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doi.org/10.51891/rease.v9i5.9614
Clara Nogueira1
Eric Maceio dos Anjos2
Gabriela Lauzid Kleinlein Lins3
Luara Maylla da Silva Corrêa4
Suellem Medeiros da Silva5
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo destacar a abrangência da Psicologia Jurídica, oferecendo
um rol exemplificativo de suas diversas áreas de aplicação. Será discutida a relevância da interseção
entre a Psicologia e o campo jurídico, destacando como a Psicologia pode contribuir em diferentes
contextos. Serão abordadas as áreas da criminologia, avaliação, aconselhamento, vitimologia, mediação
e conciliação. A abordagem será qualitativa, utilizando a técnica de pesquisa bibliográfica com análise
histórica, bem como a revisão da literatura acadêmica para explorar a ciência psicológica no contexto
jurídico. Serão analisadas temáticas referentes ao comportamento criminal, a perícia em casos de
guarda, o aconselhamento de vítimas de crimes, a avaliação de risco de reincidência, e a mediação e
conciliação judicial. Serão utilizados os conceitos de renomados doutrinadores como Caio Corrêa
Magalhães, Fátima França e Beatriz Bueno, assim como a sabedoria de Maria Amélia Azevedo e
Manoel Antônio dos Santos. O objetivo final é demonstrar a aplicabilidade multifacetada da Psicologia 777
Jurídica.
ABSTRACT: The present article aims to highlight the scope of Forensic Psychology, providing an
illustrative list of its diverse areas of application. The relevance of the intersection between Psychology
and the legal field will be discussed, emphasizing how Psychology can contribute in various contexts.
The areas of criminology, assessment, counseling, victimology, mediation, and conciliation will be
addressed. The approach will be qualitative, utilizing bibliographic research with historical analysis,
as well as a review of academic literature to explore the scientific aspects of psychology in the legal
context. The analysis will encompass criminal behavior, custody evaluations, counseling of crime
victims, risk assessment for recidivism, and judicial mediation and conciliation. The concepts of
renowned legal scholars such as Caio Corrêa Magalhães, Fátima França and Beatriz Bueno, as well as
the expertise of Maria Amélia Azevedo e Manoel Antônio dos Santos, will be employed. The ultimate
objective is to demonstrate the multifaceted applicability of Forensic Psychology.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC MINAS. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Fibra.
4 Discente do curso de Psicologia no Centro Universitário Fibra. Licenciada Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado
do Pará. Pós-graduanda em Psicopedagogia com ênfase em Análise do Comportamento pelo CBI Miami.
5 Discente do curso de Psicologia no Centro Universitário Fibra.
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.9.n.05. mai. 2023.
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1.INTRODUÇÃO
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo abordar sobre a importância desta
área de conhecimento, a qual busca aplicar os conceitos e teorias psicológicas em questões
jurídicas e judiciais, além de auxiliar no desenvolvimento de estratégiaspara a solução de
conflitos e na promoção da justiça. Diante disso, tratar-se-á, em rol exemplificativo, das
diversas aplicações desta ciência.
Sendo assim, visa-se discorrer a respeito de sua operação nos campos do
comportamento criminal, da perícia em casos de guarda, do aconselhamento de vítimas de
crimes, da avaliação de risco de reincidência, e da mediação e conciliaçãojudicial.
Em breve discussão das presentes temáticas, consideramos que ao longo dos anos, a
psicologia jurídica tem se mostrado cada vez mais relevante e necessária parao sistema de
justiça. Isso se deve, em grande parte, à crescente complexidade dos casos judiciais e à
compreensão de que aspectos psicológicos podem desempenhar um papel significativo na
tomada de decisões judiciais.
Diante do exposto, este estudo encontra sua justificativa na importância socialda
psicologia jurídica, uma vez que compreender estes aspectos psicológicos podem ajudar a 778
tomar decisões mais informadas e justas pelos juízes dos casos, evitando decisões
precipitadas e injustas que podem afetar negativamente a vida das pessoasenvolvidas.
Dessa forma, este artigo busca contribuir para a compreensão do papel da psicologia
jurídica no sistema de justiça e para o reconhecimento de sua importância para a tomada de
decisões justas em casos judiciais.
6 MAGALHÃES, Caio Corrêa. A Psicologia Jurídica no Brasil e seus Ramos de Atuação. Revista Rumos da
Pesquisa em Ciências Empresariais, Ciências do Estado e Tecnologia, Cadernos Jurídicos, v. 64, s.d.
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Psicologia Jurídica e o Direito de Família, que envolve casos de separação, disputa de guarda.
Dentre suas diversas utilidades, traremos um sucinto rol exemplificativo para o estudo de sua
aplicabilidade prática, composto por: análise de comportamentocriminal, perícia em casos de
guarda, aconselhamento as vítimas de crime, avaliaçãode risco em caso de reincidência, e
conciliação e mediação judicial.
7 O presente parágrafo incita à reflexão a partir do seguinte excerto do livro "Vigiar e Punir" deautoria de Michel Foucault:
"A sociedade cria os marginais, e a prisão os aprisiona.".
8Foi um filósofo, historiador das ideias, teórico social, filólogo, crítico literário e professor dacátedra História dos Sistemas
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Jorge Trindade11
[...] o ponto de vista psicológico, a personalidade é um conjunto biopsicossocial
dinâmico que possibilita a adaptação do homem consigo mesmo e com o meio,
numa equação de fatores hereditários e vivenciais. Como se pode notar, a
personalidade está fundada numa construção, e não num grupo de características
estanques e adquiridas pelo nascimento. (TRINDADE, Jorge. Manual da
psicologia jurídica para operadores de direito.). (grifo nosso).
11Jorge Trindade é um psicólogo conhecido principalmente na área da psicologia clínica e jurídica. Atualmente atua na qualidade
de parecerista em matéria de psicologia forense. É professor livre-docente em psicologia jurídica pela Universidade Luterana
do Brasil e Procurador de Justiça aposentado.
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[...] o parecer psicológico é apenas mais uma informação entre as muitas que
compõem o processo, cabendo ao juiz, a partir da avaliação de todos os dados
disponíveis na peça processual e do disposto no sistema de leis que regem a
sociedade, julgar. (Conselho Federal de Psicologia, 2010, p.40).
Além disso, o psicólogo pode fornecer orientação a estes responsáveis e aos menores
durante o processo de guarda. Eles podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, que são
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13Institucionalizado no atual Código de Processo Civil a partir da lei 13.105/15, conforme o artigo 3º, nos seguintes
parágrafos: § 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução
consensual dos conflitos. § 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive
no curso do processo judicial.
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METODOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
Brasil. Lei n° 10.406/02, de 11 de setembro de 2002. Código civil. São Paulo: Saraiva.2003
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maio de 2023.
TRINDADE, Jorge. Manual da Psicologia Jurídica para Operadores de Direito. 6ªed. rev.
atual, e ampl. - Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012. Disponível em:
https://www.academia.edu/39250308/Manual_de_Psicologia_Jur%C3%ADdica_PAR
A_OPERADORES_DO_DIREITO. Acesso em 24 de abril de 2023.
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