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Contribuições da Psicologia na Proteção de Crianças e

Adolescentes Contra Violência Sexual no Brasil

1. Contexto Brasileiro e Diretrizes Atuais: O texto inicia destacando a importância


de compreender as diretrizes vigentes no Brasil sobre a proteção de crianças e
adolescentes contra violência sexual. Há um esforço para conectar políticas
públicas e a atuação de psicólogos, visando uma Psicologia alinhada às
necessidades da população brasileira.
2. Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP): O CEPP orienta os
psicólogos em sua relação com a sociedade, profissão, entidades profissionais e
ciência, baseando-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ele enfatiza
a responsabilidade social dos psicólogos e a necessidade de considerar as relações
de poder nos contextos de atuação, visando a eliminação de todas as formas de
violência.
3. Crítica à Lei nº 13.431/2017: A Nota Técnica CFP n. 001/2018 analisa
criticamente esta lei, que é a norma legal mais recente relacionada à violência
contra crianças e adolescentes no Brasil. Destaca-se a falta de debates públicos
durante sua tramitação e a preocupação com a dissociação criada com o sistema
de garantia de direitos já existente.
4. Limitações da Lei: A lei é criticada por não definir estratégias de prevenção e
articulação de políticas públicas, limitando-se a duas ações: Depoimento Especial
e Escuta Especializada. Isso restringe o foco apenas às crianças e adolescentes que
já sofreram violência, negligenciando a prevenção.
5. Necessidade de Ações Amplas de Prevenção: O texto argumenta que a proteção
de crianças e adolescentes deve ir além das ações pós-violência, incluindo
prevenção, apoio às famílias e pares, estrutura adequada e formação continuada
para profissionais, além de investimento e atualização constantes em políticas
públicas.
6. Papel da Psicologia: A Psicologia é vista como fundamental em todos esses
cenários, oferecendo diversas abordagens teóricas e práticas de avaliação e
intervenção. Sua presença em diferentes políticas públicas, como Saúde,
Assistência Social, Educação, Segurança Pública e Sistema de Justiça, é crucial
para lidar com a variedade de demandas e contextos.
Como a Psicologia deve atuar nesses casos

Atuação da Psicologia em Políticas Públicas:

 Este ponto aborda a importância da participação do psicólogo nas políticas


públicas. Isso implica não apenas aplicar conhecimentos teóricos e
metodológicos, mas também entender e responder de forma crítica às
necessidades específicas da comunidade ou grupo atendido.
 O psicólogo deve estar ciente de como suas intervenções podem afetar a sociedade
e trabalhar de maneira a promover o bem-estar coletivo.

História da Psicologia no Brasil:

 Aqui, o texto destaca como, historicamente, a Psicologia no Brasil esteve alinhada


aos interesses das elites, focando em controlar e categorizar a população.
 Isso sugere uma reflexão sobre como as teorias psicológicas podem ser moldadas
por contextos sociais e políticos, e como isso pode influenciar a prática
profissional.

Mudança de Perspectiva na Psicologia:

 Este ponto indica uma evolução na Psicologia, que passa a se afastar de uma
abordagem normalizadora e higienista para adotar uma postura mais
comprometida com os direitos humanos.
 Isso reflete uma mudança de foco, de uma visão centrada na adaptação do
indivíduo para uma que considera a diversidade e a inclusão.

Direitos Humanos e Constitucionais:

 O texto sugere a necessidade de diferenciar entre direitos humanos (que são


universais e inerentes a todas as pessoas) e direitos constitucionais (que são
garantidos e protegidos por leis específicas de um país).
 Essa distinção é importante para entender como a Psicologia pode contribuir para
a promoção dos direitos humanos de forma mais ampla.
Psicologia e Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes:

 O texto aborda a complexidade da atuação do psicólogo em casos de violência


sexual contra crianças e adolescentes.
 Destaca-se a importância da escolha consciente de referenciais teóricos e a
influência de fatores pessoais e contextuais do profissional na tomada de decisão,
ressaltando a necessidade de uma abordagem cuidadosa e ética.

Interdisciplinaridade e Recursos:

 Aqui, enfatiza-se a necessidade de colaboração entre diferentes áreas (saúde,


educação, justiça, assistência social) e a importância de recursos adequados
(humanos, técnicos, estruturais) para lidar efetivamente com casos de violência
sexual, especialmente em relação a crianças e adolescentes.

Psicologia e Sistema de Justiça:

 O texto discute o papel da Psicologia no sistema de justiça, especialmente em


avaliações psicológicas que podem influenciar decisões judiciais.
 Ressalta-se a importância de uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências
para evitar conclusões precipitadas ou infundadas.

Postura Crítica e Ética Profissional:

 Por fim, o texto chama atenção para a necessidade de os psicólogos adotarem uma
postura crítica em relação às relações de poder na sociedade e manterem um
compromisso ético com o bem-estar social.
 Isso implica em reconhecer e questionar as próprias práticas e teorias, buscando
sempre a promoção dos direitos e da dignidade humana.
Sob o olhar da proteção: A (re)invenção da escuta

1. Conceito de Escuta na Psicologia e Outros Contextos:

 O termo "escuta" é utilizado em diversos contextos, como científico, profissional


e midiático, levando a diferentes interpretações.
 Na Psicologia, a escuta é essencial, envolvendo habilidades técnicas e a
disposição de ouvir atentamente.

2. Escuta na Política Nacional de Humanização do SUS:

 Segundo a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS,


escutar envolve acolher relatos dos usuários, mesmo que não pareçam relevantes
para diagnóstico e tratamento.

3. Evolução da Escuta na História da Psicologia:

 Historicamente, a escuta tornou-se parte das técnicas de abordagem para pessoas


com sofrimento mental no final do século XIX.
 Escutar não é apenas ouvir, mas também envolve habilidades profissionais.

4. A Importância da Escuta para Crianças e Adolescentes:

 Silva e Vianna destacam a importância de uma escuta desejante para permitir que
crianças e adolescentes formulem suas próprias demandas.
 A escuta especializada é crucial para crianças e adolescentes vítimas ou
testemunhas de violência sexual.

5. Princípios da Convenção sobre os Direitos da Criança:

 Quatro princípios principais: não discriminação, melhor interesse da criança,


direito à sobrevivência e desenvolvimento, e respeito à opinião da criança.
 Estes princípios orientam a proteção integral contra a violência sexual.
6. Proteção Integral e Autonomia:

 A lógica da Proteção Integral reconhece crianças como sujeitos de direitos e em


desenvolvimento.
 Existe uma tensão entre proteger a criança e respeitar sua autonomia.

7. Papel da Psicologia no Enfrentamento da Violência Sexual:

 A Psicologia deve conhecer e aplicar métodos e técnicas eficazes para prevenção,


proteção e atendimento no contexto da violência sexual.
 O compromisso ético-político da Psicologia é fundamental na busca por
transformação social.

8. A Visão de Nazir Hamad sobre Proteção Infantil:

 Hamad discute a dependência das crianças e a necessidade de um sistema de


proteção que inclui família, assistência social, médica e escolar.

9. Contribuição da Psicologia no Enfrentamento da Violência Sexual:

 A Psicologia atua antes, durante e após casos de violência sexual, estudando


fenômenos relacionados e colaborando com outras áreas de conhecimento.

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