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Índice

Introdução..........................................................................................................................3

A Psicologia na Legislação...............................................................................................4

Relação de Psicologia com o Direito.................................................................................4

A Psicologia na Legislação Moçambicana........................................................................5

A Actuação Concreta da psicologia no direito em Moçambique......................................5

Varas de Família................................................................................................................5

Infância e Juventude..........................................................................................................6

Prisões................................................................................................................................7

Conselhos Tutelares...........................................................................................................7

Conclusão..........................................................................................................................9

Referência bibliográfica..................................................................................................10
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Introdução

Neste trabalho da cadeira de Estudos Contemporâneos em Psicologia vamos abordar


sobre: A Psicologia na Legislação Moçambicana. É de referir a psicologia na legislação
moçambicana vem avaliar os comportamentos que ocorrem ou que possam vir a ocorrer,
porém não é todo e qualquer tipo de comportamento. Ela actua apenas nos casos onde se
faz necessário uma inter-relação entre o Direito e a Psicologia, como no caso de
adopções, violência doméstica, novas maneiras de actuar em instituições penitenciárias,
entre outros que tem a ver com a justiça. Por isso que existe uma grande relação entre os
dois conhecimentos. A união dessas áreas é imprescindível a concretização da justiça, as
duas se entrelaçam na medida em que perseguem a conduta humana, sempre buscando
diminuir o sofrimento humano.

Objectivo Geral:

 Compreender a Psicologia na Legislação Moçambicana


Objectivos específicos:

 Descrever a Relação de Psicologia com o Direito;

 Descrever a psicologia na legislação em geral

 Descrever a psicologia na legislação moçambicana

 Identificar as áreas de actuação em Moçambique

A metodologia usada para a realização deste trabalho, foi a da consulta bibliográfica,


que consistiu na leitura e análise das abordagens de diversas obras que falam sobre o
tema acima mencionado e por fim os autores das referidas obras estão citados dentro do
trabalho e também nas Referências Bibliográfica no final do trabalho.
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A Psicologia na Legislação
Segundo BACELAR (1998:15) “A Psicologia estuda o comportamento e os processos
mentais”.

Segundo FERRAZ (2003), diz que pode se referir a ciências do direito ou conjunto de
normas jurídicas vigentes em um país. Também pode ter o sentido de íntegro, honrado,
aquilo que é justo, recto e conforme a lei.

Isso quer nos dizer que, a ciência do direito é um dos ramos das ciências sociais, isso
porque estuda as normas obrigatórias que controla a relações dos indivíduos em uma
sociedade

FIORELLI (2014), diz que:

Psicologia Jurídica é o campo da psicologia que agrega os


profissionais que se dedicam à interacção entre a psicologia e o
direito. A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça é
auxiliar em questões relativas à saúde mental dos envolvidos em
um processo.

O grupo percebe que a psicologia jurídica é um dos campos de conhecimento e de


investigação dentro da psicologia, com importantes colaborações nas áreas da cidadania,
violência e direitos humanos.

A psicologia jurídica é ferramenta mais importante no Direito Civil, visto que sem a
mesma o indivíduo poderia usar-se de artifícios para manipular uma causa em seu favor
fingindo um falso estado psicológico, fazer uso de jogos emocionais ou até mesmo de
engenharia social em seu proveito. Ela garante a igualdade na litigância e a veracidade
da coisa julgada.

Relação de Psicologia com o Direito


Embora sejam áreas diferentes, a Psicologia e o Direito não podem ser separados uma
da outra, já que enquanto a Psicologia busca entender o comportamento humano o
Direito busca disciplinar esse comportamento. A união dessas áreas é imprescindível a
concretização da justiça. As duas se entrelaçam na medida em que perseguem a conduta
humana, sempre buscando diminuir o sofrimento humano.
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FIORELLI (2014), a ponta três obra elaborado por Muñoz Sabaté, para entender melhor
a interdisciplinaridade entre as ciências jurídica e psicológica:

 A psicologia do direito, com a função de apenas explicar o fundamento


psicológico do direito;

 A psicologia no direito, analisando as normas jurídicas como influenciadoras


do comportamento humano;

 A psicologia para o direito, aqui sim, como ciência auxiliar, a psicologia


jurídica pode contribuir para a elaboração de leis mais adequadas à sociedade e
colaborar com a organização do sistema de administração da justiça

A Psicologia na Legislação Moçambicana


O Estado como detentor do poder de punir, deve também oferecer as condições e os
tratamentos, se necessário, para que as pessoas possam se socializar e seguir uma vida
digna e honesta.

Portanto, a psicologia na legislação moçambicana vem para compreender as normas,


princípios, leis, assim como a organizacao da legislação jurídica moçambicana.
Ajudando o pessoal da justiça como lhe dar com um indivíduo, como manejar as leis,
para que os juízes tomem decisões conscientes e justa.

Actuação Concreta da psicologia no direito em Moçambique

De acordo com DINIZ (2011) diz que actualmente o direito clama pela luz da psicologia
em inúmeras questões concretas, que em alguns casos, vão além da promoção da justiça
e da igualdade na sociedade. Em termos concretos nos dias de hoje em Moçambique a
psicologia actua em diversas ocasiões tais como:

Varas de Família
A actuação dos psicólogos nas varas de família, no auxilio a resolução dos litígios e das
inúmeras demandas por tomar as decisões mais assertivas exige em primeiro lugar o
conhecimento básico dos códigos jurídicos que regulam as famílias e da existência de
um código compartilhado entre o psicólogo e os demais membros da equipe
interprofissional, incluindo os operadores de direito.
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Varas de família a psicologia vem para verificar ou avaliar os direitos da família,


colaborando com a justiça dando suporte a família. Ajuda do um psicólogo é muito
importante, porque faz compreender como os indivíduos se manifestam em diferentes
ocasiões.

