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Histórico da Psicologia Jurídica

Psicologia Jurídica

“Consiste na discussão de questões legais, éticas e práticas oriundas da atuação dos


legisladores e psicólogos que trabalham nos foros e tribunais de justiça. Busca conciliar a
objetividade do direito com a subjetividade da psicologia”. (SILVA, 2012)

Psicologia e Direito

Primeira aproximação entre Psicologia e Direito

Século XIX - “Psicologia do Testemunho”.

Objetivo: verificar a fidedignidade do relato do sujeito envolvido em um processo jurídico, e


servir como subsídios às decisões jurídicas.

Prática profissional decorrente da época

Realização de perícia

Exame criminológico e

Parecer psicológico

Profissionais psicólogos se especializaram em técnicas de Exame.

1980 - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): Pós regime militar

Criou uma área dentro da especialização em psicologia clínica, denominada “Psicodiagnóstico


para fins Jurídicos”.

Em 1986 passou por reformulação, tornando-se independente do departamento de clínica,


ficando ligado ao departamento de Psicologia Social.

Construir novas referências teóricas para um trabalho que na sua rotina cotidiana pode ser
muito intervencionista na vida dos sujeitos é um desafio onde a ética profissional se impõe.

O que norteia esta formação é, hoje, um dos indicadores dispostos no código de ética
profissional dos psicólogos. Artigo 4, parágrafo 1º.

“ O psicólogo atuará na instituição de forma a promover ações para que esta possa se tornar
um lugar de crescimento dos indivíduos, mantendo uma posição crítica que garanta o
desenvolvimento da instituição e da sociedade”.

Discussões importantes sobre a cidadania e direitos humanos impulsionaram a votação do


nova Constituição brasileira.

Estatuto da Criança e do Adolescente

1990 – Promulgação da nova lei.

Princípios do ECA – considera todas as crianças e jovens do Brasil: “SUJEITOS DE DIREITO”

Inovações do ECA
As mudanças de paradigma do ECA promoveram uma responsabilização do Estado, da
sociedade, dos estabelecimentos de atendimento e dos pais para com as crianças e
adolescentes.

Artigo 227 da Constituição

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com


absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.”

O ECA e a ampliação da prática do profissional psicólogo

Promoveu mudanças na prática profissional do psicólogo no âmbito da Justiça na Vara da


Infância e Juventude, na Vara de Família e junto ao Sistema Penal.

A atuação do psicólogo passa a ser, também, de informar, apoiar, acompanhar e dar


orientação.

A psicologia jurídica apresenta paradigmas mais compreensivos do conflito social, humaniza o


exercício do direito e garante aplicação da lei.

Referências Bibliográficas:

ALTOÉ, Sonia. Atualidade da Psicologia Jurídica.

www.uol.com.br/cultvox/revist/psicobrasil-iipsicologia_juridica.pdf

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicólogo Brasileiro: práticas emergentes e desafios para


formação. 2ª Ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.

MIRANDA JÚNIOR, Hélio C. Um psicólogo no Tribunal de Família: a prática na interface Direito


e Psicanálise. Belo Horizonte: ArteSã, 2010.

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