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A psicologia, suas implicações no

direito e a importância das duas


áreas trabalhando em conjunto.
TEBALDI, Eduardo1.

Publicado por Eduardo Tebaldi há 8 anos

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RESUMO

A importância da interdisciplinaridade nos estudos torna-se cada vez


mais necessária. Quando é feito um estudo, uma pesquisa ou até um
julgamento utilizando as informações e ferramentas de várias áreas
em conjunto, com certeza o resultado será muito mais complexo e sa-
tisfatório. A psicologia ajuda a interpretar e compreender determina-
das atitudes baseadas no emocional do indivíduo, facilitando assim a
vida do julgador. Com base nas informações e nos resultados obtidos
pela psicologia, o Direito pode julgar os casos não somente se basean-
do na lei escrita, mas sim com os fatos reais do acontecimento e o que
levou a este fato. Tanto uma como a outra matéria estão interligadas.
Com este estudo, é possível demonstrar como o Direito não funciona
de forma individual, ele necessita não somente da psicologia, mas
:
também de outras matérias
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rio e justo. Também serve para demonstrar que é praticamente im-
possível se trabalhar isolado, somente em uma área, sem buscar in-
formações em outro âmbito de estudo.

Palavras-chaves: Psicologia. Direito. Interdisciplinaridade.

ABSTRACT

The importance of interdisciplinary studies becomes increasingly ne-


cessary. When you do a study, a survey or even a trial using the infor-
mation and tools various areas together, surely the result will be
much more complex and satisfying. Psychology helps to interpret and
understand certain emotional attitudes based on the individual, thus
facilitating the life of the judge. Based on the information and results
obtained by psychology, the law can rule on cases not only based on
written law, but with the actual facts of the event and what led to this
fact. Either one or the other matters are interlinked. With this study,
it is possible to demonstrate how the law doesn’t not work individu-
ally, it needs not only of psychology, but also of other materials to be
made a satisfactory and fair labor. It also serves to demonstrate that
it is virtually impossible to work in isolation, only in an area without
seeking information on another area of study.

Keywords: Psychology. Law. Interdisciplinarity.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo busca apresentar como a psicologia é de grande importân-


:
cia para o Direito, quando unindo os dispositivos e os estudos das
duas áreas, ambos se completam.

A relação entre Direito e Psicologia não é atual, desde os primórdios


eles vem se relacionando e aprimorando as ferramentas individuais
que quando juntos acabam por beneficiar as duas áreas. Contudo nas
épocas passadas não se tinha tal distinção como hoje, por isso havia a
impressão que este campo de estudo não atuava consideravelmente.

A psicologia pode influenciar e beneficiar o Direito em muitas áreas,


pois estuda a personalidade do indivíduo na tentativa de explicar seus
atos e assim poderá ser usada no Direito para a explicação e julga-
mento de criminosos, como por exemplo, assassinos. Dentre várias
áreas incorporadas à Psicologia, uma que mais vai ser utilizada pelo
Direito é a psicologia jurídica.

Está área está presente tanto na esfera na Justiça, nos julgamentos,


nos tribunais, nas instituições prisionais como também na investiga-
ção e apresentação de laudos. Também se pode notar a grande abran-
gência da psicologia jurídica, pois suas ferramentas podem ser de-
mandadas em situações de grande importância e relevância, como em
casos de adoção, declaração de inimputabilidade e processos
trabalhistas.

Para comprovar que psicologia e Direito estão ligados, será apresen-


tada uma jurisprudência, assim, evidenciando a necessidade e a im-
portância da psicologia jurídica em um julgamento, por exemplo.
Dentro dessa corrente de pensamento, busca-se demonstrar que para
entender completamente e claramente algumas situações dentro do
Direito é preciso buscar auxilio em outras esferas. Quando não se en-
:
contra uma solução lógica e racional para um caso, por exemplo, essa
procura vai se tornar importante, mostrando que todas as áreas estão
interligadas de alguma forma e que quando unidas irão levar o resul-
tado real.

Esse estudo utilizou o método indutivo e dedutivo e é dirigido para os


indivíduos que mantém a corrente de pensamento de que cada área é
distinta e uma não deve interferir na outra. Estas alianças são e estão
se tornando cada vez mais necessárias, pois como os casos e assuntos
cada vez mais se tornam globais e amplos, se faz necessária a análise
em vista de mais de uma área e de modo mais abrangente.

2 A PSICOLOGIA E SUAS IMPLICAÇÕES NO DIREITO:

A estreita relação entre Direito e Psicologia não é recente, no século


XIX, na França, médicos já eram designados para elucidar mistérios
que certos crimes apresentavam. Eram aqueles crimes que não se ti-
nha de forma aparente uma justificativa, ou seja, sem razão aparente,
ou ações que não se encaixavam nos quadros de loucura da época.
(CARRARA, 1998, p.70).

