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Laços de Família, com quem as crianças vão ficar?

Edição 136 -
jul/02

A reportagem nos trás a conhecer histórias reais de acordos e dramas


enfrentados por casais divorciados, que envolvem filhos (as). 
A saber, Evandro e Patrícia, que longe da justiça criaram um modelo
para que ambos não fiquem ausentes da vida dos filhos, fazem a guarda
compartilhada, assim, participam integralmente do cotidiano das crianças,
afirmam que a criança não pode perder o vinculo com o pai e a mãe, e fazendo
apenas visitas existirá um distanciamento. Entre Evandro e Patrícia existe uma
relação saudável, e as crianças se adequaram a essa nova conduta de vida.
Existe também a história de Giulia Gam, Pedro Bial e Theo, pois a atriz
luta (na época) na justiça pela guarda do filho, pois ela estava apenas como
visitante do filho, e alega que o filho não pode perder o vinculo com a mãe
conquistado no ventre, ela  e nem Pedro Bial entram num acordo, assim expõe
muito a criança, que fica a mercê das decisões da justiça, e ambos lutando por
sua guarda. Giulia poderia vê-lo apenas por horas e com a presença da babá,
alegando ser uma situação insatisfeita, pois não tem a possibilidade de estar a
vontade com a criança, acompanhar as mudanças físicas, nutrição, educação
etc. Até que conseguiu na justiça reverter o quadro, e buscava seu filho as
sextas na escola, passa o final de semana e na segunda leva a escola
novamente, na quarta volta para a sua casa e só volta a vê-lo na outra sexta-
feira, conforme relatado na entrevista. Ela cita a possibilidade de uma guarda
compartilhada.
E existem vários casos que estão na justiça brasileira a anos, como na
própria reportagem cita, e acordos que são feito pelos próprios pais, para
proporcionar bem estar as crianças.
As leis brasileiras permitem novas estratégias no momento tão delicado
que é a separação do casal, que afeta diretamente as crianças, pais estão mais
ativos na criação e participação, e deixando de ser apenas um visitante, pois
isso desvincula os laços de pai e filhos.
Para que isso não ocorra nem com a mãe e nem com o pai existe a
possibilidade de uma guarda compartilhada, onde ambos tem responsabilidade
igual para com os filhos.
De acordo com a lei nº 11.698/2008 que estabelece a guarda
compartilhada, entrou após vários estudos, ela dá a opção aos pais que estão
em processo de separação pela guarda compartilhada, onde são dividas
igualmente responsabilidade e despesas quanto a criação e educação dos
filhos, desde que não é apenas arcar com as despesas e sim participar da
nutrição, educação, rotinas diárias etc. Se torna um sistema que atende as
crianças com mais efetividade, pelo fato de não ter que se distanciar de
nenhum dos dois, mas para isso conta-se com uma relação estável do casal
mesmo após a separação, pois decidem a vida dos filhos em comum acordo,
nem sempre assim, desde que há uma multa para quem descumprir a lei, mas
fico a analisar em casos em há ameaça de morte, agressão física por parte de
alguns genitores, essa não seria a opção adequada, se existe a questão de
família parental, em que a criança fica sob guarda de um dos pais apenas,
porém a criança fica longe de um dos pais apenas se trouxer risco a vida da
criança.
Tanto a guarda compartilhada, parental e entre diversos conceitos que
existem, sempre se tornam um transtorno quando se fala de separação e
envolvendo justiça brasileira. No caso da atriz Giulia Gam, que está a anos
com o caso na justiça (durante período da reportagem). A Guarda
compartilhada se torna negativa no caso da adaptação em que o criança
passará a residir em dois endereços, e se no dia do pai, pretender a presença
da mãe ou vice versa, estão em outro lar, porém há aspectos mais positivos
que negativos, quando se trata do vínculo de afetividade, amor,
companheirismo e apoio que uma criança necessita não cessa, e não pode ser
medida apenas em quantidade monetária. E por guarda compartilhada não
entendo somente aquela onde a criança tem que morar cada dia com um dos
pais. Ela pode ser dessa forma, mas igualmente pode ser aquela em que a
criança reside com um dos pais, mas o outro participa ativamente da vida da
criança: reunião escolar, vida social, acompanhamento de saúde, momentos de
lazer. Porque a criança não entende que o afeto só pode ocorrer aos finais de
semana a cada 15 dias, ou ainda a um dia da semana, ou a um breve
telefonema. Afeto, cuidado e atenção não tem hora e data marcada, eles
precisam estar ali sempre, as crianças precisam que os pais lhes disponham
amor a todo momento.
Assim, independente de acordos jurídicos, cabem aos pais que forneça
amor, carinho e compreensão a criança, que sofrem muitos transtornos por
causa de desafetos dos adultos.

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