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Adoção,
maus-tratos,
abuso sexual e
Atuação do psicólogo
Conceitos de Adoção:
A adoção ocorre entre duas partes muito diferentes, que se unem por laços de
sofrimento: de um lado, uma criança rejeitada e abandonada pelos pais (ou mãe), que
tem um auto-conceito deteriorado e que vê, em sua fantasia, a imagem de uma família
substituta hostil e ameaçadora; de outro lado, a família que, diante da impossibilidade
de gerar seus próprios filhos, sente-se fracassada, diminuída e incapaz.
A investigação psicológica, neste caso, pode evitar grande parte dos problemas, ao
buscar compreender a linguagem inconsciente de cada uma das pessoas envolvidas e
sua disponibilidade interna para estabelecerem uma comunicação.
O Novo Código Civil dispõe que somente as pessoas maiores de 18 anos podem
adotar, sozinhas ou conjuntamente (casal) e sempre que haja uma diferença etária de
16 anos entre o adotante e o adotado.
Pode ser ainda que o casal já tenha filhos biológicos ou adotivos; a entrada de um
novo integrante muda a dinâmica de toda a família, devendo o psicólogo envolver
todos, até mesmo porque filhos biológicos podem ter fantasias de que são também
adotados.
É comum que os pais adotivos tenham fantasias que a qualquer momento os pais
biológicos possam retornar para buscar a criança, o que cria uma insegurança. Muitas
vezes, eles não contam às crianças que são adotadas, por medo de perdê-las.
Neste estágio podem surgir comportamentos regressivos, como uso de chupeta, fala
infantilizada, enurese noturna, comportamentos inadequados como forma de testar o
casal. Por isso, é necessário acompanhamento psicológico, a fim de detectar a
presença destes comportamentos e a leitura da dinâmica familiar envolvida no
processo.
A adoção é sempre uma situação complexa, pois sua essência consiste em criar um
processo segundo o qual se realiza a transição de uma criança da família biológica à
família adotiva. Neste processo estão presentes variáveis importantes para o
desenvolvimento psicológico e social da criança, como foram vividas e refletidas, tais
como abandono, ruptura, institucionalização, etc.
É preciso,ainda, lembrar que “antes de uma história de adoção existe uma história de
abandono”. A situação de abandono das famílias originárias, o desamparo e o
grande sofrimento físico e psíquico das crianças e adolescentes, o motivo das
adoções, as características da família adotiva, seus anseios, medos, dificuldades e
vulnerabilidade são aspectos que precisam ser trabalhados antes e durante o
processo.
O ECA não traz qualquer restrição, o que ocorre porém, é que o preconceito acaba
prevalecendo sobre o “bem” da adoção,e com isso muitas crianças ficam privadas de
ter lar, carinho, afeto, atenção, educação. Não é o fato de os pais pertencerem ao
mesmo sexo que dificulta a identidade sexual da criança.
O papel do Psicólogo:
É necessário que a criança entenda que a homossexualidade é uma escolha daqueles
adultos que vão assumir os papéis parentais, para que tenha uma explicação lógica
(Dolto, 1989). Mais importante que a orientação sexual dos pais adotivos, o aspecto
principal é a habilidade dos pais em proporcionar para a criança um ambiente afetivo,
educativo e estável.
Adoção Internacional:
Guarda e Tutela
Tutela:
Pode ser conceituada como o poder conferido a uma pessoa capaz, para reger a
pessoa de um incapaz e administrar os seus bens. O tutor substitui os pais na sua falta,
com o objetivo de proteger o menor até que ele se torne capaz de manter-se sozinho.
Família substituta
É aquela que se propõe a trazer para o convívio doméstico uma criança ou adolescente
que, por qualquer circunstância, foi desprovida da família de origem, acolhendo-a
como se fosse um membro seu, dispensando-lhes os cuidados materiais e afetivos de
que necessita.
Eca: Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio
da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes.
Poder familiar:
O art. 229 – CF/88 preceitua a existência do poder familiar, cabendo aos pais se
autodeterminarem quanto à assistência, criação e educação dos filhos. O poder
familiar é exercido por ambos os pais, em igualdade de condições, estejam ou não
casados, morem ou não sob o mesmo teto.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela
mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito
de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a
solução da divergência.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
Embora os pais tenham determinação para decidir o modo de assistir, criar e educar os
filhos, é preciso observar regras sociais, cabendo à justiça dirimir eventuais conflitos e
divergências de interesses referentes à família.
Abrigamento e Desabrigamento:
Os genitores podem solicitá-lo ou para ficarem livres deles por algum tempo;
Ou por falta de condições para cuidar (mães que pretendem abandonar seus filhos
recém-nascidos em uma instituição porque não tem como sustentá-lo)
Ou por determinação da justiça em situações de risco para a criança ou adolescente.
Vitimização:
Qualquer tipo de violência praticada contra a criança: física, sexual e/ou psicológica.
Nesse caso, o agressor libera toda a sua força ao dar “apenas” um tapa na criança, mas não
consegue se controlar e acaba praticando agressões mais violentas, chegando mesmo a causar
seqüelas irreversíveis ou até matá-la.
Ato violento
causa dano;
é intencional;
Pais que tentam impedir o tratamento médico do filho, por questões religiosas:
INTERDIÇÃO
Estabelece-se uma posição semelhante a de menor idade civil, por meio da tutela ou
da curatela, instaura-se graves prejuízos ao desempenho social dos atingidos,
fragilizando-os sobremaneira e colocando-os à mercê de injunções em suas vidas
privadas, sobre as quais estes não têm o menor controle.
Esta situação judicial apresenta-se como a mais freqüente nas perícias psiquiátricas,
que incidem freqüentemente na incapacidade total e definitiva, a qual se configura
pela perda da autodeterminação da pessoa.
A necessidade da perícia psiquiátrica nos casos de ações para uma possível interdição
apresenta-se hoje freqüente na realidade brasileira. Este fato solicita deste
profissional, cada vez mais, uma especificidade para diagnóstico diferencial, cuja
conduta seja adequada a cada caso.
Conclusão...
Referências
http://www.coladaweb.com/direito/aplicacao-da-psicologia-nas-questoes-judiciais
acesso em 12/02/2012.