Apesar do Direito e da Psicologia serem consideradas áreas distintas,


elas acabam se completando. A psicologia jurídica é uma das áreas de
grande relevância para os operadores do Direito. (MARQUES; OLI-
VEIRA, 2014).

Esta área do conhecimento que estuda o comportamento humano


vem, através de seus aparatos, buscar compreender os aspectos e ele-
mentos emocionais de certo indivíduo, que pode ser, por exemplo,
:
um assassino, um estuprador e através desse estudo encontrar uma
saída que atenda as necessidades que diz respeito a esse criminoso.
Nesse mesmo momento o Direito pode usar essas informações para
julgar esse indivíduo, agora fazendo uso das suas ferramentas
jurídicas.

Conforme Jesus (2001) a relação da Psicologia e do Direito se mostra


como uma forma de complementar o compromisso social e comunitá-
rio, assim, a Psicologia compreende e explica o comportamento hu-
mano e o Direito procura estar atento a formação de normas para o
convívio comum dos indivíduos conforme as regras e normas de
conduta.

A presença de um estudo psicológico jurídico em um julgamento fará


com que esta decisão não seja tomada baseando-se apenas em códi-
gos, na lei escrita. Será feito de forma muito mais abrangente, poden-
do-se assim entender o contexto em que o fato está inserido. A atua-
ção de psicólogos no sistema prisional também fará com que as cadei-
as e os presídios funcionem com a finalidade que é a eles destinado,
possibilitando a nova inserção do indivíduo na sociedade. Da mesma
forma será feito um trabalho com os funcionários, treinando-os para
que os mesmos possam aplicar as políticas da instituição penal.

A LEP (Lei de Execução Penal) que dispõe sobre a vida carcerária,


suas garantias, segurança e disciplina, em seu artigo primeiro diz que
“a Execução Penal tem por objetivo efetivar as disposições de senten-
ça ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica
integração social do condenado e do internado”.

Portanto, o Estado como detentor do poder de punir, deve também


:
oferecer as condições e os tratamentos, se necessário, para que as
pessoas possam se ressocializar e seguir uma vida digna e honesta.

A Psicologia Jurídica atua, então, sobretudo, em dois momentos: na


identificação do perfil psicológico do acusado e definição se é neces-
sário ou não um acompanhamento psicossocial (aplicação de Medida
de Segurança) e, posteriormente, no acompanhamento do interno em
sua recuperação psicológica e reeducação, contexto no qual podemos
destacar a chamada Psicologia Penitenciária. (OLIVEIRA, 2011)

Os psicólogos e estudiosos do ramo também poderão se especializar e


buscar a extensão de estudos como forma de aprimorar ou criar no-
vos mecanismos de investigação psicológica.

As principais áreas de atuação dos psicólogos jurídicos, conforme


Lago (LAGO, Vivian de Medeiros [ET AL], 2009) remetem a área de
Direito da Família, Direito da Criança e do Adolescente, Direito Civil,
Direito Penal e Direito do Trabalho.

Na área de Direito de família, o profissional atuará em disputas de


guarda e divórcio; No Direito da criança e do adolescente, em ações
que necessitam da aplicação de medidas socioeducativas aos adoles-
centes e processos de adoção; No Direito civil, quando se faz necessá-
ria a atuação de psicólogos em processos de indenização em resultado
de danos psíquicos e interdição judicial.

Por sua vez, no Direito penal, onde os psicólogos atuarão como peri-
tos para a análise de periculosidade ou sanidade mental das partes
em julgamento e no Direito de trabalho, atuando na produção de pe-
:
rícias referentes à processos trabalhistas.

O psicólogo jurídico será encarregado de produzir relatórios e parece-


res, sendo possível até a sua opinião sobre a solução do assunto em
questão, contudo, lembrando-se que está opinião não pode ser con-
fundida com a decisão judicial. Referente à sua atuação ele pode ser
consultado pelas partes de um processo, pelos advogados em seus
atendimentos e também deve responder as consultas dos juristas.

Segundo Pontes de Miranda (MIRANDA, 2005, p. 102-105), as leis


que são formadas, de alguma forma são influenciadas por fatos da so-
ciedade, tendências que a sociedade segue e fenômenos sociais. Estes
costumes passam da psicologia, para a sociologia e então para o Di-
reito, formando os costumes jurídicos.

Assim, as normas que o ordenamento jurídico possui hoje, foram in-


fluenciadas pela própria sociedade, pelos seus costumes e ações, ou
seja, por cada processo psicológico de cada pessoa que de alguma for-
ma influenciou um pensamento.

