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CONTESTAÇÃO
I- PRELIMINARES:
A- DA INCOMPETÊNCIA
Na lei nº 13.105, nos artigos 99 e 100 esclarece que a parte contrária poderá
oferecer impugnação na contestação. Vejamos:
Nesse mesmo sentido, verificamos que nos moldes, do art. 337, da respectiva lei,
esclarece:
Ocorre que, o caput do art. 98 do NCPC dispõe sobre aqueles que podem ser
beneficiários da justiça gratuita:
Ocorre que, a parte autora não acostou aos autos Imposto de Renda anual para dar
veracidade aos fatos, sendo que é indispensável demonstrar nos autos a
insuficiência de recursos.
Isto posto, considerando que não há nenhum documento acostado, requer seja
revogado a justiça gratuita anteriormente deferida a parte autora, por ser medida de
direito.
II - DA SÍNTESE DA INICIAL
Trata-se de ação de indenização por danos morais proposta pela parte autora-
Maria do Rosário Nunes em face do requerido. Em sua inicial, alega-se que o
requerente a ofendeu com palavras de baixo calão.
A autora também relata que o mesmo se dirigiu de forma grosseira e até mesmo
agressivo nos gestos e falas.
Ocorre que, a mesma em momento algum informou na sua peça que a atitude do
requerido foi mediante impulso, vez que a deputada feriu sua honra com acusações
graves em exposição pública.
Nesse diapasão, a parte autora adentrou com ação indenizatória, sem ao menos
lembrar que acusação foi diante câmera e emissoras de TV, onde retém como prova
toda veracidade dos fatos.
Com toda Data Vênia, mas não houve uma ofensa separada de um contexto, mas
sim uma ofensa dentro de um contexto de ofensas mútuas. No entanto, ser
chamado de estuprador é altamente ofensivo para qualquer homem, ou melhor
acusar alguém, rotulando o mesmo como estuprador, é condena-lo por apologia ao
estupro, ainda mais quando se tem projetos de castração química e aumento de
penas para estupradores, justamente por achar esse tipo de crime repugnante.
Logo, Vossa Excelência essa ofensa está caracterizada a injúria vindo diante das
grandes ofensas dilatadas pela parte autora.
IV - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS BASEADOS DA INEXISTÊNCIA DO DANO
MORAL
O artigo 927 do Código de Civil, destaca nos (arts. 186 e 187) ‘’que por ato ilícito,
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. ’’
Verifica-se que a parte autora está totalmente em desconformidade com a lei, bem
como extremamente equivocada ao afirmar que em momento algum não feriu a
honra subjetiva/objetiva do requerido, visto que diversos emissores da TV ao
assistirem a reportagem presenciaram a Deputada Maria do Rosário chamando o
Deputado Jair Bolsonaro de estuprador. O que consequentemente, na mesma
veracidade da lei, a parte autora também deveria ser processada e condenada a
pagar indenização ao requerido.
Ademais, o artigo 953 do Código Civil, aduz que “a indenização por injúria,
difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao
ofendido”.
Sucede que, podemos afirmar que o dano moral é aquele que lesiona a esfera
personalíssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por
conseguinte, sua honra, bem como, bens jurídicos tutelados constitucionalmente e
de forma ilimitada, justamente é nítido que a parte autora agiu de forma precipitada
e ilícita, diferente do requerido, que no calor da energia somente retrucou as falas,
bem como, não houve responsabilização civil em decorrência de sua imunidade
parlamentar e, ainda assim, momento algum sua conduta causou danos
indenizáveis.
Assim sendo, não restou dúvidas de que a conduta da parte autora configura ato
ilícito, ensejando sua responsabilização, portanto a indenização pleiteada pela
autora a título de danos morais no importe equivalente a R$ 100.000,00 sob a
justificativa de indenização decorrente a honra, deverá ser julgado improcedente,
tendo em vista que a deputada também causou danos significativos ao requerido ao
acusar gravemente como ESTUPRADOR.
V- DO MÉRITO
No tocante ao mérito da lide, não aparenta ter maior sorte a parte autora. Ora, o
mesmo induz séries de coisas onde não ocorreram no dia acontecimento, inclusive
distorce todo acontecimento tornando a parte ré como o grande vilão da história.
Ocorre Excelência, que as realidades dos fatos não foram trazidas à baila com
clareza no gripo da peça inaugural.
Na verdade, a autora ficou mencionando falas de baixo calão, bem como, emitiu
provocações à parte ré insinuando acusações graves ao ponto do mesmo se exaltar
diante das dilatações.
Assim sendo, muito embora a autora requerer ação indenizatória com o importante
equivalente a R $100.000,00, a mesma deixou de mencionar na peça inicial suas
falas ofensivas. Logo, diante da oculta verdade dos fatos, bem como, da não
apresentação do rol de testemunha nos autos, não resta alternativa melhor que
escutar o repórter que estava ouvindo a parte ré, no dia dos fatos, ou solicitar a
gravação da reportagem
Nesse sentido, tem-se o disposto pelo artigo 944 do Código Civil, que traz a
seguinte redação:
Art. 944. ‘’A indenização mede-se pela extensão do dano.
Dessa forma, entende-se que a parte autora, ao pedir enorme montante como
indenização, visa enriquecer-se às custas do requerente. Nesse segmento, urge
ainda ressaltar que a Deputada acusa o requerido de Estuprador, onde a mesma
cometeu um crime ainda maior, consequentemente, cabe também ao mesmo,
pleitear indenização diante de ter sua honra ofendida em rede de televisão.
4. Seja suspenso o andamento desse processo, nos termos do art. 315 do CPC.
5. Seja julgado improcedente o pedido da parte autora por não resta
comprovado o dano moral alegado.