Infância e Juventude
Estas são as possíveis atribuições a um psicólogo que actua numa Vara da Infância e
Juventude como perito:

 Avaliar as condições intelectuais, emocionais, relacionais e psíquicas de partes


envolvidas em processos judiciais de habilitação para adopção, guarda, tutela e
medidas de protecção;

 Realizar acompanhamento psicológico aos adoptantes e às crianças ou


adolescentes que estejam em período de convivência à família substituta até a
finalização do processo de adopção;

 Realizar acompanhamento psicológico de crianças, adolescentes e/ou famílias


que estejam envolvidos em processos judiciais e situação de risco, quando
necessário e solicitado;

 Realizar palestras ou grupos de reflexão para habilitação à adopção, adoptantes


e/ou famílias;

 Realizar visitas, acompanhamento e avaliação psicológica de crianças e


adolescentes abrigadas, quando necessário ou quando designado pelo Juiz.

 Realizar acompanhamento psicológico de adolescentes inseridos em programas


ligados a Vara da Infância e Juventude, quando solicitado;

Para essa área o psicólogo é muito importante, para ajudar na tomada de decisões de
juiz em várias situações como, na adopção, acompanhamento psicológico aos
adoptantes e o adoptado, e quando o adolescente tem problema com a justiça, o
psicólogo deve procura os porque que o adolescente cometeu o tal delito, ajudar na
decisão do juiz.
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Prisões
Nas prisões os psicólogos se propõem a acompanhar os presos e familiares com auxílio
psicológico, além de desempenhar importante papel no sistema processual, analisando a
capacidade dos indivíduos se reintegrarem a vida em sociedade. Além da actuação em
tribunais de justiça, o psicólogo jurídico desempenha importantes serviços em
penitenciárias.

O psicólogo no sistema penitenciário trabalha com o preso. Mas não necessariamente


como uma forma de terapia. Veja, há situações em que o preso chama para ter uma
conversa e tem indicações de depressão.

JESUS (2001), diz que, o psicólogo também actua muito próximo do assistente social,
para dar suporte aos presos, atendimento, fazer trabalhos em grupo, o que é muito
difícil, mas é possível. o trabalho do psicólogo busca fazer um resgate da essência de
cada indivíduo.

O psicólogo no sistema penitenciário trabalha com o preso. Mas não necessariamente


como uma forma de terapia. Veja, há situações em que o preso chama para ter uma
conversa e tem indicações de depressão. Dentro das prisões, a acção do psicólogo
sempre foi vinculada mais com a acção pericial, a actuação mais de avaliação para
concessão de benefícios. É um trabalho que avalia a condição de alguma pessoa presa e
que pode fazê-la viver em sociedade de novo.

Conselhos Tutelares
Para MIRANDA (2005), Os Conselhos Tutelares como órgãos não jurisdicionais,
permanentes e autónomos, tentam dentro de suas possibilidades assegurarem o
cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes de seus respectivos
Municípios.

Assim a psicologia tem sido a mediação entre a justiça e o "problema de criança",


enquanto instrumento de assistência às crianças e adolescentes que ora são
encaminhados, quer sejam pelos órgãos do poder judiciário, quer seja pela escola, que
se sente impotente diante da situação, ou mesmo pela família que busca na psicologia
explicações para determinados problemas psicossociais.
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A Psicologia pode sim caminhar lado a lado com os Conselhos Tutelares, porque talvez
seja a forma de propiciar uma melhor clareza das causas, das quais são causadoras de
violência contra os pequenos cidadãos de nossa sociedade. Mas, o atendimento
psicológico precisa ser mais bem delimitado e direccionado, assim como todas as
acções voltadas para o atendimento à criança e ao adolescente.

A psicologia na legislação moçambicana vem avaliar os comportamentos que ocorrem


ou que possam vir a ocorrer, porém não é todo e qualquer tipo de comportamento. Ela
actua apenas nos casos onde se faz necessário uma inter-relação entre o Direito e a
Psicologia, como no caso de adopções, violência doméstica, novas maneiras de actuar
em instituições penitenciárias, entre outros que tem a ver com a justiça.
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Conclusão
Chegou se a conclusão que, a psicologia na legislação moçambicana vem para
compreender as normas, princípios, leis, assim como a organização da legislação
jurídica moçambicana. Ajudando nos serviços da justiça, como lhe dar com um
indivíduo, para que os juízes tomem decisões conscientes e justa. A psicologia na
legislação moçambicana vem avaliar os comportamentos que ocorrem ou que possam
vir a ocorrer.

A uma relação entre Psicologia e Direito na medida em que, a Psicologia busca entender
o comportamento humano, o Direito busca disciplinar esse comportamento, a Psicologia
e o Direito não podem ser separados uma da outra por este motivo.
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Referência bibliográfica
BACELAR, R. Uma introdução à Psicologia, 1998.

DINIZ, M, H. Manual de Direito Civil. Ed. Saraiva. 2011.

FERRAZ, J. Introdução ao estudo do Direito, 2003.

FIORELLI.J, O. MANGINI. Psicologia jurídica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

JESUS.F. Psicologia aplicada à Justiça. Goiânia: AB, 2001.

MIRANDA, P. À Margem do Direito. 3a edição. Campinas: Bookseller, 2005.

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