A psicologia também se remete à proteção da sociedade e à defesa dos


direitos do cidadão, através da perspectiva psicológica. Há também
situação de conflitos e contradições, estas, porém não são um grande
problema para o uso das duas ciências conjuntamente.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia, ela também estará presen-


te no planejamento e na execução de políticas de cidadania, direitos
humanos e de prevenção da violência. Nesta última, atuando através
de pesquisas e programas sócio-educativos e de prevenção, atenden-
:
do as necessidades de jovens ou adolescentes em risco adaptando ins-
trumentos de investigação psicológica ou criando novos.

A presença do profissional da psicologia é fundamental no decorrer


de trâmites legais, tanto na atuação junto às partes envolvidas quanto
em relação ao auxílio ao corpo jurídico, como na elaboração de avali-
ações psicológicas determinadas pelos juízes. No entanto, a Psicolo-
gia Jurídica é uma área relativamente recente no Brasil, de modo que
muitos profissionais que trabalham nesse setor não receberam for-
mação específica durante a graduação, e só vão se deparar com as
contradições e conflitos entre Psicologia e Direito apenas durante a
atuação prática. (SOUZA, 2014)

A psicologia para o Direito é de tão grande importância que pode in-


fluenciar e muito a decisão de uma causa. São os casos de declaração
de inimputabilidade. Através do art. 26 e seu parágrafo único do Có-
digo Penal (BRASIL, 1940), que dispõe:

Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desen-
volvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágra-
fo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,
em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento
mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de en-
tender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.

Atendendo o exposto no caput e no parágrafo único deste artigo, o


acusado que for declarado com doença mental ou desenvolvimento
:
mental incompleto ou retardado está a salvo de aplicação de pena ou
pode ter a pena reduzida. A partir desta ordem pode-se inferir o quão
importante é a capacitação de alta qualidade dos peritos que farão
esta análise do agente sendo julgado. Até porque se fizerem esta perí-
cia de forma simples e não aprofundada poderão estar reduzindo a
pena de um indivíduo de alta periculosidade.

Mesmo parecendo que esses indivíduos considerados inimputáveis


não serão submetidos ao crivo da lei, há sim uma medida aplicável
aos mesmos. É a medida de segurança, disposta no Art. 98 do Código
Penal (BRASIL, 1940).

Art. 98. Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e ne-


cessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena pri-
vativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou trata-
mento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos
termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º e 4º.

A Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e


os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireci-
ona o modelo assistencial em saúde mental, em seu artigo sexto diz:
“Art. 6oA internação psiquiátrica somente será realizada mediante
laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.”

Nota-se, mais uma vez, a necessidade da Psicologia para o Direito.


Essa indispensabilidade do trabalho conjunto entre várias matérias
pode ser notada ainda nos outros artigos que seguem:

Art. 4o - § 2oO tratamento em regime de internação será estruturado


:
de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de trans-
tornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psi-
cológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. Art. 8oA internação volun-
tária ou involuntária somente será autorizada por médico devida-
mente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Esta-
do onde se localize o estabelecimento.

Através das Jurisprudências pode-se perceber o quanto a Psicologia


Jurídica e o Direito estão concatenados. Como exemplo pode ser cita-
do a Jurisprudência número 879902-2 (Acórdão), do Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná, relator Carvilio da Silveira Filho de
07/02/2013 15:53:00, que trata de um agravo à decisão do Meritíssi-
mo Juiz de Direito da 1ª Vara de Execuções Penais da Comarca de
Maringá/PR que indeferiu o pedido de progressão ao regime semia-
berto ao sentenciado. Através do Laudo Psiquiátrico é que se chegou
à conclusão de que o mesmo não estava apto ao convívio social.

É cediço que a Psicologia Forense ou a Psicologia Jurídica atuando


em conjunto com o Direito, buscam esclarecer e identificar os fatos e
delitos, bem como, realizar uma avaliação do perfil psicológico e da
personalidade do agente que comete o crime. A avaliação psicológica
é um instrumento fundamental que pode embasar o Juiz nas ques-
tões que envolvem o contexto vivencial do agressor e da vítima. (FI-
LHO, 2013)

Agora dirigindo o estudo para outra área da psicologia, sendo de


abundante importância tanto para a própria área como também para
o Direito, principalmente na esfera criminal, a psicanálise. A psicaná-
lise é a área que estuda a maior parte da mente humana, o inconsci-
ente, lá estão localizados os traumas de infância ou experiências trau-
:
máticas que acarretam as pulsões e as atitudes que o indivíduo toma
no presente momento.

Para a esfera criminal, a psicanálise contribuiu de modo significativo


ao revelar o inconsciente como causa dilatada e mais poderosa da
vida psíquica. Revelou que o psicológico humano é formado pela for-
ça dos instintos, pelas experiências pretéritas traumatizantes da for-
mação da personalidade do ser. E o único modo de estudo desses
fenômenos, é através da psicanálise. (HERZMANN, 2014).

