
Dessa forma, a obrigação de indenizar a parte autora recai somente sobre o suposto
Dessa forma, o suposto dano sofrido pela parte autora não decorreu de falha na prestação
do serviço desta empresa Ré e sim de sua conduta e da má fé do suposto corretor e a suposta
dona do imóvel
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Com efeito, a empresa Ré não comete qualquer ilícito quando age de boa-fé e presta seus
serviços adequadamente.
Dessa forma, é evidente que este Contestante não poderá arcar com os supostos prejuízos
alegados pela parte autora, pois conforme se verifica foram gerados exclusivamente pelo suposto
corretor e a suposta dona do imóvel e cabendo a este devolver os valores.
O pedido de indenização por hipotético dano moral merece poucos comentários da parte
requerida, haja vista, a desproporção total deste pedido, isto é, no mínimo uma afronta ao
liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 28/06/2019 às 18:05. Para acessar os autos processuais, acesse o site
judiciário e uma forma de enriquecer ilicitamente.
Mas não é só: inexiste prova de que o ato tenha causado tamanho abalo à parte autora. De
fato, o alegado recebimento de mercadoria defeituosa ou diversa da pretendida é caso clássico de
mero aborrecimento, situação do cotidiano, cabendo citar que o mero inadimplemento contratual
— que não ocorreu por parte da contestante — não gera dano moral.
Registre-se, a título de argumentação, que nada nos autos autoriza reconhecer que a parte
autora tenha sofrido qualquer constrangimento, dor, vexame ou tenha tido problemas
psicológicos em consequência da alegada situação, a justificarem o pleiteado dano moral, jamais
podendo prosperar a pretensão indenizatória.
Temos hoje o que pode ser chamado de direito subjetivo constitucional à dignidade. Ao
assim fazer. A Constituição deu ao dano moral uma nova feição e maior dimensão porque
a dignidade humana nada mais é do que a base de todos os valores morais, a essência de
todos os direitos personalíssimos. (...) Pois bem, dano moral, à luz da Constituição
vigente, nada mais é do que violação do direito à dignidade4
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do que os dissabores de um negócio frustrado. Recurso especial não conhecido. (STJ,
3.ª Turma, REsp 201414/PA, Rel. Min. Waldemar Zveiter, j. 05.02.01)
Nesse sentido, há posicionamento adotado pelos Tribunais de Justiça da inexistência de
dano moral, tem-se que o mero aborrecimento não é capaz de gerar indenização por danos
morais, conforme amplamente decidido:
liberado nos autos digitais por Usuário padrão para acesso SAJ/AT, em 28/06/2019 às 18:05. Para acessar os autos processuais, acesse o site
violação a direito de personalidade e de elementos de convicção aptos a justificar a
Contudo, se por acaso se entender pela ocorrência do dano moral, o que se admite apenas
por argumentação, vale ressaltar que a reparação deve ser cabível na medida exata extensão do
dano sofrido.
Pela narrativa da inicial, não se pode concluir que tenha a parte autora padecido de dor
psíquica a justificar a indenização pleiteada, pois não relata especificamente nenhum
acontecimento vexatório, não podendo admitir que seja o instituto reparatório do dano moral
aproximado da famigerada hipótese de enriquecimento sem causa.
PEDIDOS
Por todo o exposto, requer o acolhimento das preliminares suscitadas com a extinção do
processo e, caso assim não entenda, requer a IMPROCEDÊNCIA dos pedidos.
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Em caso de condenação, o que não se espera, a forma de correção monetária e de
incidência de juros deve ser feita pela Taxa Selic, jamais pela tabela editada pelo Tribunal de
Justiça, conforme jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça (Embargos de
Divergência em Recurso Especial nº 727.842 – SP e Recurso Especial nº 1.102.552-CE, 1ª Seção do
STJ).
Por fim, pede sejam anotados, na contracapa dos autos, o nome e o número de inscrição
dos advogados EDUARDO CHALFIN, inscrito na OAB/MS sob nº 20.309-A, a fim de que as
futuras publicações sejam feitas exclusivamente a ele, sob pena de nulidade.
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São Paulo, 28 de junho de 2019.
às 15:00. Para acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808739-16.2019.8.12.0110 e o
Campo Grande
11ª Vara do Juizado Especial Central
TERMO DE ASSENTADA
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Modelo 826037 - Endereço: Rua Sete de Setembro, 174, Centro - CEP 79002-121, Fone: 3317-8682, Campo Grande-
MS - E-mail: cgr-11jecentral@tjms.jus.br
Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul fls. 125
Este documento é copia do original assinado digitalmente por DAVI OLEGARIO PORTOCARRERO NAVEIRA. Liberado nos autos digitais por Simone Nakamatsu, em 22/08/2019 às 17:47. Para
Autos: 0808739-16.2019.8.12.0110
Ação: Procedimento do Juizado Especial Cível - Indenização por Dano Moral
acessar os autos processuais, acesse o site https://esaj.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0808739-16.2019.8.12.0110 e o código 673243F.
Requerente:Jacqueline Nahas
Requerido: Mercadopago.com Representações LTDA.
Sentença.
Vistos, etc.
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site Mercado Livre, como em outros sites de comércio eletrônicos; alega que
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apenas gerencia contas de pagamento e realização de transações online, não
possuindo qualquer responsabilidade sobre a comercialização de produtos, por
não fazer parte da cadeia de consumo; aduz que se a autora tivesse adquirido
o produto na plataforma Mercado Livre, estaria assegurada pelo Programa
Compra Garantida; que conforme consta nos termos e condições da requerida,
o produto negociado deverá ser um bem que não seja das categorias Serviços,
Carros, Motos e Outros e/ou Imóveis e não figure na lista de categorias
excluídas; alega que produtos não adquiridos através do Mercado Livre não
estão cobertos pelo Programa Compra Garantida; alega que como a compra
não foi efetuada através do site do Mercado Livre, mas sim através de um
anúncio junto ao site Facebook e a negociação ocorreu entre as parte autora e
o suposto corretor, a negociação não tem cobertura do programa “Compra
Garantida”, devendo a parte autora direcionar a presente demanda somente
em face do suposto corretor e da suposta dona do imóvel; que se a compra
fosse realizada através do Mercado Livre, ou seja, dentro da plataforma da
requerida, o valor pago ficaria retido até que a entrega fosse realizada; aduz
que não restou comprovado os danos morais; ao final requereu o acolhimento
das preliminares e, caso superada, a total improcedência da ação. Juntou
documentos.
É o relatório. Decido.
No mérito.
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através do Mercado Pago.
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Portanto, resta evidente que a reclamante não realizou a compra via
sítio eletrônico do “Mercado Livre”, de modo que não há que se falar em
responsabilidade da reclamada pelo fato de o contrato de locação ser uma
fraude.
Nesse sentido, o Artigo 14, parágrafo 3º, inciso II, do Código de Defesa
do Consumidor, diz: “O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
quando provar: a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro”.
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Autos 0808739-16.2019.8.12.0110
Reclamante: Jacqueline Nahas
Reclamado(a): Mercadopago.com Representações LTDA.
Simone Nakamatsu
Juíza de Direito
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