Segundo Sigmund Freud (HERZMANN, 2014) criador da psicanálise,


o instinto ilícito de um indivíduo não é da natureza dele, ele não nas-
ce com essa vontade nele, ela é exterior ao mesmo e vai depender das
experiências do sujeito.

Toda a estruturação da personalidade do indivíduo que realizará um


comportamento ilícito não justificável tem relação com esfera social
em que ele se desenvolveu, como foi a sua educação, sua relação com
os pais, a estrutura econômica em que vivia, se sofreu abusos. Esse
conjunto de situações é que vai ser responsável pelas frustrações
quando adulto e que poderão se tornar pulsões e vontades negativas.

Importante é ressaltar que não são todas as pessoas que sofreram


com dificuldades na infância, como as citadas acima, ou outras, que
vão se tornar indivíduos com uma conduta criminosa, não se pode ge-
neralizar. Até porque a conduta de crime leva em consideração desde
os fatores externos, o próprio inconsciente do indivíduo, que para
cada ser humano se forma diferentemente e ainda a formação da
personalidade.
:
Relacionando a formação da personalidade com o comportamento
ilícito, pode-se concluir que a formação dos novos indivíduos depen-
de e muito do que o cerca, sendo que esta influência acontece na in-
fância e na adolescência, o Direito pode e deve proteger essa camada
da sociedade com suas ferramentas para que esses seres humanos
possam crescer de uma forma saudável e sadia.

Não somente o Direito como todas as outras matérias possuem a ten-


dência de se isolar nos estudos. Contudo como a solicitação é de alar-
gar os estudos, cada vez mais se fará pesquisas relacionando diversas
áreas do saber. Assim, serão analisadas várias informações de forma
que se chegue a um todo mais complexo. Desta forma se encontra a
obrigação de se contemplar os estudos em diferentes perspectivas.

O Direito se apresenta bastante incompleto se analisado de forma iso-


lada, autônoma e independente dos demais saberes. O jurista que vi-
sualiza o direito a partir de concepções estritamente legalistas, anali-
sando o corpo seco da lei sob uma ótica técnico-instrumental, mos-
tra-se muito despreparado para a promoção da justiça em um caso
concreto que demande o uso de uma gama de saberes operando em
conjunto. O jurista verdadeiramente preocupado com a aplicação jus-
ta do mandamento de uma lei deve ter consciência de suas limitações
e entender que deve agir em parceria com outros profissionais que
tenham um domínio maior de instrumentos e técnicas que podem ser
usados na complementaridade de determinado caso. (OLIVEIRA,
2011).

O que se deve concluir, portanto, é a inevitabilidade da interdiscipli-


naridade do Direito com outras fontes. O que se precisa ter em men-
te, é que essa abertura do Direito para várias áreas do saber somente
:
lhe trará benefícios, pois os verdadeiros operadores do Direito são
aqueles que se preocupam com a aplicação justa do mandamento, ad-
mitindo as limitações de sua área e aceitando o auxílio e a parceria
com diversas técnicas e instrumentos oriundos de outras esferas de
estudo para assim ajudarem na conclusão de determinado caso.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitas vezes tem-se o desconhecimento da função e relevância de di-


ferentes áreas dentro do Direito, aqui está explicito a verdadeira ação
da Psicologia dentro da área jurídica, estudando o emocional e auxili-
ando nos julgamentos.

O comportamento humano é objeto comum entre Direito e Psicolo-


gia, mesmo sendo duas áreas diferentes, quando a Psicologia busca
entender esse comportamento, o Direito procura regular o mesmo,
assim, as duas áreas não podem ser separadas.

Diante da atual e crescente globalização não há como se falar em se-


parar os saberes e considerá-los de forma individualizada. Vejo que
da forma que as expansões de estudos ocorrem atualmente não há
por que uma área não se unir a outras para se completarem e benefi-
ciarem, considerando que estes benefícios não sejam levados somente
a elas mesmas, mas como no caso do Direito, um benefício que pode
ser comum a toda a sociedade. Mesmo sendo consideradas “mundos
diferentes” por alguns, todas as áreas quando interligadas cumprem
muito melhor seus papeis.

As conclusões que serão tiradas deste estudo servirão como base para
:
cada vez mais se buscar a união entre âmbitos de estudo e estudiosos,
de forma que se está parceria torne os estudos concluídos mais
abrangentes, pois já terão na sua natureza a opinião e o peso de cada
esfera, fazendo com que esse pensamento conjunto não precise ser
feito posteriormente.

REFERÊNCIAS

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1940. Vademecum. São Paulo: Saraiva, 2014.

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879902-2. Relator: Carvilio da Silveira Filho. Data do Julgamento:
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